Número 11 (jan-jun/09) - Dialogarts - Uerj
Número 11 (jan-jun/09) - Dialogarts - Uerj Número 11 (jan-jun/09) - Dialogarts - Uerj
Referências lo: Ática, 1985. BENJAMIN, W. Teses sobre a fi1osofia da História. Organização de Flávio Kothe. São Pau- BOOS JÚNIOR, A. Quadrilátero. Livro Um: Matheus. São Paulo: Melhoramentos, 1986. CORBIN, A. Sabores e Odores: o olfato e o imaginário social nos séculos XVIII e XIX. São Paulo: Companhia das Letras, 1987. ECO, U. Pós-escrito ao Nome da Rosa. Rio de Janeiro: Nova Fronteira, 1985. HOHLFELDT, Antônio. A literatura catarinense em busca de identidade II: O romance. Porto Alegre-Florianópolis: FCC, UFSC, Movimento; 1994. SABINO, L. L. Grupo Sul: Modernismo em Santa Catarina. Florianópolis: Fundação Cata- rinense de Cultura, 1981. Caderno Seminal Digital, Ano 15, Nº 11, V 11, ( Jan / Jun 2009) - ISSN 1806-9142 188
O ESQUELETO ROMÂNTICO NO ARMÁRIO REALISTA DA FICÇÃO MACHADIANA: O INSÓLITO COMO DESCONSTRUÇÃO DE PARADIGMAS E FORMAÇÃO DE NOVOS PADRÕES DE LEITURA Era um homem extremamente singular. (ASSIS: 1985, p. 814) Patrícia Kátia da Costa PINA¹ A caracterização recortada em epígrafe é o primeiro contato do leitor com o Dr. Belém, o “dono” do esqueleto que dá título ao conto machadiano trabalhado aqui. Trata-se de um indivíduo que prima pela diferença: é culto, inteligente, misterioso – um homem singular, extremamente singular. Essa construção da personagem é feita pelo personagem-narrador, Alberto, que conta sua experiência como discípulo e amigo desse indivíduo tão apartado, pelo caráter, dos demais contemporâneos. Assim ele descreve Dr. Belém: O Dr. Belém era um homem alto e magro; tinha os cabelos grisalhos e caídos sobre os ombros; em repouso era reto como uma espingarda, quando andava curvava-se um pouco. Conquanto o seu olhar fosse muitas vezes meigo e bom, tinha lampejos sinistros, e às vezes, quando ele meditava, ficava com olhos como de defunto. (ASSIS: 1985, p.815) O leitor depara-se, então, com uma narrativa que estabelece o clima de mistério desde os primeiros parágrafos, numa “tendência” gótico-romântica. Fisicamente, Dr, Belém põe medo: parece uma figura saída de algum castelo medieval, figura soturna e fantasmagórica, que lembra alguém no limite entre a loucura e a maldade. As comparações são explicitamente sugestivas: ele é como uma espingarda, como um de- 1. UESC Caderno Seminal Digital, Ano 15, Nº 11, V 11, ( Jan / Jun 2009) - ISSN 1806-9142 189
- Page 138 and 139: PISTAS DE CONTEXTUALIZAÇÃO NA SIN
- Page 140 and 141: 1. Fundamentos teóricos A Sociolin
- Page 142 and 143: ir ao processo situado de interpret
- Page 144 and 145: Com essa noção, enfatiza-se a nat
- Page 146 and 147: discurso é visto como uma atividad
- Page 148 and 149: A mediadora se alinha como a animad
- Page 150 and 151: A partir da linha 36, Rui inicia su
- Page 152 and 153: para se fazer o empréstimo”) nos
- Page 154 and 155: o início a mediadora se alinha com
- Page 156 and 157: Referências bibliográficas COUPER
- Page 158 and 159: O PAPEL DA METÁFORA NA ARGUMENTAÇ
- Page 160 and 161: ambiente de trabalho pode ser descr
- Page 162 and 163: estar apoiados em fatos e acompanha
- Page 164 and 165: mentativo. Além disso, considerou
- Page 166 and 167: cos relativos aos editoriais são a
- Page 168 and 169: ção: tornar o texto mais criativo
- Page 170 and 171: gens familiares aos leitores foi, e
- Page 172 and 173: vaguardas, como a que condiciona a
- Page 174 and 175: CONSERTO, mas numa conotação nega
- Page 176 and 177: Referências ABREU, A.S. Metáfora
- Page 178 and 179: QUADRILÁTERO: AS IMPRESSÕES OLFAT
- Page 180 and 181: iagados e cheios de fadiga, recuper
- Page 182 and 183: Num ritmo mais acelerado, a ode à
- Page 184 and 185: é dono da mesma máscara grotesca,
- Page 186 and 187: A mesma camisola vai ser o disparad
- Page 190 and 191: funto. Essa construção imagética
- Page 192 and 193: te estudo, ligado à idéia de mist
- Page 194 and 195: a reproduz. O sobrenatural é repre
- Page 196 and 197: que leva o olhar do leitor para alg
- Page 198 and 199: mântica. Fausto, de 1806, traz a r
- Page 200 and 201: esteja sempre ao pé da minha víti
- Page 202 and 203: parado e só lhe resta pensar sobre
Referências<br />
lo: Ática, 1985.<br />
BENJAMIN, W. Teses sobre a fi1osofia da História. Organização de Flávio Kothe. São Pau-<br />
BOOS JÚNIOR, A. Quadrilátero. Livro Um: Matheus. São Paulo: Melhoramentos, 1986.<br />
CORBIN, A. Sabores e Odores: o olfato e o imaginário social nos séculos XVIII e XIX. São<br />
Paulo: Companhia das Letras, 1987.<br />
ECO, U. Pós-escrito ao Nome da Rosa. Rio de Janeiro: Nova Fronteira, 1985.<br />
HOHLFELDT, Antônio. A literatura catarinense em busca de identidade II: O romance.<br />
Porto Alegre-Florianópolis: FCC, UFSC, Movimento; 1994.<br />
SABINO, L. L. Grupo Sul: Modernismo em Santa Catarina. Florianópolis: Fundação Cata-<br />
rinense de Cultura, 1981.<br />
Caderno Seminal Digital, Ano 15, Nº <strong>11</strong>, V <strong>11</strong>, ( Jan / Jun 20<strong>09</strong>) - ISSN 1806-9142<br />
188