Robert L. Brandt e Zenas J - Assembléia de Deus em Paudalho

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Teologia Bíblica da Oração De onde menos se espera surge uma grave dificuldade. Aquele poder, que deveria ter sido um aliado, de súbito toma-se um inimigo; a própria instituição que deveria ser-nos a fonte de sustentação, ameaça arrastar-nos consigo para baixo, rumo à ruína financeira; os mesmos homens que pareciam ser e que realmente eram nossos melhores amigos, em quem podíamos confiar, tomam-se nossos oponentes e distorcem o nosso propósito; a manhã clara e brilhante toma-se um meio-dia enevoado e, agora, uma severa tempestade nos ameaça ( The Pulpit Commentary,Grand Rapids: Wm. B. Eerdmans Pub. Co, 1950, vol. 6 - 2 Crónicas, por P. C. Barker, p. 242). A oração de Josafá (2 Cr 20.6-12), embora feita de improviso, é uma das mais belas de todo o Antigo Testamento, um modelo digno de ser imitado. Endereçada a Jeová, o Auto-existente, o Eterno, o Guardador do Pacto, o Deus sempre presente, Deus é nela exaltado pelo menos de cinco maneiras: 1. Ele é o Deus [fiel] de nossos antepassados (2 Cr 20.6). 2. Ele está no Céu, mas governa sobre todos os homens na Terra (20.6). 3. Ele é o Deus onipotente (20.6). 4. Ele é o que deu aquela terra ao seu povo, Israel (20.7). 5. Ele é a única esperança deles (20.12). A oração feita por Salomão ao dedicar o Templo (1 Rs 8.33-45) é o ponto de referência para o apaixonado apelo de Josafá (2 Cr 20.8,9). Observe-se as três divisões da oração de Josafá: 1) um lembrete de como Israel fora misericordioso no passado com Amom, Moabe e os moradores do monte Seir, seguindo instruções divinas; 2) um clamor para que Deus considerasse como eles agora devolviam com o mal o bem recebido; e 3) uma petição pela ajuda e intervenção de Deus à luz do presente dilema de Judá e sua admitida falta de forças. Notável, igualmente, é a confissão de Josafá, da sua fraqueza, ao mesmo tempo que afirma sua confiança e dependência no Deus a quem se dirigia-, “Os nossos olhos estão postos em ti” (20.12). Quando alguém ora pedindo a intervenção divina, com olhos fixos em Deus, em vez de visualizar só as circunstâncias, e elas podem ser ameaçadoras, Deus certamente responde. Logo depois, o Espírito de Deus desceu sobre Jaaziel, que deu orientações de Deus a Josafá, pelas quais o rei e todo o seu povo obtiveram vitória e grande regozijo (cf. 2 Cr 20.14-28). Ezequias Muito há para ser aprendido das orações de Ezequias (cf. 2 Rs 18.1- 20.11; 2 Cr 29 e 32; Is 36 e 39). Eis aí um homem que, certa feita, cedeu 118

As Orações de Salomão e dos Líderes Posteriores de Israel diante do inimigo, em lugar de orar a Deus: “Então, Ezequias, rei de Judá, enviou ao rei da Assíria, a Laquis, dizendo: Pequei; retira-te de mim; tudo o que me impuseres levarei” (2 Rs 18.14). Mas o inimigo nunca se satisfaz com uma pequena cessão: ele sempre exige mais. Rogando a intervenção divina Ezequias aprendera a lição: render-se diante das dificuldades é uma insensatez. Todos nós precisamos aprender isso. Se cedermos diante das dificuldades, elas retornarão, e com força multiplicada. Qualquer rendição à dificuldade, no presente, deixa a pessoa mais vulnerável àquela que se apresentar no futuro. Sejam quais forem as circunstâncias a oração é o elemento essencial à nossa vitória. O modo como Ezequias aborda o Senhor é um modelo para todos quantos queiram garantir uma resposta de Deus. A fé aumenta quando alguém reconhece e proclama o Deus a quem a oração é dirigida. E orou Ezequias perante o Senhor e disse: Ó Senhor, Deus de Israel, que habitas entre os querubins, tu mesmo, só tu és Deus de todos os reinos da terra; tu fizeste os céus e a terra. Inclina, Senhor, o teu ouvido, e ouve; abre, Senhor, os teus olhos e olha: e ouve as palavras de Senaqueribe, que ele enviou para afrontar o Deus vivo. Verdade é, ó Senhor, que os reis da Assíria assolaram as nações e as suas terras. E lançaram os seus deuses no fogo, porquanto deuses não eram, mas obras de mãos de homens, madeira e pedra; por isso, os destruíram. Agora, pois, ó Senhor, nosso Deus, sê servido de nos livrar da sua mão; e, assim, saberão todos os reinos da terra que só tu és o Senhor Deus (2 Rs 19.15-19; cf. todo o cap. 19 e Is 37.14-20). Note o leitor como Ezequias identifica e proclama o seu Deus: 1. Ezequias dirige-se ao “Senhor, Deus de Israel” — que havia sido ridicularizado pelo inimigo (w . 10-12). 2. Ezequias ora na casa do Senhor, onde Deus habitava, entre os querubins (v. 15), cônscio de que Ele estava presente. A consciência da presença divina é o caminho mais curto para a bênção! 3. Ezequias reconhece Deus como o supremo potentado: “Só tu és Deus de todos os reinos da terra”. Para Ezequias, essa visão dilatada de Deus incluía seu presente inimigo, a Assíria, e encorajava sobremodo a sua fé. 4. Ezequias identifica Deus como o Criador: “Tu fizeste os céus e a terra”. Pelo menos por dez vezes na Bíblia, Deus é identificado por quem ora como “aquEle que fez os céus e a terra” — principalmente no Antigo Testamento. Mas essa confissão de fé no Deus Criador também parece ter sido comum na Igreja Primitiva (cf. At 4.24). Não podemos negar ainda que serviu de inspiração a autores de hinos contemporâneos conhecidos como, por exemplo, Q uão Grande Es Tu. 119

Teologia Bíblica da Oração<br />

De on<strong>de</strong> menos se espera surge uma grave dificulda<strong>de</strong>. Aquele po<strong>de</strong>r,<br />

que <strong>de</strong>veria ter sido um aliado, <strong>de</strong> súbito toma-se um inimigo; a<br />

própria instituição que <strong>de</strong>veria ser-nos a fonte <strong>de</strong> sustentação, ameaça<br />

arrastar-nos consigo para baixo, rumo à ruína financeira; os mesmos<br />

homens que pareciam ser e que realmente eram nossos melhores<br />

amigos, <strong>em</strong> qu<strong>em</strong> podíamos confiar, tomam-se nossos oponentes e<br />

distorc<strong>em</strong> o nosso propósito; a manhã clara e brilhante toma-se um<br />

meio-dia enevoado e, agora, uma severa t<strong>em</strong>pesta<strong>de</strong> nos ameaça ( The<br />

Pulpit Commentary,Grand Rapids: Wm. B. Eerdmans Pub. Co, 1950,<br />

vol. 6 - 2 Crónicas, por P. C. Barker, p. 242).<br />

A oração <strong>de</strong> Josafá (2 Cr 20.6-12), <strong>em</strong>bora feita <strong>de</strong> improviso, é<br />

uma das mais belas <strong>de</strong> todo o Antigo Testamento, um mo<strong>de</strong>lo digno<br />

<strong>de</strong> ser imitado. En<strong>de</strong>reçada a Jeová, o Auto-existente, o Eterno, o<br />

Guardador do Pacto, o <strong>Deus</strong> s<strong>em</strong>pre presente, <strong>Deus</strong> é nela exaltado<br />

pelo menos <strong>de</strong> cinco maneiras:<br />

1. Ele é o <strong>Deus</strong> [fiel] <strong>de</strong> nossos antepassados (2 Cr 20.6).<br />

2. Ele está no Céu, mas governa sobre todos os homens<br />

na Terra (20.6).<br />

3. Ele é o <strong>Deus</strong> onipotente (20.6).<br />

4. Ele é o que <strong>de</strong>u aquela terra ao seu povo, Israel (20.7).<br />

5. Ele é a única esperança <strong>de</strong>les (20.12).<br />

A oração feita por Salomão ao <strong>de</strong>dicar o T<strong>em</strong>plo (1 Rs 8.33-45) é o<br />

ponto <strong>de</strong> referência para o apaixonado apelo <strong>de</strong> Josafá (2 Cr 20.8,9).<br />

Observe-se as três divisões da oração <strong>de</strong> Josafá: 1) um l<strong>em</strong>brete <strong>de</strong><br />

como Israel fora misericordioso no passado com Amom, Moabe e os<br />

moradores do monte Seir, seguindo instruções divinas; 2) um clamor<br />

para que <strong>Deus</strong> consi<strong>de</strong>rasse como eles agora <strong>de</strong>volviam com o mal o<br />

b<strong>em</strong> recebido; e 3) uma petição pela ajuda e intervenção <strong>de</strong> <strong>Deus</strong> à luz<br />

do presente dil<strong>em</strong>a <strong>de</strong> Judá e sua admitida falta <strong>de</strong> forças.<br />

Notável, igualmente, é a confissão <strong>de</strong> Josafá, da sua fraqueza, ao<br />

mesmo t<strong>em</strong>po que afirma sua confiança e <strong>de</strong>pendência no <strong>Deus</strong> a qu<strong>em</strong><br />

se dirigia-, “Os nossos olhos estão postos <strong>em</strong> ti” (20.12). Quando alguém<br />

ora pedindo a intervenção divina, com olhos fixos <strong>em</strong> <strong>Deus</strong>, <strong>em</strong> vez <strong>de</strong><br />

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certamente respon<strong>de</strong>. Logo <strong>de</strong>pois, o Espírito <strong>de</strong> <strong>Deus</strong> <strong>de</strong>sceu sobre<br />

Jaaziel, que <strong>de</strong>u orientações <strong>de</strong> <strong>Deus</strong> a Josafá, pelas quais o rei e todo o<br />

seu povo obtiveram vitória e gran<strong>de</strong> regozijo (cf. 2 Cr 20.14-28).<br />

Ezequias<br />

Muito há para ser aprendido das orações <strong>de</strong> Ezequias (cf. 2 Rs 18.1-<br />

20.11; 2 Cr 29 e 32; Is 36 e 39). Eis aí um hom<strong>em</strong> que, certa feita, ce<strong>de</strong>u<br />

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