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L. NEILMORIS - Portal Luz Espírita

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135 – O EVANGELHO SEGUNDO O ESPIRITISMO<br />

pobres mulheres arrastando consigo miseráveis crianças a quem tudo faltava nos<br />

quarteirões sombrios onde habitei durante a minha última encarnação.<br />

Ricos, pensem nisto um pouco! Auxiliai os infelizes o melhor que puderem.<br />

Daí para que, um dia, Deus lhes retribua o bem que tiverem feito, para que, ao<br />

saírem do seu corpo terreno, tenham um cortejo de Espíritos agradecidos a receber<br />

vocês na entrada de um mundo mais ditoso.<br />

Se pudessem saber da alegria que experimentei ao encontrar no Além<br />

aqueles a quem me foi dado servir na minha última existência!<br />

Portanto, amem o seu próximo; amem o outro como a si mesmos, pois já<br />

sabem agora que, rebatendo um desgraçado, quem sabe, estarão afastando de vocês<br />

um irmão, um pai, um amigo de outros tempos. Se assim for, que desespero sentirão<br />

ao reconhecê-lo no mundo dos Espíritos!<br />

Desejo que compreendam bem o que seja a caridade moral, que todos<br />

podem praticar, que nada custa, materialmente falando, porém, que é a mais difícil<br />

de executar.<br />

A caridade moral consiste em as criaturas se suportarem umas às outras e é<br />

o que menos vocês fazem nesse mundo inferior, onde se acham encarnados agora.<br />

Creiam: há grande mérito em um homem saber se calar, deixando que o outro mais<br />

tolo do que ele fale. Isso é um gênero de caridade. Saber ser surdo quando uma<br />

palavra zombeteira se escapa de uma boca habituada a zombar; não ver o sorriso de<br />

desprezo com que são recebidos por pessoas que, muitas vezes erradamente, se<br />

acham acima de vós, quando na vida espírita – a única real –, normalmente estão<br />

muito abaixo: é merecimento, não do ponto de vista da humildade, mas do da<br />

caridade, pois não dar atenção ao mau procedimento de alguém é caridade moral.<br />

No entanto, essa caridade não deve opor-se à outra. Porém, tenham cuidado<br />

principalmente em não tratar com desprezo o seu semelhante. Lembrem-se de tudo o<br />

que já foi dito: tenham consciência sempre de que, repelindo um pobre, talvez<br />

rejeitem um Espírito que foi querido por vocês e que, no momento, se encontra em<br />

posição inferior à sua. Encontrem aqui um dos pobres da Terra, a quem, por<br />

felicidade, eu poderia auxiliar algumas vezes, e ao qual, a meu turno, tenho agora de<br />

implorar auxílio.<br />

Lembrem-se de que Jesus disse que todos somos irmãos e pensem sempre<br />

nisso, antes de repelirem o leproso ou o mendigo. Adeus: pensem nos que sofrem e<br />

orem.<br />

Irmã Rosália (Paris, 1860)<br />

10. Meus amigos, tenho ouvido dizer de muitos entre vocês: ―como hei de fazer<br />

caridade, se muitas vezes nem mesmo disponho do necessário?‖<br />

Amigos, de mil maneiras se faz a caridade. Podem fazê-la por pensamentos,<br />

por palavras e por ações. Por pensamentos, orando pelos pobres abandonados, que<br />

morreram sem se acharem sequer em condições de ver a luz. Uma prece feita de<br />

coração os alivia. Por palavras, dando alguns bons conselhos aos companheiros de<br />

todos os dias, dizendo aos que o desespero e as necessidades azedaram o ânimo e<br />

levaram a blasfemar do nome do Altíssimo: ―Eu era como vocês são agora; sofria,<br />

sentia-me desgraçado, mas acreditei no Espiritismo e, vede, agora, sou feliz.‖ Aos<br />

velhos que lhes disserem: ―É inútil; estou no fim da minha jornada; morrerei como

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