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L. NEILMORIS - Portal Luz Espírita

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18 – Allan Kardec<br />

até lá potentes vozes terão recebido a missão de se fazerem ouvir, para congregar os<br />

homens sob a mesma bandeira, uma vez que o campo se ache suficientemente<br />

lavrado. Enquanto isso se não dá, aquele que flutue entre dois sistemas opostos pode<br />

observar em que sentido se forma a opinião geral; essa será a indicação certa do<br />

sentido em que se pronuncia a maioria dos Espíritos, nos diversos pontos em que se<br />

comunicam, e um sinal não menos certo de qual dos dois sistemas prevalecerá.<br />

III – NOTÍCIAS HISTÓRICAS<br />

Para bem compreendermos algumas passagens dos Evangelhos, é<br />

necessário conhecer o valor de muitas palavras empregadas neles frequentemente e<br />

que caracterizam o estado dos costumes e da sociedade judia naquela época. Como<br />

essas palavras já não tem mais para nós o mesmo sentido, foram com frequência mal<br />

interpretadas, causando isso uma espécie de incerteza. Além do mais, a compreensão<br />

delas explica o verdadeiro sentido de certos ensinamentos que, à primeira vista,<br />

parecem estranhos.<br />

Escribas – A princípio, esse era o nome dado aos secretários dos reis de Judá e a<br />

certos chefes dos exércitos judeus. Mais tarde, foi aplicado especialmente aos<br />

doutores que ensinavam a lei de Moisés e a interpretavam para o povo. Faziam<br />

causa comum com os fariseus e partilhavam dos mesmos costumes, bem como da<br />

antipatia que aqueles tinham aos inovadores. Daí por que Jesus os envolvia na<br />

reprovação que lançava aos fariseus.<br />

Essênios ou esseus – Era uma seita judia fundada cerca do ano 150 antes de Jesus<br />

Cristo, no tempo dos macabeus, e cujos membros, habitando uma espécie de<br />

mosteiros, formavam entre si uma associação moral e religiosa. Diferenciavam-se<br />

pelos costumes pacíficos e por virtudes sinceras, ensinavam o amor a Deus e ao<br />

próximo, a imortalidade da alma e acreditavam na ressurreição. Viviam em<br />

celibato 5 , condenavam a escravidão e a guerra, repartiam seus bens uns com os<br />

outros e viviam da agricultura. Contrários aos saduceus sensuais, que negavam a<br />

imortalidade; também contrários aos fariseus de rígidas práticas exteriores e de<br />

virtudes apenas aparentes, nunca os essênios tomaram parte nas disputas que<br />

tornaram aquelas duas outras seitas rivais. Pelo tipo de vida que levavam,<br />

assemelhavam-se muito aos primeiros cristãos, e os princípios da moral que<br />

professavam faziam muitas pessoas suporem que Jesus, antes de dar começo à sua<br />

missão pública, pertencera àquela comunidade. É certo que Jesus deve ter conhecido<br />

os essênios, mas nada prova que tivesse se filiado a eles, sendo, pois, apenas uma<br />

hipótese tudo quanto se escreveu a esse respeito 6 .<br />

Fariseus (do hebreu parush, divisão, separação) – A tradição era parte importante<br />

da teologia dos judeus. Consistia numa coleção das interpretações sucessivamente<br />

5 Celibato: condição de solteiro e de não envolvimento sexual – N. E.<br />

6 O livro A MORTE DE JESUS, supostamente escrita por um essênio, é obra inteiramente falsa, cujo único<br />

fim foi servir de apoio a uma opinião. Ela traz em si mesma a prova da sua origem moderna.

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