Robert L. Brandt e Zenas J - Assembléia de Deus em Paudalho
Robert L. Brandt e Zenas J - Assembléia de Deus em Paudalho Robert L. Brandt e Zenas J - Assembléia de Deus em Paudalho
A Oração nos Livros Proféticos homem cansado, como valoroso que não pode livrar? Mas tu estás no meio de nós, ó Senhor, e nós somos chamados pelo teu nome; não nos desampares. Disse-me mais o Senhor: Não rogues por este povo para bem. Quando jejuarem, não ouvirei o seu clamor e quando oferecerem holocaustos e ofertas de manjares, não me agradarei deles; antes, eu os consumirei pela espada, e pela fome, e pela peste. Então, disse eu: Ah! Senhor Jeová, eis que os profetas lhes dizem: Não vereis espada e não tereis fome; antes vos darei paz verdadeira neste lugar. E disse-me o Senhor: Os profetas profetizam falsamente em meu nome; nunca os enviei, nem lhes dei ordem, nem lhes falei; visão falsa, e adivinhação, e vaidade, e o engano do seu coração são o que eles vos profetizam (Jr 14.7-9,11-14). A culpa por esse triste estado de coisas não era exclusivamente dos falsos profetas. Pessoas com apetite pela falsidade, em religião ou outra área qualquer, encontrarão sempre profetas que se ajustarão a elas. A oração de Jeremias, pois, apresenta-nos um duplo desafio: Aqueles que reivindicam falar em favor de Deus devem ser profetas verdadeiros, e não se deixar influenciar por aqueles que falam de seus próprios corações. O próprio Deus tomará nota e tratará com aqueles que, por motivo de vantagens pessoais, aproveitam-se dos caprichos de um povo errante. Além de dar crédito aos falsos profetas, o povo de vez em quando recorria a deuses falsos, buscando respostas ou confirmações de coisas que eles queriam ouvir. Ao longo da história, a raça humana tem elevado suas orações aos mais diferentes deuses. Algumas vezes, até o próprio povo de Deus volta-se para esses deuses, quando parecem não estar ouvindo o único e verdadeiro Deus. Mas Jeremias rotula esses deuses falsos com grande exatidão — “ídolos inúteis”, isto é, “vaidades dos gentios”. De todo rejeitaste tu a Judá? Ou aborrece a tua alma a Sião? Por que nos feriste, e não há cura para nós? Aguardamos a paz, e não aparece o bem; e o tempo da cura, e eis aqui turbação. Ah! Senhor! Conhecemos a nossa impiedade e a maldade de nossos pais; porque pecamos contra ti. Não nos rejeites por amor do teu nome; não abatas o trono da tua glória; lembra-te e não anules o teu concerto conosco. Haverá, porventura, entre as vaidades dos gentios, alguma que faça chover? Ou podem os céus dar chuvas? Não és tu somente, ó Senhor, nosso Deus? Portanto, em ti esperaremos, pois tu fazes todas estas coisas (Jr 14.19-22). A principal finalidade da oração não é a obtenção dos objetos desejados, mas o desenvolvimento gradual de um relacionamento 141
Teologia Bíblica da Oração com Deus, que seja compatível com seu caráter e autoridade. Em consequência, algumas orações refletem o desespero enquanto outras repercutem a obediência, a submissão e a rendição à vontade divina. A oração atinge seu apogeu quando do coração flui um clamor sincero para que “seja feita a tua vontade!” A honra de Deus — “por amor do teu nome” (Jr 14.21) - deve ser o propósito último de toda e qualquer oração que elevemos a Ele. “Por amor a Jesus” é a melhor expressão desse propósito. Entre outras qualidades reveladas por Jeremias, e que deveríamos buscar, podemos citar seu caráter, sua fidelidade à chamada divina, seu empenho quando orava por causa das perseguições, sua busca na Palavra de Deus por uma resposta e aquela dor de alma que sempre o conduzia ao quebrantamento. Dificilmente aquele que ora pode estar dissociado de sua oração. Um acaba se tornando parte do outro. Tu, ó Senhor, o sabes; lembra-te de mim, e visita-me, e vinga-me dos meus perseguidores; não me arrebates, por tua longanimidade; sabe que, por amor de ti, tenho sofrido afronta. Achando-se as tuas palavras, logo as comi, e a tua palavra foi para mim o gozo e alegria do meu coração; porque pelo teu nome me chamo, ó Senhor, Deus dos Exércitos. Nunca me assentei no congresso dos zombadores, nem me regozijei; por causa da tua mão, me assentei solitário, pois me encheste de indignação. Por que dura a minha dor continuamente, e a minha ferida me dói, não admite cura? Serias tu para mim como ilusório ribeiro e como águas inconstantes? (Jr 15.15-18) Jeremias era o profeta de Deus para aquele tempo. Assim, advertia as pessoas a que se voltassem de seus caminhos ímpios, arrependendo- se, a fim de receberem perdão e restauração. O povo, entretanto, não estava correspondendo a essa advertência. De fato, as Escrituras indicam que Jeremias sofreu opróbrio da parte do povo (v. 15). Para quem está sedento de Deus, só existe um alicerce sólido onde basear sua comunhão e petição — a Palavra de Deus, que é a verdade. Assim o fazia Jeremias. Enquanto as pessoas não aprenderem a basear suas orações na santa Palavra, estarão perdendo uma grande oportunidade, pois a melhor oração é aquela que se faz em consonância com a boa, agradável e perfeita vontade de Deus, como expressa na sua Palavra. Essa Palavra era para o profeta um maná espiritual, o “gozo e a alegria do seu coração". Não admira, pois, que o salmista tenha declarado: “A exposição das tuas palavras dá luz” (SI 119.130). Aquele sobre quem repousa a mão do Senhor 0r 15-17), entretanto, pode encontrar-se como uma pessoa separada. O termo “zombado- 142
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Teologia Bíblica da Oração<br />
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divina. A oração atinge seu apogeu quando do coração flui um<br />
clamor sincero para que “seja feita a tua vonta<strong>de</strong>!” A honra <strong>de</strong> <strong>Deus</strong><br />
— “por amor do teu nome” (Jr 14.21) - <strong>de</strong>ve ser o propósito último<br />
<strong>de</strong> toda e qualquer oração que elev<strong>em</strong>os a Ele. “Por amor a Jesus” é<br />
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divina, seu <strong>em</strong>penho quando orava por causa das perseguições, sua<br />
busca na Palavra <strong>de</strong> <strong>Deus</strong> por uma resposta e aquela dor <strong>de</strong> alma<br />
que s<strong>em</strong>pre o conduzia ao quebrantamento. Dificilmente aquele<br />
que ora po<strong>de</strong> estar dissociado <strong>de</strong> sua oração. Um acaba se tornando<br />
parte do outro.<br />
Tu, ó Senhor, o sabes; l<strong>em</strong>bra-te <strong>de</strong> mim, e visita-me, e vinga-me<br />
dos meus perseguidores; não me arrebates, por tua longanimida<strong>de</strong>;<br />
sabe que, por amor <strong>de</strong> ti, tenho sofrido afronta. Achando-se as tuas<br />
palavras, logo as comi, e a tua palavra foi para mim o gozo e alegria<br />
do meu coração; porque pelo teu nome me chamo, ó Senhor, <strong>Deus</strong><br />
dos Exércitos. Nunca me assentei no congresso dos zombadores,<br />
n<strong>em</strong> me regozijei; por causa da tua mão, me assentei solitário, pois<br />
me encheste <strong>de</strong> indignação. Por que dura a minha dor continuamente,<br />
e a minha ferida me dói, não admite cura? Serias tu para mim<br />
como ilusório ribeiro e como águas inconstantes? (Jr 15.15-18)<br />
Jer<strong>em</strong>ias era o profeta <strong>de</strong> <strong>Deus</strong> para aquele t<strong>em</strong>po. Assim, advertia<br />
as pessoas a que se voltass<strong>em</strong> <strong>de</strong> seus caminhos ímpios, arrepen<strong>de</strong>ndo-<br />
se, a fim <strong>de</strong> receber<strong>em</strong> perdão e restauração. O povo, entretanto, não<br />
estava correspon<strong>de</strong>ndo a essa advertência. De fato, as Escrituras indicam<br />
que Jer<strong>em</strong>ias sofreu opróbrio da parte do povo (v. 15).<br />
Para qu<strong>em</strong> está se<strong>de</strong>nto <strong>de</strong> <strong>Deus</strong>, só existe um alicerce sólido<br />
on<strong>de</strong> basear sua comunhão e petição — a Palavra <strong>de</strong> <strong>Deus</strong>, que é a<br />
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a basear suas orações na santa Palavra, estarão per<strong>de</strong>ndo uma<br />
gran<strong>de</strong> oportunida<strong>de</strong>, pois a melhor oração é aquela que se faz <strong>em</strong><br />
consonância com a boa, agradável e perfeita vonta<strong>de</strong> <strong>de</strong> <strong>Deus</strong>,<br />
como expressa na sua Palavra. Essa Palavra era para o profeta um<br />
maná espiritual, o “gozo e a alegria do seu coração". Não admira,<br />
pois, que o salmista tenha <strong>de</strong>clarado: “A exposição das tuas palavras<br />
dá luz” (SI 119.130).<br />
Aquele sobre qu<strong>em</strong> repousa a mão do Senhor 0r 15-17), entretanto,<br />
po<strong>de</strong> encontrar-se como uma pessoa separada. O termo “zombado-<br />
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