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L. NEILMORIS - Portal Luz Espírita

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66 – Allan Kardec<br />

suicidas, há alguns cujos sofrimentos, nem por serem temporários e não eternos, não<br />

são menos terríveis e de natureza a fazer refletir os que porventura pensam em daqui<br />

sair, antes que Deus o haja ordenado. Assim, o espírita tem vários motivos para<br />

combater a ideia do suicídio: a certeza de uma vida futura, em que ele sabe que será<br />

tanto mais feliz, quanto mais infeliz e resignado tenha sido na Terra: a certeza de<br />

que, abreviando seus dias, chega precisamente a resultado oposto ao que esperava;<br />

que se liberta de um mal, para incorrer num mal pior, mais longo e mais terrível; que<br />

se engana ao imaginar que se matando, vai mais depressa para o céu; que o suicídio<br />

é um obstáculo a que no outro mundo ele se reúna aos que foram objeto de suas<br />

afeições e aos quais esperava encontrar; donde a consequência de que o suicídio, só<br />

lhe trazendo decepções, é contrário aos seus próprios interesses. Por isso mesmo, já<br />

é considerável o número dos que têm sido afastados de suicidar-se pelo Espiritismo,<br />

podendo daí concluir-se que, quando todos os homens forem espíritas, deixará de<br />

haver suicídios conscientes. Comparando-se, então, os resultados que as doutrinas<br />

materialistas produzem com os que decorrem da Doutrina <strong>Espírita</strong>, somente do<br />

ponto de vista do suicídio, forçoso será reconhecer que, enquanto a lógica das<br />

primeiras a ele conduz, a da outra o evita, fato que a experiência confirma.<br />

INSTRUÇÕES DOS ESPÍRITOS<br />

BEM E MAL SOFRER<br />

18. Quando o Cristo disse: “Bem-aventurados os aflitos, porque o reino dos céus<br />

pertence a eles”, não se referia de modo geral aos que sofrem, visto que sofrem<br />

todos os que se encontram na Terra, quer ocupem tronos, quer penam sobre a palha.<br />

Ah! Mas, poucos sofrem bem; poucos compreendem que somente as provas bem<br />

suportadas podem conduzi-los ao reino de Deus. O desânimo é uma falta. Deus vos<br />

recusa consolações, desde que vos falte coragem. A prece é um apoio para a alma;<br />

contudo, não basta: é preciso tenha por base uma fé viva na bondade de Deus. Ele já<br />

muitas vezes vos disse que não coloca fardos pesados em ombros fracos. O fardo é<br />

proporcionado às forças, como a recompensa para a resignação e a coragem. Mais<br />

sublime será a recompensa, do que penosa a aflição. Porém, é preciso merecê-la, e é<br />

para isso que a vida se apresenta cheia de tribulações.<br />

O militar que não é mandado para as linhas de fogo fica descontente,<br />

porque o repouso no campo não lhe dá nenhuma promoção. Então, sejam como o<br />

militar e não desejem um repouso em que o vosso corpo ficasse entediado e a vossa<br />

alma se enfraquecesse. Alegrem-se, quando Deus enviar vocês para a luta. Esta não<br />

consiste no fogo da batalha, mas nos amargores da vida, onde, às vezes, é mais<br />

necessário mais coragem do que num combate sangrento, pois não é raro que aquele<br />

que se mantém firme em presença do inimigo fraqueje nos apertos de uma pena<br />

moral. O homem não obtém nenhuma recompensa por essa espécie de coragem;<br />

mas, Deus lhe reserva palmas de vitória e uma situação gloriosa. Quando uma causa<br />

de sofrimento ou de contrariedade recair sobre vocês, ponham-se acima dela, e,<br />

quando tiverem conseguido dominar os ímpetos da impaciência, da cólera, ou do<br />

desespero, dizei consigo mesmo, cheio de justa satisfação: ―Fui o mais forte!‖.

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