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APOSTILA DE PORTUGUÊS

APOSTILA DE PORTUGUÊS


INTERPRETAÇÃO TEXTUAL<br />

OS DEZ MANDAMENTOS PARA ANÁLISE DE TEXTOS:<br />

1. Ler o texto duas vezes. A primeira <strong>para</strong> tomar contato com o assunto; a segunda<br />

<strong>para</strong> observar como o texto está articulado, desenvolvido.<br />

2. Observar que um parágrafo em relação ao outro pode indicar uma continuação ou<br />

uma conclusão ou, ainda, uma falsa oposição.<br />

3. Sublinhar, em cada parágrafo, a idéia mais importante, ou seja, o tópico frasal.<br />

4. Ler com muito cuidado os enunciados das questões <strong>para</strong> entender direito a intenção<br />

do que foi pedido.<br />

5. Sublinhar palavras como: erro, incorreto, correto, etc., <strong>para</strong> não se confundir no<br />

momento de responder a questão.<br />

6. Escrever, ao lado de cada parágrafo ou de cada estrofe, a idéia mais importante<br />

contida neles.<br />

7. Não levar em consideração o que o autor quis dizer, mas sim o que ele disse,<br />

escreveu.<br />

8. Se o enunciado mencionar tema ou idéia principal, deve-se examinar com atenção a<br />

introdução e/ou a conclusão.<br />

9. Se o enunciado mencionar argumentação, deve preocupar-se com o<br />

desenvolvimento.<br />

10. Tomar cuidado com os vocábulos relatores (os que remetem a outros vocábulos<br />

do texto: pronomes relativos, pronomes pessoais, pronomes demonstrativos, etc.)<br />

CONOTAÇÃO X DENOTAÇÃO<br />

DENOTAÇÃO - É o significado próprio da palavra que independe do contexto. É o uso<br />

da palavra no seu sentido próprio. Aparece com freqüência na linguagem informática e<br />

técnica.<br />

A rapaz construiu o muro.<br />

O coração é um órgão do corpo humano.<br />

O homem atravessou um rio.<br />

Comprei uma correntinha de ouro.<br />

CONOTAÇÃO - É um novo significado que a palavra pode adquirir dentro de um<br />

determinado contexto. Na conotação, as palavras assumem um sentido figurativo.<br />

A mulher nadava em ouro.<br />

As beatas choraram rios de lágrimas.<br />

Aquela senhora é um coração de pessoa.<br />

O tempo ia pingando lentamente.<br />

EXERCÍCIOS<br />

Anteponha às frases D ou C <strong>para</strong> sentido conotativo ou denotativo apresentado:<br />

1


A) ....... Quebrei um galho de árvores.<br />

B) ....... O presidente quebrou o protocolo.<br />

C) ....... Não sejas escravo da moda.<br />

D) ....... O escravo fugiu <strong>para</strong> o quilombo.<br />

E) ....... Tive uma idéia luminosa.<br />

F) ....... Os cometas têm uma cauda luminosa.<br />

G) ....... Joel estava imerso em profunda tristeza.<br />

H) ....... Doces recordações e amargas desilusões.<br />

I) ....... A fruta tem um sabor amargo.<br />

ERROS COMUNS EM ANÁLISE DE TEXTOS<br />

EXTRAPOLAÇÃO - é o fato de se fugir do texto, ou melhor, “escorregar na maionese”.<br />

Ocorre quando se interpreta o que não está escrito. Muitas vezes são fatos reais, mas<br />

que não estão expressos no texto. Deve-se dar importância somente ao que está<br />

relatado.<br />

REDUÇÃO - é o fato de se valorizar uma parte do contexto, deixando de lado a sua<br />

totalidade. Deixa-se de considerar o texto como um todo <strong>para</strong> se ater apenas à parte<br />

dele.<br />

CONTRADIÇÃO - é o fato de se entender justamente o contrário do que está escrito.<br />

É bom que se tome cuidado com algumas palavras, como: “pode”, “deve”, “não”, o<br />

verbo “ser”, principalmente.<br />

COMPREENSÃO E INTERPRETAÇÃO DE TEXTO.<br />

Compreendemos um texto quando o analisamos por inteiro - o que realmente está<br />

escrito - coletando dados do texto. Interpretamos um texto quando damos a ele um<br />

valor pessoal.<br />

Mas é válido ressaltar que mesmo diante de nossa interpretação pessoal do texto,<br />

deve-se observar a existência de uma idéia básica defendida pelo autor. E é essa a<br />

idéia que precisamos encontrar ao ler o texto, a fim de respondermos questões de<br />

interpretação textual.<br />

O primeiro passo <strong>para</strong> se interpretar um texto, depois de lê-lo, é identificar qual a<br />

tipologia textual, ou seja, o tipo de texto que lemos. Há três tipos:<br />

TEXTO DESCRITIVO: descrever é representar verbalmente um objeto, uma pessoa,<br />

um lugar, mediante a indicação de aspectos característicos. E <strong>para</strong> isso, impõe-se o<br />

uso de palavras específicas, exatas, que estão intimamente ligadas às sensações<br />

(sentidos físicos: olfato, paladar, visão, audição; sentidos psíquicos ou de sensibilidade<br />

interna: fadiga, tristeza, alegria, estresse, etc.) de cada indivíduo.<br />

"O feijão estava tão gostoso, mas tão gostoso que eu comi só uma bacia."<br />

"A cidade de Recife é linda, com locais fantásticos, que demonstram a beleza do povo,<br />

o cheiro gostoso do ambiente e o cuidado que Deus teve <strong>para</strong> criá-la. "<br />

TEXTO NARRATIVO: é o relato de um fato, de um acontecimento, em que atuam<br />

personagens. Os acontecimentos são narrados por um narrador, que pode assumir<br />

duas atitudes distintas: colocar-se fora ou dentro da história.<br />

2


Situando-se fora, restringe seu conhecimento e informação ao que lhe permite sua<br />

limitada visão (narrador-observador), ou assume, em última instância, a onisciência<br />

(narrador onisciente).<br />

Narrador onisciente - sabe tudo a respeito das personagens, seus pensamentos,<br />

sentimentos, etc.<br />

"José Ribamar é, no colégio, o menino que usa dentes de fora, monstruoso e<br />

intempestivo, assassino frio de gatos, canários e sabiás, matador de gambás, preás e<br />

outros bichos que só de ver, brrr! Nos dão calafrios. A própria imagem do terror: ele<br />

tira partido de sua própria aparência má, mostrando ainda pior. Faz com que a própria<br />

mãe espere sôfrega, a hora de abrir o colégio e a professora, ainda mais sôfrega, a<br />

hora de fechá-lo."<br />

(José Ribamar Rainho - O Monstro - Millor Fernades)<br />

B) situando-se dentro, aumenta o conhecimento e a informação e pode adotar o ponto<br />

de vista de uma ou mais personagens (narrador-personagem).<br />

" A nave movia-se lentamente em direção ao destino, abrindo caminho, levada, pelo<br />

emaranhado de moléculas de gás tão unidas que o próprio hidrogênio era reduzido à<br />

densidade de um líquido. Vapor amoníaco, emanando dos vastíssimos oceanos<br />

daquele líquido, saturava a horrível atmosfera... Júpiter não era um mundo agradável."<br />

(Os novos robôs - Isaac Asimov)<br />

Disso decorre que toda produção do discurso depende da cosmovisão (visão de<br />

mundo) do narrador e o ponto de vista ou foco narrativo é um critério <strong>para</strong><br />

sistematizar a narração, revelando todos os valores do mundo enfocado. O foco<br />

narrativo pode ser em:<br />

(a) 3ª pessoa: o narrador pode ou não fazer parte da narração. Ele narra os fatos na<br />

forma de um observador ou fazendo parte das personagens.<br />

(b) 1ª pessoa: o narrador faz parte da história, pois ele sempre vai falar em seu nome<br />

e a partir do seu ponto de vista.<br />

O texto narrativo possui uma estrutura básica composta de enredo (o desenrolar dos<br />

acontecimentos), espaço físico (o lugar onde ocorre a ação, a história) e tempo (o<br />

momento em que os fatos ocorrem).<br />

TEXTO DISSERTATIVO: o texto dissertativo não nos conta uma história, não nos<br />

descreve um lugar; ele nos apresenta uma idéia a ser defendida com argumentos,<br />

através de exemplos, estatísticas, etc. É formado de três partes: introdução,<br />

desenvolvimento e conclusão.<br />

INTRODUÇÃO Qual é o fato?<br />

DESENVOLVIME<br />

NTO<br />

Exemplos, Estatísticas<br />

Fatos concretos<br />

Aspectos positivo e<br />

negativo Argumentação<br />

Com<strong>para</strong>ções Pessoas<br />

envolvidas na mesma<br />

idéia.<br />

CONCLUSÃO Há solução? Qual a<br />

solução?<br />

3


PARÁFRASE, PERÍFRASE, SÍNTESE E RESUMO<br />

PARÁFRASE: é o comentário amplificativo de um texto ou a explicação desenvolvida<br />

de um texto.<br />

O maior perigo que enfrenta quem explica um texto é a paráfrase.<br />

"Um gosto que hoje se alcança,<br />

Amanhã já não o vejo;<br />

Assim nos traz a mudança<br />

De esperança em esperança<br />

E de desejo em desejo<br />

Mas em vida tão escassa<br />

Que esperança será forte?<br />

Fraqueza da humana sorte,<br />

Que, quanto na vida passa,<br />

Está receitando a morte."<br />

(Camões)<br />

"Luís Vaz de Camões, o grande poeta luso, nos fala, nestes versos, da fugacidade dos<br />

bens, que hoje alcançamos e amanhã perdemos; mesmo a esperança e os desejos<br />

são frágeis e a própria vida se esvai rapidamente, caminhando <strong>para</strong> a morte. Tinha o<br />

poeta muita razão, pois, realmente, na vida, todos os gostos terrenos se extinguem<br />

como um sopro: o homem, que sempre vive esperando e desejando alguma coisa, tem<br />

constantemente a alma preocupada com o seu destino. Ora, mesmo que chegue a<br />

realizar seus sonhos, estes não perduram..."<br />

Podemos continuar indefinidamente dando voltas ao redor do texto, sem penetrar em<br />

seu interior, sem saber o que é que realmente existe nele. Ou então, tendo em mente a<br />

forma em que o poema é construído, poderíamos acrescentar umas observações<br />

vulgares, como:<br />

"...estes versos são muito bonitos; soam muito bem e elevam o espírito. Constituem<br />

uma décima."<br />

"Percebe-se que o autor, o ilustríssimo e renomado autor de tão nobre época,<br />

consegue, através do uso correto e bem adequado, transparecer a real intenção de<br />

mostrar como a vida é realmente, através um palavras que ultrapassam a inimaginável<br />

condição de ser, num mundo onde a vida temporal não é uma referência, mas sim um<br />

motivo, uma força <strong>para</strong> se bem viver, já que ela é breve."<br />

Estes versos são de Luís Vaz de Camões. Este poeta nasceu em Lisboa, em 1524.<br />

Supõe-se que estudou em Coimbra, onde teria iniciado suas criações poéticas.<br />

Escreveu poesias líricas, peças de teatro e "Os Lusíadas", o imortal poema épico da<br />

raça lusitana..."<br />

Resumindo:<br />

Para comentar ou explicar um texto não devemos nos deter em dados acidentais,<br />

perdendo de vista o que é mais importante.<br />

Explicar um texto não consiste em uma paráfrase do conteúdo, ou em elogios banais<br />

de estrutura.<br />

Não consiste, também, num alarde de conhecimentos a propósito de uma passagem<br />

literária.<br />

4


PERÍFRASE: é o rodeio de palavras ou a frase que substitui o nome comum próprio.<br />

Na perífrase, sempre se destaca algum atributo do ser.<br />

Visitei a Cidade Maravilhosa. (=Rio de Janeiro)<br />

Como é linda a Veneza Brasileira. (=Recife)<br />

PROCESSOS COESIVOS DE REFERÊNCIA<br />

Para não se sentir enganado pela articulação do texto, o aluno deve estar atento à<br />

coesão textual.<br />

COESÃO TEXTUAL - é o que permite a ligação entre as diversas partes de um texto.<br />

Nesse tópico, será abordada somente a coesão do tipo referencial .<br />

a) Coesão referencial - é a que se refere a outro(s) elemento (s) do mundo textual.<br />

Exemplo 1:<br />

“Eu darei sempre o primeiro lugar à modéstia entre todas as belas qualidades. Ainda<br />

sobre a inocência? Ainda, sim. À inocência basta uma falta <strong>para</strong> perder; da modéstia<br />

só culpas graves, só crimes verdadeiros podem privar. Um acidente, um caso podem<br />

destruir aquela, a esta só uma ação própria, determinada e voluntária.” (Almeida<br />

Garret)<br />

Exemplo 2:<br />

Qualquer que tivesse sido seu trabalho anterior, ele o abandonara, mudara de<br />

profissão e passara pesadamente a ensinar no curso primário: era tudo o que<br />

sabíamos dele. O professor era grande, gordo e silencioso, de ombros contraídos.<br />

(Clarice Lispector)<br />

Exemplo 3:<br />

“André e Pedro são fanáticos torcedores de futebol. Apesar disso, são diferentes.<br />

Este não briga com quem torce <strong>para</strong> outro time; aquele o faz.”<br />

Exemplo 4:<br />

O presidente George W. Bush ficou indignado com o atentado no World Trade<br />

Center. Ele afirmou que “castigará” os culpados.<br />

(retomada de uma palavra → referente “Ele” = ”Presidente George W. Bush”)<br />

De você só quero isto: a sua amizade.<br />

(antecipação de uma palavra → “isto” = “a sua amizade”)<br />

O homem acordou feliz naquele dia. O felizardo ganhou um bom dinheiro na<br />

loteria.<br />

(retomada por palavra lexical → “o felizardo” = “o homem”)<br />

EXERCÍCIOS<br />

1. Observe o texto abaixo <strong>para</strong> responder as questões abaixo:<br />

(...) a cabeça da menina flamejava. Sentada nos degraus de sua casa, ela suportava.<br />

Ninguém na rua... E como se não bastasse seu olhar submisso e paciente, o soluço a<br />

interrompia de momento a momento, abalando o queixo que se apoiava conformado<br />

na mão.(...) O que a salvava era uma bolsa velha de senhora, com alça partida.<br />

Segurava-a com um amor conjugal já habituado, apertando-a contra os joelhos.<br />

Com relação ao texto acima, procure responder os tópicos seguintes:<br />

A) De quem era a casa? Que palavra no texto assegura essa certeza?<br />

____________________________________________<br />

5


B) Qual a referência da palavra “ninguém”? Essa referência é feita de modo vago,<br />

impreciso ou de modo preciso, determinado?<br />

___________________________________________<br />

C) De quem era o olhar submisso?<br />

___________________________________________<br />

D) Quem era interrompido pelo soluço? Qual a palavra que indica essa referência?<br />

___________________________________________<br />

E) Que referência as palavras “que” e “se” retomam?<br />

___________________________________________<br />

F) quanto aos pronomes em negrito “a salvava”, “segurava-a”, apertando-a” , a que<br />

eles se referem no texto?<br />

___________________________________________<br />

2. Observe agora o texto abaixo:<br />

Ed Mota lembra um político em campanha. Em todos os lugares, todo mundo olha<br />

<strong>para</strong> ele e se sente à vontade <strong>para</strong> chegar e conversar. E ele corresponde com um<br />

tremendo bom humor. Em poucas horas, conversou com estudiosos e com pessoas<br />

simples sem distinção.<br />

Existem dois Ed Motas. E eu não me refiro ao tamanho do rapaz. Nem ao Ed Mota<br />

cantor ou ao Ed Mota gourmet. Há um lado juvenil, daquele garotão que se sente bem<br />

informado entre discos e livros na sua casa, o cara que é uma verdadeira<br />

enciclopédia de Jazz e Soul, mas ainda vibra com Led Zeppelin. E existe o lado<br />

dedicado do artista que controla totalmente sua carreira.<br />

Entre o Ed eterno adolescente e o Ed virtuoso, o melhor é ficar com os dois. O<br />

cara é tão na dele, tão boa-praça que sua arrogância soa simpatia. Não dá <strong>para</strong> não<br />

gostar de um ser que vive como quer 24 horas por dia. Sem dúvida, uma história de<br />

sucesso.<br />

(O Dia/Caderno C 06/10/01, Rio de Janeiro)<br />

Julgue os itens abaixo:<br />

1. O pronome pessoal do caso reto de 3ª pessoa, presente no 2º e 3º períodos,<br />

refere-se a Ed Mota.<br />

2. O primeiro período do texto detém a idéia principal de todo o primeiro parágrafo.<br />

3. “E ele corresponde com um tremendo bom humor.” - Há uma associação de idéias<br />

entre a atitude de um político em campanha e a de Ed Mota.<br />

4. “E eu não me refiro ao tamanho do rapaz’ - o termo “rapaz” retoma Ed Mota <strong>para</strong><br />

informar que ele é jovem.<br />

5. No segundo parágrafo, o sujeito dos verbos referir, vibrar e controlar é o mesmo, ou<br />

seja, Ed Mota.<br />

6. “daquele garotão que se sente bem informado entre discos e livros na sua casa” - a<br />

expressão “daquele garotão” denota uma certa proximidade entre o autor do texto e o<br />

cantor.<br />

7. “O cara é tão na dele, tão boa-praça que sua arrogância soa simpatia.” - nesta<br />

passagem, o pronome possessivo “sua” refere-se a “boa-praça”.<br />

8. “ Sem dúvida, uma história de sucesso.” - a expressão em negrito resume<br />

todas as informações<br />

apresentadas no corpo do texto.<br />

----------------------------- TEXTO 1 ------------------------------<br />

Um levantamento do Serviço à Mulher Marginalizada aponta que existem 7 milhões<br />

de mulheres se prostituindo no país. Elas têm de 9 a 65 anos. Estimativas indicam que<br />

uma parte significativa (500mil) é composta por meninas com menos de 18 anos de<br />

6


idade. O Brasil detém um recorde lamentável: é o país da América Latina com maior<br />

número de prostitutas infantis.<br />

O racismo, que muitas vezes barra o acesso ao mercado de trabalho, é também<br />

responsável por conduzir as mulheres à prostituição. Cerca de 70% das prostitutas são<br />

negras ou mulatas.<br />

A violência doméstica contra mulheres e crianças é outro fator determinante <strong>para</strong> o<br />

aumento da prostituição. “A maioria entra nessa vida porque sofreu violência em casa”,<br />

afirma Monique Laroche, coordenadora do serviço e responsável pela Casa de<br />

Convivência da Luz.<br />

QUESTÃO 1:<br />

O texto aponta as seguintes causas <strong>para</strong> o aumento da prostituição feminina no Brasil:<br />

A) a violência enfrentada nas ruas e o preconceito racial.<br />

B) O preconceito racial existente no país e a violência sofrida pelas mulheres dentro de<br />

suas casas.<br />

C) A falta de emprego <strong>para</strong> as mulheres com menos de 18 anos e o racismo.<br />

D) A violência dos pais, o racismo e a injustiça social do Brasil.<br />

E) A falta de acesso ao mercado de trabalho e a violência dos pais e irmãos.<br />

QUESTÃO 2:<br />

Podemos afirmar que o texto tem, como função primordial:<br />

A) sensibilizar o leitor, despertando-lhe a emoção.<br />

B) narrar, pormenorizadamente, casos verídicos do cotidiano das grandes cidades.<br />

C) informar os leitores sobre dados da realidade vivenciada por algumas mulheres.<br />

D) descrever, claramente, o universo feminino.<br />

E) argumentar contra a injustiça social cometida contra as mulheres negras e mulatas.<br />

----------------------------- TEXTO 2 ------------------------------<br />

“Uma das grandes dificuldades operacionais encontradas em planos de estabilização<br />

é o conflito entre perdedores e ganhadores. Às vezes reais, outras fictícias, estes<br />

conflitos geram confrontos e polêmicas que, com freqüência, podem pressionar<br />

os formuladores da política de estabilização a tomar decisões erradas e, com<br />

isto, comprometer o sucesso das estratégias anti-inflacionárias.”<br />

Questão : julgue as opções abaixo quanto a manutenção do mesmo<br />

sentido do trecho destacado acima::<br />

1. Os formuladores da política de estabilização podem tomar decisões erradas se os<br />

conflitos, gerados por confrontos e polêmicas, os pressionarem; o sucesso das<br />

estratégias anti-inflacionárias fica, com isto, comprometido.<br />

2. Estes conflitos, reais ou fictícios, geram confrontos e polêmicas que,<br />

freqüentemente, podem pressionar os formuladores da política de estabilização a<br />

tomar decisões erradas e, com isso, comprometer o sucesso das estratégias antiinflacionárias.<br />

3. O sucesso das estratégias anti-inflacionárias pode ficar comprometido se,<br />

pressionados por conflitos, reais ou fictícios, os formuladores da política de<br />

estabilização gerarem confrontos e polêmicas ao tomarem as decisões erradas.<br />

4. Os conflitos, às vezes reais, outras fictícios, que podem pressionar os formuladores<br />

da política de estabilização a confrontos e polêmicas, comprometem o sucesso das<br />

estratégias anti-inflacionárias, se as decisões tomadas forem erradas.<br />

5. O sucesso das estratégias anti-inflacionárias pode ficar comprometido se os<br />

formuladores da política de estabilização, pressionados por confrontos e polêmicas<br />

decorrentes de conflitos, tomarem decisões erradas.<br />

7


----------------------------- TEXTO 3 ------------------------------<br />

“Dizem-me que mais da metade da humanidade se dedica à prática dessa arte; mas<br />

eu discordo dessa afirmativa, visto que não existe tal quantidade de gente<br />

inativa. O que acontece é estar essa gente interessada em atividades impessoais<br />

com repercussões imediatas <strong>para</strong> o mundo.”<br />

QUESTÃO : Analise e julgue as<br />

opções abaixo quanto a manutenção do mesmo sentido do trecho destacado<br />

acima::<br />

1. mas eu discordo dessa afirmativa, uma vez que existe muita inativa. O fato é<br />

que essa gente demonstra interesse por atividades impessoais com repercussões<br />

imediatas <strong>para</strong> o mundo.<br />

2. mas eu duvido desta afirmativa, já que não existe tanta gente laboriosa. O fato é que<br />

essa gente decide desenvolver atividades imparciais sem conseqüências vantajosas<br />

<strong>para</strong> o mundo.<br />

3. mas eu interrogo esta afirmação, posto que existe muita gente sem fazer nada. O<br />

que acontece é que essa gente está interessada em atividades bilaterais sem<br />

conseqüências vãs <strong>para</strong> o mundo.<br />

4. mas eu discordo desta afirmativa, porque existe muita gente inativa. O que acontece<br />

é que essa gente fica desinteressada em atividades exclusivas com repercussões<br />

positivas <strong>para</strong> o mundo.<br />

5. mas eu não concordo com esta afirmação, porque não existe tanta gente sem fazer<br />

nada. O fato é que essa gente prefere desenvolver atividades impessoais com<br />

repercussões imediatistas <strong>para</strong> o mundo.<br />

----------------------------- TEXTO 4 ------------------------------<br />

Elas podem ser maioria, mas enfrentam preconceito<br />

Existem vários mitos a respeito da diferença de tratamento que homens e mulheres<br />

recebem no ambiente de trabalho. Alguns dizem que mulheres custam mais caro à<br />

empresa.; outros, que não existe discriminação salarial entre sexos. A revista Veja, por<br />

exemplo, está entre estes últimos. Acredita que o discurso sobre rendimentos<br />

femininos inferiores é um erro de pesquisas apressadas e de discursos simplistas de<br />

grupos feministas. Com o título de “Elas já são maioria na firma”, a publicação traz uma<br />

reportagem bastante positiva sobre a inserção das mulheres no mercado de trabalho,<br />

na qual garante: “Quando ocupam a mesma função e têm o mesmo currículo e<br />

experiência, as mulheres recebem o mesmo que os homens”. Ou seja, com<br />

oportunidades iguais, não há diferença.(...)<br />

A tese da Veja contraria a posição não só de feministas, mas de diversos<br />

pesquisadores que estudam o problema a fundo, sem pressa, tanto brasileiros como<br />

internacionais. A própria matéria apresenta dados de uma recente pesquisa da<br />

organização Internacional do Trabalho (OIT) que mostra a desproporção salarial entre<br />

sexos. Sem dúvida um dado positivo: em dez anos a diferença caiu de 32% <strong>para</strong> 22%.<br />

No entanto, a pesquisa não deixa de mencionar o que a entidade intitulou como “teto<br />

de vidro” - uma faixa invisível que impede mulheres de ascender profissionalmente<br />

dentro de uma empresa.(...) ZAVALA, R. Texto da Internet.Adaptado<br />

QUESTÃO 1: Das alternativas<br />

abaixo, a única que corresponde a uma idéia presente no texto é:<br />

A) É um equívoco afirmar que as mulheres sofrem discriminação salarial.<br />

B) A revista Veja defende que as mulheres são discriminadas no ambiente de trabalho.<br />

C) Feministas e pesquisadores defendem que a discriminação feminina é um dado<br />

real.<br />

8


D) A desproporção salarial entre os sexos é um mito.<br />

E) Pesquisas da OIT apontam <strong>para</strong> a intensificação das diferenças salariais entre os<br />

sexos.<br />

QUESTÃO 2: No texto, observe que<br />

alguns substantivos aparecem uma primeira vez e, depois, ao longo do texto, são<br />

substituídos por palavras equivalentes ou são simplesmente inferidos<br />

pelo contexto. Sobre esses mecanismos textuais, analise as seguintes afirmativas:<br />

I. Há elipse do substantivo “mitos” em: “Existem vários mitos a respeito da diferença de<br />

tratamento que homens e mulheres recebem no ambiente de trabalho. Alguns dizem<br />

que mulheres custam mais caro à empresa; outros, que não existe discriminação<br />

salarial entre sexos”.<br />

II. Em “A revista Veja, por exemplo, está entre estes últimos. Acredita que o discurso<br />

sobre rendimentos femininos inferiores é um erro de pesquisas apressadas e de<br />

discursos simplistas de grupos feministas. Com o título de “Elas já são maioria na<br />

firma”, a publicação traz uma reportagem bastante positiva sobre a inserção das<br />

mulheres no mercado de trabalho, o termo destacado corresponde a uma retomada de<br />

“A revista Veja”.<br />

III. No segmento “A própria matéria apresenta dados de uma pesquisa da<br />

Organização Internacional do Trabalho (OIT) que mostra a desproporção salarial<br />

entre sexos. Sem dúvida um dado positivo: em dez anos a diferença caiu de 32%<br />

<strong>para</strong>22%. No entanto, a pesquisa não deixa de mencionar o que a entidade intitulou<br />

como “teto de vidro...”, o termo sublinhado retoma a “Organização Internacional do<br />

Trabalho”.<br />

Está (ão) correta (s):<br />

A) 1, apenas. D) 2, apenas.<br />

B) 3, apenas. E) 2 e 3.<br />

C) 1, 2 e 3.<br />

----------------------------- TEXTO 5 ------------------------------<br />

- Haveis de entender, começou ele, que a virtude e o saber têm duas<br />

existências <strong>para</strong>lelas, uma no sujeito que as possui, outra no espírito dos que o ouvem<br />

ou contemplam. Se puserdes as mais sublimes virtudes e os mais profundos<br />

conhecimentos em um sujeito solitário, remoto de todo contato com outros homens, é<br />

como se eles não existissem. Os frutos de uma laranjeira, se ninguém os gostar,<br />

valem tanto como as urzes e plantas bravias, e, se ninguém os vir, não valem nada;<br />

ou, por outras palavras mais energéticas, não há espetáculo sem espectador. (...)<br />

(Machado de Assis, O segredo do bonzo.)<br />

QUESTÃO :<br />

Nos segmentos do texto “o ouvem ou contemplam”, “se eles não existissem” e “se<br />

ninguém os vir”, os pronomes o, eles e os referem-se, respectivamente, a:<br />

A) espírito, outros homens, frutos de uma laranjeira.<br />

B) sujeito, profundos conhecimentos, outros homens.<br />

C) saber, frutos de uma laranjeira, virtudes e conhecimentos.<br />

D) sujeito, virtudes e conhecimentos, frutos de uma laranjeiras.<br />

E) espírito, virtudes e conhecimentos, outros homens.<br />

----------------------------- TEXTO 6 ------------------------------<br />

9


O que incomoda a população (...) é o piolho da cabeça, que se hospeda geralmente<br />

em crianças em idade pré-escolar. Não se sabe ao certo o porquê da maior incidência<br />

em crianças, mas se acredita que seja provavelmente pelo contato mais íntimo entre<br />

elas. Afinal, só pode ocorrer infestação se a criança entrar em contato com outra,<br />

desmitificando assim que o piolho voa ou que o uso em comum de pentes e escovas<br />

pode ser tranqüilo.<br />

Outro mito (...) é a transmissão do piolho animal <strong>para</strong> o ser humano. “Isto não existe<br />

porque cada espécie tem seu piolho e se o <strong>para</strong>sita picar outra espécie que não seja a<br />

sua, morre.”<br />

QUESTÃO :<br />

Diante da interpretação do texto acima, julgue as alternativas abaixo:<br />

1. O texto aborda um dos problemas que atinge a população brasileira, principalmente<br />

quando na idade pré-escolar.<br />

2. “Afinal, só pode ocorrer infestação se a criança entrar em contato com outra” - há a<br />

elipse do substantivo criança logo após a palavra outra.<br />

3. A expressão “outro mito” (2º parágrafo) retoma coesivamente a expressão anterior<br />

“ (...) piolho voa”.<br />

4. No período “cada espécie tem seu piolho e se o <strong>para</strong>sita picar outra espécie que<br />

não seja a sua, morre”, o pronome “sua” se refere claramente ao piolho animal.<br />

5. “...Não se sabe ao certo o porquê da maior incidência em crianças, mas se<br />

acredita...” - a conjunção insere uma idéia de explicação.<br />

EXERCÍCIOS GERAIS PROGRAMA CEF<br />

----------------------------- TEXTO 1 ------------------------------<br />

O homem<br />

O sertanejo é, antes de tudo, um forte. Não tem o raquitismo exaustivo dos<br />

mestiços neurastênicos do litoral.<br />

A sua aparência, entretanto, ao primeiro lance de vista, revela o contrário. Faltalhe<br />

a plástica impecável, o desempeno, a estrutura corretíssima das organizações<br />

atléticas.<br />

É desgracioso, desengonçado, torto. Hércules-Quasímodo, reflete no aspecto a<br />

fealdade típica dos fracos. O andar sem firmeza, sem aprumo, quase gingante e<br />

sinuoso, aparenta a translação de membros desarticulados. Agrava-o a postura<br />

normalmente abatida, num manifestar de displicência que lhe dá um caráter de<br />

humildade deprimente. A pé, quando <strong>para</strong>do, recosta-se invariavelmente ao primeiro<br />

umbral ou parede que encontra; a cavalo, se sofreia o animal <strong>para</strong> trocar duas<br />

palavras com um conhecido, cai logo sobre um dos estribos, descansando sobre a<br />

espenda da sela. (...) E se na marcha estaca pelo motivo mais vulgar, <strong>para</strong> enrolar um<br />

cigarro, bater o isqueiro, ou travar ligeira conversa com um amigo, cai logo - cai é o<br />

termo - de cócoras, atravessando largo tempo numa posição de equilíbrio instável, em<br />

que todo o seu corpo fica suspenso pelos dedos grandes dos pés, sentado sobre os<br />

calcanhares, com uma simplicidade a um tempo ridícula e adorável.<br />

É o homem permanentemente fatigado. (...) Idem, ibidem, p. 81.<br />

UESTÃ<br />

QUESTÃO: Julgue os itens seguintes de acordo com o texto 1:<br />

1. Apesar de ser forte e sociável, o sertanejo é um indivíduo muito desleixado, porque<br />

é pobre e feio.<br />

2. Em “Agrava-o a postura normalmente abatida” (l.12), o pronome “o” refere-se a “O<br />

andar” .<br />

10


3. Em “Agrava-o a postura normalmente abatida, num manifestar de displicência que<br />

lhe dá um caráter de humildade deprimente.”, o pronome sublinhado refere-se a<br />

“sertanejo” .<br />

4. Na passagem “A pé, quando <strong>para</strong>do, recosta-se invariavelmente” (l.14-15) , o<br />

sujeito está subentendido.<br />

5. Nas linhas 21-22, a oração intercalada “cai é o termo”, que está entre travessões,<br />

pode ser suprimida sem prejuízo <strong>para</strong> o sentido textual.<br />

----------------------------- TEXTO 2 ------------------------------<br />

Bilhete complicado<br />

O Gumercindo, quando jovem, era daqueles cavalheiros à moda antiga, que<br />

gostava de tudo certinho e no seu devido tempo. Namorava uma linda donzela, por<br />

quem estava realmente apaixonado.<br />

Um dia, quando fazia uma viagem de negócios, Gumercindo entrou em uma loja e<br />

comprou um presente <strong>para</strong> a namorada: finíssimo par de luvas de pelica. Só que na<br />

hora do embrulho, a balconista se enganou e colocou na caixa uma calcinha de<br />

renda, e o pacote foi despachado pelo correio com o seguinte bilhete:<br />

"Estou mandando este presente <strong>para</strong> fazer-lhe uma surpresa. Sei que você não<br />

usa, pois nunca vi usar. Pena não estar aí <strong>para</strong> ajudá-la a vestir. Fiquei em dúvida com<br />

a cor, no entanto a balconista experimentou na minha frente e me mostrou que esta<br />

era a mais bonita. Achei meio larga na frente, mas ela me explicou que era <strong>para</strong> a mão<br />

entrar mais fácil e os dedos se mexerem bem. Você não deve lavar em casa por<br />

recomendação do fabricante. Depois de usar, passe talco e vire do avesso <strong>para</strong> não<br />

dar mau cheiro. Espero que goste, pois este presente vai cobrir aquilo que vou lhe<br />

pedir muito em breve. Receba um afetuoso abraço do seu Gumercindo."<br />

(Marcos Viníciius Ribeiro, Humor na Mirabilândia - Paraguaçu, MG)<br />

QUESTÃO: Julgue os itens seguintes de acordo com o texto 2:<br />

1. Através do texto, percebe-se claramente que as conseqüências não serão<br />

agradáveis e que certamente o relacionamento com a linda donzela chegará ao fim.<br />

2. Mesmo diante do acontecimento inesperado, o personagem deixa claro que as suas<br />

intenções são as mais apaixonadas possíveis e que, mesmo numa viagem de<br />

negócios, lembrou a amada.<br />

3. O Gumercindo, quando jovem, era daqueles cavalheiros à moda antiga, que<br />

gostava de tudo certinho - o termo destacado está no grau diminutivo, logo apresenta<br />

idéia de redução, diminuição.<br />

4. Você não deve lavar em casa por recomendação do fabricante. Depois de usar,<br />

passe talco e vire do avesso <strong>para</strong> não dar mau cheiro. - Diante da recomendação do<br />

rapaz, compreende-se que os verbo "lavar", "usar" e "virar" possuem o mesmo<br />

complemento verbal subentendido: calcinha de renda.<br />

5. "Estou mandando este presente <strong>para</strong> fazer-lhe uma surpresa." - A expressão "este<br />

presente" e o pronome oblíquo "lhe" retomam , no texto, respectivamente "luva de<br />

pelica" e "namorada".<br />

----------------------------- TEXTO 3 ------------------------------<br />

Afinal, o que é ser cidadão?<br />

Ser cidadão é ter direito à vida, à liberdade, à propriedade, à igualdade perante à<br />

lei: é, em resumo, ter direitos civis. É também participar no destino da sociedade, votar,<br />

ser votado, ter direitos políticos. Os direitos civis e políticos não asseguram a<br />

democracia sem direitos sociais, aqueles que garantem a participação do indivíduo na<br />

riqueza coletiva: o direito à educação, ao trabalho, ao salário justo, à saúde, a uma<br />

velhice tranqüila. Exercer a cidadania plena é ter direitos civis, políticos e sociais.<br />

11


QUESTÃO : Acerca do texto 3 e do tema nele abordado, julgue os itens<br />

subseqüentes:<br />

1. Constitui uma estrutura alternativa e também correta <strong>para</strong> o primeiro<br />

período do texto o trecho : Ser cidadão é ter direito a vida, liberdade,<br />

propriedade, igualdade perante a lei: é, em resumo, ter direitos civis.<br />

2. Inserir a expressão "isto é", entre vírgulas, imediatamente antes de<br />

"ter direitos políticos" (l.4) tornaria o período incoerente.<br />

3. Imediatamente antes de "aqueles" (l.6), a inserção da estrutura "que são"<br />

não causa prejuízo <strong>para</strong> a correção do texto.<br />

4. "... aqueles que garantem a participação do indivíduo na riqueza coletiva..." -<br />

substituindo-se a palavra "que" por "os quais " não alteraria o sentido da<br />

oração em destaque.<br />

5. Os verbos "asseguram" e "garantem" concordam com o mesmo sujeito na 3ª<br />

pessoa do plural.<br />

----------------------------- TEXTO 4 ------------------------------<br />

A sociedade brasileira clama por transformações e a esperança tornou-se<br />

palavra-chave desses novos tempos. A superação dos graves problemas que afligem<br />

o povo brasileiro, como a fome e a miséria, é o principal desafio do novo governo.<br />

Vencer as desigualdades faz parte de uma estratégia e de um novo modelo de<br />

desenvolvimento <strong>para</strong> o país, que pode dispor, <strong>para</strong> tanto, da imensa riqueza natural<br />

de nossa Nação.<br />

A construção de um novo momento histórico é um compromisso que deve estar<br />

pautado em todas as ações de governo. Nesse contexto é que afirmamos o direito da<br />

sociedade brasileira à informação e à educação. O caminho, portanto, é o da inclusão<br />

social, momento em que deve ser construída uma nova cultura embasada nos direitos<br />

fundamentais da vida humana, fortalecidos na concepção e na prática de uma nova<br />

política social e econômica <strong>para</strong> o país.<br />

QUESTÃO :<br />

Acerca do texto 4 e do tema nela abordado, julgue os itens subseqüentes:<br />

1. Nas linhas 1 e 2, a conjunção "e" liga “transformações” a "esperança" <strong>para</strong><br />

complementar a idéia de “clamar”.<br />

2. Na linha 4, o emprego de "como" indica que "a fome e a miséria" não são os únicos<br />

"graves problemas que afligem o povo brasileiro".<br />

3. O emprego dos sinais indicativos de crase antes de "informação" (l.13) e de<br />

"educação" (l.14) mostra que estes substantivos complementam "direito" (l.12)<br />

4. Na linha 8, o pronome relativo "que" tem como referente "desigualdades" (l.6).<br />

5. A substituição de "fortalecidos" (l.17) por "fortalecida" preservaria a<br />

correção gramatical, mas alteraria as relações entre as idéias do texto.<br />

----------------------------- TEXTO 5 ------------------------------<br />

AAB Corretora, em parceria com a Fundação do Banco do Brasil e com a<br />

Federação Nacional das Associações Atléticas Banco do Brasil, manteve o apoio ao<br />

Programa de Integração AABB Comunidade, que oferece práticas esportivas, reforço<br />

alimentar, conhecimentos básicos de higiene e saúde, dando senso de<br />

responsabilidade e cidadania a crianças e adolescentes. Em 2002, o programa<br />

12


eneficiou 51.520 crianças carentes em todo o país, sendo assistidas regularmente<br />

por 3.680 educadores.<br />

Continuou também apoiando o Projeto Criança e Vida, desenvolvido pela<br />

Fundação banco do Brasil. Esse projeto objetiva investir na modernização de centros<br />

médicos e atualização de recursos humanos, na promoção de campanhas de<br />

conscientização sobre os sintomas e tratamento de câncer infantil e na busca da<br />

elevação de taxas de cura da doença em crianças e adolescentes.<br />

QUESTÃO : Acerca do texto 5 e do tema nela abordado, julgue os itens<br />

subseqüentes:<br />

1. A forma verbal "manteve" (l.3), por estar no singular, restringe o foco da<br />

ação, relacionando-a a uma única instituição entre as três parceiras citadas.<br />

2. Na linha 4, o emprego de preposição aglutinada ao artigo masculino<br />

singular em "ao Programa" deve-se à regência da palavra "apoio".<br />

3. A forma verbal "oferece" (l.5) vincula-se ao agente antecedente, representado pela<br />

palavra "apoio" (l.4)<br />

4. Se a expressão "dando senso de responsabilidade" (l.6-7) for substituída<br />

por despertando o senso de responsabilidade, serão desnecessárias outras<br />

modificações <strong>para</strong> que o respectivo período do texto permaneça correto.<br />

5. "sendo assistidas regularmente por 3.680 educadores". - a palavra<br />

"assistidas" está no feminino plural <strong>para</strong> concordar com crianças e adolescentes.<br />

----------------------------- TEXTO 6 ------------------------------<br />

As condições sociais da população brasileira sofreram um retrocesso nos<br />

últimos vinte anos.<br />

O forte aumento das taxas de desemprego e dos índices de violência fizeram com<br />

que a exclusão social voltasse a crescer após ter diminuído entre 1960 e 1980. A<br />

constatação faz parte do Atlas da Exclusão Social no Brasil (vol.2, Cortez),<br />

publicação feita por pesquisadores da PUC, USP e UNICAMP, sob a coordenação do<br />

secretário municipal do trabalho de São Paulo. O estudo revela que, de 1980 a 2000,<br />

aumentou o número de estados com alto índice de exclusão social - passou de 15<br />

<strong>para</strong> 17. Em 1960, eram 21 os estados com condições consideradas ruins. Em 2000, a<br />

parcela de excluídos era equivalente a 47,3% de uma população de 170milhões de<br />

pessoas. Em 1980, o total era 42,6% de 120 milhões, e, em 1960, 49,3% de 70<br />

milhões. (...)<br />

QUESTÃO : Julgue os itens seguintes de acordo com o texto 6:<br />

1. Para reforçar a coesão textual, seria correto empregar, no início do terceiro<br />

período do texto, o pronome demonstrativo Essa em lugar do artigo indefinido "A".<br />

2. A vírgula após "(vol.20, Cortez)" (l.5) é dispensável, porque isola um termo<br />

que explica o antecedente.<br />

3. Em "a parcela de excluídos era equivalente a 47,3% de uma população de<br />

170milhões de pessoas" - " a 47,3% " seria correto introduzir o sinal indicativo de<br />

crase em "a".<br />

4. O "estudo" revela que, de 1980 a 2000, aumentou o número de estados - a<br />

palavra estudo retoma coesivamente o referente Atlas da Exclusão Social no Brasil<br />

(vol.2, Cortez).<br />

5. O "... estudo revela que, de 1980 a 2000, aumentou o número de estados ..." - o<br />

pronome relativo em destaque retoma o termo “estudo”.<br />

----------------------------- TEXTO 7 ------------------------------<br />

13


Talvez você ainda não saiba, mas, <strong>para</strong> a maioria dos pais, a despesa com os<br />

cursos universitários dos filhos só será menor que o gasto empreendido na compra da<br />

casa própria. Em algumas faculdades, por exemplo, o preço pago por quatro anos de<br />

estudo supera os R$100.000,00. Como conseguir poupar essa quantia? Onde investir<br />

o dinheiro? E, provavelmente o mais importante, quando e como começar a se<br />

pre<strong>para</strong>r <strong>para</strong> essa batalha?<br />

Quase nunca os pais têm noção de quanto vão gastar na educação dos filhos<br />

<strong>para</strong> começar a se inteirar do assunto, confira a tabela abaixo, que, embasada em<br />

levantamentos do IBGE em 1998, estima o custo do herdeiro, desde o dia do<br />

nascimento até completar 22 anos de idade, <strong>para</strong> uma família de classe média com<br />

renda mensal entre 20 e 40 salários mínimos.<br />

QUESTÃO : Julgue os itens seguintes de acordo com o texto 7:<br />

1. O pronome "você" (l.1) e o trecho "<strong>para</strong> começar a se inteirar do assunto, confira"<br />

(l.11-12) indicam interesse em tornar o texto menos formal e mais interativo.<br />

2. O texto demonstra que há cálculos precisos <strong>para</strong> estimar os custos<br />

educacionais e, por isso, todos os pais já sabem quanto devem economizar <strong>para</strong><br />

arcar com o investimento nos cursos superiores dos filhos.<br />

3. De acordo com as idéias do texto, <strong>para</strong> muitos pais, o investimento com a<br />

aquisição da casa própria é o único gasto que supera a despesa com os cursos<br />

universitários dos filhos.<br />

4. O segundo período do texto permite a inferência de que existem faculdades em que<br />

o custo por quatro anos de estudo não chega a R$100.000,00.<br />

5. " Onde investir o dinheiro?" - nesse período, o pronome relativo "onde" faz<br />

menção ao lugar incerto <strong>para</strong> se investir o dinheiro.<br />

----------------------------- TEXTO 8 ------------------------------<br />

Uma das novas tendências brasileiras é a demanda popular, mesmo nas<br />

camadas mais pobres, por vaga nas universidades, especialmente nas públicas, livres<br />

das pesadas mensalidades. Emparelha-se, <strong>para</strong> centenas de milhares de jovens de<br />

escolas públicas, ao sonho da casa própria. Mas, pela falta de recursos, essas<br />

instituições têm cada vez menos condições de abrir novas vagas e garantir a<br />

qualidade de ensino.<br />

Como o Brasil convive simultaneamente com diferentes décadas (ou mesmo<br />

séculos), enfrentam-se, lado a lado, a fome mais primitiva, o trabalho escravo e infantil<br />

e a pressão dos milhões de estudantes de escolas públicas que correm atrás de um<br />

diploma de faculdade, exigido por uma sociedade com forte impacto tecnológico.<br />

Sinais desse movimento são algumas inovações que serão lançadas ainda<br />

neste semestre em São Paulo e compõem o novo perfil do Brasil. A prefeitura decidiu<br />

fortalecer os cursinhos pré-vestibulares gratuitos e garantir bolsas nos que são pagos.<br />

É algo que, até há pouco tempo, ninguém poderia imaginar como papel de uma<br />

prefeitura, pela lei, do ensino fundamental. Percebeu-se que, sem determinado tipo de<br />

habilitação e formação escolar, o jovem, mesmo de classe média baixa, entra no<br />

mundo da marginalidade.<br />

Muitas empresas estão exigindo diploma de ensino médio a trabalhadores <strong>para</strong><br />

executarem atividades que, no passado, ficavam nas mãos de analfabetos ou de semianalfabetos.<br />

Indústrias mais sofisticadas preferem operários com cursos universitários.<br />

QUESTÃO : Julgue os itens abaixo:<br />

14


1. Na linha 11, as expressões "diferentes décadas" e "séculos" não se referem<br />

exatamente a um marco temporal, mas a desigualdades sociais, que marcaram época.<br />

2. "A prefeitura decidiu fortalecer os cursinhos pré-vestibulares gratuitos e garantir<br />

bolsas nos que são pagos. " - subentende-se a palavra cursinhos antes<br />

da expressão "que são pagos"<br />

3. “... Como o Brasil convive simultaneamente com diferentes décadas (ou<br />

mesmo séculos), enfrentam-se, lado a lado, a fome mais primitiva, o trabalho escravo e<br />

infantil e a pressão dos milhões de estudantes de escolas públicas..." - percebemse,<br />

claramente, no período acima, as idéia de causa e conseqüência.<br />

4. " ... Percebeu-se que, sem determinado tipo de habilitação e<br />

formação escolar, o jovem, mesmo de classe média baixa, entra no mundo<br />

da marginalidade.." - o pronome "se", em "Percebeu-se", tem como referente "o jovem"<br />

.<br />

5. Infere-se da última oração do texto que as indústrias estão se tornando mais<br />

sofisticadas porque empregam operários com cursos universitários.<br />

----------------------------- TEXTO 9 ------------------------------<br />

Ano internacional da água: alerta <strong>para</strong> crise sem precedentes.<br />

O Programa Mundial <strong>para</strong> a Avaliação dos Recursos de Água Doce, uma<br />

colaboração entre 23 agências das Nações Unidas, apresentou seu Relatório Mundial<br />

de Desenvolvimento da Água durante o 3º Fórum Mundial da Água, realizado em<br />

Kyoto, Japão.<br />

O informe mundial sobre a água adverte os governos sobre a "inércia política",<br />

que só agrava a situação, marcada pela permanente redução dos mananciais do<br />

planeta, pelo alto grau de poluição e pelo aquecimento global. De acordo com o<br />

documento, o agravamento da escassez de água dificultará o combate à fome no<br />

mundo, comprometendo a meta mundial de erradicar a fome até 2050. Atualmente, 25<br />

mil pessoas morrem de fome a cada dia e outras 815 milhões sofrem de desnutrição.<br />

Com o agravamento da falta de água, esses números tendem a piorar.<br />

O alerta de que o mundo enfrenta uma crise sem precedentes no abastecimento<br />

de água, feito pela ONU, está contido no estudo coordenado pela UNESCO e<br />

apresenta dois cenários sobre escassez. No primeiro, são 2 bilhões de pessoas sem<br />

água em 48 países. No segundo, mais pessimista, são 7 bilhões em 60 nações. Em<br />

2050, a população mundial estimada será de 9,3 bilhões de pessoas.<br />

QUESTÃO : Julgue os itens abaixo:<br />

1. " ... Atualmente, 25 mil pessoas morrem de fome a cada dia e outras 815<br />

milhões sofrem de desnutrição..." - O emprego de "outras" indica que as pessoas que<br />

"morrem de fome" não sofriam de desnutrição.<br />

2. De acordo com o texto, 23 agências das Nações Unidas mantêm, em<br />

colaboração, um programa <strong>para</strong> a avaliação dos recursos de água doce.<br />

3. " ... De acordo com o documento, o agravamento da escassez de água dificultará o<br />

combate à fome no mundo, comprometendo a meta mundial de erradicar a fome até<br />

2050.." - Mantêm-se as relações de sentido e a correção gramatical do texto ao se<br />

substituir "comprometendo" por e comprometerá, retirando-se a vírgula que precede<br />

a forma de gerúndio.<br />

15


4. Pelos sentidos textuais, os vocábulos "países" e "nações" estão<br />

empregados como sinônimos e, por isso, admitem ser livremente trocados um pelo<br />

outro.<br />

5. "... O alerta de que o mundo enfrenta uma crise sem precedentes no abastecimento<br />

de água, feito pela ONU, está contido no estudo coordenado pela UNESCO e<br />

apresenta dois cenários sobre escassez..." - Preserva-se o sentido do texto ao se<br />

substituir "O alerta" por "A advertência" , mas, <strong>para</strong> que a correção gramatical seja<br />

preservada, será também necessário mudar "feito pela ONU, está contido" por feita<br />

pela ONU, está contida.<br />

----------------------------- TEXTO 10 -----------------------------<br />

Embora nessa sua ofensiva <strong>para</strong> reformar a previdência do funcionalismo público e<br />

criar uma contribuição <strong>para</strong> os inativos, o Congresso e o Poder Judiciário já deixaram<br />

claro que, se depender deles, tudo continuará como está. Para os parlamentares, que<br />

desfrutam da aposentadoria mais rápida do país, as medidas são "impopulares". Para<br />

a magistratura, composta ela própria de funcionários públicos, elas são ilegais, pois a<br />

Constituição da República veda a cobrança retroativa de qualquer tipo de taxa ou<br />

imposto. Esses argumentos, contudo, não resistem um minuto quando confrontados<br />

com a realidade dos fatos. Na verdade, qualquer um que examinar os grandes<br />

números do sistema previdenciário brasileiro chegará, obrigatoriamente, à conclusão<br />

de que ele é a maior máquina institucionalizada de transferência de renda de pobres<br />

<strong>para</strong> ricos e remediados de que se tem notícia no planeta.<br />

QUESTÃO : Julgue os itens abaixo:<br />

1. A expressão "Esses argumentos" retoma as idéias de impopularidade e de<br />

ilegalidade trazidas ao debate pelos parlamentares e pelos magistrados,<br />

respectivamente.<br />

2. " ... Esses argumentos, contudo, não resistem um minuto quando confrontados<br />

com a realidade dos fatos... " - A conjunção contudo pode ser substituída por<br />

embora sem alteração da coerência do texto.<br />

3. Infere-se do texto que os mais beneficiados pelo sistema de previdência não<br />

são os mais necessitados.<br />

4. " ... Para os parlamentares, que desfrutam da aposentadoria mais rápida<br />

do país, as medidas são "impopulares".." - as vírgulas após "parlamentares" e<br />

"país" conferem caráter restritivo à oração por elas isoladas.<br />

5. É possível que a palavra "impopulares" esteja entre aspas no texto tanto <strong>para</strong><br />

representar citação quanto <strong>para</strong> conferir caráter de ironia à informação.<br />

----------------------------- TEXTO 11 ----------------------------<br />

A revolução da informação, o fim da guerra fria - com a decorrente hegemonia<br />

de uma superpotência única - e a internacionalização da economia impuseram um<br />

novo equilíbrio de forças nas relações humanas e sociais que parece jogar por terras<br />

as antigas aspirações de solidariedade e justiça distributiva entre os homens, tão<br />

presentes nos sonhos, utopias e projetos políticos nos últimos dois séculos. Ao<br />

contrário: o novo modelo - cuja arrogância chegou ao extremo de considerar-se o<br />

ponto final, senão culminante, da História - promove uma brutal reconcentração de<br />

renda em âmbito mundial, multiplicando a desigualdade e banalizando de maneira<br />

assustadora a perversão social.<br />

QUESTÃO : Julgue os itens abaixo:<br />

16


1." A revolução da informação, o fim da guerra fria - com a decorrente hegemonia de<br />

uma superpotência única - e a internacionalização da economia impuseram um novo<br />

equilíbrio de forças nas relações humanas..." - Pelo sentido textual, as palavras<br />

"forças" e "relações" podem ser interpretadas como sinônimas.<br />

2. " ... a internacionalização da economia impuseram um novo equilíbrio de forças nas<br />

relações humanas e sociais que parece jogar por terras as antigas aspirações de<br />

solidariedade e justiça distributiva entre os homens... " - a locução verbal "parece<br />

jogar" está no singular porque está empregada numa função impessoal.<br />

3. " ... as antigas aspirações de solidariedade e justiça distributiva entre os homens,<br />

tão presentes nos sonhos, utopias e projetos políticos nos últimos dois séculos..." - o<br />

adjetivo "presentes" qualifica "homens".<br />

4. Mantêm-se a correção gramatical e o mesmo sujeito da oração, acrescentando-se o<br />

pronome "SE" às formas verbais da última oração: "multiplicando-se" e<br />

"banalizando-se".<br />

5. Os travessões nas linhas 1 e 2 marcam a inserção de uma observação adicional e,<br />

por isso, podem ser substituídos por sinais de parênteses.<br />

--------------------------- TEXTO 12 ------------------------------<br />

O mundo das finanças nunca mais será o mesmo. O fantástico<br />

desenvolvimento da tecnologia nos últimos anos mudou em definitivo o conceito de<br />

dinheiro. Os melhores investimentos passaram a ser fruto da velocidade das<br />

transações, da ausência de barreiras geográficas e do acesso à informação. Quanto<br />

mais rápido e bem informado for o investidor, menor será sua chance de perda. O tino<br />

<strong>para</strong> negócios foi substituído, em larga escala, por máquinas velozes e precisas.<br />

1. O segundo período do texto estaria também correto se a forma verbal “mudou”<br />

estivesse no plural <strong>para</strong> concordar com “anos”.<br />

2. O termo “em definitivo” pode ser substituído, sem prejuízo <strong>para</strong> a correção<br />

gramatical do período, por definitivamente ou por de forma definitiva.<br />

3. A palavra “fruto” (l.4) está empregada em sentido conotativo e corresponde à idéia<br />

de resultado.<br />

4. O pronome “sua’ (l.8) é elemento coesivo que se refere a “informado”.<br />

5. Está correta a seguinte reescritura do último período do texto: “Substituiu-se o tino<br />

<strong>para</strong> os negócios, em larga escala, por máquinas velozes e precisas.”<br />

--------------------------- TEXTO 13 ------------------------------<br />

As ações de respeito <strong>para</strong> com os pedestres<br />

> Motorista, ao primeiro sinal do entardecer, acenda os faróis.<br />

Procure não usar a meia-luz.<br />

> Não use faróis auxiliares na cidade.<br />

> Nas rodovias, use sempre os faróis ligados. Isso evita 50% dos atropelamentos. Seu<br />

carro fica mais visível aos pedestres.<br />

> Sempre, sob chuva ou neblina, use os faróis acesos.<br />

> Ao se aproximar de uma faixa de pedestres, reduza a velocidade e preste atenção.<br />

O pedestre tem a preferência na passagem.<br />

> Motorista, atrás de uma bola vem sempre uma criança.<br />

17


Nas rodovias, não dê sinal de luz quando verificar um trabalho de radar da polícia.<br />

Você estará ajudando um motorista irresponsável, que trafega em alta velocidade, a<br />

não ser punido.<br />

Esse motorista, não sendo punido hoje, poderá causar uma tragédia no futuro.<br />

> Não estacione nas faixas de pedestres.<br />

QUESTÃO : Julgue os itens a seguir.<br />

1. Entre os diversos fatores que ampliam as ações de<br />

respeito <strong>para</strong> com os pedestres, está o fortalecimento do conceito cidadania, marcante<br />

na civilização contemporânea.<br />

2. Embora o vocativo “Motorista” esteja explícito apenas em dois tópicos do texto, o<br />

emprego dos tempos verbais indica que está subentendido em todos os demais.<br />

3. As relações semânticas no terceiro tópico permitem subentender a idéia de porque<br />

entre “atropelamentos”<br />

“Seu”.<br />

4. No quarto tópico, a circunstância “sob chuva ou neblina” tem função<br />

caracteristicamente explicativa e, por isso, se retirada, não se alterarão as condições<br />

de uso <strong>para</strong> “faróis acesos”.<br />

5. O sexto tópico, diferentemente dos outros, não explicita ação do motorista, apenas<br />

fornece uma condição <strong>para</strong> seja subentendida cautela.<br />

------------------------- TEXTO 14 ------------------------------<br />

Os EUA acreditam que o Brasil seja o segundo maior consumidor de cocaína do<br />

mundo. Segundo o subsecretário do Escritório Internacional <strong>para</strong> Assuntos de<br />

Entorpecentes, James Mack, estima-se que o país consuma entre 40 e 50 toneladas<br />

(t) de cocaína por ano. A estimativa baseia-se na produção e circulação da droga no<br />

mundo. Em 2000, foram produzidas 700 t de cocaína, estando 95% da produção<br />

concentrada na Colômbia.<br />

Desse total, segundo Mack, 100 t passam pelo Brasil, mas apenas entre 50 t e 60 t<br />

chegam à Europa. Os norte-americanos acreditam que a droga que não vai <strong>para</strong> a<br />

Europa é consumida no Brasil. O Brasil só ficaria atrás dos EUA, que, em 2000,<br />

consumiram 266 t. “Em 1999, 80% da cocaína do mundo foi consumida nos EUA e,<br />

em 2000, conseguimos reduzir esse total <strong>para</strong> menos da metade. O problema é que a<br />

droga está indo <strong>para</strong> outros países, entre eles o Brasil”, disse Mack.<br />

Mack veio ao Brasil, acompanhado de outros especialistas norte-americanos no<br />

assunto, <strong>para</strong> a reunião anual entre o Brasil e os EUA sobre coordenação no combate<br />

ao narcotráfico e outros ilícitos, como lavagem de dinheiro, por exemplo.<br />

QUESTÃO:<br />

Com base no texto, julgue os seguintes itens.<br />

1. Serão conservadas as mesmas relações de coerência com a argumentação do<br />

texto se, em lugar de “acreditam” (l.1) , for usado "sabem", com as devidas alterações<br />

sintáticas.<br />

2. O emprego de “consuma” (l.5) indica, sintaticamente, uma ação dependente de<br />

outra, ao mesmo tempo que denota uma hipótese, algo de que não se pode afirmar a<br />

certeza.<br />

3. Mantêm-se as mesmas relações percentuais ao se empregar a preposição “em” no<br />

lugar de “<strong>para</strong>” na expressão “<strong>para</strong> menos da metade” (l.17).<br />

18


4. Mantêm-se a coerência e a coesão textuais ao deslocar-se a expressão<br />

“acompanhado de outros especialistas norte americanos no assunto” (l.20-21) <strong>para</strong> o<br />

início do período ou <strong>para</strong> imediatamente após “ilícitos”.<br />

5. Nas linhas 1 e 22, “Brasil” e “EUA” estão sendo utilizados <strong>para</strong> designar<br />

representantes brasileiros e representantes norte-americanos.<br />

--------------------------- TEXTO 15 ------------------------------<br />

O capitalismo, ao contrário do comunismo e do socialismo, não é, de forma<br />

alguma, um “ismo”. Não é um sistema sonhado por filósofos, políticos ou economistas<br />

e depois posto em prática por decisão de governos. Trata-se de um evento natural,<br />

uma peça orgânica no progresso humano. A História mostra que o capitalismo ocorre<br />

nas sociedades humanas quando elas atingem certo nível de progresso tecnológico e<br />

as pessoas com dinheiro percebem que podem lucrar ao se organizarem <strong>para</strong> investir.<br />

Acontecendo naturalmente, o capitalismo não tem necessidade de ajuda dos<br />

governos. Pode-se dizer que ele é inevitável, a não ser que o governo tome<br />

determinadas medidas <strong>para</strong> impedi-lo. Ocorreu em larga escala, pela primeira vez, na<br />

Inglaterra, na segunda metade do século XVIII, e foi possível porque a sociedade<br />

britânica era relativamente livre, com poucas leis que impedissem as mudanças<br />

econômicas e técnicas. O governo não teve praticamente nada a ver com ele. O<br />

fenômeno foi chamado de Revolução Industrial, mas esse nome supõe mudança<br />

dramática e violência. Não houve nada disso. Nem houve grandes planos, regras ou<br />

decisões grandiosas.<br />

Assim, o capitalismo nasceu de decisões não-coordenadas e meramente<br />

coincidentes de muitos milhares de pequenos fabricantes, comerciantes, artesãos,<br />

poupadores, investidores e instituições financeiras. Os grandes bancos não<br />

desempenharam papel algum, pois simplesmente não existiam.<br />

Veja, 27/12/2000, p. 163 (com adaptações).<br />

QUESTÃO: Com relação ao texto 15, julgue os itens abaixo.<br />

1. No texto, o termo “ismo” (l.2), geralmente usado como sufixo, está empregado como<br />

substantivo.<br />

2. No texto, a argumentação a favor da idéia do capitalismo como evento natural<br />

baseia-se em testemunhos de autoridade, pois há citação de filósofos e pensadores.<br />

3. A expressão do texto “peça orgânica” (l.5-6) pode ser interpretada como parte<br />

naturalmente constituinte da organização, ou seja, algo que tem o caráter de um<br />

desenvolvimento natural, inato, em oposição ao que é ideado, calculado.<br />

4. No texto, as expressões “instituições financeiras” (l.27-28) e “grandes bancos” (l.28)<br />

estão sendo usadas como sinônimas.<br />

5. No texto, se alterarmos a palavra "mudança" (l.21) por "alterações", o sentido<br />

permaneceria inalterado e não seriam necessárias alterações gramaticais.<br />

-------------------------- TEXTO 16 ------------------------------<br />

O Brasil vai crescer menos<br />

O ritmo de crescimento da economia brasileira se desacelerou mais rápido ante<br />

o previsto. No segundo trimestre deste ano, o produto interno bruto (PIB) - que mede a<br />

produção de riquezas do país - foi inferior ao do período de janeiro a março. Isso<br />

interrompe a seqüência de expansão que vinha sendo registrada desde o segundo<br />

19


trimestre de 1999. No semestre, o país cresceu 2,49%. Esse resultado, divulgado pelo<br />

Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), contraria todas as previsões do<br />

mercado, que esperava uma expansão de 3% na com<strong>para</strong>ção com 2000. O mau<br />

desempenho da economia é resultado do aumento dos juros e das turbulências no<br />

mercado de câmbio provocados pela crise Argentina. Além disso, em maio, pouco<br />

antes de fechar o trimestre, o país deparou-se com a escassez de energia.<br />

Surpreendido pelo PIB do segundo trimestre, o mercado financeiro se pre<strong>para</strong> <strong>para</strong><br />

rever suas projeções <strong>para</strong> este ano. Os gráficos abaixo ilustram as variações do PIB<br />

brasileiro. O gráfico superior, intitulado “Variação do PIB por trimestre”, representa a<br />

taxa acumulada do PIB nos últimos quatro trimestres (em relação aos quatro<br />

trimestres imediatamente anteriores).<br />

QUESTÃO: A respeito das idéias e do emprego das estruturas lingüísticas do texto 16,<br />

julgue os itens subseqüentes.<br />

1. Na passagem "... contraria todas as previsões do mercado, que esperava uma<br />

expansão de 3% ..." (l.10-11), a vírgula pode ser retirada sem que haja prejuízo quanto<br />

ao sentido e às regras gramaticais.<br />

2. O emprego do pronome átono nas expressões “se desacelerou” (l.2) e “se pre<strong>para</strong>”<br />

(l.18) tem, respectivamente, como uso opcional: desacelerou-se e pre<strong>para</strong>-se.<br />

3. Emprega-se a preposição “ante” (l.2) com o valor semântico de anterioridade,<br />

semelhante ao do prefixo formador de palavras como anterior e antecontrato.<br />

4. O pronome “Isso” (l.5) refere-se à queda no PIB, ou seja, à queda na produção de<br />

riquezas do país.<br />

5. A locução verbal “vinha sendo registrada” (l.6-7) expressa uma ação que se<br />

desenvolve gradualmente; por isso, corresponde, no presente, à locução vem a ser<br />

registrada.<br />

-------------------------- TEXTO 17 ------------------------------<br />

A economia brasileira: indicadores de produção<br />

No início de 1999, as expectativas quanto à evolução do nível de atividade<br />

incorporavam os desdobramentos da crise financeira internacional, ocorrida no fim de<br />

1998, tais como a mudança no regime cambial brasileiro, levada a efeito em janeiro.<br />

Assim, as perspectivas quanto à trajetória da economia eram desenhadas em um<br />

cenário que considerava a elevação nas taxas de juros e o provável recrudescimento<br />

da inflação, resultante do impacto desfavorável da desvalorização do real.<br />

Relatório anual do BACEN, 1999, v. 35, p. 13 (com adaptações).<br />

QUESTÃO: A partir do texto acima, julgue os itens que se seguem.<br />

1. No texto, os verbos “levada” (l.5) e “desenhadas” (l.7), empregados na forma de<br />

particípio, têm como referentes, respectivamente: < “a mudança no regime cambial<br />

brasileiro” (l.4); < “as perspectivas quanto à trajetória da economia” (l.6-7).<br />

2. Infere-se das idéias do texto que “desdobramentos da crise financeira internacional”<br />

(l.3) são conseqüência da “elevação nas taxas de juros” (l.8) e do “recrudescimento da<br />

inflação” (l.9).<br />

3. Na linha 2, o verbo "incorporavam" pode ser substituído sem prejuízos <strong>para</strong> a<br />

estrutura textual por sua forma pronominal "incorporavam-se".<br />

20


4. A termo "Assim", que inicia o segundo parágrafo, faz um resumo de todas as<br />

informações e circunstâncias apresentadas no primeiro parágrafo, retomando-o.<br />

5. ".... resultante do impacto desfavorável da desvalorização do real...." - o termo<br />

sublinhado tem como sujeito "um cenário".<br />

-------------------------- TEXTO 18 ------------------------------<br />

Ourocap Milênio<br />

O Ourocap Milênio chegou com muitas novidades: mais chances de premiação,<br />

possibilidade de resgate parcial e variadas opções de mensalidades. Além disso, parte<br />

da receita da Brasilcap com as vendas do novo produto será destinada ao programa<br />

BBeducar, de alfabetização de jovens e adultos carentes, coordenado pela Fundação<br />

Banco do Brasil.<br />

Características básicas:<br />

< Ourocap Milênio é um título de pagamento mensal, com prazo de vigência de 60<br />

meses;<br />

< o novo Ourocap amplia as opções de mensalidades, oferecendo a você 12 opções,<br />

variando entre R$ 30,00<br />

e R$ 400,00;<br />

< o capital destinado aos resgates é atualizado pela TR e capitalizado com base na<br />

taxa de juros da caderneta de poupança, que é igual a 0,5% ao mês;<br />

< a cada 12 pagamentos, você pode solicitar o resgate parcial, a partir de R$ 120,00,<br />

ou retirar integralmente o capital destinado a resgate até aquele momento;<br />

< sorteios regulares (todos os sábados, exceto o último do mês): 1 prêmio de 1.000<br />

vezes o valor da última<br />

mensalidade paga, 2 prêmios de 200 vezes o valor da última mensalidade paga e 252<br />

prêmios de 10 vezes esse valor;<br />

< sorteio especial (último sábado de cada mês): 1 prêmio de 5.000 vezes o valor da<br />

última mensalidade paga. (...)((...)QUESTÃO 16<br />

QUESTÃO: com relação às estruturas lingüísticas do texto 18, julgue os itens a seguir.<br />

1. Na linha 1, o emprego do sinal de dois-pontos justifica-se pela enumeração<br />

subseqüente.<br />

2. O particípio em “destinada” (l.5) flexiona-se no feminino porque deve concordar com<br />

“parte da receita” (l.4).<br />

3. Caso a forma verbal “é” (l.14) seja substituída pelo futuro do presente - será -, o<br />

período se tornará incoerente e gramaticalmente incorreto.<br />

4. Na linha 15, <strong>para</strong> evitar redundância com a preposição “de”, pode-se substituir “da”<br />

por pela, mantendo-se as mesmas relações de significação.<br />

21


5. Nas linhas 14 e 15, o segmento “é atualizado pela TR e capitalizado” admite a<br />

seguinte redação: atualizam-se pela TR e capitalizam-se.<br />

-------------------------- TEXTO 19 ------------------------------<br />

Em um ambiente marcado por turbulência e mudanças intermitentes, flexibilidade<br />

é a palavra de ordem <strong>para</strong> as organizações. A reforma do estatuto proposta pela<br />

Diretoria dará agilidade ao processo decisório, tornando a estrutura do Banco mais<br />

descentralizada.<br />

O BB deve responder a uma dupla demanda da sociedade brasileira: como banco,<br />

ser eficiente e gerar lucro; como banco público, atuar eficientemente na<br />

implementação de políticas públicas, sem prejuízo do equilíbrio econômico-financeiro<br />

da instituição.<br />

A resposta <strong>para</strong> esse duplo desafio será dada com a prática dos princípios de<br />

Governança Corporativa, sinal do compromisso da empresa com a transparência e<br />

com o direcionamento das ações <strong>para</strong> atividades essenciais do negócio bancário,<br />

como banco de varejo especializado em setores econômicos, comprometidos em<br />

atender às expectativas dos clientes e com o retorno <strong>para</strong> os acionistas.<br />

Os ajustes recentemente implantados encerram um movimento iniciado em 1996.<br />

O aprimoramento dos sistemas de controle e das ferramentas de mapeamento de<br />

riscos, a prospecção de oportunidades e a renovada capacidade de superação do BB<br />

permitem buscar o <strong>para</strong>digma da eficiência operacional, lastreado no tripé<br />

crescimento, rentabilidade e segurança das operações.<br />

Relatório da Administração do Banco do Brasil,<br />

Correio Braziliense, 28/8/2001 (com adaptações).<br />

QUESTÃO 23<br />

QUESTÃO 1: A partir do texto 19, julgue os itens abaixo.<br />

1. No texto, o tratamento de “BB” como primeira pessoa do discurso é exigência da<br />

impessoalidade do gênero textual relatório.<br />

2. Como o verbo “responder” (l.7) admite duas possibilidades de complementação<br />

sintática, na expressão do texto “a uma dupla demanda” (l.7) pode ser colocado o sinal<br />

indicativo de crase.<br />

3. O uso do sinal de ponto-e-vírgula (l.9) justifica-se <strong>para</strong> evitar incompreensão nas<br />

relações semânticas, já que há, no segundo parágrafo do texto, uma divisão de idéias<br />

e, em cada uma delas, ocorre vírgula.<br />

4. Subentende-se do segundo parágrafo do texto que, se o BB responder<br />

positivamente à demanda de ser banco público, ele não gerará lucro.<br />

5. Percebe-se claramente que o substantivo "lastreado" concorda em gênero e número<br />

com o seu referente expresso no texto, ou seja, BB.<br />

QUESTÃO 2: Julgue os itens subseqüentes com respeito às palavras do texto 19.<br />

1. A palavra “intermitentes” (l.2) está sendo utilizada com o significado de intensas.<br />

2. A expressão “econômico-financeiro” (l.11) pode ser substituída por econômico e<br />

financeiro, sem alteração da correção e da significação do período.<br />

3. A palavra “prospecção” (l.22) está sendo utilizada com o sentido de pesquisa, mas<br />

seu sentido original é método técnico empregado <strong>para</strong> localizar e calcular o valor<br />

econômico de jazidas minerais.<br />

4. O termo “<strong>para</strong>digma” (l.24) está sendo utilizado como sinônimo de utopia.<br />

5. A palavra “lastreado” (l.25) está empregada no sentido metafórico de marcado.<br />

-------------------------- TEXTO 20 ------------------------------<br />

O futuro se constrói<br />

A vida socio-econômica de qualquer sociedade depende da ação humana, cujos<br />

orientação, coordenação e controle, mais ou menos frouxos ou impositivos, de acordo<br />

22


com a natureza mais ou menos democrática ou autoritária dos regimes políticos, a<br />

sociedade delega ao Estado. É, portanto, obrigação do Estado a supervisão da vida<br />

nacional, tanto nos regimes autoritários como, resguardadas as proporções quanto ao<br />

grau de autoridade, nos democráticos. Nem mesmo o pensamento liberal aceita em<br />

sua plenitude a idéia de que a espontaneidade do mercado resolve tudo, cabendo ao<br />

Estado apenas prover segurança e justiça.<br />

Mario Cesar Flores. O Estado de S. Paulo, 28/8/2001, A2 (com adaptações).<br />

QUESTÃO: De acordo com as idéias e estruturas lingüísticas do texto, julgue os itens<br />

que se seguem.<br />

1. Ocorre um jogo de idéias com o emprego do pronome “se” no título, que tanto pode<br />

ser interpretado como o futuro constrói a si mesmo, quanto como alguém constrói<br />

o futuro.<br />

2. De acordo com as regras de concordância da norma culta, o pronome relativo<br />

“cujos” (l.2) admite, opcionalmente, ser substituído por em que.<br />

3. A expressão “mais ou menos frouxos ou impositivos” (l.3-4) subentende: mais<br />

frouxo ou menos frouxo, mais impositivo ou menos impositivo.<br />

4. De acordo com a argumentação do texto, caracteriza-se a “supervisão da vida<br />

nacional” (R.6) como: presente em diferentes tipos de regime político; obrigação do<br />

Estado; mais abrangente que a simples provisão de segurança e justiça.<br />

5. Pela estrutura sintática em que ocorre, a forma verbal “resolve” (l.12) admite a<br />

substituição por resolva.<br />

23


Tipologia Textual<br />

Tudo o que se escreve recebe o nome genérico de redação ou composição textual.<br />

Basicamente, existem três tipos de redação: narração (base em fatos), descrição<br />

(base em caracterização) e dissertação (base em argumentação).<br />

Cada um desses tipos redacionais mantém suas peculiaridades e características. Para<br />

fazer um breve resumo, podem-se considerar as proposições a seguir:<br />

• Narração – modalidade textual em que se conta um fato, fictício ou não, que<br />

ocorreram num determinado tempo e lugar, envolvendo certos personagens.<br />

Estamos cercados de narrações desde que nos contam histórias infantis como<br />

Chapeuzinho Vermelho ou Bela Adormecida, até as picantes piadas do<br />

cotidiano.<br />

Ex.: Numa tarde de primavera, a moça caminhava a passos largos em direção<br />

ao convento. Lá estariam a sua espera o irmão e a tia Dalva, a quem muito<br />

estimava. O problema era seu atraso e o medo de não mais ser esperada...<br />

• Descrição – tipo de texto em que se faz um retrato por escrito de um lugar,<br />

uma pessoa, um animal ou um objeto. A classe de palavras mais utilizada<br />

nessa produção é o adjetivo, por sua função caracterizadora. Numa<br />

abordagem mais abstrata, pode-se até descrever sensações ou sentimentos.<br />

Ex.: Seu rosto era claro e estava iluminado pelos belos olhos azuis e<br />

contentes. Aquele sorriso aberto recepcionava com simpatia a qualquer<br />

saudação, ainda que as bochechas corassem ao menor elogio. Assim era<br />

aquele rostinho de menina-moça da adorável Dorinha.<br />

Observação<br />

Normalmente, narração e descrição mesclam-se nos textos; sendo difícil,<br />

muitas vezes, encontrar textos exclusivamente descritivos.<br />

• Dissertação – estilo de texto com posicionamentos pessoais e exposição de<br />

idéias. Tem por base a argumentação, apresentada de forma lógica e coerente<br />

a fim de defender um ponto de vista. É a modalidade mais exigida nos<br />

<strong>concurso</strong>s em geral, por promover uma espécie de “raios-X” do candidato no<br />

tocante a suas opiniões. Nesse sentido, exige do candidato mais cuidado em<br />

relação às colocações, pois também revela um pouco de seu temperamento,<br />

numa espécie de psicotécnico.


ORTOGRAFIA OFICIAL<br />

É a parte da gramática que visa a escrita correta das palavras.<br />

Nós devemos, pois, obedecer às regras do sistema ortográfico da nossa língua. Fugir a essas<br />

regras seria estar à margem do sistema vigente.<br />

Vejamos, o texto abaixo:<br />

Tiro ao Álvaro<br />

(Adoniran Barbosa)<br />

De tanto levar frechada do teu olhar<br />

Meu peito até parece, sabe o que?<br />

Táubua de tiro ao álvaro, não tem mais onde furar.<br />

Teu olhar mata mais do que bala de carabina<br />

Que veneno estriquinina<br />

Que peixeira de baiano<br />

Teu olhar mata mais<br />

Que atropelamento de automóver<br />

Mata mais que bala de revórver.<br />

O compositor, propositadamente, utilizou em sua música algumas palavras com erros de<br />

ortografia, porém os escritores e os músicos têm licença-poética que os permite “brincar” com a<br />

normas da língua portuguesa.<br />

Um texto dissertativo exige obediência à gramática normativa.<br />

ATENÇÃO ! ! !<br />

Para escrever corretamente, é muito importante acostumar-se a resolver dúvidas de grafia,<br />

consultando gramáticas e dicionários. Ler bastante e com atenção, observando a grafia das<br />

palavras. Escrever várias vezes as palavras de grafia mais difícil.<br />

Não se pode esquecer também de observar as palavras que têm som semelhante, mas escrita e<br />

significados diferentes (parônimos), a fim de evitar confusão ao escrevê-las, além de ficar atento<br />

ao emprego de algumas letras.<br />

O nosso alfabeto é composto de 23 letras:<br />

A B C D E F G H I J L M N O P Q R S T U V X Z<br />

As letras k, W e Y também são utilizadas em abreviaturas, em símbolos de uso<br />

internacional e em palavras estrangeiras e nomes próprios.<br />

O emprego do H: por motivos de etimologia, aparece no início de muitas palavras. Nos dígrafos<br />

ch, lh, nh (chave, alho, ninho) e no final de algumas interjeições (Ah!, Oh!).<br />

habitaçã<br />

o<br />

herança higiene honesto hálito hediondo hélice<br />

hábito herói hipoteca honra hesitar hodierno hífen<br />

hábil hidrogêni homem horizont hermético hecatomb hoje<br />

o<br />

e<br />

e<br />

O emprego do S: é usado em adjetivos pátrios terminados em –ês (-esa) e nos adjetivos<br />

com o sufixo –oso (-osa) indicadores de abundância, estado pleno. Depois de ditongos, em<br />

verbos derivados de palavras que já têm s no radical, em títulos de nobreza e alguns nomes<br />

próprios.


SUFIXOS –INHO/ -ZINHO<br />

cheiroso coisa<br />

formoso maisena<br />

dengoso mausoléu<br />

francês faisão<br />

francesa alisar<br />

marquesa asa<br />

baronesa fusão<br />

duquesa síntese<br />

poetisa gás<br />

profetisa análise<br />

Para formar o grau diminutivo com esses sufixos, proceda da seguinte forma: se a palavra<br />

primitiva terminar por s ou z, basta acrescentar o sufixo –inho(a); se a palavra primitiva<br />

apresentar outra terminação, acrescente o sufixo –zinho(a).<br />

Primitiva sufixo diminutivo derivada<br />

Pires inho piresinho<br />

lápis inho lapisinho<br />

raiz inha raizinha<br />

juiz inho juizinho<br />

papel zinho papelzinho<br />

pé zinho pezinho<br />

E nas seguintes correlações:<br />

ND, RG, RT, NT:<br />

compreender → compreensão<br />

ascender → ascensão<br />

apreender → apreensão<br />

pretender → pretensão<br />

suspender → suspensão<br />

expandir → expansão, expansivo<br />

emergir → emersão<br />

inverter → inversão<br />

sentir → senso<br />

consentir → consentimento<br />

PEL ou CORR:<br />

impelir → impulso, impulsão,<br />

impulsivo<br />

repelir → repulsão, repulsivo<br />

expelir → expulsão<br />

concorrer → <strong>concurso</strong><br />

recorrer → recurso<br />

percorrer → percurso


O emprego do Z: é empregado nos sufixos –ez (-eza), formadores de substantivos<br />

abstratos a partir de adjetivos. No sufixo –izar, formador de verbo e nas palavras da<br />

mesma família. Porém, palavras como analisar, avisar e pesquisar não ocorre o sufixo<br />

verbal –izar, pois são verbos que derivam de palavras que já têm s no seu radical.<br />

beleza embelezar<br />

altivez centralizar<br />

aspereza civilizar<br />

surdez canalizar<br />

finalizar valorizar<br />

esvaziar agonizar<br />

vez autorizar<br />

revezar Arborizar<br />

cruz profetizar<br />

cruzeiro deslize<br />

baliza desprezo<br />

Nos verbos terminados em –UZIR:<br />

- aduzir<br />

- conduzir<br />

- produzir<br />

- deduzir<br />

- reduzir<br />

- produzir<br />

Grafam-se com SS os nomes a que:<br />

correspondem verbos cujos radicais são CED, GRED, PRIM:<br />

conceder → concessão<br />

progredir → progressão<br />

imprimir → impressão<br />

ceder → cessão<br />

agredir → agressão<br />

reprimir → repressão<br />

correspondem radicais de verbos derivados de METER:<br />

cometer → comissão<br />

prometer → promessa<br />

remeter → remessa ou remissão<br />

submeter → submissão<br />

correspondem verbos terminados em TIR:<br />

discutir → discussão<br />

admitir → admissão<br />

permitir → permissão<br />

repercutir → repercussão<br />

demitir → demissão


Grafam-se com Ç :<br />

palavras de origem árabe, africana ou tupi:<br />

→ muçulmano e açúcar (origem árabe)<br />

→ caçamba e caçanje – dialeto crioulo do português falado em Angola – (origem<br />

africana)<br />

→ Juçara e paçoca (origem tupi)<br />

palavras derivadas do verbo TER:<br />

conter → contenção<br />

obter → obtenção<br />

deter → detenção<br />

reter → retenção<br />

abster → abstenção<br />

palavras derivadas de outras que possuem T no radical:<br />

exceto → exceção<br />

isento → isenção<br />

nos sufixos –ação e –ção, formadores de verbos:<br />

pre<strong>para</strong>r → pre<strong>para</strong>ção construir → construção<br />

nomear → nomeação destruir → destruição<br />

cantar → canção<br />

optar → opção<br />

após ditongos se o som for / s / :<br />

→ feição<br />

→ traição<br />

→ eleição<br />

→ louça<br />

Obs.: após ditongos com som / z /, as palavras são grafadas com s (causa, pausa,<br />

coisa, maisena,etc.)<br />

nos sufixos –AÇA(O), -IÇA(O), -UÇA(O):<br />

→ barcaça<br />

→ ricaço<br />

→ carniça<br />

→ dentuço<br />

Emprega-se X:<br />

depois de ditongo com som / x /:<br />

→ caixa<br />

→ peixe<br />

→ faixa<br />

palavras de origem indígena ou africana:<br />

→ abacaxi e xavante (origem indígena)<br />

→ orixá e xangô (origem africana)


depois da sílaba inicial –ME:<br />

→ mexerica<br />

→ mexer<br />

→ México<br />

→ mexicano<br />

→ mexilhão<br />

depois da sílaba inicial –EN:<br />

→ enxoval<br />

→ enxada<br />

→ enxaqueca<br />

Obs.: com exceção do verbo encher (e seus derivados): enchimento, enchente,<br />

preencher.<br />

Quando o prefixo –en junta-se a um radical iniciado por ch: charco> encharcar ><br />

encharcado;<br />

chumaço > enchumaçar; chiqueiro > enchiqueirar.<br />

palavras de línguas modernas:<br />

→ xampu, xerife, xelim (moeda inglesa de prata), xerez (vinho fino e saboroso da<br />

Andaluzia)<br />

Grafa-se com CH:<br />

nomes de origem : alemã, inglesa, espanhola, francesa e latina:<br />

→ chope e chucrute (origem alemã)<br />

→ chute e sanduíche (origem inglesa)<br />

→ mochila (origem espanhola)<br />

→ chalé e chapéu (origem francesa)<br />

→ chuva (origem latina)<br />

O emprego do G: é usado em substantivos terminados em –agem, -igem, -ugem;<br />

nas palavras terminados em –ágio, -égio, -ígio, -ógio, -úgio; nas palavras<br />

derivadas de outras que já têm g e outras palavras, conforme sua origem do latim,<br />

do grego e do árabe.<br />

ramagem monge<br />

vertigem sugestão<br />

ferrugem tigela<br />

pedágio tangerina<br />

colégio gibi<br />

vestígio giz<br />

relógio algema<br />

refúgio gengibre<br />

ligeiro gíria<br />

sargento vagem<br />

Emprega-se j:<br />

nas palavras derivadas de primitivas que se escrevem com j:<br />

ajeitar, ajeitado (de jeito); laranjeira ...


ETC.<br />

em palavras de origem tupi: jibóia, pajé, jenipapo.<br />

nas formas dos verbos terminados em –jar: arranjei, despejaram, despejado, ...<br />

na terminação –aje: traje, laje, ultraje<br />

ETC é latino et coetere (significando e outras coisas ou e no mais).<br />

Em geral é considerado facultativo o uso da vírgula antes da abreviatura etc.. Mas,<br />

convém distinguir os casos.<br />

Ex.: Os sintomas da doença são: anemia, transtornos endócrinos, etc.<br />

Sem a vírgula antes do etc., poderia parecer que etc. representa outros transtornos além<br />

dos endócrinos. Com a vírgula, etc. significa outros sintomas.<br />

USO DO HÍFEN<br />

Só se ligam por hífen os elementos das palavras compostas em que se mantém a<br />

noção da composição, isto é, os elementos das palavras compostas que mantêm a sua<br />

independência fonética, conservando cada um a sua própria acentuação, porém formando<br />

o conjunto perfeita unidade de sentido.<br />

Dentro desse princípio, deve-se empregar o hífen nos seguintes casos:<br />

1. Nas palavras compostas em que os elementos, com a sua acentuação própria, não<br />

conservam, considerados isoladamente, a sua significação, mas o conjunto constitui<br />

uma unidade semântica: água-marinha, arco-íris, galinha-d’água, couve-flor,<br />

guarda- -pó, pé-de-meia (mealheiro, pecúlio) , pára-choque, porta-chapéus, etc.<br />

.<br />

2. Nas formas verbais com pronomes enclíticos ou mesoclíticos: ama-lo (amas e lo),<br />

amá- -lo (amar e lo), dê-se-lhe, fá-lo-á, oferecê-la-ia, repô-lo-eis, serenou-se-te,<br />

traz-me, vedou-te, etc. .<br />

3. Nos vocábulos formados pelos prefixos que representam formas adjetivas, como<br />

anglo, greco, histórico, ínfero, latino, lusitano, luso, póstero, súpero, etc.: anglobrasileiro,<br />

greco-romano, histórico-geográfico, ínfero-anterior, latino-americano,<br />

lusitano-castelhano, luso-brasileiro, póstero-palatal, súpero-posterior, etc. .<br />

4. Nos vocábulos formados por sufixos que representam formas adjetivas, como açu,<br />

guaçu e mirim, quando o exige a pronúncia e quando o primeiro elemento acaba em<br />

vogal acentuada graficamente: andá-açu, amoré-guaçu, anajá-mirim, capim-açu,<br />

etc. .<br />

5. Nos vocábulos formados pelos prefixos:<br />

a) auto, contra, extra, infra, intra, neo, proto, pseudo, semi e ultra, quando se lhes<br />

seguem palavras começadas por vogal, h, r ou s: auto-educação, contra-almirante,<br />

extra-oficial, infra-hepático, intra-ocular, neo-republicano, proto-revolucionário,<br />

pseudo-revelação, semi-selvagem, ultra-sensível, etc. .


) ante, anti, arqui e sobre, quando seguidos de palavras iniciadas por h, r ou s: ante-<br />

-histórico, anti-higiênico, arqui-rabino, sobre-saia, etc. .<br />

c) supra, quando se lhe segue palavra encetada por vogal, h, r ou s: supra-auxiliar,<br />

supra- -renal, supra-sensível, etc. .<br />

d) super, hiper, inter, quando seguidos de palavra principiada por h ou r: super-homem,<br />

super-requintado, inter-regional, etc. .<br />

e) ab, ad, sob e sub, quando seguidos de elementos iniciados por r e b: ab-rogar, adrenal,<br />

ob-reptício, sob-roda, sub-reino, sub-bibliotecário, etc. .<br />

f) pan e mal, quando se lhes segue palavra começada por vogal ou h: pan-asiático,<br />

pan-<br />

-helenismo, mal-educado, mal-humorado, etc. .<br />

g) bem, quando a palavra que lhe segue tem vida autônoma na língua ou quando a<br />

pronúncia o requer: bem-ditoso, bem-aventurado, etc. .<br />

h) sem, sota, soto, vice, vizo, ex (com o sentido de cessamento ou estado anterior), etc.:<br />

sem-cerimônia, sota-piloto, soto-ministro, vice-reitor, vizo-rei, ex-diretor, etc. .<br />

i) pós, pré e pró, que têm acento próprio, por causa da evidência dos seus significados e<br />

da sua pronunciação, ao contrário dos seus homógrafos inacentuados, que, por<br />

diversificados foneticamente, se aglutinam com o segundo elemento: pós-meridiano,<br />

pré-escolar, pró-britânico; mas pospor, preanunciar, procônsul, etc. .<br />

Aurélio Buarque de Holanda Ferreira chama a atenção — entre outras omissões<br />

do Vocabulário de 1943 — <strong>para</strong> a ausência do prefixo com (sob a forma co), com o<br />

sentido de ‘a par’ , quando o segundo elemento possui vida autônoma na língua: coautor,<br />

co-herdeiro, co-proprietário, co-responsável, etc. (Novo dicionário da língua<br />

portuguesa, Nova Fronteira, s. d. , p. XI da 1ª edição). Registramos, especialmente,<br />

este caso, por suscitar ele dúvidas freqüentes.<br />

LIMA, C. H. da Rocha. Gramática normativa da língua portuguesa. Rio de Janeiro,<br />

Briguiet, 1960.<br />

USO DAS INICIAIS MAIÚSCULAS<br />

Nos substantivos próprios (nomes de<br />

pessoas, topônimos, denominações<br />

religiosas e políticas, nomes sagrados<br />

e ligados a religiões, entidades<br />

mitológicas e astronômicas):<br />

No início de período, verso ou citação<br />

direta:<br />

No começo de versos que não iniciam<br />

período, usa-se normalmente a letra<br />

minúscula, como se observa em:<br />

Com o nome país, quando substitui<br />

um nome próprio geográfico evidente:<br />

Carolina, Luciana, Leonardo; Alexandre, o Grande;<br />

Paraná; São Paulo; Campinas; Curitiba; oceano Atlântico;<br />

lago Paraná; Igreja Católica Apostólica Romana; Partido<br />

dos Trabalhadores; União Democrática Nacional; Deus;<br />

Cristo; Buda; Zeus; Afrodite; Júpiter; Via Láctea; . . .<br />

“Amor é um fogo que arde sem se ver;<br />

É ferida que dói e não se sente;<br />

É um contentamento descontente;<br />

É dor que desatina sem doer;”<br />

(Camões)<br />

“De tudo quanto foi meu passo caprichoso,<br />

na vida, restará, pois o resto se esfuma,<br />

uma pedra que havia no meio do caminho.”<br />

(Carlos Drummond de Andrade)<br />

Vai ser implantada a reforma da previdência no País.<br />

(=Brasil)


Nos nomes de períodos históricos,<br />

festas religiosas ou datas e fatos<br />

políticos importantes:<br />

Nos nomes de logradouros públicos<br />

(avenidas, ruas, travessas, praças,<br />

largos, viadutos, pontes, jardins . . .)<br />

Nos nomes de repartições públicas,<br />

agremiações culturais ou esportivas,<br />

edifícios e empresas públicas ou<br />

privadas:<br />

Nos títulos de livros, periódicos,<br />

produções artísticas, literárias e<br />

científicas:<br />

O presidente argentino decretou estado de sítio no País.<br />

(=Argentina)<br />

Idade Média, Renascimento, Natal, Páscoa, Ressurreição<br />

de Cristo, Dia do Trabalho, Dia das Mães, Independência<br />

do Brasil, Proclamação da República, . . .<br />

Avenida Rio Branco, Rua do Ouvidor, Travessa do<br />

Comércio, Praça da República, Viaduto da Liberdade,<br />

Ponte Rio-Niterói, . . .<br />

Ministério do Trabalho, Academia Brasileira de Letras,<br />

Teatro Municipal, Edifício Itália, Editora Melhoramentos,<br />

Editora Scipione, Editora Ática,<br />

Dom Casmurro (de Machado de Assis), Veja, Jornal do<br />

Brasil , O Pensador (de Rodin), , O Noviço (de Martins<br />

Penna), A Origem das Espécies (de Charles Darwin)<br />

Nos nomes de escolas em geral: Escola Técnica Rezende Rammel, Escola Municipal<br />

França, Colégio Hélio Alonso, Colégio Pedro II, . . .<br />

Nos nomes dos pontos cardeais<br />

quando indicam regiões:<br />

Obs.: os nomes dos pontos cardeais<br />

são grafados com a inicial minúscula<br />

quando indicam apenas direções ou<br />

limites geográficos:<br />

Nas expressões de tratamento:<br />

Nos nomes comuns sempre que<br />

personificados ou individualizados:<br />

As pessoas do Oriente, o falar do Norte, os mares do Sul,<br />

a vegetação do Oeste . . .<br />

... ao sul de Minas Gerais, de norte a sul, de leste a oeste.<br />

Vossa Alteza, Vossa Majestade, Vossa Santidade, Vossa<br />

Excelência, Vossa Senhoria, Magnífico Reitor, Sr. Diretor, .<br />

. .<br />

o Amor, a Virtude, a Morte, o Lobo, o Cordeiro, a Cigarra,<br />

a Formiga, a Capital, a República, a Indústria, o Comércio .<br />

. .<br />

Com o nome Papa O Papa visitou o Brasil.<br />

O Papa João Paulo II visitará, novamente, o Brasil.<br />

PRÁTICA<br />

1) Complete com X ou com CH:<br />

afrou____ar bo____e____a bru____a<br />

cai____ote ve____ame ____u____u


eli____ir en____aguar en____ame<br />

en____aqueca en____oval en____urrada<br />

fa____ina fei____e frou____o<br />

gra____a con____a bomba____a<br />

bai____ada be____iga ca____imbo<br />

ca____umba ____a____im ____arco<br />

engra____ar en____ada co____i____o<br />

ori____á ____arope en____ugar<br />

2) Complete com J ou G:<br />

verti____em tan____ente ____or____eta<br />

here____e mon____e conta____em<br />

vi____ência lambu____em ____e____um<br />

____íria ri____eza o____eriza<br />

va____em su____eito ____engiva<br />

____equitibá su____eitar ____eada<br />

pa____é pa____em vi____ia<br />

____ibóia ____irafa me____era<br />

cafa_____este ____ilete ____irar<br />

ma____estade passa____eiro ____esuíta<br />

3) Complete com SS, S ou Ç:<br />

Compreen ____<br />

ão<br />

Irrever ____ ível suce____ão<br />

controvér____ia admi____ível repreen____ão<br />

exten____ão ace____ível mu____ulmano<br />

dobradi____a preten____io____o prome____a<br />

inver____ão defen____ivo rever____ão<br />

emer____ão admi____ão trai____ão<br />

ingre____o conver____ível Assun____ão<br />

ascen____ão preten ____ ão promi____or<br />

opre____ão exce____o permi____ão<br />

afli____ão perver____ão impre____ora<br />

4) Complete com SS, S, C ou X:<br />

má _____ imo apro _____ imar mí _____ il<br />

ofi _____ ina pro _____ imidade a _____ eio<br />

dispen _____ ei disfar _____ e pê _____ ego<br />

con _____ eguir so _____ ego de _____ idir<br />

pa _____ e deflu _____ o ven _____ edor<br />

a _____ íduo in _____ enso trou _____ emos<br />

man _____ inho apro _____ imação per _____ iana<br />

per _____ eber po _____ e sinta _____ e<br />

pa _____ eata per _____ eguir trou _____ eram<br />

fô _____ emos ca _____ ique apre _____ iar<br />

EXERCÍCIOS<br />

1. Assinale a alternativa em que todas as palavras estão grafadas corretamente:


a) <strong>para</strong>lisar, pesquisar, ironizar, deslizar<br />

b) alteza, empreza, francesa, miudeza<br />

c) cuscus, chimpanzé, encharcar, encher<br />

d) incenso, abcesso, obsessão, Luis<br />

2. Ambas as palavras estão grafadas incorretamente em:<br />

a) capitalizar, catalisar<br />

b) agonisar, batisar<br />

c) improvisar, anarquizar<br />

d) modernizar, concretizar<br />

3. O item que apresenta uma palavra de grafia EQUIVOCADA é:<br />

a) Pireneus, irrequieto;<br />

b) freada, puleiro;<br />

c) feioso, manteigueira;<br />

d) aleijado, mágoa;<br />

e) campeão, lampião.<br />

4. Preencha os espaços com as palavras grafadas corretamente:<br />

“A ____________ de uma guerra nuclear provoca uma grande ___________ na<br />

humanidade e a deixa ________________ quanto ao futuro.”<br />

a) espectativa – tensão – exitante d) expectativa – tenção – hezitante<br />

b) espectativa – tenção – hesitante e) espectativa – tenção – exitante<br />

c) expectativa – tensão – hesitante<br />

5. (TC) O x foi empregado incorretamente em :<br />

a) enxada, feixe, ameixa<br />

b) enxame, enxugar, lixa<br />

c) xale, bruxa, mexerica<br />

d) xampu, xícara, graxa<br />

e) xaranga, xuxu, xarque<br />

6. Minha ................ está .......................... por culpa não sei de ................. .<br />

a) pesquisa, atrazada, quê<br />

b) pesquiza, atrasada, quê<br />

c) pesquisa, atrazada, que<br />

d) pesquisa, atrasada, quê<br />

7. O ............. que ele usava era um ........... da .............. dos petrodólares ostentados pelos<br />

..................... .<br />

a) traje, previlégio, expansão, xerifes<br />

b) traje, privilégio, expansão, xerifes<br />

c) trage, previlégio, expansão, cherifes<br />

d) trage, previlégio, expanção, xerifes<br />

8. (Sec. Est. de Polícia Civil) Pesquisa é palavra escrita com s; qual dos itens a seguir<br />

apresenta erro ortográfico devido à confusão entre s e z?<br />

a) análise;<br />

b) princeza;<br />

c) empresa;<br />

d) <strong>para</strong>lisia;


e) catequizar.<br />

9. (Procuradoria Geral da Justiça/RJ) “Se o país ganha jeito ...” Como se vê, a palavra<br />

jeito se escreve com j. Em que item a seguir todas as palavras apresentam grafia correta?<br />

a) gorjeta – pajé – jibóia – vajem<br />

b) ultraje – canjica – monje – viajem<br />

c) majestade – jenipapo – alforje - manjedoura<br />

d) laje – traje – tijela - jia<br />

e) lisonjear – gorjeio – sarjeta - ferrujem<br />

10. (Tribunal de Justiça/RJ) O sufixo –izar do verbo “ritualizar” escreve-se com a letra z,<br />

como se vê. Que item a seguir só tem grafias corretas?<br />

a) analizar – visualizar – capitalizar<br />

b) pesquizar – realizar – universalizar<br />

c) catequizar – deslizar – instrumentalizar<br />

d) <strong>para</strong>lizar – centralizar – urbanizar<br />

e) catalizar – batizar – animalizar<br />

11. (Tribunal de Alçada Criminal) O verbo nascer é grafado com sc; que palavra abaixo<br />

está erradamente grafada exatamente porque não contém esse encontro na sua forma<br />

gráfica?<br />

a) piscina d) indescente<br />

b) descida e) suscitar<br />

c) crescer<br />

12. . (Santa Casa - SP) As silabadas, ou erros de prósódia, são freqüentes no uso da<br />

língua. Indique a alternativa onde não ocorre nenhuma silabada:<br />

a) Eis aí um prototipo de rúbricas de um homem vaidoso.<br />

b) Para mim a humanidade está dividida em duas metades: a dos filântropos e a dos<br />

misantropos.<br />

c) Os arquétipos de iberos são mais pudicos que se pensa.<br />

d) Nesse interim chegou o médico com a contagem de leucócitos e o resultado da cultura<br />

de lêvedos.<br />

e) Ávaro de informações, segui todas as pegadas do éfebo.


I. DIVISÃO SILÁBICA<br />

Ao dividirmos as sílabas de uma palavra, devemos observar a soletração e<br />

devemos utilizar o hífen ( - ) <strong>para</strong> marcar a se<strong>para</strong>ção das sílabas.<br />

Porém, outros fatores também são importantes <strong>para</strong> a divisão silábica. Observe:<br />

não se se<strong>para</strong>m os ditongos e os tritongos: a-zuis, Pa-ra-guai, gló-ria, a–ve-riguou,<br />

...<br />

consoante inicial não acompanhada de vogal fica na sílaba que a segue: pneu,<br />

psi-có-lo-go, pseu-dô-ni-mo, ...<br />

não se se<strong>para</strong>m os dígrafos ch, lh, nh, qu, gu: chá-ca-ra, a-lho, ni-nho, qua-dro, água.<br />

não se se<strong>para</strong>m os encontros consonantais perfeitos (geralmente, consoante + l<br />

ou r):<br />

li-vro, blo-co, su-bli-me, ...<br />

Obs.: encontros consonantais como gn, mn, pn, ps, pt, tm e outros não aparecem em<br />

muitos vocábulos.<br />

Quando iniciais, são, naturalmente, inseparáveis:<br />

gno – mo psi – co – lo - gia<br />

mne – mô – ni – co pti – a – li - na (fermento da saliva, que transforma o amido em<br />

maltose e dextrina)<br />

pneu (pneu- má – ti – co) tme –se (Tmse é o termo não usado pela N.G.B. ; a<br />

denominação usada é mesóclise)<br />

se<strong>para</strong>m-se as letras dos dígrafos rr, ss, sc, sç, xc: car-ro, pás-sa-ro, nas-ci-mento,<br />

des-ço, ex-ce-ção, ex-su-dar ...<br />

se<strong>para</strong>m-se os demais encontros consonantais: dig-ni-da-de, af-ta, subs-tan-ti-vo,<br />

rit-mo,..<br />

se<strong>para</strong>m-se os hiatos: sa-ú-de, sa-í-da, ra-i-nha, ju – iz, co - e – lho, di – a, lu – a,<br />

po-ei-ra, ...<br />

Obs.: os encontros vocálicos -ia, ie, -io, -ao, -ua, -uo, quando átonos e finais,<br />

podem ser realizados como ditongos ou hiatos.<br />

co - lé - gio ou co- lé - gi - o<br />

es - tá - tua ou es - tá - tu – a<br />

se<strong>para</strong>m-se as vogais idênticas: co-or-de-na-dor, Sa-a-ra, a-ben-çô-o, en-jô-o, nii-lis-mo<br />

Obs.: atenção aos prefixos:<br />

sub – li – nhar, sub-te-nen-te, mas ... su-bo-fi-ci-al<br />

bis-ne-to, mas ... bi-sa-vô, bi-sa-vó<br />

trans-por-te, trans-fe-rên-cia, mas ... tran-sa-tlân-ti-co, tran-sa-ma-zô-ni-ca<br />

des-li-gar, mas ... de-ses-pe-rar<br />

dis-tra-ção, mas ... di-sen-té-ri-co


cis-pla-ti-no, mas ... ci-san-di-no<br />

ex-tra-ir, mas ... e-xér-ci-to<br />

EXERCÍCIOS<br />

1.(Aeronáutica) Assinale a alternativa em que a palavra destacada apresenta correta<br />

divisão silábica.<br />

a) "Tal luta interestadual sempre existiu." – in - ter - es - ta - du - al<br />

b) "Vai subalugar a sala a um senhor idoso." – su - ba - lu - gar<br />

c) Sublocou uma casa em Ubatuba a um amigo. – su - blo - cou<br />

d) "Como bom filho do século XIX, superestimava as possibilidades da Ciência." – su -<br />

per - es - ti - ma – va<br />

2. Assinale a seqüência em que todas as palavras estão partidas corretamente:<br />

a) trans-a-tlân-ti-co, fi-el, sub-ro-gar<br />

b) bis-a-vô, du-e-lo, fo-ga-réu<br />

c) sub-lin-gual, bis-ne-to, de-ses-pe-rar<br />

d) des-li-gar, sub-ju-gar, sub-scre-ver<br />

3. De acordo com a se<strong>para</strong>ção silábica, qual o grupo de palavras abaixo que está<br />

totalmente correto?<br />

a) as-si-na-da, chei-ro, ma-de-i-ra<br />

b) pers-pi-caz, felds-pa-to, des-cer<br />

c) avi-so, mi-nha, in-fân-cia<br />

d) extra-or-di-ná-rio, ve-lha, fel-ds-pa-to<br />

4. Assinale a opção em que a divisão de sílaba não está corretamente feita:<br />

a) a-bai-xa-do<br />

b) es-fi-a-pa-da<br />

c) ca-a-tin-ga<br />

d) si-me-tria<br />

5. Aponte o único conjunto onde há erro de divisão silábica:<br />

a) flui-do, sa-guão, dig-no<br />

b) cir-cuns-cre-ver, trans-cen-den-tal, tran-sal-pi-no<br />

c) con-vic-ção, tung-stê-nio, rit-mo<br />

d) ins-tru-ir, an-te-pas-sa-do, se-cre-ta-ri-a<br />

6. Estão corretamente se<strong>para</strong>das as sílabas de todas as palavras da alternativa:<br />

a) pães, té- cni- co, du-as d) oc- ci- pi- tal, si- tua– ção, a- e-<br />

ro- náu- ti- ca<br />

b) tran- sa- tlân- ti- co, ob- so- le- to, sa- guão<br />

c) ra- pto, subs- tân- cia, bis- a- vô<br />

7. Assinale a alternativa em que as sílabas das palavras estão corretamente se<strong>para</strong>das.<br />

a) rép - til, re – pre – en – são, ba – leia.<br />

b) poe – sia, ne – ces – si – da – de, idé – ias.<br />

c) ma –te – ri – al, po – e – ma, e – po – péi – as<br />

d) ir – re – sis – tí – vel, e – xis – ti – a, con – sci – en – te.


8. (UFRJ) Indique o item em que a se<strong>para</strong>ção silábica está correta:<br />

a) impossível: im-po-ssí-vel d) transação: trans-a-ção<br />

b) galinha: ga-lin-há e) cooperar: coo-pe-rar<br />

c) dia: di-a<br />

9. . (Supletivo-SP) Assinalar a alternativa em que todas as palavras estão se<strong>para</strong>das<br />

corretamente:<br />

a) Mas-si-nis-sa, i-gu-al, miú-da<br />

b) Cons-truir, igual, cri-ei<br />

c) Cri-ei, as-pec-to, mi-ú-da<br />

d) Me-da-lhões, pás-sa-ros, es-ta-çõ-es<br />

10. (S. M. ADM. – Rio) Na apresentação de uma carta somos obrigados. Muitas vezes, a<br />

se<strong>para</strong>r sílabas ao final da linha: qual das se<strong>para</strong>ções silábicas a seguir está correta?<br />

a) trans – a – tlân – ti - co<br />

b) sub – li -nhar<br />

c) pra - ia<br />

d) as – sem - bléia<br />

e) p – si – co – lo – gi - a<br />

11. (Tribunal de Alçada Criminal/RJ) A alternativa que não apresenta a se<strong>para</strong>ção silábica<br />

da palavra, corretamente, é:<br />

a) subs – cre – ver<br />

b) sub – li – mi - nar<br />

c) sub – li – nhar<br />

d) sub – al – ter – no<br />

e) sub – sí – dio<br />

12. (Sec. Estadual de Polícia Civil) Que palavra a seguir tem sua se<strong>para</strong>ção silábica<br />

incorretamente indicada?<br />

a) ex –pec – ta –ti -va<br />

b) pró –pri – os<br />

c) de –vas -sa<br />

d) dis – to -rções<br />

e) in –ter – rup -ção


II. ACENTUAÇÃO GRÁFICA<br />

Na língua portuguesa, quase todas as palavras apresentam uma sílaba tônica, ou<br />

seja, uma sílaba que é pronunciada com mais força, com mais tom. Em alguns casos, a<br />

mudança de posição da sílaba tônica implica em mudança de significado.<br />

Dependendo da posição da sílaba tônica na palavra, podemos ter três casos:<br />

Oxítonas: quando a última sílaba da palavra é a tônica, porém serão acentuadas<br />

somente as palavras oxítonas terminadas em:<br />

a(s), e(s), o(s): vatapá, café, xilindró<br />

em, ens: armazém, <strong>para</strong>béns<br />

êm (terceira pessoa do plural): têm, vêm, detêm, provêm<br />

Paroxítonas: quando a penúltima sílaba da palavra é tônica, no entanto,<br />

acentuam-se apenas as palavras paroxítonas terminadas em:<br />

em ditongo crescente: ânsia, mágoa, tênue...<br />

ã, ão: órgão, órfã<br />

i(s): júri, lápis<br />

on(s): próton, íons<br />

um, uns, us: álbum, álbuns, bônus<br />

l, n, r, ps, x: fácil, éden, líder, bíceps, tórax<br />

macete: <strong>para</strong> memorizar as terminações das paroxítonas, podemos usar as<br />

palavras e expressões abaixo:<br />

ROUXINOL / PSIU! NÃO RELAXEIS! / RÃ NUM LIXÃO!<br />

LONA ROXA! (não se aproveitam as vogais)<br />

Proparoxítonas: quando a antepenúltima sílaba é acentuada. Todas são<br />

acentuadas.<br />

árido, lâmpada, xícara, sílaba...<br />

Acentuam-se os monossílabos tônicos terminados em:<br />

a(s), e(s), o(s): pá, pé, pó<br />

Acentuam-se os ditongos abertos:<br />

éu, éi, ói: chapéu, fiéis, herói<br />

Ditongos abertos<br />

Geléia<br />

Herói<br />

Fogaréu<br />

Ditongos fechados<br />

Geleira<br />

Coisa<br />

Museu<br />

Os ditongos fechados ei , oi, eu , NÃO são acentuados!<br />

Hiatos tônicos : acentua-se a segunda vogal tônica do hiato (i ou u), quando<br />

forma sílaba sozinha ou com s.


sa-í, ca-ís-te, ba-ú, ba-la-ús-tre, con-tra-í-la, dis-tri-bu-í-lo, pe-ú-ga, tim-bo-ú-va, etc.<br />

OBS.: não se acentua a segunda vogal tônica do hiato quando formar sílaba com L, M, N,<br />

R, Z, ou vier seguida de NH.<br />

paul (pântano), ruim, ainda, sair, juiz e rainha<br />

Hiatos êem e ôo(s):<br />

êem: crêem, dêem, lêem, vêem (e derivados)<br />

ôo: abençôo, vôo(s), enjôo<br />

usa-se o trema na letra U dos grupos GUE, GUI, QUE e QUI, quando é<br />

pronunciada e átona.<br />

Ex.: agüentar, pingüim, seqüência, tranqüilo, lingüiça, qüinqüênio, sagüi, freqüência<br />

Obs.: em palavras como quilo, guerra, quente e quieto não ocorre trema, porque o u não<br />

é pronunciado, formando dígrafo com as letras g e q.<br />

Se a letra u dos grupos gue, gui, que, qui for pronunciada com bastante intensidade,<br />

isto é, se for tônica, ela receberá acento agudo. Nesse caso, a letra u é uma vogal:<br />

averigúe, apazigúe, argúi, argúis, obliqúe.<br />

Acentuação dos verbos TER e VIR: os verbos ter e vir recebem acento circunflexo<br />

na 3ª pessoa do plural do presente do indicativo.<br />

Ele tem<br />

Ele vem<br />

Eles têm<br />

Eles vêm<br />

Obs.: os verbos derivados de ter e vir recebem acento agudo ( ´ ) na 3ª pessoa do<br />

singular e acento circunflexo ( ^ ) na 3ª pessoa do plural do presente do indicativo.<br />

Assim, os verbos deter, conter, porvir e convir, por exemplo, nas 3ª s pessoas do<br />

singular e do plural do presente do indicativo ficam:<br />

Ele detém<br />

Ele contém<br />

Ele provém<br />

Ele contém<br />

Eles detêm<br />

Eles contêm<br />

Eles provêm<br />

Eles contêm<br />

Acentuação dos verbos LER, CRER, VER e DAR: acentua-se a primeira vogal do<br />

grupo EE, quando tônica, bem como de seus derivados.<br />

Ele lê<br />

Ele crê<br />

Eles lêem<br />

Eles crêem


Ele vê<br />

(Que ) Ele dê<br />

Eles vêem<br />

(Que) Eles dêem<br />

Obs1.: o verbo dar recebe esse tipo de acentuação somente nas 3ª s pessoas do<br />

singular e do plural do presente do subjuntivo. Já os verbos ler, crer e ver recebem<br />

nas 3ª s pessoas do singular e do plural do presente do indicativo.<br />

Obs2.: não confundir o verbo prover com o verbo provir.<br />

Prover: derivado de ver. Significa ver com antecedência; tomar providências acerca<br />

de. Segue, portanto, as formas de conjugação do verbo ver.<br />

Provir: derivado de vir. Significa proceder, originar-se. Segue, portanto, as formas de<br />

conjugação do verbo vir.<br />

Ex1.: Ela provê a despensa de alimentos. / Elas provêem a despensa de alimentos.<br />

Ex2.: A língua portuguesa provém do latim. / O espanhol, o italiano e o francês também<br />

provêm do latim.<br />

Acento diferencial<br />

côa: verbo coar e substantivo<br />

pára: verbo <strong>para</strong>r (3ª pessoa do presente do ind.)<br />

pôr: verbo<br />

pôde: verbo poder (pretérito perfeito do ind.)<br />

pêlo(s): substantivo<br />

péla: verbo e substantivo<br />

pêra: substantivo / péra: substantivo (pedra – péra-fita)<br />

pôlo(s): substantivo (gavião menor de um ano) / polo:<br />

contração<br />

pôla: substantivo (broto de árvore) / póla: substantivo<br />

pancadaria<br />

PRÁTICA<br />

1. Use o acento diferencial quando for necessário:<br />

a) Ele mal pode esperar pela resposta.<br />

b) Comprei peras maduras.<br />

c) Essa música não <strong>para</strong> de tocar!<br />

d) Quando o sol se por, poderei sair.<br />

e) Levei meu cachorro <strong>para</strong> passear à tarde.<br />

f) Ao passar pelos campos, senti a energia da natureza.<br />

coa: contração<br />

<strong>para</strong>: preposição<br />

por: preposição<br />

pode: verbo (presente do<br />

ind.)<br />

pélo: verbo<br />

pela: contração<br />

pera: preposição (antiga)<br />

pólo(s): substantivo<br />

pola: contração


g) Os pelos do meu gato estão arrepiados.<br />

EXERCÍCIOS<br />

1. Qual erro de acentuação?<br />

a) Grajaú d) látex<br />

b) Café e) bambú<br />

c) Cipó<br />

2. (Tribunal de Alçada Criminal) A palavra países leva acento porque:<br />

a) é proparoxítona;<br />

b) é paroxítona com hiato;<br />

c) o i é tônico como segunda vogal de hiato;<br />

d) apresenta ditongo aberto;<br />

e) é proparoxítona terminada em –s.<br />

3. Assinale a alternativa em que nenhuma palavra deve ser acentuada graficamente:<br />

a) órgão, seres, preto<br />

b) governo, odio, juri<br />

c) polen, garoa, cairdes<br />

d) gratuito, atras, amendoim<br />

e) melancia, tatu, cores<br />

4. (FGV-SP) Assinale a alternativa que completa corretamente as frases:<br />

1. Cada qual faz como melhor lhe .............. .<br />

2. O que ............. estes frascos?<br />

3. Neste momento os teóricos ................. os conceitos.<br />

4. Eles .............. a casa do necessário.<br />

a) convém - contêm - revêem - provêem<br />

b) convém - contém - revêem - provém<br />

c) convém - contém - revêm - provém<br />

d) convêm - contém - revêem - provêem<br />

e) convêm - contêm - revêem - provêem<br />

5. (Santa Casa- SP) As palavras após e órgãos são acentuadas por serem,<br />

respectivamente:<br />

a) Paroxítona terminada em s e proparoxítona.<br />

b) Oxítona terminada em o e paroxítona terminada em ditongo.<br />

c) Proparoxítona e paroxítona terminada em s.<br />

d) Monossílabo tônico e oxítona terminada em o seguido de s.<br />

e) Proparoxítona e proparoxítona.<br />

6. (U.F. Viçosa -MG) Assinale o vocábulo que perde o acento gráfico no plural:<br />

a) próton c) fóssil e) caráter<br />

b) móvel d) cônsul<br />

7. (ITA-SP) Dadas as palavras:<br />

1) apóiam<br />

2) baínha


3) abençoo<br />

constatamos que está (estão) corretamente grafadas (s):<br />

a) apenas a palavra nº. 1. d) todas as palavras.<br />

b) Apenas a palavra nº. 2. e) N.D.A.<br />

c) Apenas a palavra nº. 3.<br />

8. (F.C. CHAGAS) Por favor, __________ com esse __________ pois precisamos de<br />

_____________.<br />

a) <strong>para</strong>, ruído, tranqüilidade<br />

b) <strong>para</strong>, ruido, tranquilidade<br />

c) <strong>para</strong>, ruído, tranquilidade<br />

d) pára, ruido, tranqüilidade<br />

e) pára, ruído, tranqüilidade<br />

9. (TALCRIM) O vocábulo conseqüentemente apresenta trema porque:<br />

a) a letra U é um sinal diacrítico;<br />

b) a letra U não é pronunciada;<br />

c) a letra U é uma semivogal;<br />

d) a letra U é átona e pronunciada;<br />

e) a letra U é tônica e pronunciada.<br />

10. Estas revistas que eles ............... , .................. artigos curtos e manchetes que todos<br />

................ .<br />

a) leem – tem – vêem<br />

b) lêm – têem – vêm<br />

c) lêem – têm – vêem<br />

d) lêem – têm – vêm<br />

11. Eles .............. em tudo quanto ................. .<br />

a) crêem – lêem<br />

b) crem – lem<br />

c) crêm – lêm<br />

d) crêem - lêm<br />

12. (T. JUST. –RJ) Qual a justificativa do uso do acento gráfico na forma verbal “afastálas”?<br />

a) marcar a queda da letra r antes do pronome pessoal oblíquo;<br />

b) por ser uma palavra oxítona terminada em a;<br />

c) por ser proparoxítona;<br />

d) acento diferencial entre o infinitivo e o presente do indicativo;<br />

e) indicar a mudança de uma sílaba átona <strong>para</strong> tônica.<br />

13. (Supletivo-MG) Não são paroxítonas as palavras:<br />

a) salada - varanda - tarde d) amanhã - última - perdão<br />

b) leite - escada - senhora e) verdade - presença - janela<br />

c) violetas - brigas - mesa<br />

14. (CÂM. MUN. – Rio) “ . . . têm um papel a desempenhar aí.” A forma verbal têm<br />

aparece acentuada graficamente com acento circunflexo pela mesma razão de uma das<br />

palavras a seguir. Qual?


a) pôde<br />

b) lêem<br />

c) contém<br />

d) vê<br />

e) vêm<br />

15. (ALERJ) A alternativa em que uma das palavras abaixo se acentua por regra<br />

diferente das demais é a seguinte:<br />

a) “já”, mês, trás<br />

b) “porém”, deténs, convém<br />

c) “espontânea”, vários, cárie<br />

d) “substituídos”, reúnem, íamos<br />

e) “espírito”, pudéssemos, farmacêutico<br />

16. (UFRJ) Aí é uma palavra que leva acento ortográfico porque:<br />

a) é a palavra oxítona terminada em vogal<br />

b) é monossílabo tônico terminado em vogal<br />

c) é a palavra com ditongo aberto<br />

d) possui vogal i tônica, em hiato<br />

e) é a palavra paroxítona terminada em vogal<br />

17. (TJ/RJ) Em que item a seguir os vocábulos não têm sua acentuação gráfica justificada<br />

pela mesma regra?<br />

a) silêncio - escritórios<br />

b) próxima – trânsito<br />

c) pôr - é<br />

d) fácil - impossível<br />

e) vários - pátio<br />

18. (TJ/RJ) “Aquela que nasce da injustiça e da iniqüidade social ...” (l.5)<br />

Por que a palavra “iniqüidade” leva trema?<br />

a) porque o u é tônico;<br />

b) porque ui é um hiato;<br />

c) porque antes de i o u sempre leva trema;<br />

d) porque o u é pronunciado e átono;<br />

e) porque faz parte de um dígrafo.<br />

19. (TJ/RJ) A forma verbal há leva acento ortográfico porque:<br />

a) é um monossílabo átono;<br />

b) é forma verbal<br />

c) é a palavra sem valor semântico<br />

d) é monossílabo tônico terminado em a.<br />

e) a vogal a tem o timbre aberto.<br />

20. (U.E. Ponta Grossa- PR) As palavras seguintes apresentam-se sem o acento gráfico,<br />

seja ele necessário ou não. Aponte a alternativa em que todas sejam paroxítonas:<br />

a) textil - condor - mister - zenite - crisantemo<br />

b) luzidio - latex - inaudito - primata - libido<br />

c) exodo - fagocito - bramane - obus - refem<br />

d) novel - sutil - inclito - improbo - interim<br />

e) tulipa - refrega - filantropo - especime - noctivago


ORTOEPIA E PROSÓDIA<br />

Ortoepia<br />

Ortoepia é a parte da fonética que se ocupa da pronúncia correta das palavras.<br />

Uma boa pronúncia não deve suprimir, alterar ou acrescentar fonemas.<br />

Por exemplo:<br />

Pronúncia<br />

Correta<br />

Trouxe<br />

Lagarto<br />

Rouba<br />

Mesmo<br />

Mulher<br />

Estouro<br />

Pousa<br />

Mal<br />

Frear<br />

Advogado<br />

Pneu<br />

Adivinhar<br />

Tóxico (cs)<br />

Mendigo<br />

Frustrado<br />

Superstição<br />

Empecilho<br />

Intitular<br />

Quisestes<br />

Nós<br />

Vós<br />

Prosódia<br />

Pronúncia<br />

Errada<br />

(truxe)<br />

(largato)<br />

(róba)<br />

(memo)<br />

(mulhé)<br />

(estoro)<br />

(posa)<br />

(mar)<br />

(freiar)<br />

(adevogado)<br />

(peneu)<br />

(advinhar)<br />

(tóxico) (ch)<br />

(mendingo)<br />

(frustado)<br />

(supertição)<br />

(impecilho)<br />

(entitular)<br />

(quisesteis)<br />

(nóis)<br />

(vóis)<br />

Prosódia é a parte da fonética que se ocupa da acentuação tônica das palavras.<br />

Por exemplo:<br />

Palavras Oxítonas Nobel, novel, mister, sutil, recém, ureter,<br />

condor, ruim, hangar, obus, cateter.<br />

Palavras Paroxítonas Rubrica, tulipa, têxtil, ibero, avaro,<br />

filantropo, gratuito, fortuito, erudito, pudico,<br />

boêmia, boemia, látex, libido, maquinaria,<br />

misantropo(aquele que se afasta da<br />

sociedade), luzidio, ciclope (gigante com um<br />

só olho na testa), Normandia, quiromancia,<br />

ônix, caracteres.<br />

Palavras Proparoxítonas Crisântemo, Niágara, zênite, espécime,<br />

arquétipo, anátema, protótipo, aeródromo,


Palavras Com Dupla Prosódia<br />

Acrobata ou acróbata<br />

Alopata ou alópata<br />

Autópsia ou autopsia<br />

Hieroglifo ou hieróglifo<br />

xérox ou xerox<br />

oceania ou Oceânia<br />

ortoepia ou ortoépia<br />

projétil ou projetil<br />

réptil ou reptil<br />

sóror ou soror<br />

zangão ou zângão<br />

catástrofe, antítese, alcoólatra, antídoto,<br />

cérebro, ínterim, álibi, ômega, ágape,<br />

âmago, etíope, íngreme, plêide.


III. CURIOSIDADES GRÁFICA<br />

1. Mal/Mau<br />

a) Mau: é um adjetivo, portanto, refere-se a um substantivo.<br />

(antônimo de bom)<br />

Ex.1: Felipe é um mau jogador.<br />

b) Mal: pode ser:<br />

a) advérbio de modo (antônimo de bem)<br />

Ex.: Comportou-se mal.<br />

b) conjunção temporal (equivale a assim que)<br />

Ex.: Mal cheguei, ele saiu.<br />

c) substantivo (quando precedido de artigo ou de outro determinante).<br />

Ex.: Ela sofre de um mal incurável.<br />

<br />

artigo indefinido<br />

2. Mas/Mais<br />

a) Mas: é uma conjunção adversativa. Equivale a porém, contudo, todavia, entretanto.<br />

Ex.: Ele jogou mal, mas seu time conseguiu o título.<br />

b) Mais: é pronome ou advérbio de intensidade.<br />

Ex.1: Ela leu mais livros este semestre que no anterior.<br />

<br />

pronome indefinido<br />

Ex.2: Ela era a aluna mais estudiosa da sala.<br />

<br />

advérbio de intensidade<br />

3. Onde/Aonde<br />

a) Onde: emprega-se com os verbos que não dão idéia de movimento.<br />

Ex.: Onde estão os cadernos?<br />

b) Aonde: emprega-se com os verbos que dão idéia de movimento. Equivale a <strong>para</strong><br />

onde.<br />

Ex.: Aonde você vai?<br />

4. Há/A<br />

a) Há: emprega-se quando indica tempo passado, ou quando tem o sentido de existir.<br />

Ex.1: Há dias não nos vemos.<br />

<br />

passado


Ex.2: Há muitos brinquedos pelo chão.<br />

<br />

existem<br />

b) A: preposição, emprega-se quando indica tempo futuro ou quando indica medida,<br />

distância.<br />

Ex.1: Viajaremos daqui a duas semanas.<br />

<br />

futuro<br />

Ex.: O colégio fica a dois quilômetros daqui.<br />

<br />

distância<br />

5. Sob/Sobre<br />

a) Sob: preposição, significa debaixo de.<br />

Ex.: Você está sob os meus cuidados.<br />

b) Sobre: preposição, significa em cima ou <strong>para</strong> cima; a respeito.<br />

Ex.: Eles falavam sobre futebol.<br />

6. Por que/Porque/Porquê/Por quê<br />

a) Por que (se<strong>para</strong>do e sem acento):<br />

a) No início de frases interrogativas e quando depois dele vier escrita ou subentendida a<br />

palavra razão.<br />

Ex.1: Por que você não foi à aula ontem?<br />

Ex.2: Não sabemos por que ela não ficou aqui.<br />

b) Quando equivale a pelo qual e flexões.<br />

Ex.: Aquele é o caminho por que ele passa sempre.<br />

b) Porque (junto e sem acento): quando se tratar de uma conjunção explicativa ou<br />

causal. Geralmente equivale a pois.<br />

Ex.: Ela não foi à aula porque estava doente.<br />

c) Porquê (junto e com acento): quando se tratar de um substantivo. Assim, virá sempre<br />

precedido de artigo ou outra palavra determinante.<br />

Ex.: Não sabemos o porquê da confusão.<br />

d) Por quê (se<strong>para</strong>do com acento): a palavra que em final de frase deve sempre ser<br />

acentuada.<br />

Ex.1: Você gosta de quê?<br />

Ex.2: Você chorou por quê?<br />

7. Senão/Se não<br />

a) Senão: equivale a caso contrário.<br />

Ex.: Devemos estudar bastante, senão não conseguiremos passar.<br />

b) Se não: equivale a se por acaso não. Dá idéia de condição.<br />

Ex.: Sairemos à noite, se não chover.


8. Agente/A gente<br />

a) Agente: o que pratica a ação; pessoa que trabalha em agências de viagens, turismo<br />

etc.<br />

Ex.: O agente de viagens era muito simpático.<br />

b) A gente: equivale a nós; forma mais popular.<br />

Ex.: Nada de ruim acontecerá com a gente.<br />

9. Traz/Trás<br />

a) Traz: verbo trazer. Conduzir; acompanhar; apresentar; guiar etc.<br />

Ex.: Ela traz consigo um quilo de batatas.<br />

b) Trás: preposição e advérbio. Atrás; após.<br />

Ex.: Deixem isso <strong>para</strong> trás.<br />

10. Acerca de/A cerca de/Há cerca de<br />

a) Acerca de: sobre, a respeito de.<br />

Ex.: Li notícias acerca de mudanças na segurança pública.<br />

b) Há cerca de: existe aproximadamente; indica tempo decorrido e aproximado.<br />

Ex1.: Há cerca de quatro mil pessoas inscritas no <strong>concurso</strong>.<br />

Ex2.: Pedro saiu daqui há cerca de duas horas.<br />

c) A cerca de: aproximadamente.<br />

Ex.: O professor se dirigiu a cerca de cem pessoas.<br />

11. Este/Esse<br />

a) Este: indica o que está perto da pessoa que fala; indica tempo presente em relação à<br />

pessoa que fala.<br />

Ex1.: Este livro é meu, Joana!<br />

Ex2.: Este momento é muito importante <strong>para</strong> mim hoje.<br />

b) Esse: indica o que está perto da pessoa a quem se fala; indica o tempo passado ou<br />

futuro com relação à época em que se coloca a pessoa que fala.<br />

Ex1.: Esse livro é seu, Joana?<br />

Ex2.: Durante muito tempo, estudei <strong>Português</strong>. Esse momento foi muito importante <strong>para</strong><br />

mim.<br />

12. Ao encontro de/De encontro a<br />

a) Ao encontro de: a favor de.<br />

Ex.: Suas reivindicações vieram ao encontro de nossos interesses.<br />

b) De encontro a: exprime oposição, choque.<br />

Ex.: Mário veio de encontro aos meus anseios.<br />

13. A fim de/Afim<br />

a) A fim de: expressa idéia de finalidade. Na linguagem popular, usa-se a fim de <strong>para</strong><br />

indicar vontade.


Ex1.: Estudarei bastante, a fim de passar no <strong>concurso</strong>.<br />

Ex2.: Ela não estava a fim de ir à festa.<br />

b) Afim: adjetivo que expressa idéia de afinidade, de semelhança.<br />

Ex.: João e Beatriz têm interesses afins.<br />

PRÁTICA<br />

1. Use “mal” ou “mau”.<br />

a) Antes só do que _______ acompanhado.<br />

b) Vestido________ feito.<br />

c) Não leves a ________ o que ela disse.<br />

d) Homem ________ humorado.<br />

e) Um _______ colega procede _______ e é _______ amigo.<br />

2. Complete com “mais” ou “mas” .<br />

a) Ontem fui ao cinema, ________ não gostei do filme.<br />

b) Você é aquele que ________ faz bagunça.<br />

c) Choveu muito, _______ mesmo assim nós fomos ao passeio.<br />

d) Quem estuda tem ________ chances de passar na prova.<br />

e) Não acredito ________ em políticos.<br />

3 . Complete com “onde” e “aonde”.<br />

a) ____________ você foi?<br />

b) ____________ você estudou?<br />

c) ___________ estão as camisetas?<br />

d) ___________ fica a Av. das Américas?<br />

e) ___________ você foi tão tarde?<br />

f) _____________ você vai com tanta pressa?<br />

g) _____________ está aquele jornal que eu estava lendo?<br />

h) O jornal está ____________ você deixou.<br />

i) _____________ você está nos levando?<br />

j) Não sei _____________ te encontrar.<br />

4. Preencha as lacunas com “a” ou “há”.<br />

a) Não nos encontramos _______ dez anos.<br />

b) De hoje _______ quinze dias, muita coisa poderá mudar.<br />

c) Este produto é famoso ________ mais de um século.<br />

d) Daqui ________ poucos anos a situação pode melhorar.<br />

e) Ele saiu _______ dez minutos.<br />

f) Ele voltará daqui ______ vinte minutos<br />

g) Somos amplamente favoráveis ______ introdução de revistas em quadrinhos no<br />

ensino de <strong>Português</strong>.<br />

h) Chegaremos daqui _______ pouco.<br />

i) O parque fica _______ cem metros da praia.<br />

j) _________ anos que não chove no sertão.<br />

5 . Use sobre ou sob.<br />

a) Não gostei da crítica ______ o livro.<br />

b) Conversavam ______ a luz clara do luar.


c) Ele está _______ cuidados médicos.<br />

d) Jesus caminhou ______ as águas.<br />

e) Vamos discutir _______ o assunto.<br />

6 . Preencha as lacunas, utilizando, corretamente, os "porquês".<br />

a) Desconheço as razões ____________ ele foi demitido.<br />

b) ____________ teriam saído rapidamente?<br />

c) Patrícia saiu sem dizer _______________.<br />

d) Ele não sabe o _________________ de sua atitude.<br />

e) Você chegou atrasado _________________?<br />

f) Eu não fui à reunião ________________ estava com muita dor de cabeça.<br />

g) Chegará o dia _______________ vocês tanto esperaram.<br />

k) ________________ as provas são sempre aos domingos?<br />

l) Agora percebo o _______________ de tanta alegria.<br />

m) A visita a Paquetá foi rápida, __________________ ?<br />

7. Preencha as lacunas com senão ou se não .<br />

a) Devemos entregar o trabalho no prazo, _____________ o contrato será cancelado.<br />

b) ________________ chover amanhã, poderemos ir à praia.<br />

c) A festa será amanhã à noite, _______________ ocorrer nenhum imprevisto.<br />

d) Acho melhor estudar, _____________ não vou passar na prova.<br />

e) Irei à sua festa _____________ for viajar.<br />

8. Complete utilizando trás ou traz .<br />

a) Ela sempre _________ perfumes da Europa.<br />

b) Na competição, o azarão ficou <strong>para</strong> __________.<br />

c) Pedro __________ consigo as marcas da felicidade.<br />

d) Menino, olhe <strong>para</strong> _________.<br />

e) Carolina __________ um brilho no olhar.<br />

9. Complete utilizando, adequadamente, acerca de , a cerca de ou há cerca de.<br />

a) O jogador de futebol voltou da Europa __________________ um ano.<br />

b) _____________ trinta pessoas na sala de aula.<br />

c) Os críticos falavam _____________ Carandiru - o filme – em um bar no Leblon.<br />

d) Percebemos que _________________ cinqüenta pessoas na praça<br />

e) Gustavo ficou ______________ de cem metros.<br />

10. Complete com este(s) ou esse(s):<br />

a) ________ ano tem sido mais feliz.<br />

b) “Bons tempos, Manuel, _________ que já lá vão!”<br />

c) _________ livro que está comigo é meu.<br />

d) ________ lápis que está aí contigo é seu?<br />

e) No ano passado, eu realizei vários projetos, por isso _________ ano foi muito bom<br />

<strong>para</strong> mim.<br />

EXERCÍCIOS<br />

1. (Aeronáutica)<br />

1ª . Essa pessoa foi __________ interpretada.<br />

2ª. Ele sofre de um __________ terrível.


3ª. Com _________ humor nada se resolve.<br />

4ª. Que __________ há em satirizar os políticos.<br />

É correto afirmar que:<br />

a) todas as colunas são com o vocábulo mal.<br />

b) todas as colunas são com o vocábulo mau.<br />

c) somente a 3ª com o vocábulo mau.<br />

d) somente a 1ª e a 4ª com o vocábulo mau.<br />

1. (FUVEST-SP) Assinale a frase gramaticalmente correta.<br />

a) Não sei por que discutimos.<br />

b) Ele não veio por que estava doente.<br />

c) Mas porque não veio ontem?<br />

d) Não respondi porquê não sabia.<br />

e) Eis o porque da minha viagem.<br />

3.(Aeronáutica) Complete os espaços dos períodos abaixo, verificando a grafia correta<br />

das palavras. A seguir, assinale a alternativa que as apresenta na seqüência.<br />

I- Como você quer que eu o ajude se suas opiniões vêm ___________ às minhas.<br />

II- "...era meu parente ___________, interrogou-nos de cara amarrada e mandou-nos<br />

embora."<br />

III- "Aludia às conversas que tiveram ambos os velhos ___________ da infância dos<br />

filhos."<br />

IV- Não perguntes a razão de meus ciúmes, pois sabes que as paixões não têm um<br />

___________.<br />

a) de encontro a – afim – a cerca – por quê<br />

b) de encontro a – a fim – acerca – porquê<br />

c) ao encontro de – afim – a cerca – por quê<br />

d) de encontro a – afim – acerca – porquê<br />

4. (Aeronáutica) Somente é correto empregar a palavra aonde em:<br />

a) Irás ___________ amanhã? c) Você sabe _________ ficaram as bagagens?<br />

b) _________ você deve estudar? d) __________ deverão dormir os hóspedes?<br />

5. (Aeronáutica) Complete os espaços com "onde" ou "aonde", segundo a norma culta, e<br />

assinale a opção correta.<br />

"______ ele estava durante esse tempo eu não sei. Só me lembro a rua ______ ele<br />

morava. Você sabe ______ fica a casa dele, rua Olavo Bilac, ______ eu costumava ir<br />

todas as tardes."<br />

a) Onde – onde – onde – aonde<br />

b) Onde – aonde – onde – onde<br />

c) Aonde – aonde – onde – onde<br />

d) Aonde – onde – onde – aonde<br />

6. Complete as lacunas, usando adequadamente mas, mais, mal, mau:<br />

“Pedro e João .............. entraram em casa, perceberam que as coisas não estavam bem,<br />

pois sua irmã caçula escolhera um .............. momento <strong>para</strong> comunicar aos pais que iria<br />

viajar nas férias; ............ seus dois irmãos deixaram os pais .............. sossegados quando<br />

disseram que a jovem iria com as primas e a tia”.<br />

a) mau, mal, mais, mas


) mal, mau, mas , mais<br />

c) mal, mal, mais, mais<br />

d) mau, mau, mas, mais<br />

7. Eis a razão .................. te chamei. Diga-me .................. está com medo.<br />

a) porque, porque<br />

b) porque, por que<br />

c) por que, por que<br />

d) porquê, por que<br />

e) por que, por quê<br />

8. A ................. solene do Centro Cívico Escolar realizou-se na ................. térrea do<br />

estabelecimento. Discutiu-se a ............... máquinas <strong>para</strong> o Curso de Datilografia.<br />

a) seção, seção, cessão c) sessão, seção, cessão<br />

b) sessão, seção, seção d) cessão, seção, sessão<br />

9.<br />

1 - Eu era marinheiro de primeira viagem e ----------------- sabia a dificuldade de arranjar<br />

condução em determinadas horas.<br />

2 - Com um ----------------- pressentimento, aproxima-se do amigo e toca-lhe o ombro.<br />

3 - Naquela madrugada, ------------------ o sol começava a raiar, lá se iam eles <strong>para</strong> a<br />

lavoura.<br />

4 - Não te irrites se te pagarem ---------------------- um benefício, antes cair das nuvens que<br />

de um terceiro andar.<br />

A seqüência que preenche corretamente as lacunas nas frases acima é:<br />

a) mau, mau, mal, mal<br />

b) mal, mal, mal, mal<br />

c) mau, mau, mau, mau<br />

d) mal, mau, mal, mal<br />

10. Assinale a alternativa que as palavras mal/mau foram aplicadas incorretamente.<br />

a) Os torcedores são mal educados.<br />

b) O mau filho a casa torna.<br />

c) A verba foi mal empregada.<br />

d) O mal cheiro desta rua é constante.<br />

e) O mau aluno não gosta de estudar.


IV. CRASE<br />

A crase é a fusão de duas vogais idênticas. Representa-se, a crase, graficamente<br />

pelo acento grave ( ` ).<br />

De maneira geral, ocorre crase quando um verbo exige a preposição a e há uma<br />

palavra feminina determinada pelo artigo a ou as.<br />

Fui à Universidade pela manhã.<br />

<br />

a (preposição) + a (artigo)<br />

OCORRE CRASE:<br />

a) Nas locuções femininas (adverbiais, prepositivas e conjuntivas): à noite, à tarde, à<br />

vontade, às claras, às escondidas, à toa, às vezes, à procura, à esquerda, à direita, à<br />

moda de (mesmo que a expressão moda de fique subentendida).<br />

O show começa às oito horas da noite.<br />

Eles estão rindo à toa.<br />

Fez um gol à Ronaldinho. (à moda de)<br />

Estou à procura de um emprego melhor.<br />

Os jovens namoram às escondidas.<br />

b) Diante de nomes de lugar: (Venho de –não tem crase, mas venho da – tem crase)<br />

Vou à Bahia. (Venho da Bahia)<br />

Vou a Ipanema. (Venho de Ipanema)<br />

Vou à bela praia de Ipanema. (Venho da bela praia de Ipanema)<br />

c) Com os pronomes demonstrativos, aquele(s), aquela(s) e aquilo, quando houver<br />

um verbo que, por regência verbal, venha acompanhado da preposição a .<br />

Aspiro àquela vaga na empresa.<br />

Prefiro isto àquilo.<br />

d) Com o pronome demonstrativo A.<br />

Refere-se à que chegou neste momento.<br />

e) Diante de pronome possessivo substantivo.<br />

Dirigiu-se àquela casa e não à sua.<br />

NÃO OCORRE CRASE:<br />

a) Antes de palavras masculinas.<br />

Compramos roupas a prazo.<br />

Graças a Deus.<br />

Ele gosta de andar a cavalo.<br />

Fogão a gás.<br />

Pediu um bife a cavalo.


Eles foram a pé.<br />

b) Nas expressões formadas por palavras repetidas: cara a cara, frente a frente, uma<br />

a uma, gota a gota . . .<br />

Fiquei cara a cara com o Presidente.<br />

Contei uma a uma as moedas que caíram.<br />

c) Antes de pronomes de tratamento, exceto em: senhora, senhorita, madame e<br />

dona (este último pronome quando estiver antecedido de adjetivo)<br />

Devo meu sucesso a você.<br />

Refiro-me à senhora ao seu lado.<br />

Na reunião, fizeram referência a Vossa Excelência.<br />

Refiro-me à simpática Dona Lindaura.<br />

d) Antes de verbo.<br />

A criança pôs-se a chorar.<br />

e) Quando o a está antes de palavras no plural.<br />

Refiro-me a pessoas de bom senso.<br />

f) Com as palavras casa e terra quando não estiverem especificadas.<br />

Irei a casa agora. / Mas: Iremos à casa nova.<br />

Os marinheiros foram a terra. / Mas: Os marinheiros foram à terra natal.<br />

g) Com a expressão a vista, significando o oposto de a prazo.<br />

Comprou o computador a vista.<br />

Terra à vista!<br />

Obs.: alguns autores admitem o acento, mesmo significando o oposto de a prazo. É<br />

questão polêmica.<br />

h) Com a palavra distância, quando não está especificada.<br />

Cursos a distância. / Mas: Ele estava à distância de cem metros.<br />

i) Locuções adverbiais de instrumento.<br />

Escreveu a carta a máquina.<br />

Pintou a sala a tinta.<br />

CASOS FACULTATIVOS:<br />

a) Com os pronomes adjetivos possessivos no singular.<br />

Refiro-me a sua amiga. OU Refiro-me à sua amiga.<br />

b) Antes de nome de mulher.<br />

Contarei o ocorrido a Marcela. OU Contarei o ocorrido à Marcela.<br />

c) Depois da preposição ATÉ.<br />

Iremos até a varanda. OU Iremos até à varanda.


PRÁTICA<br />

A) Preencha as lacunas com a, à, as, às, ao, aos, aquela, àquela, aquelas, àquelas,<br />

aquele, àquele, aqueles, àqueles:<br />

1. Fui ____ casa e voltei logo.<br />

2. Eles chegaram ____ uma hora.<br />

3. Chegaram ____ tempo de transmitir ____ ordens.<br />

4. Fui ____ Mato Grosso do Sul e não ____ Minas Gerais.<br />

5. Uns foram ____ pé, outros ____ cavalo.<br />

6. Vera, vamos __________ praça.<br />

7. Fernanda estudou ____ beça.<br />

8. Ele se refere ____________ filme de ontem.<br />

9. Todos obedecem _____________ leis justas.<br />

10. Nosso carro dobrou ____ direita e depois ____ esquerda.<br />

11. Gosto de macarrão ____ bolonhesa.<br />

12. Ficamos cara ____ cara com o ladrão.<br />

13. Não expliquei ____ você o ocorrido?<br />

14. Isabela foi ____ Paris.<br />

15. ____ tarde, fomos ____ escola e fizemos ____ reunião.<br />

16. “A matéria _____ que me refiro não é aquela ____ que Vossa Excelência se referiu<br />

concernente ____ critério das esferas superiores.”<br />

17. “____ beira do leito, assistiu ____ amiga, hora ____ hora, minuto ____ minuto, sempre<br />

____ espera de um milagre.”<br />

18. “Em cismar, sozinho, ____ noite,<br />

Mais prazer encontro eu lá.” (Gonçalves Dias)<br />

19. “...fica sempre um pouco de tudo.<br />

____ vezes um botão. ____ vezes um rato.” (Carlos Drummond de Andrade)<br />

20. Preparou arroz ____ grega.<br />

21. “ ____ pessoas que eu detesto<br />

Diga sempre que eu não presto,/ Que meu lar é um botequim.” (Noel Rosa)<br />

22. Ele estava disposto ____ colaborar.<br />

23. “Uma viagem fala ____ imaginação, ____ memória, ____ esperança — as três irmãs<br />

graças de nosso ser moral.” (Sir Richard Francis Burton)<br />

24. Assistiu _________ filme de terror ontem?


EXERCÍCIOS<br />

1. (FIOCRUZ) “O objetivo é saber quais são os fatores biológicos e<br />

comportamentais que predispõem à infecção – informou Schechter.”<br />

Nesse trecho, usou-se com propriedade o sinal indicador da crase. A frase abaixo em que<br />

esse sinal não foi bem utilizado é:<br />

a) A Fundação Instituto Oswaldo Cruz dará apoio à pesquisa sobre a incidência do HIV.<br />

b) Os voluntários necessários serão escolhidos à critério das instituições envolvidas no<br />

projeto.<br />

c) Os voluntários também deverão responder às perguntas de um questionário sobre seu<br />

comportamento sexual.<br />

d) À semelhança do que ocorre em outros países, o Brasil ainda não tem infra-estrutura<br />

<strong>para</strong> testes em larga escala.<br />

e) O voluntário deverá informar às pessoas responsáveis pela pesquisa todas as reações<br />

surgidas em decorrência do tratamento.<br />

2. (Procuradoria Geral de Justiça/RJ) “... cidadelas à margem do tecido urbano ...”<br />

(l.29)<br />

Que regra a seguir justifica o emprego do acento grave indicativo da crase na frase<br />

destacada?<br />

a) o termo antecedente exige, por sua regência, a preposição e o termo conseqüente<br />

admite o artigo a;<br />

b) nas locuções adverbiais formadas com palavras femininas;<br />

c) nas locuções prepositivas formadas com palavras femininas;<br />

d) nas locuções conjuntivas formadas com palavras femininas;<br />

e) nas combinações da preposição com o pronome demonstrativo.<br />

2. (Tribunal de Alçada Criminal) É sabido que o fenômeno da crase vem indicado na<br />

escrita na escrita pelo sinal grave ( ` ), cuja presença sobre o a / as é facultativa em<br />

certos casos, como no seguinte exemplo:<br />

a) “[...] recursos ambientais necessários a seu bem-estar.”<br />

b) “[...] imprescindíveis à preservação [...]”<br />

c) “[...] é vedada a remoção dos grupos indígenas [...]”<br />

d) “[...] São terras tradicionalmente ocupadas pelos índios as por eles habitadas em<br />

caráter permanente, [...]”<br />

e) “[...] necessárias a sua reprodução física [...]”<br />

4. Assinale a alternativa que preenche corretamente os espaços:<br />

“ Fui ................ lugar, contíguo .................... casa de meu amigo”.<br />

“Prefiro isto ....................”<br />

a) àquele, à, àquilo<br />

b) aquele, à, aquilo<br />

c) àquele, a, aquilo<br />

d) aquele, a, àquilo<br />

5. (Aeronáutica) Há uma opção onde o uso da crase foi usado corretamente. Assinale-a.<br />

a) À partir de hoje às contas serão pagas a vista.<br />

b) A jovem foi à São Paulo fazer compras.


c) O homem voltou à cavalo.<br />

d) Ela chegou às pressas e foi dando as senhas.<br />

6. Indique a alternativa correta:<br />

a) Preferia brincar do que trabalhar.<br />

b) Preferia mais brincar a trabalhar.<br />

c) Preferia brincar à trabalhar.<br />

d) Preferia brincar a trabalhar.<br />

7. Assinale a alternativa que completa esta frase:<br />

“Diga .... essa menina que estou ...... fazer o exercício ....... risca”.<br />

a) a, a, à c) a, à, a<br />

b) à, a, à d) a, à, à<br />

8.(CÂM.DEP.) _____ beira do leito, assistiu _____ amiga, hora _____ hora, minuto _____<br />

minuto, sempre ____ espera de um milagre.<br />

a) À – à – à – a – à<br />

b) Á – a – a – a – à<br />

c) À – a – a – a – à<br />

d) À – a – à – à – à<br />

9. (TTN) Preencha as lacunas da frase abaixo e assinale a alternativa correta.<br />

“Comunicamos ____ V.Sª. que encaminhamos ______ petição anexa _____ Divisão de<br />

Fiscalização que está apta ______ prestar ______ informações solicitadas.”<br />

a) à, a, à, a, às<br />

b) a, a, à, a, as<br />

c) a, à, a, à, as<br />

d) à, à, a, à, às<br />

e) à, a, à, à, as<br />

10. (TRT-ES) Assinale a opção que preenche corretamente, quando ao emprego do sinal<br />

indicativo de crase, o texto a seguir.<br />

_____ dimensão da aventura acrescentamos ______ tecnologia do nosso século, mas<br />

falta _____ muitos de nós o gosto por inventar; falta ____________ que inventa ______<br />

ideologia do futuro.<br />

a) À –a – a – àquele - a<br />

b) A – à – a – àquele - à<br />

c) À – a – à – àquele - a<br />

d) A – a – à – àquele - a<br />

e) À – a – à – aquele - à


11. Assinale a alternativa que completa a frase:<br />

“Trouxe ....... mensagem ....... Vossa Senhoria e aguardo ........ resposta ...... fim de levar<br />

....... pessoa que me enviou”.<br />

a) a, a, à, a, a c) a, a, a, a, à<br />

b) a, à, a, à, a d) à, à, à, à, a<br />

12. Assinale o exemplo de crase facultativa.<br />

a) Encaminhou-se à secretaria. c) Foram levados à força.<br />

b) Estão indo até à porta. d) Alfredo perdoou à irmã.<br />

13. “Dei o livro ....... ela. Chegaremos logo ......... Brasília. Não vá ....... cozinha”.<br />

a) a, a, à c) à, a, à<br />

b) a, à, à d) à, à, à<br />

14. Só não há erro de crase em:<br />

a) Obedeçam as leis. c) Eles voltariam à uma.<br />

b) Quero tudo as claras. d) O homem caminhava as cegas.<br />

15. Assinale o emprego facultativo da crase.<br />

a) Estiveste à espera do mensageiro.<br />

b) Antônio declarou-se à Carolina.<br />

c) Ninguém irá à Penha.<br />

d) Sejamos úteis à sociedade.<br />

“A pontuação e o entendimento do texto – O enunciado não se constrói com um amontoado<br />

de palavras e orações. Elas se organizam segundo princípios gerais de dependência e independência<br />

sintática e semântica, recobertos por unidades melódicas e rítmicas que sedimentam estes princípios.<br />

Proferidas as palavras e orações sem tais aspectos melódicos e rítmicos, o enunciado estaria prejudicado<br />

na sua função comunicativa. Os sinais de pontuação, que já vêm sendo empregados desde muito tempo,<br />

procuram garantir no texto escrito esta solidariedade sintática e semântica. Por isso, uma pontuação<br />

errônea produz efeitos tão desastrosos à comunicação quanto o desconhecimento dessa solidariedade a<br />

que nos referimos.<br />

Várias situações incômodas já foram criadas pelo mau emprego dos sinais de pontuação.<br />

Notem-se as diferenças entre as seguintes ordens de comando:<br />

Não podem atirar!<br />

Não, podem atirar!”<br />

Evanildo Bechara<br />

Leia atentamente o texto abaixo:<br />

Um homem rico, sentindo-se morrer, pediu papel e caneta e escreveu assim:<br />

“Deixo os meus bens à minha irmã não ao meu sobrinho jamais será paga a conta<br />

do alfaiate nada aos pobres”.<br />

Não teve tempo de pontuar e morreu. A quem deixava ele a riqueza?<br />

Eram quatro os concorrentes. Chegou o sobrinho e fez estas pontuações numa<br />

cópia do bilhete:


“Deixo os meus bens à minha irmã? Não. Ao meu sobrinho. Jamais será<br />

paga a conta do alfaiate. Nada aos pobres”.<br />

A irmã do morto chegou em seguida, com outra cópia do escrito, e pontuou<br />

deste modo:<br />

“Deixo os meus bens à minha irmã. Não ao meu sobrinho. Jamais será paga<br />

a conta do alfaiate. Nada aos pobres”.<br />

Surgiu o alfaiate que, pedindo a cópia do original, fez estas pontuações:<br />

“Deixo os meus bens à minha irmã? Não. Ao meu sobrinho? Jamais. Será<br />

paga a conta do alfaiate. Nada aos pobres”.<br />

O juiz estudava o caso, quando chegaram os pobres da cidade; e um deles,<br />

mais sabido, tomando outra cópia, pontuou-a assim:<br />

“Deixo os meus bens à minha irmã? Não. Ao meu sobrinho? Jamais. Será<br />

paga a conta do alfaiate? Nada. Aos pobres”.<br />

(Autor desconhecido)<br />

Como você pode observar, dependendo dos sinais de pontuação<br />

utilizados, o texto é capaz de admitir quatro interpretações diferentes. A leitura do<br />

texto mostra, portanto, o valor da pontuação. Para que nossa mensagem seja clara,


V. PONTUAÇÃO<br />

Os sinais de pontuação são sinais gráficos empregados na língua escrita <strong>para</strong><br />

tentar reconstituir determinados recursos utilizados na língua falada. Estes sinais<br />

destinam-se a marcar pausa, melodia e entonação.<br />

Podem ser classificados em dois grupos:<br />

<strong>para</strong> marcar pausas: a vírgula ( , ) / o ponto<br />

( . ) / o ponto –e- vírgula ( ; ) .<br />

<strong>para</strong> marcar melodia e entonação: os dois-pontos ( : ) / o ponto-de-interrogação ( ? )<br />

/ o ponto-de-exclamação ( ! ) / as reticências<br />

(. . . ) / as aspas ( “ ” ) / os parênteses ( ( ) ) /os colchetes ( [ ] ) / o travessão ( ⎯ ).<br />

4 Daremos atenção especial ao emprego da vírgula.<br />

A vírgula é o sinal que indica uma pausa breve, sem marcar o fim do enunciado. É<br />

empregada <strong>para</strong> se<strong>para</strong>r termos da oração (gl.) ou <strong>para</strong> se<strong>para</strong>r orações de um<br />

período(gl.).<br />

De um modo geral, pode-se afirmar que:<br />

1. Não se usa vírgula na ordem direta (sujeito, verbos, complementos ou adjuntos) dos<br />

termos da frase.<br />

O aluno estudou a lição em casa.<br />

<br />

sujeito verbo complemento adjunto adverbial<br />

verbal de lugar<br />

(objeto direto)<br />

2. Na ordem inversa, normalmente não se usa vírgula.<br />

Em casa, o aluno estudou a lição.<br />

3. Na ordem direta, haverá vírgulas quando uma expressão de valor explicativo ou<br />

adverbial ficar intercalada, se<strong>para</strong>ndo o sujeito do verbo ou este de seus<br />

complementos.<br />

Pedro, aluno do último período, leu o livro.<br />

PRINCIPAIS SITUAÇÕES DO USO DA VÍRGULA<br />

Se<strong>para</strong>r aposto Ana C. , poetisa da década de 80, deixou muita<br />

saudade.<br />

Se<strong>para</strong>r vocativo Rapaz, estude um pouco mais.<br />

Se<strong>para</strong>r orações coordenadas, exceto aquelas<br />

começadas por e.<br />

Paulo pesquisou bastante, mas não encontrou o<br />

que queria./ Paulo pesquisou bastante e<br />

encontrou o que queria.<br />

Paulo pesquisou, e Caio escreveu o livro.<br />

Se<strong>para</strong>r orações começadas por e, quando<br />

estas têm sujeito diferente.<br />

Intercalar expressões explicativas ou Você, ou melhor, todos do curso estarão<br />

correlativas.<br />

capacitados a redigir textos comerciais agora.<br />

Se<strong>para</strong>r orações subordinadas adverbiais Quando você procurar emprego, terá mais um


deslocadas. atributo no seu currículo.<br />

Se<strong>para</strong>r termos de mesmo valor usados numa Ele era honesto, simpático, sincero, inteligente.<br />

coordenação assindética (sem conectivos).<br />

Se<strong>para</strong>r nomes de lugares (topônimos) na Rio de Janeiro, 3 de agosto de 2000.<br />

indicação de datas.<br />

Se<strong>para</strong>r conjunções adversativas e conclusivas Saiu tarde; chegou, pois, atrasado.<br />

deslocadas.<br />

Se<strong>para</strong>r orações subordinadas adjetivas Roberto, que estuda aqui, superou nossas<br />

explicativas.<br />

expectativas.<br />

Indicar supressão de verbo. João irá à discoteca; José, ao teatro.<br />

PONTO-E-VÍRGULA<br />

Pausa maior que a vírgula, usado <strong>para</strong> se<strong>para</strong>r estruturas mais complexas,<br />

especialmente se já com elementos virgulados.<br />

São questões difíceis; merecem, pois, toda a nossa atenção.<br />

“Nada é a fama; a ação é tudo.” (Goethe)<br />

DOIS-PONTOS<br />

Inicia uma enumeração, uma explicação lógica.<br />

Desejo uma coisa: que você seja muito feliz.<br />

PRÁTICA<br />

1. Pontuar convenientemente o aposto dos seguintes exemplos: (Evanildo Bechara)<br />

a) Nós representantes desta classe pedimos a vossa atenção.<br />

b) Disse-me duas palavras amargas ruim e traidor.<br />

c) Camões o grande poeta português cantou as glórias lusitanas.<br />

d) O médico atendeu bem aos clientes salvação daquelas pobres criaturas.<br />

e) Deram-nos dois convites a saber um <strong>para</strong> o baile de máscaras e o outro <strong>para</strong> o desfile<br />

na avenida.<br />

f) Pedro II imperador do Brasil cativou muitos corações graças à sua bondade.<br />

g) Havia na bolsa excelentes frutas por exemplo pêssego maçã morango e pêra.<br />

h) Um dos grandes livros de Machado de Assis Memorial de Aires revela-nos muito da<br />

vida do grande autor brasileiro.<br />

i) Em 15 de novembro dia consagrado à nossa república sempre há numerosos festejos.<br />

j) O filho esperança dos pais deve honrá-lo e estimá-los.<br />

EXERCÍCIOS<br />

1. (Tribunal de Contas/ES) Qual a justificativa do uso de vírgulas no segmento “pela sua<br />

ajuda aos doentes, aos velhos, aos solitários ...” ?<br />

a) por serem apostos;<br />

b) por serem termos intercalados;


c) por indicarem uma enumeração;<br />

d) por serem da mesma classe gramatical, a dos adjetivos;<br />

e) por representarem a ordem inversa dos termos na frase.<br />

2. (Sec. Estadual de Polícia Civil) “No Rio de Janeiro, uma senhora dirigia seu automóvel<br />

com o filho ao lado.” Que outra formulação dessa frase apresenta erro de pontuação?<br />

a) Uma senhora, no Rio de Janeiro, dirigia seu automóvel com o filho ao lado.<br />

b) Uma senhora dirigia seu automóvel com o filho ao lado, no Rio de Janeiro.<br />

c) Uma senhora dirigia seu automóvel, no Rio de Janeiro, com o filho ao lado.<br />

d) No Rio de Janeiro, uma senhora, com o filho ao lado, dirigia seu automóvel.<br />

e) Uma senhora, dirigia seu automóvel no Rio de Janeiro, com o filho ao lado.<br />

3. (Procuradoria Geral de Justiça/ RJ) “O escândalo do orçamento expôs,<br />

definitivamente, a indústria da miséria, seus exploradores ― a classe política ― e os<br />

vícios do modelo centralista da administração pública.” Assinale o comentário correto<br />

sobre o uso dos sinais de pontuação na frase acima.<br />

a) o emprego de travessões em lugar das vírgulas, <strong>para</strong> destacar o aposto, foi<br />

utilizado a fim de ser dada mais clareza à frase;<br />

b) o advérbio “definitivamente” deveria vir obrigatoriamente entre vírgulas já que se<br />

trata de um adjunto adverbial deslocado;<br />

c) o uso de vírgula após “miséria” se deve ao fato de esse termo ser seguido de um<br />

aposto explicativo;<br />

d) o uso da única vírgula presente no texto tem caráter optativo;<br />

e) não ocorre a vírgula após “expôs” porque jamais pode haver vírgula entre o verbo<br />

e seu complemento.<br />

4. (Procuradoria Geral de Justiça/ RJ) Abaixo há uma série de regras <strong>para</strong> o uso de<br />

vírgulas. Assinale o item em que os números das regras justificam o emprego das<br />

vírgulas no seguinte texto: “Depois de suportar, na seqüência, Figueiredo, Sarney,<br />

Collor e Itamar, o brasileiro passou a duvidar até da existência de Deus.”<br />

1) <strong>para</strong> se<strong>para</strong>r os termos da mesma função;<br />

2) <strong>para</strong> isolar o vocativo ou o aposto;<br />

3) <strong>para</strong> assinalar a inversão de adjuntos adverbiais;<br />

4) <strong>para</strong> marcar a supressão do verbo;<br />

5) <strong>para</strong> isolar palavras e expressões explicativas;<br />

6) <strong>para</strong> isolar as orações reduzidas.<br />

a) 1 / 3<br />

b) 3 / 5<br />

c) 5 / 6<br />

d) 2 / 4<br />

e) 1 / 6<br />

5. (Tribunal de Justiça/RJ) “No campo da educação, o brasileiro caiu na real. O que<br />

justifica a utilização da vírgula nesse período é:<br />

a) a linguagem figurada do primeiro termo;<br />

b) a inversão de termos da frase;<br />

c) a se<strong>para</strong>ção de orações ;<br />

d) a repetição de termos;<br />

e) o vocativo.


6. (Corregedoria Geral/RJ) “Nas gavetas da cômoda, as camisetas de cima, as mais<br />

usadas, são estampadas com os personagens de Walt Disney.” O que justifica o<br />

emprego de vírgulas antes e depois do termo destacado é que:<br />

a) esse termo está deslocado em relação à ordem direta dos termos da frase;<br />

b) é necessário destacar o sujeito em frases longas;<br />

c) se trata de um adjunto adverbial que não se refere a um termo próximo;<br />

d) todo aposto explicativo aparece entre vírgulas;<br />

e) a necessidade de enfatizar o significado do termo.<br />

7. Está errada a pontuação em:<br />

a) Recolheu as provas, saindo a seguir.<br />

b) Se permitirem, voltarei.<br />

c) Carla prima, de Lurdes, está aí.<br />

d) Rio de Janeiro, 8 de junho de 1984.<br />

8. Está certa a pontuação da frase:<br />

a) Quê! Você não entendeu!?<br />

b) Como você está Cristóvão?<br />

c) Perguntou-lhe animado, como vai você?<br />

d) Olhe bem Paulo, o que temos aqui!<br />

9. Das redações abaixo, assinale a que não está pontuada corretamente:<br />

a) Os candidatos, em fila, aguardavam ansiosos o resultado do <strong>concurso</strong>.<br />

b) Em fila, os candidatos aguardavam, ansiosos, o resultado do <strong>concurso</strong>.<br />

c) Ansiosos, os candidatos aguardavam, em fila, o resultado do <strong>concurso</strong>.<br />

d) Os candidatos, aguardavam ansiosos, em fila, o resultado do <strong>concurso</strong>.<br />

10. “No Rio de Janeiro, uma senhora dirigia seu automóvel com o filho ao lado”. Que outra<br />

formulação dessa frase apresenta erro de pontuação?<br />

a) Uma senhora, no Rio de Janeiro, dirigia seu automóvel com o filho ao lado.<br />

b) Uma senhora dirigia seu automóvel, no Rio de Janeiro, com o filho ao lado.<br />

c) No Rio de Janeiro, uma senhora, com o filho ao lado, dirigia seu automóvel.<br />

d) Uma senhora, dirigia seu automóvel no Rio de Janeiro , com o filho ao filho.<br />

11. Marque o período cuja pontuação está correta:<br />

a) De que vale o homem conquistar: o mundo se perde a alma.<br />

b) A peroba, que é madeira muito resistente está sendo exportada.<br />

c) Temei, ó litigante desgraçado, mais do que os processos, os advogados.<br />

d) Kennedy foi como todos sabem, o único Presidente católico dos E.U. A.<br />

12. Assinale o erro de pontuação:<br />

a) Íamos, muitas vezes, ao circo. c) Apesar da chuva, fomos visitar o<br />

tio.<br />

b) Os garotos, admirados, riam muito. d) Eu, realmente preciso chegar lá.<br />

13. (Aeronáutica) Qual o período que apresenta a pontuação correta?<br />

a) Quando ela chegará? Perguntou ele, ao moço, quando o viu entrar na sala.<br />

b) Quando ela chegará, perguntou ele, ao moço, quando o viu entrar na sala.<br />

c) Quando ela chegará? Perguntou ele ao moço, quando o viu entrar na sala.<br />

d) Quando ela chegará? Perguntou ele ao moço, quando o viu entrar na sala.


14. (Aeronáutica) Há obrigatoriedade do uso de vírgulas na alternativa.<br />

a) O auxiliar que você esperava chegou há meia hora.<br />

b) “. . . ele chega tão diferente do seu jeito de sempre chegar”.<br />

c) Encontramos no interior da casa um velho relógio funcionando.<br />

d) Havia subidas íngremes e muitos buracos no caminho <strong>para</strong> a cachoeira.<br />

15. Assinale a letra que corresponde ao período de pontuação correta:<br />

a) Se houver tempo cuidaremos de tudo.<br />

b) Se, houver tempo, cuidaremos de tudo.<br />

c) Se houver tempo, cuidaremos de tudo.<br />

d) Se, houver tempo, cuidaremos, de tudo.<br />

GABARITOS<br />

I. Ortografia<br />

01. A<br />

02. B<br />

03. B<br />

04. C<br />

05. E<br />

II. Divisão Silábica<br />

01. B<br />

02. C<br />

03. B<br />

04. D<br />

05. C<br />

III. Acentuação Gráfica<br />

01. E<br />

02. C<br />

03. E<br />

04. A<br />

05. B<br />

06. D<br />

07. B<br />

08. B<br />

09. C<br />

10. C<br />

06. B<br />

07. C<br />

08. C<br />

09. C<br />

10. B<br />

06. E<br />

07. A<br />

08. E<br />

09. D<br />

10. C<br />

IV. Curiosidades Gráficas<br />

01. C<br />

02. A<br />

03. D<br />

04. A<br />

05. A<br />

06. B<br />

07. C<br />

08. C<br />

09. D<br />

10. D<br />

11. D<br />

12. C<br />

11. D<br />

12. D<br />

11. A<br />

12. B<br />

13. D<br />

14. E<br />

15. B<br />

16. D<br />

17. C<br />

18. D<br />

19. D<br />

20. B


V. Crase<br />

01. B<br />

02. B<br />

03. E<br />

04. A<br />

05. D<br />

VI. Pontuação<br />

01. C<br />

02. E<br />

03. A<br />

04. A<br />

05. B<br />

06. A<br />

07. C<br />

08. B<br />

09. B<br />

10. A<br />

06. D<br />

07. C<br />

08. A<br />

09. D<br />

10. D<br />

11. C<br />

12. B<br />

13. A<br />

14. C<br />

15. B<br />

11. C<br />

12. D<br />

13. D<br />

14. C<br />

15. C


o São oxítonas:<br />

Acentuação Gráfica<br />

cateter, Cister, condor, masseter, mister (=necessário), negus<br />

(soberano etíope), Nobel, obus (peça de artilharia), novel (novato), ruim<br />

(hiato), sutil, ureter, xerox<br />

o São paroxítonas:<br />

alanos (povo bárbaro), alcácer (fortaleza), ambrosia (manjar delicioso),<br />

avaro, avito, aziago, barbaria, batavo (holandês), caracteres, celtiberos,<br />

cartomancia, ciclope, decano, diatribe (crítica), edito (lei, decreto), efebo<br />

(rapaz que chegou à puberdade), estrupido (grande estrondo), êxul<br />

(exilado), filantropo, fortuito (ditongo), gratuito (ditongo), homizio<br />

(refúgio), hosana, ibero, imbele (não belicoso), inaudito, látex, libido,<br />

luzidio, Madagáscar, maquinaria, matula (súcia; farnel), mercancia<br />

(mercadoria), misantropo, necropsia, nenúfar (planta), Normandia,<br />

onagro (jumento), ônix, opimo (excelente, abundante), penedia<br />

(rochedo), policromo, poliglota, pudico, quiromancia, recorde, refrega<br />

(peleja), rócio (orgulho), rubrica, ubíquo<br />

o São proparoxítonas:<br />

ádvena (forasteiro), aeródromo, aerólito, ágape (refeição dos antigos),<br />

álacre, álcali, alcíone, amálgama, anátema, andrógino, anêmona,<br />

antífona, antífrase, antístrofe, areópago, aríete, arquétipo, azáfama,<br />

bátega, bávaro, bímano, bólido (e), brâmane, cérbero, crisântemo, édito<br />

(ordem judicial), égide, elétrodo, etíope (hiato), fagócito, férula, gárrulo,<br />

hégira (j), idólatra, ímprobo, ínclito, ínterim, leucócito, lêvedo, ômega,<br />

périplo, plêiade, prófugo, protótipo, quadrúmano, revérbero, sátrapa,<br />

trânsfuga, vermífugo, zéfiro, zênite.<br />

o Admitem dupla prosódia:<br />

acróbata ou acrobata, anídrido ou anidrido, Bálcãs ou Balcãs, hieróglifo<br />

ou hieroglifo, homília ou homilia, Oceânia ou Oceania, ortoépia ou<br />

ortoepia, projétil ou projetil, réptil ou reptil, sáfari ou safari, sóror ou<br />

soror, homília ou homilia, zângão ou zangão.<br />

• Palavras átonas<br />

o Monossílabos - artigos (combinados ou não com preposições) /<br />

pronomes pessoais oblíquos átonos e pronomes relativos / certas<br />

preposições (a, de, em, com, por, sem, sem, sob, <strong>para</strong>) e suas<br />

combinações com artigo / certas conjunções (e, nem, ou, mas, que, se)<br />

/ formas de tratamento (dom, frei, são...)<br />

o Dissílabos - preposição <strong>para</strong>, conjunções como e porque, partícula pelo<br />

(a/s)<br />

• Regras de acentuação<br />

o Monossílabos tônicos terminados em:<br />

• a(s) - lá, cá, já<br />

• e(s) - pé, mês, fé<br />

• o(s) - pó, só, nós<br />

o Oxítonos terminados em:<br />

1


• a(s) - Pará, sofás<br />

• e(s) - você, cafés<br />

• o(s) - avô, paletós<br />

• em, ens - ninguém, armazéns<br />

o Paroxítonos terminados em:<br />

• ão(s), ã(s) - órfãos, órfãs<br />

• ei(s) - jóquei, fáceis<br />

• i(s) - júri, lápis<br />

• us - vírus<br />

• um, uns - álbum, álbuns<br />

• r - revólver<br />

• x - tórax<br />

• n / ons - hífen, prótons<br />

• l - fácil<br />

• ps - bíceps<br />

• ditongos crescentes seguidos ou não de S - ginásio, mágoa,<br />

áreas<br />

o Proparoxítonos - todos são acentuados<br />

o Ditongos abertos em qualquer posição de tonicidade<br />

• éi(s) - assembléia, anéis<br />

• éu(s) - chapéu, troféus<br />

• ói(s) - heróico, heróis<br />

o I e U, seguidos ou não de S, tônicos em hiato - saúde, egoísmo ≠ juiz,<br />

ruim<br />

Se o I destes casos vier seguido de NH não será acentuado - rainha,<br />

tainha<br />

o Primeiras vogais dos hiatos oo e eem, se tônicos - vôo, crêem<br />

o U dos grupos gue, gui, que, qui se forem tônicos - averigúe, averigúes,<br />

averigúem, apazigúe, apazigúes, apazigúem, obliqúe, obliqúes,<br />

obliqúem, argúi, argúis, argúem etc.<br />

o Acento diferencial aparece nas seguintes situações:<br />

• ás (subst.) X às (contração)<br />

• pôr (verbo) X por (prep.)<br />

• que (pron., conj. etc.) X quê (subst. ou em fim de frase)<br />

• porque (adv. ou conj.) X porquê (subst. ou em fim de frase)<br />

• pára (verbo) X <strong>para</strong> (prep.)<br />

• pélo, pélas, péla (verbo) X pelo, pelas, pela (prep. + artigo) X<br />

péla, pélas (jogo)<br />

• pêlo, pêlos (cabelo) X pelo, pelos (prep.=artigo)<br />

• pôlo, pôlos (ave) X pólo, pólos (extremo ou jogo)<br />

• pôla, pôlas (subst. - rebento ou broto de árvore) X pola, polas<br />

(por + las)<br />

• pêra (fruta ou barba) X pera (prep. arcaica)<br />

• côa, côas (verbo) X coa, coas (prep.+artigo)<br />

• ter e vir na 3ª pess. plural recebem acento (ele tem X eles têm /<br />

ele vem X eles vêm)<br />

• pôde (pretérito perf) X pode (presente do indicativo)<br />

2


Observações<br />

• Alguns problemas de acentuação devem-se a<br />

vícios de fala ou pronúncia inadequada de algumas<br />

palavras.<br />

• Nos nomes compostos, considera-se a<br />

tonicidade da última palavra <strong>para</strong> efeito de classificação. As<br />

demais palavras que constituem o nome composto são ditas<br />

átonas.<br />

Ex.: couve-flor - oxítona, arco-íris - paroxítona<br />

• Os pronomes oblíquos átonos o/a/os/as<br />

podem transformar-se em lo/la/los/las ou no/na/nos/nas em<br />

função da terminação verbal. Quando os verbos terminam<br />

por R/S/Z ou no caso de mesóclise (R), geram acentuação<br />

se a forma verbal (sem o pronome) tiver seu acento<br />

justificado por alguma regra.<br />

Ex.: comprá-la, vendê-los, substituí-lo, comprá-la-íamos ≠<br />

parti-los<br />

3


São dez classes de palavras:<br />

substantivo<br />

artigo<br />

adjetivo<br />

numeral<br />

pronome<br />

CLASSE DAS PALAVRAS<br />

verbo<br />

advérbio<br />

preposição<br />

conjunção<br />

interjeição<br />

Substantivo: nomeia seres, coisas e idéias; o substantivo concreto nomeia seres e<br />

objetos; o substantivo abstrato nomeia ações, estados e qualidades. Flexiona-se em<br />

gênero(masculino/feminino), número(singular/plural) e grau(mudanças na terminação <strong>para</strong><br />

indicar tamanho, intensidade ou estado emotivo).<br />

Ex.: O relógio é antigo.<br />

Ex.: A bondade é necessária.<br />

Artigo: precede o substantivo, indicando-lhe o gênero e o número; ao mesmo tempo,<br />

determina-o ou generaliza-o. Flexiona-se o gênero e o número.<br />

Ex.: O estudante chegou.<br />

Ex.: Um velho poeta sorriu <strong>para</strong> mim.<br />

Adjetivo: modifica o substantivo, atribuindo-lhe um estado, qualidade ou modo de ser.<br />

Flexiona-se em gênero, número e grau.<br />

Ex.: Eu sou feliz.<br />

Ex.: Ela é sincera.<br />

Numeral: indica a quantidade, a ordem, a fração ou a multiplicação dos seres.<br />

Flexiona-se o gênero e o número.<br />

Ex.: Ele foi o primeiro colocado.<br />

Ex.: A metade da turma tirou dez.<br />

Pronome: substitui ou acompanha o substantivo, nomeando seres, coisas ou idéias,<br />

ou<br />

modificando-os. Flexiona-se o gênero, o número e a pessoa.<br />

Ex.: Eu sou muito estudioso.<br />

Ex.: Você foi o melhor do grupo.<br />

Verbo: indica uma ação, estado ou fenômeno da natureza, apresenta sempre um<br />

aspecto dinâmico. Flexiona-se a pessoa, o número, o tempo, o modo e a voz.<br />

Ex.: Eles passaram no <strong>concurso</strong>.<br />

Ex.: Todos estudavam bastante.<br />

Advérbio: modifica o verbo, o adjetivo ou outro advérbio, exprimindo uma<br />

circunstância. Flexiona-se o grau(apenas alguns).<br />

Ex.: Eles moram muito perto do curso.<br />

Ex.: Hoje é dia de ler um bom livro.<br />

Preposição: liga termos de uma oração, estabelecendo variadas relações entre eles.<br />

Ex.: Viajou de avião.<br />

Ex.: Façam o dever em casa.


Conjunção: liga orações ou termos semelhantes, de mesma função.<br />

Ex.: Você quer sorvete de laranja ou abacaxi?<br />

Ex.: Vou ao teatro, mas não vou ao cinema.<br />

Interjeição: exprime emoções ou sentimentos.<br />

Ex.: Puxa! Quase acertei a questão.<br />

Ex.: Ufa! Até que enfim passei na prova.<br />

SUBSTANTIVO<br />

É a palavra que dá nome aos seres em geral.<br />

Formação dos Substantivos:<br />

O substantivo pode ser:<br />

a) primitivo: não provém de nenhuma outra palavra existente na língua portuguesa: flor,<br />

pedra...<br />

b) derivado: provém de outra palavra da língua portuguesa: floricultura, pedreiro...<br />

c) simples: é formado por um único radical: planta, casa...<br />

d) composto: é formado por mais de um radical: couve-flor, pé-de-moleque...<br />

O substantivo classifica-se em:<br />

a) comum: designa os seres de uma espécie, sempre de forma genérica: carro,<br />

aliança...<br />

b) próprio: designa um ser específico, único. São grafados sempre com iniciais<br />

maiúsculas: Carlos, Brasil...<br />

c) concreto: designa os seres com existência própria - real ou imaginária : fada,<br />

relógio...<br />

d) abstrato: designa qualidades ou estados; não têm existência própria,<br />

dependem de um ser <strong>para</strong> manifestar-se: beleza, coragem...<br />

Estes substantivos geralmente são derivados de verbos ou adjetivos:<br />

belo - beleza / viajar - viagem<br />

Substantivos Coletivos<br />

Designam, mesmo no singular, um conjunto de seres da mesma espécie.<br />

acervo: de obras artísticas enxoval: de roupas<br />

alcatéia: de lobos feixe: de lenha, de capim, de luz<br />

arquipélago: de ilhas frota: de navios, de veículos<br />

assembléia:<br />

parlamentares<br />

de pessoas, de galeria: de objetos de arte<br />

atlas: de mapas girândola: de fogos de artifício


anda: de músicos horda: de bandidos, de invasores<br />

bando: de pessoas, de animais junta: de bois, de médicos , de<br />

examinadores<br />

batalhão: de soldados malta: de malfeitores, de desordeiros<br />

buquê: de flores manada: de animais de grande porte<br />

cacho: de frutas matilha: de cães de caça<br />

cáfila: de camelos molho: de chaves<br />

caravana: de viajantes, de peregrinos multidão: de pessoas<br />

cardume: de peixes nuvem: de insetos<br />

colméia: de abelhas orquestra: de músicos<br />

constelação: de estrelas quadrilha: de ladrões<br />

cordilheira: de montanhas rebanho: de gado em geral<br />

corja: de vadios, de ladrões réstia: de cebolas, de alhos<br />

coro: de cantores tropa: de soldados, de pessoas, de<br />

animais<br />

elenco: de artistas turma: de estudantes, de trabalhadores<br />

enxame: de abelhas vara: de porcos<br />

Flexão de gênero<br />

Os substantivos podem ser do gênero masculino ou feminino. Classificam-se em<br />

biformes e uniformes.<br />

a) Biformes: apresentam uma forma <strong>para</strong> o masculino e outra <strong>para</strong> o feminino.<br />

aluno/aluna genro/nora<br />

homem/mulher cavalo/égua<br />

pai/mãe menino/menina<br />

b) Uniformes: apresentam uma única forma tanto <strong>para</strong> o masculino quanto <strong>para</strong> o<br />

feminino.<br />

Os uniformes podem ser de três tipos:<br />

a) Sobrecomuns : apresentam um só gênero <strong>para</strong> designar o masculino e o feminino.<br />

o cônjuge<br />

o algoz<br />

a testemunha<br />

a vítima<br />

o carrasco<br />

a criatura<br />

b) Comuns de dois gêneros: não se flexionam <strong>para</strong> indicar o gênero. A indicação de<br />

gênero se faz por de modificadores(artigo, pronome, adjetivo, numeral).<br />

o agente/a agente<br />

o mártir/ a mártir<br />

o herege/ a herege<br />

c) Epicenos: são nomes de animais que apresentam uma só forma <strong>para</strong> os dois gêneros.<br />

jacaré, girafa, tatu, mosca, cobra, onça, peixe...<br />

Obs.: grama é do gênero masculino, assim como - um miligrama, o quilograma.


Gênero Vacilante<br />

Gênero masculino:<br />

→ ágape/antílope/clã/diabete(s)<br />

→ gengibre/contralto/soprano<br />

Gênero feminino:<br />

→ aluvião/sentinela/abusão/áspide<br />

Formação do plural dos substantivos simples<br />

a) Substantivos terminados em vogal ou ditongo: acrescenta-se s.<br />

a lâmpada - as lâmpadas<br />

o relógio - os relógios<br />

b) Substantivos terminados em -ão: fazem o plural em -ãos, -ães e -ões.<br />

-ãos -ães -ões<br />

mãos alemães canções<br />

órgãos capelães botões<br />

bênçãos pães estações<br />

cristãos tabeliães grilhões<br />

cidadãos capitães frações<br />

Obs.: alguns admitem mais de um plural. Atenção aos exemplos abaixo:<br />

corrimão – corrimões ou corrimãos<br />

anão – anões ou anãos<br />

vulcão – vulcões ou vulcãos<br />

verão – verões ou verãos<br />

charlatão – charlatões ou charlatães<br />

guardião – guardiões ou guardiães<br />

cirurgião – cirurgiões ou cirurgiães<br />

refrão – refrãos ou refrães<br />

aldeão – aldeões, aldeãos ou aldeães<br />

ancião – anciões, anciãos ou anciães<br />

ermitão – ermitões, ermitãos ou ermitães<br />

c) Substantivos terminados em S, quando paroxítonos, e em X: ficam invariáveis.<br />

o lápis - os lápis o ônibus - os ônibus o tórax – os tórax o climax – os<br />

climax<br />

o pires - os pires o atlas - os atlas o xerox – os xerox


d) Acrescenta-se ES após S em sílaba tônica e depois de Z , R ou N.<br />

freguês – fregueses cruz – cruzes éter – éteres burguês – burgueses<br />

açúcar – açúcares vez – vezes abdômen – abdômenes * (ou abdomens)<br />

e) Palavras terminadas em AL, OL, UL trocam o L por IS.<br />

farol – faróis animal – animais paul – pauis<br />

f) Substitui-se o L por S, quando oxítonos e por EIS, quando paroxítonos:<br />

cantil – cantis fóssil – fósseis canil – canis fácil - fáceis<br />

g) Substantivos terminados em -zinho: passam-se <strong>para</strong> o plural a terminação do<br />

substantivo primitivo (sem o s ) e a do sufixo.<br />

papelzinho/ papéis + zinhos = papeizinhos<br />

florzinha/ flores + zinhas = florezinhas<br />

Formação do plural dos substantivos compostos<br />

1. Substantivos compostos grafados sem hífen: formam o plural como se fossem<br />

substantivos simples.<br />

a aguardente / as aguardentes<br />

a televisão/ as televisões<br />

2. Substantivos compostos grafados com hífen:<br />

a) formados por palavras repetidas (ou muito semelhantes): só o segundo elemento<br />

varia.<br />

tico-tico/ tico-ticos<br />

teco-teco/ teco-tecos<br />

pingue-pongue/ pingue-pongues<br />

b) formados por elementos unidos por preposição: só o primeiro elemento varia.<br />

pé-de-moleque/ pés-de-moleque<br />

pão-de-ló/ pães-de-ló<br />

mula-sem-cabeça/ mulas-sem-cabeça<br />

c) compostos formados de grão, grã e bel seguidos de substantivos: só varia o<br />

segundo elemento.<br />

grão-duque/ grão-duques<br />

bel-prazer/ bel-prazeres<br />

d) substantivos formados por verbos ou palavras invariáveis + palavras variáveis:<br />

só o segundo elemento vai <strong>para</strong> o plural.<br />

guarda-chuva/ guarda-chuvas<br />

beija-flor/ beija-flores<br />

vice-diretor/ vice-diretores<br />

e) substantivos compostos formados por duas palavras variáveis: os dois elementos<br />

vão <strong>para</strong> o plural.<br />

água-marinha/ águas-marinhas<br />

segunda-feira/ segundas-feiras<br />

amor-perfeito/ amores-perfeitos


f) o segundo termo é um substantivo que funciona como determinante: só o primeiro<br />

vai <strong>para</strong> o plural.<br />

salário-família/ salários-família<br />

banana-prata/ bananas-prata<br />

caneta-tinteiro/ canetas-tinteiro<br />

ADJETIVO<br />

É a palavra variável em gênero, número e grau que caracteriza o substantivo,<br />

indicando-lhe qualidade, estado, modo de ser ou aspecto.<br />

→ homem gentil<br />

→ mulher honesta<br />

→ pessoa doente<br />

→ noite chuvosa<br />

Locução Adjetiva<br />

É a expressão formada de preposição + substantivo (ou advérbio) com valor de<br />

adjetivo.<br />

exercício de abdômen: exercício abdominal<br />

armamento de guerra: armamento bélico<br />

problemas da cidade: problemas urbanos<br />

Veja outros exemplos:<br />

de abelha: apícola de cobre: cúprico<br />

de águia: aquilino de coração: cardíaco<br />

de bispo: episcopal de crânio: craniano<br />

de boca: bucal ou oral de criança: infantil<br />

de boi: bovino de dedo: digital<br />

de cabeça: capital de dinheiro: pecuniário<br />

de cabelo: capilar de estômago: estomacal ou gástrico<br />

de cabra: caprino de ouro: áureo<br />

de campo: rural de aluno: discente<br />

de cavalo: eqüino ou hípico de professor: docente<br />

de chuva: pluvial ou chuvoso de rio: fluvial<br />

Adjetivos pátrios<br />

Referem-se a países, continentes, cidades, regiões, exprimindo a nacionalidade ou<br />

a origem do ser.<br />

Veja alguns deles:<br />

Acre: acreano Brasília: brasiliense<br />

Alagoas: alagoano Distrito Federal: candango ou brasiliense<br />

Amapá: amapaense Cuiabá: cuiabano<br />

Amazonas: amazonense Espírito Santo: espírito-santense<br />

Angola: angolano ou capixaba<br />

Brasil: brasileiro Etiópia: etíope


Ceará: cearense São Paulo: paulista(estado)<br />

paulistano(cidade)<br />

Flexão dos adjetivos<br />

1. Gênero<br />

A) Adjetivos uniformes: apresentam uma única forma <strong>para</strong> os dois gêneros.<br />

→ homem feliz → mulher feliz<br />

→ homem inteligente → mulher inteligente<br />

B) Adjetivos biformes: apresentam uma forma <strong>para</strong> o masculino e outra forma <strong>para</strong> o<br />

feminino.<br />

→ aluno estudioso → aluna estudiosa<br />

→ professor simpático → professora simpática<br />

2. Número<br />

A) Adjetivos simples<br />

→ homem honesto → homens honestos<br />

→ pessoa feliz → pessoas felizes<br />

B) Adjetivos compostos<br />

Se o último elemento for substantivo, o adjetivo composto fica invariável.<br />

→ saia amarelo-ouro<br />

→ camisa verde-limão<br />

Os adjetivos compostos azul-marinho e azul-celeste ficam invariáveis.<br />

guarda-chuva guarda-chuvas<br />

guarda-costa guarda-costas<br />

guarda-noturno guardas-noturnos<br />

OBS.: quando o adjetivo composto for formado por verbo, este não varia e somente o<br />

substantivo irá <strong>para</strong> o plural, por outro lado, quando for formado por um substantivo, este<br />

irá <strong>para</strong> o plural, assim como o adjetivo.<br />

3. Grau<br />

O adjetivo apresenta-se em dois graus:<br />

A) Com<strong>para</strong>tivo: quando a qualidade que ele expressa está em com<strong>para</strong>ção com a de<br />

outros seres.<br />

O com<strong>para</strong>tivo pode ser:<br />

1. Igualdade<br />

→ João é tão alto quanto Maria.<br />

2. Superioridade<br />

→ João é mais alto que Maria.


3. Inferioridade<br />

→ João é menos alto que Maria.<br />

Veja, agora, alguns adjetivos que formam o com<strong>para</strong>tivo de superioridade pelo processo<br />

sintético.<br />

B) Superlativo<br />

Adjetivo analítico sintético<br />

bom mais bom melhor<br />

mau mais mau pior<br />

grande mais grande maior<br />

pequeno mais pequeno menor<br />

1. Absoluto<br />

→ A prova foi muito fácil. (absoluto analítico)<br />

→ A prova foi facílima. (absoluto sintético)<br />

2. Relativo<br />

→ A prova de português foi a mais fácil de todas. (relativo de superioridade)<br />

→ A prova de português foi a menos fácil de todas. (relativo de inferioridade)<br />

ARTIGO<br />

É a palavra variável em gênero e número que se antepõe a um substantivo a fim<br />

de determiná-lo.<br />

o amigo, a árvore, um livro, uma amizade<br />

Classificação dos Artigos<br />

Artigo definido determina o substantivo de modo<br />

preciso. Pode ser singular (o, a) ou<br />

plural (os, as).<br />

Artigo indefinido determina o substantivo de modo<br />

vago, impreciso. Pode ser singular<br />

(um, uma) ou plural (uns, umas).<br />

Propriedades dos artigos<br />

4 A anteposição do artigo pode substantivar qualquer palavra.<br />

Veja dois exemplos de substantivação:<br />

O dois é um número par. A americana estava na praia.<br />

<br />

artigo substantivo artigo substantivo<br />

4 O artigo evidencia o gênero e o número do substantivo.<br />

o dó (masculino singular)<br />

a menina (feminino singular)<br />

O aluno resolveu as questões.<br />

As alunas resolveram o exercício.<br />

Um aluno resolveu uma questão.<br />

Uns alunos resolveram umas<br />

questões.


os biscoitos (masculino plural)<br />

umas laranjas (feminino plural)<br />

4 O artigo pode aparecer unido a preposições.<br />

Elas estavam na (em + a) sala.<br />

Os rapazes foram à (a + a) praia.<br />

Guarda as cartas numa (em + uma) caixa.<br />

Preciso do (de + o) seu carinho.<br />

4 O artigo indefinido anteposto a um numeral revela quantidade aproximada.<br />

Compareceram uns quarenta alunos.<br />

NUMERAL<br />

É palavra que indica uma quantidade de seres ou a posição que um ser ocupa<br />

numa série.<br />

Classificação dos numerais<br />

a) Cardinais: indicam uma quantidade determinada.<br />

um, dois, três, quatro, cinco...<br />

b) Ordinais: indicam ordem ou posição ocupada numa determinada série.<br />

primeiro, segundo, terceiro, quarto, quinto...<br />

c) Multiplicativos: indicam multiplicação.<br />

dobro, triplo, quádruplo, quíntuplo...<br />

d) Fracionários: indicam divisão, fração.<br />

meio, metade, terço, quarto, quinto...<br />

Alguns numerais indicam um conjunto numericamente exato de pessoas ou<br />

coisas, desempenhando o mesmo papel dos substantivos coletivos. São, por isso mesmo,<br />

chamados numerais coletivos.<br />

par (conjunto de dois)<br />

dezena (conjunto de dez)<br />

dúzia (normalmente usado <strong>para</strong> indicar o conjunto de dez anos)<br />

centenário (conjunto de cem anos)


Cardinais Ordinais Multiplicativos Fracionários<br />

Um primeiro ___ ___<br />

Dois segundo Dobro, duplo, dúplice meio, metade<br />

Três terceiro Triplo, tríplice terço<br />

Quatro quarto Quádruplo quarto<br />

Cinco quinto Quíntuplo quinto<br />

Seis sexto Sêxtuplo sexto<br />

Sete sétimo Séptuplo sétimo<br />

Oito oitavo Óctuplo oitavo<br />

Nove nono Nônuplo nono<br />

Dez décimo Décuplo décimo<br />

Onze décimo primeiro, undécimo Undécuplo onze avos<br />

Doze décimo segundo, duodécimo Duodécuplo doze avos<br />

Treze décimo terceiro __ treze avos<br />

Catorze, quatorze décimo quarto __ catorze avos<br />

Quinze décimo quinto __ quinze avos<br />

Dezesseis décimo sexto __ dezesseis avos<br />

Dezessete décimo sétimo __ dezessete avos<br />

Dezoito décimo oitavo __ dezoito avos<br />

Dezenove décimo nono __ dezenove avos<br />

Vinte vigésimo __ vinte avos<br />

Trinta trigésimo __ trinta avos<br />

Quarenta quadragésimo __ quarenta avos<br />

Cinqüenta qüinquagésimo __ cinqüenta avos<br />

Sessenta sexagésimo __ sessenta avos<br />

Setenta septuagésimo __ setenta avos<br />

Oitenta octogésimo __ oitenta avos<br />

Noventa nonagésimo __ noventa avos<br />

Cem centésimo Cêntuplo centésimo<br />

Duzentos ducentésimo __ ducentésimo<br />

Trezentos trecentésimo __ trecentésimo<br />

Quatrocentos quadringentésimo __ quadringentésimo<br />

Quinhentos qüingentésimo __ qüingentésimo<br />

Seiscentos sexcentésimo, seiscentésimo __ sexcentésimo<br />

Setecentos septingentésimo __ septingentésimo<br />

Oitocentos octingentésimo __ octingentésimo<br />

Novecentos nongentésimo, noningentésimo __ nongentésimo<br />

Mil milésimo __ milésimo<br />

Milhão milionésimo __ milionésimo<br />

Bilhão bilionésimo __ bilionésimo<br />

Obs.: o zero, apesar de não constar do quadro acima, é um numeral<br />

cardinal.<br />

Algarismos Romanos<br />

É convenção que, <strong>para</strong> indicar títulos de nobreza, papas, séculos, capítulos, entre<br />

outros, usam-se os algarismos romanos.<br />

Vocês devem conhecer as seguintes correspondências:<br />

I = 1 V = 5 X = 10 L= 50 D = 500 M = 1000


Quando usamos numerais <strong>para</strong> indicar nomes de reis, papas, soberanos em geral,<br />

séculos, capítulos, entre outros, empregamos os numerais ordinais até décimo e os<br />

numerais cardinais <strong>para</strong> os acima de dez.<br />

Vejamos:<br />

Ordinais Cardinais<br />

século VIII (oitavo) século XX (vinte)<br />

Luís VI (sexto) Luís XV (quinze)<br />

capítulo X (décimo) capítulo XVIII (dezoito)<br />

papa João Paulo II (segundo) papa Leão XIII (treze)<br />

Obs.: se o numeral anteceder o substantivo, usa-se o ordinal: o vigésimo<br />

quarto capítulo.<br />

Flexão dos numerais<br />

1. Gênero<br />

Os numerais cardinais um, dois e as centenas a partir de duzentos flexionam-se<br />

em gênero:<br />

Um aluno e duas alunas foram sorteados.<br />

Uma aluna e dois alunos foram sorteados.<br />

Contamos na fazenda quinhentas cabeças de boi.<br />

Ambos, substituindo o cardinal dois, flexiona-se em gênero, concordando com o<br />

substantivo.<br />

Ambos os alunos tiraram dez no teste.<br />

Ambas as alunas tiraram dez no teste.<br />

Os numerais ordinais variam em gênero.<br />

primeiro primeira<br />

quinto quinta<br />

Os numerais multiplicativos acompanhando os substantivos variam em gênero,<br />

concordando com o substantivo.<br />

Pedro tomou um sorvete duplo.<br />

Ela tomou uma limonada dupla.<br />

O fracionário meio concorda em gênero com o substantivo a que se refere.<br />

Comprou meio quilo de feijão.<br />

Comprou meia dúzia de ovos.<br />

2. Número<br />

Os cardinais milhão, bilhão etc. flexionam-se em número.<br />

um milhão dois milhões<br />

um bilhão dois bilhões<br />

Os ordinais variam em número e em gênero:<br />

o primeiro os primeiros / a sexta as sextas


Quando acompanham substantivos, os multiplicativos flexionam-se em número,<br />

concordando com o substantivo.<br />

Ela tomou um milk-shake duplo.<br />

Ela tomou dois milk-shake duplos.<br />

Os fracionários variam em número, concordando com os cardinais que os acompanham.<br />

um quarto dois quartos<br />

um quinto três quintos<br />

3. Grau<br />

A maioria das gramáticas não registram a flexão de grau dos numerais, porém a<br />

expressividade da linguagem coloquial, da linguagem do dia-a-dia, flexiona os numerais<br />

em grau.<br />

O campeonato da segundona vai começar!<br />

Me empresta dezinho?<br />

PRONOME<br />

É a palavra que substitui ou acompanha o substantivo, apontando-o como pessoa<br />

do discurso. O pronome é substantivo, quando substitui o substantivo e é adjetivo,<br />

quando acompanha o substantivo.<br />

Ela gosta de dançar. (ela = pronome substantivo)<br />

Sua prima gosta de dançar também. (sua = pronome adjetivo)<br />

Classificação dos pronomes<br />

Pronomes pessoais: são aqueles que representam as pessoas do discurso.<br />

Pronomes Pessoais<br />

Número Pessoa Pronomes Retos Pronomes oblíquos<br />

Singular primeira<br />

segunda<br />

terceira<br />

Plural primeira<br />

segunda<br />

terceira<br />

eu<br />

tu<br />

ele, ela<br />

nós<br />

vós<br />

eles, elas<br />

me, mim, comigo<br />

te, ti, contigo<br />

o, a, lhe, se, si, consigo<br />

nos, conosco<br />

vos, convosco<br />

os, as, lhes, se, si consigo<br />

Obs.: os pronomes de tratamento é um caso especial de pronome pessoal. Indica,<br />

geralmente, a segunda parte do discurso — com quem se fala.<br />

Pronomes de Tratamento<br />

Pronome de tratamento Abreviatura Referência<br />

Vossa Alteza V. A. príncipes e duques


Vossa Eminência V. Em.ª cardeais<br />

Vossa Excelência V. Ex.ª altas autoridades em geral<br />

Vossa Magnificência V. Mag.ª reitores de universidades<br />

Vossa Majestade V. M. reis, imperadores<br />

Vossa Reverendíssima V. Rev. ma<br />

sacerdotes em geral<br />

Vossa Santidade V. S. papas<br />

Vossa Senhoria V. S.ª funcionários graduados<br />

São também pronomes de tratamento: senhor, senhora, você e Dona.<br />

Pronomes possessivos: são aqueles que se referem às pessoas do discurso,<br />

indicando idéia de posse.<br />

Minha vida é maravilhosa!<br />

Pronomes Possessivos<br />

Número Pessoa Pronome Possessivo<br />

singular 1ª meu, minha, meus, minhas<br />

2ª teu, tua, teus, tuas<br />

3ª seu, sua, seus, suas<br />

plural 1ª nosso, nossa, nossos, nossas<br />

vosso, vossa, vossos, vossas<br />

2ª seu, sua, seus, suas<br />

3ª<br />

Pronomes demonstrativos: são aqueles que indicam a posição de um ser em<br />

relação às pessoas do discurso, situando-o no espaço ou no tempo.<br />

Pronomes Demonstrativos<br />

Situação no Espaço Situação no Tempo Pronomes Variáveis Pronomes Invariáveis<br />

proximidade da pessoa presente<br />

que fala<br />

este, esta, estes, estas isto<br />

proximidade da pessoa passado ou futuro esse, essa, esses, essas isso<br />

com quem se fala próximos<br />

proximidade da pessoa passado remoto aquele, aquela, aquilo, aquilo<br />

de quem se fala<br />

aqueles, aquelas<br />

Pronomes relativos:<br />

são aqueles que retomam um termo anterior (antecedente) da oração, projetandoo<br />

numa outra oração.<br />

Não conhecemos os autores. Os autores morreram.<br />

Não conhecemos os autores que morreram.<br />

Obs.: o pronome relativo que retoma o termo antecedente (os autores), projetando-o na<br />

oração seguinte.<br />

Pronomes Relativos<br />

Variáveis Invariáveis


o qual, os quais, a qual, as quais que<br />

cujo, cujos, cuja, cujas quem<br />

quanto, quantos, quantas onde<br />

Pronomes indefinidos<br />

Referem-se à 3ª pessoa do discurso de modo impreciso, indeterminado. Alguns<br />

são invariáveis, outros apresentam flexão de gênero e número.<br />

Pronomes Indefinidos<br />

Variáveis Invariáveis<br />

algum, alguns, alguma, algumas,<br />

nenhum, nenhuma, nenhumas,<br />

todo, todos, toda, todas,<br />

outro, outros, outra, outras,<br />

muito, muitos, muita, muitas,<br />

pouco, poucos, pouca, poucas,<br />

certo, certos, certa, certas,<br />

vário, vários, vária, várias,<br />

tanto, tantos, tanta, tantas,<br />

quanto, quantos, quanta, quantas,<br />

qualquer, quaisquer,<br />

um, uns, uma, umas,<br />

alguém, ninguém,<br />

nada, tudo, cada, outrem, algo<br />

Pronomes interrogativos: é aquele usado <strong>para</strong> formular interrogações (perguntas).<br />

Pronomes Interrogativos<br />

Variáveis Invariáveis<br />

qual, quais, quanto, quanta, quantos, quantas como, onde, quem, que<br />

EXERCÍCIOS<br />

1. O numeral ordinal de 80 é:<br />

a) octagésimo<br />

b) octogésimo<br />

c) octingentésimo<br />

d) octogentésimo<br />

e) octagentésimo<br />

2. Assinale a alternativa que completa convenientemente a lacuna da frase: Maria José foi<br />

a (284ª.) ............. colocada.<br />

a) duzentésima octagésima quarta<br />

b) ducentésima ostagésima quarta<br />

c) dois centésima octagésima quarta<br />

d) ducentésima octogésima quarta<br />

e) ducentézima octogésima quarta<br />

3. (FMU-SP) Triplo e tríplice são numerais:


a) ordinal o primeiro e multiplicativo o segundo<br />

b) ambos ordinais<br />

c) ambos cardinais<br />

d) ambos multiplicativos<br />

e) multiplicativo o primeiro e ordinal o segundo<br />

4. Aponte a alternativa em que há erro no emprego do numeral:<br />

a) Papa João XXIII ⎯ Papa João vigésimo terceiro<br />

b) Capítulo II ⎯ Capítulo segundo<br />

c) Capítulo XII ⎯ Capítulo doze<br />

d) Henrique VIII ⎯ Henrique oitavo<br />

e) Luís XIV ⎯ Luís quatorze<br />

5. (CS-SP) Associe o sentido ao respectivo numeral coletivo:<br />

a) período de seis anos ( ) dístico<br />

b) período de cinco anos ( ) decúria<br />

c) estrofe de dois versos ( ) sexênio<br />

d) período de cem anos ( ) centúria<br />

e) agrupamento de dez coisas ( ) lustro<br />

a) c – d – a – e - b<br />

b) c – e – a – d - b<br />

c) e – c – a – d - b<br />

d) e – d – a – b - c<br />

6. Qual das opções abaixo o plural está errado?<br />

a) Navios luso-brasileiros / consultórios médico-cirúrgicos.<br />

b) Rapazes surdo-mudos / guarda-civis.<br />

c) Guarda-chuvas / guardas-noturnos.<br />

d) Pães-de-ló / pasteizinhos<br />

e) Girassóis / passatempos<br />

7. Das alternativas abaixo, só há uma em que o substantivo foi classificado erradamente,<br />

quanto à flexão de gênero.<br />

a) o imigrante / sobrecomum<br />

b) a criança / sobrecomum<br />

c) onça macho – onça fêmea / epiceno<br />

d) o artista / comum-de-dois<br />

e) o jornalista / comum-de-dois<br />

8. “-- Foi o copo que eu quebrei?” / “Já disse que vou pensar, Geneci.” As palavras<br />

sublinhadas são respectivamente:<br />

a) pronome relativo e conjunção integrante<br />

b) pronome relativo e pronome relativo<br />

c) conjunção integrante e pronome relativo<br />

d) conjunção adverbial e pronome relativo<br />

e) pronome relativo e conjunção adverbial<br />

9. “Que as poucos se gasta, e que, gasta de tanto se acostumar, se perde de si mesma.”<br />

As classes gramaticais das palavras sublinhadas são, respectivamente:<br />

a) substantivo – advérbio;


) pronome – verbo;<br />

c) verbo – adjetivo;<br />

d) substantivo – adjetivo;<br />

e) adjetivo – verbo.<br />

10. (FAETEC) O plural está correto em:<br />

a) verde-mar / verde-mares;<br />

b) barzinho / barzinhos;<br />

c) guardião / guardiãos;<br />

d) balãozinho / balõezinhos;<br />

e) degrau / degrais.<br />

11. (UFRJ) Qual o plural de pão-de-ló?<br />

a) pães-de-ló<br />

b) pãos-de-ló<br />

c) pão-de-lós<br />

d) pães-de-lós<br />

e) pãos-de-lós<br />

12. (UFRJ) Indique o item em que a palavra destacada é um adjetivo.<br />

a) E se ele não botar mais ovos de ouro?<br />

b)Pra que esse luxo com a galinha?<br />

c) Era uma galinha como as outras.<br />

d) É, mas esta é diferente!<br />

e) Galinha como é farelo!<br />

13. Em que item a seguir o elemento destacado não exerce função adjetiva?<br />

a) “Era uma vez um homem que tinha uma Galinha”<br />

b) “Subitamente, em dia inesperado, . . .”<br />

c) “. . . a Galinha pôs um ovo de ouro.”<br />

d) “Outro ovo de ouro!”<br />

e) “O homem mal podia dormir.”<br />

14. Há pronome indefinido em todas as frases, exceto:<br />

a) Um certo rapaz deixou esse embrulho.<br />

b) Qualquer aluno pode passar de ano, desde que estude...<br />

c) Certas pessoas não gostam de jiló.<br />

d) Certa vez eu passeava no bosque e vi uma linda borboletas.<br />

e) Ela falou uma coisa muito certa.<br />

15. (UFRJ) A mulher todos os dias dava farelo à galinha. Que palavra abaixo substitui<br />

adequadamente o termo destacado?<br />

a) habitualmente<br />

b) diariamente<br />

c) freqüentemente<br />

d) vespertinamente<br />

e) matinalmente


GABARITO<br />

01. B<br />

02. D<br />

03. D<br />

04. A<br />

05. B<br />

06. B<br />

07. A<br />

08. A<br />

09. C<br />

10. D<br />

11. A<br />

12. D<br />

13. E<br />

14. E<br />

15. B


Sintaxe da oração<br />

Sintaxe da oração e do período<br />

1.Sujeito e predicado<br />

sujeito: termo sobre o qual recai a afirmação do predicado e com o qual o verbo<br />

concorda.<br />

predicado: termo que projeta uma afirmação sobre o sujeito.<br />

As andorinhas voavam em festa<br />

sujeito predicado<br />

Tipos de sujeito<br />

Determinado: o predicado se refere a um termo explícito na frase. Mesmo que venha<br />

implícito, pode ser explicitado. A noite chegou fria.<br />

O sujeito determinado pode ser:<br />

Simples: tem só um núcleo: A caravana passa.<br />

Composto: tem mais de um núcleo: A água e o fogo não coexistem.<br />

Indeterminado: o predicado não se refere a qualquer elemento explícito na frase, nem<br />

é possível identificá-lo pelo contexto.<br />

(?) Falaram de você.<br />

(?) Falou-se de você.<br />

Inexistente: o predicado não se refere a elemento algum.<br />

Choverá amanhã.<br />

Haverá reclamações.<br />

Faz quinze dias que vem chovendo.<br />

É tarde<br />

2.Termos ligados ao verbo<br />

• Objeto direto: completa o sentido do verbo sem preposição obrigatória.<br />

Os pássaros fazem seus ninhos.<br />

• Objeto indireto: completa o sentido do verbo por meio de preposição<br />

obrigatória.<br />

A decisão cabe ao diretor.<br />

• Adjunto adverbial: liga-se ao verbo, não <strong>para</strong> completá-lo, mas <strong>para</strong> indicar<br />

circunstância em que ocorre a ação.<br />

O cortejo seguia pelas ruas.<br />

• Agente da voz passiva: liga-se a um verbo passivo por meio de preposição<br />

<strong>para</strong> indicar quem executou a ação.<br />

O fogo foi apagado pela água.<br />

3. Termos ligados ao nome<br />

Adjunto adnominal: caracteriza o nome a que se refere sem a mediação de verbo.<br />

As fortes chuvas de verão estão caindo.<br />

1


Predicativo: caracteriza o nome a que se refere sempre por meio de um verbo. Pode<br />

ser do sujeito e do objeto.<br />

As ruas dormiam quietas.<br />

suj. pred. suj.<br />

Os juízes<br />

consideram<br />

injusto o<br />

resultado.<br />

pred. obj. obj. dir.<br />

Aposto: termo de núcleo substantivo, que se liga a um nome <strong>para</strong> identificá-lo. O<br />

aposto é sempre um equivalente do nome a que se refere.<br />

O tempo, inimigo impiedoso, foge apressado.<br />

Complemento nominal: liga-se ao nome por meio de preposição obrigatória e indica<br />

o alvo sobre o qual se projeta a ação.<br />

Procederam à remoção das pedras.<br />

4. Vocativo: termo isolado, que indica a pessoa a quem se faz um chamado. Vem<br />

sempre entre vírgulas e admite a anteposição da interjeição ó.<br />

Amigos, eu os convido a sentar.<br />

2


Sintaxe de período e o estudo das conjunções<br />

O período pode ser simples ou composto. Simples, quando houver apenas uma<br />

oração. Neste caso, temos oração absoluta. Composto, quando existir mais de uma<br />

oração.<br />

Quando período composto, temos por subordinação e por coordenação. A<br />

subordinação é caracterizada por existir dependência sintática entre as orações; a<br />

coordenação não apresenta dependência sintática.<br />

I - ORAÇÕES SUBORDINADAS são classificadas em:<br />

- Substantivas objetiva direta<br />

objetiva indireta<br />

completiva nominal<br />

apositiva<br />

subjetiva<br />

predicativa<br />

- Adjetivas adjunto adnominal<br />

Restritiva = não é pontuada<br />

Explicativa = é pontuada<br />

- Adverbiais adjunto adverbial [ causal, temporal, final, proporcional,<br />

concessiva, com<strong>para</strong>tiva, condicional,<br />

consecutiva e conformativa.<br />

As orações subordinadas substantivas são as orações que exercem as<br />

funções sintáticas de objeto direto, objeto indireto, complemento nominal, aposto,<br />

sujeito e predicativo. Em “Desejo que você participe” é um período composto por<br />

subordinação. A primeira oração é a que não está sublinhada; a segunda oração está<br />

grifada. Observe que a segunda oração completa a primeira oração, exercendo a<br />

função sintática de objeto direto. Quando uma oração exercer a função sintática de<br />

objeto direto, devemos classificá-la de oração subordinada substantiva objetiva direta.<br />

Eis a classificação da segunda oração. O conectivo em negrito é a conjunção<br />

subordinada integrante. Só existe conjunção subordinada integrante nas orações<br />

subordinadas substantivas.<br />

As orações subordinadas adjetivas exercem a função de adjunto<br />

adnominal. A maneira mais fácil de reconhecer uma oração subordinada adjetiva é<br />

identificar o pronome relativo no período composto. Toda oração subordinada adjetiva<br />

apresenta pronome relativo. É no pronome relativo que se inicia a oração subordinada<br />

adjetiva. Quanto à sua classificação, temos as subordinadas adjetivas restritivas e<br />

explicativas. Aquelas, quanto à pontuação, não recebem pontuação; estas recebem<br />

vírgula ou travessão.<br />

Em “Luciano que é o coordenador do projeto está viajando”, há pronome relativo na<br />

oração grifada, iconizando ser subordinada adjetiva. O não emprego da pontuação<br />

comunica sua idéia de restrição. Se empregarmos as duas vírgulas ou travessões, ela<br />

passa a ser explicativa. As vírgulas, portanto, são facultativas, já que usando ou<br />

deixando de empregar não há impropriedade gramatical quanto à pontuação? Não. É<br />

comum em provas públicas afirmarem ser facultativo o uso das vírgulas <strong>para</strong> que você<br />

julgue se verdadeira ou falsa a afirmação. Claro que a resposta é falsa. Não se trata<br />

de um caso facultativo, pois há mudança de sentido. Com vírgula, a adjetiva expressa<br />

3


a idéia de explicação; sem a vírgula ou travessão, a idéia ou o sentido da oração<br />

adjetiva é de restrição. Em “João Paulo II, que é o Papa, está doente”, temos a oração<br />

grifada como subordinada adjetiva explicativa. Se retirarmos as vírgulas haverá<br />

mudança de sentido? Não! Cuidado com as orações explicativas que não podem ser<br />

restritivas. Impossível o valor de restrição no contexto, uma vez que apenas uma<br />

pessoa assume o papado. Não há liberdade contextual <strong>para</strong> se pensar em restrição.<br />

As orações com valores absolutos só podem ser explicativas. Toda explicativa em sua<br />

naturalidade não pode ser explicativa, mas toda explicativa pode ser restritiva, basta<br />

retirar a pontuação. São mais alguns exemplos de orações subordinadas adjetivas que<br />

só podem ser explicativas: A Constituição Federal do Brasil, que é a Carta Magna,<br />

está sempre revisada por um grupo de professores. / He, Ne, Ar, Kr, Xe e Rn – que<br />

são gases nobres – estão sempre estudados pelo professor Reinaldo Xavier. /<br />

Joaquim José da Silva Xavier, que é o mártir da Inconfidência Mineira, é sempre<br />

lembrado por nós.<br />

As orações subordinadas adverbiais exercem a função de adjunto<br />

adverbial. Como os adjuntos adverbiais são classificados pela idéia que cada um<br />

comunica, temos oração subordinada adverbial temporal, causal, condicional,<br />

concessiva, conformativa, final, proporcional, consecutiva, com<strong>para</strong>tiva e com<strong>para</strong>tiva.<br />

Em “Saí <strong>para</strong> comprar chocolate”, a oração grifada expressa finalidade, sendo<br />

classificada como subordinada adverbial final. Quando ao conectivo em negrito , tratase<br />

de uma conjunção subordinada adverbial final. Vejamos outro exemplo: Quando me<br />

chamaram, entrei com a confiança que eu tinha. A oração sublinhada é subordinada<br />

adverbial temporal, sendo “Quando” a conjunção subordinada adverbial temporal; o<br />

termo em negrito é pronome relativo, dando início à oração subordinada adjetiva<br />

restritiva; a oração principal das duas orações é “entrei com a confiança”. Eis as<br />

principais conjunções subordinadas adverbiais:<br />

a) proporcionais: à proporção que, à medida que, na medida em que...<br />

b) finais: a fim de que, <strong>para</strong> que, <strong>para</strong>, que...<br />

c) temporais: quando, enquanto, logo que, desde que, assim que...<br />

d) concessivas: embora, se bem que, ainda que, mesmo que, conquanto...<br />

e) conformativas: como, conforme, segundo...<br />

f) com<strong>para</strong>tivas: como, que, do que...<br />

g) consecutivas: que ( precedida de tão, tal, tanto ), de modo que, de maneira que...<br />

h) condicionais: se, caso, contanto que...<br />

i) causais: porque, visto que, já que, uma vez que, como...<br />

II – ORAÇÕES COORDENADAS são orações independentes quanto à estrutura<br />

sintática, ou seja, as orações não desempenham funções sintáticas ao se<br />

relacionarem com as demais orações do período. Classificam-se em assindéticas e<br />

sindéticas. As assindéticas não apresentam conjunção; as sindéticas apresentam<br />

conjunção. As principais conjunções coordenadas são:<br />

a) aditivas: e, nem, mas também, mas ainda<br />

b) adversativas: mas, porém, contudo, todavia, entretanto, no entanto<br />

c) alternativas: ou, ora... ora, ou... ou, já... já, quer... quer<br />

d) explicativas: pois ( quando anteposta ao verbo ), porque, que<br />

e) conclusivas: pois ( quando posposta ao verbo ), logo, portanto, então<br />

Exs.: 1. Ele trabalhou durante todo o mês, e não recebeu seu salário.<br />

[ Or. coord. Sindét. Adversativa ]<br />

1. Luciana trabalha e estuda. [ or. coord. Sindét. Aditiva ]<br />

4


2. Ou Renata estuda, ou Renata trabalha. [ orações coord. Sindét.<br />

Alternativas ]<br />

3. Fez sozinho toda a planta do prédio. Sabe, pois, senhores, todos os<br />

riscos.<br />

[ or. Coord. Sindét. Conclusiva<br />

].<br />

5. Ela não irá à festa, pois seu pai não permite. [ or. Coord. Sindét.<br />

Explicativa ]<br />

* As orações não sublinhadas acima são coordenadas assindéticas, pois<br />

não apresentam conjunções. Segue, abaixo, mais alguns períodos compostos por<br />

coordenação, por subordinação e por coordenação e subordinação ( período misto ).<br />

a) Confirmo que Sebastiana conhece o rapaz . * Observe que o verbo da oração<br />

principal<br />

Or. princ. Or. Subord. Subst. Objtiva. direta. é transitivo direto,<br />

solicitando objeto direto.<br />

b) Quando a encontrei sozinha, beijei-lhe as faces, deixando-a trêmula.<br />

Or. subord. Adverbial temp. or. Princ. Or. Subord.<br />

Adverbial consecutiva<br />

c) A necessidade de que ela aprove o projeto é imensa.<br />

Or. subord. Substantiva completiva nominal<br />

d) Apresentaram-me a verdade à qual Mércia aludiu: que Simone está grávida.<br />

Or. subord. Adjetiva Or. subord. Subst.<br />

apositiva<br />

e) Fiz o que me solicitaram: arrumar o quarto cuja poeira estava se alastrando pelo<br />

corredor.<br />

Oração principal : “Fiz o” . O termo grifado ao lado é pronome demonstrativo.<br />

No período acima, podemos substituir “o” por “aquilo”. É comum em <strong>concurso</strong><br />

público afirmarem que o “o” é artigo. Assim, não se trata de artigo.<br />

Oração subordinada adjetiva restritiva : “que me solicitaram.<br />

Oração subordinada substantiva apositiva reduzida de infinitivo: “arrumar o<br />

quarto”<br />

Oração subordinada adjetiva restritiva: “cuja poeira estava se alastrando pelo<br />

corredor”.<br />

d) Gostaria de que ela mostrasse os problemas, de que propusesse mudanças e de<br />

que ela<br />

X Y Z<br />

apresentasse convicção no que disser.<br />

• São orações subordinadas substantivas objetivas indiretas: X, Y e Z<br />

5


e) Quero que Aurélio seja feliz. [ oração subordinada substantiva objetiva direta ]<br />

f) Se ela sobreviveu, ignoro. [ Oração subordinada substantiva objetiva direta ]<br />

* A conjunção em negrito não é condicional; temos uma conjunção<br />

subordinada integrante, pois a oração subordinada é substantiva. Nas orações<br />

subordinadas substantivas, os conectivos são conjunções subordinadas integrantes,<br />

apenas.<br />

g) Ela confia no que lhe digo. ( o termo grifado é a contração da preposição “em” +<br />

o pronome demonstrativo “o”, exercendo a função sintático de objeto indireto. Já<br />

o termo oracional grifado é a oração subordinada adjetiva restritiva, sendo “que”<br />

seu pronome relativo que exerce a função sintática de objeto direto do verbo<br />

“digo”)<br />

h) Revelaram aos interessados que aguardavam por respostas: que ele não<br />

sobreviveu.<br />

Oração principal: “Revelaram aos interessados”<br />

Oração subordinada adjetiva restritiva: “que aguardavam por respostas<br />

Oração subordinada substantiva objetiva direta: “que ele não sobreviveu”<br />

i) Mesmo não tendo estudado, foi aprovado no <strong>concurso</strong>. [ or. subord. Adverbial<br />

concessiva ]<br />

j) Fui à feira <strong>para</strong> comprar frutas. [ oração subordinada adverbial final ]<br />

k) Conforme ficou claro, as ações de Pedro não foram agressivas. [ oração<br />

subordinada adverbial conformativa ]<br />

TESTE:<br />

1. - Considere o seguinte período do texto <strong>para</strong> analisar os esquemas propostos<br />

abaixo: Descumprir a lei gera o risco da punição prevista pelo Código Penal ou de<br />

sofrer sanções civis.<br />

A = Descumprir a lei<br />

B = gera o risco<br />

C = da punição prevista pelo Código Penal<br />

D = de sofrer sanções civis<br />

6


Considerando que as setas representam relações sintáticas entre as expressões<br />

lingüísticas, assinale a opção que corresponde à estrutura do período.<br />

a)<br />

b)<br />

c)<br />

d)<br />

e)<br />

2.“Como ontem estivesse chovendo, tive a infeliz idéia, ao sair à rua, de<br />

calçar velho par de galochas.”<br />

a) adverbial causal – adverbial temporal – substantiva completiva<br />

nominal.<br />

b) Adverbial com<strong>para</strong>tiva – adverbial temporal – subst. objetiva direta.<br />

c) Adverbial causal – adverbial condicional – subst. objetiva indireta.<br />

d) Adverbial consecutiva – adverbial temporal – substantiva completiva<br />

nominal.<br />

e) Adverbial com<strong>para</strong>tiva – adverbial condicional – subst. completiva<br />

nominal.<br />

4. Leia atentamente o fragmento abaixo:<br />

“( ...) A liberdade identificou-se com a idéia de consumo. Os meios de<br />

produção, que surgiram no avanço técnico, visam ampliar o nível dos<br />

meios de produção.” [ Polícia Federal 2000 ]<br />

Proposição: Se fosse suprimida a vírgula que antecede a oração grifada,<br />

seria mantida correta a pontuação e não haveria alteração da estrutura<br />

sintática do período. V - F<br />

Leia o seguinte texto <strong>para</strong> responder a questão 04.<br />

A entrada dos anos 2000 tem trazido a reversão das expectativas de que<br />

haveria a inauguração de tempos de fraternidade, harmonia e<br />

entendimento da humanidade. Os resultados das cúpulas mundiais<br />

alimentaram esperanças que novos tempos trariam novas perspectivas<br />

referentes à qualidade de vida e relacionamento humano em todos os<br />

níveis. Contudo, o movimento que se observa em nível mundial sinaliza<br />

perdas que ainda não podemos avaliar. O recrudescimento do<br />

conservadorismo e de práticas autoritárias, efetivadas à sombra do medo,<br />

tem representado fonte de frustração dos ideais historicamente buscados.<br />

( Roseli Fischmann, Correio Braziliense, 26.08.2002, com adaptações )<br />

7


04. Se cada período sintático do texto for representado, respectivamente,<br />

pelas letras X, Y, W e Z, as relações semânticas que se estabelecem no<br />

trecho correspondem às idéias expressas pelos seguintes conectivos:<br />

a) X e Y mas W e Z<br />

b) X porque Y porém W logo Z<br />

c) X mas Y e W porque Z<br />

d) Não só X mas também Y porque W e Z<br />

e) Tanto X como Y e W embora Z<br />

Leia o gráfico que segue <strong>para</strong> responder a questão 05.<br />

Falta dinheiro maior produtividade<br />

Para pesquisas das empresas<br />

Obstáculos Inovações conseqüências<br />

Tecnológicas<br />

Falta apoio da crescimento<br />

Iniciativa privada econômico<br />

05. Assinale a opção que, em apenas um período sintático, dá redação<br />

textualmente coerente e gramaticalmente correta ao desenvolvimento e à relação<br />

de idéias sintetizadas no esquema acima, adaptado de Istoé, 19/9/2001, p. 94.<br />

a) A falta de dinheiro <strong>para</strong> pesquisas, decorrente da falta de apoio por<br />

parte da iniciativa privada, tem como obstáculo que as inovações<br />

tecnológicas decorrentes da maior produtividade das empresas se<br />

acresce ao crescimento econômico.<br />

b) Investir em inovações tecnológicas traz maior produtividade às<br />

empresas e acarreta crescimento econômico; no entanto, falta dinheiro<br />

<strong>para</strong> pesquisas e o apoio da iniciativa privada ainda não é suficiente.<br />

c) Sem dinheiro <strong>para</strong> pesquisas, no tanto, a falta de apoio à iniciativa<br />

privada tem por obstáculos que as inovações tecnológicas são<br />

conseqüência do aumento da produtividade das empresas e do<br />

crescimento econômico.<br />

d) Apesar da falta de dinheiro e da carência de apoio da iniciativa privada,<br />

os obstáculos são superáveis. Inovações tecnológicas têm como<br />

conseqüência crescimento econômico e – é claro – aumento da<br />

produtividade das empresas.<br />

8


e) Inovações tecnológicas provocam crescimento econômico como<br />

conseqüência do aumento da produtividade das empresas. Os<br />

obstáculos, no entanto, vêm da iniciativa privada, que não têm verba.<br />

GABARITO DO TESTE:<br />

1) A 2) A 3) Falso 4) A 5) B<br />

9


EMPREGO DA VÍRGULA<br />

PONTUAÇÃO<br />

01. Para se<strong>para</strong>r os termos da mesma função, assindéticos:<br />

"Vim, vi, venci."<br />

02. Para isolar o vocativo:<br />

"João, onde está o feijão?"<br />

"E agora, José?<br />

03. Para isolar o aposto explicativo:<br />

"FHC, ex-presidente, manteve o hábito de viajar muito."<br />

04. Para assinalar a inversão dos adjuntos adverbiais:<br />

"Por impulso instantâneo, toda a equipe comemorou "<br />

Diante de todos os convidados, o casal disse sim."<br />

Sendo o adjunto adverbial expresso por apenas um simples advérbio, pode-se<br />

dispensar a vírgula, ainda que venha deslocado:<br />

"Hoje, completamos mais um ano de vida".<br />

"Hoje completamos mais um ano de vida".<br />

05. Para marcar a elipse do verbo:<br />

"João e Maria comeram feijão, arroz, farinha e beberam suco, refrigerante, caldo de<br />

feijão."<br />

06. Nas datas:<br />

"Recife, 23 de novembro de 2000."<br />

07. Nas construções onde o complemento verbal, por vir anteposto, é repetido<br />

por um pronome enfático (objeto direto / indireto =>pleonástico):<br />

"A mim, ninguém me engana."<br />

"Ao pobre, não lhe devo. Ao rico, não lhe peço."<br />

08. Para isolar certas palavras ou expressões explicativas, corretivas,<br />

continuativas, conclusivas, tais como “por exemplo, além disso, isto é, aliás, então,<br />

etc”.<br />

09. Para se<strong>para</strong>r as orações coordenadas ligadas pela conjunção "e", quando os<br />

sujeitos forem diferentes:<br />

"Veio a noite da feijoada, e João não havia se pre<strong>para</strong>do."<br />

10. Para se<strong>para</strong>r as orações coordenadas ligadas pelas conjunções mas, senão,<br />

nem, que, pois, porque, ou pelas alternativas: ou...ou; ora...ora; quer...quer, etc.<br />

"O adolescente é muito rico, mas não vive feliz."<br />

"Ou o conhece, ou não".<br />

11. Para isolar as conjunções adversativas porém, todavia, contudo, no entanto;<br />

e as conjunções conclusivas logo, pois, portanto.<br />

"Ao sair do lugar, contudo, teve alguns problemas.<br />

12. Para se<strong>para</strong>r as orações adverbiais (iniciadas pelas conjunções<br />

subordinativas-não integrantes), principalmente quando antepostas à principal:


"Como estudou direito <strong>para</strong> o vestibular, passou <strong>para</strong> o curso de Direito."<br />

Quando você vier, eu sairei de casa.<br />

13. Para se<strong>para</strong>r os adjetivos e as orações adjetivas de sentido explicativo:<br />

"O jardim, que está florido, será protegido durante a chuva."<br />

"As mulheres, loucas, procuraram a maquiagem."<br />

EMPREGO DO PONTO E VÍRGULA<br />

01. Para se<strong>para</strong>r orações independentes que têm certa extensão, sobretudo se<br />

tais orações possuem partes já divididas por vírgula:<br />

"Uns trabalhavam, esforçavam-se, exauriam-se; outros folgavam, descuidavam-se,<br />

não pensavam no futuro."<br />

02. Para se<strong>para</strong>r as partes principais de uma frase cujas partes subalternas têm<br />

de ser se<strong>para</strong>das por vírgulas:<br />

"Recife e Olinda são cidades de Pernambuco; Petrópolis, Teresópolis, Friburgo, do Rio<br />

de Janeiro.<br />

03. Para se<strong>para</strong>r os diversos itens de uma lei, de um decreto, etc.<br />

"Art.12. Os cargos públicos são providos por:<br />

I - Nomeação; II - Reversão;<br />

EMPREGO DO PONTO FINAL<br />

01. No período simples:<br />

A família representa tudo na vida de uma pessoa.<br />

02. No período composto :<br />

João comeu feijão, e Maria bebeu suco.<br />

03. Nas abreviaturas:<br />

d.C - depois de Cristo<br />

EMPREGO DOS DOIS PONTOS<br />

01. Para anunciar a fala do personagem:<br />

O militar ordenou:<br />

- Todos <strong>para</strong> a flexão!<br />

02. Para anunciar uma enumeração:<br />

Alguns homens preferem as seguintes opções de vida: lazer, dinheiro, uma boa<br />

mulher, futebol, feijão e muita saúde <strong>para</strong> viver intensamente.<br />

03. Para anunciar uma citação:<br />

"Aristóteles dizia a seus discípulos: Meus amigos, não há amigos"<br />

PONTO DE INTERROGAÇÃO<br />

É o sinal que se coloca no fim de uma oração <strong>para</strong> indicar uma pergunta direta:<br />

Quem quer feijão?<br />

PONTO DE EXCLAMAÇÃO


Emprega-se depois das interjeições ou depois de orações que designam espanto,<br />

admiração:<br />

"Quantos gols! Esse time é muito bom!<br />

RETICÊNCIAS<br />

Indicam interrupção ou suspensão do pensamento ou, ainda, hesitação ou falta de<br />

necessidade de exprimi-lo:<br />

"Quem conta um conto..."<br />

"Se todas as mulheres fossem iguais.... Ficariam os homens menos satisfeitos..."<br />

PARÊNTESES<br />

Servem os parênteses <strong>para</strong> se<strong>para</strong>r palavras ou frases explanatórias, intercaladas no<br />

período:<br />

"Estava Mário em sua casa (nenhum prazer sentia fora dela), quando ouviu baterem..."<br />

TRAVESSÃO<br />

É um traço de certa extensão, maior do que o hífen, que indica a mudança de<br />

interlocutor:<br />

- Quem é?<br />

- Sou eu.<br />

- Eu quem?<br />

ASPAS<br />

Usam-se as aspas:<br />

A) No princípio e no fim das citações, <strong>para</strong> distingui-las da parte restante do discurso:<br />

Um sábio disse:<br />

"Agir na paixão é embarcar durante a tempestade."<br />

B) Para distinguir palavras e expressões estranhas ao nosso vocabulário:<br />

João vive num verdadeiro "trash".<br />

C) Para dar ênfase a palavras ou expressões:<br />

A palavra "sexo" está presente 24h na mente masculina.<br />

_________________________________________<br />

EXERCÍCIOS GERAIS<br />

01. Quanto ao uso dos sinais de pontuação, julgue os itens abaixo:<br />

1. Precisando de auxílio, não hesite em chamar-me.<br />

2. A moça, louca, corria pela rua.<br />

3. A moça louca corria pela rua.<br />

4. Ela, trouxe o que pedi: os documentos e a procuração.<br />

5. O fogo está apagado - defendeu-se a moça. Mas o almoço, está pronto.<br />

02. Quanto à pontuação, julgue os períodos seguintes.<br />

1. A imprensa nigeriana noticiou, no mesmo dia da libertação, a sentença de morte por<br />

apedrejamento, aplicada a um acusado de sodomia.


2. Não deixou de constituir <strong>para</strong> o presidente, um alívio a notícia: de que a execução<br />

de Amina, já não ocorreria.<br />

3. A interpretação da lei muçulmana, a "sharia", é a de que - em casos como o de<br />

Amina - a gravidez constitui, em si mesma, uma prova de culpabilidade.<br />

4. O homem identificado por Amina como o parceiro que a engravidara sequer foi<br />

indiciado, já que lhe bastou negar, o fato, valendo sua palavra mais do que a da<br />

mulher.<br />

5. Deve-se alertar que, contrariamente ao que muitos supõem, não houve<br />

propriamente julgamento do mérito mas, sim, reconhecimento de erro processual.<br />

03.<br />

Recife...<br />

Rua da União ...<br />

A casa do meu avô ...<br />

Nunca pensei que acabasse !<br />

Tudo lá parecia impregnado de eternidade<br />

Recife ...<br />

Meu avô morto.<br />

Recife morto, Recife bom. Recife brasileiro como a casa de meu avô. (Manuel<br />

Bandeira)<br />

No TEXTO acima, pode-se observar que a pontuação é usada de forma original,<br />

cabendo ao leitor a tarefa delicada de interpretar a intenção do autor. Tendo isto em<br />

mente, julgue as alternativas abaixo:<br />

1. O excesso de reticências proporciona uma compreensão objetiva, exata e precisa<br />

dos fatos.<br />

2. As reticências indicam supressão de pensamentos provocada pela imprecisão das<br />

lembranças.<br />

3. O ponto de exclamação traduz a emotividade do autor diante da beleza das<br />

lembranças.<br />

4. O ponto final marca a conclusão do pensamento em uma frase nominal.<br />

5. As vírgulas se<strong>para</strong>m termos que exercem a mesma função sintática em uma<br />

enumeração.<br />

04. Quanto ao uso dos sinais de pontuação, analise os pares de enunciados abaixo.<br />

Julgue a alternativa em que, apesar da alteração no uso da pontuação e de outros<br />

sinais, o sentido se mantém.<br />

1. Embora a violência ainda impere, as comunidades, que são desassistidas pelo<br />

poder público, continuam buscando a paz.<br />

Embora a violência ainda impere, as comunidades que são desassistidas pelo poder<br />

público continuam buscando a paz.<br />

2. O Diretor informou que, com o resultado do último <strong>concurso</strong>, a contratação de novos<br />

funcionários definirá a realização de um outro programa.<br />

O Diretor informou que - com o resultado do último <strong>concurso</strong> - a contratação de<br />

novos funcionários definirá a realização de um outro programa.<br />

3. Crianças da periferia, em Recife, podem já buscar a garantia de atendimento aos<br />

direitos, que lhes são básicos.<br />

Crianças da periferia - em Recife - podem já buscar a garantia de atendimento aos<br />

direitos que lhes são básicos.<br />

4. Para assegurar o desenvolvimento das comunidades menos assistidas, espera-se a<br />

máxima participação.


Para assegurar o desenvolvimento das comunidades menos assistidas espera-se, a<br />

máxima participação.<br />

5. Não teria sido bom se tivessem falado de ações repressivas, pois a garantia de<br />

atendimento aos direitos básicos é prioritária.<br />

Não; teria sido bom se tivessem falado de ações repressivas, pois a garantia de<br />

atendimento aos direitos básicos, é prioritária.<br />

5. Quanto ao uso dos sinais de pontuação, julgue os itens abaixo:<br />

1. Entre 1987 e 1997, a despesa da União com servidores ativos, cresceu<br />

10%. Mas, por causa da explosão do número de inativos, alimentada pelo<br />

privilégio das aposentadorias precoces, seus gastos totais com pessoal,<br />

aumentaram 45%.<br />

2. Com o direito a aposentadorias com salário integral e beneficiados por generosos<br />

critérios <strong>para</strong> a contagem de tempo de serviço, os 925 mil servidores federais,<br />

geraram em 1999, uma receita previdenciária de apenas R$ 2,6 bilhões, o que<br />

equivale a menos de 14% do total gasto pela União com o pagamento de seus<br />

aposentados.<br />

3. A diferença entre as contribuições e as aposentadorias pagas<br />

pela União e pelos estados e municípios deverá ficar em R$ 42 bilhões. A<br />

multidão de miseráveis do Brasil será chamada a pagar essa conta.<br />

4. Ela equivale a perto de 5%do PIB. Levando-se em conta que o déficit global<br />

do setor público é de 7% do PIB, isso mostra que o governo já fez quase tudo o que<br />

podia em matéria de corte de gastos em saúde, educação e segurança -<br />

suas funções sociais básicas.<br />

5. Portanto, se o Poder Legislativo e o Poder Judiciário mais uma vez conseguirem<br />

impedir a cobrança da contribuição dos inativos, estarão consolidando um regime de<br />

privilégios que não só impede o crescimento da economia, mas também obriga a<br />

maioria pobre da sociedade a pagar pelo bem-estar dos marajás do setor público.


CONCORDÂNCIA NOMINAL<br />

É a relação entre um substantivo e as palavras que a ele se ligam.<br />

REGRAS BÁSICAS<br />

1. O adjetivo concorda em gênero e número com o substantivo a que se refere.<br />

Seus olhos escuros transmitem inquietação.<br />

A bonita casa está ali.<br />

2. O adjetivo que se refere a mais de um substantivo de gênero e número diferentes,<br />

quando posposto, poderá concordar no masculino plural (mais aceita) ou com o<br />

substantivo mais próximo.<br />

O homem e mulher músicos.<br />

Uma solicitude e um interesse fraternos.<br />

Poderá concordar com o mais próximo quando os substantivos forem sinônimos entre<br />

si ou quando se alinharem em gradação.<br />

A dedicação e o amor intenso aos livros.<br />

A inteligência, o esforço, a dedicação extraordinária.<br />

3. Se o adjetivo estiver anteposto a dois ou mais substantivos de gênero e número<br />

diferentes, concorda, em geral, com o mais próximo.<br />

Escolhestes mau lugar e hora.<br />

Velhas revistas e livros.<br />

4.Quando dois ou mais adjetivos se referem a um substantivo determinado por artigo,<br />

são aceitas duas construções:<br />

Estudo a cultura italiana e a francesa.<br />

Estudo as culturas italiana e francesa.<br />

5. Quando um adjetivo atua como predicativo de um sujeito simples ou de um objeto<br />

simples, concorda com ele em gênero e número.<br />

A situação é delicada.<br />

As árvores velhas continuam acolhedoras.<br />

__________________________________________<br />

6. Quando o sujeito ou o objeto são compostos e formados por elementos de<br />

gêneros diferentes, o predicativo concorda no masculino plural.<br />

Pai e filha são talentosos.<br />

Marido e mulher são bem-humorados.<br />

Se o predicativo do sujeito estiver anteposto ao sujeito, pode concordar apenas com o<br />

núcleo mais próximo.<br />

Era deserta a vila e o campo.<br />

Estavam molhadas as mãos e os pés.<br />

Julguei insensatas sua atitude e comportamento.<br />

Mantenham limpas as ruas e os jardins.<br />

1


7. No caso de numerais ordinais que se referem a um único substantivo posposto,<br />

podem ser usadas as construções:<br />

Avisei os moradores do primeiro e segundo andar.<br />

Avisei os moradores do primeiro e segundo andares.<br />

8. O pronome, quando se flexiona, concorda em gênero e número com o substantivo<br />

a que se refere.<br />

Ele quebrou uma cadeira e jogou-a no povo.<br />

A moça abriu as pálpebras e cerrou-as logo.<br />

9. O pronome que se refere a dois ou mais substantivos de gêneros ou<br />

números diferentes flexiona-se no masculino plural.<br />

Ele quebrou casa e carro e queimou-os.<br />

Flores e presentes, adoro recebê-los.<br />

EXERCÍCIOS<br />

1.Complete as frases seguintes com a forma apropriada do determinante<br />

colocado entre parênteses. Indique os casos em que mais de uma concordância é<br />

possível.<br />

Sempre o vejo usando óculos ......................... (escuro)<br />

Conheço todos os países ............................. (latino-americano)<br />

...................atitude e comportamento são ......................... (seu/ inaceitável)<br />

.....................comportamento e atitude são .........................(seu/ deplorável)<br />

.........................foi ......................... excursão. (aquele / um/ melancólico)<br />

Viam-se ao longe ......................... mangueiras e abacateiros.(alto)<br />

Viam-se ao longe .........................abacateiros e mangueiras. (robustos)<br />

2. Complete as frases abaixo com os pronomes o, a, os, as, conforme convenha:<br />

As revistas e os jornais, leio- ...... por alto.<br />

Ele podia ajudá-la, mas não ...... quis.<br />

Vi Mário e suas irmãs, porém não ...... cumprimentei.<br />

Aquela ilha, aquelas praias, como eu ..... conheço.<br />

As paixões nos acorrentam sem que ..... sintamos.<br />

PALAVRAS E CONSTRUÇÕES QUE MERECEM DESTAQUE<br />

PRÓPRIO, MESMO, ANEXO, INCLUSO, QUITE, LESO E OBRIGADO<br />

Concordam em gênero e número com o substantivo ou pronome a que se referem.<br />

Elas próprias falaram comigo.<br />

Seguem anexas as cópias solicitadas.<br />

Seguem inclusos os documentos requeridos.<br />

Não há mais nada a discutir: estamos quites.<br />

Ele cometeu um crime de leso-patriotismo.<br />

OBS: A locução “em anexo” é adverbial, portanto, invariável.<br />

2


MEIO E BASTANTE<br />

Pedi meia cerveja e meia porção de batatas fritas.<br />

Meia classe terá de permanecer após o fim da aula.<br />

Há bastantes pessoas insatisfeitas com o que ganham.<br />

As jogadoras estavam meio desgastadas.<br />

Ainda acreditamos bastante em nós mesmos.<br />

É BOM, É NECESSÁRIO, É PRECISO<br />

Quando desacompanhados de determinante, os substantivos podem ser tomados em<br />

sentido amplo. Nesse caso, as expressões como é proibido, é bom, é necessário, é<br />

preciso e similares não variam.<br />

É proibido entrada.<br />

É proibida a entrada de estranhos.<br />

CARO E SÉRIO<br />

As palavras caro e sério podem ter funções adjetivas ou adverbiais.<br />

Ela falou sério. / O rapaz é sério.<br />

Tais produtos custam caro. / Eles são caros.<br />

ALERTA, PSEUDO, MENOS<br />

As palavras alerta, pseudo e menos são invariáveis.<br />

Os soldados permaneceram alerta.<br />

Eles são pseudo-heróis.<br />

Havia menos alunas na sala.<br />

JUNTO<br />

O vocábulo junto concorda com a palavra a que se refere.<br />

Sempre estudavam juntos ou juntas.<br />

Eles estão juntos.<br />

Acompanhado de preposição (junto a, de, com) forma locução prepositiva, ficando<br />

invariável.<br />

As crianças voltaram junto da mãe.<br />

SÓ<br />

O vocábulo só pode ser adjetivo (= sozinho) ou advérbio (=somente). Há ainda a<br />

locução à sós, que é invariável.<br />

Depois da batalha só restaram cinzas.<br />

Podemos estar sós nesse assunto.<br />

A OLHOS VISTOS<br />

A expressão a olhos vistos fica invariável, pois trata-se de locução adverbial de<br />

modo.<br />

O rio avolumava a olhos vistos.<br />

UM...OUTRO<br />

Os pronomes um...outro, quando se referem a substantivos de gêneros diferentes,<br />

concordam no masculino.<br />

Esposo e esposa viviam em plena paz e amavam-se um ao outro.<br />

POSSÍVEL<br />

Com o mais possível, o menos possível, o melhor possível, o pior possível, quanto<br />

possível, o menor possível, o adjetivo possível fica invariável, ainda que se afaste da<br />

palavra mais.<br />

3


Paisagens o mais belas possível.<br />

Ele assistiu o maior número de jogos possível.<br />

Com o plural os mais, os menos, os piores, os melhores, o adjetivo possível vai ao<br />

plural:<br />

Ela escolhia as tarefas menos penosas possíveis.<br />

As frutas são as mais deliciosas possíveis.<br />

CONCORDÂNCIA COM NOMES DE COR<br />

1. Adjetivo simples flexiona:<br />

Ex.: Olhos verdes, meias brancas.<br />

2. No adjetivo composto, flexiona-se só o 2º elemento, quando é adjetivo.<br />

Ex.: Olhos verde-claros.<br />

3. Substantivos empregados como adjetivo<br />

Ex: blusas cinza. ( cor de cinza )<br />

blusas rosa. ( cor de rosa )<br />

4. Se o adjetivo composto indicar cor e tiver substantivo em sua formação, não<br />

flexionará.<br />

Ex.: blusas cinza-claro.<br />

roupas verde-garrafa.<br />

OBS: Ultravioleta / azul-marinho / azul-celeste - são invariáveis<br />

EXERCÍCIOS GERAIS<br />

1. Complete as frases seguintes com a forma apropriada do termo entre parênteses.<br />

Eles.....................comunicaram à atriz que ela ..................... teria de tomar as<br />

providências necessárias. (mesmo, mesmo)<br />

As funcionárias garantiram que elas ..................... iriam fiscalizar <strong>para</strong> que seus<br />

documentos seguissem..................... (mesmo, anexo)<br />

A foto pedida segue ..................... à ficha de cadastro.(incluso)<br />

Eu ..................... farei isso - disse o rapaz. (próprio)<br />

Muitas mães de família andam ..................... desgastadas com a dupla jornada de<br />

trabalho que têm que cumprir. (meio)<br />

.....................pessoas acham estranho este plural. É que estavam ..................<br />

desinformadas sobre as coisas da língua portuguesa. ( bastante, meio)<br />

A situação do país é..................... preocupante. .....................famílias tiveram de<br />

vender suas terras e migrar <strong>para</strong> os centros urbanos. (bastante, bastante)<br />

2. Complete os espaços apropriadamente.<br />

A) Chegamos ao Rio ao meio-dia e _________. (meio)<br />

Comprei uma gravata e um terno _________________. (azul)<br />

A janela e a porta estão ___________. (aberto)<br />

Segue ____________ uma procuração. (anexo)<br />

Não havia _____________ entusiasmo e alegria na torcida. (verdadeiro)<br />

É ____________ a entrada a pessoas estranhas. (proibido)<br />

Encontrei pessoas o mais delicadas _____________. (possível)<br />

H) Vai________ a lista de preços. (incluso)<br />

I) A negociata é ___________ ( bom)<br />

J) Água é ____________(necessário)<br />

4


3. ..................... a difícil fase inicial e o período da experimentação, .....................<br />

algumas semanas antes que se ..................... os objetivos estipulados.<br />

Vencidos - decorreu - alcançassem<br />

Vencido - decorreram - alcançasse<br />

Vencida - decorreram - alcançassem<br />

Vencidos - decorreram - alcançasse<br />

Vencida - decorreu - alcançasse<br />

4. As moças, estando ....., tiveram, elas ...... de tomar as providências que a situação<br />

exigia.<br />

só - mesmo D) só - mesmas<br />

sós - mesmo E) sós - mesmas<br />

só - mesma<br />

5. Vai ..................... à carta minha fotografia. Essas pessoas cometeram crime de<br />

..................... -patriotismo. Elas .....................não quiseram colaborar.<br />

incluso - leso - mesmo<br />

inclusa - lesa - mesma<br />

inclusa - lesa - mesmas<br />

incluso - leso - mesmas<br />

inclusa - leso - mesmas<br />

6. ....... furiosa, mas com ........... violência, proferia injúrias ......... <strong>para</strong> escandalizar os<br />

mais arrojados.<br />

meia - menas - bastantes<br />

meia - menos - bastante<br />

meio - menos - bastante<br />

meio - menos - bastantes<br />

meio - menas - bastantes<br />

7. Os Estados Unidos ..................... grande universidade de ..................... fama e<br />

mérito.<br />

possuem - reputada<br />

possui - reputado<br />

possui - reputados<br />

possuem - reputado<br />

possui - reputada<br />

8. Deixou ..................... desde logo, os prêmios a que faria jus o vencedor: dois<br />

.....................<br />

estabelecidos - corcel azuis-claros<br />

estabelecido - corcéis azul-claro<br />

estabelecido - corcéis azul-claros<br />

estabelecidos - corcéis azul-claros<br />

estabelecido - corcel azuis-claros<br />

5


CONCORDÂNCIA VERBAL<br />

REGRAS GERAIS<br />

01. O verbo e o sujeito de uma oração mantêm entre si uma relação mútua chamada<br />

de concordância verbal. De acordo com essa relação, verbo e sujeito concordam em<br />

número e pessoa.<br />

Reconheço os próprios erros.<br />

Pessoas razoáveis reconhecem os próprios erros.<br />

O sujeito composto equivale a um sujeito no plural: Pai e filho conversaram<br />

longamente.<br />

___________________________________________<br />

02. Nos sujeitos compostos pessoas gramaticais diferentes, o verbo concorda com a<br />

pessoa de menor número no plural.<br />

Nossos amigos, tu e eu (nós) formaremos um belo time.<br />

Tu e ele (vós) formareis um belo time.<br />

___________________________________________<br />

03. Se o verbo estiver anteposto ao sujeito composto, pode concordar no plural com<br />

a totalidade do sujeito ou com o núcleo do sujeito mais próximo.<br />

Bastaram determinação e capacidade.<br />

Bastou determinação e capacidade.<br />

Quando há reciprocidade, a concordância deve ser feita no plural.<br />

Agrediram-se o deputado e o senador. (agrediram-se um ao outro)<br />

Ofenderam-se o jogador e o técnico. (ofenderam-se um ao outro)<br />

___________________________________________<br />

04. O sujeito, sendo composto e anteposto ao verbo, leva geralmente este <strong>para</strong> o<br />

plural.<br />

A moça e o rapaz cumpriram seus deveres.<br />

Se os núcleos do sujeito composto são sinônimos ou quase sinônimos ou<br />

estabelecem uma gradação, o verbo pode concordar no singular.<br />

O desalento e a tristeza minou-lhe as forças.<br />

Um aceno, um gesto, um estímulo faria muito por ele.<br />

CONCORDÂNCIAS QUE MERECEM DESTAQUE<br />

01. SUBSTANTIVOS PRÓPRIOS NO PLURAL<br />

Quando o sujeito é formado por nomes que só tem plural, se não houver artigo<br />

antes do nome, o verbo fica no singular.<br />

Flores não recebe mais acento.<br />

Se houver artigo antes do nome, o verbo vai <strong>para</strong> o plural.<br />

Os Estados Unidos impuseram uma ordem mundial.<br />

As Minas Gerais são inesquecíveis.<br />

Obs: quando se tratar de obra literária, o verbo poderá ficar no singular.<br />

Os Lusíadas são / é o maior poema épico português.<br />

6


02. PRONOMES RELATIVOS “QUE / QUEM” COMO SUJEITOS<br />

Quando o sujeito for o pronome relativo QUE, o verbo concordará com o<br />

antecedente do que.<br />

Fui eu que fiz tudo isso.<br />

Quando o sujeito é o pronome relativo QUEM, pode-se utilizar o verbo na 3 a pessoa<br />

do singular ou concordá-lo com o sujeito do verbo “ser”.<br />

Somos nós quem pagamos. / Somos nós quem paga.<br />

03. CONCORDÂNCIA COM PERCENTUAIS<br />

Quando o sujeito for indicação de uma porcentagem seguida termo preposicionado,<br />

a tendência é fazer a concordância com esse termo que especifica a referência<br />

numérica.<br />

1% do orçamento do país deve destinar-se à educação.<br />

85% dos entrevistados declararam impostos.<br />

99% da população brasileira assistiu à Copa do Mundo.<br />

Se a porcentagem for particulariza, o verbo concordará com ela:<br />

Os 99% da população assistiram à Copa do Mundo.<br />

Aqueles 45% de eleitores estão indecisos.<br />

04. NÚMEROS FRACIONÁRIOS<br />

Quando o sujeito é um número fracionário, o verbo concorda com o numerador.<br />

Anulou-se 1/5 da prova de matemática.<br />

Anularam-se 2/5 da prova de matemática.<br />

05. PRONOMES DE TRATAMENTO COMO SUJEITO<br />

O verbo fica na 3 a pessoa.<br />

Vossas Excelências desejam algo?<br />

06. SUJEITOS RESUMIDOS POR TUDO / NADA NINGUÉM<br />

O verbo concorda no singular.<br />

Carros, viadutos, pontes, tudo foi destruído pelo terremoto.<br />

07. UM OU OUTRO<br />

O verbo concorda no singular com o sujeito um ou outro.<br />

Um ou outro caso será resolvido.<br />

Uma ou outra candidata saiu-se bem.<br />

ESTRUTURAS VERBAIS FORMADAS COM A PARTICIPAÇÃO DO<br />

PRONOME “SE”:<br />

A) Quando atua como índice de indeterminação do sujeito, o “se” acompanha<br />

verbos intransitivos, transitivos indiretos e de ligação, que devem obrigatoriamente<br />

estar na 3 a pessoa do singular.<br />

Aos domingos, ia-se sempre à praça.<br />

Precisa-se de pedreiros.<br />

7


B) Quando atua como pronome apassivador, o “se” acompanha verbos transitivos<br />

diretos e transitivos diretos e indiretos na formação da voz passiva sintética. Nesse<br />

caso , o verbo concorda com o sujeito da oração.<br />

Construi-se uma nova praça no bairro.<br />

Construíram-se novas praças no bairro.<br />

O VERBO “SER”<br />

A) Estando entre dois substantivos de números diversos, o que orientará a<br />

concordância será o sentido da frase, ou seja, o verbo “ser” concordará com o termo<br />

a que se quiser dar mais ênfase.<br />

O horizonte de sucesso são cordilheiras transpostas.<br />

B) O sujeito sendo nome de pessoa, com ele concorda o verbo ser.<br />

Mário era só alegrias.<br />

C) Concorda com o predicativo quando o sujeito for um dos pronomes tudo, isso,<br />

isto, aquilo, o.<br />

Tudo eram alegrias naquela noite.<br />

Também é uma forma aceita segundo a norma padrão:<br />

Tudo é flores.<br />

D) Quando um dos dois termos - sujeito ou predicativo - for pronome pessoal, faz-se<br />

a concordância com este pronome:<br />

Todo eu era olhos e coração.<br />

O Brasil, senhores, sois vós.<br />

E) Nas expressões que indicam quantidade, medida, peso, preço, valor (é muito, é<br />

pouco, é suficiente, é mais que, etc.), o verbo ser é invariável:<br />

Dois quilos é pouco. / Vinte mil reais é bom.<br />

F) Nas indicações de tempo, horas, datas e distâncias, o verbo ser é<br />

impessoal e concorda com a expressão numérica que o acompanha.<br />

São duas horas.<br />

Hoje é dia cinco de março.<br />

Hoje são cinco de março.<br />

Daqui <strong>para</strong> minha casa são três quilômetros.<br />

O VERBO “HAVER’<br />

Quando indica existência ou acontecimento, é impessoal e permanece na 3 a pessoa<br />

do singular.<br />

Ainda há pontos obscuros nessa versão.<br />

Deve ter havido pontos obscuros naquela versão.<br />

HAVER / FAZER / CHOVER<br />

São impessoais quando indicam tempo decorrido. Neste caso, permanecem na 3 a<br />

pessoa do singular.<br />

Há anos que não o vejo.<br />

Faz anos que não o vejo.<br />

Choveu durante vários dias.<br />

8


BATER, SOAR, DAR<br />

Referindo-se às horas, os três verbos acima concordam regularmente com o sujeito.<br />

Nisto, deu três horas o relógio da botica.<br />

Soaram dez horas nos relógios das igrejas.<br />

PARECER<br />

Em construções com o verbo parecer seguido de infinitivo, pode-se flexionar o verbo<br />

parecer ou o infinitivo que o acompanha.<br />

As paredes pareciam estremecer.<br />

As paredes parecia estremecerem.<br />

EXERCÍCIOS GERAIS<br />

1. Complete as frases seguintes com a forma apropriada do verbo entre parênteses:<br />

A).................... várias coisas inesperadas na tarde de ontem. (acontecer)<br />

B) .................... alguns poucos amigos fiéis no fim de semana. (ficar)<br />

C) .................... alguns doces. (sobrar)<br />

D) Ainda .................... bons motivos <strong>para</strong> ficarmos juntos. (deve existir)<br />

E) Ainda .................... surpresas nesse campeonato. (pode ocorrer)<br />

2. Passe <strong>para</strong> o plural os termos destacados em cada uma das frases seguintes e<br />

faça as mudanças em cada caso:<br />

A) Anunciou-se a reforma administrativa.<br />

_________________________________________<br />

B) Trata-se daquela questão polêmica.<br />

_________________________________________<br />

C) Ele prefere não opinar quando se fala em eleição.<br />

_________________________________________<br />

E) Obteve-se o computador mais veloz.<br />

_________________________________________<br />

3. Indique a alternativa gramaticalmente incorreta:<br />

A) Deram duas horas.<br />

B) O relógio deu duas horas.<br />

C) Tinha soado seis horas.<br />

D) Bateu uma hora.<br />

E) O sino bateu duas horas.<br />

4. .......... meio-dia e .........; no céu, ................. as trovoadas de verão.<br />

A) Era - meia - anunciava-se<br />

B) Eram - meio - anunciavam-se<br />

C) Era - meio - anunciava-se<br />

D) Era - meia - anunciavam-se<br />

E) Eram - meia - anunciavam-se<br />

9


5. Quanto à concordância, está inteiramente correta a frase:<br />

A) Não ocorrem aos cientistas imaginar que as explicações dos fenômenos naturais<br />

possam ser dadas pelas práticas esotéricas.<br />

B) Se conviessem aos charlatões demonstrar suas crenças em experimentos de<br />

laboratório, eles seriam os primeiros a fazê-lo.<br />

C) A todo cientista, seguindo os passos de seus antecessores e submetendo-se aos<br />

procedimentos próprios da ciência, cumprem desmascarar as malícias dos charlatões.<br />

D) É desejável que se oponham às "provas" oferecidas pelos charlatões a prática das<br />

experiências controladas nos laboratórios.<br />

E) Não se recorra às práticas esotéricas <strong>para</strong> que se "provem", sem nenhum rigor,<br />

"fatos" que não passam de construções da fantasia e da especulação.<br />

6. O verbo indicado entre parênteses adotará uma forma do plural, ao se flexionar<br />

corretamente na seguinte frase:<br />

A) Agissem os membros do tribunal de acordo com os cânones da escola Maliki,<br />

(redundar) tudo na morte de Amina.<br />

B) É de se perguntar quantos apedrejamentos (haver) de ocorrer, caso se observasse<br />

o mesmo rigor da lei em relação ao adultério masculino.<br />

C) Por mais razões que (poder) haver <strong>para</strong> se condenar moralmente um adultério,<br />

nenhuma delas tem força <strong>para</strong> torná-lo um crime.<br />

D) Acreditam os observadores que um conflito de interpretações entre juizes<br />

muçulmanos e juizes laicos (ensejar), provavelmente, uma guerra civil.<br />

E) Aos fanáticos religiosos não (satisfaz) que se solucionem casos como<br />

esse de um modo político, concessivo, conciliatório.<br />

7. A concordância verbal e a nominal estão de acordo com a norma padrão em:<br />

A) Houveram implicações boas e más naquelas atitudes dos empresários de<br />

Pernambuco.<br />

B) Propostas, o mais adequadas possíveis, em termos de qualidade, foi apresentada<br />

aos trabalhadores.<br />

C) Quaisquer deslizes perante o consumidor, nessa área, provoca problemas <strong>para</strong> a<br />

empresa.<br />

D) É necessário paciência <strong>para</strong> poderem os trabalhadores conseguirem seus plenos<br />

direitos.<br />

E) A ação social, um dos temas mais discutidos atualmente, faz os interessados<br />

repensarem a política fiscal.<br />

8. A frase que está inteiramente de acordo com as normas da concordância verbal é:<br />

A) A corrupção dos povos que saem da infância e da juventude parecem fazer parte<br />

do nosso destino histórico, segundo o pessimista Rousseau.<br />

B) Constituem os males da humanidade um desafio invencível <strong>para</strong> qualquer<br />

providência de natureza jurídica.<br />

C) De acordo com Rousseau, devem-se discriminar o que é a vontade geral, diante do<br />

que é a vontade de todos.<br />

D) Quanto mais contra-sensos houverem na interpretação de Rousseau, menos<br />

compreendido será o filósofo.<br />

E) Nas teses de Rousseau, a reforma dos costumes sempre tiveram mais importância<br />

do que quaisquer remédios jurídicos.<br />

9. A frase em que há pleno atendimento às normas de concordância verbal é:<br />

10


A)) Deve espantar-nos que sejam consideradas crimes, na Nigéria, atitudes que, entre<br />

nós, são passíveis de uma simples censura moral?<br />

B) É possível que venha a ocorrer, imediatamente após o caso de Amina Lawall,<br />

julgamentos relativos à mesma infringência das leis muçulmanas.<br />

C) Muitos acreditam que não se deveriam admitir, em nome dos direitos humanos, a<br />

aplicação da pena máxima contra desvios de ordem moral.<br />

D) É polêmica a proposta de que se confira a um tribunal internacional poderes <strong>para</strong><br />

intervir em normas jurídico-religiosas estabelecidas em culturas milenares.<br />

E) Caberiam aos cidadãos ocidentais, cujas leis se estabeleceram em sua própria<br />

tradição cultural, o direito de intervirem nos códigos de outros povos15.<br />

10. Nos textos da imprensa que se seguem “a concordância foi nocauteada.<br />

Nem mesmo Mike Tyson teria sido capaz de bater com tanta força” (Correio<br />

Brasiliense, 4/3/97). Identifique a única frase em que a concordância não sofreu<br />

“nocaute”:<br />

A) Popovic traz, todas as tardes, temas que são inéditas;<br />

B) A gente, baseados nas informações recebidas, organizamos o evento, e eles<br />

garantem;<br />

C) O casal, que vivia no apartamento em frente, consideravam-no uma pessoa<br />

tímida e pacata;<br />

D) O Banco acredita que tudo são especulações do mercado financeiro;<br />

E) Os quadros nordestinos apresenta Maria e José;<br />

11


REGÊNCIA NOMINAL E VERBAL<br />

É a interdependência dos termos de uma oração, verificando se um termo pede ou<br />

não complemento.<br />

A regência nominal trata dos complementos dos nomes (substantivos e adjetivos).<br />

Exemplos:<br />

- acesso: A = aproximação – amor: a, de, <strong>para</strong>, <strong>para</strong> com<br />

em = promoção - aversão: a, em <strong>para</strong>, por<br />

<strong>para</strong> = passagem<br />

A regência verbal trata dos complementos do verbo.<br />

Muitos verbos se relacionam com outras palavras ora por meio de preposição, ora sem<br />

ela.<br />

Vejamos a regência de alguns verbos:<br />

ASSISTIR<br />

No sentido de ver, exige complemento com a preposição a.<br />

Ex.: Assistimos a um filme ótimo ontem.<br />

No sentido de dar assistência, exige , geralmente, complemento sem preposição.<br />

Ex.: O médico assistiu o paciente.<br />

No sentido de pertencer, exige complemento com a preposição a.<br />

Ex.: Esse direito assiste ao trabalhador. (ao = preposição a + artigo o)<br />

No sentido de morar, exige complemento com preposição em.<br />

Ex.: Aquela atriz assiste em Ipanema.<br />

ASPIRAR<br />

No sentido de inspirar, exige complemento sem preposição.<br />

Ex.: Ele aspirou o ar puro da montanha.<br />

No sentido de almejar, exige complemento com a preposição a.<br />

Ex.: Eu aspiro a uma vaga na empresa.<br />

ATENDER (dar atenção)<br />

Ex.: Eles atenderam ao pedido que eles fizeram.<br />

Ex.: Angélica atendeu à solicitação do chefe.<br />

CHAMAR<br />

No sentido de convocar, exige complemento sem preposição.<br />

Ex.: O professor chamou os estudantes da turma.<br />

No sentido de dar nome, exige indiferentemente complemento com ou sem a preposição<br />

a e o predicativo com ou sem a preposição de.<br />

Ex1.: Uma aluna chamou José de bobo.<br />

Ex2.: Uma aluna chamou a José de bobo.


Ex3.: Uma aluna chamou José bobo.<br />

Ex4.: Uma aluna chamou a José bobo.<br />

CHEGAR/IR<br />

Os verbos exigem complemento com a preposição a.<br />

Ex.: Chegamos a Ipanema tarde./ Ex.: Iremos a Ipanema à noite.<br />

Obs.: o verbo ir , no sentido de estabelecer residência, demorar; exige a preposição<br />

<strong>para</strong>.<br />

Ex.: Passei no <strong>concurso</strong>, logo vou <strong>para</strong> a França fazer o mestrado.<br />

CUSTAR<br />

No sentido de ser difícil, o verbo exige complemento com a preposição a.<br />

Ex.: Custou à aluna aceitar o erro.<br />

ESQUECER/LEMBRAR<br />

Quando não apresentam pronome oblíquo, exigem complemento sem preposição.<br />

Ex1.: O aluno esqueceu a prova. / Ex2.: O aluno lembrou tudo.<br />

Quando apresentam pronomes oblíquos, exigem complemento com a preposição de.<br />

Ex2.: A aluna se esqueceu da prova. / Ex2.: O aluno se lembrou de tudo.<br />

IMPLICAR<br />

O verbo, significando acarretar, pressupor, exige complemento sem preposição.<br />

Ex.: “O processo implica pressupostos filantrópicos.” (Câmara Federal/2002)<br />

Significando perturbar, é transitivo indireto.<br />

Ex.: Joana implica com a colega de turma sempre.<br />

INFORMAR<br />

Exige complemento com e sem preposição (Transitivo direto e indireto)<br />

Ex.: Informei a nota ao Gustavo.<br />

Ex.: Informei o Gustavo sobre a nota (ou da nota).<br />

MORAR<br />

O verbo exige a preposição em.<br />

Ex.: Ela mora em São Paulo.<br />

NAMORAR<br />

O verbo exige complemento sem preposição.<br />

Ex.: Pedro namora Beatriz.<br />

PREFERIR<br />

O verbo exige complemento com a preposição a.<br />

Ex.: Prefiro <strong>Português</strong> a Matemática.<br />

PROCEDER<br />

No sentido de ter fundamento, não exige complemento.


Ex.: Aquelas acusações não procedem.<br />

No sentido de originar-se, exige complemento com a preposição de.<br />

Ex.: Nossa língua procede do latim vulgar. (preposição de + artigo o)<br />

No sentido de fazer, exige a preposição a.<br />

Ex.: Após as eleições, procedem às apurações. (preposição a + artigo as)<br />

QUERER<br />

No sentido de desejar, exige complemento sem preposição.<br />

Ex.: Eu quero ser feliz.<br />

No sentido de estimar, exige complemento com a preposição a.<br />

Ex.: Quero a meus amigos de classe.<br />

SER<br />

O verbo exige, neste caso, complemento sem preposição.<br />

Ex.: Somos cinqüenta pessoas na classe.<br />

VISAR<br />

No sentido de mirar, exige complemento sem preposição.<br />

Ex.: O atleta visou o alvo.<br />

No sentido de dar visto, exige complemento sem preposição.<br />

Ex.: O gerente do banco visou o cheque.<br />

Nos sentido de ter em vista, exige complemento com a preposição a.<br />

Ex.: Ela visa a um alto cargo.<br />

PRÁTICA<br />

“Tv em cores “<br />

“comprar à vista” (algo) ≠ “comprar a vista” (comprar a paisagem)<br />

“fechar à chave” ≠ “fechar a chave” (dentro da gaveta)<br />

“marcha à ré”<br />

“Sairei daqui à uma hora.” (às 13h ou à1h da madrugada) ≠ “Sairei daqui a uma<br />

hora.” (dentro de uma hora)<br />

“Usar à força” (algo)<br />

“Ele cheira à bebida.” (exalar odor)<br />

1. Complete as frases abaixo com a opção que preencha corretamente as lacunas.<br />

a) Prefiro <strong>Português</strong> ______ Matemática. (a – do que )<br />

b) Respondi _____ telegrama _____ amigo. (o - ao / ao – o)<br />

c) O neném queria _____ chupeta. (a – à)<br />

d) O professor quer muito ______ seus alunos. (os – aos)


e) João pagou _____ dívida _____ credor. (a – à / a – ao)<br />

f) O policial visou _______ alvo. (o – ao)<br />

g) O gerente visou _____ cheque. (o – ao)<br />

h) Eles visam ______ bom emprego. (o – ao)<br />

i) Ela aspira _____ ar puro da fazenda. (o – ao)<br />

j) Paula aspira _____ vaga de diretora. (a – à)<br />

k) Kleber vai assistir _______ jogo no estádio. (o – ao)<br />

l) O médico assistia _______ paciente na UTI. (o – ao)<br />

m) O presidente assiste _______ Brasília. (em – na)<br />

n) Esqueceu-se ______ livro. (de – do)<br />

o) Esqueceu _____ livro. (o – do)<br />

p) Ofereci flores _____ jovem. (a – à)<br />

q) Vou _____ praia. (a – à)<br />

r) Vou ________ França estudar. (à – <strong>para</strong>)<br />

s) Informamos _____ aluno ______ prova. (o – ao / o – da)<br />

t) Jéssica vivia implicando _______ a irmã. ( a – com)<br />

u) A língua portuguesa procede ______ latim. (de – do)<br />

v) Pedro namora _____ Juliana. (com – sem preposição)<br />

w) Sua atitude implica _________ uma reação imediata. (em – sem preposição)<br />

x) Custou _____ aluno entender ____ exercício. (o – ao / ao – o)<br />

y) Somos ________ trinta na sala de aula. (em – sem preposição)<br />

z) Todos assistiram ________ novela das oito. (a – à)<br />

EXERCÍCIOS<br />

1. Em qual das alternativas abaixo, há um erro de regência?<br />

a) Entre mim e ti tudo acabado.<br />

b) A moça prefere café a chá.<br />

c) Este assunto não lhe assiste.<br />

d) Carlos assistiu ao jogo de futebol.<br />

e) Aquela mulher visa uma vida melhor.<br />

1. Aponte o erro de regência .<br />

a) A secretária visará o passaporte.<br />

b) Todos aspiravam a um cargo melhor.<br />

c) Perdoem aos meus deslizes.<br />

d) Assistia à novela.<br />

3. A alternativa incorreta de acordo com a gramática da língua culta é:


a) Obedeça o regulamento.<br />

b) Aspiro o ar puro da manhã.<br />

c) Prefiro passear a ver televisão.<br />

d) O caçador visou o alvo.<br />

4. Há erro de regência em:<br />

a) Aspiro àquele cargo.<br />

b) Esqueceram de mim.<br />

c) O presidente assiste em Brasília.<br />

e) Preferimos cinema a teatro.<br />

5. (FUVEST/SP) Indique a alternativa correta:<br />

a) Preferia brincar do que trabalhar.<br />

b) Preferia mais brincar a trabalhar.<br />

c) Preferia brincar a trabalhar.<br />

d) Preferia brincar à trabalhar.<br />

e) Preferia mais brincar que trabalhar.<br />

1. (CÂM. DEP.) Ele anseia _______ visitá-la porque ________ estima muito e deseja<br />

que ela _________ perdoe ________ erros.<br />

a) em – lhe – o - os<br />

b) de – lhe – o - aos<br />

c) <strong>para</strong> – a – lhe - aos<br />

d) por – a – lhe - os<br />

2. (UFPR) Assinale a alternativa que substitui corretamente as palavras destacadas.<br />

1) Assistimos à inauguração da piscina.<br />

2) O governo assiste os flagelados.<br />

3) Ele aspirava a uma posição de maior destaque.<br />

4) Ele aspira o aroma das flores.<br />

5) O aluno obedece aos mestres.<br />

a) lhe, os, a ela, a ele, lhes<br />

b) a ela, os, a ela, o, lhes<br />

c) a ela, os, a, a ele, os<br />

d) a ela, a eles, lhe, lhe, lhes<br />

e) lhe, a eles, a ela, o, lhes<br />

8. (FUVEST/SP) Assinale a alternativa gramaticalmente correta:<br />

a) Não tenham dúvidas de que ele vencerá.<br />

b) O escravo ama e obedece a seu senhor.<br />

c) prefiro estudar do que trabalhar.<br />

d) O livro que te referes é célebre.<br />

e) Se lhe disserem que não o respeito, enganam-no.<br />

9. Assinale a alternativa em que ocorre erro de regência nominal.<br />

a) Minha sala é contígua da sua.<br />

b) Qualquer solução seria preferível àquela.<br />

c) São comerciantes ávidos de lucros, nada mais.<br />

d) Imbuídos de boa fé, conseguiram superar o impasse.


10. Assinale a alternativa cuja seqüência completa CORRETAMENTE as frases abaixo:<br />

A lei ....... se referiu já foi revogada.<br />

O s problemas ...... se lembraram eram muito grandes.<br />

O cargo ........ aspiras é muito importante.<br />

O filme ........ gostou foi premiado.<br />

O jogo .......... assistimos foi movimentado.<br />

a) que, que, que, que, que<br />

b) a que, de que, que, que, a que<br />

c) a que, de que, a que, de que, a que<br />

d) que, de que, que, de que, que<br />

GABARITO<br />

01. E<br />

02. C<br />

03. A<br />

04. B<br />

05. C<br />

06. D<br />

07. B<br />

08. E<br />

09. A<br />

10. C


SINONÍMIA<br />

SIGNIFICAÇÃO DAS PALAVRAS<br />

É a característica de determinadas palavras assumirem, num determinado<br />

contexto, significação semelhante. Emprego de sinônimos.<br />

Ex.: apelido – alcunha; longo – comprido; bônus – prêmio; branco – alvo.<br />

ANTONÍMIA<br />

Palavras com sentido oposto. Emprego de antônimos.<br />

Ex.: rico – pobre; alto – baixo; gordo – magro; claro – escuro.<br />

HOMONÍMIA<br />

Quando uma palavra assume mais de um significado. É a condição de duas ou<br />

mais palavras com significado diferente possuírem som e grafia semelhantes.<br />

As palavras Homônimas podem ser : homógrafas, homófonas e perfeitas.<br />

• Homônimas homógrafas: são palavras iguais na grafia e som diferente.<br />

Ex1.: O acordo está feito. (substantivo) [som fechado]<br />

Às vezes, acordo com muito sono. (verbo) [som aberto]<br />

Ex2 .: O começo da festa é sempre mais calma. (substantivo) [som fechado]<br />

Quando começo a dançar, todos se animam a dançar também. (verbo) [som aberto]<br />

• Homônimas homófonas: são palavras com a mesma pronúncia, mas grafia<br />

diferente.<br />

Ex1.: Gosto de ir a última sessão de cinema. (intervalo de tempo que dura uma reunião,<br />

uma assembléia)<br />

Ele fez a cessão de seus direitos autorais à editora Nascimento. (ato de ceder, ato<br />

dar)<br />

Gosto de ler a seção de esportes. (significa parte de um todo, segmento, subdivisão)<br />

Ex2.: Aquela viagem foi muito especial <strong>para</strong> nós. (substantivo)<br />

É importante que eles viajem ainda hoje. (verbo)


• Homônimas perfeitas: são palavras com grafia igual e som igual.<br />

Ex.: O homem são pode e deve trabalhar bastante. (adjetivo = sadio)<br />

São cinco horas agora. (verbo ser)<br />

Vejamos agora mais alguns homônimos:<br />

Assento – objeto ou lugar em que a gente se senta.<br />

Acento – sinal diacrítico indicativo do acento ou <strong>para</strong> marcar a pronúncia das palavras.<br />

................................................................................................................................................<br />

...<br />

Caçar – perseguir (animais silvestres) <strong>para</strong> os apanhar ou matar, procurar.<br />

Cassar – anular, tornar sem efeito: cassar uma licença.<br />

................................................................................................................................................<br />

...<br />

Cela – pequeno quarto de dormir; cubículo; quarto de preso.<br />

Sela – assento acolchoado de cavalgadura.<br />

................................................................................................................................................<br />

...<br />

Censo – recenseamento de uma população; rendimento coletável.<br />

Senso - ato de raciocinar; faculdade de julgar.<br />

................................................................................................................................................<br />

...<br />

Chá – planta arbústea, também chamada de chá-da-índia.<br />

Xá – título do soberano da Pérsia, hoje Irã.<br />

................................................................................................................................................<br />

....<br />

Incipiente – que começa; que está no princípio, principiante.<br />

Insipiente – ignorante, insensato, néscio; não sapiente.<br />

PARONÍMIA<br />

Quando duas ou mais palavras tem significados diferentes, mas se parecem na<br />

grafia e no som.


Vejamos algumas destas palavras:<br />

Absolver- declarar inocente; perdoar pecados a; isentar.<br />

Absorver- embeber, sorver; aspirar, engolir; compreender, assimilar.<br />

................................................................................................................................................<br />

...........<br />

Acedente- que ou quem acede.<br />

Acidente- acontecimento casual, fortuito, imprevisto; desastre.<br />

Incidente- que incide, ocorre, sobrevém.<br />

................................................................................................................................................<br />

............<br />

Acender- pôr fogo, fazer arder; queimar, incendiar.<br />

Ascender- subir de categoria ou postos; elevar-se.<br />

................................................................................................................................................<br />

.............<br />

Adereço- objeto de adorno; ornamento, enfeite.<br />

Endereço- indicação de nome e residência em sobrescrito; direção.<br />

................................................................................................................................................<br />

............<br />

Adição- soma, acréscimo.<br />

Edição- ato ou efeito de editar. Publicação de obra literária.<br />

................................................................................................................................................<br />

.............<br />

Alusão- referência vaga e indireta. Menção.<br />

Ilusão- engano dos sentidos ou da mente. Sonho, devaneio.<br />

................................................................................................................................................<br />

............<br />

Atuar- exercer atividade, ou estar em atividade. Exercer influência.<br />

Autuar- lavrar um auto contra alguém; formar processo contra.<br />

................................................................................................................................................<br />

............<br />

Bebedor- aquele que bebe.<br />

Bebedouro- local onde se bebe.


................................................................................................................................................<br />

............<br />

Blindar- revestir (navio) de chapas de aço, como proteção.<br />

Brindar- beber à saúde de: brindaram a aniversariante.<br />

................................................................................................................................................<br />

.............<br />

Bocal- abertura de um vaso, frasco, candeeiro.<br />

Bucal- relativo à boca.<br />

................................................................................................................................................<br />

.............<br />

Cavaleiro- homem que monta a cavalo; aquele que sabe cavalgar.<br />

Cavalheiro- homem nobre, distinto, de educação esmerada.<br />

................................................................................................................................................<br />

.............<br />

Comprido- longo, extenso, dilatado.<br />

Cumprido- que foi executado; realizado: dever cumprido<br />

................................................................................................................................................<br />

.............<br />

Comprimento- longo, extenso, dilatado.<br />

Cumprimento- extensão de um objeto; extensão de uma linha etc; saudação.<br />

................................................................................................................................................<br />

.............<br />

Descrição- ato de descrever, narrar; contar, minuciosamente.<br />

Discrição- qualidade do que é discreto; sensatez.<br />

................................................................................................................................................<br />

.............<br />

Destinto- que se destingiu; sem cor.<br />

Distinto- que não se confunde com o outro; diferente, se<strong>para</strong>do.<br />

................................................................................................................................................<br />

.............<br />

Destratar- maltratar com palavras; insultar.<br />

Distratar- desfazer, anular, rescindir (um pacto ou contrato).<br />

................................................................................................................................................<br />

.............


Discente- estudante, discípulo.<br />

Docente- professor, instrutor.<br />

................................................................................................................................................<br />

.............<br />

Emergir- erguer-se acima da água; manifestar-se; sair de onde estava.<br />

Imergir- mergulhar, fazer penetrar, engolfar-se.<br />

................................................................................................................................................<br />

.............<br />

Eminente- elevado, alto, superior, sublime.<br />

Iminente- sobranceiro; que ameaça cair, ou suceder a qualquer momento.<br />

................................................................................................................................................<br />

.............<br />

Flagrante- manifesto, evidente; aquele em cuja prática é surpreendido.<br />

Fragrante- que exala cheiro forte e agradável; odorífero.<br />

................................................................................................................................................<br />

.............<br />

Fluir- correr em estado líquido; derivar; proceder, nascer.<br />

Fruir- desfrutar, possuir, gozar.<br />

................................................................................................................................................<br />

.............<br />

Fluvial- que diz respeito a rio. Próprio dos rios.<br />

Pluvial- relativo à chuva.<br />

................................................................................................................................................<br />

.............<br />

Fusível- que se pode fundir; fio de fusibilidade calibrada, <strong>para</strong> proteger instalações.<br />

Fuzil- espingarda; carabina.<br />

................................................................................................................................................<br />

.............<br />

Infligir- aplicar pena, castigo, repreensão.<br />

Infringir- transgredir, violar (a lei); deixar de cumprir, desobedecer.<br />

................................................................................................................................................<br />

.............<br />

Mandado- ato de mandar; ordem escrita.<br />

Mandato- o tempo em que um político exerce durante seu cargo; procuração.


................................................................................................................................................<br />

.............<br />

Mistificar- abusar da credulidade de; enganar, iludir.<br />

Mitificar- converter em mito.<br />

................................................................................................................................................<br />

.............<br />

Posar- tomar posição <strong>para</strong> ser fotografado.<br />

Pousar- colocar, pôr; recolher-se em pousada.<br />

................................................................................................................................................<br />

.............<br />

Precedente- que precede, anterior, antecedente.<br />

Procedente- que procede, proveniente, originário, concludente.<br />

................................................................................................................................................<br />

.............<br />

Pregresso- decorrido anteriormente; que aconteceu primeiro.<br />

Progresso- ato ou efeito de progredir. Desenvolvimento.<br />

................................................................................................................................................<br />

.............<br />

Sorrir- rir levemente, com ligeira contração dos músculos faciais.<br />

Rir- manifestar o riso. Achar graça.<br />

................................................................................................................................................<br />

.............<br />

Tráfego- fluxo das mercadorias transportadas por aerovias, ferrovias, hidrovias ou<br />

rodovias; comunicação.<br />

Tráfico- negócio indecoroso: tráfico de drogas.<br />

................................................................................................................................................<br />

.............<br />

Vedado- que tem tapume; proibido; defeso; murado.<br />

Vetado- que foi proibido; que foi vetado.<br />

................................................................................................................................................<br />

.............<br />

Vultoso- que faz vulto, volumoso, grande.<br />

Vultuoso- que tem rosto grande; congestão na face.


PRÁTICA<br />

1- Complete com a palavra adequada:<br />

a) O ladrão foi pego em ___________________________. (flagrante/fragrante)<br />

b) O chefe gosta de _________________________ seus funcionários.<br />

(comprimentar/cumprimentar)<br />

c) A professora pediu que fizesse uma _____________________ da minha sala de aula.<br />

(descrição/discrição)<br />

d) A rosa tem uma gostosa ___________________. (flagrância/fragrância)<br />

e) É proibido _______________ cigarro em ambientes fechados. (ascender/acender)<br />

f) Sabia que poderia contar com sua _____________________. (descrição/discrição)<br />

g) Quero que eles ___________________ no final do ano. (viagem/viajem)<br />

h) Aquela __________________ foi um sonho. (viagem/viajem)<br />

i) Seu projeto está _________________ até a segunda ordem. (vedado/vetado)<br />

j) O juiz irá __________________ o réu. (absorver/absolver)<br />

l) A ______________________ é um mal <strong>para</strong> a sociedade. (insipiência/incipiência)<br />

m) O advogado ___________________ leu todo o processo. (iminente/eminente)<br />

n) O perigo era ___________________ ao entrar naquela casa antiga.<br />

(iminente/eminente)<br />

o) Meu professor _____________________ seu erro. (ratificou/retificou)<br />

p) A reunião foi ______________________ . (ratificada/retificada)<br />

q) ______________ de preso é muito desagradável. (cela/sela)<br />

r) Antes de montar, deve-se colocar a _________________ em seu cavalo. (cela/sela)<br />

s) Vamos _________________ seu aniversário. (blindar/brindar)<br />

t) Os artistas precisam ______________ seus carros por medida de segurança.<br />

(blindar/brindar)<br />

u) Henrique foi assistir a última ___________________ do filme. (cessão/sessão/seção)<br />

v) Gosto da _________________ de suspense. (cessão/sessão/seção)<br />

x) Minha tia fez a _________________ de seu bens. (cessão/sessão/seção)


z) A cozinheira _______________ os alimentos, (cozia/cosia) enquanto a costureira<br />

______________ as roupas. (cozia/cosia)<br />

2. Complete as lacunas com as palavras adequadas.<br />

a) Há quantos anos não é feito o ________________ no Brasil? (senso/censo)<br />

b) Eles se ____________________ , assim que chegaram.<br />

(comprimentaram/cumprimentaram)<br />

c) _________________ em seus pensamentos, afasta-o da realidade.<br />

(devagar/divagar)<br />

d) O juiz _________________ leu, calmamente, o processo. (iminente/eminente)<br />

e) Com bom _____________ obteremos bons resultados. (censo/senso)<br />

EXERCÍCIOS<br />

1. (FAETEC) Os parônimos docente e discente significam respectivamente:<br />

a) que aprende e que ensina<br />

b) que ensina e que aprende<br />

c) que desce e que sobe<br />

d) que cria e que é criado<br />

e) que descreve e que é descrito<br />

2. (Corregedoria Geral) A palavra diáspora significa:<br />

a) abandono<br />

b) dispersão<br />

c) ilegalidade<br />

d) proteção<br />

e) mortalidade<br />

3. (TJ/RJ) “O fato, que antigamente poderia passar despercebido...” . O vocábulo<br />

“despercebido” é algumas vezes confundido com seu parônimo “desapercebido”. Em que<br />

item a seguir os vocábulos destacados são somente variantes de forma gráfica, sem<br />

qualquer diferença de significação?<br />

a) deferir/diferir<br />

b) amoral/imoral<br />

c) eminente/iminente<br />

d) flecha/frecha<br />

e) vultoso/vultuoso<br />

1. (UFRJ) Indique o item em que o antônimo da palavra destacada está erradamente<br />

dado.<br />

a) Foi embora e não voltou mais - menos<br />

b) ...encontrou o portão aberto - fechado<br />

c) ... o marido respondeu - perguntou<br />

d) ... a mulher dava mingau - recebia


e) ... a mulher ficou contente - triste<br />

2. (Técnico de Finanças) “È nula toda lei que o povo diretamente não ratificar...” .<br />

Ratificar e retificar são parônimos; em que item a seguir a frase apresenta erro de<br />

seleção vocabular, exatamente pela confusão entre parônimos?<br />

a) Segundo os deputados, os perigos eram iminentes.<br />

b) As leis pretendem combater a descriminação racial.<br />

c) Pretendiam que o Governo fizesse a cessão do terreno.<br />

d) Os deputados pretendem dilatar o prazo dos mandatos.<br />

e) As leis não regulamentavam os comprimentos dos cômodos.<br />

3. (Sec. Estadual de Polícia Civil) “ ... a violência se torne corriqueira ...” Qual das<br />

palavras a seguir é sinônimo adequado da palavra destacada na frase acima?<br />

a) intensa;<br />

b) grave;<br />

c) comum;<br />

d) excepcional;<br />

e) imoral.<br />

4. (Tribunal de Justiça/RJ) “... <strong>para</strong> inibir a violência urbana ...”; o significado do verbo<br />

destacado corresponde a:<br />

a) reduzir<br />

b) impedir<br />

c) solucionar<br />

d) incentivar<br />

e) incrementar<br />

5. (Tribunal de Justiça/RJ) “Sem buzinas, sem panelaços e, mesmo, sem palavras de<br />

ordem”. Qual seria o vocábulo a seguir de significado equivalente a “mesmo” na frase<br />

acima?<br />

a) realmente<br />

b) na verdade<br />

c) inclusive<br />

d) de fato<br />

e) assim<br />

6. (Tribunal de Justiça/RJ) Indique o item em que o antônimo da palavra ou expressão<br />

em destaque está corretamente apontado.<br />

a) “duradouro sucesso” - efêmero<br />

b) “fama em ascendência” - excelsa<br />

c) “elegante região” - carente<br />

d) “sala lotada” - desabitada<br />

e) “marcar a priori” – sine die<br />

10. (Procuradoria Geral da Justiça/RJ) A palavra tráfico, presente no texto não deve ser<br />

confundida com tráfego, seu parônimo. Em que item a seguir o par de vocábulos é<br />

exemplo de homonímia e não de paronímia?<br />

a) estrato/extrato<br />

b) flagrante/fragrante<br />

c) eminente/iminente<br />

d) inflação/infração


e) cavaleiro/cavalheiro<br />

11. (TRE/95) A palavra nos parênteses não preenche adequadamente a lacuna do<br />

enunciado em:<br />

a) O crime foi bárbaro. Somente após a ___________ do assassino é que foi possível<br />

prendê-lo. (descrição)<br />

b) Só seria possível ___________ o acusado, se conseguíssemos mais provas que o<br />

inocentassem. (descriminar)<br />

c) As negociações só vão ___________ os resultados esperados, caso todos<br />

compareçam. (sortir)<br />

d) O corpo estava ____________, apenas a cabeça estava fora da água, que subia cada<br />

vez mais. (imerso)<br />

e) Como a mercadoria estava muito pesada, o recurso foi _________ o cofre ali mesmo,<br />

na escada. (arriar)<br />

12. (TTN) Assinale a alternativa em que a palavra sublinhada foi empregada<br />

erroneamente:<br />

a) O Diretor-Geral retificou a portaria 601 que fora publicada com incorreções.<br />

b) Este fiscal vai trabalhar na seção de tributação.<br />

c) O superintendente da receita federal deferiu aquele nosso pedido.<br />

d) Recuso-me a defender aquele réu, pois foi pego em flagrante.<br />

e) Este assunto é confidencial; conto, portanto, com sua descrição.<br />

13. (TRT) Assinale a alternativa incorreta:<br />

a) O governo cassou os direitos políticos daquele cidadão.<br />

b) Houve um roubo vultuoso naquele banco.<br />

c) Nosso advogado vai impetrar mandado de segurança.<br />

d) Os alunos se portaram com muita discrição na visita que fizemos ao museu.<br />

e) Uma fragrante rosa despontou.<br />

14. (TER) O sentido das palavras não está corretamente indicado nos parênteses em:<br />

a) distratar (maltratar com palavras) / destratar (rescindir pacto ou contrato)<br />

b) deferimento (aprovação) / diferimento (adiamento)<br />

c) comprido (extenso em sentido longitudinal) / cumprido (realizado)<br />

d) descente (que desce; vazante) / decente (adequado; apropriado)<br />

e) tacha (pequeno prego de cabeça larga e chata) / taxa (tributo, imposto)<br />

15. (TJ) Os sentidos dos parônimos estão corretamente indicados nos parênteses em:<br />

a) comprimento (saudação) / cumprimento (extensão)<br />

b) eminente (elevado) / iminente (prestes a ocorrer)<br />

c) imergir (vir à tona) / emergir (afundar)<br />

d) cavaleiro (homem cortês) / cavalheiro (que cavalga)<br />

e) descriminar (distinguir) / discriminar (inocentar)<br />

GABARITO<br />

01. B 06. C 11. C


02. B<br />

03. D<br />

04. A<br />

05. B<br />

07. A<br />

08. C<br />

09. A<br />

10. A<br />

7. E<br />

8. B<br />

9. A<br />

10. B


Ata<br />

CORRESPONDÊNCIA OFICIAL<br />

1- Conceito<br />

Uma ata refere-se ao resumo dos fatos de uma reunião de pessoas ou assembléia <strong>para</strong><br />

um determinado fim já divulgado.<br />

1.2- Modelo<br />

Uma ata deverá conter um cabeçalho constituído do número da ata e do nome dos<br />

participantes do grupo que se encontram reunidos, uma abertura indicando, por extenso,<br />

dia, mês, ano, hora, local da reunião e nome de quem a preside, bem como a finalidade<br />

de tal evento, transcrita da ordem do dia que consta da convocação. Seguindo estes<br />

itens, virá um pronunciamento referindo-se aos participantes e, a partir disso, a<br />

declaração de abertura da seção. Acompanhando estes elementos, virá uma relação<br />

nominal identificando os presentes, a aprovação da ata anterior, a declaração objetiva e<br />

sintética dos fatos a serem tratados no evento e, por último, um fechamento com as<br />

considerações finais.<br />

Conforme segue, vejamos um exemplo:<br />

Ata da 1ª reunião dos formandos de letras 2002 da FURG.<br />

Aos dezessete dias do mês de julho, de dois mil e um, às dezenove horas e trinta<br />

minutos, na sala B, no Campus carreiros, sob a presidência da Comissão de Formatura,<br />

formada pelos alunos Fulano de tal, Beltrano e Ciclano, reuniram-se os formandos<br />

interessados na organização da formatura. Após constatada a presença de todos os<br />

alunos e feita a identificação do empenho de formatura, a comissão presidente declarou<br />

aberta a reunião. A reunião iniciou-se com a solicitação que a partir de dezessete de<br />

agosto fossem viabilizados os processos de arrecadação de valores <strong>para</strong> a formatura. A<br />

comissão informou que o valor a ser arrecadado será de R$12.000,00. Para tanto, pediuse<br />

o afinco de todos os presentes na seção. Por fim, estado os presentes de acordo com<br />

o que foi deliberado, os Srs. Presidentes encerraram a reunião, da qual eu, Maria da<br />

Silva, secretária designada, lavrei a presente ata, após lida e aprovada será assinada por<br />

mim e pelos presentes.<br />

Rio Grande, dezessete de julho de dois mil.<br />

(seguem as assinaturas)<br />

Atestado<br />

1- Conceito<br />

Um atestado constitui-se de uma declaração feita por uma pessoa a favor de outra,<br />

procurando atestar uma verdade em que se acredita.<br />

1.2- Modelo<br />

O presente documento deverá conter em sua estrutura um timbre, localizado no alto, um<br />

título (atestado) escrito em fonte maiúscula, abaixo do timbre, no centro da folha, e com<br />

espaço de 10 linhas entre o nome e o timbre. Na seqüência deverá apresentar-se um<br />

texto constituído de um parágrafo e localizado três espaços abaixo do título, localidade e<br />

data centralizados à direita da página, dois espaços abaixo do texto e, por fim, a<br />

assinatura disposta a quatro espaços abaixo da data, acima do nome datilografado<br />

somente com as iniciais maiúsculas.<br />

Vejamos um exemplo:


Fundação Universidade Federal do Rio Grande<br />

Departamento de Letras e Artes<br />

CONCUR-LETRAS<br />

ATESTADO<br />

Atesto, <strong>para</strong> os devidos fins, que o aluno Pedro de Aguiar está regularmente matriculado<br />

no segundo ano do curso de Letras/<strong>Português</strong>, cursando as disciplinas de Língua<br />

Portuguesa II, Lingüística II.<br />

Rio Grande, 22 de Outubro de 2000.<br />

Aviso<br />

Maria Souza<br />

Chefe do DRA<br />

1- Conceito<br />

Um aviso constitui-se em um tipo de comunicação, direta ou indireta, afixada em local<br />

público ou privado, com características amplas e variadas.<br />

1.2- Modelo<br />

Um aviso deve apresentar um timbre e um símbolo referentes à instituição que o utiliza,<br />

seguidos de um número que identifique o documento e de um título. O texto deve ser<br />

estruturado em forma de parágrafo, o local e a data devem estar localizados à direita,<br />

alinhados com o texto e, por último, devem vir à assinatura e o cargo do responsável pelo<br />

aviso, ambos centralizados na página.<br />

Vejamos o seguinte exemplo:<br />

Símbolo da FURG<br />

Fundação Universidade Federal do Rio Grande<br />

Aviso N° 10223/0<br />

Concurso Vestibular 2001<br />

A comissão Permanente do Vestibular (Coperve), da FURG, solicita<br />

que os fiscais estejam em seus prédios 1 hora antes do início das provas.<br />

Rio Grande, 22 de Outubro de 2000<br />

Carta Oficial<br />

Rose da Silva<br />

Presidente da Comissão<br />

1- Conceito<br />

Uma carta oficial consiste num meio de comunicação de caráter oficial decorrente do<br />

cargo ou da função públicos.<br />

1.2- Modelo<br />

Uma carta oficial deve ser estruturada de maneira que contenha um timbre, local e data<br />

por extenso e número, antecedido por “c”, que é um indicativo de carta. Acompanhando


estes elementos devem estar o endereçamento, o vocativo, o texto, fecho e, por último, a<br />

assinatura, nome e cargo do remetente.<br />

Vejamos o exemplo:<br />

Rio Grande, 01 de abril de 2000 C.n° 023/00<br />

À<br />

Divisão de Letras<br />

COMCUR<br />

Av. Itália, 1500<br />

05523-210 Rio Grande – RS<br />

Prezados Senhores,<br />

Gostaria de convida-los a participar do evento que integrará os alunos do curso de Letras<br />

<strong>Português</strong>. Tal evento proporcionará debates acerca do ensino de gramática na escola,<br />

nos dias atuais.<br />

Atenciosamente,<br />

Marcos Pereira<br />

Reitor<br />

Certidão<br />

1- Conceito<br />

A certidão é revestida de formalidades legais, através da qual se certifica algo retirado de<br />

um outro documento ou livro.<br />

1.2- Modelo<br />

A estrutura da certidão constitui-se de um timbre e, três linhas abaixo, a palavra certidão<br />

em letras maiúsculas, seguida de um número. Acompanhando estes elementos, virão um<br />

texto exposto três espaços abaixo do titulo, um fecho, local e data por extenso e, por<br />

último, a assinatura.<br />

Vejamos o exemplo:<br />

Circular<br />

Símbolo<br />

Serviço Público Federal<br />

Fundação Universidade Federal do Rio Grande<br />

Campus Carreiros – Rio Grande – Caixa Postal 1006<br />

CEP 96015-220 – Rio Grande – Rio Grande do Sul<br />

Tel. (053) - 223-3110<br />

CERTIDÃO N° 55/00<br />

1- Conceito<br />

Uma circular é uma forma multidirecional que possibilita uma instituição dirigir-se, ao<br />

mesmo tempo, a várias repartições ou pessoas.<br />

1.2- Modelo


Uma circular constitui-se do nome do órgão ou empresa e da data localizada à direita da<br />

folha. Seguindo estes elementos vêm o número precedido de CIRCULAR, o assunto, o<br />

texto, a assinatura, o cargo e, por último, a data de publicação.<br />

Este documento não deve conter nem destinatário, pois não é unidirecional, tão pouco<br />

endereçamento.<br />

Vejamos um exemplo:<br />

COPERV<br />

COMISSÃO PERMANENTE DO VESTIBULAR<br />

Pelotas, 03 de setembro de 2000.<br />

CIRCULAR GERAL N° 23<br />

Prorroga o prazo <strong>para</strong> a entrega da inscrição <strong>para</strong> o vestibular UFPel/2000<br />

O PRESIDENTE DA COPERV, no uso de suas atribuições, transmite a seguinte<br />

instrução:<br />

Os funcionários da COPERV devem receber as inscrições <strong>para</strong> o processo seletivo de<br />

2002 até o dia 21 de novembro de 2001 e não até o dia 11 de novembro, como havia sido<br />

preestabelecido.<br />

Publicado no D.P. de 21/08/00<br />

Comunicado<br />

Pinto Martins<br />

Presidente<br />

1- Conceito<br />

Um comunicado, também chamado de comunicação, constitui-se num aviso que pode ter<br />

caráter externo ou interno.<br />

1.2- Modelo<br />

Um comunicado de caráter externo deve ser dotado de um titulo que indique tratar-se de<br />

uma comunicação, o nome da instituição comunicante e o texto com as informações a<br />

serem comunicadas. Pode conter, de acordo com o que cada comunicante desejar, o<br />

nome do responsável, juntamente com o seu cargo na entidade e a data.<br />

Já a comunicação interna, além desses itens, deve conter Comunicado Interno, uma<br />

identificação e o número do documento, juntamente com o ano e por fim as assinaturas.<br />

Seguem abaixo os exemplos de ambos os tipos de comunicado:<br />

1.2.1) Comunicado Externo<br />

COMUNICADO


VISCONDE DE SABUGOSA INFORMÁTICA LTDA.<br />

Comunica a seus clientes e amigos a transferência de suas instalações <strong>para</strong> o sítio do<br />

pica-pau amarelo na avenida Fernando Osório, 20; com prestação de serviços e<br />

manutenção em equipamentos e software.<br />

1.2.2) Comunicação Interna<br />

COMUNICAÇÃO<br />

FUNDAÇÃO UNIVERSIDADE FEDERAL DO RIO GRANDE FURG<br />

Comunicado Interno 55/00<br />

De: Direção<br />

Para: Professores e Alunos<br />

Comunicamos que, a partir do ano de 2001, o período especial de provas não mais<br />

existirá, ficando, portanto a marcação do dia das provas aos cuidados dos professores.<br />

Declaração<br />

Pedro Moraes<br />

Reitor<br />

1- Conceito<br />

Uma declaração constitui-se num documento semelhante ao atestado, porém não é<br />

expedido por instituições públicas.<br />

1.2- Modelo<br />

Este documento deve conter em sua elaboração uma evidência de declaração, escrita<br />

com letra maiúscula (DECLARO), seguida do texto de declaração, local e data,<br />

evidenciando dia, mês e ano e, por fim, a assinatura do(s) declarante(s) e o cargo do(s)<br />

mesmo(s).<br />

Vejamos este exemplo:<br />

DECLARAMOS que o senhor José Saramago atuou neste Gabinete no período de 25 de<br />

janeiro de 1999, recebendo mensalmente um salário mínimo.<br />

Rio Grande, 28 de março de 2000<br />

José de Arimatéia<br />

Chefe de Gabinete do Vereador João Ferreira


Edital<br />

1- Conceito<br />

O edital é um meio de notificação direcionado ao público, que se afixa em local de acesso<br />

dos interessados ou se publica na imprensa.<br />

1.2- Modelo<br />

O edital constitui-se de um título (Edital de Convocação), do cargo da autoridade, da<br />

indicação de quem está sendo convocado e do tipo de reunião, da lista dos assuntos, do<br />

local, da data e da assinatura da autoridade.<br />

Vejamos um modelo:<br />

EDITAL DE CONVOCAÇÃO<br />

Os alunos do Curso de Letras da Universidade Federal de Pelotas convocam os<br />

formandos a seguir <strong>para</strong> a reunião de sábado à tarde.<br />

1- Cecília Meireles<br />

2- Érico Veríssimo<br />

Memorando<br />

Pelotas, 03 de julho de 2000<br />

(assinatura)<br />

João da Silva<br />

1- Conceito<br />

Um memorando constitui-se em um meio de comunicação eminentemente interno,<br />

utilizado entre unidades administrativas de um mesmo órgão, independentemente de nível<br />

hierárquico.<br />

1.2- Modelo<br />

O memorando deve ser estruturado de forma que contenha o número e a sigla de<br />

identificação de sua origem, antecedido pela expressão “memorando” e a data, não<br />

precedida do nome da localidade, mas grafada na mesma linha do número e da sigla.<br />

Seguindo estes elementos, virão o nome do destinatário do memorando acompanhado do<br />

cargo que ocupa, o assunto sintetizado e um texto que deve inciar-se a 4 espaços duplos<br />

abaixo do item anterior. Por último, virá o fecho (atenciosamente ou respeitosamente) que<br />

deve estar centrado à direita, 1 espaço duplo abaixo do texto, e o nome e cargo do<br />

emitente: estes dados devem ser escritos a 4 espaços duplos do fecho, alinhados<br />

verticalmente em relação ao texto que os antecede.<br />

Vejamos um exemplo:<br />

Memorando n° 15/ Comcur Letras Em 04 de maio de 2001<br />

À SUPGRAD<br />

Assunto: solicitação <strong>para</strong> que continue em vigor o período especial de provas.


Solicitamos de Vossa Magnificência que o período especial de provas continue<br />

vigorando, uma vez que do contrário, os alunos que fazem prova no último horário serão<br />

prejudicados, dada a insuficiência de meios de transporte no Campus Carreiros.<br />

Ofício<br />

Atenciosamente,<br />

José Firmino<br />

1- Conceito<br />

Um ofício é um documento utilizado por órgãos do governo ou autarquias <strong>para</strong><br />

correspondência externa e que tem por finalidade tratar de assuntos oficiais.<br />

1.2- Modelo<br />

Um ofício deve conter em sua estrutura um timbre representado por um símbolo e o nome<br />

da unidade impressa no alto da folha e a numeração, dentro do ano, que o oficio recebe,<br />

em ordem cronológica de feitura, seguido da sigla de indicação do órgão eminente. Este,<br />

por sua vez, faz-se anteceder o nome da correspondência escrito por extenso ou<br />

abreviado. Acompanhando estes elementos virá o local e data (dia, mês e ano) que<br />

devem ser escritos a sete espaços duplos ou a 6,5cm da borda superior. O mês é escrito<br />

por extenso. Entre o espaço e a centena se deixa um algarismo do ano, deve ser feito o<br />

ponto final e o término da data deve coincidir com a margem direita, que é de cinco<br />

espaços duplos ou de 5cm. A seguir virá o vocativo que deve ser escrito a dez espaços<br />

duplos ou 10cm da borda superior, na linha do parágrafo, a dez espaços ou 2,5cm da<br />

margem e, por fim, um texto, em forma de parágrafo expondo o assunto, que inicia-se a<br />

1,5cm do vocativo. Os parágrafos são enumerados rente a margem, com exceção do 1° e<br />

do fecho.<br />

A apresentação do oficio é feita no primeiro parágrafo, no decorrer do texto aprecia-se e<br />

se ilustra o assunto com os devidos esclarecimentos e informações pertinentes. Na<br />

conclusão se faz a reafirmação da posição recomendada pelo emitente do oficio sobre o<br />

assunto.<br />

Quanto ao fecho este deve estar localizado a um espaço duplo (ou 1cm) do ultimo<br />

parágrafo do texto, centrado à direita e seguido de vírgula. Seguindo este elemento virá o<br />

nome do signatário datilografado em maiúsculas, do cargo só com as iniciais maiúsculas,<br />

escritas sob o nome, a assinatura que deverá ser feita imediatamente acima do nome.<br />

Estes dados devem estar centralizados à direita na direção vertical do fecho, a três<br />

espaços duplos ou 2,5cm deste.<br />

A identificação do destinatário deverá conter um pronome de tratamento, acima da<br />

designação da função exercida pelo mesmo, seguido do nome deste e, após, o endereço.<br />

Caso o oficio seja constituído por mais de uma folha, o endereço do destinatário deve<br />

constar da primeira. Na diagramação dos dados, o último deve estar a dois espaços<br />

duplos ou 2cm da borda inferior do papel, e todas as linhas devem coincidir com o texto,<br />

rentes a margem esquerda.<br />

Entre os parágrafos do ofício deve ser deixado um espaço duplo ou 1cm. O espaço entre<br />

as linhas também é duplo; nas transcrições e citações e um ou um e meio; estes,<br />

preferencialmente, devem vir salientados por aspas e, se ultrapassarem cinco linhas,<br />

devem distar cinco espaços da margem esquerda.<br />

Vejamos o exemplo:


Ordem de serviço<br />

SERVIÇO PÚBLICO FEDERAL<br />

MINISTÉRIO DA EDUCAÇÃO<br />

FUNDAÇÃO UNIVERSIDADE FEDERAL DO RIO GRANDE<br />

GABINETE DO REITOR<br />

Rua Eng. Alfredo Huch, 475 – Rio Grande – RS<br />

OF. GAB. N° 43/2000 Rio Grande, 17 de fevereiro de 2000<br />

1- Conceito<br />

Uma ordem de serviço é um documento oficial e interdepartamental, com numeração<br />

própria e, às vezes, apresenta características de circular. Refere-se ao ato de expedir<br />

determinações que serão executadas por instituições de caráter social e por servidores<br />

desses órgãos.<br />

1.2- Modelo<br />

Uma ordem de serviço deve ser estruturada de maneira que contenha o nome do órgão<br />

emissor da ordem de serviço, o número do documento e o ano. Deverá conter um título<br />

referindo-se ao SUPERVISOR ADMINISTRATIVO, um texto, a data e, por fim, a<br />

assinatura do supervisor administrativo e a explicação de que executa tal cargo.<br />

Vejamos o exemplo:<br />

ESTADO DO RIO GRANDE DO SUL<br />

SECRETARIA DE EDUCAÇÃO E CULTURA<br />

SUPERVISAO DE APOIO ADMINISTRATIVO<br />

ORDEM DE SERVIÇO N°5/99/SUA<br />

O SUPERVISOR ADMINISTRATIVO, no uso de suas atribuições,<br />

Considerando o fiel cumprimento da Lei n°1234, de 12 de outubro de 1972, que regula<br />

os prazos e o andamento dos expedientes administrativos.<br />

Considerando que, <strong>para</strong> apreciação de qualquer tipo de requerimento ou petição, deve<br />

o mesmo estar acompanhado de todos os dados imprescindíveis a sua análise.<br />

Considerando que, em número substancial, há necessidade de se comunicar com o<br />

signatário da petição inicial, não só em seu interesse, como no da administração.<br />

DETERMINA<br />

1º Todos os órgãos desta secretaria, antes de darem andamento a qualquer<br />

expediente, deverão verificar se constam no mesmo os elementos informativos e se a<br />

documentação exigida <strong>para</strong> a sua apreciação foi devidamente anexada.<br />

2º O endereço do peticionário deverá obrigatoriamente ser anexado, em todos os<br />

formulários, modelos, requerimentos, petições e solicitações.<br />

Rio Grande, 08 de maio de 1999<br />

SUPERVISOR ADMINISTRATIVO


Apostila<br />

Para os estudantes significa uma publicação avulsa com objetivos didáticos, geralmente<br />

datilografada e mimeografada e de utilização restrita.<br />

Em sentido oficial, significa breve nota, adicionamento à margem de uma escritura. É um<br />

ato pelo qual se acrescenta informação a um documento público ou ato administrativo<br />

anterior a fim de esclarece-lo, interpreta-lo ou completá-lo. É um documento<br />

complementar de um ato.<br />

Dessa forma, apostila-se o diploma ou título de nomeação, de sorte que o indivíduo<br />

diplomado ou nomeado venha a exercer sua profissão ou cargo.<br />

Ordem de serviço<br />

É instrução dada a um servidor ou a um órgão administrativo. Encera orientações a serem<br />

tomadas pela chefia <strong>para</strong> execução de serviços ou desempenho de encargos. É o<br />

documento, é o ato pelo qual se determinam providências a serem cumpridas por órgãos<br />

subordinados.<br />

Portaria<br />

Documento oficial que baixa de qualquer dos ministérios a uma repartição ou a um<br />

indivíduo e é assinado pelo ministro em nome do chefe do estado ou por um diretor da<br />

repartição. Em linguagem de direito administrativo significa todo documento emanado de<br />

uma autoridade, através do qual possa transmitir a seus subordinados as ordens de<br />

serviço de sua competência. Na administração pública é um ato pelo qual o ministro de<br />

estado ou outra autoridade competente estabelece normas administrativas, baixa<br />

instruções <strong>para</strong> aplicação de leis e decretos ou define situações, como dispensa,<br />

remoção, lotação. Muitas vezes, as portarias são empregadas <strong>para</strong> nomeações,<br />

demissões, suspensões e reintegrações de funcionários. As portarias em geral são atos<br />

de ministros de estado, e suas funções e importâncias restringem-se à competência da<br />

autoridade administrativa que as expediu.

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