Robert L. Brandt e Zenas J - Assembléia de Deus em Paudalho
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Teologia Bíblica da Oração Neemias Deus realiza suas maiores obras por meio de pessoas cujos corações mostram-se zelosos pelas coisas de Deus. Neemias, tal como seu antecessor, Esdras, era uma pessoa assim. Ele se entristeceu profundamente por causa de seus compatriotas judeus. Os líderes públicos que verdadeiramente têm sua gente no coração experimentam tristezas e pesares que escapam a outros. Que Deus nos proporcione mais líderes que experimentem semelhante pesar de coração. Neemias era homem dedicado à oração. Sua intimidade com Deus se permitia evidenciar na repetida referência pessoal que fazia ao “meu Deus”. A oração eficaz evita a formalidade solene em favor de uma calorosa e amorosa familiaridade. Essa familiaridade, entretanto, não significa permissão para a irreverência. Nosso Criador é nosso Amigo, mas nosso Amigo nunca é menos que nosso Criador. Intercedendo p o r um a nação Enquanto estava no cativeiro, Neemias foi informado de que, embora o remanescente judeu houvesse retornado a Jerusalém, os portões da cidade tinham sido queimados, e suas muralhas, postas abaixo (cf. Ne 1.1-3). É visível a preocupação de Neemias com a situação judaica, incluindo a falta de segurança para sua cidade e seu povo. Por isso mesmo, sua oração não era uma atividade esporádica, algo de que logo se esquecesse. Antes, era uma ocupação muito exigente e séria, que envolvia choro, lamentação, jejum e oração. E sucedeu que, ouvindo eu essas palavras, assentei-me, e chorei, e lamentei por alguns dias; e estive jejuando e orando perante o Deus dos céus. E disse: Ah! Senhor, Deus dos céus, Deus grande e terrível, que guardas o concerto e a benignidade para com aqueles que te amam e guardam os teus mandamentos! Estejam, pois, atentos os teus ouvidos, e os teus olhos, abertos, para ouvires a oração do teu servo, que eu hoje faço perante ti, de dia e de noite, pelos filhos de Israel, teus servos; e faço confissão pelos pecados dos filhos de Israel, que pecamos contra ti; também eu e a casa de meu pai pecamos. De todo nos corrompemos contra ti e não guardamos os mandamentos, nem os estatutos, nem os juízos que ordenaste a Moisés, teu servo. Lembra-te, pois, da palavra que ordenaste a Moisés, teu servo, dizendo: Vós transgredireis, eu vos espalharei entre os povos. E vós vos convertereis a mim, e guardareis os meus mandamentos, e os fareis; então, ainda que os vossos rejeitados estejam no cabo do céu, de lá os ajuntarei e os trarei ao lugar que tenho escolhido para ali fazer habitar o meu nome. 124
As Orações de Salomão e dos Líderes Posteriores de Israel Estes ainda são teus servos e o teu povo que resgataste com a tua grande força e com a tua forte mão. Ah! Senhor, estejam, pois, atentos os teus ouvidos à oração do teu servo e à oração dos teus servos que desejam temer o teu nome; e faze prosperar hoje o teu servo e dá-lhe graça perante este homem (Ne 1.4-11). Toda verdadeira oração, como a de Neemias, procede de uma correta percepção de Deus (cf. v. 5). Deus é divino, exaltado, fiel e poderoso. Quanto mais o conhecermos, mais eficazes e aceitáveis serão nossas orações e adoração. Neemias tanto conhecia intimamente seu Deus, como fazia questão de estar próximo dEle, e não ignorava como fazê-lo: 1. Com tristeza (v. 4). A oração deveria ser marcada, sempre, por uma alegre nota de comunhão com Deus, mas o pecado deu- lhe um tom choroso. Agora a oração está banhada com lágrimas; não obstante, chegará o dia em que nos regozijaremos em Deus e não haverá mais lágrimas (Ap 7.17; 21.4). Mas ainda hoje, as tristezas da oração têm mais valor que o regozijo do pecado. 2. Com importunação (w . 5,6). Neemias implorou que Deus ouvisse suas orações. Todo seu ser expressava essa devoção. Não há outro modo de se pleitear as realidades espirituais a não ser de todo o coração e com todas as forças. 3. Com persistência (v. 6). Neemias orou dia e noite. Sua persistência refletiu a de Jacó: “Não te deixarei ir, se me não abençoares” (Gn 32.26). 4. Com confissão (w . 6,7). A confissão de Neemias foi tanto individual, como coletiva, aberta a todos. 5. Com súplicas (w . 8-11). A oração normalmente exprime alguma petição específica e pode relacionar-se tanto à promessa quanto à misericórdia divina. O ração p o r juízo Neemias recebera permissão do rei Artaxerxes para ir a Jerusalém e reconstruí-la. Quando Neemias e os judeus começaram a sofrer oposição e serem ridicularizados no seu trabalho pelos “povos vizinhos” (cf. Ed 9-1), ele dirigiu-se a Deus: “Ouve, ó nosso Deus, que somos tão desprezados, e caia o seu opróbrio sobre a sua cabeça, e faze com que sejam um despojo, numa terra de cativeiro. E não cubras a sua iniquidade, e não se risque diante de ti o seu pecado, pois que te irritaram defronte dos edificadores” (Ne 4.4,5). Da perspectiva do Novo Testamento, orar pedindo juízo, isto é, que os inimigos sejam apanhados na sua própria malignidade, parece impróprio. Porventura, nosso Senhor não nos instruiu: “Amai os vossos inimigos e orai pelos que vos perseguem”? (Mt 5.44) E o apóstolo Paulo 125
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As Orações <strong>de</strong> Salomão e dos Lí<strong>de</strong>res Posteriores <strong>de</strong> Israel<br />
Estes ainda são teus servos e o teu povo que resgataste com a tua<br />
gran<strong>de</strong> força e com a tua forte mão. Ah! Senhor, estejam, pois,<br />
atentos os teus ouvidos à oração do teu servo e à oração dos teus<br />
servos que <strong>de</strong>sejam t<strong>em</strong>er o teu nome; e faze prosperar hoje o<br />
teu servo e dá-lhe graça perante este hom<strong>em</strong> (Ne 1.4-11).<br />
Toda verda<strong>de</strong>ira oração, como a <strong>de</strong> Ne<strong>em</strong>ias, proce<strong>de</strong> <strong>de</strong> uma<br />
correta percepção <strong>de</strong> <strong>Deus</strong> (cf. v. 5). <strong>Deus</strong> é divino, exaltado, fiel e<br />
po<strong>de</strong>roso. Quanto mais o conhecermos, mais eficazes e aceitáveis<br />
serão nossas orações e adoração. Ne<strong>em</strong>ias tanto conhecia intimamente<br />
seu <strong>Deus</strong>, como fazia questão <strong>de</strong> estar próximo dEle, e não<br />
ignorava como fazê-lo:<br />
1. Com tristeza (v. 4). A oração <strong>de</strong>veria ser marcada, s<strong>em</strong>pre,<br />
por uma alegre nota <strong>de</strong> comunhão com <strong>Deus</strong>, mas o pecado <strong>de</strong>u-<br />
lhe um tom choroso. Agora a oração está banhada com lágrimas;<br />
não obstante, chegará o dia <strong>em</strong> que nos regozijar<strong>em</strong>os <strong>em</strong> <strong>Deus</strong> e<br />
não haverá mais lágrimas (Ap 7.17; 21.4). Mas ainda hoje, as<br />
tristezas da oração têm mais valor que o regozijo do pecado.<br />
2. Com importunação (w . 5,6). Ne<strong>em</strong>ias implorou que <strong>Deus</strong><br />
ouvisse suas orações. Todo seu ser expressava essa <strong>de</strong>voção. Não<br />
há outro modo <strong>de</strong> se pleitear as realida<strong>de</strong>s espirituais a não ser <strong>de</strong><br />
todo o coração e com todas as forças.<br />
3. Com persistência (v. 6). Ne<strong>em</strong>ias orou dia e noite. Sua<br />
persistência refletiu a <strong>de</strong> Jacó: “Não te <strong>de</strong>ixarei ir, se me não<br />
abençoares” (Gn 32.26).<br />
4. Com confissão (w . 6,7). A confissão <strong>de</strong> Ne<strong>em</strong>ias foi tanto<br />
individual, como coletiva, aberta a todos.<br />
5. Com súplicas (w . 8-11). A oração normalmente exprime<br />
alguma petição específica e po<strong>de</strong> relacionar-se tanto à promessa<br />
quanto à misericórdia divina.<br />
O ração p o r juízo<br />
Ne<strong>em</strong>ias recebera permissão do rei Artaxerxes para ir a Jerusalém<br />
e reconstruí-la. Quando Ne<strong>em</strong>ias e os ju<strong>de</strong>us começaram a<br />
sofrer oposição e ser<strong>em</strong> ridicularizados no seu trabalho pelos “povos<br />
vizinhos” (cf. Ed 9-1), ele dirigiu-se a <strong>Deus</strong>: “Ouve, ó nosso<br />
<strong>Deus</strong>, que somos tão <strong>de</strong>sprezados, e caia o seu opróbrio sobre a sua<br />
cabeça, e faze com que sejam um <strong>de</strong>spojo, numa terra <strong>de</strong> cativeiro.<br />
E não cubras a sua iniquida<strong>de</strong>, e não se risque diante <strong>de</strong> ti o seu<br />
pecado, pois que te irritaram <strong>de</strong>fronte dos edificadores” (Ne 4.4,5).<br />
Da perspectiva do Novo Testamento, orar pedindo juízo, isto é,<br />
que os inimigos sejam apanhados na sua própria malignida<strong>de</strong>, parece<br />
impróprio. Porventura, nosso Senhor não nos instruiu: “Amai os vossos<br />
inimigos e orai pelos que vos persegu<strong>em</strong>”? (Mt 5.44) E o apóstolo Paulo<br />
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