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A pesquisa e a iniciação científica na universidade - SEAD/UEPB ...

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D I S C I P L I N A<br />

Material APROVADO (conteúdo e imagens) Data: ___/___/___<br />

Nome:_______________________________________<br />

Metodologia Científica<br />

VERSÃO DO PROFESSOR<br />

A <strong>pesquisa</strong> e a <strong>iniciação</strong><br />

<strong>científica</strong> <strong>na</strong> <strong>universidade</strong><br />

Autoras<br />

Célia Regi<strong>na</strong> Diniz<br />

Iolanda Barbosa da Silva<br />

aula<br />

11


Universidade Federal do Rio Grande do Norte<br />

Reitor<br />

José Ivonildo do Rêgo<br />

Vice-Reitora<br />

Ângela Maria Paiva Cruz<br />

Secretária de Educação a Distância<br />

Vera Lúcia do Amaral<br />

Coorde<strong>na</strong>dor de Edição<br />

Ary Sergio Braga Olinisky<br />

Projeto Gráfico<br />

Iva<strong>na</strong> Lima (UFRN)<br />

Revisora Tipográfica<br />

Nouraide Queiroz (UFRN)<br />

Ilustradora<br />

Caroli<strong>na</strong> Costa (UFRN)<br />

Editoração de Imagens<br />

Adauto Harley (UFRN)<br />

Caroli<strong>na</strong> Costa (UFRN)<br />

D585 Diniz, Célia Regi<strong>na</strong>.<br />

Governo Federal<br />

Presidente da República<br />

Luiz Inácio Lula da Silva<br />

Ministro da Educação<br />

Fer<strong>na</strong>ndo Haddad<br />

Secretário de Educação a Distância – SEED<br />

Carlos Eduardo Bielschowsky<br />

Universidade Estadual da Paraíba<br />

Reitora<br />

Marlene Alves Sousa Lu<strong>na</strong><br />

Vice-Reitor<br />

Aldo Bezerra Maciel<br />

Coorde<strong>na</strong>dora Institucio<strong>na</strong>l de Programas Especiais - CIPE<br />

Eliane de Moura Silva<br />

Diagramadores<br />

Bruno de Souza Melo (UFRN)<br />

Iva<strong>na</strong> Lima (UFRN)<br />

Johann Jean Evangelista de Melo (UFRN)<br />

Maria<strong>na</strong> Araújo (UFRN)<br />

Revisora de Estrutura e Linguagem<br />

Rossa<strong>na</strong> Delmar de Lima Arcoverde (UFCG)<br />

Revisora de Língua Portuguesa<br />

Maria Divanira de Lima Arcoverde (<strong>UEPB</strong>)<br />

Metodologia <strong>científica</strong> / Célia Regi<strong>na</strong> Diniz; Iolanda Barbosa da Silva. – Campi<strong>na</strong> Grande; Natal: <strong>UEPB</strong>/UFRN - EDUEP, 2008.<br />

ISBN: 978-85-87108-98-2<br />

1. Metodologia <strong>científica</strong> I. Título.<br />

Ficha catalográfica elaborada pela Biblioteca Central - <strong>UEPB</strong><br />

21. ed. CDD 001.4<br />

Copyright © 2008 Todos os direitos reservados. Nenhuma parte deste material pode ser utilizada ou reproduzida sem a autorização expressa da<br />

UFRN - Universidade Federal do Rio Grande do Norte e da <strong>UEPB</strong> - Universidade Estadual da Paraíba.


Apresentação<br />

Nas aulas anteriores, estudou-se a Metodologia do Estudo que foi abordada <strong>na</strong><br />

perspectiva de seus procedimentos, orientações e normalizações <strong>na</strong> organização e<br />

sistematização de seus estudos <strong>na</strong> <strong>universidade</strong>. A partir desta aula, vai-se estudar o<br />

terceiro momento da metodologia <strong>científica</strong> com o modo de <strong>pesquisa</strong>r, produzir e sistematizar<br />

o saber científico. Esse modo se refere à Metodologia da Pesquisa com o planejamento<br />

e aplicação de métodos, técnicas e instrumentos de <strong>pesquisa</strong> <strong>na</strong> coleta e sistematização<br />

de resultados nos trabalhos acadêmico-científicos. Nesse caso, buscar-se-á como se<br />

produz ciência com o uso do Método Científico e dos procedimentos e normalizações da<br />

Metodologia do Estudo e dos métodos, técnicas e instrumentos de coletas de dados da<br />

Metodologia da Pesquisa, estudados ao longo desta discipli<strong>na</strong>.<br />

O material desta aula virá acompanhado de orientações e atividades que buscam leválo<br />

ao exercício da <strong>iniciação</strong> <strong>científica</strong> com a aplicação dos procedimentos metodológicos de<br />

<strong>pesquisa</strong>. Desse modo:<br />

n elabore as atividades de <strong>pesquisa</strong>, sugeridas no material;<br />

n busque ampliar seus conhecimentos, consultando as leituras que virão indicadas;<br />

n realize sua auto-avaliação da aula no espaço indicado.<br />

Neste momento, você está convidado a fazer um exercício de <strong>iniciação</strong> <strong>científica</strong>,<br />

percorrendo um caminho metodológico de planejamento e execução de <strong>pesquisa</strong>s <strong>científica</strong>s.<br />

Objetivos<br />

Pretende-se, ao fi<strong>na</strong>l desta aula, que você tenha compreendido que:<br />

1<br />

2<br />

3<br />

a <strong>iniciação</strong> <strong>científica</strong> é um caminho <strong>na</strong> formação do<br />

aluno <strong>pesquisa</strong>dor;<br />

o cotidiano da sala de aula tor<strong>na</strong>-se uma fonte de<br />

<strong>pesquisa</strong> <strong>científica</strong>; e<br />

não há como realizar uma <strong>pesquisa</strong> <strong>científica</strong> sem o uso<br />

de métodos, técnicas e instrumentos de <strong>pesquisa</strong>.<br />

Material APROVADO (conteúdo e imagens) Data: ___/___/___ Nome:______________________<br />

VERSÃO DO PROFESSOR<br />

Aula 11 Metodologia Científica 1


VERSÃO DO PROFESSOR<br />

2<br />

Aula 11 Metodologia Científica<br />

Um convite à <strong>pesquisa</strong>...<br />

Pense nisto!!!<br />

A organização da vida de estudo e de <strong>pesquisa</strong> <strong>na</strong> Universidade requer métodos<br />

e técnicas de leitura, organização e documentação dos estudos. O aluno, ao<br />

observar sistematicamente as atividades sugeridas <strong>na</strong>s discipli<strong>na</strong>s, percebe<br />

que a produção do material é resultado de <strong>pesquisa</strong>s e de uma relação dialógica<br />

entre o autor da aula disponibilizada <strong>na</strong> discipli<strong>na</strong> e o aluno, e isto ocorre por<br />

meio da interação, <strong>na</strong> elaboração das atividades e das leituras complementares<br />

sugeridas. Diante disso, o estudo tor<strong>na</strong>-se uma <strong>pesquisa</strong> e, desse modo, o<br />

aluno é iniciado <strong>na</strong> <strong>pesquisa</strong> <strong>científica</strong>.<br />

Atividade 1<br />

Considerando sua experiência de aluno de graduação e de professor, neste momento<br />

você é convidado a escolher um tema-aula estudado em uma das discipli<strong>na</strong>s cursadas em um<br />

dos semestre do curso de Geografia a distância. Observe e comente as questões a seguir:<br />

a) Qual era o tema trabalhado <strong>na</strong> aula?<br />

b) A escolha desse tema se justifica nesta discipli<strong>na</strong>? Por quê?<br />

Material APROVADO (conteúdo e imagens) Data: ___/___/___ Nome:______________________


c) Os objetivos definidos pelos autores foram alcançados? De que forma?<br />

d) Como os autores organizaram a distribuição dos conteúdos?<br />

e) Quais foram as estratégias de aprendizagem criadas para você estudar e aplicar o<br />

conteúdo da aula?<br />

f) Você registrou o conhecimento adquirido <strong>na</strong> aula em sua auto-avaliação? Por quê?<br />

Material APROVADO (conteúdo e imagens) Data: ___/___/___ Nome:______________________<br />

VERSÃO DO PROFESSOR<br />

Aula 11 Metodologia Científica 3


VERSÃO DO PROFESSOR<br />

Aula 11 Metodologia Científica<br />

Reflita!!!<br />

A <strong>pesquisa</strong> <strong>científica</strong> orienta-se por um conjunto de procedimentos e etapas<br />

que organizam um conhecimento sobre os fenômenos. O aluno encontra <strong>na</strong><br />

Universidade o espaço para a sua <strong>iniciação</strong> <strong>científica</strong> que resultará em <strong>pesquisa</strong>s<br />

<strong>científica</strong>s. É <strong>na</strong> Universidade que a prática de <strong>pesquisa</strong> constitui-se em um<br />

ato dinâmico de questio<strong>na</strong>mento, indagação e aprofundamento no processo<br />

de formação do estudante, contribuindo para o desenvolvimento de um aluno<strong>pesquisa</strong>dor<br />

crítico, reflexivo e participativo diante dos fenômenos sociais,<br />

históricos, culturais, econômicos, educativos. Enfim, fenômenos de todas as<br />

áreas do conhecimento humano.<br />

A atividade de <strong>pesquisa</strong> faz parte do cotidiano de todos os indivíduos em sociedade<br />

não ape<strong>na</strong>s dos <strong>pesquisa</strong>dores em laboratórios ou ambientes exclusivos. No dia-a-dia,<br />

os indivíduos <strong>pesquisa</strong>m e comparam preços, verificam a qualidade e durabilidade dos<br />

produtos e fazem escolhas de modo que economizam tempo e dinheiro, sem usarem<br />

necessariamente conceitos e categorias econômicas para se orientarem nessa <strong>pesquisa</strong>.<br />

Já o educador ,quando procura alter<strong>na</strong>tivas para trabalhar os seus conteúdos em sala<br />

de aula, busca encontrá-las, por meio de conversas com outros colegas educadores, em<br />

livros de metodologia de ensino, no acesso à internet e a outras fontes como jor<strong>na</strong>is e<br />

programas educativos.<br />

Nesse processo de <strong>pesquisa</strong>, o educador se utiliza de orientações teóricas, procedimentos<br />

metodológicos e de seu conhecimento empírico, cotidiano. A diferença entre a <strong>pesquisa</strong> feita<br />

pelo indivíduo que busca comprar um produto orientando-se pelo preço e pela qualidade<br />

e o educador que quer encontrar alter<strong>na</strong>tivas para o desenvolvimento do seu conteúdo,<br />

preocupado com a aprendizagem do aluno, está no caminho que cada um escolhe para fazer<br />

a sua <strong>pesquisa</strong>.<br />

A <strong>pesquisa</strong> <strong>científica</strong> é uma atividade desenvolvida por <strong>pesquisa</strong>dores que se dispõem<br />

a utilizar os métodos e as técnicas adequados para obtenção de informações relevantes ao<br />

conhecimento, compreensão e explicação de um dado fenômeno investigado. Retomando<br />

o exemplo do educador que está preocupado com a aprendizagem de seus alunos, ele irá<br />

preocupar-se com os métodos e as técnicas que deverão ser adotados, para isto, ele irá<br />

problematizar a sua prática pedagógica em sala de aula.<br />

Métodos, técnicas e instrumentos são procedimentos adotados pelo <strong>pesquisa</strong>dor<br />

ao buscar fazer ciência, pois toda e qualquer atividade a ser desenvolvida, seja teórica ou<br />

prática, requer procedimentos. O método significa o caminho para se chegar a um fim e a<br />

técnica é o meio de fazer, de forma mais segura e adequada, determi<strong>na</strong>das atividades que<br />

se encaminham para um fim específico. Já os instrumentos são os recursos utilizados para<br />

coleta de dados junto as fontes de <strong>pesquisa</strong>.<br />

Material APROVADO (conteúdo e imagens) Data: ___/___/___ Nome:______________________


Diante disso, se compreende que os métodos e as técnicas são indispensáveis numa<br />

investigação <strong>científica</strong>, pois contribuirá para a ampliação do conhecimento já acumulado,<br />

bem como para a construção, reformulação e transformação de teorias <strong>científica</strong>s, conforme<br />

Barros; Lehfeld (2000).<br />

Convidando Rubem Alves (2000, p.107-8) para discussão sobre a <strong>pesquisa</strong> <strong>científica</strong>,<br />

encontra-se nesta citação direta elementos importantes para a discussão. Veja-se:<br />

[...] Os sacerdotes da ciência me responderam: ’Peguei-te! Porque um dos dogmas<br />

centrais da ciência é que não estamos nunca de posse da verdade fi<strong>na</strong>l. As conclusões<br />

da ciência são sempre provisórias. A ciência não tem dogmas!’ Certo, certíssimo! A<br />

ciência não tem dogmas a seus resultados. Pelo menos oficialmente, em sua declaração<br />

de intenções. Mas essa pretensão é constatada por Thomas Kuhn, autor de A estrutura<br />

das revoluções <strong>científica</strong>s. Ele afirma, baseando-se em dados históricos, que a ciência<br />

tem dogmas sim. E seus dogmas são mantidos pelos cientistas que se agarram<br />

a suas teorias e jamais admitem que a verdade possa ser diferente. Diz Kuhn que,<br />

freqüentemente, é só com a morte desses papas que os dogmas caem de seu pedestal.<br />

Mas, deixando isso de lado, há um dogma sobre o qual todos estão de acordo: o dogma<br />

do método. O que é o dogma do método? Já expliquei: o método é a rede que os<br />

cientistas usam para pegar peixe. O dogma aparece quando se diz que ‘real é somente<br />

aquilo que se pega com as redes metodológicas da ciência’. Foi isso que fizeram com<br />

o meu augusto amigo: ele foi mostrar a seus amigos os pássaros que havia encantado<br />

tocando flauta, e todos disseram: ‘Não foi pego com as redes metodológicas da ciência!<br />

Não é real! Não merece respeito!’. A loucura chega ao ridículo. Recebi uma carta de<br />

uma jovem que estava fazendo uma tese <strong>científica</strong> sobre minhas histórias infantis. A<br />

pobrezinha me escreveu pedindo que eu respondesse um questionário. Ela, certamente<br />

<strong>na</strong>s mãos de um orientador científico, possuído pelo dogma do método, me fazia duas<br />

perguntas que me fizeram sorrir/chorar. Primeira pergunta: ‘qual a teoria que o senhor<br />

usa para escrever suas histórias?’ Segunda pergunta: ‘qual é o método que o senhor<br />

usa para escrever suas histórias?’ Aí eu tive de contar para ela que muitas coisas<br />

nesse universo, muitas mesmo, nos chegam sem que as pesquemos com as redes da<br />

ciência. Picasso dizia: ’eu não procuro. Eu encontro’. As histórias são assim. A gente vai<br />

vagabundando, fazendo <strong>na</strong>da, como uma coceira no pensador, e de repente a história<br />

chega_ <strong>na</strong>s palavras de Guimarães Rosa_ como a bola chega às mãos do goleiro:<br />

prontinha. Sem teoria. Sem método. É só ir para casa e escrever. Uma coisa é certa: a<br />

história não me chega quando estou trabalhando, quando estou procurando. E é assim<br />

que acontece com a poesia, a música, a literatura, a pintura e inclusive a ciência. As<br />

boas idéias não são pescadas <strong>na</strong>s redes metodológicas. ‘não há método para se ter<br />

idéias boas.’ Se houvesse método para se ter idéias boas, bastaria aplicar o método<br />

que seríamos inteligentes. Freqüentemente o resultado do uso do método é o oposto da<br />

inteligência. O tipo está lançando suas redes, as redes voltam sempre vazias, e ele não<br />

se dá conta dos pássaros que se assentaram em seu ombro. A obsessão com o método<br />

entope o caminho das boas idéias.<br />

Material APROVADO (conteúdo e imagens) Data: ___/___/___ Nome:______________________<br />

VERSÃO DO PROFESSOR<br />

Aula 11 Metodologia Científica


VERSÃO DO PROFESSOR<br />

sua resposta<br />

Aula 11 Metodologia Científica<br />

Atividade 2<br />

Registre a sua interpretação do fragmento abaixo, destacado com o grifo nosso, da citação<br />

direta de Rubem Alves (op.cit, p.108), estabelecendo uma relação com a sua prática de educador.<br />

[...] As boas idéias não são pescadas <strong>na</strong>s redes metodológicas. ‘não há método para<br />

se ter idéias boas.’ Se houvesse método para se ter idéias boas, bastaria aplicar o<br />

método que seríamos inteligentes. Freqüentemente o resultado do uso do método é o<br />

oposto da inteligência. O tipo (o raciocínio) está lançando suas redes, as redes voltam<br />

sempre vazias, e ele não se dá conta dos pássaros que se assentaram em seu ombro.<br />

A obsessão com o método entope o caminho das boas idéias. (grifo nosso)<br />

Ao estabelecer uma correlação observe:<br />

a) As idéias boas que você já teve e que aplicou em sala de aula;<br />

b) A sua percepção das necessidades dos alunos <strong>na</strong> aprendizagem dos conteúdos;<br />

c) As sugestões dos alunos que redimensio<strong>na</strong>m sua prática;<br />

d) As experiências compartilhadas pelos alunos <strong>na</strong> aprendizagem de trabalhos de campo;<br />

e) Outras situações que produziam boas idéias.<br />

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Como tor<strong>na</strong>r-se um<br />

aluno-<strong>pesquisa</strong>dor?<br />

Pense nisto!!!<br />

A <strong>iniciação</strong> <strong>científica</strong> é uma experiência que oportuniza ao aluno a vivência<br />

da <strong>pesquisa</strong>. Essa experiência tanto auxilia <strong>na</strong> formação profissio<strong>na</strong>l quanto<br />

no desenvolvimento sociopolítico do estudante, conduzindo-o a uma leitura<br />

crítica e a<strong>na</strong>lítica do seu cotidiano. Diante disso, busca-se criar oportunidades<br />

para que a <strong>iniciação</strong> aconteça tanto <strong>na</strong>s esferas institucio<strong>na</strong>is por meio dos<br />

programas de <strong>iniciação</strong> <strong>científica</strong>, <strong>na</strong>s <strong>universidade</strong>s, quanto <strong>na</strong> sala de aula<br />

através de orientações metodológicas de <strong>pesquisa</strong> sobre temáticas que estão<br />

sendo desenvolvidas <strong>na</strong>s discipli<strong>na</strong>s.<br />

Perceba que a <strong>iniciação</strong> <strong>científica</strong> é um caminho <strong>na</strong> formação dos <strong>pesquisa</strong>dores; diante<br />

disso, o ato educativo <strong>na</strong> <strong>universidade</strong> requer um embasamento metodológico de <strong>pesquisa</strong><br />

tanto do educador como do aluno. Como afirma Pedro Demo em Educar pela <strong>pesquisa</strong><br />

(1996), é necessário ter-se uma nova noção de aluno <strong>na</strong> <strong>universidade</strong>, isto é, não mais como<br />

sendo alguém desprovido de saberes e ignorante diante do mundo que o cerca, buscando<br />

ape<strong>na</strong>s conhecimentos e ensi<strong>na</strong>mentos para fazer avaliações e passar de ano, mas um sujeito<br />

que quer aprender a pensar e a <strong>pesquisa</strong>r para construir seu raciocínio crítico e dialógico,<br />

percebendo-se como sujeito histórico, ativo e participante intelectual e ideologicamente <strong>na</strong><br />

sociedade a qual pertence.<br />

A investigação <strong>científica</strong> se transforma <strong>na</strong> principal expressão da identidade universitária,<br />

quando os esforços e os estímulos pedagógicos fundam-se no tripé ensino-<strong>pesquisa</strong>aprendizagem,<br />

propiciando o desencadeamento de processos de conhecimento da realidade<br />

social. Nesse momento, a relação professor e aluno é mediada pela prática de <strong>pesquisa</strong><br />

enquanto possibilidade pedagógica do aprender a aprender.<br />

Para os iniciantes em <strong>pesquisa</strong> <strong>científica</strong>, o mais importante deve ser a preocupação<br />

<strong>na</strong> aplicação dos métodos e das técnicas de <strong>pesquisa</strong>, do que propriamente os resultados<br />

alcançados no processo de <strong>pesquisa</strong>. Os resultados tor<strong>na</strong>m-se irrelevantes se não houve um<br />

cuidado com os procedimentos metodológicos de <strong>pesquisa</strong>. O estudante fundamentandose<br />

em observações sistemáticas, análises e deduções interpretativas por meio de uma<br />

reflexão crítica vai formando um raciocínio metódico e a<strong>na</strong>lítico que contribuirá com o seu<br />

espírito científico.<br />

Material APROVADO (conteúdo e imagens) Data: ___/___/___ Nome:______________________<br />

VERSÃO DO PROFESSOR<br />

Aula 11 Metodologia Científica


VERSÃO DO PROFESSOR<br />

Aula 11 Metodologia Científica<br />

Segundo Barros; Lehfeld (2000, p. 68) a “[...] <strong>pesquisa</strong> <strong>científica</strong> consiste <strong>na</strong> observação<br />

dos fatos tal como ocorrem espontaneamente, <strong>na</strong> coleta dos dados, no registro de variáveis<br />

presumivelmente relevantes para análises posteriores.” Já para Rudio (2004, p. 16-7) a<br />

<strong>pesquisa</strong> consiste numa “obra de criatividade, que <strong>na</strong>sce da intuição do <strong>pesquisa</strong>dor e recebe<br />

a marca de origi<strong>na</strong>lidade, tanto no modo de apreendê-la como no de comunicá-la.”<br />

Veja-se o trecho da obra Estória de quem gosta de ensi<strong>na</strong>r (ALVES, 1994, p. 38-9) :<br />

Gosto de ver figuras. Fazem bem à imagi<strong>na</strong>ção. Levam-me por mundos já perdidos,<br />

passados, estranhos [...] E a fantasia, encantada pelo mistério dos rostos, dos gestos,<br />

dos cenários, põe-se a voar. Fiquei muito tempo olhando uma gravura do Século XV.<br />

Ainda está aqui, aberta à minha frente, em vermelho, verde, preto, amarelo e branco.<br />

Aula de a<strong>na</strong>tomia. Sobre uma mesa de madeira, o cadáver. Um barbeiro, especialista<br />

da <strong>na</strong>valha, faz os cortes necessários. O corpo se abre sobre o seu instrumento. Os<br />

alunos, a se julgar pelos olhos, não estão entusiasmados. Alguns olham beatificamente<br />

para cima. Talvez estejam vendo algum anjo esvoaçante. Outros, olhar perdido, longe<br />

do cadáver, que deve cheirar mal. No centro, elevado em púlpito e distante da coisa,<br />

o catedrático, dizendo os conhecimentos a<strong>na</strong>tômicos da época. Repetia a Ciência de<br />

Galeno, médico grego, do II Século, papa da Medici<strong>na</strong> por cerca de 1.400 anos. O<br />

fasci<strong>na</strong>nte é pensar que, <strong>na</strong>queles tempos, quando as evidências da <strong>na</strong>valha do barbeiro<br />

colidiam com as teorias de Galeno, quem perdia era o barbeiro. Galeno ganhava<br />

sempre. É que não se acreditava que as coisas, no seu mutismo, pudessem ser mais<br />

sábias que os homens. O conhecimento se encontrava em livros, e nunca <strong>na</strong> <strong>na</strong>tureza<br />

[...] Agora se explica por que é que era o barbeiro, e não o professor, que cortava o<br />

corpo: afi<strong>na</strong>l de contas, aquele trabalho não faria diferença alguma, fosse qual fosse o<br />

desenrolar das dissecações. E se explica também o olhar perdido dos alunos. Por que<br />

olhar para um morto malcheiroso, se a verdade já estava dita num livro? Era muito mais<br />

importante a lição do mestre do que a lição das coisas [...] Imaginem agora uma outra<br />

tela mais louca do que esta, em que o cadáver se põe a falar, e não ape<strong>na</strong>s o morto<br />

como também todas as coisas até então silenciosas, estrelas, pedras, ar, água [...] E<br />

os alunos, talvez possuídos de loucura, subvertem a ordem do saber, esquecem-se<br />

das lições de antigamente, obrigam os mestres a se calarem, e se põem a ouvir vozes<br />

que ninguém ouve, só eles, as vozes das coisas [...] Esta, eu imagino, seria uma tela<br />

dig<strong>na</strong> da imagi<strong>na</strong>ção fantástica de Bosch, ou quem sabe, do surrealismo de Salvador<br />

Dali. Mas não é <strong>na</strong>da disso. Porque seria assim que teríamos de nos representar aquilo<br />

que aconteceu quando Galileu fez a sua revolução, i<strong>na</strong>ugurando a Ciência Moder<strong>na</strong>, e<br />

declarando que era necessário mudar de livro-texto. Aprender a ler a escrita enigmática<br />

da <strong>na</strong>tureza. Pensávamos que fosse muda, quem sabe burra [...] Mas nós é que éramos<br />

a<strong>na</strong>lfabetos. Não entendíamos a sua escrita. E <strong>na</strong>sceu então o fascínio de ser cientista:<br />

decifrador de enigmas. A <strong>na</strong>tureza diz as suas coisas em linguagem que o comum<br />

das pessoas não entende, e o cientista trata de traduzir a língua estrangeira em língua<br />

conhecida. Intérprete. Tradutor. De si mesmo, <strong>na</strong>da tem a dizer _ como convém àquele<br />

que traduz e interpreta com honestidade. Sente-se feliz por só dizer o segredo que o<br />

objeto lhe contou. E até inventaram um nome com que batizaram esta devoção ética<br />

e epistemológica do cientista: objetividade. O sujeito se cala para que sua voz <strong>na</strong>da<br />

mais seja do que a voz da <strong>na</strong>tureza. Como se ele, cientista, se esvaziasse de tudo e<br />

jurasse que <strong>na</strong>da que sai de sua boca é invenção dos seus desejos ou produto da<br />

sua imagi<strong>na</strong>ção. Também para isto inventaram um nome à conduta esperada para o<br />

<strong>pesquisa</strong>dor, neutralidade [...] Há situações em que a neutralidade é uma virtude. E foi<br />

assim que disseram também que a Ciência tinha de ser neutra: vale somente aquilo que<br />

a <strong>na</strong>tureza disse, sem se levar em conta o interesse de ninguém. (grifo nosso)<br />

Material APROVADO (conteúdo e imagens) Data: ___/___/___ Nome:______________________


Nesse trecho Rubem Alves exercita o espírito científico por meio da crítica a objetividade<br />

e neutralidade exigidas com critérios de conduta para o <strong>pesquisa</strong>dor <strong>na</strong> elaboração do saber<br />

científico. Diante do exposto verifica-se a origi<strong>na</strong>lidade e criatividade do autor <strong>na</strong> comunicação<br />

de sua interpretação sobre a <strong>pesquisa</strong> e a conduta <strong>científica</strong> do <strong>pesquisa</strong>dor.<br />

Atividade 3<br />

O gênero textual, Literatura de Cordel, tor<strong>na</strong>-se uma fonte de <strong>pesquisa</strong> sobre questões<br />

contemporâneas a região Nordeste. No caso, vai-se buscar nos fragmentos dos versos de<br />

Manoel Monteiro (2003, p. 01-15) sobre O Milagre do Algodão Colorido 1 os resultados<br />

de uma <strong>pesquisa</strong> genética realizada com o algodão pela Embrapa de Campi<strong>na</strong> Grande, PB.<br />

Leia os fragmentos e registre sua interpretação, relacio<strong>na</strong>ndo-a à discussão do tema: Como<br />

tor<strong>na</strong>r-se um aluno-<strong>pesquisa</strong>dor?<br />

O algodão brasileiro<br />

Do Litoral ao Sertão,<br />

Na Paraíba, inclusive,<br />

Vive uma transformação<br />

Ilumi<strong>na</strong>ndo o presente,<br />

Eis que chega fi<strong>na</strong>lmente<br />

A GRANDE REVOLUÇÃO.<br />

Mas desta revolução<br />

Não sai guerreiro ferido,<br />

Parque fabril devastado,<br />

Monumento destruído,<br />

Nela, um ‘um mago sem condão’<br />

Transmuta o BRANCO ALGODÃO<br />

Em CAPULHO COLORIDO.<br />

[...]<br />

Verde, marrom e mais outras<br />

To<strong>na</strong>lidades e cores<br />

Nascem, como por encanto,<br />

Das mãos dos <strong>pesquisa</strong>dores,<br />

Essa dança colorida<br />

Enche de esperança e vida<br />

Os nossos agricultores.<br />

1 O algodão colorido desenvolvido por <strong>pesquisa</strong>dores da Embrapa já subsidia a produção de vários artigos do<br />

vestuário, decoração e utensílios domésticos, atendendo tanto o mercado interno quanto o mercado externo.<br />

[...]<br />

Das garras desse monstrengo<br />

Dificilmente se escapa<br />

Mas desta vez o Nordeste<br />

Saiu no ‘braço e no tapa’<br />

Em defesa do algodão<br />

Foi buscar munição<br />

Nos arse<strong>na</strong>is da EMBRAPA<br />

Muita gente que estava<br />

Sem outras perspectivas<br />

Desiludidas de tudo<br />

Completamente i<strong>na</strong>tivas<br />

Com o algodão se repondo<br />

Estão felizes compondo<br />

Novas fontes produtivas.<br />

O agricultor do Sertão,<br />

Brejo, Cariri, Agreste,<br />

Está muito satisfeito<br />

Com o resultado do teste<br />

Do ALGODÃO COLORIDO<br />

Que prenuncia florido<br />

Àureos tempos pra o Nordeste.<br />

Material APROVADO (conteúdo e imagens) Data: ___/___/___ Nome:______________________<br />

VERSÃO DO PROFESSOR<br />

Verificar o exemplo<br />

de procedimento para<br />

a inserção de nota de<br />

rodapé, de acordo com as<br />

normas da ABNT.<br />

Aula 11 Metodologia Científica


VERSÃO DO PROFESSOR<br />

10<br />

Aula 11 Metodologia Científica<br />

Depois de uma <strong>pesquisa</strong><br />

Exaustiva e persistente<br />

A EMBRAPA de Campi<strong>na</strong><br />

Conseguiu uma semente<br />

Da qual a pluma extraída<br />

Longa, forte e colorida<br />

Dá um tecido excelente.<br />

Ao fim de teste e mais teste,<br />

De muitos Experimentos<br />

Em busca de descobrir-se<br />

A genes dos elementos<br />

Surgiu com muita vantagem<br />

Uma excelente linhagem<br />

Desses retrocruzamentos.<br />

Assim três belas nuances<br />

Dum VERDE muito bonito<br />

Nasceram dessas <strong>pesquisa</strong>s<br />

E, convencido acredito<br />

Que muitas outras virão<br />

Para alegrar o Sertão<br />

Outrora triste e aflito.<br />

Reflita!!!<br />

Nasceu a BRS<br />

Verde água, uma excelência<br />

No preço em dólar, que é mais;<br />

Também por sua aparência,<br />

Comprovado RENDIMENTO,<br />

Fibra de bom COMPRIMENTO,<br />

Brevidade e RESISTÊNCIA.<br />

Isso se deve aos técnicos<br />

Daqui e do Ceará<br />

E de Uberlândia, em Mi<strong>na</strong>s,<br />

Pois tanto aqui quanto lá<br />

Todos estão trabalhando<br />

Nova aurora abreviando<br />

Para a manhã que virá.<br />

[...]<br />

Manter o homem no campo,<br />

Dar emprego <strong>na</strong> cidade, Preservar a <strong>na</strong>tureza<br />

É uma necessidade,<br />

Algodão de cor faz isso<br />

Porque tem um compromisso<br />

Com nossa prosperidade.<br />

A <strong>pesquisa</strong> enquanto um exercício de criatividade do <strong>pesquisa</strong>dor cria<br />

oportunidades de investigação fora dos espaços clássicos de produção do<br />

saber científico. A literatura de cordel é uma <strong>na</strong>rrativa poética e um exercício<br />

de <strong>pesquisa</strong> e crítica social <strong>na</strong> qual o cordelista expressa sua interpretação do<br />

mundo. Ela cria uma nova possibilidade de apreensão do real “ fora das redes<br />

da ciência”, parafraseando Rubem Alves.<br />

Material APROVADO (conteúdo e imagens) Data: ___/___/___ Nome:______________________


O semi-árido como um<br />

campo de <strong>pesquisa</strong><br />

Pense nisto!!!<br />

A investigação <strong>científica</strong> nos permite extranhar o familiar, questio<strong>na</strong>ndo as<br />

verdades que aparecem de forma <strong>na</strong>turalizada nos discursos políticos e <strong>na</strong>s<br />

políticas públicas sobre o semi-árido. Os problemas sociais advindos da<br />

convivência com o semi-árido, particulares à nossa região, são tratados como<br />

fenômenos <strong>na</strong>turais, por isso as Ciências Sociais se debruçam sobre esses<br />

discursos procurando compreendê-los e explicá-los.<br />

A <strong>iniciação</strong> <strong>científica</strong> cria a oportunidade para o aluno tor<strong>na</strong>r-se um <strong>pesquisa</strong>dor,<br />

acompanhado de um professor-orientador. Veja-se os fragmentos do relatório de uma<br />

<strong>pesquisa</strong> sobre o semi-árido paraibano apresentado em agosto de 2007 ao Programa de<br />

Iniciação Científica da Universidade Estadual da Paraíba, sob a orientação da professora<strong>pesquisa</strong>dora,<br />

socióloga, Nerize Laurentino Ramos com a alu<strong>na</strong>-<strong>pesquisa</strong>dora, do curso de<br />

Serviço Social, Jaqueline de Araújo Oliveira:<br />

A região do semi-árido brasileiro compreende quase toda a região Nordeste e parte dos<br />

estados de Mi<strong>na</strong>s Gerais e Espírito Santo. Caracterizada pelo clima seco, escassez de<br />

água e longos períodos de estiagem. Esta situação climática, agravada periodicamente<br />

nos períodos de seca, desnuda problemas sociais que se repetem ano após ano. A<br />

história e a mídia apresentam a cada período de seca uma população pobre, que passa<br />

fome e sede, que migra para as regiões Sul e Sudeste do país em busca de sobrevivência<br />

numa outra realidade, abando<strong>na</strong>ndo a sua terra <strong>na</strong>tal, a sua história. As políticas<br />

gover<strong>na</strong>mentais para a região são viabilizadas, a partir dos anos 30, através de vários<br />

órgãos oficiais ligados à assistência social, planejando ações para evitar as migrações<br />

dos “flagelados”; ações que se caracterizavam pelo pater<strong>na</strong>lismo, assistencialismo<br />

e a focalização das ações, que além de não resolveram a problemática fomentavam<br />

a dependência. A ineficácia destas políticas é provada pela repetição dos fatos no<br />

transcurso dos anos. Os programas emergenciais de intervenção estatal constituíramse<br />

como instrumento de reprodução destas condições de fragilidades, recriando a<br />

domi<strong>na</strong>ção e a miséria no Nordeste. (DINIZ, 2002). As políticas de ‘combate às secas’<br />

que promoviam a construção de grandes obras (açudagem), se mostraram favoráveis<br />

à concentração hídrica e, não resolvendo o problema da seca, fomentou a dependência.<br />

No dizer de Paulo Diniz: ’o problema do Nordeste semi-árido não é a situação de seca<br />

em si, mas uma realidade de domi<strong>na</strong>ção política, autoritarismo, concentração da<br />

terra e da água’. (2002, p. 40). A conjuntura política dos anos 90, promovida pela<br />

Constituição Cidadã de 1988, favoreceu a mobilização dos trabalhadores que, exigindo<br />

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VERSÃO DO PROFESSOR<br />

Aula 11 Metodologia Científica 11


VERSÃO DO PROFESSOR<br />

12<br />

Verificar o exemplo<br />

de procedimento para<br />

a inserção de nota de<br />

rodapé, de acordo com as<br />

normas da ABNT.<br />

Aula 11 Metodologia Científica<br />

providências para mudar o quadro até então submetidos, ocuparam a sede da SUDENE,<br />

no Recife – PE, em 1993. Deste movimento surge o Fórum Nordeste que tinha objetivo:<br />

elaborar um programa de ações permanentes que promovessem o desenvolvimento<br />

sustentável da região, considerando os beneficiados como cidadãos. (DINIZ, op.cit).<br />

Na Paraíba, <strong>na</strong> perspectiva de dar prosseguimento às discussões, iniciadas no Fórum<br />

Nordeste, foi promovido um Seminário sobre o Semi-Árido Paraibano, que possibilitou<br />

o debate entre diversas organizações, resultando no documento que tinha como tema<br />

mobilizador a realidade do semi-árido brasileiro e a intervenção gover<strong>na</strong>mental de caráter<br />

permanente. ‘Assim surge a Articulação do Semi-Árido Paraibano, <strong>na</strong> qual pessoas e<br />

organizações diversas se integram para pensar o desenvolvimento no estado’. (idem,<br />

2002, p. 54). O Fórum ASA Paraíba se consolida como espaço político e mobilizador<br />

dos agricultores e agricultoras familiares e suas organizações e, para materializar suas<br />

propostas, promove discussões com atores sociais diversos, a fim de elaborar um<br />

projeto sustentável de desenvolvimento para o semi-árido. Refletir, planejar, propor<br />

ações articuladas de convivência com o semi-árido, passou a ser o grande referencial<br />

de articulação. [...] Este trabalho de <strong>pesquisa</strong>, compreende como delimitação de campo<br />

teórico de investigação, o Fórum ASA Paraíba como formulador de políticas públicas<br />

e o P1MC 2 como uma das suas expressões – materialização da sua ação nos cinco<br />

municípios que compõem a microrregião do agreste paraibano que participam do<br />

Programa: Campi<strong>na</strong> Grande, Puxi<strong>na</strong>nã, Aroeiras, Gado Bravo e Mogeiro. Através da<br />

participação nos eventos promovidos pela ASA (reuniões municipais, microrregio<strong>na</strong>is,<br />

estaduais, feiras), bem como <strong>na</strong>s atividades promovidas diretamente pelo P1MC<br />

(Capacitação em Gerenciamento de Recursos Hídricos Cidadania e Convivência<br />

com o Semi-Árido – GRH) acompanhamos, através da observação participante, as<br />

atividades desenvolvidas junto aos agricultores e agricultoras da região específica da<br />

<strong>pesquisa</strong>: Agreste da Borborema. [...] O caminho metodológico – método, técnica e<br />

instrumento de análise – segue os pressupostos da análise do discurso. Consiste em<br />

pensar as experiências, dos agricultores e agricultoras do semi-árido paraibano, suas<br />

organizações e mediações, como processos discursivos, como: “lugar de significação,<br />

de confronto de sentidos de estabelecimento de identidades, de argumentação”<br />

(ORLANDI, 1990, p. 18). A <strong>pesquisa</strong> foi realizada junto às organizações da ASA Paraíba<br />

que estão apresentando propostas <strong>na</strong> área de recursos hídricos, reflexio<strong>na</strong>ndo sobre<br />

a viabilidade e sustentabilidade das suas proposições e, mas especificamente, nos<br />

municípios da microrregião do Agreste (Campi<strong>na</strong> Grande, Puxi<strong>na</strong>nã, Aroeiras, Gado<br />

Bravo e Mogeiro) delimitação do campo desta <strong>pesquisa</strong>, que participam do P1MC e das<br />

dinâmicas da ASA. Trata-se de abordar as falas-práticas, dinâmicas-experiências como<br />

configurações históricas específicas, geradoras de redes, cadeias político-discursivas.<br />

Como um determi<strong>na</strong>do discurso, pronunciado em um contexto delimitado, adquire<br />

legitimidade. Parte-se do pressuposto de que ‘[...] todo falante, todo ouvinte ocupa<br />

um lugar <strong>na</strong> sociedade, e isso faz parte da significação’ (ORLANDI, 1988, p. 18). Quais<br />

são os lugares de maior visibilidade? Que processos são desencadeados? Que atores<br />

são definidores do processo? Com a observação direta – observação participante –<br />

trabalha-se as informações através das regularidades discursivas: <strong>na</strong>s recorrências, nos<br />

enunciados previsíveis e imprevisíveis, nos ditos-desditos-interditos, no silêncio-não<br />

fala, como elementos discursivos, como material de significação. Busca-se entender o<br />

movimento dos atores e/ou redes sociais, as regras que movimentam e motivam cada<br />

2 Programa de Formação e Mobilização Social para Convivência com o Semi-Árido: Um Milhão de Cister<strong>na</strong>s<br />

Rurais – P1MC<br />

Material APROVADO (conteúdo e imagens) Data: ___/___/___ Nome:______________________


ator social através das ações e/ou espaços de gestão do programa: visitas, reuniões<br />

temáticas, encontros e mobilizações estaduais, microrregio<strong>na</strong>is e regio<strong>na</strong>is. Foram<br />

realizadas entrevistas semi-estruturadas com agricultores e agricultoras, participantes<br />

do programa e representantes das organizações de assessoria, coorde<strong>na</strong>ção e mediação<br />

dos processos. Outro aspecto da abordagem metodológica diz respeito à literatura<br />

existente sobre o tema. Trata-se de inserir cada documento <strong>na</strong> historicidade que o<br />

caracteriza, tomá-los como discursos impreg<strong>na</strong>dos de sentidos, como ‘determi<strong>na</strong>ção<br />

histórica dos processos de significação’ (PÊCHEUX apud ORLANDI, 1991, p. 18). Nessa<br />

perspectiva foram a<strong>na</strong>lisados documentos, relatórios, dissertações, artigos, produzidos<br />

sobre o tema e seus desdobramentos - a<strong>na</strong>lítico-propositivo: políticas públicas,<br />

agricultura familiar, redes sociais, gestão participativa, semi-árido, recursos hídricos,<br />

entre outros.[...] A Articulação do Semi-Árido Paraibano, através do P1MC, desenvolve<br />

metodologias participativas <strong>na</strong> promoção do desenvolvimento sustentável partindo da<br />

valorização da agricultura familiar, das experiências desenvolvidas <strong>na</strong>s comunidades<br />

rurais e da parceria com o Governo Federal. Neste propósito o P1MC vem favorecendo<br />

a ampliação, expansão e divulgação das experiências e ações de convivência com o<br />

semi-árido para mais comunidades e municípios. Nos municípios da microrregião do<br />

Agreste surgem novas organizações, como os FRS, porém com suas dificuldades,<br />

mas se verifica em todos os municípios <strong>pesquisa</strong>dos como uma organização que<br />

surge vinculada à construção de cister<strong>na</strong>s do P1MC. As experiências bem sucedidas<br />

de agroecologia são divulgadas, como o semeio abafado muito praticado no município<br />

de Mogeiro, que a partir dos eventos promovidos pela ASA e o P1MC foi apresentado<br />

(panfletos e reuniões itinerantes do FOLIA ) e divulgado como forma de convivência<br />

com o semi-árido. A água para as famílias da região significa mais do que matar a sede,<br />

significa alívio para o sofrimento da busca pela água a longas distancias, do cansaço, da<br />

falta de expectativa de vida, do distanciamento da terra <strong>na</strong>tal e dos familiares. As famílias<br />

dividem a vida no antes e depois da cister<strong>na</strong>, ou seja, no antes e depois da garantia<br />

de captar e armaze<strong>na</strong>r água de chuva para beber e cozinhar. As formas de captação<br />

e armaze<strong>na</strong>mento de água, existentes nos municípios, não atendiam as necessidades<br />

de água para o consumo humano, pelo contrário, excluíam os pequenos proprietários<br />

do direito a água potável, fomentavam a dependência política, e colocavam em risco<br />

a saúde dos que utilizavam água contami<strong>na</strong>da. O P1MC não está sendo ape<strong>na</strong>s um<br />

programa de construção de cister<strong>na</strong>s, mas convoca os beneficiados a serem atores<br />

no processo de construção de uma nova perspectiva social, política e ambiental para o<br />

semi-árido.Os agricultores aprendem com experiências de outros agricultores, não vem<br />

um pacote imposto de cima para baixo, como ocorreu <strong>na</strong>s políticas de modernização da<br />

agricultura. A cister<strong>na</strong> tem se constituído como instrumento que viabiliza <strong>na</strong> microrregião<br />

do agreste a mobilização para convivência com o semi-árido, pois é construída como<br />

uma estrutura básica, mas não a única, é neste processo de mobilização que ocorre a<br />

divulgação de outras experiências e que se identifica as necessidade de outras águas,<br />

como a água para produção. Promover a mobilização e a inclusão social não é tarefa fácil,<br />

principalmente quando esbarram em relações históricas de dependência, clientelismo e<br />

subalternidade, onde os beneficiados são considerados como meros receptores de ações<br />

gover<strong>na</strong>mentais, pelas quais “devem” guardar um sentimento de gratidão. É importante<br />

avançar <strong>na</strong> problematização destes processos sociais no campo – limites, possibilidades<br />

e desafios da convivência sustentável com o semi-árido. Com esta <strong>pesquisa</strong>, busca-se<br />

contribuir ao debate acadêmico, através do GEAPS – Grupo de Estudos, Assessoria e<br />

Pesquisa Social, que envolve os Departamentos de Filosofia e Ciências Sociais e Serviço<br />

Social, <strong>na</strong> perspectiva de gerar <strong>pesquisa</strong>s interdiscipli<strong>na</strong>res como aporte ao pensamento<br />

crítico da Universidade e a interlocução com a Sociedade Civil e o Estado<br />

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VERSÃO DO PROFESSOR<br />

Aula 11 Metodologia Científica 13


VERSÃO DO PROFESSOR<br />

1<br />

Aula 11 Metodologia Científica<br />

Atividade 4<br />

Leia como atenção o fragmento do texto do relatório de <strong>pesquisa</strong>, destacando e<br />

registrando nos espaços as respostas das questões que seguem:<br />

a) O que foi investigado pelas <strong>pesquisa</strong>doras?<br />

b) Por que elas se interessaram em investigar essa temática?<br />

c) Qual foi o objetivo da <strong>pesquisa</strong>?<br />

d) Quais foram os procedimentos metodológicos (como a <strong>pesquisa</strong> foi feita) adotados?<br />

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e) Como foram selecio<strong>na</strong>dos os sujeitos (os indivíduos entrevistados) da <strong>pesquisa</strong>?<br />

f) A que resultados a <strong>pesquisa</strong> chegou?<br />

g) A partir dos resultados dessa <strong>pesquisa</strong> como você percebe o semi-árido?<br />

Reflita!!!<br />

A prática da <strong>pesquisa</strong> <strong>na</strong> Universidade contribui com a sua formação de<br />

professor-<strong>pesquisa</strong>dor <strong>na</strong> medida em que traz questões do seu cotidiano para<br />

reflexão e crítica, possibilitando a você uma nova postura diante dos seus<br />

alunos seja no ensino fundamental ou no ensino médio.<br />

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VERSÃO DO PROFESSOR<br />

Aula 11 Metodologia Científica 1


VERSÃO DO PROFESSOR<br />

1<br />

Aula 11 Metodologia Científica<br />

Atividade 5<br />

Os seus alunos também possuem um saber sobre o semi-árido. Selecione,<br />

aleatoriamente, 10 alunos, entre homens e mulheres, de uma de suas turmas, seja do<br />

ensino fundamental ou do ensino médio e peça-lhes que respondam, por escrito, a seguinte<br />

questão: o que você entende por semi-árido? Após coletar as respostas, liste-as no quadro<br />

1, indicando ao lado de cada resposta a série, sexo e idade (variáveis de sua <strong>pesquisa</strong>); em<br />

seguida, procure elementos em comum <strong>na</strong>s respostas dos alunos e destaque-os no quadro<br />

2. Esses elementos devem ser a<strong>na</strong>lisados e registrados no espaço indicado, buscando-se<br />

identificar se as percepções em comum estão focadas em um olhar <strong>na</strong>turalizado sobre o<br />

semi-árido ou em um olhar que o percebe como uma problemática social.<br />

Quadro 1- Respostas dos alunos<br />

Nº Compreensões sobre o Semi-árido Série Sexo Idade<br />

Você sabia !!!<br />

Que o Rio Grande do Norte <strong>na</strong> Nova delimitação do Semi-árido Brasileiro,<br />

realizada pelo Ministério da Integração Nacio<strong>na</strong>l ficou com 147 municípios<br />

classificados <strong>na</strong> região do semi-árido e que a Paraíba ficou com 170 municípios<br />

classificados nessa região.<br />

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Fonte: Pesquisa de campo


Fragmentos de respostas em comum<br />

dadas pelos alunos<br />

Quadro 2 - Elementos em comum <strong>na</strong>s respostas<br />

Número de vezes que<br />

aparece o elemento em<br />

comum <strong>na</strong>s respostas<br />

Percentual (%) em<br />

relação ao número de<br />

alunos<br />

Total 10 100 %<br />

A<strong>na</strong>lise dos elementos em comum, <strong>na</strong>s respostas dos alunos. Posicione-se criticamente,<br />

diante dessas percepções sobre o semi-árido.<br />

Reflita!!!<br />

Na elaboração desse exercício você definiu o que queria estudar e o que<br />

pretendia descobrir, quem seriam os sujeitos de sua <strong>pesquisa</strong> e como<br />

metodologicamente ela seria feita; além de, coletar e a<strong>na</strong>lisar os dados obtidos<br />

<strong>na</strong> <strong>pesquisa</strong>, fundamentando-se numa perspectiva crítica sobre o semi-árido.<br />

Parabéns!!! Você iniciou-se <strong>na</strong> <strong>pesquisa</strong> <strong>científica</strong>.<br />

Material APROVADO (conteúdo e imagens) Data: ___/___/___ Nome:______________________<br />

VERSÃO DO PROFESSOR<br />

Fonte: Pesquisa de campo<br />

Aula 11 Metodologia Científica 1


VERSÃO DO PROFESSOR<br />

1<br />

Aula 11 Metodologia Científica<br />

Concluindo a aula!!!!!<br />

Convida-se ao fi<strong>na</strong>l desta aula, o aluno-<strong>pesquisa</strong>dor a tor<strong>na</strong>r-se um professor-<strong>pesquisa</strong>dor<br />

em sua sala de aula, seja no ensino fundamental ou no ensino médio, pois a educação<br />

precisa acontecer pela <strong>pesquisa</strong>. Conforme Demo (2004, p. 77) ‘‘[...] é totalmente<br />

impróprio aceitar, como se faz entre nós, que a <strong>pesquisa</strong> começa com a pós-graduação,<br />

quando, <strong>na</strong> verdade, começa no pré-escolar, já que reconstruir conhecimento não é uma tarefa<br />

especial para curso especial, mas função da vida.” Nesse caso, o professor se tor<strong>na</strong> em sala de<br />

aula um mediador do processo de reconstrução do(s) saber(es) e da(s) ciência(s).<br />

Sugestões de Leitura<br />

Orienta-se como leituras complementares as discussões apresentadas nesta aula:<br />

BARROS, A. J. da S.; LRHFELD, N. A. de S. Fundamentos de Metodologia Científica: um<br />

guia para <strong>iniciação</strong> <strong>científica</strong>. 2. ed. ampl. São Paulo: MAKRON Books, 2000.<br />

Os autores apresentam no capítulo 6 – A Pesquisa Científica e a Iniciação Científica,<br />

uma discussão teórica sobre a Pesquisa Científica <strong>na</strong> Universidade abordando as questões<br />

éticas e a legitimidade do saber produzido institucio<strong>na</strong>lmente; além da classificação dos<br />

tipos de <strong>pesquisa</strong>, dos métodos e do planejamento da <strong>pesquisa</strong>.<br />

ALBUQUERQUE JÚNIOR, D. M. de. Preconceito contra a origem geográfica e de lugar: as<br />

fronteiras da discórdia. São Paulo: Cortez, 2007. (Coleção Preconceitos)<br />

O autor contextualiza, <strong>na</strong> obra, uma discussão crítica sobre a construção de tipologias<br />

que geram conceitos e preconceitos sobre o espaço e o lugar <strong>na</strong> invenção do nordeste. Essa<br />

contribui para leitura dos lugares e não-lugares no discurso sobre o semi-árido nordestino.<br />

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Resumo<br />

Nesta aula, foi trabalhada a <strong>pesquisa</strong> e a <strong>iniciação</strong> <strong>científica</strong> como uma prática<br />

de formação do aluno universitário. A <strong>pesquisa</strong> <strong>científica</strong> tor<strong>na</strong>-se um modo<br />

de conhecer que se utiliza de métodos, técnicas e instrumentos de coleta de<br />

dados no seu planejamento e execução. Ela é uma atividade desenvolvida<br />

por <strong>pesquisa</strong>dores que buscam apreender o real por meio de um exercício<br />

reflexivo e crítico. A <strong>iniciação</strong> <strong>científica</strong> dá-se por meio de estímulos à<br />

problematização do cotidiano. O “extranhamento” do familiar é um dos<br />

exercícios fundamentais para a <strong>iniciação</strong> <strong>científica</strong>, particularmente dos<br />

fenômenos sociais que aparecem como fenômenos <strong>na</strong>turais, como ocorre<br />

com o semi-árido paraibano estudado nessa aula.<br />

Auto-avaliação<br />

Comente o fragmento a seguir, refletindo após as discussões desta aula sobre<br />

a <strong>pesquisa</strong> e a <strong>iniciação</strong> <strong>científica</strong>.<br />

[...] O objetivo dos principiantes deve ser a aprendizagem quanto à forma de percorrer<br />

as fases da <strong>pesquisa</strong> <strong>científica</strong> e à operacio<strong>na</strong>lização de técnicas de investigação. À<br />

medida que o <strong>pesquisa</strong>dor amplia o seu amadurecimento <strong>na</strong> utilização de procedimentos<br />

científicos, tor<strong>na</strong>-se mais hábil e capaz de realizar <strong>pesquisa</strong>s <strong>científica</strong>s. Isto significa<br />

que a persistência é necessária e que o lema é aprender-fazendo. Não existem receitas<br />

mágicas para a realização de <strong>pesquisa</strong>s [...]. (BARROS; LEHFELD, 2000, p. 68)<br />

Material APROVADO (conteúdo e imagens) Data: ___/___/___ Nome:______________________<br />

VERSÃO DO PROFESSOR<br />

sua resposta<br />

Aula 11 Metodologia Científica 1


VERSÃO DO PROFESSOR<br />

20<br />

Aula 11 Metodologia Científica<br />

Referências<br />

ALBUQUERQUE JÚNIOR, D. M. de. Preconceito contra a origem geográfica e de lugar: as<br />

fronteiras da discórdia. São Paulo: Cortez, 2007. (Coleção Preconceitos)<br />

ALVES, R. Entre a ciência e a sapiência: o dilema da educação. 4. ed. São Paulo: Loyola, 2000.<br />

______. Estórias de quem gosta de ensi<strong>na</strong>r. 17. ed. São Paulo: Cortez, 1994.<br />

BARROS, A. J. da S.; LRHFELD, N. A. de S. Fundamentos de Metodologia Científica: um<br />

guia para <strong>iniciação</strong> <strong>científica</strong>. 2. ed. ampl. São Paulo: MAKRON Books, 2000.<br />

BRASIL. Ministério da Integração Nacio<strong>na</strong>l. Secretaria de Políticas de Desenvolvimento<br />

Regio<strong>na</strong>l. Nova Delimitação do Semi-Árido Brasileiro. Brasília, DF: Assessoria de<br />

Comunicação Social da Secretaria de Políticas de Desenvolvimento Regio<strong>na</strong>l, 2005.<br />

DEMO, P. Educar pela <strong>pesquisa</strong>. Campi<strong>na</strong>s: Autores Associados, 1996.<br />

______. Professor do futuro e reconstrução do conhecimento. Petrópolis, Rj: Vozes, 2004.<br />

MONTEIRO, M. O Milagre do Algodão Colorido. Campi<strong>na</strong> Grande: Gráfica Martins, 2003.<br />

Literatura de Cordel.<br />

OLIVEIRA, J. de A.; RAMOS, N. L. A ASA Paraíba e o P1MC: uma experiência de política<br />

pública para convivência com o semi-árido. Campi<strong>na</strong> Grande: [s. n.], 2007. Relatório Fi<strong>na</strong>l<br />

apresentado ao Programa Institucio<strong>na</strong>l de Iniciação Científica – PROINCI/<strong>UEPB</strong>.<br />

RUDIO, F. V. Introdução ao projeto de <strong>pesquisa</strong> <strong>científica</strong>. 32. ed. Petrópolis: Vozes, 2004.<br />

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Metodologia Científica – GEOGRAFIA<br />

EMENTA<br />

Conhecimento e Saber; O Conhecimento Científico e Outros Tipos de Conhecimento; Principais Abordagens Metodológicas;<br />

Contextualização da Ciência Contemporânea; Documentação Científica; Tipos de Trabalhos Acadêmico-Científicos; Tipos<br />

de Pesquisa; Aplicações Práticas.<br />

AUTORAS<br />

n Célia Regi<strong>na</strong> Diniz<br />

n Iolanda Barbosa da Silva<br />

AULAS<br />

01 O saber humano e sua diversidade<br />

02 Ciência e Conhecimento<br />

03 O caminho da ciência: o método científico<br />

04 Os tipos de métodos e sua aplicação<br />

05 O método dialético e suas possibilidades reflexivas<br />

06 Leitura: análise e interpretação<br />

07 Como organizar e documentar a leitura: esquemas, fichamentos, resumos e resenhas<br />

08 Normalização <strong>na</strong> redação de trabalhos científicos – parte I<br />

09 Normalização <strong>na</strong> redação de trabalhos científicos – parte II<br />

10 Normalização <strong>na</strong> redação de trabalhos científicos – parte III<br />

11 A <strong>pesquisa</strong> e a <strong>iniciação</strong> <strong>científica</strong> <strong>na</strong> <strong>universidade</strong><br />

12 Redação do projeto de <strong>pesquisa</strong><br />

REVISÃO<br />

2º Semestre de 200 Impresso por: Texform

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