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APOSTILA DE PORTUGUÊS
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- Page 46: com a natureza mais ou menos democr
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APOSTILA DE PORTUGUÊS
INTERPRETAÇÃO TEXTUAL<br />
OS DEZ MANDAMENTOS PARA ANÁLISE DE TEXTOS:<br />
1. Ler o texto duas vezes. A primeira <strong>para</strong> tomar contato com o assunto; a segunda<br />
<strong>para</strong> observar como o texto está articulado, desenvolvido.<br />
2. Observar que um parágrafo em relação ao outro pode indicar uma continuação ou<br />
uma conclusão ou, ainda, uma falsa oposição.<br />
3. Sublinhar, em cada parágrafo, a idéia mais importante, ou seja, o tópico frasal.<br />
4. Ler com muito cuidado os enunciados das questões <strong>para</strong> entender direito a intenção<br />
do que foi pedido.<br />
5. Sublinhar palavras como: erro, incorreto, correto, etc., <strong>para</strong> não se confundir no<br />
momento de responder a questão.<br />
6. Escrever, ao lado de cada parágrafo ou de cada estrofe, a idéia mais importante<br />
contida neles.<br />
7. Não levar em consideração o que o autor quis dizer, mas sim o que ele disse,<br />
escreveu.<br />
8. Se o enunciado mencionar tema ou idéia principal, deve-se examinar com atenção a<br />
introdução e/ou a conclusão.<br />
9. Se o enunciado mencionar argumentação, deve preocupar-se com o<br />
desenvolvimento.<br />
10. Tomar cuidado com os vocábulos relatores (os que remetem a outros vocábulos<br />
do texto: pronomes relativos, pronomes pessoais, pronomes demonstrativos, etc.)<br />
CONOTAÇÃO X DENOTAÇÃO<br />
DENOTAÇÃO - É o significado próprio da palavra que independe do contexto. É o uso<br />
da palavra no seu sentido próprio. Aparece com freqüência na linguagem informática e<br />
técnica.<br />
A rapaz construiu o muro.<br />
O coração é um órgão do corpo humano.<br />
O homem atravessou um rio.<br />
Comprei uma correntinha de ouro.<br />
CONOTAÇÃO - É um novo significado que a palavra pode adquirir dentro de um<br />
determinado contexto. Na conotação, as palavras assumem um sentido figurativo.<br />
A mulher nadava em ouro.<br />
As beatas choraram rios de lágrimas.<br />
Aquela senhora é um coração de pessoa.<br />
O tempo ia pingando lentamente.<br />
EXERCÍCIOS<br />
Anteponha às frases D ou C <strong>para</strong> sentido conotativo ou denotativo apresentado:<br />
1
A) ....... Quebrei um galho de árvores.<br />
B) ....... O presidente quebrou o protocolo.<br />
C) ....... Não sejas escravo da moda.<br />
D) ....... O escravo fugiu <strong>para</strong> o quilombo.<br />
E) ....... Tive uma idéia luminosa.<br />
F) ....... Os cometas têm uma cauda luminosa.<br />
G) ....... Joel estava imerso em profunda tristeza.<br />
H) ....... Doces recordações e amargas desilusões.<br />
I) ....... A fruta tem um sabor amargo.<br />
ERROS COMUNS EM ANÁLISE DE TEXTOS<br />
EXTRAPOLAÇÃO - é o fato de se fugir do texto, ou melhor, “escorregar na maionese”.<br />
Ocorre quando se interpreta o que não está escrito. Muitas vezes são fatos reais, mas<br />
que não estão expressos no texto. Deve-se dar importância somente ao que está<br />
relatado.<br />
REDUÇÃO - é o fato de se valorizar uma parte do contexto, deixando de lado a sua<br />
totalidade. Deixa-se de considerar o texto como um todo <strong>para</strong> se ater apenas à parte<br />
dele.<br />
CONTRADIÇÃO - é o fato de se entender justamente o contrário do que está escrito.<br />
É bom que se tome cuidado com algumas palavras, como: “pode”, “deve”, “não”, o<br />
verbo “ser”, principalmente.<br />
COMPREENSÃO E INTERPRETAÇÃO DE TEXTO.<br />
Compreendemos um texto quando o analisamos por inteiro - o que realmente está<br />
escrito - coletando dados do texto. Interpretamos um texto quando damos a ele um<br />
valor pessoal.<br />
Mas é válido ressaltar que mesmo diante de nossa interpretação pessoal do texto,<br />
deve-se observar a existência de uma idéia básica defendida pelo autor. E é essa a<br />
idéia que precisamos encontrar ao ler o texto, a fim de respondermos questões de<br />
interpretação textual.<br />
O primeiro passo <strong>para</strong> se interpretar um texto, depois de lê-lo, é identificar qual a<br />
tipologia textual, ou seja, o tipo de texto que lemos. Há três tipos:<br />
TEXTO DESCRITIVO: descrever é representar verbalmente um objeto, uma pessoa,<br />
um lugar, mediante a indicação de aspectos característicos. E <strong>para</strong> isso, impõe-se o<br />
uso de palavras específicas, exatas, que estão intimamente ligadas às sensações<br />
(sentidos físicos: olfato, paladar, visão, audição; sentidos psíquicos ou de sensibilidade<br />
interna: fadiga, tristeza, alegria, estresse, etc.) de cada indivíduo.<br />
"O feijão estava tão gostoso, mas tão gostoso que eu comi só uma bacia."<br />
"A cidade de Recife é linda, com locais fantásticos, que demonstram a beleza do povo,<br />
o cheiro gostoso do ambiente e o cuidado que Deus teve <strong>para</strong> criá-la. "<br />
TEXTO NARRATIVO: é o relato de um fato, de um acontecimento, em que atuam<br />
personagens. Os acontecimentos são narrados por um narrador, que pode assumir<br />
duas atitudes distintas: colocar-se fora ou dentro da história.<br />
2
Situando-se fora, restringe seu conhecimento e informação ao que lhe permite sua<br />
limitada visão (narrador-observador), ou assume, em última instância, a onisciência<br />
(narrador onisciente).<br />
Narrador onisciente - sabe tudo a respeito das personagens, seus pensamentos,<br />
sentimentos, etc.<br />
"José Ribamar é, no colégio, o menino que usa dentes de fora, monstruoso e<br />
intempestivo, assassino frio de gatos, canários e sabiás, matador de gambás, preás e<br />
outros bichos que só de ver, brrr! Nos dão calafrios. A própria imagem do terror: ele<br />
tira partido de sua própria aparência má, mostrando ainda pior. Faz com que a própria<br />
mãe espere sôfrega, a hora de abrir o colégio e a professora, ainda mais sôfrega, a<br />
hora de fechá-lo."<br />
(José Ribamar Rainho - O Monstro - Millor Fernades)<br />
B) situando-se dentro, aumenta o conhecimento e a informação e pode adotar o ponto<br />
de vista de uma ou mais personagens (narrador-personagem).<br />
" A nave movia-se lentamente em direção ao destino, abrindo caminho, levada, pelo<br />
emaranhado de moléculas de gás tão unidas que o próprio hidrogênio era reduzido à<br />
densidade de um líquido. Vapor amoníaco, emanando dos vastíssimos oceanos<br />
daquele líquido, saturava a horrível atmosfera... Júpiter não era um mundo agradável."<br />
(Os novos robôs - Isaac Asimov)<br />
Disso decorre que toda produção do discurso depende da cosmovisão (visão de<br />
mundo) do narrador e o ponto de vista ou foco narrativo é um critério <strong>para</strong><br />
sistematizar a narração, revelando todos os valores do mundo enfocado. O foco<br />
narrativo pode ser em:<br />
(a) 3ª pessoa: o narrador pode ou não fazer parte da narração. Ele narra os fatos na<br />
forma de um observador ou fazendo parte das personagens.<br />
(b) 1ª pessoa: o narrador faz parte da história, pois ele sempre vai falar em seu nome<br />
e a partir do seu ponto de vista.<br />
O texto narrativo possui uma estrutura básica composta de enredo (o desenrolar dos<br />
acontecimentos), espaço físico (o lugar onde ocorre a ação, a história) e tempo (o<br />
momento em que os fatos ocorrem).<br />
TEXTO DISSERTATIVO: o texto dissertativo não nos conta uma história, não nos<br />
descreve um lugar; ele nos apresenta uma idéia a ser defendida com argumentos,<br />
através de exemplos, estatísticas, etc. É formado de três partes: introdução,<br />
desenvolvimento e conclusão.<br />
INTRODUÇÃO Qual é o fato?<br />
DESENVOLVIME<br />
NTO<br />
Exemplos, Estatísticas<br />
Fatos concretos<br />
Aspectos positivo e<br />
negativo Argumentação<br />
Com<strong>para</strong>ções Pessoas<br />
envolvidas na mesma<br />
idéia.<br />
CONCLUSÃO Há solução? Qual a<br />
solução?<br />
3
PARÁFRASE, PERÍFRASE, SÍNTESE E RESUMO<br />
PARÁFRASE: é o comentário amplificativo de um texto ou a explicação desenvolvida<br />
de um texto.<br />
O maior perigo que enfrenta quem explica um texto é a paráfrase.<br />
"Um gosto que hoje se alcança,<br />
Amanhã já não o vejo;<br />
Assim nos traz a mudança<br />
De esperança em esperança<br />
E de desejo em desejo<br />
Mas em vida tão escassa<br />
Que esperança será forte?<br />
Fraqueza da humana sorte,<br />
Que, quanto na vida passa,<br />
Está receitando a morte."<br />
(Camões)<br />
"Luís Vaz de Camões, o grande poeta luso, nos fala, nestes versos, da fugacidade dos<br />
bens, que hoje alcançamos e amanhã perdemos; mesmo a esperança e os desejos<br />
são frágeis e a própria vida se esvai rapidamente, caminhando <strong>para</strong> a morte. Tinha o<br />
poeta muita razão, pois, realmente, na vida, todos os gostos terrenos se extinguem<br />
como um sopro: o homem, que sempre vive esperando e desejando alguma coisa, tem<br />
constantemente a alma preocupada com o seu destino. Ora, mesmo que chegue a<br />
realizar seus sonhos, estes não perduram..."<br />
Podemos continuar indefinidamente dando voltas ao redor do texto, sem penetrar em<br />
seu interior, sem saber o que é que realmente existe nele. Ou então, tendo em mente a<br />
forma em que o poema é construído, poderíamos acrescentar umas observações<br />
vulgares, como:<br />
"...estes versos são muito bonitos; soam muito bem e elevam o espírito. Constituem<br />
uma décima."<br />
"Percebe-se que o autor, o ilustríssimo e renomado autor de tão nobre época,<br />
consegue, através do uso correto e bem adequado, transparecer a real intenção de<br />
mostrar como a vida é realmente, através um palavras que ultrapassam a inimaginável<br />
condição de ser, num mundo onde a vida temporal não é uma referência, mas sim um<br />
motivo, uma força <strong>para</strong> se bem viver, já que ela é breve."<br />
Estes versos são de Luís Vaz de Camões. Este poeta nasceu em Lisboa, em 1524.<br />
Supõe-se que estudou em Coimbra, onde teria iniciado suas criações poéticas.<br />
Escreveu poesias líricas, peças de teatro e "Os Lusíadas", o imortal poema épico da<br />
raça lusitana..."<br />
Resumindo:<br />
Para comentar ou explicar um texto não devemos nos deter em dados acidentais,<br />
perdendo de vista o que é mais importante.<br />
Explicar um texto não consiste em uma paráfrase do conteúdo, ou em elogios banais<br />
de estrutura.<br />
Não consiste, também, num alarde de conhecimentos a propósito de uma passagem<br />
literária.<br />
4
PERÍFRASE: é o rodeio de palavras ou a frase que substitui o nome comum próprio.<br />
Na perífrase, sempre se destaca algum atributo do ser.<br />
Visitei a Cidade Maravilhosa. (=Rio de Janeiro)<br />
Como é linda a Veneza Brasileira. (=Recife)<br />
PROCESSOS COESIVOS DE REFERÊNCIA<br />
Para não se sentir enganado pela articulação do texto, o aluno deve estar atento à<br />
coesão textual.<br />
COESÃO TEXTUAL - é o que permite a ligação entre as diversas partes de um texto.<br />
Nesse tópico, será abordada somente a coesão do tipo referencial .<br />
a) Coesão referencial - é a que se refere a outro(s) elemento (s) do mundo textual.<br />
Exemplo 1:<br />
“Eu darei sempre o primeiro lugar à modéstia entre todas as belas qualidades. Ainda<br />
sobre a inocência? Ainda, sim. À inocência basta uma falta <strong>para</strong> perder; da modéstia<br />
só culpas graves, só crimes verdadeiros podem privar. Um acidente, um caso podem<br />
destruir aquela, a esta só uma ação própria, determinada e voluntária.” (Almeida<br />
Garret)<br />
Exemplo 2:<br />
Qualquer que tivesse sido seu trabalho anterior, ele o abandonara, mudara de<br />
profissão e passara pesadamente a ensinar no curso primário: era tudo o que<br />
sabíamos dele. O professor era grande, gordo e silencioso, de ombros contraídos.<br />
(Clarice Lispector)<br />
Exemplo 3:<br />
“André e Pedro são fanáticos torcedores de futebol. Apesar disso, são diferentes.<br />
Este não briga com quem torce <strong>para</strong> outro time; aquele o faz.”<br />
Exemplo 4:<br />
O presidente George W. Bush ficou indignado com o atentado no World Trade<br />
Center. Ele afirmou que “castigará” os culpados.<br />
(retomada de uma palavra → referente “Ele” = ”Presidente George W. Bush”)<br />
De você só quero isto: a sua amizade.<br />
(antecipação de uma palavra → “isto” = “a sua amizade”)<br />
O homem acordou feliz naquele dia. O felizardo ganhou um bom dinheiro na<br />
loteria.<br />
(retomada por palavra lexical → “o felizardo” = “o homem”)<br />
EXERCÍCIOS<br />
1. Observe o texto abaixo <strong>para</strong> responder as questões abaixo:<br />
(...) a cabeça da menina flamejava. Sentada nos degraus de sua casa, ela suportava.<br />
Ninguém na rua... E como se não bastasse seu olhar submisso e paciente, o soluço a<br />
interrompia de momento a momento, abalando o queixo que se apoiava conformado<br />
na mão.(...) O que a salvava era uma bolsa velha de senhora, com alça partida.<br />
Segurava-a com um amor conjugal já habituado, apertando-a contra os joelhos.<br />
Com relação ao texto acima, procure responder os tópicos seguintes:<br />
A) De quem era a casa? Que palavra no texto assegura essa certeza?<br />
____________________________________________<br />
5
B) Qual a referência da palavra “ninguém”? Essa referência é feita de modo vago,<br />
impreciso ou de modo preciso, determinado?<br />
___________________________________________<br />
C) De quem era o olhar submisso?<br />
___________________________________________<br />
D) Quem era interrompido pelo soluço? Qual a palavra que indica essa referência?<br />
___________________________________________<br />
E) Que referência as palavras “que” e “se” retomam?<br />
___________________________________________<br />
F) quanto aos pronomes em negrito “a salvava”, “segurava-a”, apertando-a” , a que<br />
eles se referem no texto?<br />
___________________________________________<br />
2. Observe agora o texto abaixo:<br />
Ed Mota lembra um político em campanha. Em todos os lugares, todo mundo olha<br />
<strong>para</strong> ele e se sente à vontade <strong>para</strong> chegar e conversar. E ele corresponde com um<br />
tremendo bom humor. Em poucas horas, conversou com estudiosos e com pessoas<br />
simples sem distinção.<br />
Existem dois Ed Motas. E eu não me refiro ao tamanho do rapaz. Nem ao Ed Mota<br />
cantor ou ao Ed Mota gourmet. Há um lado juvenil, daquele garotão que se sente bem<br />
informado entre discos e livros na sua casa, o cara que é uma verdadeira<br />
enciclopédia de Jazz e Soul, mas ainda vibra com Led Zeppelin. E existe o lado<br />
dedicado do artista que controla totalmente sua carreira.<br />
Entre o Ed eterno adolescente e o Ed virtuoso, o melhor é ficar com os dois. O<br />
cara é tão na dele, tão boa-praça que sua arrogância soa simpatia. Não dá <strong>para</strong> não<br />
gostar de um ser que vive como quer 24 horas por dia. Sem dúvida, uma história de<br />
sucesso.<br />
(O Dia/Caderno C 06/10/01, Rio de Janeiro)<br />
Julgue os itens abaixo:<br />
1. O pronome pessoal do caso reto de 3ª pessoa, presente no 2º e 3º períodos,<br />
refere-se a Ed Mota.<br />
2. O primeiro período do texto detém a idéia principal de todo o primeiro parágrafo.<br />
3. “E ele corresponde com um tremendo bom humor.” - Há uma associação de idéias<br />
entre a atitude de um político em campanha e a de Ed Mota.<br />
4. “E eu não me refiro ao tamanho do rapaz’ - o termo “rapaz” retoma Ed Mota <strong>para</strong><br />
informar que ele é jovem.<br />
5. No segundo parágrafo, o sujeito dos verbos referir, vibrar e controlar é o mesmo, ou<br />
seja, Ed Mota.<br />
6. “daquele garotão que se sente bem informado entre discos e livros na sua casa” - a<br />
expressão “daquele garotão” denota uma certa proximidade entre o autor do texto e o<br />
cantor.<br />
7. “O cara é tão na dele, tão boa-praça que sua arrogância soa simpatia.” - nesta<br />
passagem, o pronome possessivo “sua” refere-se a “boa-praça”.<br />
8. “ Sem dúvida, uma história de sucesso.” - a expressão em negrito resume<br />
todas as informações<br />
apresentadas no corpo do texto.<br />
----------------------------- TEXTO 1 ------------------------------<br />
Um levantamento do Serviço à Mulher Marginalizada aponta que existem 7 milhões<br />
de mulheres se prostituindo no país. Elas têm de 9 a 65 anos. Estimativas indicam que<br />
uma parte significativa (500mil) é composta por meninas com menos de 18 anos de<br />
6
idade. O Brasil detém um recorde lamentável: é o país da América Latina com maior<br />
número de prostitutas infantis.<br />
O racismo, que muitas vezes barra o acesso ao mercado de trabalho, é também<br />
responsável por conduzir as mulheres à prostituição. Cerca de 70% das prostitutas são<br />
negras ou mulatas.<br />
A violência doméstica contra mulheres e crianças é outro fator determinante <strong>para</strong> o<br />
aumento da prostituição. “A maioria entra nessa vida porque sofreu violência em casa”,<br />
afirma Monique Laroche, coordenadora do serviço e responsável pela Casa de<br />
Convivência da Luz.<br />
QUESTÃO 1:<br />
O texto aponta as seguintes causas <strong>para</strong> o aumento da prostituição feminina no Brasil:<br />
A) a violência enfrentada nas ruas e o preconceito racial.<br />
B) O preconceito racial existente no país e a violência sofrida pelas mulheres dentro de<br />
suas casas.<br />
C) A falta de emprego <strong>para</strong> as mulheres com menos de 18 anos e o racismo.<br />
D) A violência dos pais, o racismo e a injustiça social do Brasil.<br />
E) A falta de acesso ao mercado de trabalho e a violência dos pais e irmãos.<br />
QUESTÃO 2:<br />
Podemos afirmar que o texto tem, como função primordial:<br />
A) sensibilizar o leitor, despertando-lhe a emoção.<br />
B) narrar, pormenorizadamente, casos verídicos do cotidiano das grandes cidades.<br />
C) informar os leitores sobre dados da realidade vivenciada por algumas mulheres.<br />
D) descrever, claramente, o universo feminino.<br />
E) argumentar contra a injustiça social cometida contra as mulheres negras e mulatas.<br />
----------------------------- TEXTO 2 ------------------------------<br />
“Uma das grandes dificuldades operacionais encontradas em planos de estabilização<br />
é o conflito entre perdedores e ganhadores. Às vezes reais, outras fictícias, estes<br />
conflitos geram confrontos e polêmicas que, com freqüência, podem pressionar<br />
os formuladores da política de estabilização a tomar decisões erradas e, com<br />
isto, comprometer o sucesso das estratégias anti-inflacionárias.”<br />
Questão : julgue as opções abaixo quanto a manutenção do mesmo<br />
sentido do trecho destacado acima::<br />
1. Os formuladores da política de estabilização podem tomar decisões erradas se os<br />
conflitos, gerados por confrontos e polêmicas, os pressionarem; o sucesso das<br />
estratégias anti-inflacionárias fica, com isto, comprometido.<br />
2. Estes conflitos, reais ou fictícios, geram confrontos e polêmicas que,<br />
freqüentemente, podem pressionar os formuladores da política de estabilização a<br />
tomar decisões erradas e, com isso, comprometer o sucesso das estratégias antiinflacionárias.<br />
3. O sucesso das estratégias anti-inflacionárias pode ficar comprometido se,<br />
pressionados por conflitos, reais ou fictícios, os formuladores da política de<br />
estabilização gerarem confrontos e polêmicas ao tomarem as decisões erradas.<br />
4. Os conflitos, às vezes reais, outras fictícios, que podem pressionar os formuladores<br />
da política de estabilização a confrontos e polêmicas, comprometem o sucesso das<br />
estratégias anti-inflacionárias, se as decisões tomadas forem erradas.<br />
5. O sucesso das estratégias anti-inflacionárias pode ficar comprometido se os<br />
formuladores da política de estabilização, pressionados por confrontos e polêmicas<br />
decorrentes de conflitos, tomarem decisões erradas.<br />
7
----------------------------- TEXTO 3 ------------------------------<br />
“Dizem-me que mais da metade da humanidade se dedica à prática dessa arte; mas<br />
eu discordo dessa afirmativa, visto que não existe tal quantidade de gente<br />
inativa. O que acontece é estar essa gente interessada em atividades impessoais<br />
com repercussões imediatas <strong>para</strong> o mundo.”<br />
QUESTÃO : Analise e julgue as<br />
opções abaixo quanto a manutenção do mesmo sentido do trecho destacado<br />
acima::<br />
1. mas eu discordo dessa afirmativa, uma vez que existe muita inativa. O fato é<br />
que essa gente demonstra interesse por atividades impessoais com repercussões<br />
imediatas <strong>para</strong> o mundo.<br />
2. mas eu duvido desta afirmativa, já que não existe tanta gente laboriosa. O fato é que<br />
essa gente decide desenvolver atividades imparciais sem conseqüências vantajosas<br />
<strong>para</strong> o mundo.<br />
3. mas eu interrogo esta afirmação, posto que existe muita gente sem fazer nada. O<br />
que acontece é que essa gente está interessada em atividades bilaterais sem<br />
conseqüências vãs <strong>para</strong> o mundo.<br />
4. mas eu discordo desta afirmativa, porque existe muita gente inativa. O que acontece<br />
é que essa gente fica desinteressada em atividades exclusivas com repercussões<br />
positivas <strong>para</strong> o mundo.<br />
5. mas eu não concordo com esta afirmação, porque não existe tanta gente sem fazer<br />
nada. O fato é que essa gente prefere desenvolver atividades impessoais com<br />
repercussões imediatistas <strong>para</strong> o mundo.<br />
----------------------------- TEXTO 4 ------------------------------<br />
Elas podem ser maioria, mas enfrentam preconceito<br />
Existem vários mitos a respeito da diferença de tratamento que homens e mulheres<br />
recebem no ambiente de trabalho. Alguns dizem que mulheres custam mais caro à<br />
empresa.; outros, que não existe discriminação salarial entre sexos. A revista Veja, por<br />
exemplo, está entre estes últimos. Acredita que o discurso sobre rendimentos<br />
femininos inferiores é um erro de pesquisas apressadas e de discursos simplistas de<br />
grupos feministas. Com o título de “Elas já são maioria na firma”, a publicação traz uma<br />
reportagem bastante positiva sobre a inserção das mulheres no mercado de trabalho,<br />
na qual garante: “Quando ocupam a mesma função e têm o mesmo currículo e<br />
experiência, as mulheres recebem o mesmo que os homens”. Ou seja, com<br />
oportunidades iguais, não há diferença.(...)<br />
A tese da Veja contraria a posição não só de feministas, mas de diversos<br />
pesquisadores que estudam o problema a fundo, sem pressa, tanto brasileiros como<br />
internacionais. A própria matéria apresenta dados de uma recente pesquisa da<br />
organização Internacional do Trabalho (OIT) que mostra a desproporção salarial entre<br />
sexos. Sem dúvida um dado positivo: em dez anos a diferença caiu de 32% <strong>para</strong> 22%.<br />
No entanto, a pesquisa não deixa de mencionar o que a entidade intitulou como “teto<br />
de vidro” - uma faixa invisível que impede mulheres de ascender profissionalmente<br />
dentro de uma empresa.(...) ZAVALA, R. Texto da Internet.Adaptado<br />
QUESTÃO 1: Das alternativas<br />
abaixo, a única que corresponde a uma idéia presente no texto é:<br />
A) É um equívoco afirmar que as mulheres sofrem discriminação salarial.<br />
B) A revista Veja defende que as mulheres são discriminadas no ambiente de trabalho.<br />
C) Feministas e pesquisadores defendem que a discriminação feminina é um dado<br />
real.<br />
8
D) A desproporção salarial entre os sexos é um mito.<br />
E) Pesquisas da OIT apontam <strong>para</strong> a intensificação das diferenças salariais entre os<br />
sexos.<br />
QUESTÃO 2: No texto, observe que<br />
alguns substantivos aparecem uma primeira vez e, depois, ao longo do texto, são<br />
substituídos por palavras equivalentes ou são simplesmente inferidos<br />
pelo contexto. Sobre esses mecanismos textuais, analise as seguintes afirmativas:<br />
I. Há elipse do substantivo “mitos” em: “Existem vários mitos a respeito da diferença de<br />
tratamento que homens e mulheres recebem no ambiente de trabalho. Alguns dizem<br />
que mulheres custam mais caro à empresa; outros, que não existe discriminação<br />
salarial entre sexos”.<br />
II. Em “A revista Veja, por exemplo, está entre estes últimos. Acredita que o discurso<br />
sobre rendimentos femininos inferiores é um erro de pesquisas apressadas e de<br />
discursos simplistas de grupos feministas. Com o título de “Elas já são maioria na<br />
firma”, a publicação traz uma reportagem bastante positiva sobre a inserção das<br />
mulheres no mercado de trabalho, o termo destacado corresponde a uma retomada de<br />
“A revista Veja”.<br />
III. No segmento “A própria matéria apresenta dados de uma pesquisa da<br />
Organização Internacional do Trabalho (OIT) que mostra a desproporção salarial<br />
entre sexos. Sem dúvida um dado positivo: em dez anos a diferença caiu de 32%<br />
<strong>para</strong>22%. No entanto, a pesquisa não deixa de mencionar o que a entidade intitulou<br />
como “teto de vidro...”, o termo sublinhado retoma a “Organização Internacional do<br />
Trabalho”.<br />
Está (ão) correta (s):<br />
A) 1, apenas. D) 2, apenas.<br />
B) 3, apenas. E) 2 e 3.<br />
C) 1, 2 e 3.<br />
----------------------------- TEXTO 5 ------------------------------<br />
- Haveis de entender, começou ele, que a virtude e o saber têm duas<br />
existências <strong>para</strong>lelas, uma no sujeito que as possui, outra no espírito dos que o ouvem<br />
ou contemplam. Se puserdes as mais sublimes virtudes e os mais profundos<br />
conhecimentos em um sujeito solitário, remoto de todo contato com outros homens, é<br />
como se eles não existissem. Os frutos de uma laranjeira, se ninguém os gostar,<br />
valem tanto como as urzes e plantas bravias, e, se ninguém os vir, não valem nada;<br />
ou, por outras palavras mais energéticas, não há espetáculo sem espectador. (...)<br />
(Machado de Assis, O segredo do bonzo.)<br />
QUESTÃO :<br />
Nos segmentos do texto “o ouvem ou contemplam”, “se eles não existissem” e “se<br />
ninguém os vir”, os pronomes o, eles e os referem-se, respectivamente, a:<br />
A) espírito, outros homens, frutos de uma laranjeira.<br />
B) sujeito, profundos conhecimentos, outros homens.<br />
C) saber, frutos de uma laranjeira, virtudes e conhecimentos.<br />
D) sujeito, virtudes e conhecimentos, frutos de uma laranjeiras.<br />
E) espírito, virtudes e conhecimentos, outros homens.<br />
----------------------------- TEXTO 6 ------------------------------<br />
9
O que incomoda a população (...) é o piolho da cabeça, que se hospeda geralmente<br />
em crianças em idade pré-escolar. Não se sabe ao certo o porquê da maior incidência<br />
em crianças, mas se acredita que seja provavelmente pelo contato mais íntimo entre<br />
elas. Afinal, só pode ocorrer infestação se a criança entrar em contato com outra,<br />
desmitificando assim que o piolho voa ou que o uso em comum de pentes e escovas<br />
pode ser tranqüilo.<br />
Outro mito (...) é a transmissão do piolho animal <strong>para</strong> o ser humano. “Isto não existe<br />
porque cada espécie tem seu piolho e se o <strong>para</strong>sita picar outra espécie que não seja a<br />
sua, morre.”<br />
QUESTÃO :<br />
Diante da interpretação do texto acima, julgue as alternativas abaixo:<br />
1. O texto aborda um dos problemas que atinge a população brasileira, principalmente<br />
quando na idade pré-escolar.<br />
2. “Afinal, só pode ocorrer infestação se a criança entrar em contato com outra” - há a<br />
elipse do substantivo criança logo após a palavra outra.<br />
3. A expressão “outro mito” (2º parágrafo) retoma coesivamente a expressão anterior<br />
“ (...) piolho voa”.<br />
4. No período “cada espécie tem seu piolho e se o <strong>para</strong>sita picar outra espécie que<br />
não seja a sua, morre”, o pronome “sua” se refere claramente ao piolho animal.<br />
5. “...Não se sabe ao certo o porquê da maior incidência em crianças, mas se<br />
acredita...” - a conjunção insere uma idéia de explicação.<br />
EXERCÍCIOS GERAIS PROGRAMA CEF<br />
----------------------------- TEXTO 1 ------------------------------<br />
O homem<br />
O sertanejo é, antes de tudo, um forte. Não tem o raquitismo exaustivo dos<br />
mestiços neurastênicos do litoral.<br />
A sua aparência, entretanto, ao primeiro lance de vista, revela o contrário. Faltalhe<br />
a plástica impecável, o desempeno, a estrutura corretíssima das organizações<br />
atléticas.<br />
É desgracioso, desengonçado, torto. Hércules-Quasímodo, reflete no aspecto a<br />
fealdade típica dos fracos. O andar sem firmeza, sem aprumo, quase gingante e<br />
sinuoso, aparenta a translação de membros desarticulados. Agrava-o a postura<br />
normalmente abatida, num manifestar de displicência que lhe dá um caráter de<br />
humildade deprimente. A pé, quando <strong>para</strong>do, recosta-se invariavelmente ao primeiro<br />
umbral ou parede que encontra; a cavalo, se sofreia o animal <strong>para</strong> trocar duas<br />
palavras com um conhecido, cai logo sobre um dos estribos, descansando sobre a<br />
espenda da sela. (...) E se na marcha estaca pelo motivo mais vulgar, <strong>para</strong> enrolar um<br />
cigarro, bater o isqueiro, ou travar ligeira conversa com um amigo, cai logo - cai é o<br />
termo - de cócoras, atravessando largo tempo numa posição de equilíbrio instável, em<br />
que todo o seu corpo fica suspenso pelos dedos grandes dos pés, sentado sobre os<br />
calcanhares, com uma simplicidade a um tempo ridícula e adorável.<br />
É o homem permanentemente fatigado. (...) Idem, ibidem, p. 81.<br />
UESTÃ<br />
QUESTÃO: Julgue os itens seguintes de acordo com o texto 1:<br />
1. Apesar de ser forte e sociável, o sertanejo é um indivíduo muito desleixado, porque<br />
é pobre e feio.<br />
2. Em “Agrava-o a postura normalmente abatida” (l.12), o pronome “o” refere-se a “O<br />
andar” .<br />
10
3. Em “Agrava-o a postura normalmente abatida, num manifestar de displicência que<br />
lhe dá um caráter de humildade deprimente.”, o pronome sublinhado refere-se a<br />
“sertanejo” .<br />
4. Na passagem “A pé, quando <strong>para</strong>do, recosta-se invariavelmente” (l.14-15) , o<br />
sujeito está subentendido.<br />
5. Nas linhas 21-22, a oração intercalada “cai é o termo”, que está entre travessões,<br />
pode ser suprimida sem prejuízo <strong>para</strong> o sentido textual.<br />
----------------------------- TEXTO 2 ------------------------------<br />
Bilhete complicado<br />
O Gumercindo, quando jovem, era daqueles cavalheiros à moda antiga, que<br />
gostava de tudo certinho e no seu devido tempo. Namorava uma linda donzela, por<br />
quem estava realmente apaixonado.<br />
Um dia, quando fazia uma viagem de negócios, Gumercindo entrou em uma loja e<br />
comprou um presente <strong>para</strong> a namorada: finíssimo par de luvas de pelica. Só que na<br />
hora do embrulho, a balconista se enganou e colocou na caixa uma calcinha de<br />
renda, e o pacote foi despachado pelo correio com o seguinte bilhete:<br />
"Estou mandando este presente <strong>para</strong> fazer-lhe uma surpresa. Sei que você não<br />
usa, pois nunca vi usar. Pena não estar aí <strong>para</strong> ajudá-la a vestir. Fiquei em dúvida com<br />
a cor, no entanto a balconista experimentou na minha frente e me mostrou que esta<br />
era a mais bonita. Achei meio larga na frente, mas ela me explicou que era <strong>para</strong> a mão<br />
entrar mais fácil e os dedos se mexerem bem. Você não deve lavar em casa por<br />
recomendação do fabricante. Depois de usar, passe talco e vire do avesso <strong>para</strong> não<br />
dar mau cheiro. Espero que goste, pois este presente vai cobrir aquilo que vou lhe<br />
pedir muito em breve. Receba um afetuoso abraço do seu Gumercindo."<br />
(Marcos Viníciius Ribeiro, Humor na Mirabilândia - Paraguaçu, MG)<br />
QUESTÃO: Julgue os itens seguintes de acordo com o texto 2:<br />
1. Através do texto, percebe-se claramente que as conseqüências não serão<br />
agradáveis e que certamente o relacionamento com a linda donzela chegará ao fim.<br />
2. Mesmo diante do acontecimento inesperado, o personagem deixa claro que as suas<br />
intenções são as mais apaixonadas possíveis e que, mesmo numa viagem de<br />
negócios, lembrou a amada.<br />
3. O Gumercindo, quando jovem, era daqueles cavalheiros à moda antiga, que<br />
gostava de tudo certinho - o termo destacado está no grau diminutivo, logo apresenta<br />
idéia de redução, diminuição.<br />
4. Você não deve lavar em casa por recomendação do fabricante. Depois de usar,<br />
passe talco e vire do avesso <strong>para</strong> não dar mau cheiro. - Diante da recomendação do<br />
rapaz, compreende-se que os verbo "lavar", "usar" e "virar" possuem o mesmo<br />
complemento verbal subentendido: calcinha de renda.<br />
5. "Estou mandando este presente <strong>para</strong> fazer-lhe uma surpresa." - A expressão "este<br />
presente" e o pronome oblíquo "lhe" retomam , no texto, respectivamente "luva de<br />
pelica" e "namorada".<br />
----------------------------- TEXTO 3 ------------------------------<br />
Afinal, o que é ser cidadão?<br />
Ser cidadão é ter direito à vida, à liberdade, à propriedade, à igualdade perante à<br />
lei: é, em resumo, ter direitos civis. É também participar no destino da sociedade, votar,<br />
ser votado, ter direitos políticos. Os direitos civis e políticos não asseguram a<br />
democracia sem direitos sociais, aqueles que garantem a participação do indivíduo na<br />
riqueza coletiva: o direito à educação, ao trabalho, ao salário justo, à saúde, a uma<br />
velhice tranqüila. Exercer a cidadania plena é ter direitos civis, políticos e sociais.<br />
11
QUESTÃO : Acerca do texto 3 e do tema nele abordado, julgue os itens<br />
subseqüentes:<br />
1. Constitui uma estrutura alternativa e também correta <strong>para</strong> o primeiro<br />
período do texto o trecho : Ser cidadão é ter direito a vida, liberdade,<br />
propriedade, igualdade perante a lei: é, em resumo, ter direitos civis.<br />
2. Inserir a expressão "isto é", entre vírgulas, imediatamente antes de<br />
"ter direitos políticos" (l.4) tornaria o período incoerente.<br />
3. Imediatamente antes de "aqueles" (l.6), a inserção da estrutura "que são"<br />
não causa prejuízo <strong>para</strong> a correção do texto.<br />
4. "... aqueles que garantem a participação do indivíduo na riqueza coletiva..." -<br />
substituindo-se a palavra "que" por "os quais " não alteraria o sentido da<br />
oração em destaque.<br />
5. Os verbos "asseguram" e "garantem" concordam com o mesmo sujeito na 3ª<br />
pessoa do plural.<br />
----------------------------- TEXTO 4 ------------------------------<br />
A sociedade brasileira clama por transformações e a esperança tornou-se<br />
palavra-chave desses novos tempos. A superação dos graves problemas que afligem<br />
o povo brasileiro, como a fome e a miséria, é o principal desafio do novo governo.<br />
Vencer as desigualdades faz parte de uma estratégia e de um novo modelo de<br />
desenvolvimento <strong>para</strong> o país, que pode dispor, <strong>para</strong> tanto, da imensa riqueza natural<br />
de nossa Nação.<br />
A construção de um novo momento histórico é um compromisso que deve estar<br />
pautado em todas as ações de governo. Nesse contexto é que afirmamos o direito da<br />
sociedade brasileira à informação e à educação. O caminho, portanto, é o da inclusão<br />
social, momento em que deve ser construída uma nova cultura embasada nos direitos<br />
fundamentais da vida humana, fortalecidos na concepção e na prática de uma nova<br />
política social e econômica <strong>para</strong> o país.<br />
QUESTÃO :<br />
Acerca do texto 4 e do tema nela abordado, julgue os itens subseqüentes:<br />
1. Nas linhas 1 e 2, a conjunção "e" liga “transformações” a "esperança" <strong>para</strong><br />
complementar a idéia de “clamar”.<br />
2. Na linha 4, o emprego de "como" indica que "a fome e a miséria" não são os únicos<br />
"graves problemas que afligem o povo brasileiro".<br />
3. O emprego dos sinais indicativos de crase antes de "informação" (l.13) e de<br />
"educação" (l.14) mostra que estes substantivos complementam "direito" (l.12)<br />
4. Na linha 8, o pronome relativo "que" tem como referente "desigualdades" (l.6).<br />
5. A substituição de "fortalecidos" (l.17) por "fortalecida" preservaria a<br />
correção gramatical, mas alteraria as relações entre as idéias do texto.<br />
----------------------------- TEXTO 5 ------------------------------<br />
AAB Corretora, em parceria com a Fundação do Banco do Brasil e com a<br />
Federação Nacional das Associações Atléticas Banco do Brasil, manteve o apoio ao<br />
Programa de Integração AABB Comunidade, que oferece práticas esportivas, reforço<br />
alimentar, conhecimentos básicos de higiene e saúde, dando senso de<br />
responsabilidade e cidadania a crianças e adolescentes. Em 2002, o programa<br />
12
eneficiou 51.520 crianças carentes em todo o país, sendo assistidas regularmente<br />
por 3.680 educadores.<br />
Continuou também apoiando o Projeto Criança e Vida, desenvolvido pela<br />
Fundação banco do Brasil. Esse projeto objetiva investir na modernização de centros<br />
médicos e atualização de recursos humanos, na promoção de campanhas de<br />
conscientização sobre os sintomas e tratamento de câncer infantil e na busca da<br />
elevação de taxas de cura da doença em crianças e adolescentes.<br />
QUESTÃO : Acerca do texto 5 e do tema nela abordado, julgue os itens<br />
subseqüentes:<br />
1. A forma verbal "manteve" (l.3), por estar no singular, restringe o foco da<br />
ação, relacionando-a a uma única instituição entre as três parceiras citadas.<br />
2. Na linha 4, o emprego de preposição aglutinada ao artigo masculino<br />
singular em "ao Programa" deve-se à regência da palavra "apoio".<br />
3. A forma verbal "oferece" (l.5) vincula-se ao agente antecedente, representado pela<br />
palavra "apoio" (l.4)<br />
4. Se a expressão "dando senso de responsabilidade" (l.6-7) for substituída<br />
por despertando o senso de responsabilidade, serão desnecessárias outras<br />
modificações <strong>para</strong> que o respectivo período do texto permaneça correto.<br />
5. "sendo assistidas regularmente por 3.680 educadores". - a palavra<br />
"assistidas" está no feminino plural <strong>para</strong> concordar com crianças e adolescentes.<br />
----------------------------- TEXTO 6 ------------------------------<br />
As condições sociais da população brasileira sofreram um retrocesso nos<br />
últimos vinte anos.<br />
O forte aumento das taxas de desemprego e dos índices de violência fizeram com<br />
que a exclusão social voltasse a crescer após ter diminuído entre 1960 e 1980. A<br />
constatação faz parte do Atlas da Exclusão Social no Brasil (vol.2, Cortez),<br />
publicação feita por pesquisadores da PUC, USP e UNICAMP, sob a coordenação do<br />
secretário municipal do trabalho de São Paulo. O estudo revela que, de 1980 a 2000,<br />
aumentou o número de estados com alto índice de exclusão social - passou de 15<br />
<strong>para</strong> 17. Em 1960, eram 21 os estados com condições consideradas ruins. Em 2000, a<br />
parcela de excluídos era equivalente a 47,3% de uma população de 170milhões de<br />
pessoas. Em 1980, o total era 42,6% de 120 milhões, e, em 1960, 49,3% de 70<br />
milhões. (...)<br />
QUESTÃO : Julgue os itens seguintes de acordo com o texto 6:<br />
1. Para reforçar a coesão textual, seria correto empregar, no início do terceiro<br />
período do texto, o pronome demonstrativo Essa em lugar do artigo indefinido "A".<br />
2. A vírgula após "(vol.20, Cortez)" (l.5) é dispensável, porque isola um termo<br />
que explica o antecedente.<br />
3. Em "a parcela de excluídos era equivalente a 47,3% de uma população de<br />
170milhões de pessoas" - " a 47,3% " seria correto introduzir o sinal indicativo de<br />
crase em "a".<br />
4. O "estudo" revela que, de 1980 a 2000, aumentou o número de estados - a<br />
palavra estudo retoma coesivamente o referente Atlas da Exclusão Social no Brasil<br />
(vol.2, Cortez).<br />
5. O "... estudo revela que, de 1980 a 2000, aumentou o número de estados ..." - o<br />
pronome relativo em destaque retoma o termo “estudo”.<br />
----------------------------- TEXTO 7 ------------------------------<br />
13
Talvez você ainda não saiba, mas, <strong>para</strong> a maioria dos pais, a despesa com os<br />
cursos universitários dos filhos só será menor que o gasto empreendido na compra da<br />
casa própria. Em algumas faculdades, por exemplo, o preço pago por quatro anos de<br />
estudo supera os R$100.000,00. Como conseguir poupar essa quantia? Onde investir<br />
o dinheiro? E, provavelmente o mais importante, quando e como começar a se<br />
pre<strong>para</strong>r <strong>para</strong> essa batalha?<br />
Quase nunca os pais têm noção de quanto vão gastar na educação dos filhos<br />
<strong>para</strong> começar a se inteirar do assunto, confira a tabela abaixo, que, embasada em<br />
levantamentos do IBGE em 1998, estima o custo do herdeiro, desde o dia do<br />
nascimento até completar 22 anos de idade, <strong>para</strong> uma família de classe média com<br />
renda mensal entre 20 e 40 salários mínimos.<br />
QUESTÃO : Julgue os itens seguintes de acordo com o texto 7:<br />
1. O pronome "você" (l.1) e o trecho "<strong>para</strong> começar a se inteirar do assunto, confira"<br />
(l.11-12) indicam interesse em tornar o texto menos formal e mais interativo.<br />
2. O texto demonstra que há cálculos precisos <strong>para</strong> estimar os custos<br />
educacionais e, por isso, todos os pais já sabem quanto devem economizar <strong>para</strong><br />
arcar com o investimento nos cursos superiores dos filhos.<br />
3. De acordo com as idéias do texto, <strong>para</strong> muitos pais, o investimento com a<br />
aquisição da casa própria é o único gasto que supera a despesa com os cursos<br />
universitários dos filhos.<br />
4. O segundo período do texto permite a inferência de que existem faculdades em que<br />
o custo por quatro anos de estudo não chega a R$100.000,00.<br />
5. " Onde investir o dinheiro?" - nesse período, o pronome relativo "onde" faz<br />
menção ao lugar incerto <strong>para</strong> se investir o dinheiro.<br />
----------------------------- TEXTO 8 ------------------------------<br />
Uma das novas tendências brasileiras é a demanda popular, mesmo nas<br />
camadas mais pobres, por vaga nas universidades, especialmente nas públicas, livres<br />
das pesadas mensalidades. Emparelha-se, <strong>para</strong> centenas de milhares de jovens de<br />
escolas públicas, ao sonho da casa própria. Mas, pela falta de recursos, essas<br />
instituições têm cada vez menos condições de abrir novas vagas e garantir a<br />
qualidade de ensino.<br />
Como o Brasil convive simultaneamente com diferentes décadas (ou mesmo<br />
séculos), enfrentam-se, lado a lado, a fome mais primitiva, o trabalho escravo e infantil<br />
e a pressão dos milhões de estudantes de escolas públicas que correm atrás de um<br />
diploma de faculdade, exigido por uma sociedade com forte impacto tecnológico.<br />
Sinais desse movimento são algumas inovações que serão lançadas ainda<br />
neste semestre em São Paulo e compõem o novo perfil do Brasil. A prefeitura decidiu<br />
fortalecer os cursinhos pré-vestibulares gratuitos e garantir bolsas nos que são pagos.<br />
É algo que, até há pouco tempo, ninguém poderia imaginar como papel de uma<br />
prefeitura, pela lei, do ensino fundamental. Percebeu-se que, sem determinado tipo de<br />
habilitação e formação escolar, o jovem, mesmo de classe média baixa, entra no<br />
mundo da marginalidade.<br />
Muitas empresas estão exigindo diploma de ensino médio a trabalhadores <strong>para</strong><br />
executarem atividades que, no passado, ficavam nas mãos de analfabetos ou de semianalfabetos.<br />
Indústrias mais sofisticadas preferem operários com cursos universitários.<br />
QUESTÃO : Julgue os itens abaixo:<br />
14
1. Na linha 11, as expressões "diferentes décadas" e "séculos" não se referem<br />
exatamente a um marco temporal, mas a desigualdades sociais, que marcaram época.<br />
2. "A prefeitura decidiu fortalecer os cursinhos pré-vestibulares gratuitos e garantir<br />
bolsas nos que são pagos. " - subentende-se a palavra cursinhos antes<br />
da expressão "que são pagos"<br />
3. “... Como o Brasil convive simultaneamente com diferentes décadas (ou<br />
mesmo séculos), enfrentam-se, lado a lado, a fome mais primitiva, o trabalho escravo e<br />
infantil e a pressão dos milhões de estudantes de escolas públicas..." - percebemse,<br />
claramente, no período acima, as idéia de causa e conseqüência.<br />
4. " ... Percebeu-se que, sem determinado tipo de habilitação e<br />
formação escolar, o jovem, mesmo de classe média baixa, entra no mundo<br />
da marginalidade.." - o pronome "se", em "Percebeu-se", tem como referente "o jovem"<br />
.<br />
5. Infere-se da última oração do texto que as indústrias estão se tornando mais<br />
sofisticadas porque empregam operários com cursos universitários.<br />
----------------------------- TEXTO 9 ------------------------------<br />
Ano internacional da água: alerta <strong>para</strong> crise sem precedentes.<br />
O Programa Mundial <strong>para</strong> a Avaliação dos Recursos de Água Doce, uma<br />
colaboração entre 23 agências das Nações Unidas, apresentou seu Relatório Mundial<br />
de Desenvolvimento da Água durante o 3º Fórum Mundial da Água, realizado em<br />
Kyoto, Japão.<br />
O informe mundial sobre a água adverte os governos sobre a "inércia política",<br />
que só agrava a situação, marcada pela permanente redução dos mananciais do<br />
planeta, pelo alto grau de poluição e pelo aquecimento global. De acordo com o<br />
documento, o agravamento da escassez de água dificultará o combate à fome no<br />
mundo, comprometendo a meta mundial de erradicar a fome até 2050. Atualmente, 25<br />
mil pessoas morrem de fome a cada dia e outras 815 milhões sofrem de desnutrição.<br />
Com o agravamento da falta de água, esses números tendem a piorar.<br />
O alerta de que o mundo enfrenta uma crise sem precedentes no abastecimento<br />
de água, feito pela ONU, está contido no estudo coordenado pela UNESCO e<br />
apresenta dois cenários sobre escassez. No primeiro, são 2 bilhões de pessoas sem<br />
água em 48 países. No segundo, mais pessimista, são 7 bilhões em 60 nações. Em<br />
2050, a população mundial estimada será de 9,3 bilhões de pessoas.<br />
QUESTÃO : Julgue os itens abaixo:<br />
1. " ... Atualmente, 25 mil pessoas morrem de fome a cada dia e outras 815<br />
milhões sofrem de desnutrição..." - O emprego de "outras" indica que as pessoas que<br />
"morrem de fome" não sofriam de desnutrição.<br />
2. De acordo com o texto, 23 agências das Nações Unidas mantêm, em<br />
colaboração, um programa <strong>para</strong> a avaliação dos recursos de água doce.<br />
3. " ... De acordo com o documento, o agravamento da escassez de água dificultará o<br />
combate à fome no mundo, comprometendo a meta mundial de erradicar a fome até<br />
2050.." - Mantêm-se as relações de sentido e a correção gramatical do texto ao se<br />
substituir "comprometendo" por e comprometerá, retirando-se a vírgula que precede<br />
a forma de gerúndio.<br />
15
4. Pelos sentidos textuais, os vocábulos "países" e "nações" estão<br />
empregados como sinônimos e, por isso, admitem ser livremente trocados um pelo<br />
outro.<br />
5. "... O alerta de que o mundo enfrenta uma crise sem precedentes no abastecimento<br />
de água, feito pela ONU, está contido no estudo coordenado pela UNESCO e<br />
apresenta dois cenários sobre escassez..." - Preserva-se o sentido do texto ao se<br />
substituir "O alerta" por "A advertência" , mas, <strong>para</strong> que a correção gramatical seja<br />
preservada, será também necessário mudar "feito pela ONU, está contido" por feita<br />
pela ONU, está contida.<br />
----------------------------- TEXTO 10 -----------------------------<br />
Embora nessa sua ofensiva <strong>para</strong> reformar a previdência do funcionalismo público e<br />
criar uma contribuição <strong>para</strong> os inativos, o Congresso e o Poder Judiciário já deixaram<br />
claro que, se depender deles, tudo continuará como está. Para os parlamentares, que<br />
desfrutam da aposentadoria mais rápida do país, as medidas são "impopulares". Para<br />
a magistratura, composta ela própria de funcionários públicos, elas são ilegais, pois a<br />
Constituição da República veda a cobrança retroativa de qualquer tipo de taxa ou<br />
imposto. Esses argumentos, contudo, não resistem um minuto quando confrontados<br />
com a realidade dos fatos. Na verdade, qualquer um que examinar os grandes<br />
números do sistema previdenciário brasileiro chegará, obrigatoriamente, à conclusão<br />
de que ele é a maior máquina institucionalizada de transferência de renda de pobres<br />
<strong>para</strong> ricos e remediados de que se tem notícia no planeta.<br />
QUESTÃO : Julgue os itens abaixo:<br />
1. A expressão "Esses argumentos" retoma as idéias de impopularidade e de<br />
ilegalidade trazidas ao debate pelos parlamentares e pelos magistrados,<br />
respectivamente.<br />
2. " ... Esses argumentos, contudo, não resistem um minuto quando confrontados<br />
com a realidade dos fatos... " - A conjunção contudo pode ser substituída por<br />
embora sem alteração da coerência do texto.<br />
3. Infere-se do texto que os mais beneficiados pelo sistema de previdência não<br />
são os mais necessitados.<br />
4. " ... Para os parlamentares, que desfrutam da aposentadoria mais rápida<br />
do país, as medidas são "impopulares".." - as vírgulas após "parlamentares" e<br />
"país" conferem caráter restritivo à oração por elas isoladas.<br />
5. É possível que a palavra "impopulares" esteja entre aspas no texto tanto <strong>para</strong><br />
representar citação quanto <strong>para</strong> conferir caráter de ironia à informação.<br />
----------------------------- TEXTO 11 ----------------------------<br />
A revolução da informação, o fim da guerra fria - com a decorrente hegemonia<br />
de uma superpotência única - e a internacionalização da economia impuseram um<br />
novo equilíbrio de forças nas relações humanas e sociais que parece jogar por terras<br />
as antigas aspirações de solidariedade e justiça distributiva entre os homens, tão<br />
presentes nos sonhos, utopias e projetos políticos nos últimos dois séculos. Ao<br />
contrário: o novo modelo - cuja arrogância chegou ao extremo de considerar-se o<br />
ponto final, senão culminante, da História - promove uma brutal reconcentração de<br />
renda em âmbito mundial, multiplicando a desigualdade e banalizando de maneira<br />
assustadora a perversão social.<br />
QUESTÃO : Julgue os itens abaixo:<br />
16
1." A revolução da informação, o fim da guerra fria - com a decorrente hegemonia de<br />
uma superpotência única - e a internacionalização da economia impuseram um novo<br />
equilíbrio de forças nas relações humanas..." - Pelo sentido textual, as palavras<br />
"forças" e "relações" podem ser interpretadas como sinônimas.<br />
2. " ... a internacionalização da economia impuseram um novo equilíbrio de forças nas<br />
relações humanas e sociais que parece jogar por terras as antigas aspirações de<br />
solidariedade e justiça distributiva entre os homens... " - a locução verbal "parece<br />
jogar" está no singular porque está empregada numa função impessoal.<br />
3. " ... as antigas aspirações de solidariedade e justiça distributiva entre os homens,<br />
tão presentes nos sonhos, utopias e projetos políticos nos últimos dois séculos..." - o<br />
adjetivo "presentes" qualifica "homens".<br />
4. Mantêm-se a correção gramatical e o mesmo sujeito da oração, acrescentando-se o<br />
pronome "SE" às formas verbais da última oração: "multiplicando-se" e<br />
"banalizando-se".<br />
5. Os travessões nas linhas 1 e 2 marcam a inserção de uma observação adicional e,<br />
por isso, podem ser substituídos por sinais de parênteses.<br />
--------------------------- TEXTO 12 ------------------------------<br />
O mundo das finanças nunca mais será o mesmo. O fantástico<br />
desenvolvimento da tecnologia nos últimos anos mudou em definitivo o conceito de<br />
dinheiro. Os melhores investimentos passaram a ser fruto da velocidade das<br />
transações, da ausência de barreiras geográficas e do acesso à informação. Quanto<br />
mais rápido e bem informado for o investidor, menor será sua chance de perda. O tino<br />
<strong>para</strong> negócios foi substituído, em larga escala, por máquinas velozes e precisas.<br />
1. O segundo período do texto estaria também correto se a forma verbal “mudou”<br />
estivesse no plural <strong>para</strong> concordar com “anos”.<br />
2. O termo “em definitivo” pode ser substituído, sem prejuízo <strong>para</strong> a correção<br />
gramatical do período, por definitivamente ou por de forma definitiva.<br />
3. A palavra “fruto” (l.4) está empregada em sentido conotativo e corresponde à idéia<br />
de resultado.<br />
4. O pronome “sua’ (l.8) é elemento coesivo que se refere a “informado”.<br />
5. Está correta a seguinte reescritura do último período do texto: “Substituiu-se o tino<br />
<strong>para</strong> os negócios, em larga escala, por máquinas velozes e precisas.”<br />
--------------------------- TEXTO 13 ------------------------------<br />
As ações de respeito <strong>para</strong> com os pedestres<br />
> Motorista, ao primeiro sinal do entardecer, acenda os faróis.<br />
Procure não usar a meia-luz.<br />
> Não use faróis auxiliares na cidade.<br />
> Nas rodovias, use sempre os faróis ligados. Isso evita 50% dos atropelamentos. Seu<br />
carro fica mais visível aos pedestres.<br />
> Sempre, sob chuva ou neblina, use os faróis acesos.<br />
> Ao se aproximar de uma faixa de pedestres, reduza a velocidade e preste atenção.<br />
O pedestre tem a preferência na passagem.<br />
> Motorista, atrás de uma bola vem sempre uma criança.<br />
17
Nas rodovias, não dê sinal de luz quando verificar um trabalho de radar da polícia.<br />
Você estará ajudando um motorista irresponsável, que trafega em alta velocidade, a<br />
não ser punido.<br />
Esse motorista, não sendo punido hoje, poderá causar uma tragédia no futuro.<br />
> Não estacione nas faixas de pedestres.<br />
QUESTÃO : Julgue os itens a seguir.<br />
1. Entre os diversos fatores que ampliam as ações de<br />
respeito <strong>para</strong> com os pedestres, está o fortalecimento do conceito cidadania, marcante<br />
na civilização contemporânea.<br />
2. Embora o vocativo “Motorista” esteja explícito apenas em dois tópicos do texto, o<br />
emprego dos tempos verbais indica que está subentendido em todos os demais.<br />
3. As relações semânticas no terceiro tópico permitem subentender a idéia de porque<br />
entre “atropelamentos”<br />
“Seu”.<br />
4. No quarto tópico, a circunstância “sob chuva ou neblina” tem função<br />
caracteristicamente explicativa e, por isso, se retirada, não se alterarão as condições<br />
de uso <strong>para</strong> “faróis acesos”.<br />
5. O sexto tópico, diferentemente dos outros, não explicita ação do motorista, apenas<br />
fornece uma condição <strong>para</strong> seja subentendida cautela.<br />
------------------------- TEXTO 14 ------------------------------<br />
Os EUA acreditam que o Brasil seja o segundo maior consumidor de cocaína do<br />
mundo. Segundo o subsecretário do Escritório Internacional <strong>para</strong> Assuntos de<br />
Entorpecentes, James Mack, estima-se que o país consuma entre 40 e 50 toneladas<br />
(t) de cocaína por ano. A estimativa baseia-se na produção e circulação da droga no<br />
mundo. Em 2000, foram produzidas 700 t de cocaína, estando 95% da produção<br />
concentrada na Colômbia.<br />
Desse total, segundo Mack, 100 t passam pelo Brasil, mas apenas entre 50 t e 60 t<br />
chegam à Europa. Os norte-americanos acreditam que a droga que não vai <strong>para</strong> a<br />
Europa é consumida no Brasil. O Brasil só ficaria atrás dos EUA, que, em 2000,<br />
consumiram 266 t. “Em 1999, 80% da cocaína do mundo foi consumida nos EUA e,<br />
em 2000, conseguimos reduzir esse total <strong>para</strong> menos da metade. O problema é que a<br />
droga está indo <strong>para</strong> outros países, entre eles o Brasil”, disse Mack.<br />
Mack veio ao Brasil, acompanhado de outros especialistas norte-americanos no<br />
assunto, <strong>para</strong> a reunião anual entre o Brasil e os EUA sobre coordenação no combate<br />
ao narcotráfico e outros ilícitos, como lavagem de dinheiro, por exemplo.<br />
QUESTÃO:<br />
Com base no texto, julgue os seguintes itens.<br />
1. Serão conservadas as mesmas relações de coerência com a argumentação do<br />
texto se, em lugar de “acreditam” (l.1) , for usado "sabem", com as devidas alterações<br />
sintáticas.<br />
2. O emprego de “consuma” (l.5) indica, sintaticamente, uma ação dependente de<br />
outra, ao mesmo tempo que denota uma hipótese, algo de que não se pode afirmar a<br />
certeza.<br />
3. Mantêm-se as mesmas relações percentuais ao se empregar a preposição “em” no<br />
lugar de “<strong>para</strong>” na expressão “<strong>para</strong> menos da metade” (l.17).<br />
18
4. Mantêm-se a coerência e a coesão textuais ao deslocar-se a expressão<br />
“acompanhado de outros especialistas norte americanos no assunto” (l.20-21) <strong>para</strong> o<br />
início do período ou <strong>para</strong> imediatamente após “ilícitos”.<br />
5. Nas linhas 1 e 22, “Brasil” e “EUA” estão sendo utilizados <strong>para</strong> designar<br />
representantes brasileiros e representantes norte-americanos.<br />
--------------------------- TEXTO 15 ------------------------------<br />
O capitalismo, ao contrário do comunismo e do socialismo, não é, de forma<br />
alguma, um “ismo”. Não é um sistema sonhado por filósofos, políticos ou economistas<br />
e depois posto em prática por decisão de governos. Trata-se de um evento natural,<br />
uma peça orgânica no progresso humano. A História mostra que o capitalismo ocorre<br />
nas sociedades humanas quando elas atingem certo nível de progresso tecnológico e<br />
as pessoas com dinheiro percebem que podem lucrar ao se organizarem <strong>para</strong> investir.<br />
Acontecendo naturalmente, o capitalismo não tem necessidade de ajuda dos<br />
governos. Pode-se dizer que ele é inevitável, a não ser que o governo tome<br />
determinadas medidas <strong>para</strong> impedi-lo. Ocorreu em larga escala, pela primeira vez, na<br />
Inglaterra, na segunda metade do século XVIII, e foi possível porque a sociedade<br />
britânica era relativamente livre, com poucas leis que impedissem as mudanças<br />
econômicas e técnicas. O governo não teve praticamente nada a ver com ele. O<br />
fenômeno foi chamado de Revolução Industrial, mas esse nome supõe mudança<br />
dramática e violência. Não houve nada disso. Nem houve grandes planos, regras ou<br />
decisões grandiosas.<br />
Assim, o capitalismo nasceu de decisões não-coordenadas e meramente<br />
coincidentes de muitos milhares de pequenos fabricantes, comerciantes, artesãos,<br />
poupadores, investidores e instituições financeiras. Os grandes bancos não<br />
desempenharam papel algum, pois simplesmente não existiam.<br />
Veja, 27/12/2000, p. 163 (com adaptações).<br />
QUESTÃO: Com relação ao texto 15, julgue os itens abaixo.<br />
1. No texto, o termo “ismo” (l.2), geralmente usado como sufixo, está empregado como<br />
substantivo.<br />
2. No texto, a argumentação a favor da idéia do capitalismo como evento natural<br />
baseia-se em testemunhos de autoridade, pois há citação de filósofos e pensadores.<br />
3. A expressão do texto “peça orgânica” (l.5-6) pode ser interpretada como parte<br />
naturalmente constituinte da organização, ou seja, algo que tem o caráter de um<br />
desenvolvimento natural, inato, em oposição ao que é ideado, calculado.<br />
4. No texto, as expressões “instituições financeiras” (l.27-28) e “grandes bancos” (l.28)<br />
estão sendo usadas como sinônimas.<br />
5. No texto, se alterarmos a palavra "mudança" (l.21) por "alterações", o sentido<br />
permaneceria inalterado e não seriam necessárias alterações gramaticais.<br />
-------------------------- TEXTO 16 ------------------------------<br />
O Brasil vai crescer menos<br />
O ritmo de crescimento da economia brasileira se desacelerou mais rápido ante<br />
o previsto. No segundo trimestre deste ano, o produto interno bruto (PIB) - que mede a<br />
produção de riquezas do país - foi inferior ao do período de janeiro a março. Isso<br />
interrompe a seqüência de expansão que vinha sendo registrada desde o segundo<br />
19
trimestre de 1999. No semestre, o país cresceu 2,49%. Esse resultado, divulgado pelo<br />
Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), contraria todas as previsões do<br />
mercado, que esperava uma expansão de 3% na com<strong>para</strong>ção com 2000. O mau<br />
desempenho da economia é resultado do aumento dos juros e das turbulências no<br />
mercado de câmbio provocados pela crise Argentina. Além disso, em maio, pouco<br />
antes de fechar o trimestre, o país deparou-se com a escassez de energia.<br />
Surpreendido pelo PIB do segundo trimestre, o mercado financeiro se pre<strong>para</strong> <strong>para</strong><br />
rever suas projeções <strong>para</strong> este ano. Os gráficos abaixo ilustram as variações do PIB<br />
brasileiro. O gráfico superior, intitulado “Variação do PIB por trimestre”, representa a<br />
taxa acumulada do PIB nos últimos quatro trimestres (em relação aos quatro<br />
trimestres imediatamente anteriores).<br />
QUESTÃO: A respeito das idéias e do emprego das estruturas lingüísticas do texto 16,<br />
julgue os itens subseqüentes.<br />
1. Na passagem "... contraria todas as previsões do mercado, que esperava uma<br />
expansão de 3% ..." (l.10-11), a vírgula pode ser retirada sem que haja prejuízo quanto<br />
ao sentido e às regras gramaticais.<br />
2. O emprego do pronome átono nas expressões “se desacelerou” (l.2) e “se pre<strong>para</strong>”<br />
(l.18) tem, respectivamente, como uso opcional: desacelerou-se e pre<strong>para</strong>-se.<br />
3. Emprega-se a preposição “ante” (l.2) com o valor semântico de anterioridade,<br />
semelhante ao do prefixo formador de palavras como anterior e antecontrato.<br />
4. O pronome “Isso” (l.5) refere-se à queda no PIB, ou seja, à queda na produção de<br />
riquezas do país.<br />
5. A locução verbal “vinha sendo registrada” (l.6-7) expressa uma ação que se<br />
desenvolve gradualmente; por isso, corresponde, no presente, à locução vem a ser<br />
registrada.<br />
-------------------------- TEXTO 17 ------------------------------<br />
A economia brasileira: indicadores de produção<br />
No início de 1999, as expectativas quanto à evolução do nível de atividade<br />
incorporavam os desdobramentos da crise financeira internacional, ocorrida no fim de<br />
1998, tais como a mudança no regime cambial brasileiro, levada a efeito em janeiro.<br />
Assim, as perspectivas quanto à trajetória da economia eram desenhadas em um<br />
cenário que considerava a elevação nas taxas de juros e o provável recrudescimento<br />
da inflação, resultante do impacto desfavorável da desvalorização do real.<br />
Relatório anual do BACEN, 1999, v. 35, p. 13 (com adaptações).<br />
QUESTÃO: A partir do texto acima, julgue os itens que se seguem.<br />
1. No texto, os verbos “levada” (l.5) e “desenhadas” (l.7), empregados na forma de<br />
particípio, têm como referentes, respectivamente: < “a mudança no regime cambial<br />
brasileiro” (l.4); < “as perspectivas quanto à trajetória da economia” (l.6-7).<br />
2. Infere-se das idéias do texto que “desdobramentos da crise financeira internacional”<br />
(l.3) são conseqüência da “elevação nas taxas de juros” (l.8) e do “recrudescimento da<br />
inflação” (l.9).<br />
3. Na linha 2, o verbo "incorporavam" pode ser substituído sem prejuízos <strong>para</strong> a<br />
estrutura textual por sua forma pronominal "incorporavam-se".<br />
20
4. A termo "Assim", que inicia o segundo parágrafo, faz um resumo de todas as<br />
informações e circunstâncias apresentadas no primeiro parágrafo, retomando-o.<br />
5. ".... resultante do impacto desfavorável da desvalorização do real...." - o termo<br />
sublinhado tem como sujeito "um cenário".<br />
-------------------------- TEXTO 18 ------------------------------<br />
Ourocap Milênio<br />
O Ourocap Milênio chegou com muitas novidades: mais chances de premiação,<br />
possibilidade de resgate parcial e variadas opções de mensalidades. Além disso, parte<br />
da receita da Brasilcap com as vendas do novo produto será destinada ao programa<br />
BBeducar, de alfabetização de jovens e adultos carentes, coordenado pela Fundação<br />
Banco do Brasil.<br />
Características básicas:<br />
< Ourocap Milênio é um título de pagamento mensal, com prazo de vigência de 60<br />
meses;<br />
< o novo Ourocap amplia as opções de mensalidades, oferecendo a você 12 opções,<br />
variando entre R$ 30,00<br />
e R$ 400,00;<br />
< o capital destinado aos resgates é atualizado pela TR e capitalizado com base na<br />
taxa de juros da caderneta de poupança, que é igual a 0,5% ao mês;<br />
< a cada 12 pagamentos, você pode solicitar o resgate parcial, a partir de R$ 120,00,<br />
ou retirar integralmente o capital destinado a resgate até aquele momento;<br />
< sorteios regulares (todos os sábados, exceto o último do mês): 1 prêmio de 1.000<br />
vezes o valor da última<br />
mensalidade paga, 2 prêmios de 200 vezes o valor da última mensalidade paga e 252<br />
prêmios de 10 vezes esse valor;<br />
< sorteio especial (último sábado de cada mês): 1 prêmio de 5.000 vezes o valor da<br />
última mensalidade paga. (...)((...)QUESTÃO 16<br />
QUESTÃO: com relação às estruturas lingüísticas do texto 18, julgue os itens a seguir.<br />
1. Na linha 1, o emprego do sinal de dois-pontos justifica-se pela enumeração<br />
subseqüente.<br />
2. O particípio em “destinada” (l.5) flexiona-se no feminino porque deve concordar com<br />
“parte da receita” (l.4).<br />
3. Caso a forma verbal “é” (l.14) seja substituída pelo futuro do presente - será -, o<br />
período se tornará incoerente e gramaticalmente incorreto.<br />
4. Na linha 15, <strong>para</strong> evitar redundância com a preposição “de”, pode-se substituir “da”<br />
por pela, mantendo-se as mesmas relações de significação.<br />
21
5. Nas linhas 14 e 15, o segmento “é atualizado pela TR e capitalizado” admite a<br />
seguinte redação: atualizam-se pela TR e capitalizam-se.<br />
-------------------------- TEXTO 19 ------------------------------<br />
Em um ambiente marcado por turbulência e mudanças intermitentes, flexibilidade<br />
é a palavra de ordem <strong>para</strong> as organizações. A reforma do estatuto proposta pela<br />
Diretoria dará agilidade ao processo decisório, tornando a estrutura do Banco mais<br />
descentralizada.<br />
O BB deve responder a uma dupla demanda da sociedade brasileira: como banco,<br />
ser eficiente e gerar lucro; como banco público, atuar eficientemente na<br />
implementação de políticas públicas, sem prejuízo do equilíbrio econômico-financeiro<br />
da instituição.<br />
A resposta <strong>para</strong> esse duplo desafio será dada com a prática dos princípios de<br />
Governança Corporativa, sinal do compromisso da empresa com a transparência e<br />
com o direcionamento das ações <strong>para</strong> atividades essenciais do negócio bancário,<br />
como banco de varejo especializado em setores econômicos, comprometidos em<br />
atender às expectativas dos clientes e com o retorno <strong>para</strong> os acionistas.<br />
Os ajustes recentemente implantados encerram um movimento iniciado em 1996.<br />
O aprimoramento dos sistemas de controle e das ferramentas de mapeamento de<br />
riscos, a prospecção de oportunidades e a renovada capacidade de superação do BB<br />
permitem buscar o <strong>para</strong>digma da eficiência operacional, lastreado no tripé<br />
crescimento, rentabilidade e segurança das operações.<br />
Relatório da Administração do Banco do Brasil,<br />
Correio Braziliense, 28/8/2001 (com adaptações).<br />
QUESTÃO 23<br />
QUESTÃO 1: A partir do texto 19, julgue os itens abaixo.<br />
1. No texto, o tratamento de “BB” como primeira pessoa do discurso é exigência da<br />
impessoalidade do gênero textual relatório.<br />
2. Como o verbo “responder” (l.7) admite duas possibilidades de complementação<br />
sintática, na expressão do texto “a uma dupla demanda” (l.7) pode ser colocado o sinal<br />
indicativo de crase.<br />
3. O uso do sinal de ponto-e-vírgula (l.9) justifica-se <strong>para</strong> evitar incompreensão nas<br />
relações semânticas, já que há, no segundo parágrafo do texto, uma divisão de idéias<br />
e, em cada uma delas, ocorre vírgula.<br />
4. Subentende-se do segundo parágrafo do texto que, se o BB responder<br />
positivamente à demanda de ser banco público, ele não gerará lucro.<br />
5. Percebe-se claramente que o substantivo "lastreado" concorda em gênero e número<br />
com o seu referente expresso no texto, ou seja, BB.<br />
QUESTÃO 2: Julgue os itens subseqüentes com respeito às palavras do texto 19.<br />
1. A palavra “intermitentes” (l.2) está sendo utilizada com o significado de intensas.<br />
2. A expressão “econômico-financeiro” (l.11) pode ser substituída por econômico e<br />
financeiro, sem alteração da correção e da significação do período.<br />
3. A palavra “prospecção” (l.22) está sendo utilizada com o sentido de pesquisa, mas<br />
seu sentido original é método técnico empregado <strong>para</strong> localizar e calcular o valor<br />
econômico de jazidas minerais.<br />
4. O termo “<strong>para</strong>digma” (l.24) está sendo utilizado como sinônimo de utopia.<br />
5. A palavra “lastreado” (l.25) está empregada no sentido metafórico de marcado.<br />
-------------------------- TEXTO 20 ------------------------------<br />
O futuro se constrói<br />
A vida socio-econômica de qualquer sociedade depende da ação humana, cujos<br />
orientação, coordenação e controle, mais ou menos frouxos ou impositivos, de acordo<br />
22
com a natureza mais ou menos democrática ou autoritária dos regimes políticos, a<br />
sociedade delega ao Estado. É, portanto, obrigação do Estado a supervisão da vida<br />
nacional, tanto nos regimes autoritários como, resguardadas as proporções quanto ao<br />
grau de autoridade, nos democráticos. Nem mesmo o pensamento liberal aceita em<br />
sua plenitude a idéia de que a espontaneidade do mercado resolve tudo, cabendo ao<br />
Estado apenas prover segurança e justiça.<br />
Mario Cesar Flores. O Estado de S. Paulo, 28/8/2001, A2 (com adaptações).<br />
QUESTÃO: De acordo com as idéias e estruturas lingüísticas do texto, julgue os itens<br />
que se seguem.<br />
1. Ocorre um jogo de idéias com o emprego do pronome “se” no título, que tanto pode<br />
ser interpretado como o futuro constrói a si mesmo, quanto como alguém constrói<br />
o futuro.<br />
2. De acordo com as regras de concordância da norma culta, o pronome relativo<br />
“cujos” (l.2) admite, opcionalmente, ser substituído por em que.<br />
3. A expressão “mais ou menos frouxos ou impositivos” (l.3-4) subentende: mais<br />
frouxo ou menos frouxo, mais impositivo ou menos impositivo.<br />
4. De acordo com a argumentação do texto, caracteriza-se a “supervisão da vida<br />
nacional” (R.6) como: presente em diferentes tipos de regime político; obrigação do<br />
Estado; mais abrangente que a simples provisão de segurança e justiça.<br />
5. Pela estrutura sintática em que ocorre, a forma verbal “resolve” (l.12) admite a<br />
substituição por resolva.<br />
23
Tipologia Textual<br />
Tudo o que se escreve recebe o nome genérico de redação ou composição textual.<br />
Basicamente, existem três tipos de redação: narração (base em fatos), descrição<br />
(base em caracterização) e dissertação (base em argumentação).<br />
Cada um desses tipos redacionais mantém suas peculiaridades e características. Para<br />
fazer um breve resumo, podem-se considerar as proposições a seguir:<br />
• Narração – modalidade textual em que se conta um fato, fictício ou não, que<br />
ocorreram num determinado tempo e lugar, envolvendo certos personagens.<br />
Estamos cercados de narrações desde que nos contam histórias infantis como<br />
Chapeuzinho Vermelho ou Bela Adormecida, até as picantes piadas do<br />
cotidiano.<br />
Ex.: Numa tarde de primavera, a moça caminhava a passos largos em direção<br />
ao convento. Lá estariam a sua espera o irmão e a tia Dalva, a quem muito<br />
estimava. O problema era seu atraso e o medo de não mais ser esperada...<br />
• Descrição – tipo de texto em que se faz um retrato por escrito de um lugar,<br />
uma pessoa, um animal ou um objeto. A classe de palavras mais utilizada<br />
nessa produção é o adjetivo, por sua função caracterizadora. Numa<br />
abordagem mais abstrata, pode-se até descrever sensações ou sentimentos.<br />
Ex.: Seu rosto era claro e estava iluminado pelos belos olhos azuis e<br />
contentes. Aquele sorriso aberto recepcionava com simpatia a qualquer<br />
saudação, ainda que as bochechas corassem ao menor elogio. Assim era<br />
aquele rostinho de menina-moça da adorável Dorinha.<br />
Observação<br />
Normalmente, narração e descrição mesclam-se nos textos; sendo difícil,<br />
muitas vezes, encontrar textos exclusivamente descritivos.<br />
• Dissertação – estilo de texto com posicionamentos pessoais e exposição de<br />
idéias. Tem por base a argumentação, apresentada de forma lógica e coerente<br />
a fim de defender um ponto de vista. É a modalidade mais exigida nos<br />
<strong>concurso</strong>s em geral, por promover uma espécie de “raios-X” do candidato no<br />
tocante a suas opiniões. Nesse sentido, exige do candidato mais cuidado em<br />
relação às colocações, pois também revela um pouco de seu temperamento,<br />
numa espécie de psicotécnico.
ORTOGRAFIA OFICIAL<br />
É a parte da gramática que visa a escrita correta das palavras.<br />
Nós devemos, pois, obedecer às regras do sistema ortográfico da nossa língua. Fugir a essas<br />
regras seria estar à margem do sistema vigente.<br />
Vejamos, o texto abaixo:<br />
Tiro ao Álvaro<br />
(Adoniran Barbosa)<br />
De tanto levar frechada do teu olhar<br />
Meu peito até parece, sabe o que?<br />
Táubua de tiro ao álvaro, não tem mais onde furar.<br />
Teu olhar mata mais do que bala de carabina<br />
Que veneno estriquinina<br />
Que peixeira de baiano<br />
Teu olhar mata mais<br />
Que atropelamento de automóver<br />
Mata mais que bala de revórver.<br />
O compositor, propositadamente, utilizou em sua música algumas palavras com erros de<br />
ortografia, porém os escritores e os músicos têm licença-poética que os permite “brincar” com a<br />
normas da língua portuguesa.<br />
Um texto dissertativo exige obediência à gramática normativa.<br />
ATENÇÃO ! ! !<br />
Para escrever corretamente, é muito importante acostumar-se a resolver dúvidas de grafia,<br />
consultando gramáticas e dicionários. Ler bastante e com atenção, observando a grafia das<br />
palavras. Escrever várias vezes as palavras de grafia mais difícil.<br />
Não se pode esquecer também de observar as palavras que têm som semelhante, mas escrita e<br />
significados diferentes (parônimos), a fim de evitar confusão ao escrevê-las, além de ficar atento<br />
ao emprego de algumas letras.<br />
O nosso alfabeto é composto de 23 letras:<br />
A B C D E F G H I J L M N O P Q R S T U V X Z<br />
As letras k, W e Y também são utilizadas em abreviaturas, em símbolos de uso<br />
internacional e em palavras estrangeiras e nomes próprios.<br />
O emprego do H: por motivos de etimologia, aparece no início de muitas palavras. Nos dígrafos<br />
ch, lh, nh (chave, alho, ninho) e no final de algumas interjeições (Ah!, Oh!).<br />
habitaçã<br />
o<br />
herança higiene honesto hálito hediondo hélice<br />
hábito herói hipoteca honra hesitar hodierno hífen<br />
hábil hidrogêni homem horizont hermético hecatomb hoje<br />
o<br />
e<br />
e<br />
O emprego do S: é usado em adjetivos pátrios terminados em –ês (-esa) e nos adjetivos<br />
com o sufixo –oso (-osa) indicadores de abundância, estado pleno. Depois de ditongos, em<br />
verbos derivados de palavras que já têm s no radical, em títulos de nobreza e alguns nomes<br />
próprios.
SUFIXOS –INHO/ -ZINHO<br />
cheiroso coisa<br />
formoso maisena<br />
dengoso mausoléu<br />
francês faisão<br />
francesa alisar<br />
marquesa asa<br />
baronesa fusão<br />
duquesa síntese<br />
poetisa gás<br />
profetisa análise<br />
Para formar o grau diminutivo com esses sufixos, proceda da seguinte forma: se a palavra<br />
primitiva terminar por s ou z, basta acrescentar o sufixo –inho(a); se a palavra primitiva<br />
apresentar outra terminação, acrescente o sufixo –zinho(a).<br />
Primitiva sufixo diminutivo derivada<br />
Pires inho piresinho<br />
lápis inho lapisinho<br />
raiz inha raizinha<br />
juiz inho juizinho<br />
papel zinho papelzinho<br />
pé zinho pezinho<br />
E nas seguintes correlações:<br />
ND, RG, RT, NT:<br />
compreender → compreensão<br />
ascender → ascensão<br />
apreender → apreensão<br />
pretender → pretensão<br />
suspender → suspensão<br />
expandir → expansão, expansivo<br />
emergir → emersão<br />
inverter → inversão<br />
sentir → senso<br />
consentir → consentimento<br />
PEL ou CORR:<br />
impelir → impulso, impulsão,<br />
impulsivo<br />
repelir → repulsão, repulsivo<br />
expelir → expulsão<br />
concorrer → <strong>concurso</strong><br />
recorrer → recurso<br />
percorrer → percurso
O emprego do Z: é empregado nos sufixos –ez (-eza), formadores de substantivos<br />
abstratos a partir de adjetivos. No sufixo –izar, formador de verbo e nas palavras da<br />
mesma família. Porém, palavras como analisar, avisar e pesquisar não ocorre o sufixo<br />
verbal –izar, pois são verbos que derivam de palavras que já têm s no seu radical.<br />
beleza embelezar<br />
altivez centralizar<br />
aspereza civilizar<br />
surdez canalizar<br />
finalizar valorizar<br />
esvaziar agonizar<br />
vez autorizar<br />
revezar Arborizar<br />
cruz profetizar<br />
cruzeiro deslize<br />
baliza desprezo<br />
Nos verbos terminados em –UZIR:<br />
- aduzir<br />
- conduzir<br />
- produzir<br />
- deduzir<br />
- reduzir<br />
- produzir<br />
Grafam-se com SS os nomes a que:<br />
correspondem verbos cujos radicais são CED, GRED, PRIM:<br />
conceder → concessão<br />
progredir → progressão<br />
imprimir → impressão<br />
ceder → cessão<br />
agredir → agressão<br />
reprimir → repressão<br />
correspondem radicais de verbos derivados de METER:<br />
cometer → comissão<br />
prometer → promessa<br />
remeter → remessa ou remissão<br />
submeter → submissão<br />
correspondem verbos terminados em TIR:<br />
discutir → discussão<br />
admitir → admissão<br />
permitir → permissão<br />
repercutir → repercussão<br />
demitir → demissão
Grafam-se com Ç :<br />
palavras de origem árabe, africana ou tupi:<br />
→ muçulmano e açúcar (origem árabe)<br />
→ caçamba e caçanje – dialeto crioulo do português falado em Angola – (origem<br />
africana)<br />
→ Juçara e paçoca (origem tupi)<br />
palavras derivadas do verbo TER:<br />
conter → contenção<br />
obter → obtenção<br />
deter → detenção<br />
reter → retenção<br />
abster → abstenção<br />
palavras derivadas de outras que possuem T no radical:<br />
exceto → exceção<br />
isento → isenção<br />
nos sufixos –ação e –ção, formadores de verbos:<br />
pre<strong>para</strong>r → pre<strong>para</strong>ção construir → construção<br />
nomear → nomeação destruir → destruição<br />
cantar → canção<br />
optar → opção<br />
após ditongos se o som for / s / :<br />
→ feição<br />
→ traição<br />
→ eleição<br />
→ louça<br />
Obs.: após ditongos com som / z /, as palavras são grafadas com s (causa, pausa,<br />
coisa, maisena,etc.)<br />
nos sufixos –AÇA(O), -IÇA(O), -UÇA(O):<br />
→ barcaça<br />
→ ricaço<br />
→ carniça<br />
→ dentuço<br />
Emprega-se X:<br />
depois de ditongo com som / x /:<br />
→ caixa<br />
→ peixe<br />
→ faixa<br />
palavras de origem indígena ou africana:<br />
→ abacaxi e xavante (origem indígena)<br />
→ orixá e xangô (origem africana)
depois da sílaba inicial –ME:<br />
→ mexerica<br />
→ mexer<br />
→ México<br />
→ mexicano<br />
→ mexilhão<br />
depois da sílaba inicial –EN:<br />
→ enxoval<br />
→ enxada<br />
→ enxaqueca<br />
Obs.: com exceção do verbo encher (e seus derivados): enchimento, enchente,<br />
preencher.<br />
Quando o prefixo –en junta-se a um radical iniciado por ch: charco> encharcar ><br />
encharcado;<br />
chumaço > enchumaçar; chiqueiro > enchiqueirar.<br />
palavras de línguas modernas:<br />
→ xampu, xerife, xelim (moeda inglesa de prata), xerez (vinho fino e saboroso da<br />
Andaluzia)<br />
Grafa-se com CH:<br />
nomes de origem : alemã, inglesa, espanhola, francesa e latina:<br />
→ chope e chucrute (origem alemã)<br />
→ chute e sanduíche (origem inglesa)<br />
→ mochila (origem espanhola)<br />
→ chalé e chapéu (origem francesa)<br />
→ chuva (origem latina)<br />
O emprego do G: é usado em substantivos terminados em –agem, -igem, -ugem;<br />
nas palavras terminados em –ágio, -égio, -ígio, -ógio, -úgio; nas palavras<br />
derivadas de outras que já têm g e outras palavras, conforme sua origem do latim,<br />
do grego e do árabe.<br />
ramagem monge<br />
vertigem sugestão<br />
ferrugem tigela<br />
pedágio tangerina<br />
colégio gibi<br />
vestígio giz<br />
relógio algema<br />
refúgio gengibre<br />
ligeiro gíria<br />
sargento vagem<br />
Emprega-se j:<br />
nas palavras derivadas de primitivas que se escrevem com j:<br />
ajeitar, ajeitado (de jeito); laranjeira ...
ETC.<br />
em palavras de origem tupi: jibóia, pajé, jenipapo.<br />
nas formas dos verbos terminados em –jar: arranjei, despejaram, despejado, ...<br />
na terminação –aje: traje, laje, ultraje<br />
ETC é latino et coetere (significando e outras coisas ou e no mais).<br />
Em geral é considerado facultativo o uso da vírgula antes da abreviatura etc.. Mas,<br />
convém distinguir os casos.<br />
Ex.: Os sintomas da doença são: anemia, transtornos endócrinos, etc.<br />
Sem a vírgula antes do etc., poderia parecer que etc. representa outros transtornos além<br />
dos endócrinos. Com a vírgula, etc. significa outros sintomas.<br />
USO DO HÍFEN<br />
Só se ligam por hífen os elementos das palavras compostas em que se mantém a<br />
noção da composição, isto é, os elementos das palavras compostas que mantêm a sua<br />
independência fonética, conservando cada um a sua própria acentuação, porém formando<br />
o conjunto perfeita unidade de sentido.<br />
Dentro desse princípio, deve-se empregar o hífen nos seguintes casos:<br />
1. Nas palavras compostas em que os elementos, com a sua acentuação própria, não<br />
conservam, considerados isoladamente, a sua significação, mas o conjunto constitui<br />
uma unidade semântica: água-marinha, arco-íris, galinha-d’água, couve-flor,<br />
guarda- -pó, pé-de-meia (mealheiro, pecúlio) , pára-choque, porta-chapéus, etc.<br />
.<br />
2. Nas formas verbais com pronomes enclíticos ou mesoclíticos: ama-lo (amas e lo),<br />
amá- -lo (amar e lo), dê-se-lhe, fá-lo-á, oferecê-la-ia, repô-lo-eis, serenou-se-te,<br />
traz-me, vedou-te, etc. .<br />
3. Nos vocábulos formados pelos prefixos que representam formas adjetivas, como<br />
anglo, greco, histórico, ínfero, latino, lusitano, luso, póstero, súpero, etc.: anglobrasileiro,<br />
greco-romano, histórico-geográfico, ínfero-anterior, latino-americano,<br />
lusitano-castelhano, luso-brasileiro, póstero-palatal, súpero-posterior, etc. .<br />
4. Nos vocábulos formados por sufixos que representam formas adjetivas, como açu,<br />
guaçu e mirim, quando o exige a pronúncia e quando o primeiro elemento acaba em<br />
vogal acentuada graficamente: andá-açu, amoré-guaçu, anajá-mirim, capim-açu,<br />
etc. .<br />
5. Nos vocábulos formados pelos prefixos:<br />
a) auto, contra, extra, infra, intra, neo, proto, pseudo, semi e ultra, quando se lhes<br />
seguem palavras começadas por vogal, h, r ou s: auto-educação, contra-almirante,<br />
extra-oficial, infra-hepático, intra-ocular, neo-republicano, proto-revolucionário,<br />
pseudo-revelação, semi-selvagem, ultra-sensível, etc. .
) ante, anti, arqui e sobre, quando seguidos de palavras iniciadas por h, r ou s: ante-<br />
-histórico, anti-higiênico, arqui-rabino, sobre-saia, etc. .<br />
c) supra, quando se lhe segue palavra encetada por vogal, h, r ou s: supra-auxiliar,<br />
supra- -renal, supra-sensível, etc. .<br />
d) super, hiper, inter, quando seguidos de palavra principiada por h ou r: super-homem,<br />
super-requintado, inter-regional, etc. .<br />
e) ab, ad, sob e sub, quando seguidos de elementos iniciados por r e b: ab-rogar, adrenal,<br />
ob-reptício, sob-roda, sub-reino, sub-bibliotecário, etc. .<br />
f) pan e mal, quando se lhes segue palavra começada por vogal ou h: pan-asiático,<br />
pan-<br />
-helenismo, mal-educado, mal-humorado, etc. .<br />
g) bem, quando a palavra que lhe segue tem vida autônoma na língua ou quando a<br />
pronúncia o requer: bem-ditoso, bem-aventurado, etc. .<br />
h) sem, sota, soto, vice, vizo, ex (com o sentido de cessamento ou estado anterior), etc.:<br />
sem-cerimônia, sota-piloto, soto-ministro, vice-reitor, vizo-rei, ex-diretor, etc. .<br />
i) pós, pré e pró, que têm acento próprio, por causa da evidência dos seus significados e<br />
da sua pronunciação, ao contrário dos seus homógrafos inacentuados, que, por<br />
diversificados foneticamente, se aglutinam com o segundo elemento: pós-meridiano,<br />
pré-escolar, pró-britânico; mas pospor, preanunciar, procônsul, etc. .<br />
Aurélio Buarque de Holanda Ferreira chama a atenção — entre outras omissões<br />
do Vocabulário de 1943 — <strong>para</strong> a ausência do prefixo com (sob a forma co), com o<br />
sentido de ‘a par’ , quando o segundo elemento possui vida autônoma na língua: coautor,<br />
co-herdeiro, co-proprietário, co-responsável, etc. (Novo dicionário da língua<br />
portuguesa, Nova Fronteira, s. d. , p. XI da 1ª edição). Registramos, especialmente,<br />
este caso, por suscitar ele dúvidas freqüentes.<br />
LIMA, C. H. da Rocha. Gramática normativa da língua portuguesa. Rio de Janeiro,<br />
Briguiet, 1960.<br />
USO DAS INICIAIS MAIÚSCULAS<br />
Nos substantivos próprios (nomes de<br />
pessoas, topônimos, denominações<br />
religiosas e políticas, nomes sagrados<br />
e ligados a religiões, entidades<br />
mitológicas e astronômicas):<br />
No início de período, verso ou citação<br />
direta:<br />
No começo de versos que não iniciam<br />
período, usa-se normalmente a letra<br />
minúscula, como se observa em:<br />
Com o nome país, quando substitui<br />
um nome próprio geográfico evidente:<br />
Carolina, Luciana, Leonardo; Alexandre, o Grande;<br />
Paraná; São Paulo; Campinas; Curitiba; oceano Atlântico;<br />
lago Paraná; Igreja Católica Apostólica Romana; Partido<br />
dos Trabalhadores; União Democrática Nacional; Deus;<br />
Cristo; Buda; Zeus; Afrodite; Júpiter; Via Láctea; . . .<br />
“Amor é um fogo que arde sem se ver;<br />
É ferida que dói e não se sente;<br />
É um contentamento descontente;<br />
É dor que desatina sem doer;”<br />
(Camões)<br />
“De tudo quanto foi meu passo caprichoso,<br />
na vida, restará, pois o resto se esfuma,<br />
uma pedra que havia no meio do caminho.”<br />
(Carlos Drummond de Andrade)<br />
Vai ser implantada a reforma da previdência no País.<br />
(=Brasil)
Nos nomes de períodos históricos,<br />
festas religiosas ou datas e fatos<br />
políticos importantes:<br />
Nos nomes de logradouros públicos<br />
(avenidas, ruas, travessas, praças,<br />
largos, viadutos, pontes, jardins . . .)<br />
Nos nomes de repartições públicas,<br />
agremiações culturais ou esportivas,<br />
edifícios e empresas públicas ou<br />
privadas:<br />
Nos títulos de livros, periódicos,<br />
produções artísticas, literárias e<br />
científicas:<br />
O presidente argentino decretou estado de sítio no País.<br />
(=Argentina)<br />
Idade Média, Renascimento, Natal, Páscoa, Ressurreição<br />
de Cristo, Dia do Trabalho, Dia das Mães, Independência<br />
do Brasil, Proclamação da República, . . .<br />
Avenida Rio Branco, Rua do Ouvidor, Travessa do<br />
Comércio, Praça da República, Viaduto da Liberdade,<br />
Ponte Rio-Niterói, . . .<br />
Ministério do Trabalho, Academia Brasileira de Letras,<br />
Teatro Municipal, Edifício Itália, Editora Melhoramentos,<br />
Editora Scipione, Editora Ática,<br />
Dom Casmurro (de Machado de Assis), Veja, Jornal do<br />
Brasil , O Pensador (de Rodin), , O Noviço (de Martins<br />
Penna), A Origem das Espécies (de Charles Darwin)<br />
Nos nomes de escolas em geral: Escola Técnica Rezende Rammel, Escola Municipal<br />
França, Colégio Hélio Alonso, Colégio Pedro II, . . .<br />
Nos nomes dos pontos cardeais<br />
quando indicam regiões:<br />
Obs.: os nomes dos pontos cardeais<br />
são grafados com a inicial minúscula<br />
quando indicam apenas direções ou<br />
limites geográficos:<br />
Nas expressões de tratamento:<br />
Nos nomes comuns sempre que<br />
personificados ou individualizados:<br />
As pessoas do Oriente, o falar do Norte, os mares do Sul,<br />
a vegetação do Oeste . . .<br />
... ao sul de Minas Gerais, de norte a sul, de leste a oeste.<br />
Vossa Alteza, Vossa Majestade, Vossa Santidade, Vossa<br />
Excelência, Vossa Senhoria, Magnífico Reitor, Sr. Diretor, .<br />
. .<br />
o Amor, a Virtude, a Morte, o Lobo, o Cordeiro, a Cigarra,<br />
a Formiga, a Capital, a República, a Indústria, o Comércio .<br />
. .<br />
Com o nome Papa O Papa visitou o Brasil.<br />
O Papa João Paulo II visitará, novamente, o Brasil.<br />
PRÁTICA<br />
1) Complete com X ou com CH:<br />
afrou____ar bo____e____a bru____a<br />
cai____ote ve____ame ____u____u
eli____ir en____aguar en____ame<br />
en____aqueca en____oval en____urrada<br />
fa____ina fei____e frou____o<br />
gra____a con____a bomba____a<br />
bai____ada be____iga ca____imbo<br />
ca____umba ____a____im ____arco<br />
engra____ar en____ada co____i____o<br />
ori____á ____arope en____ugar<br />
2) Complete com J ou G:<br />
verti____em tan____ente ____or____eta<br />
here____e mon____e conta____em<br />
vi____ência lambu____em ____e____um<br />
____íria ri____eza o____eriza<br />
va____em su____eito ____engiva<br />
____equitibá su____eitar ____eada<br />
pa____é pa____em vi____ia<br />
____ibóia ____irafa me____era<br />
cafa_____este ____ilete ____irar<br />
ma____estade passa____eiro ____esuíta<br />
3) Complete com SS, S ou Ç:<br />
Compreen ____<br />
ão<br />
Irrever ____ ível suce____ão<br />
controvér____ia admi____ível repreen____ão<br />
exten____ão ace____ível mu____ulmano<br />
dobradi____a preten____io____o prome____a<br />
inver____ão defen____ivo rever____ão<br />
emer____ão admi____ão trai____ão<br />
ingre____o conver____ível Assun____ão<br />
ascen____ão preten ____ ão promi____or<br />
opre____ão exce____o permi____ão<br />
afli____ão perver____ão impre____ora<br />
4) Complete com SS, S, C ou X:<br />
má _____ imo apro _____ imar mí _____ il<br />
ofi _____ ina pro _____ imidade a _____ eio<br />
dispen _____ ei disfar _____ e pê _____ ego<br />
con _____ eguir so _____ ego de _____ idir<br />
pa _____ e deflu _____ o ven _____ edor<br />
a _____ íduo in _____ enso trou _____ emos<br />
man _____ inho apro _____ imação per _____ iana<br />
per _____ eber po _____ e sinta _____ e<br />
pa _____ eata per _____ eguir trou _____ eram<br />
fô _____ emos ca _____ ique apre _____ iar<br />
EXERCÍCIOS<br />
1. Assinale a alternativa em que todas as palavras estão grafadas corretamente:
a) <strong>para</strong>lisar, pesquisar, ironizar, deslizar<br />
b) alteza, empreza, francesa, miudeza<br />
c) cuscus, chimpanzé, encharcar, encher<br />
d) incenso, abcesso, obsessão, Luis<br />
2. Ambas as palavras estão grafadas incorretamente em:<br />
a) capitalizar, catalisar<br />
b) agonisar, batisar<br />
c) improvisar, anarquizar<br />
d) modernizar, concretizar<br />
3. O item que apresenta uma palavra de grafia EQUIVOCADA é:<br />
a) Pireneus, irrequieto;<br />
b) freada, puleiro;<br />
c) feioso, manteigueira;<br />
d) aleijado, mágoa;<br />
e) campeão, lampião.<br />
4. Preencha os espaços com as palavras grafadas corretamente:<br />
“A ____________ de uma guerra nuclear provoca uma grande ___________ na<br />
humanidade e a deixa ________________ quanto ao futuro.”<br />
a) espectativa – tensão – exitante d) expectativa – tenção – hezitante<br />
b) espectativa – tenção – hesitante e) espectativa – tenção – exitante<br />
c) expectativa – tensão – hesitante<br />
5. (TC) O x foi empregado incorretamente em :<br />
a) enxada, feixe, ameixa<br />
b) enxame, enxugar, lixa<br />
c) xale, bruxa, mexerica<br />
d) xampu, xícara, graxa<br />
e) xaranga, xuxu, xarque<br />
6. Minha ................ está .......................... por culpa não sei de ................. .<br />
a) pesquisa, atrazada, quê<br />
b) pesquiza, atrasada, quê<br />
c) pesquisa, atrazada, que<br />
d) pesquisa, atrasada, quê<br />
7. O ............. que ele usava era um ........... da .............. dos petrodólares ostentados pelos<br />
..................... .<br />
a) traje, previlégio, expansão, xerifes<br />
b) traje, privilégio, expansão, xerifes<br />
c) trage, previlégio, expansão, cherifes<br />
d) trage, previlégio, expanção, xerifes<br />
8. (Sec. Est. de Polícia Civil) Pesquisa é palavra escrita com s; qual dos itens a seguir<br />
apresenta erro ortográfico devido à confusão entre s e z?<br />
a) análise;<br />
b) princeza;<br />
c) empresa;<br />
d) <strong>para</strong>lisia;
e) catequizar.<br />
9. (Procuradoria Geral da Justiça/RJ) “Se o país ganha jeito ...” Como se vê, a palavra<br />
jeito se escreve com j. Em que item a seguir todas as palavras apresentam grafia correta?<br />
a) gorjeta – pajé – jibóia – vajem<br />
b) ultraje – canjica – monje – viajem<br />
c) majestade – jenipapo – alforje - manjedoura<br />
d) laje – traje – tijela - jia<br />
e) lisonjear – gorjeio – sarjeta - ferrujem<br />
10. (Tribunal de Justiça/RJ) O sufixo –izar do verbo “ritualizar” escreve-se com a letra z,<br />
como se vê. Que item a seguir só tem grafias corretas?<br />
a) analizar – visualizar – capitalizar<br />
b) pesquizar – realizar – universalizar<br />
c) catequizar – deslizar – instrumentalizar<br />
d) <strong>para</strong>lizar – centralizar – urbanizar<br />
e) catalizar – batizar – animalizar<br />
11. (Tribunal de Alçada Criminal) O verbo nascer é grafado com sc; que palavra abaixo<br />
está erradamente grafada exatamente porque não contém esse encontro na sua forma<br />
gráfica?<br />
a) piscina d) indescente<br />
b) descida e) suscitar<br />
c) crescer<br />
12. . (Santa Casa - SP) As silabadas, ou erros de prósódia, são freqüentes no uso da<br />
língua. Indique a alternativa onde não ocorre nenhuma silabada:<br />
a) Eis aí um prototipo de rúbricas de um homem vaidoso.<br />
b) Para mim a humanidade está dividida em duas metades: a dos filântropos e a dos<br />
misantropos.<br />
c) Os arquétipos de iberos são mais pudicos que se pensa.<br />
d) Nesse interim chegou o médico com a contagem de leucócitos e o resultado da cultura<br />
de lêvedos.<br />
e) Ávaro de informações, segui todas as pegadas do éfebo.
I. DIVISÃO SILÁBICA<br />
Ao dividirmos as sílabas de uma palavra, devemos observar a soletração e<br />
devemos utilizar o hífen ( - ) <strong>para</strong> marcar a se<strong>para</strong>ção das sílabas.<br />
Porém, outros fatores também são importantes <strong>para</strong> a divisão silábica. Observe:<br />
não se se<strong>para</strong>m os ditongos e os tritongos: a-zuis, Pa-ra-guai, gló-ria, a–ve-riguou,<br />
...<br />
consoante inicial não acompanhada de vogal fica na sílaba que a segue: pneu,<br />
psi-có-lo-go, pseu-dô-ni-mo, ...<br />
não se se<strong>para</strong>m os dígrafos ch, lh, nh, qu, gu: chá-ca-ra, a-lho, ni-nho, qua-dro, água.<br />
não se se<strong>para</strong>m os encontros consonantais perfeitos (geralmente, consoante + l<br />
ou r):<br />
li-vro, blo-co, su-bli-me, ...<br />
Obs.: encontros consonantais como gn, mn, pn, ps, pt, tm e outros não aparecem em<br />
muitos vocábulos.<br />
Quando iniciais, são, naturalmente, inseparáveis:<br />
gno – mo psi – co – lo - gia<br />
mne – mô – ni – co pti – a – li - na (fermento da saliva, que transforma o amido em<br />
maltose e dextrina)<br />
pneu (pneu- má – ti – co) tme –se (Tmse é o termo não usado pela N.G.B. ; a<br />
denominação usada é mesóclise)<br />
se<strong>para</strong>m-se as letras dos dígrafos rr, ss, sc, sç, xc: car-ro, pás-sa-ro, nas-ci-mento,<br />
des-ço, ex-ce-ção, ex-su-dar ...<br />
se<strong>para</strong>m-se os demais encontros consonantais: dig-ni-da-de, af-ta, subs-tan-ti-vo,<br />
rit-mo,..<br />
se<strong>para</strong>m-se os hiatos: sa-ú-de, sa-í-da, ra-i-nha, ju – iz, co - e – lho, di – a, lu – a,<br />
po-ei-ra, ...<br />
Obs.: os encontros vocálicos -ia, ie, -io, -ao, -ua, -uo, quando átonos e finais,<br />
podem ser realizados como ditongos ou hiatos.<br />
co - lé - gio ou co- lé - gi - o<br />
es - tá - tua ou es - tá - tu – a<br />
se<strong>para</strong>m-se as vogais idênticas: co-or-de-na-dor, Sa-a-ra, a-ben-çô-o, en-jô-o, nii-lis-mo<br />
Obs.: atenção aos prefixos:<br />
sub – li – nhar, sub-te-nen-te, mas ... su-bo-fi-ci-al<br />
bis-ne-to, mas ... bi-sa-vô, bi-sa-vó<br />
trans-por-te, trans-fe-rên-cia, mas ... tran-sa-tlân-ti-co, tran-sa-ma-zô-ni-ca<br />
des-li-gar, mas ... de-ses-pe-rar<br />
dis-tra-ção, mas ... di-sen-té-ri-co
cis-pla-ti-no, mas ... ci-san-di-no<br />
ex-tra-ir, mas ... e-xér-ci-to<br />
EXERCÍCIOS<br />
1.(Aeronáutica) Assinale a alternativa em que a palavra destacada apresenta correta<br />
divisão silábica.<br />
a) "Tal luta interestadual sempre existiu." – in - ter - es - ta - du - al<br />
b) "Vai subalugar a sala a um senhor idoso." – su - ba - lu - gar<br />
c) Sublocou uma casa em Ubatuba a um amigo. – su - blo - cou<br />
d) "Como bom filho do século XIX, superestimava as possibilidades da Ciência." – su -<br />
per - es - ti - ma – va<br />
2. Assinale a seqüência em que todas as palavras estão partidas corretamente:<br />
a) trans-a-tlân-ti-co, fi-el, sub-ro-gar<br />
b) bis-a-vô, du-e-lo, fo-ga-réu<br />
c) sub-lin-gual, bis-ne-to, de-ses-pe-rar<br />
d) des-li-gar, sub-ju-gar, sub-scre-ver<br />
3. De acordo com a se<strong>para</strong>ção silábica, qual o grupo de palavras abaixo que está<br />
totalmente correto?<br />
a) as-si-na-da, chei-ro, ma-de-i-ra<br />
b) pers-pi-caz, felds-pa-to, des-cer<br />
c) avi-so, mi-nha, in-fân-cia<br />
d) extra-or-di-ná-rio, ve-lha, fel-ds-pa-to<br />
4. Assinale a opção em que a divisão de sílaba não está corretamente feita:<br />
a) a-bai-xa-do<br />
b) es-fi-a-pa-da<br />
c) ca-a-tin-ga<br />
d) si-me-tria<br />
5. Aponte o único conjunto onde há erro de divisão silábica:<br />
a) flui-do, sa-guão, dig-no<br />
b) cir-cuns-cre-ver, trans-cen-den-tal, tran-sal-pi-no<br />
c) con-vic-ção, tung-stê-nio, rit-mo<br />
d) ins-tru-ir, an-te-pas-sa-do, se-cre-ta-ri-a<br />
6. Estão corretamente se<strong>para</strong>das as sílabas de todas as palavras da alternativa:<br />
a) pães, té- cni- co, du-as d) oc- ci- pi- tal, si- tua– ção, a- e-<br />
ro- náu- ti- ca<br />
b) tran- sa- tlân- ti- co, ob- so- le- to, sa- guão<br />
c) ra- pto, subs- tân- cia, bis- a- vô<br />
7. Assinale a alternativa em que as sílabas das palavras estão corretamente se<strong>para</strong>das.<br />
a) rép - til, re – pre – en – são, ba – leia.<br />
b) poe – sia, ne – ces – si – da – de, idé – ias.<br />
c) ma –te – ri – al, po – e – ma, e – po – péi – as<br />
d) ir – re – sis – tí – vel, e – xis – ti – a, con – sci – en – te.
8. (UFRJ) Indique o item em que a se<strong>para</strong>ção silábica está correta:<br />
a) impossível: im-po-ssí-vel d) transação: trans-a-ção<br />
b) galinha: ga-lin-há e) cooperar: coo-pe-rar<br />
c) dia: di-a<br />
9. . (Supletivo-SP) Assinalar a alternativa em que todas as palavras estão se<strong>para</strong>das<br />
corretamente:<br />
a) Mas-si-nis-sa, i-gu-al, miú-da<br />
b) Cons-truir, igual, cri-ei<br />
c) Cri-ei, as-pec-to, mi-ú-da<br />
d) Me-da-lhões, pás-sa-ros, es-ta-çõ-es<br />
10. (S. M. ADM. – Rio) Na apresentação de uma carta somos obrigados. Muitas vezes, a<br />
se<strong>para</strong>r sílabas ao final da linha: qual das se<strong>para</strong>ções silábicas a seguir está correta?<br />
a) trans – a – tlân – ti - co<br />
b) sub – li -nhar<br />
c) pra - ia<br />
d) as – sem - bléia<br />
e) p – si – co – lo – gi - a<br />
11. (Tribunal de Alçada Criminal/RJ) A alternativa que não apresenta a se<strong>para</strong>ção silábica<br />
da palavra, corretamente, é:<br />
a) subs – cre – ver<br />
b) sub – li – mi - nar<br />
c) sub – li – nhar<br />
d) sub – al – ter – no<br />
e) sub – sí – dio<br />
12. (Sec. Estadual de Polícia Civil) Que palavra a seguir tem sua se<strong>para</strong>ção silábica<br />
incorretamente indicada?<br />
a) ex –pec – ta –ti -va<br />
b) pró –pri – os<br />
c) de –vas -sa<br />
d) dis – to -rções<br />
e) in –ter – rup -ção
II. ACENTUAÇÃO GRÁFICA<br />
Na língua portuguesa, quase todas as palavras apresentam uma sílaba tônica, ou<br />
seja, uma sílaba que é pronunciada com mais força, com mais tom. Em alguns casos, a<br />
mudança de posição da sílaba tônica implica em mudança de significado.<br />
Dependendo da posição da sílaba tônica na palavra, podemos ter três casos:<br />
Oxítonas: quando a última sílaba da palavra é a tônica, porém serão acentuadas<br />
somente as palavras oxítonas terminadas em:<br />
a(s), e(s), o(s): vatapá, café, xilindró<br />
em, ens: armazém, <strong>para</strong>béns<br />
êm (terceira pessoa do plural): têm, vêm, detêm, provêm<br />
Paroxítonas: quando a penúltima sílaba da palavra é tônica, no entanto,<br />
acentuam-se apenas as palavras paroxítonas terminadas em:<br />
em ditongo crescente: ânsia, mágoa, tênue...<br />
ã, ão: órgão, órfã<br />
i(s): júri, lápis<br />
on(s): próton, íons<br />
um, uns, us: álbum, álbuns, bônus<br />
l, n, r, ps, x: fácil, éden, líder, bíceps, tórax<br />
macete: <strong>para</strong> memorizar as terminações das paroxítonas, podemos usar as<br />
palavras e expressões abaixo:<br />
ROUXINOL / PSIU! NÃO RELAXEIS! / RÃ NUM LIXÃO!<br />
LONA ROXA! (não se aproveitam as vogais)<br />
Proparoxítonas: quando a antepenúltima sílaba é acentuada. Todas são<br />
acentuadas.<br />
árido, lâmpada, xícara, sílaba...<br />
Acentuam-se os monossílabos tônicos terminados em:<br />
a(s), e(s), o(s): pá, pé, pó<br />
Acentuam-se os ditongos abertos:<br />
éu, éi, ói: chapéu, fiéis, herói<br />
Ditongos abertos<br />
Geléia<br />
Herói<br />
Fogaréu<br />
Ditongos fechados<br />
Geleira<br />
Coisa<br />
Museu<br />
Os ditongos fechados ei , oi, eu , NÃO são acentuados!<br />
Hiatos tônicos : acentua-se a segunda vogal tônica do hiato (i ou u), quando<br />
forma sílaba sozinha ou com s.
sa-í, ca-ís-te, ba-ú, ba-la-ús-tre, con-tra-í-la, dis-tri-bu-í-lo, pe-ú-ga, tim-bo-ú-va, etc.<br />
OBS.: não se acentua a segunda vogal tônica do hiato quando formar sílaba com L, M, N,<br />
R, Z, ou vier seguida de NH.<br />
paul (pântano), ruim, ainda, sair, juiz e rainha<br />
Hiatos êem e ôo(s):<br />
êem: crêem, dêem, lêem, vêem (e derivados)<br />
ôo: abençôo, vôo(s), enjôo<br />
usa-se o trema na letra U dos grupos GUE, GUI, QUE e QUI, quando é<br />
pronunciada e átona.<br />
Ex.: agüentar, pingüim, seqüência, tranqüilo, lingüiça, qüinqüênio, sagüi, freqüência<br />
Obs.: em palavras como quilo, guerra, quente e quieto não ocorre trema, porque o u não<br />
é pronunciado, formando dígrafo com as letras g e q.<br />
Se a letra u dos grupos gue, gui, que, qui for pronunciada com bastante intensidade,<br />
isto é, se for tônica, ela receberá acento agudo. Nesse caso, a letra u é uma vogal:<br />
averigúe, apazigúe, argúi, argúis, obliqúe.<br />
Acentuação dos verbos TER e VIR: os verbos ter e vir recebem acento circunflexo<br />
na 3ª pessoa do plural do presente do indicativo.<br />
Ele tem<br />
Ele vem<br />
Eles têm<br />
Eles vêm<br />
Obs.: os verbos derivados de ter e vir recebem acento agudo ( ´ ) na 3ª pessoa do<br />
singular e acento circunflexo ( ^ ) na 3ª pessoa do plural do presente do indicativo.<br />
Assim, os verbos deter, conter, porvir e convir, por exemplo, nas 3ª s pessoas do<br />
singular e do plural do presente do indicativo ficam:<br />
Ele detém<br />
Ele contém<br />
Ele provém<br />
Ele contém<br />
Eles detêm<br />
Eles contêm<br />
Eles provêm<br />
Eles contêm<br />
Acentuação dos verbos LER, CRER, VER e DAR: acentua-se a primeira vogal do<br />
grupo EE, quando tônica, bem como de seus derivados.<br />
Ele lê<br />
Ele crê<br />
Eles lêem<br />
Eles crêem
Ele vê<br />
(Que ) Ele dê<br />
Eles vêem<br />
(Que) Eles dêem<br />
Obs1.: o verbo dar recebe esse tipo de acentuação somente nas 3ª s pessoas do<br />
singular e do plural do presente do subjuntivo. Já os verbos ler, crer e ver recebem<br />
nas 3ª s pessoas do singular e do plural do presente do indicativo.<br />
Obs2.: não confundir o verbo prover com o verbo provir.<br />
Prover: derivado de ver. Significa ver com antecedência; tomar providências acerca<br />
de. Segue, portanto, as formas de conjugação do verbo ver.<br />
Provir: derivado de vir. Significa proceder, originar-se. Segue, portanto, as formas de<br />
conjugação do verbo vir.<br />
Ex1.: Ela provê a despensa de alimentos. / Elas provêem a despensa de alimentos.<br />
Ex2.: A língua portuguesa provém do latim. / O espanhol, o italiano e o francês também<br />
provêm do latim.<br />
Acento diferencial<br />
côa: verbo coar e substantivo<br />
pára: verbo <strong>para</strong>r (3ª pessoa do presente do ind.)<br />
pôr: verbo<br />
pôde: verbo poder (pretérito perfeito do ind.)<br />
pêlo(s): substantivo<br />
péla: verbo e substantivo<br />
pêra: substantivo / péra: substantivo (pedra – péra-fita)<br />
pôlo(s): substantivo (gavião menor de um ano) / polo:<br />
contração<br />
pôla: substantivo (broto de árvore) / póla: substantivo<br />
pancadaria<br />
PRÁTICA<br />
1. Use o acento diferencial quando for necessário:<br />
a) Ele mal pode esperar pela resposta.<br />
b) Comprei peras maduras.<br />
c) Essa música não <strong>para</strong> de tocar!<br />
d) Quando o sol se por, poderei sair.<br />
e) Levei meu cachorro <strong>para</strong> passear à tarde.<br />
f) Ao passar pelos campos, senti a energia da natureza.<br />
coa: contração<br />
<strong>para</strong>: preposição<br />
por: preposição<br />
pode: verbo (presente do<br />
ind.)<br />
pélo: verbo<br />
pela: contração<br />
pera: preposição (antiga)<br />
pólo(s): substantivo<br />
pola: contração
g) Os pelos do meu gato estão arrepiados.<br />
EXERCÍCIOS<br />
1. Qual erro de acentuação?<br />
a) Grajaú d) látex<br />
b) Café e) bambú<br />
c) Cipó<br />
2. (Tribunal de Alçada Criminal) A palavra países leva acento porque:<br />
a) é proparoxítona;<br />
b) é paroxítona com hiato;<br />
c) o i é tônico como segunda vogal de hiato;<br />
d) apresenta ditongo aberto;<br />
e) é proparoxítona terminada em –s.<br />
3. Assinale a alternativa em que nenhuma palavra deve ser acentuada graficamente:<br />
a) órgão, seres, preto<br />
b) governo, odio, juri<br />
c) polen, garoa, cairdes<br />
d) gratuito, atras, amendoim<br />
e) melancia, tatu, cores<br />
4. (FGV-SP) Assinale a alternativa que completa corretamente as frases:<br />
1. Cada qual faz como melhor lhe .............. .<br />
2. O que ............. estes frascos?<br />
3. Neste momento os teóricos ................. os conceitos.<br />
4. Eles .............. a casa do necessário.<br />
a) convém - contêm - revêem - provêem<br />
b) convém - contém - revêem - provém<br />
c) convém - contém - revêm - provém<br />
d) convêm - contém - revêem - provêem<br />
e) convêm - contêm - revêem - provêem<br />
5. (Santa Casa- SP) As palavras após e órgãos são acentuadas por serem,<br />
respectivamente:<br />
a) Paroxítona terminada em s e proparoxítona.<br />
b) Oxítona terminada em o e paroxítona terminada em ditongo.<br />
c) Proparoxítona e paroxítona terminada em s.<br />
d) Monossílabo tônico e oxítona terminada em o seguido de s.<br />
e) Proparoxítona e proparoxítona.<br />
6. (U.F. Viçosa -MG) Assinale o vocábulo que perde o acento gráfico no plural:<br />
a) próton c) fóssil e) caráter<br />
b) móvel d) cônsul<br />
7. (ITA-SP) Dadas as palavras:<br />
1) apóiam<br />
2) baínha
3) abençoo<br />
constatamos que está (estão) corretamente grafadas (s):<br />
a) apenas a palavra nº. 1. d) todas as palavras.<br />
b) Apenas a palavra nº. 2. e) N.D.A.<br />
c) Apenas a palavra nº. 3.<br />
8. (F.C. CHAGAS) Por favor, __________ com esse __________ pois precisamos de<br />
_____________.<br />
a) <strong>para</strong>, ruído, tranqüilidade<br />
b) <strong>para</strong>, ruido, tranquilidade<br />
c) <strong>para</strong>, ruído, tranquilidade<br />
d) pára, ruido, tranqüilidade<br />
e) pára, ruído, tranqüilidade<br />
9. (TALCRIM) O vocábulo conseqüentemente apresenta trema porque:<br />
a) a letra U é um sinal diacrítico;<br />
b) a letra U não é pronunciada;<br />
c) a letra U é uma semivogal;<br />
d) a letra U é átona e pronunciada;<br />
e) a letra U é tônica e pronunciada.<br />
10. Estas revistas que eles ............... , .................. artigos curtos e manchetes que todos<br />
................ .<br />
a) leem – tem – vêem<br />
b) lêm – têem – vêm<br />
c) lêem – têm – vêem<br />
d) lêem – têm – vêm<br />
11. Eles .............. em tudo quanto ................. .<br />
a) crêem – lêem<br />
b) crem – lem<br />
c) crêm – lêm<br />
d) crêem - lêm<br />
12. (T. JUST. –RJ) Qual a justificativa do uso do acento gráfico na forma verbal “afastálas”?<br />
a) marcar a queda da letra r antes do pronome pessoal oblíquo;<br />
b) por ser uma palavra oxítona terminada em a;<br />
c) por ser proparoxítona;<br />
d) acento diferencial entre o infinitivo e o presente do indicativo;<br />
e) indicar a mudança de uma sílaba átona <strong>para</strong> tônica.<br />
13. (Supletivo-MG) Não são paroxítonas as palavras:<br />
a) salada - varanda - tarde d) amanhã - última - perdão<br />
b) leite - escada - senhora e) verdade - presença - janela<br />
c) violetas - brigas - mesa<br />
14. (CÂM. MUN. – Rio) “ . . . têm um papel a desempenhar aí.” A forma verbal têm<br />
aparece acentuada graficamente com acento circunflexo pela mesma razão de uma das<br />
palavras a seguir. Qual?
a) pôde<br />
b) lêem<br />
c) contém<br />
d) vê<br />
e) vêm<br />
15. (ALERJ) A alternativa em que uma das palavras abaixo se acentua por regra<br />
diferente das demais é a seguinte:<br />
a) “já”, mês, trás<br />
b) “porém”, deténs, convém<br />
c) “espontânea”, vários, cárie<br />
d) “substituídos”, reúnem, íamos<br />
e) “espírito”, pudéssemos, farmacêutico<br />
16. (UFRJ) Aí é uma palavra que leva acento ortográfico porque:<br />
a) é a palavra oxítona terminada em vogal<br />
b) é monossílabo tônico terminado em vogal<br />
c) é a palavra com ditongo aberto<br />
d) possui vogal i tônica, em hiato<br />
e) é a palavra paroxítona terminada em vogal<br />
17. (TJ/RJ) Em que item a seguir os vocábulos não têm sua acentuação gráfica justificada<br />
pela mesma regra?<br />
a) silêncio - escritórios<br />
b) próxima – trânsito<br />
c) pôr - é<br />
d) fácil - impossível<br />
e) vários - pátio<br />
18. (TJ/RJ) “Aquela que nasce da injustiça e da iniqüidade social ...” (l.5)<br />
Por que a palavra “iniqüidade” leva trema?<br />
a) porque o u é tônico;<br />
b) porque ui é um hiato;<br />
c) porque antes de i o u sempre leva trema;<br />
d) porque o u é pronunciado e átono;<br />
e) porque faz parte de um dígrafo.<br />
19. (TJ/RJ) A forma verbal há leva acento ortográfico porque:<br />
a) é um monossílabo átono;<br />
b) é forma verbal<br />
c) é a palavra sem valor semântico<br />
d) é monossílabo tônico terminado em a.<br />
e) a vogal a tem o timbre aberto.<br />
20. (U.E. Ponta Grossa- PR) As palavras seguintes apresentam-se sem o acento gráfico,<br />
seja ele necessário ou não. Aponte a alternativa em que todas sejam paroxítonas:<br />
a) textil - condor - mister - zenite - crisantemo<br />
b) luzidio - latex - inaudito - primata - libido<br />
c) exodo - fagocito - bramane - obus - refem<br />
d) novel - sutil - inclito - improbo - interim<br />
e) tulipa - refrega - filantropo - especime - noctivago
ORTOEPIA E PROSÓDIA<br />
Ortoepia<br />
Ortoepia é a parte da fonética que se ocupa da pronúncia correta das palavras.<br />
Uma boa pronúncia não deve suprimir, alterar ou acrescentar fonemas.<br />
Por exemplo:<br />
Pronúncia<br />
Correta<br />
Trouxe<br />
Lagarto<br />
Rouba<br />
Mesmo<br />
Mulher<br />
Estouro<br />
Pousa<br />
Mal<br />
Frear<br />
Advogado<br />
Pneu<br />
Adivinhar<br />
Tóxico (cs)<br />
Mendigo<br />
Frustrado<br />
Superstição<br />
Empecilho<br />
Intitular<br />
Quisestes<br />
Nós<br />
Vós<br />
Prosódia<br />
Pronúncia<br />
Errada<br />
(truxe)<br />
(largato)<br />
(róba)<br />
(memo)<br />
(mulhé)<br />
(estoro)<br />
(posa)<br />
(mar)<br />
(freiar)<br />
(adevogado)<br />
(peneu)<br />
(advinhar)<br />
(tóxico) (ch)<br />
(mendingo)<br />
(frustado)<br />
(supertição)<br />
(impecilho)<br />
(entitular)<br />
(quisesteis)<br />
(nóis)<br />
(vóis)<br />
Prosódia é a parte da fonética que se ocupa da acentuação tônica das palavras.<br />
Por exemplo:<br />
Palavras Oxítonas Nobel, novel, mister, sutil, recém, ureter,<br />
condor, ruim, hangar, obus, cateter.<br />
Palavras Paroxítonas Rubrica, tulipa, têxtil, ibero, avaro,<br />
filantropo, gratuito, fortuito, erudito, pudico,<br />
boêmia, boemia, látex, libido, maquinaria,<br />
misantropo(aquele que se afasta da<br />
sociedade), luzidio, ciclope (gigante com um<br />
só olho na testa), Normandia, quiromancia,<br />
ônix, caracteres.<br />
Palavras Proparoxítonas Crisântemo, Niágara, zênite, espécime,<br />
arquétipo, anátema, protótipo, aeródromo,
Palavras Com Dupla Prosódia<br />
Acrobata ou acróbata<br />
Alopata ou alópata<br />
Autópsia ou autopsia<br />
Hieroglifo ou hieróglifo<br />
xérox ou xerox<br />
oceania ou Oceânia<br />
ortoepia ou ortoépia<br />
projétil ou projetil<br />
réptil ou reptil<br />
sóror ou soror<br />
zangão ou zângão<br />
catástrofe, antítese, alcoólatra, antídoto,<br />
cérebro, ínterim, álibi, ômega, ágape,<br />
âmago, etíope, íngreme, plêide.
III. CURIOSIDADES GRÁFICA<br />
1. Mal/Mau<br />
a) Mau: é um adjetivo, portanto, refere-se a um substantivo.<br />
(antônimo de bom)<br />
Ex.1: Felipe é um mau jogador.<br />
b) Mal: pode ser:<br />
a) advérbio de modo (antônimo de bem)<br />
Ex.: Comportou-se mal.<br />
b) conjunção temporal (equivale a assim que)<br />
Ex.: Mal cheguei, ele saiu.<br />
c) substantivo (quando precedido de artigo ou de outro determinante).<br />
Ex.: Ela sofre de um mal incurável.<br />
<br />
artigo indefinido<br />
2. Mas/Mais<br />
a) Mas: é uma conjunção adversativa. Equivale a porém, contudo, todavia, entretanto.<br />
Ex.: Ele jogou mal, mas seu time conseguiu o título.<br />
b) Mais: é pronome ou advérbio de intensidade.<br />
Ex.1: Ela leu mais livros este semestre que no anterior.<br />
<br />
pronome indefinido<br />
Ex.2: Ela era a aluna mais estudiosa da sala.<br />
<br />
advérbio de intensidade<br />
3. Onde/Aonde<br />
a) Onde: emprega-se com os verbos que não dão idéia de movimento.<br />
Ex.: Onde estão os cadernos?<br />
b) Aonde: emprega-se com os verbos que dão idéia de movimento. Equivale a <strong>para</strong><br />
onde.<br />
Ex.: Aonde você vai?<br />
4. Há/A<br />
a) Há: emprega-se quando indica tempo passado, ou quando tem o sentido de existir.<br />
Ex.1: Há dias não nos vemos.<br />
<br />
passado
Ex.2: Há muitos brinquedos pelo chão.<br />
<br />
existem<br />
b) A: preposição, emprega-se quando indica tempo futuro ou quando indica medida,<br />
distância.<br />
Ex.1: Viajaremos daqui a duas semanas.<br />
<br />
futuro<br />
Ex.: O colégio fica a dois quilômetros daqui.<br />
<br />
distância<br />
5. Sob/Sobre<br />
a) Sob: preposição, significa debaixo de.<br />
Ex.: Você está sob os meus cuidados.<br />
b) Sobre: preposição, significa em cima ou <strong>para</strong> cima; a respeito.<br />
Ex.: Eles falavam sobre futebol.<br />
6. Por que/Porque/Porquê/Por quê<br />
a) Por que (se<strong>para</strong>do e sem acento):<br />
a) No início de frases interrogativas e quando depois dele vier escrita ou subentendida a<br />
palavra razão.<br />
Ex.1: Por que você não foi à aula ontem?<br />
Ex.2: Não sabemos por que ela não ficou aqui.<br />
b) Quando equivale a pelo qual e flexões.<br />
Ex.: Aquele é o caminho por que ele passa sempre.<br />
b) Porque (junto e sem acento): quando se tratar de uma conjunção explicativa ou<br />
causal. Geralmente equivale a pois.<br />
Ex.: Ela não foi à aula porque estava doente.<br />
c) Porquê (junto e com acento): quando se tratar de um substantivo. Assim, virá sempre<br />
precedido de artigo ou outra palavra determinante.<br />
Ex.: Não sabemos o porquê da confusão.<br />
d) Por quê (se<strong>para</strong>do com acento): a palavra que em final de frase deve sempre ser<br />
acentuada.<br />
Ex.1: Você gosta de quê?<br />
Ex.2: Você chorou por quê?<br />
7. Senão/Se não<br />
a) Senão: equivale a caso contrário.<br />
Ex.: Devemos estudar bastante, senão não conseguiremos passar.<br />
b) Se não: equivale a se por acaso não. Dá idéia de condição.<br />
Ex.: Sairemos à noite, se não chover.
8. Agente/A gente<br />
a) Agente: o que pratica a ação; pessoa que trabalha em agências de viagens, turismo<br />
etc.<br />
Ex.: O agente de viagens era muito simpático.<br />
b) A gente: equivale a nós; forma mais popular.<br />
Ex.: Nada de ruim acontecerá com a gente.<br />
9. Traz/Trás<br />
a) Traz: verbo trazer. Conduzir; acompanhar; apresentar; guiar etc.<br />
Ex.: Ela traz consigo um quilo de batatas.<br />
b) Trás: preposição e advérbio. Atrás; após.<br />
Ex.: Deixem isso <strong>para</strong> trás.<br />
10. Acerca de/A cerca de/Há cerca de<br />
a) Acerca de: sobre, a respeito de.<br />
Ex.: Li notícias acerca de mudanças na segurança pública.<br />
b) Há cerca de: existe aproximadamente; indica tempo decorrido e aproximado.<br />
Ex1.: Há cerca de quatro mil pessoas inscritas no <strong>concurso</strong>.<br />
Ex2.: Pedro saiu daqui há cerca de duas horas.<br />
c) A cerca de: aproximadamente.<br />
Ex.: O professor se dirigiu a cerca de cem pessoas.<br />
11. Este/Esse<br />
a) Este: indica o que está perto da pessoa que fala; indica tempo presente em relação à<br />
pessoa que fala.<br />
Ex1.: Este livro é meu, Joana!<br />
Ex2.: Este momento é muito importante <strong>para</strong> mim hoje.<br />
b) Esse: indica o que está perto da pessoa a quem se fala; indica o tempo passado ou<br />
futuro com relação à época em que se coloca a pessoa que fala.<br />
Ex1.: Esse livro é seu, Joana?<br />
Ex2.: Durante muito tempo, estudei <strong>Português</strong>. Esse momento foi muito importante <strong>para</strong><br />
mim.<br />
12. Ao encontro de/De encontro a<br />
a) Ao encontro de: a favor de.<br />
Ex.: Suas reivindicações vieram ao encontro de nossos interesses.<br />
b) De encontro a: exprime oposição, choque.<br />
Ex.: Mário veio de encontro aos meus anseios.<br />
13. A fim de/Afim<br />
a) A fim de: expressa idéia de finalidade. Na linguagem popular, usa-se a fim de <strong>para</strong><br />
indicar vontade.
Ex1.: Estudarei bastante, a fim de passar no <strong>concurso</strong>.<br />
Ex2.: Ela não estava a fim de ir à festa.<br />
b) Afim: adjetivo que expressa idéia de afinidade, de semelhança.<br />
Ex.: João e Beatriz têm interesses afins.<br />
PRÁTICA<br />
1. Use “mal” ou “mau”.<br />
a) Antes só do que _______ acompanhado.<br />
b) Vestido________ feito.<br />
c) Não leves a ________ o que ela disse.<br />
d) Homem ________ humorado.<br />
e) Um _______ colega procede _______ e é _______ amigo.<br />
2. Complete com “mais” ou “mas” .<br />
a) Ontem fui ao cinema, ________ não gostei do filme.<br />
b) Você é aquele que ________ faz bagunça.<br />
c) Choveu muito, _______ mesmo assim nós fomos ao passeio.<br />
d) Quem estuda tem ________ chances de passar na prova.<br />
e) Não acredito ________ em políticos.<br />
3 . Complete com “onde” e “aonde”.<br />
a) ____________ você foi?<br />
b) ____________ você estudou?<br />
c) ___________ estão as camisetas?<br />
d) ___________ fica a Av. das Américas?<br />
e) ___________ você foi tão tarde?<br />
f) _____________ você vai com tanta pressa?<br />
g) _____________ está aquele jornal que eu estava lendo?<br />
h) O jornal está ____________ você deixou.<br />
i) _____________ você está nos levando?<br />
j) Não sei _____________ te encontrar.<br />
4. Preencha as lacunas com “a” ou “há”.<br />
a) Não nos encontramos _______ dez anos.<br />
b) De hoje _______ quinze dias, muita coisa poderá mudar.<br />
c) Este produto é famoso ________ mais de um século.<br />
d) Daqui ________ poucos anos a situação pode melhorar.<br />
e) Ele saiu _______ dez minutos.<br />
f) Ele voltará daqui ______ vinte minutos<br />
g) Somos amplamente favoráveis ______ introdução de revistas em quadrinhos no<br />
ensino de <strong>Português</strong>.<br />
h) Chegaremos daqui _______ pouco.<br />
i) O parque fica _______ cem metros da praia.<br />
j) _________ anos que não chove no sertão.<br />
5 . Use sobre ou sob.<br />
a) Não gostei da crítica ______ o livro.<br />
b) Conversavam ______ a luz clara do luar.
c) Ele está _______ cuidados médicos.<br />
d) Jesus caminhou ______ as águas.<br />
e) Vamos discutir _______ o assunto.<br />
6 . Preencha as lacunas, utilizando, corretamente, os "porquês".<br />
a) Desconheço as razões ____________ ele foi demitido.<br />
b) ____________ teriam saído rapidamente?<br />
c) Patrícia saiu sem dizer _______________.<br />
d) Ele não sabe o _________________ de sua atitude.<br />
e) Você chegou atrasado _________________?<br />
f) Eu não fui à reunião ________________ estava com muita dor de cabeça.<br />
g) Chegará o dia _______________ vocês tanto esperaram.<br />
k) ________________ as provas são sempre aos domingos?<br />
l) Agora percebo o _______________ de tanta alegria.<br />
m) A visita a Paquetá foi rápida, __________________ ?<br />
7. Preencha as lacunas com senão ou se não .<br />
a) Devemos entregar o trabalho no prazo, _____________ o contrato será cancelado.<br />
b) ________________ chover amanhã, poderemos ir à praia.<br />
c) A festa será amanhã à noite, _______________ ocorrer nenhum imprevisto.<br />
d) Acho melhor estudar, _____________ não vou passar na prova.<br />
e) Irei à sua festa _____________ for viajar.<br />
8. Complete utilizando trás ou traz .<br />
a) Ela sempre _________ perfumes da Europa.<br />
b) Na competição, o azarão ficou <strong>para</strong> __________.<br />
c) Pedro __________ consigo as marcas da felicidade.<br />
d) Menino, olhe <strong>para</strong> _________.<br />
e) Carolina __________ um brilho no olhar.<br />
9. Complete utilizando, adequadamente, acerca de , a cerca de ou há cerca de.<br />
a) O jogador de futebol voltou da Europa __________________ um ano.<br />
b) _____________ trinta pessoas na sala de aula.<br />
c) Os críticos falavam _____________ Carandiru - o filme – em um bar no Leblon.<br />
d) Percebemos que _________________ cinqüenta pessoas na praça<br />
e) Gustavo ficou ______________ de cem metros.<br />
10. Complete com este(s) ou esse(s):<br />
a) ________ ano tem sido mais feliz.<br />
b) “Bons tempos, Manuel, _________ que já lá vão!”<br />
c) _________ livro que está comigo é meu.<br />
d) ________ lápis que está aí contigo é seu?<br />
e) No ano passado, eu realizei vários projetos, por isso _________ ano foi muito bom<br />
<strong>para</strong> mim.<br />
EXERCÍCIOS<br />
1. (Aeronáutica)<br />
1ª . Essa pessoa foi __________ interpretada.<br />
2ª. Ele sofre de um __________ terrível.
3ª. Com _________ humor nada se resolve.<br />
4ª. Que __________ há em satirizar os políticos.<br />
É correto afirmar que:<br />
a) todas as colunas são com o vocábulo mal.<br />
b) todas as colunas são com o vocábulo mau.<br />
c) somente a 3ª com o vocábulo mau.<br />
d) somente a 1ª e a 4ª com o vocábulo mau.<br />
1. (FUVEST-SP) Assinale a frase gramaticalmente correta.<br />
a) Não sei por que discutimos.<br />
b) Ele não veio por que estava doente.<br />
c) Mas porque não veio ontem?<br />
d) Não respondi porquê não sabia.<br />
e) Eis o porque da minha viagem.<br />
3.(Aeronáutica) Complete os espaços dos períodos abaixo, verificando a grafia correta<br />
das palavras. A seguir, assinale a alternativa que as apresenta na seqüência.<br />
I- Como você quer que eu o ajude se suas opiniões vêm ___________ às minhas.<br />
II- "...era meu parente ___________, interrogou-nos de cara amarrada e mandou-nos<br />
embora."<br />
III- "Aludia às conversas que tiveram ambos os velhos ___________ da infância dos<br />
filhos."<br />
IV- Não perguntes a razão de meus ciúmes, pois sabes que as paixões não têm um<br />
___________.<br />
a) de encontro a – afim – a cerca – por quê<br />
b) de encontro a – a fim – acerca – porquê<br />
c) ao encontro de – afim – a cerca – por quê<br />
d) de encontro a – afim – acerca – porquê<br />
4. (Aeronáutica) Somente é correto empregar a palavra aonde em:<br />
a) Irás ___________ amanhã? c) Você sabe _________ ficaram as bagagens?<br />
b) _________ você deve estudar? d) __________ deverão dormir os hóspedes?<br />
5. (Aeronáutica) Complete os espaços com "onde" ou "aonde", segundo a norma culta, e<br />
assinale a opção correta.<br />
"______ ele estava durante esse tempo eu não sei. Só me lembro a rua ______ ele<br />
morava. Você sabe ______ fica a casa dele, rua Olavo Bilac, ______ eu costumava ir<br />
todas as tardes."<br />
a) Onde – onde – onde – aonde<br />
b) Onde – aonde – onde – onde<br />
c) Aonde – aonde – onde – onde<br />
d) Aonde – onde – onde – aonde<br />
6. Complete as lacunas, usando adequadamente mas, mais, mal, mau:<br />
“Pedro e João .............. entraram em casa, perceberam que as coisas não estavam bem,<br />
pois sua irmã caçula escolhera um .............. momento <strong>para</strong> comunicar aos pais que iria<br />
viajar nas férias; ............ seus dois irmãos deixaram os pais .............. sossegados quando<br />
disseram que a jovem iria com as primas e a tia”.<br />
a) mau, mal, mais, mas
) mal, mau, mas , mais<br />
c) mal, mal, mais, mais<br />
d) mau, mau, mas, mais<br />
7. Eis a razão .................. te chamei. Diga-me .................. está com medo.<br />
a) porque, porque<br />
b) porque, por que<br />
c) por que, por que<br />
d) porquê, por que<br />
e) por que, por quê<br />
8. A ................. solene do Centro Cívico Escolar realizou-se na ................. térrea do<br />
estabelecimento. Discutiu-se a ............... máquinas <strong>para</strong> o Curso de Datilografia.<br />
a) seção, seção, cessão c) sessão, seção, cessão<br />
b) sessão, seção, seção d) cessão, seção, sessão<br />
9.<br />
1 - Eu era marinheiro de primeira viagem e ----------------- sabia a dificuldade de arranjar<br />
condução em determinadas horas.<br />
2 - Com um ----------------- pressentimento, aproxima-se do amigo e toca-lhe o ombro.<br />
3 - Naquela madrugada, ------------------ o sol começava a raiar, lá se iam eles <strong>para</strong> a<br />
lavoura.<br />
4 - Não te irrites se te pagarem ---------------------- um benefício, antes cair das nuvens que<br />
de um terceiro andar.<br />
A seqüência que preenche corretamente as lacunas nas frases acima é:<br />
a) mau, mau, mal, mal<br />
b) mal, mal, mal, mal<br />
c) mau, mau, mau, mau<br />
d) mal, mau, mal, mal<br />
10. Assinale a alternativa que as palavras mal/mau foram aplicadas incorretamente.<br />
a) Os torcedores são mal educados.<br />
b) O mau filho a casa torna.<br />
c) A verba foi mal empregada.<br />
d) O mal cheiro desta rua é constante.<br />
e) O mau aluno não gosta de estudar.
IV. CRASE<br />
A crase é a fusão de duas vogais idênticas. Representa-se, a crase, graficamente<br />
pelo acento grave ( ` ).<br />
De maneira geral, ocorre crase quando um verbo exige a preposição a e há uma<br />
palavra feminina determinada pelo artigo a ou as.<br />
Fui à Universidade pela manhã.<br />
<br />
a (preposição) + a (artigo)<br />
OCORRE CRASE:<br />
a) Nas locuções femininas (adverbiais, prepositivas e conjuntivas): à noite, à tarde, à<br />
vontade, às claras, às escondidas, à toa, às vezes, à procura, à esquerda, à direita, à<br />
moda de (mesmo que a expressão moda de fique subentendida).<br />
O show começa às oito horas da noite.<br />
Eles estão rindo à toa.<br />
Fez um gol à Ronaldinho. (à moda de)<br />
Estou à procura de um emprego melhor.<br />
Os jovens namoram às escondidas.<br />
b) Diante de nomes de lugar: (Venho de –não tem crase, mas venho da – tem crase)<br />
Vou à Bahia. (Venho da Bahia)<br />
Vou a Ipanema. (Venho de Ipanema)<br />
Vou à bela praia de Ipanema. (Venho da bela praia de Ipanema)<br />
c) Com os pronomes demonstrativos, aquele(s), aquela(s) e aquilo, quando houver<br />
um verbo que, por regência verbal, venha acompanhado da preposição a .<br />
Aspiro àquela vaga na empresa.<br />
Prefiro isto àquilo.<br />
d) Com o pronome demonstrativo A.<br />
Refere-se à que chegou neste momento.<br />
e) Diante de pronome possessivo substantivo.<br />
Dirigiu-se àquela casa e não à sua.<br />
NÃO OCORRE CRASE:<br />
a) Antes de palavras masculinas.<br />
Compramos roupas a prazo.<br />
Graças a Deus.<br />
Ele gosta de andar a cavalo.<br />
Fogão a gás.<br />
Pediu um bife a cavalo.
Eles foram a pé.<br />
b) Nas expressões formadas por palavras repetidas: cara a cara, frente a frente, uma<br />
a uma, gota a gota . . .<br />
Fiquei cara a cara com o Presidente.<br />
Contei uma a uma as moedas que caíram.<br />
c) Antes de pronomes de tratamento, exceto em: senhora, senhorita, madame e<br />
dona (este último pronome quando estiver antecedido de adjetivo)<br />
Devo meu sucesso a você.<br />
Refiro-me à senhora ao seu lado.<br />
Na reunião, fizeram referência a Vossa Excelência.<br />
Refiro-me à simpática Dona Lindaura.<br />
d) Antes de verbo.<br />
A criança pôs-se a chorar.<br />
e) Quando o a está antes de palavras no plural.<br />
Refiro-me a pessoas de bom senso.<br />
f) Com as palavras casa e terra quando não estiverem especificadas.<br />
Irei a casa agora. / Mas: Iremos à casa nova.<br />
Os marinheiros foram a terra. / Mas: Os marinheiros foram à terra natal.<br />
g) Com a expressão a vista, significando o oposto de a prazo.<br />
Comprou o computador a vista.<br />
Terra à vista!<br />
Obs.: alguns autores admitem o acento, mesmo significando o oposto de a prazo. É<br />
questão polêmica.<br />
h) Com a palavra distância, quando não está especificada.<br />
Cursos a distância. / Mas: Ele estava à distância de cem metros.<br />
i) Locuções adverbiais de instrumento.<br />
Escreveu a carta a máquina.<br />
Pintou a sala a tinta.<br />
CASOS FACULTATIVOS:<br />
a) Com os pronomes adjetivos possessivos no singular.<br />
Refiro-me a sua amiga. OU Refiro-me à sua amiga.<br />
b) Antes de nome de mulher.<br />
Contarei o ocorrido a Marcela. OU Contarei o ocorrido à Marcela.<br />
c) Depois da preposição ATÉ.<br />
Iremos até a varanda. OU Iremos até à varanda.
PRÁTICA<br />
A) Preencha as lacunas com a, à, as, às, ao, aos, aquela, àquela, aquelas, àquelas,<br />
aquele, àquele, aqueles, àqueles:<br />
1. Fui ____ casa e voltei logo.<br />
2. Eles chegaram ____ uma hora.<br />
3. Chegaram ____ tempo de transmitir ____ ordens.<br />
4. Fui ____ Mato Grosso do Sul e não ____ Minas Gerais.<br />
5. Uns foram ____ pé, outros ____ cavalo.<br />
6. Vera, vamos __________ praça.<br />
7. Fernanda estudou ____ beça.<br />
8. Ele se refere ____________ filme de ontem.<br />
9. Todos obedecem _____________ leis justas.<br />
10. Nosso carro dobrou ____ direita e depois ____ esquerda.<br />
11. Gosto de macarrão ____ bolonhesa.<br />
12. Ficamos cara ____ cara com o ladrão.<br />
13. Não expliquei ____ você o ocorrido?<br />
14. Isabela foi ____ Paris.<br />
15. ____ tarde, fomos ____ escola e fizemos ____ reunião.<br />
16. “A matéria _____ que me refiro não é aquela ____ que Vossa Excelência se referiu<br />
concernente ____ critério das esferas superiores.”<br />
17. “____ beira do leito, assistiu ____ amiga, hora ____ hora, minuto ____ minuto, sempre<br />
____ espera de um milagre.”<br />
18. “Em cismar, sozinho, ____ noite,<br />
Mais prazer encontro eu lá.” (Gonçalves Dias)<br />
19. “...fica sempre um pouco de tudo.<br />
____ vezes um botão. ____ vezes um rato.” (Carlos Drummond de Andrade)<br />
20. Preparou arroz ____ grega.<br />
21. “ ____ pessoas que eu detesto<br />
Diga sempre que eu não presto,/ Que meu lar é um botequim.” (Noel Rosa)<br />
22. Ele estava disposto ____ colaborar.<br />
23. “Uma viagem fala ____ imaginação, ____ memória, ____ esperança — as três irmãs<br />
graças de nosso ser moral.” (Sir Richard Francis Burton)<br />
24. Assistiu _________ filme de terror ontem?
EXERCÍCIOS<br />
1. (FIOCRUZ) “O objetivo é saber quais são os fatores biológicos e<br />
comportamentais que predispõem à infecção – informou Schechter.”<br />
Nesse trecho, usou-se com propriedade o sinal indicador da crase. A frase abaixo em que<br />
esse sinal não foi bem utilizado é:<br />
a) A Fundação Instituto Oswaldo Cruz dará apoio à pesquisa sobre a incidência do HIV.<br />
b) Os voluntários necessários serão escolhidos à critério das instituições envolvidas no<br />
projeto.<br />
c) Os voluntários também deverão responder às perguntas de um questionário sobre seu<br />
comportamento sexual.<br />
d) À semelhança do que ocorre em outros países, o Brasil ainda não tem infra-estrutura<br />
<strong>para</strong> testes em larga escala.<br />
e) O voluntário deverá informar às pessoas responsáveis pela pesquisa todas as reações<br />
surgidas em decorrência do tratamento.<br />
2. (Procuradoria Geral de Justiça/RJ) “... cidadelas à margem do tecido urbano ...”<br />
(l.29)<br />
Que regra a seguir justifica o emprego do acento grave indicativo da crase na frase<br />
destacada?<br />
a) o termo antecedente exige, por sua regência, a preposição e o termo conseqüente<br />
admite o artigo a;<br />
b) nas locuções adverbiais formadas com palavras femininas;<br />
c) nas locuções prepositivas formadas com palavras femininas;<br />
d) nas locuções conjuntivas formadas com palavras femininas;<br />
e) nas combinações da preposição com o pronome demonstrativo.<br />
2. (Tribunal de Alçada Criminal) É sabido que o fenômeno da crase vem indicado na<br />
escrita na escrita pelo sinal grave ( ` ), cuja presença sobre o a / as é facultativa em<br />
certos casos, como no seguinte exemplo:<br />
a) “[...] recursos ambientais necessários a seu bem-estar.”<br />
b) “[...] imprescindíveis à preservação [...]”<br />
c) “[...] é vedada a remoção dos grupos indígenas [...]”<br />
d) “[...] São terras tradicionalmente ocupadas pelos índios as por eles habitadas em<br />
caráter permanente, [...]”<br />
e) “[...] necessárias a sua reprodução física [...]”<br />
4. Assinale a alternativa que preenche corretamente os espaços:<br />
“ Fui ................ lugar, contíguo .................... casa de meu amigo”.<br />
“Prefiro isto ....................”<br />
a) àquele, à, àquilo<br />
b) aquele, à, aquilo<br />
c) àquele, a, aquilo<br />
d) aquele, a, àquilo<br />
5. (Aeronáutica) Há uma opção onde o uso da crase foi usado corretamente. Assinale-a.<br />
a) À partir de hoje às contas serão pagas a vista.<br />
b) A jovem foi à São Paulo fazer compras.
c) O homem voltou à cavalo.<br />
d) Ela chegou às pressas e foi dando as senhas.<br />
6. Indique a alternativa correta:<br />
a) Preferia brincar do que trabalhar.<br />
b) Preferia mais brincar a trabalhar.<br />
c) Preferia brincar à trabalhar.<br />
d) Preferia brincar a trabalhar.<br />
7. Assinale a alternativa que completa esta frase:<br />
“Diga .... essa menina que estou ...... fazer o exercício ....... risca”.<br />
a) a, a, à c) a, à, a<br />
b) à, a, à d) a, à, à<br />
8.(CÂM.DEP.) _____ beira do leito, assistiu _____ amiga, hora _____ hora, minuto _____<br />
minuto, sempre ____ espera de um milagre.<br />
a) À – à – à – a – à<br />
b) Á – a – a – a – à<br />
c) À – a – a – a – à<br />
d) À – a – à – à – à<br />
9. (TTN) Preencha as lacunas da frase abaixo e assinale a alternativa correta.<br />
“Comunicamos ____ V.Sª. que encaminhamos ______ petição anexa _____ Divisão de<br />
Fiscalização que está apta ______ prestar ______ informações solicitadas.”<br />
a) à, a, à, a, às<br />
b) a, a, à, a, as<br />
c) a, à, a, à, as<br />
d) à, à, a, à, às<br />
e) à, a, à, à, as<br />
10. (TRT-ES) Assinale a opção que preenche corretamente, quando ao emprego do sinal<br />
indicativo de crase, o texto a seguir.<br />
_____ dimensão da aventura acrescentamos ______ tecnologia do nosso século, mas<br />
falta _____ muitos de nós o gosto por inventar; falta ____________ que inventa ______<br />
ideologia do futuro.<br />
a) À –a – a – àquele - a<br />
b) A – à – a – àquele - à<br />
c) À – a – à – àquele - a<br />
d) A – a – à – àquele - a<br />
e) À – a – à – aquele - à
11. Assinale a alternativa que completa a frase:<br />
“Trouxe ....... mensagem ....... Vossa Senhoria e aguardo ........ resposta ...... fim de levar<br />
....... pessoa que me enviou”.<br />
a) a, a, à, a, a c) a, a, a, a, à<br />
b) a, à, a, à, a d) à, à, à, à, a<br />
12. Assinale o exemplo de crase facultativa.<br />
a) Encaminhou-se à secretaria. c) Foram levados à força.<br />
b) Estão indo até à porta. d) Alfredo perdoou à irmã.<br />
13. “Dei o livro ....... ela. Chegaremos logo ......... Brasília. Não vá ....... cozinha”.<br />
a) a, a, à c) à, a, à<br />
b) a, à, à d) à, à, à<br />
14. Só não há erro de crase em:<br />
a) Obedeçam as leis. c) Eles voltariam à uma.<br />
b) Quero tudo as claras. d) O homem caminhava as cegas.<br />
15. Assinale o emprego facultativo da crase.<br />
a) Estiveste à espera do mensageiro.<br />
b) Antônio declarou-se à Carolina.<br />
c) Ninguém irá à Penha.<br />
d) Sejamos úteis à sociedade.<br />
“A pontuação e o entendimento do texto – O enunciado não se constrói com um amontoado<br />
de palavras e orações. Elas se organizam segundo princípios gerais de dependência e independência<br />
sintática e semântica, recobertos por unidades melódicas e rítmicas que sedimentam estes princípios.<br />
Proferidas as palavras e orações sem tais aspectos melódicos e rítmicos, o enunciado estaria prejudicado<br />
na sua função comunicativa. Os sinais de pontuação, que já vêm sendo empregados desde muito tempo,<br />
procuram garantir no texto escrito esta solidariedade sintática e semântica. Por isso, uma pontuação<br />
errônea produz efeitos tão desastrosos à comunicação quanto o desconhecimento dessa solidariedade a<br />
que nos referimos.<br />
Várias situações incômodas já foram criadas pelo mau emprego dos sinais de pontuação.<br />
Notem-se as diferenças entre as seguintes ordens de comando:<br />
Não podem atirar!<br />
Não, podem atirar!”<br />
Evanildo Bechara<br />
Leia atentamente o texto abaixo:<br />
Um homem rico, sentindo-se morrer, pediu papel e caneta e escreveu assim:<br />
“Deixo os meus bens à minha irmã não ao meu sobrinho jamais será paga a conta<br />
do alfaiate nada aos pobres”.<br />
Não teve tempo de pontuar e morreu. A quem deixava ele a riqueza?<br />
Eram quatro os concorrentes. Chegou o sobrinho e fez estas pontuações numa<br />
cópia do bilhete:
“Deixo os meus bens à minha irmã? Não. Ao meu sobrinho. Jamais será<br />
paga a conta do alfaiate. Nada aos pobres”.<br />
A irmã do morto chegou em seguida, com outra cópia do escrito, e pontuou<br />
deste modo:<br />
“Deixo os meus bens à minha irmã. Não ao meu sobrinho. Jamais será paga<br />
a conta do alfaiate. Nada aos pobres”.<br />
Surgiu o alfaiate que, pedindo a cópia do original, fez estas pontuações:<br />
“Deixo os meus bens à minha irmã? Não. Ao meu sobrinho? Jamais. Será<br />
paga a conta do alfaiate. Nada aos pobres”.<br />
O juiz estudava o caso, quando chegaram os pobres da cidade; e um deles,<br />
mais sabido, tomando outra cópia, pontuou-a assim:<br />
“Deixo os meus bens à minha irmã? Não. Ao meu sobrinho? Jamais. Será<br />
paga a conta do alfaiate? Nada. Aos pobres”.<br />
(Autor desconhecido)<br />
Como você pode observar, dependendo dos sinais de pontuação<br />
utilizados, o texto é capaz de admitir quatro interpretações diferentes. A leitura do<br />
texto mostra, portanto, o valor da pontuação. Para que nossa mensagem seja clara,
V. PONTUAÇÃO<br />
Os sinais de pontuação são sinais gráficos empregados na língua escrita <strong>para</strong><br />
tentar reconstituir determinados recursos utilizados na língua falada. Estes sinais<br />
destinam-se a marcar pausa, melodia e entonação.<br />
Podem ser classificados em dois grupos:<br />
<strong>para</strong> marcar pausas: a vírgula ( , ) / o ponto<br />
( . ) / o ponto –e- vírgula ( ; ) .<br />
<strong>para</strong> marcar melodia e entonação: os dois-pontos ( : ) / o ponto-de-interrogação ( ? )<br />
/ o ponto-de-exclamação ( ! ) / as reticências<br />
(. . . ) / as aspas ( “ ” ) / os parênteses ( ( ) ) /os colchetes ( [ ] ) / o travessão ( ⎯ ).<br />
4 Daremos atenção especial ao emprego da vírgula.<br />
A vírgula é o sinal que indica uma pausa breve, sem marcar o fim do enunciado. É<br />
empregada <strong>para</strong> se<strong>para</strong>r termos da oração (gl.) ou <strong>para</strong> se<strong>para</strong>r orações de um<br />
período(gl.).<br />
De um modo geral, pode-se afirmar que:<br />
1. Não se usa vírgula na ordem direta (sujeito, verbos, complementos ou adjuntos) dos<br />
termos da frase.<br />
O aluno estudou a lição em casa.<br />
<br />
sujeito verbo complemento adjunto adverbial<br />
verbal de lugar<br />
(objeto direto)<br />
2. Na ordem inversa, normalmente não se usa vírgula.<br />
Em casa, o aluno estudou a lição.<br />
3. Na ordem direta, haverá vírgulas quando uma expressão de valor explicativo ou<br />
adverbial ficar intercalada, se<strong>para</strong>ndo o sujeito do verbo ou este de seus<br />
complementos.<br />
Pedro, aluno do último período, leu o livro.<br />
PRINCIPAIS SITUAÇÕES DO USO DA VÍRGULA<br />
Se<strong>para</strong>r aposto Ana C. , poetisa da década de 80, deixou muita<br />
saudade.<br />
Se<strong>para</strong>r vocativo Rapaz, estude um pouco mais.<br />
Se<strong>para</strong>r orações coordenadas, exceto aquelas<br />
começadas por e.<br />
Paulo pesquisou bastante, mas não encontrou o<br />
que queria./ Paulo pesquisou bastante e<br />
encontrou o que queria.<br />
Paulo pesquisou, e Caio escreveu o livro.<br />
Se<strong>para</strong>r orações começadas por e, quando<br />
estas têm sujeito diferente.<br />
Intercalar expressões explicativas ou Você, ou melhor, todos do curso estarão<br />
correlativas.<br />
capacitados a redigir textos comerciais agora.<br />
Se<strong>para</strong>r orações subordinadas adverbiais Quando você procurar emprego, terá mais um
deslocadas. atributo no seu currículo.<br />
Se<strong>para</strong>r termos de mesmo valor usados numa Ele era honesto, simpático, sincero, inteligente.<br />
coordenação assindética (sem conectivos).<br />
Se<strong>para</strong>r nomes de lugares (topônimos) na Rio de Janeiro, 3 de agosto de 2000.<br />
indicação de datas.<br />
Se<strong>para</strong>r conjunções adversativas e conclusivas Saiu tarde; chegou, pois, atrasado.<br />
deslocadas.<br />
Se<strong>para</strong>r orações subordinadas adjetivas Roberto, que estuda aqui, superou nossas<br />
explicativas.<br />
expectativas.<br />
Indicar supressão de verbo. João irá à discoteca; José, ao teatro.<br />
PONTO-E-VÍRGULA<br />
Pausa maior que a vírgula, usado <strong>para</strong> se<strong>para</strong>r estruturas mais complexas,<br />
especialmente se já com elementos virgulados.<br />
São questões difíceis; merecem, pois, toda a nossa atenção.<br />
“Nada é a fama; a ação é tudo.” (Goethe)<br />
DOIS-PONTOS<br />
Inicia uma enumeração, uma explicação lógica.<br />
Desejo uma coisa: que você seja muito feliz.<br />
PRÁTICA<br />
1. Pontuar convenientemente o aposto dos seguintes exemplos: (Evanildo Bechara)<br />
a) Nós representantes desta classe pedimos a vossa atenção.<br />
b) Disse-me duas palavras amargas ruim e traidor.<br />
c) Camões o grande poeta português cantou as glórias lusitanas.<br />
d) O médico atendeu bem aos clientes salvação daquelas pobres criaturas.<br />
e) Deram-nos dois convites a saber um <strong>para</strong> o baile de máscaras e o outro <strong>para</strong> o desfile<br />
na avenida.<br />
f) Pedro II imperador do Brasil cativou muitos corações graças à sua bondade.<br />
g) Havia na bolsa excelentes frutas por exemplo pêssego maçã morango e pêra.<br />
h) Um dos grandes livros de Machado de Assis Memorial de Aires revela-nos muito da<br />
vida do grande autor brasileiro.<br />
i) Em 15 de novembro dia consagrado à nossa república sempre há numerosos festejos.<br />
j) O filho esperança dos pais deve honrá-lo e estimá-los.<br />
EXERCÍCIOS<br />
1. (Tribunal de Contas/ES) Qual a justificativa do uso de vírgulas no segmento “pela sua<br />
ajuda aos doentes, aos velhos, aos solitários ...” ?<br />
a) por serem apostos;<br />
b) por serem termos intercalados;
c) por indicarem uma enumeração;<br />
d) por serem da mesma classe gramatical, a dos adjetivos;<br />
e) por representarem a ordem inversa dos termos na frase.<br />
2. (Sec. Estadual de Polícia Civil) “No Rio de Janeiro, uma senhora dirigia seu automóvel<br />
com o filho ao lado.” Que outra formulação dessa frase apresenta erro de pontuação?<br />
a) Uma senhora, no Rio de Janeiro, dirigia seu automóvel com o filho ao lado.<br />
b) Uma senhora dirigia seu automóvel com o filho ao lado, no Rio de Janeiro.<br />
c) Uma senhora dirigia seu automóvel, no Rio de Janeiro, com o filho ao lado.<br />
d) No Rio de Janeiro, uma senhora, com o filho ao lado, dirigia seu automóvel.<br />
e) Uma senhora, dirigia seu automóvel no Rio de Janeiro, com o filho ao lado.<br />
3. (Procuradoria Geral de Justiça/ RJ) “O escândalo do orçamento expôs,<br />
definitivamente, a indústria da miséria, seus exploradores ― a classe política ― e os<br />
vícios do modelo centralista da administração pública.” Assinale o comentário correto<br />
sobre o uso dos sinais de pontuação na frase acima.<br />
a) o emprego de travessões em lugar das vírgulas, <strong>para</strong> destacar o aposto, foi<br />
utilizado a fim de ser dada mais clareza à frase;<br />
b) o advérbio “definitivamente” deveria vir obrigatoriamente entre vírgulas já que se<br />
trata de um adjunto adverbial deslocado;<br />
c) o uso de vírgula após “miséria” se deve ao fato de esse termo ser seguido de um<br />
aposto explicativo;<br />
d) o uso da única vírgula presente no texto tem caráter optativo;<br />
e) não ocorre a vírgula após “expôs” porque jamais pode haver vírgula entre o verbo<br />
e seu complemento.<br />
4. (Procuradoria Geral de Justiça/ RJ) Abaixo há uma série de regras <strong>para</strong> o uso de<br />
vírgulas. Assinale o item em que os números das regras justificam o emprego das<br />
vírgulas no seguinte texto: “Depois de suportar, na seqüência, Figueiredo, Sarney,<br />
Collor e Itamar, o brasileiro passou a duvidar até da existência de Deus.”<br />
1) <strong>para</strong> se<strong>para</strong>r os termos da mesma função;<br />
2) <strong>para</strong> isolar o vocativo ou o aposto;<br />
3) <strong>para</strong> assinalar a inversão de adjuntos adverbiais;<br />
4) <strong>para</strong> marcar a supressão do verbo;<br />
5) <strong>para</strong> isolar palavras e expressões explicativas;<br />
6) <strong>para</strong> isolar as orações reduzidas.<br />
a) 1 / 3<br />
b) 3 / 5<br />
c) 5 / 6<br />
d) 2 / 4<br />
e) 1 / 6<br />
5. (Tribunal de Justiça/RJ) “No campo da educação, o brasileiro caiu na real. O que<br />
justifica a utilização da vírgula nesse período é:<br />
a) a linguagem figurada do primeiro termo;<br />
b) a inversão de termos da frase;<br />
c) a se<strong>para</strong>ção de orações ;<br />
d) a repetição de termos;<br />
e) o vocativo.
6. (Corregedoria Geral/RJ) “Nas gavetas da cômoda, as camisetas de cima, as mais<br />
usadas, são estampadas com os personagens de Walt Disney.” O que justifica o<br />
emprego de vírgulas antes e depois do termo destacado é que:<br />
a) esse termo está deslocado em relação à ordem direta dos termos da frase;<br />
b) é necessário destacar o sujeito em frases longas;<br />
c) se trata de um adjunto adverbial que não se refere a um termo próximo;<br />
d) todo aposto explicativo aparece entre vírgulas;<br />
e) a necessidade de enfatizar o significado do termo.<br />
7. Está errada a pontuação em:<br />
a) Recolheu as provas, saindo a seguir.<br />
b) Se permitirem, voltarei.<br />
c) Carla prima, de Lurdes, está aí.<br />
d) Rio de Janeiro, 8 de junho de 1984.<br />
8. Está certa a pontuação da frase:<br />
a) Quê! Você não entendeu!?<br />
b) Como você está Cristóvão?<br />
c) Perguntou-lhe animado, como vai você?<br />
d) Olhe bem Paulo, o que temos aqui!<br />
9. Das redações abaixo, assinale a que não está pontuada corretamente:<br />
a) Os candidatos, em fila, aguardavam ansiosos o resultado do <strong>concurso</strong>.<br />
b) Em fila, os candidatos aguardavam, ansiosos, o resultado do <strong>concurso</strong>.<br />
c) Ansiosos, os candidatos aguardavam, em fila, o resultado do <strong>concurso</strong>.<br />
d) Os candidatos, aguardavam ansiosos, em fila, o resultado do <strong>concurso</strong>.<br />
10. “No Rio de Janeiro, uma senhora dirigia seu automóvel com o filho ao lado”. Que outra<br />
formulação dessa frase apresenta erro de pontuação?<br />
a) Uma senhora, no Rio de Janeiro, dirigia seu automóvel com o filho ao lado.<br />
b) Uma senhora dirigia seu automóvel, no Rio de Janeiro, com o filho ao lado.<br />
c) No Rio de Janeiro, uma senhora, com o filho ao lado, dirigia seu automóvel.<br />
d) Uma senhora, dirigia seu automóvel no Rio de Janeiro , com o filho ao filho.<br />
11. Marque o período cuja pontuação está correta:<br />
a) De que vale o homem conquistar: o mundo se perde a alma.<br />
b) A peroba, que é madeira muito resistente está sendo exportada.<br />
c) Temei, ó litigante desgraçado, mais do que os processos, os advogados.<br />
d) Kennedy foi como todos sabem, o único Presidente católico dos E.U. A.<br />
12. Assinale o erro de pontuação:<br />
a) Íamos, muitas vezes, ao circo. c) Apesar da chuva, fomos visitar o<br />
tio.<br />
b) Os garotos, admirados, riam muito. d) Eu, realmente preciso chegar lá.<br />
13. (Aeronáutica) Qual o período que apresenta a pontuação correta?<br />
a) Quando ela chegará? Perguntou ele, ao moço, quando o viu entrar na sala.<br />
b) Quando ela chegará, perguntou ele, ao moço, quando o viu entrar na sala.<br />
c) Quando ela chegará? Perguntou ele ao moço, quando o viu entrar na sala.<br />
d) Quando ela chegará? Perguntou ele ao moço, quando o viu entrar na sala.
14. (Aeronáutica) Há obrigatoriedade do uso de vírgulas na alternativa.<br />
a) O auxiliar que você esperava chegou há meia hora.<br />
b) “. . . ele chega tão diferente do seu jeito de sempre chegar”.<br />
c) Encontramos no interior da casa um velho relógio funcionando.<br />
d) Havia subidas íngremes e muitos buracos no caminho <strong>para</strong> a cachoeira.<br />
15. Assinale a letra que corresponde ao período de pontuação correta:<br />
a) Se houver tempo cuidaremos de tudo.<br />
b) Se, houver tempo, cuidaremos de tudo.<br />
c) Se houver tempo, cuidaremos de tudo.<br />
d) Se, houver tempo, cuidaremos, de tudo.<br />
GABARITOS<br />
I. Ortografia<br />
01. A<br />
02. B<br />
03. B<br />
04. C<br />
05. E<br />
II. Divisão Silábica<br />
01. B<br />
02. C<br />
03. B<br />
04. D<br />
05. C<br />
III. Acentuação Gráfica<br />
01. E<br />
02. C<br />
03. E<br />
04. A<br />
05. B<br />
06. D<br />
07. B<br />
08. B<br />
09. C<br />
10. C<br />
06. B<br />
07. C<br />
08. C<br />
09. C<br />
10. B<br />
06. E<br />
07. A<br />
08. E<br />
09. D<br />
10. C<br />
IV. Curiosidades Gráficas<br />
01. C<br />
02. A<br />
03. D<br />
04. A<br />
05. A<br />
06. B<br />
07. C<br />
08. C<br />
09. D<br />
10. D<br />
11. D<br />
12. C<br />
11. D<br />
12. D<br />
11. A<br />
12. B<br />
13. D<br />
14. E<br />
15. B<br />
16. D<br />
17. C<br />
18. D<br />
19. D<br />
20. B
V. Crase<br />
01. B<br />
02. B<br />
03. E<br />
04. A<br />
05. D<br />
VI. Pontuação<br />
01. C<br />
02. E<br />
03. A<br />
04. A<br />
05. B<br />
06. A<br />
07. C<br />
08. B<br />
09. B<br />
10. A<br />
06. D<br />
07. C<br />
08. A<br />
09. D<br />
10. D<br />
11. C<br />
12. B<br />
13. A<br />
14. C<br />
15. B<br />
11. C<br />
12. D<br />
13. D<br />
14. C<br />
15. C
o São oxítonas:<br />
Acentuação Gráfica<br />
cateter, Cister, condor, masseter, mister (=necessário), negus<br />
(soberano etíope), Nobel, obus (peça de artilharia), novel (novato), ruim<br />
(hiato), sutil, ureter, xerox<br />
o São paroxítonas:<br />
alanos (povo bárbaro), alcácer (fortaleza), ambrosia (manjar delicioso),<br />
avaro, avito, aziago, barbaria, batavo (holandês), caracteres, celtiberos,<br />
cartomancia, ciclope, decano, diatribe (crítica), edito (lei, decreto), efebo<br />
(rapaz que chegou à puberdade), estrupido (grande estrondo), êxul<br />
(exilado), filantropo, fortuito (ditongo), gratuito (ditongo), homizio<br />
(refúgio), hosana, ibero, imbele (não belicoso), inaudito, látex, libido,<br />
luzidio, Madagáscar, maquinaria, matula (súcia; farnel), mercancia<br />
(mercadoria), misantropo, necropsia, nenúfar (planta), Normandia,<br />
onagro (jumento), ônix, opimo (excelente, abundante), penedia<br />
(rochedo), policromo, poliglota, pudico, quiromancia, recorde, refrega<br />
(peleja), rócio (orgulho), rubrica, ubíquo<br />
o São proparoxítonas:<br />
ádvena (forasteiro), aeródromo, aerólito, ágape (refeição dos antigos),<br />
álacre, álcali, alcíone, amálgama, anátema, andrógino, anêmona,<br />
antífona, antífrase, antístrofe, areópago, aríete, arquétipo, azáfama,<br />
bátega, bávaro, bímano, bólido (e), brâmane, cérbero, crisântemo, édito<br />
(ordem judicial), égide, elétrodo, etíope (hiato), fagócito, férula, gárrulo,<br />
hégira (j), idólatra, ímprobo, ínclito, ínterim, leucócito, lêvedo, ômega,<br />
périplo, plêiade, prófugo, protótipo, quadrúmano, revérbero, sátrapa,<br />
trânsfuga, vermífugo, zéfiro, zênite.<br />
o Admitem dupla prosódia:<br />
acróbata ou acrobata, anídrido ou anidrido, Bálcãs ou Balcãs, hieróglifo<br />
ou hieroglifo, homília ou homilia, Oceânia ou Oceania, ortoépia ou<br />
ortoepia, projétil ou projetil, réptil ou reptil, sáfari ou safari, sóror ou<br />
soror, homília ou homilia, zângão ou zangão.<br />
• Palavras átonas<br />
o Monossílabos - artigos (combinados ou não com preposições) /<br />
pronomes pessoais oblíquos átonos e pronomes relativos / certas<br />
preposições (a, de, em, com, por, sem, sem, sob, <strong>para</strong>) e suas<br />
combinações com artigo / certas conjunções (e, nem, ou, mas, que, se)<br />
/ formas de tratamento (dom, frei, são...)<br />
o Dissílabos - preposição <strong>para</strong>, conjunções como e porque, partícula pelo<br />
(a/s)<br />
• Regras de acentuação<br />
o Monossílabos tônicos terminados em:<br />
• a(s) - lá, cá, já<br />
• e(s) - pé, mês, fé<br />
• o(s) - pó, só, nós<br />
o Oxítonos terminados em:<br />
1
• a(s) - Pará, sofás<br />
• e(s) - você, cafés<br />
• o(s) - avô, paletós<br />
• em, ens - ninguém, armazéns<br />
o Paroxítonos terminados em:<br />
• ão(s), ã(s) - órfãos, órfãs<br />
• ei(s) - jóquei, fáceis<br />
• i(s) - júri, lápis<br />
• us - vírus<br />
• um, uns - álbum, álbuns<br />
• r - revólver<br />
• x - tórax<br />
• n / ons - hífen, prótons<br />
• l - fácil<br />
• ps - bíceps<br />
• ditongos crescentes seguidos ou não de S - ginásio, mágoa,<br />
áreas<br />
o Proparoxítonos - todos são acentuados<br />
o Ditongos abertos em qualquer posição de tonicidade<br />
• éi(s) - assembléia, anéis<br />
• éu(s) - chapéu, troféus<br />
• ói(s) - heróico, heróis<br />
o I e U, seguidos ou não de S, tônicos em hiato - saúde, egoísmo ≠ juiz,<br />
ruim<br />
Se o I destes casos vier seguido de NH não será acentuado - rainha,<br />
tainha<br />
o Primeiras vogais dos hiatos oo e eem, se tônicos - vôo, crêem<br />
o U dos grupos gue, gui, que, qui se forem tônicos - averigúe, averigúes,<br />
averigúem, apazigúe, apazigúes, apazigúem, obliqúe, obliqúes,<br />
obliqúem, argúi, argúis, argúem etc.<br />
o Acento diferencial aparece nas seguintes situações:<br />
• ás (subst.) X às (contração)<br />
• pôr (verbo) X por (prep.)<br />
• que (pron., conj. etc.) X quê (subst. ou em fim de frase)<br />
• porque (adv. ou conj.) X porquê (subst. ou em fim de frase)<br />
• pára (verbo) X <strong>para</strong> (prep.)<br />
• pélo, pélas, péla (verbo) X pelo, pelas, pela (prep. + artigo) X<br />
péla, pélas (jogo)<br />
• pêlo, pêlos (cabelo) X pelo, pelos (prep.=artigo)<br />
• pôlo, pôlos (ave) X pólo, pólos (extremo ou jogo)<br />
• pôla, pôlas (subst. - rebento ou broto de árvore) X pola, polas<br />
(por + las)<br />
• pêra (fruta ou barba) X pera (prep. arcaica)<br />
• côa, côas (verbo) X coa, coas (prep.+artigo)<br />
• ter e vir na 3ª pess. plural recebem acento (ele tem X eles têm /<br />
ele vem X eles vêm)<br />
• pôde (pretérito perf) X pode (presente do indicativo)<br />
2
Observações<br />
• Alguns problemas de acentuação devem-se a<br />
vícios de fala ou pronúncia inadequada de algumas<br />
palavras.<br />
• Nos nomes compostos, considera-se a<br />
tonicidade da última palavra <strong>para</strong> efeito de classificação. As<br />
demais palavras que constituem o nome composto são ditas<br />
átonas.<br />
Ex.: couve-flor - oxítona, arco-íris - paroxítona<br />
• Os pronomes oblíquos átonos o/a/os/as<br />
podem transformar-se em lo/la/los/las ou no/na/nos/nas em<br />
função da terminação verbal. Quando os verbos terminam<br />
por R/S/Z ou no caso de mesóclise (R), geram acentuação<br />
se a forma verbal (sem o pronome) tiver seu acento<br />
justificado por alguma regra.<br />
Ex.: comprá-la, vendê-los, substituí-lo, comprá-la-íamos ≠<br />
parti-los<br />
3
São dez classes de palavras:<br />
substantivo<br />
artigo<br />
adjetivo<br />
numeral<br />
pronome<br />
CLASSE DAS PALAVRAS<br />
verbo<br />
advérbio<br />
preposição<br />
conjunção<br />
interjeição<br />
Substantivo: nomeia seres, coisas e idéias; o substantivo concreto nomeia seres e<br />
objetos; o substantivo abstrato nomeia ações, estados e qualidades. Flexiona-se em<br />
gênero(masculino/feminino), número(singular/plural) e grau(mudanças na terminação <strong>para</strong><br />
indicar tamanho, intensidade ou estado emotivo).<br />
Ex.: O relógio é antigo.<br />
Ex.: A bondade é necessária.<br />
Artigo: precede o substantivo, indicando-lhe o gênero e o número; ao mesmo tempo,<br />
determina-o ou generaliza-o. Flexiona-se o gênero e o número.<br />
Ex.: O estudante chegou.<br />
Ex.: Um velho poeta sorriu <strong>para</strong> mim.<br />
Adjetivo: modifica o substantivo, atribuindo-lhe um estado, qualidade ou modo de ser.<br />
Flexiona-se em gênero, número e grau.<br />
Ex.: Eu sou feliz.<br />
Ex.: Ela é sincera.<br />
Numeral: indica a quantidade, a ordem, a fração ou a multiplicação dos seres.<br />
Flexiona-se o gênero e o número.<br />
Ex.: Ele foi o primeiro colocado.<br />
Ex.: A metade da turma tirou dez.<br />
Pronome: substitui ou acompanha o substantivo, nomeando seres, coisas ou idéias,<br />
ou<br />
modificando-os. Flexiona-se o gênero, o número e a pessoa.<br />
Ex.: Eu sou muito estudioso.<br />
Ex.: Você foi o melhor do grupo.<br />
Verbo: indica uma ação, estado ou fenômeno da natureza, apresenta sempre um<br />
aspecto dinâmico. Flexiona-se a pessoa, o número, o tempo, o modo e a voz.<br />
Ex.: Eles passaram no <strong>concurso</strong>.<br />
Ex.: Todos estudavam bastante.<br />
Advérbio: modifica o verbo, o adjetivo ou outro advérbio, exprimindo uma<br />
circunstância. Flexiona-se o grau(apenas alguns).<br />
Ex.: Eles moram muito perto do curso.<br />
Ex.: Hoje é dia de ler um bom livro.<br />
Preposição: liga termos de uma oração, estabelecendo variadas relações entre eles.<br />
Ex.: Viajou de avião.<br />
Ex.: Façam o dever em casa.
Conjunção: liga orações ou termos semelhantes, de mesma função.<br />
Ex.: Você quer sorvete de laranja ou abacaxi?<br />
Ex.: Vou ao teatro, mas não vou ao cinema.<br />
Interjeição: exprime emoções ou sentimentos.<br />
Ex.: Puxa! Quase acertei a questão.<br />
Ex.: Ufa! Até que enfim passei na prova.<br />
SUBSTANTIVO<br />
É a palavra que dá nome aos seres em geral.<br />
Formação dos Substantivos:<br />
O substantivo pode ser:<br />
a) primitivo: não provém de nenhuma outra palavra existente na língua portuguesa: flor,<br />
pedra...<br />
b) derivado: provém de outra palavra da língua portuguesa: floricultura, pedreiro...<br />
c) simples: é formado por um único radical: planta, casa...<br />
d) composto: é formado por mais de um radical: couve-flor, pé-de-moleque...<br />
O substantivo classifica-se em:<br />
a) comum: designa os seres de uma espécie, sempre de forma genérica: carro,<br />
aliança...<br />
b) próprio: designa um ser específico, único. São grafados sempre com iniciais<br />
maiúsculas: Carlos, Brasil...<br />
c) concreto: designa os seres com existência própria - real ou imaginária : fada,<br />
relógio...<br />
d) abstrato: designa qualidades ou estados; não têm existência própria,<br />
dependem de um ser <strong>para</strong> manifestar-se: beleza, coragem...<br />
Estes substantivos geralmente são derivados de verbos ou adjetivos:<br />
belo - beleza / viajar - viagem<br />
Substantivos Coletivos<br />
Designam, mesmo no singular, um conjunto de seres da mesma espécie.<br />
acervo: de obras artísticas enxoval: de roupas<br />
alcatéia: de lobos feixe: de lenha, de capim, de luz<br />
arquipélago: de ilhas frota: de navios, de veículos<br />
assembléia:<br />
parlamentares<br />
de pessoas, de galeria: de objetos de arte<br />
atlas: de mapas girândola: de fogos de artifício
anda: de músicos horda: de bandidos, de invasores<br />
bando: de pessoas, de animais junta: de bois, de médicos , de<br />
examinadores<br />
batalhão: de soldados malta: de malfeitores, de desordeiros<br />
buquê: de flores manada: de animais de grande porte<br />
cacho: de frutas matilha: de cães de caça<br />
cáfila: de camelos molho: de chaves<br />
caravana: de viajantes, de peregrinos multidão: de pessoas<br />
cardume: de peixes nuvem: de insetos<br />
colméia: de abelhas orquestra: de músicos<br />
constelação: de estrelas quadrilha: de ladrões<br />
cordilheira: de montanhas rebanho: de gado em geral<br />
corja: de vadios, de ladrões réstia: de cebolas, de alhos<br />
coro: de cantores tropa: de soldados, de pessoas, de<br />
animais<br />
elenco: de artistas turma: de estudantes, de trabalhadores<br />
enxame: de abelhas vara: de porcos<br />
Flexão de gênero<br />
Os substantivos podem ser do gênero masculino ou feminino. Classificam-se em<br />
biformes e uniformes.<br />
a) Biformes: apresentam uma forma <strong>para</strong> o masculino e outra <strong>para</strong> o feminino.<br />
aluno/aluna genro/nora<br />
homem/mulher cavalo/égua<br />
pai/mãe menino/menina<br />
b) Uniformes: apresentam uma única forma tanto <strong>para</strong> o masculino quanto <strong>para</strong> o<br />
feminino.<br />
Os uniformes podem ser de três tipos:<br />
a) Sobrecomuns : apresentam um só gênero <strong>para</strong> designar o masculino e o feminino.<br />
o cônjuge<br />
o algoz<br />
a testemunha<br />
a vítima<br />
o carrasco<br />
a criatura<br />
b) Comuns de dois gêneros: não se flexionam <strong>para</strong> indicar o gênero. A indicação de<br />
gênero se faz por de modificadores(artigo, pronome, adjetivo, numeral).<br />
o agente/a agente<br />
o mártir/ a mártir<br />
o herege/ a herege<br />
c) Epicenos: são nomes de animais que apresentam uma só forma <strong>para</strong> os dois gêneros.<br />
jacaré, girafa, tatu, mosca, cobra, onça, peixe...<br />
Obs.: grama é do gênero masculino, assim como - um miligrama, o quilograma.
Gênero Vacilante<br />
Gênero masculino:<br />
→ ágape/antílope/clã/diabete(s)<br />
→ gengibre/contralto/soprano<br />
Gênero feminino:<br />
→ aluvião/sentinela/abusão/áspide<br />
Formação do plural dos substantivos simples<br />
a) Substantivos terminados em vogal ou ditongo: acrescenta-se s.<br />
a lâmpada - as lâmpadas<br />
o relógio - os relógios<br />
b) Substantivos terminados em -ão: fazem o plural em -ãos, -ães e -ões.<br />
-ãos -ães -ões<br />
mãos alemães canções<br />
órgãos capelães botões<br />
bênçãos pães estações<br />
cristãos tabeliães grilhões<br />
cidadãos capitães frações<br />
Obs.: alguns admitem mais de um plural. Atenção aos exemplos abaixo:<br />
corrimão – corrimões ou corrimãos<br />
anão – anões ou anãos<br />
vulcão – vulcões ou vulcãos<br />
verão – verões ou verãos<br />
charlatão – charlatões ou charlatães<br />
guardião – guardiões ou guardiães<br />
cirurgião – cirurgiões ou cirurgiães<br />
refrão – refrãos ou refrães<br />
aldeão – aldeões, aldeãos ou aldeães<br />
ancião – anciões, anciãos ou anciães<br />
ermitão – ermitões, ermitãos ou ermitães<br />
c) Substantivos terminados em S, quando paroxítonos, e em X: ficam invariáveis.<br />
o lápis - os lápis o ônibus - os ônibus o tórax – os tórax o climax – os<br />
climax<br />
o pires - os pires o atlas - os atlas o xerox – os xerox
d) Acrescenta-se ES após S em sílaba tônica e depois de Z , R ou N.<br />
freguês – fregueses cruz – cruzes éter – éteres burguês – burgueses<br />
açúcar – açúcares vez – vezes abdômen – abdômenes * (ou abdomens)<br />
e) Palavras terminadas em AL, OL, UL trocam o L por IS.<br />
farol – faróis animal – animais paul – pauis<br />
f) Substitui-se o L por S, quando oxítonos e por EIS, quando paroxítonos:<br />
cantil – cantis fóssil – fósseis canil – canis fácil - fáceis<br />
g) Substantivos terminados em -zinho: passam-se <strong>para</strong> o plural a terminação do<br />
substantivo primitivo (sem o s ) e a do sufixo.<br />
papelzinho/ papéis + zinhos = papeizinhos<br />
florzinha/ flores + zinhas = florezinhas<br />
Formação do plural dos substantivos compostos<br />
1. Substantivos compostos grafados sem hífen: formam o plural como se fossem<br />
substantivos simples.<br />
a aguardente / as aguardentes<br />
a televisão/ as televisões<br />
2. Substantivos compostos grafados com hífen:<br />
a) formados por palavras repetidas (ou muito semelhantes): só o segundo elemento<br />
varia.<br />
tico-tico/ tico-ticos<br />
teco-teco/ teco-tecos<br />
pingue-pongue/ pingue-pongues<br />
b) formados por elementos unidos por preposição: só o primeiro elemento varia.<br />
pé-de-moleque/ pés-de-moleque<br />
pão-de-ló/ pães-de-ló<br />
mula-sem-cabeça/ mulas-sem-cabeça<br />
c) compostos formados de grão, grã e bel seguidos de substantivos: só varia o<br />
segundo elemento.<br />
grão-duque/ grão-duques<br />
bel-prazer/ bel-prazeres<br />
d) substantivos formados por verbos ou palavras invariáveis + palavras variáveis:<br />
só o segundo elemento vai <strong>para</strong> o plural.<br />
guarda-chuva/ guarda-chuvas<br />
beija-flor/ beija-flores<br />
vice-diretor/ vice-diretores<br />
e) substantivos compostos formados por duas palavras variáveis: os dois elementos<br />
vão <strong>para</strong> o plural.<br />
água-marinha/ águas-marinhas<br />
segunda-feira/ segundas-feiras<br />
amor-perfeito/ amores-perfeitos
f) o segundo termo é um substantivo que funciona como determinante: só o primeiro<br />
vai <strong>para</strong> o plural.<br />
salário-família/ salários-família<br />
banana-prata/ bananas-prata<br />
caneta-tinteiro/ canetas-tinteiro<br />
ADJETIVO<br />
É a palavra variável em gênero, número e grau que caracteriza o substantivo,<br />
indicando-lhe qualidade, estado, modo de ser ou aspecto.<br />
→ homem gentil<br />
→ mulher honesta<br />
→ pessoa doente<br />
→ noite chuvosa<br />
Locução Adjetiva<br />
É a expressão formada de preposição + substantivo (ou advérbio) com valor de<br />
adjetivo.<br />
exercício de abdômen: exercício abdominal<br />
armamento de guerra: armamento bélico<br />
problemas da cidade: problemas urbanos<br />
Veja outros exemplos:<br />
de abelha: apícola de cobre: cúprico<br />
de águia: aquilino de coração: cardíaco<br />
de bispo: episcopal de crânio: craniano<br />
de boca: bucal ou oral de criança: infantil<br />
de boi: bovino de dedo: digital<br />
de cabeça: capital de dinheiro: pecuniário<br />
de cabelo: capilar de estômago: estomacal ou gástrico<br />
de cabra: caprino de ouro: áureo<br />
de campo: rural de aluno: discente<br />
de cavalo: eqüino ou hípico de professor: docente<br />
de chuva: pluvial ou chuvoso de rio: fluvial<br />
Adjetivos pátrios<br />
Referem-se a países, continentes, cidades, regiões, exprimindo a nacionalidade ou<br />
a origem do ser.<br />
Veja alguns deles:<br />
Acre: acreano Brasília: brasiliense<br />
Alagoas: alagoano Distrito Federal: candango ou brasiliense<br />
Amapá: amapaense Cuiabá: cuiabano<br />
Amazonas: amazonense Espírito Santo: espírito-santense<br />
Angola: angolano ou capixaba<br />
Brasil: brasileiro Etiópia: etíope
Ceará: cearense São Paulo: paulista(estado)<br />
paulistano(cidade)<br />
Flexão dos adjetivos<br />
1. Gênero<br />
A) Adjetivos uniformes: apresentam uma única forma <strong>para</strong> os dois gêneros.<br />
→ homem feliz → mulher feliz<br />
→ homem inteligente → mulher inteligente<br />
B) Adjetivos biformes: apresentam uma forma <strong>para</strong> o masculino e outra forma <strong>para</strong> o<br />
feminino.<br />
→ aluno estudioso → aluna estudiosa<br />
→ professor simpático → professora simpática<br />
2. Número<br />
A) Adjetivos simples<br />
→ homem honesto → homens honestos<br />
→ pessoa feliz → pessoas felizes<br />
B) Adjetivos compostos<br />
Se o último elemento for substantivo, o adjetivo composto fica invariável.<br />
→ saia amarelo-ouro<br />
→ camisa verde-limão<br />
Os adjetivos compostos azul-marinho e azul-celeste ficam invariáveis.<br />
guarda-chuva guarda-chuvas<br />
guarda-costa guarda-costas<br />
guarda-noturno guardas-noturnos<br />
OBS.: quando o adjetivo composto for formado por verbo, este não varia e somente o<br />
substantivo irá <strong>para</strong> o plural, por outro lado, quando for formado por um substantivo, este<br />
irá <strong>para</strong> o plural, assim como o adjetivo.<br />
3. Grau<br />
O adjetivo apresenta-se em dois graus:<br />
A) Com<strong>para</strong>tivo: quando a qualidade que ele expressa está em com<strong>para</strong>ção com a de<br />
outros seres.<br />
O com<strong>para</strong>tivo pode ser:<br />
1. Igualdade<br />
→ João é tão alto quanto Maria.<br />
2. Superioridade<br />
→ João é mais alto que Maria.
3. Inferioridade<br />
→ João é menos alto que Maria.<br />
Veja, agora, alguns adjetivos que formam o com<strong>para</strong>tivo de superioridade pelo processo<br />
sintético.<br />
B) Superlativo<br />
Adjetivo analítico sintético<br />
bom mais bom melhor<br />
mau mais mau pior<br />
grande mais grande maior<br />
pequeno mais pequeno menor<br />
1. Absoluto<br />
→ A prova foi muito fácil. (absoluto analítico)<br />
→ A prova foi facílima. (absoluto sintético)<br />
2. Relativo<br />
→ A prova de português foi a mais fácil de todas. (relativo de superioridade)<br />
→ A prova de português foi a menos fácil de todas. (relativo de inferioridade)<br />
ARTIGO<br />
É a palavra variável em gênero e número que se antepõe a um substantivo a fim<br />
de determiná-lo.<br />
o amigo, a árvore, um livro, uma amizade<br />
Classificação dos Artigos<br />
Artigo definido determina o substantivo de modo<br />
preciso. Pode ser singular (o, a) ou<br />
plural (os, as).<br />
Artigo indefinido determina o substantivo de modo<br />
vago, impreciso. Pode ser singular<br />
(um, uma) ou plural (uns, umas).<br />
Propriedades dos artigos<br />
4 A anteposição do artigo pode substantivar qualquer palavra.<br />
Veja dois exemplos de substantivação:<br />
O dois é um número par. A americana estava na praia.<br />
<br />
artigo substantivo artigo substantivo<br />
4 O artigo evidencia o gênero e o número do substantivo.<br />
o dó (masculino singular)<br />
a menina (feminino singular)<br />
O aluno resolveu as questões.<br />
As alunas resolveram o exercício.<br />
Um aluno resolveu uma questão.<br />
Uns alunos resolveram umas<br />
questões.
os biscoitos (masculino plural)<br />
umas laranjas (feminino plural)<br />
4 O artigo pode aparecer unido a preposições.<br />
Elas estavam na (em + a) sala.<br />
Os rapazes foram à (a + a) praia.<br />
Guarda as cartas numa (em + uma) caixa.<br />
Preciso do (de + o) seu carinho.<br />
4 O artigo indefinido anteposto a um numeral revela quantidade aproximada.<br />
Compareceram uns quarenta alunos.<br />
NUMERAL<br />
É palavra que indica uma quantidade de seres ou a posição que um ser ocupa<br />
numa série.<br />
Classificação dos numerais<br />
a) Cardinais: indicam uma quantidade determinada.<br />
um, dois, três, quatro, cinco...<br />
b) Ordinais: indicam ordem ou posição ocupada numa determinada série.<br />
primeiro, segundo, terceiro, quarto, quinto...<br />
c) Multiplicativos: indicam multiplicação.<br />
dobro, triplo, quádruplo, quíntuplo...<br />
d) Fracionários: indicam divisão, fração.<br />
meio, metade, terço, quarto, quinto...<br />
Alguns numerais indicam um conjunto numericamente exato de pessoas ou<br />
coisas, desempenhando o mesmo papel dos substantivos coletivos. São, por isso mesmo,<br />
chamados numerais coletivos.<br />
par (conjunto de dois)<br />
dezena (conjunto de dez)<br />
dúzia (normalmente usado <strong>para</strong> indicar o conjunto de dez anos)<br />
centenário (conjunto de cem anos)
Cardinais Ordinais Multiplicativos Fracionários<br />
Um primeiro ___ ___<br />
Dois segundo Dobro, duplo, dúplice meio, metade<br />
Três terceiro Triplo, tríplice terço<br />
Quatro quarto Quádruplo quarto<br />
Cinco quinto Quíntuplo quinto<br />
Seis sexto Sêxtuplo sexto<br />
Sete sétimo Séptuplo sétimo<br />
Oito oitavo Óctuplo oitavo<br />
Nove nono Nônuplo nono<br />
Dez décimo Décuplo décimo<br />
Onze décimo primeiro, undécimo Undécuplo onze avos<br />
Doze décimo segundo, duodécimo Duodécuplo doze avos<br />
Treze décimo terceiro __ treze avos<br />
Catorze, quatorze décimo quarto __ catorze avos<br />
Quinze décimo quinto __ quinze avos<br />
Dezesseis décimo sexto __ dezesseis avos<br />
Dezessete décimo sétimo __ dezessete avos<br />
Dezoito décimo oitavo __ dezoito avos<br />
Dezenove décimo nono __ dezenove avos<br />
Vinte vigésimo __ vinte avos<br />
Trinta trigésimo __ trinta avos<br />
Quarenta quadragésimo __ quarenta avos<br />
Cinqüenta qüinquagésimo __ cinqüenta avos<br />
Sessenta sexagésimo __ sessenta avos<br />
Setenta septuagésimo __ setenta avos<br />
Oitenta octogésimo __ oitenta avos<br />
Noventa nonagésimo __ noventa avos<br />
Cem centésimo Cêntuplo centésimo<br />
Duzentos ducentésimo __ ducentésimo<br />
Trezentos trecentésimo __ trecentésimo<br />
Quatrocentos quadringentésimo __ quadringentésimo<br />
Quinhentos qüingentésimo __ qüingentésimo<br />
Seiscentos sexcentésimo, seiscentésimo __ sexcentésimo<br />
Setecentos septingentésimo __ septingentésimo<br />
Oitocentos octingentésimo __ octingentésimo<br />
Novecentos nongentésimo, noningentésimo __ nongentésimo<br />
Mil milésimo __ milésimo<br />
Milhão milionésimo __ milionésimo<br />
Bilhão bilionésimo __ bilionésimo<br />
Obs.: o zero, apesar de não constar do quadro acima, é um numeral<br />
cardinal.<br />
Algarismos Romanos<br />
É convenção que, <strong>para</strong> indicar títulos de nobreza, papas, séculos, capítulos, entre<br />
outros, usam-se os algarismos romanos.<br />
Vocês devem conhecer as seguintes correspondências:<br />
I = 1 V = 5 X = 10 L= 50 D = 500 M = 1000
Quando usamos numerais <strong>para</strong> indicar nomes de reis, papas, soberanos em geral,<br />
séculos, capítulos, entre outros, empregamos os numerais ordinais até décimo e os<br />
numerais cardinais <strong>para</strong> os acima de dez.<br />
Vejamos:<br />
Ordinais Cardinais<br />
século VIII (oitavo) século XX (vinte)<br />
Luís VI (sexto) Luís XV (quinze)<br />
capítulo X (décimo) capítulo XVIII (dezoito)<br />
papa João Paulo II (segundo) papa Leão XIII (treze)<br />
Obs.: se o numeral anteceder o substantivo, usa-se o ordinal: o vigésimo<br />
quarto capítulo.<br />
Flexão dos numerais<br />
1. Gênero<br />
Os numerais cardinais um, dois e as centenas a partir de duzentos flexionam-se<br />
em gênero:<br />
Um aluno e duas alunas foram sorteados.<br />
Uma aluna e dois alunos foram sorteados.<br />
Contamos na fazenda quinhentas cabeças de boi.<br />
Ambos, substituindo o cardinal dois, flexiona-se em gênero, concordando com o<br />
substantivo.<br />
Ambos os alunos tiraram dez no teste.<br />
Ambas as alunas tiraram dez no teste.<br />
Os numerais ordinais variam em gênero.<br />
primeiro primeira<br />
quinto quinta<br />
Os numerais multiplicativos acompanhando os substantivos variam em gênero,<br />
concordando com o substantivo.<br />
Pedro tomou um sorvete duplo.<br />
Ela tomou uma limonada dupla.<br />
O fracionário meio concorda em gênero com o substantivo a que se refere.<br />
Comprou meio quilo de feijão.<br />
Comprou meia dúzia de ovos.<br />
2. Número<br />
Os cardinais milhão, bilhão etc. flexionam-se em número.<br />
um milhão dois milhões<br />
um bilhão dois bilhões<br />
Os ordinais variam em número e em gênero:<br />
o primeiro os primeiros / a sexta as sextas
Quando acompanham substantivos, os multiplicativos flexionam-se em número,<br />
concordando com o substantivo.<br />
Ela tomou um milk-shake duplo.<br />
Ela tomou dois milk-shake duplos.<br />
Os fracionários variam em número, concordando com os cardinais que os acompanham.<br />
um quarto dois quartos<br />
um quinto três quintos<br />
3. Grau<br />
A maioria das gramáticas não registram a flexão de grau dos numerais, porém a<br />
expressividade da linguagem coloquial, da linguagem do dia-a-dia, flexiona os numerais<br />
em grau.<br />
O campeonato da segundona vai começar!<br />
Me empresta dezinho?<br />
PRONOME<br />
É a palavra que substitui ou acompanha o substantivo, apontando-o como pessoa<br />
do discurso. O pronome é substantivo, quando substitui o substantivo e é adjetivo,<br />
quando acompanha o substantivo.<br />
Ela gosta de dançar. (ela = pronome substantivo)<br />
Sua prima gosta de dançar também. (sua = pronome adjetivo)<br />
Classificação dos pronomes<br />
Pronomes pessoais: são aqueles que representam as pessoas do discurso.<br />
Pronomes Pessoais<br />
Número Pessoa Pronomes Retos Pronomes oblíquos<br />
Singular primeira<br />
segunda<br />
terceira<br />
Plural primeira<br />
segunda<br />
terceira<br />
eu<br />
tu<br />
ele, ela<br />
nós<br />
vós<br />
eles, elas<br />
me, mim, comigo<br />
te, ti, contigo<br />
o, a, lhe, se, si, consigo<br />
nos, conosco<br />
vos, convosco<br />
os, as, lhes, se, si consigo<br />
Obs.: os pronomes de tratamento é um caso especial de pronome pessoal. Indica,<br />
geralmente, a segunda parte do discurso — com quem se fala.<br />
Pronomes de Tratamento<br />
Pronome de tratamento Abreviatura Referência<br />
Vossa Alteza V. A. príncipes e duques
Vossa Eminência V. Em.ª cardeais<br />
Vossa Excelência V. Ex.ª altas autoridades em geral<br />
Vossa Magnificência V. Mag.ª reitores de universidades<br />
Vossa Majestade V. M. reis, imperadores<br />
Vossa Reverendíssima V. Rev. ma<br />
sacerdotes em geral<br />
Vossa Santidade V. S. papas<br />
Vossa Senhoria V. S.ª funcionários graduados<br />
São também pronomes de tratamento: senhor, senhora, você e Dona.<br />
Pronomes possessivos: são aqueles que se referem às pessoas do discurso,<br />
indicando idéia de posse.<br />
Minha vida é maravilhosa!<br />
Pronomes Possessivos<br />
Número Pessoa Pronome Possessivo<br />
singular 1ª meu, minha, meus, minhas<br />
2ª teu, tua, teus, tuas<br />
3ª seu, sua, seus, suas<br />
plural 1ª nosso, nossa, nossos, nossas<br />
vosso, vossa, vossos, vossas<br />
2ª seu, sua, seus, suas<br />
3ª<br />
Pronomes demonstrativos: são aqueles que indicam a posição de um ser em<br />
relação às pessoas do discurso, situando-o no espaço ou no tempo.<br />
Pronomes Demonstrativos<br />
Situação no Espaço Situação no Tempo Pronomes Variáveis Pronomes Invariáveis<br />
proximidade da pessoa presente<br />
que fala<br />
este, esta, estes, estas isto<br />
proximidade da pessoa passado ou futuro esse, essa, esses, essas isso<br />
com quem se fala próximos<br />
proximidade da pessoa passado remoto aquele, aquela, aquilo, aquilo<br />
de quem se fala<br />
aqueles, aquelas<br />
Pronomes relativos:<br />
são aqueles que retomam um termo anterior (antecedente) da oração, projetandoo<br />
numa outra oração.<br />
Não conhecemos os autores. Os autores morreram.<br />
Não conhecemos os autores que morreram.<br />
Obs.: o pronome relativo que retoma o termo antecedente (os autores), projetando-o na<br />
oração seguinte.<br />
Pronomes Relativos<br />
Variáveis Invariáveis
o qual, os quais, a qual, as quais que<br />
cujo, cujos, cuja, cujas quem<br />
quanto, quantos, quantas onde<br />
Pronomes indefinidos<br />
Referem-se à 3ª pessoa do discurso de modo impreciso, indeterminado. Alguns<br />
são invariáveis, outros apresentam flexão de gênero e número.<br />
Pronomes Indefinidos<br />
Variáveis Invariáveis<br />
algum, alguns, alguma, algumas,<br />
nenhum, nenhuma, nenhumas,<br />
todo, todos, toda, todas,<br />
outro, outros, outra, outras,<br />
muito, muitos, muita, muitas,<br />
pouco, poucos, pouca, poucas,<br />
certo, certos, certa, certas,<br />
vário, vários, vária, várias,<br />
tanto, tantos, tanta, tantas,<br />
quanto, quantos, quanta, quantas,<br />
qualquer, quaisquer,<br />
um, uns, uma, umas,<br />
alguém, ninguém,<br />
nada, tudo, cada, outrem, algo<br />
Pronomes interrogativos: é aquele usado <strong>para</strong> formular interrogações (perguntas).<br />
Pronomes Interrogativos<br />
Variáveis Invariáveis<br />
qual, quais, quanto, quanta, quantos, quantas como, onde, quem, que<br />
EXERCÍCIOS<br />
1. O numeral ordinal de 80 é:<br />
a) octagésimo<br />
b) octogésimo<br />
c) octingentésimo<br />
d) octogentésimo<br />
e) octagentésimo<br />
2. Assinale a alternativa que completa convenientemente a lacuna da frase: Maria José foi<br />
a (284ª.) ............. colocada.<br />
a) duzentésima octagésima quarta<br />
b) ducentésima ostagésima quarta<br />
c) dois centésima octagésima quarta<br />
d) ducentésima octogésima quarta<br />
e) ducentézima octogésima quarta<br />
3. (FMU-SP) Triplo e tríplice são numerais:
a) ordinal o primeiro e multiplicativo o segundo<br />
b) ambos ordinais<br />
c) ambos cardinais<br />
d) ambos multiplicativos<br />
e) multiplicativo o primeiro e ordinal o segundo<br />
4. Aponte a alternativa em que há erro no emprego do numeral:<br />
a) Papa João XXIII ⎯ Papa João vigésimo terceiro<br />
b) Capítulo II ⎯ Capítulo segundo<br />
c) Capítulo XII ⎯ Capítulo doze<br />
d) Henrique VIII ⎯ Henrique oitavo<br />
e) Luís XIV ⎯ Luís quatorze<br />
5. (CS-SP) Associe o sentido ao respectivo numeral coletivo:<br />
a) período de seis anos ( ) dístico<br />
b) período de cinco anos ( ) decúria<br />
c) estrofe de dois versos ( ) sexênio<br />
d) período de cem anos ( ) centúria<br />
e) agrupamento de dez coisas ( ) lustro<br />
a) c – d – a – e - b<br />
b) c – e – a – d - b<br />
c) e – c – a – d - b<br />
d) e – d – a – b - c<br />
6. Qual das opções abaixo o plural está errado?<br />
a) Navios luso-brasileiros / consultórios médico-cirúrgicos.<br />
b) Rapazes surdo-mudos / guarda-civis.<br />
c) Guarda-chuvas / guardas-noturnos.<br />
d) Pães-de-ló / pasteizinhos<br />
e) Girassóis / passatempos<br />
7. Das alternativas abaixo, só há uma em que o substantivo foi classificado erradamente,<br />
quanto à flexão de gênero.<br />
a) o imigrante / sobrecomum<br />
b) a criança / sobrecomum<br />
c) onça macho – onça fêmea / epiceno<br />
d) o artista / comum-de-dois<br />
e) o jornalista / comum-de-dois<br />
8. “-- Foi o copo que eu quebrei?” / “Já disse que vou pensar, Geneci.” As palavras<br />
sublinhadas são respectivamente:<br />
a) pronome relativo e conjunção integrante<br />
b) pronome relativo e pronome relativo<br />
c) conjunção integrante e pronome relativo<br />
d) conjunção adverbial e pronome relativo<br />
e) pronome relativo e conjunção adverbial<br />
9. “Que as poucos se gasta, e que, gasta de tanto se acostumar, se perde de si mesma.”<br />
As classes gramaticais das palavras sublinhadas são, respectivamente:<br />
a) substantivo – advérbio;
) pronome – verbo;<br />
c) verbo – adjetivo;<br />
d) substantivo – adjetivo;<br />
e) adjetivo – verbo.<br />
10. (FAETEC) O plural está correto em:<br />
a) verde-mar / verde-mares;<br />
b) barzinho / barzinhos;<br />
c) guardião / guardiãos;<br />
d) balãozinho / balõezinhos;<br />
e) degrau / degrais.<br />
11. (UFRJ) Qual o plural de pão-de-ló?<br />
a) pães-de-ló<br />
b) pãos-de-ló<br />
c) pão-de-lós<br />
d) pães-de-lós<br />
e) pãos-de-lós<br />
12. (UFRJ) Indique o item em que a palavra destacada é um adjetivo.<br />
a) E se ele não botar mais ovos de ouro?<br />
b)Pra que esse luxo com a galinha?<br />
c) Era uma galinha como as outras.<br />
d) É, mas esta é diferente!<br />
e) Galinha como é farelo!<br />
13. Em que item a seguir o elemento destacado não exerce função adjetiva?<br />
a) “Era uma vez um homem que tinha uma Galinha”<br />
b) “Subitamente, em dia inesperado, . . .”<br />
c) “. . . a Galinha pôs um ovo de ouro.”<br />
d) “Outro ovo de ouro!”<br />
e) “O homem mal podia dormir.”<br />
14. Há pronome indefinido em todas as frases, exceto:<br />
a) Um certo rapaz deixou esse embrulho.<br />
b) Qualquer aluno pode passar de ano, desde que estude...<br />
c) Certas pessoas não gostam de jiló.<br />
d) Certa vez eu passeava no bosque e vi uma linda borboletas.<br />
e) Ela falou uma coisa muito certa.<br />
15. (UFRJ) A mulher todos os dias dava farelo à galinha. Que palavra abaixo substitui<br />
adequadamente o termo destacado?<br />
a) habitualmente<br />
b) diariamente<br />
c) freqüentemente<br />
d) vespertinamente<br />
e) matinalmente
GABARITO<br />
01. B<br />
02. D<br />
03. D<br />
04. A<br />
05. B<br />
06. B<br />
07. A<br />
08. A<br />
09. C<br />
10. D<br />
11. A<br />
12. D<br />
13. E<br />
14. E<br />
15. B
Sintaxe da oração<br />
Sintaxe da oração e do período<br />
1.Sujeito e predicado<br />
sujeito: termo sobre o qual recai a afirmação do predicado e com o qual o verbo<br />
concorda.<br />
predicado: termo que projeta uma afirmação sobre o sujeito.<br />
As andorinhas voavam em festa<br />
sujeito predicado<br />
Tipos de sujeito<br />
Determinado: o predicado se refere a um termo explícito na frase. Mesmo que venha<br />
implícito, pode ser explicitado. A noite chegou fria.<br />
O sujeito determinado pode ser:<br />
Simples: tem só um núcleo: A caravana passa.<br />
Composto: tem mais de um núcleo: A água e o fogo não coexistem.<br />
Indeterminado: o predicado não se refere a qualquer elemento explícito na frase, nem<br />
é possível identificá-lo pelo contexto.<br />
(?) Falaram de você.<br />
(?) Falou-se de você.<br />
Inexistente: o predicado não se refere a elemento algum.<br />
Choverá amanhã.<br />
Haverá reclamações.<br />
Faz quinze dias que vem chovendo.<br />
É tarde<br />
2.Termos ligados ao verbo<br />
• Objeto direto: completa o sentido do verbo sem preposição obrigatória.<br />
Os pássaros fazem seus ninhos.<br />
• Objeto indireto: completa o sentido do verbo por meio de preposição<br />
obrigatória.<br />
A decisão cabe ao diretor.<br />
• Adjunto adverbial: liga-se ao verbo, não <strong>para</strong> completá-lo, mas <strong>para</strong> indicar<br />
circunstância em que ocorre a ação.<br />
O cortejo seguia pelas ruas.<br />
• Agente da voz passiva: liga-se a um verbo passivo por meio de preposição<br />
<strong>para</strong> indicar quem executou a ação.<br />
O fogo foi apagado pela água.<br />
3. Termos ligados ao nome<br />
Adjunto adnominal: caracteriza o nome a que se refere sem a mediação de verbo.<br />
As fortes chuvas de verão estão caindo.<br />
1
Predicativo: caracteriza o nome a que se refere sempre por meio de um verbo. Pode<br />
ser do sujeito e do objeto.<br />
As ruas dormiam quietas.<br />
suj. pred. suj.<br />
Os juízes<br />
consideram<br />
injusto o<br />
resultado.<br />
pred. obj. obj. dir.<br />
Aposto: termo de núcleo substantivo, que se liga a um nome <strong>para</strong> identificá-lo. O<br />
aposto é sempre um equivalente do nome a que se refere.<br />
O tempo, inimigo impiedoso, foge apressado.<br />
Complemento nominal: liga-se ao nome por meio de preposição obrigatória e indica<br />
o alvo sobre o qual se projeta a ação.<br />
Procederam à remoção das pedras.<br />
4. Vocativo: termo isolado, que indica a pessoa a quem se faz um chamado. Vem<br />
sempre entre vírgulas e admite a anteposição da interjeição ó.<br />
Amigos, eu os convido a sentar.<br />
2
Sintaxe de período e o estudo das conjunções<br />
O período pode ser simples ou composto. Simples, quando houver apenas uma<br />
oração. Neste caso, temos oração absoluta. Composto, quando existir mais de uma<br />
oração.<br />
Quando período composto, temos por subordinação e por coordenação. A<br />
subordinação é caracterizada por existir dependência sintática entre as orações; a<br />
coordenação não apresenta dependência sintática.<br />
I - ORAÇÕES SUBORDINADAS são classificadas em:<br />
- Substantivas objetiva direta<br />
objetiva indireta<br />
completiva nominal<br />
apositiva<br />
subjetiva<br />
predicativa<br />
- Adjetivas adjunto adnominal<br />
Restritiva = não é pontuada<br />
Explicativa = é pontuada<br />
- Adverbiais adjunto adverbial [ causal, temporal, final, proporcional,<br />
concessiva, com<strong>para</strong>tiva, condicional,<br />
consecutiva e conformativa.<br />
As orações subordinadas substantivas são as orações que exercem as<br />
funções sintáticas de objeto direto, objeto indireto, complemento nominal, aposto,<br />
sujeito e predicativo. Em “Desejo que você participe” é um período composto por<br />
subordinação. A primeira oração é a que não está sublinhada; a segunda oração está<br />
grifada. Observe que a segunda oração completa a primeira oração, exercendo a<br />
função sintática de objeto direto. Quando uma oração exercer a função sintática de<br />
objeto direto, devemos classificá-la de oração subordinada substantiva objetiva direta.<br />
Eis a classificação da segunda oração. O conectivo em negrito é a conjunção<br />
subordinada integrante. Só existe conjunção subordinada integrante nas orações<br />
subordinadas substantivas.<br />
As orações subordinadas adjetivas exercem a função de adjunto<br />
adnominal. A maneira mais fácil de reconhecer uma oração subordinada adjetiva é<br />
identificar o pronome relativo no período composto. Toda oração subordinada adjetiva<br />
apresenta pronome relativo. É no pronome relativo que se inicia a oração subordinada<br />
adjetiva. Quanto à sua classificação, temos as subordinadas adjetivas restritivas e<br />
explicativas. Aquelas, quanto à pontuação, não recebem pontuação; estas recebem<br />
vírgula ou travessão.<br />
Em “Luciano que é o coordenador do projeto está viajando”, há pronome relativo na<br />
oração grifada, iconizando ser subordinada adjetiva. O não emprego da pontuação<br />
comunica sua idéia de restrição. Se empregarmos as duas vírgulas ou travessões, ela<br />
passa a ser explicativa. As vírgulas, portanto, são facultativas, já que usando ou<br />
deixando de empregar não há impropriedade gramatical quanto à pontuação? Não. É<br />
comum em provas públicas afirmarem ser facultativo o uso das vírgulas <strong>para</strong> que você<br />
julgue se verdadeira ou falsa a afirmação. Claro que a resposta é falsa. Não se trata<br />
de um caso facultativo, pois há mudança de sentido. Com vírgula, a adjetiva expressa<br />
3
a idéia de explicação; sem a vírgula ou travessão, a idéia ou o sentido da oração<br />
adjetiva é de restrição. Em “João Paulo II, que é o Papa, está doente”, temos a oração<br />
grifada como subordinada adjetiva explicativa. Se retirarmos as vírgulas haverá<br />
mudança de sentido? Não! Cuidado com as orações explicativas que não podem ser<br />
restritivas. Impossível o valor de restrição no contexto, uma vez que apenas uma<br />
pessoa assume o papado. Não há liberdade contextual <strong>para</strong> se pensar em restrição.<br />
As orações com valores absolutos só podem ser explicativas. Toda explicativa em sua<br />
naturalidade não pode ser explicativa, mas toda explicativa pode ser restritiva, basta<br />
retirar a pontuação. São mais alguns exemplos de orações subordinadas adjetivas que<br />
só podem ser explicativas: A Constituição Federal do Brasil, que é a Carta Magna,<br />
está sempre revisada por um grupo de professores. / He, Ne, Ar, Kr, Xe e Rn – que<br />
são gases nobres – estão sempre estudados pelo professor Reinaldo Xavier. /<br />
Joaquim José da Silva Xavier, que é o mártir da Inconfidência Mineira, é sempre<br />
lembrado por nós.<br />
As orações subordinadas adverbiais exercem a função de adjunto<br />
adverbial. Como os adjuntos adverbiais são classificados pela idéia que cada um<br />
comunica, temos oração subordinada adverbial temporal, causal, condicional,<br />
concessiva, conformativa, final, proporcional, consecutiva, com<strong>para</strong>tiva e com<strong>para</strong>tiva.<br />
Em “Saí <strong>para</strong> comprar chocolate”, a oração grifada expressa finalidade, sendo<br />
classificada como subordinada adverbial final. Quando ao conectivo em negrito , tratase<br />
de uma conjunção subordinada adverbial final. Vejamos outro exemplo: Quando me<br />
chamaram, entrei com a confiança que eu tinha. A oração sublinhada é subordinada<br />
adverbial temporal, sendo “Quando” a conjunção subordinada adverbial temporal; o<br />
termo em negrito é pronome relativo, dando início à oração subordinada adjetiva<br />
restritiva; a oração principal das duas orações é “entrei com a confiança”. Eis as<br />
principais conjunções subordinadas adverbiais:<br />
a) proporcionais: à proporção que, à medida que, na medida em que...<br />
b) finais: a fim de que, <strong>para</strong> que, <strong>para</strong>, que...<br />
c) temporais: quando, enquanto, logo que, desde que, assim que...<br />
d) concessivas: embora, se bem que, ainda que, mesmo que, conquanto...<br />
e) conformativas: como, conforme, segundo...<br />
f) com<strong>para</strong>tivas: como, que, do que...<br />
g) consecutivas: que ( precedida de tão, tal, tanto ), de modo que, de maneira que...<br />
h) condicionais: se, caso, contanto que...<br />
i) causais: porque, visto que, já que, uma vez que, como...<br />
II – ORAÇÕES COORDENADAS são orações independentes quanto à estrutura<br />
sintática, ou seja, as orações não desempenham funções sintáticas ao se<br />
relacionarem com as demais orações do período. Classificam-se em assindéticas e<br />
sindéticas. As assindéticas não apresentam conjunção; as sindéticas apresentam<br />
conjunção. As principais conjunções coordenadas são:<br />
a) aditivas: e, nem, mas também, mas ainda<br />
b) adversativas: mas, porém, contudo, todavia, entretanto, no entanto<br />
c) alternativas: ou, ora... ora, ou... ou, já... já, quer... quer<br />
d) explicativas: pois ( quando anteposta ao verbo ), porque, que<br />
e) conclusivas: pois ( quando posposta ao verbo ), logo, portanto, então<br />
Exs.: 1. Ele trabalhou durante todo o mês, e não recebeu seu salário.<br />
[ Or. coord. Sindét. Adversativa ]<br />
1. Luciana trabalha e estuda. [ or. coord. Sindét. Aditiva ]<br />
4
2. Ou Renata estuda, ou Renata trabalha. [ orações coord. Sindét.<br />
Alternativas ]<br />
3. Fez sozinho toda a planta do prédio. Sabe, pois, senhores, todos os<br />
riscos.<br />
[ or. Coord. Sindét. Conclusiva<br />
].<br />
5. Ela não irá à festa, pois seu pai não permite. [ or. Coord. Sindét.<br />
Explicativa ]<br />
* As orações não sublinhadas acima são coordenadas assindéticas, pois<br />
não apresentam conjunções. Segue, abaixo, mais alguns períodos compostos por<br />
coordenação, por subordinação e por coordenação e subordinação ( período misto ).<br />
a) Confirmo que Sebastiana conhece o rapaz . * Observe que o verbo da oração<br />
principal<br />
Or. princ. Or. Subord. Subst. Objtiva. direta. é transitivo direto,<br />
solicitando objeto direto.<br />
b) Quando a encontrei sozinha, beijei-lhe as faces, deixando-a trêmula.<br />
Or. subord. Adverbial temp. or. Princ. Or. Subord.<br />
Adverbial consecutiva<br />
c) A necessidade de que ela aprove o projeto é imensa.<br />
Or. subord. Substantiva completiva nominal<br />
d) Apresentaram-me a verdade à qual Mércia aludiu: que Simone está grávida.<br />
Or. subord. Adjetiva Or. subord. Subst.<br />
apositiva<br />
e) Fiz o que me solicitaram: arrumar o quarto cuja poeira estava se alastrando pelo<br />
corredor.<br />
Oração principal : “Fiz o” . O termo grifado ao lado é pronome demonstrativo.<br />
No período acima, podemos substituir “o” por “aquilo”. É comum em <strong>concurso</strong><br />
público afirmarem que o “o” é artigo. Assim, não se trata de artigo.<br />
Oração subordinada adjetiva restritiva : “que me solicitaram.<br />
Oração subordinada substantiva apositiva reduzida de infinitivo: “arrumar o<br />
quarto”<br />
Oração subordinada adjetiva restritiva: “cuja poeira estava se alastrando pelo<br />
corredor”.<br />
d) Gostaria de que ela mostrasse os problemas, de que propusesse mudanças e de<br />
que ela<br />
X Y Z<br />
apresentasse convicção no que disser.<br />
• São orações subordinadas substantivas objetivas indiretas: X, Y e Z<br />
5
e) Quero que Aurélio seja feliz. [ oração subordinada substantiva objetiva direta ]<br />
f) Se ela sobreviveu, ignoro. [ Oração subordinada substantiva objetiva direta ]<br />
* A conjunção em negrito não é condicional; temos uma conjunção<br />
subordinada integrante, pois a oração subordinada é substantiva. Nas orações<br />
subordinadas substantivas, os conectivos são conjunções subordinadas integrantes,<br />
apenas.<br />
g) Ela confia no que lhe digo. ( o termo grifado é a contração da preposição “em” +<br />
o pronome demonstrativo “o”, exercendo a função sintático de objeto indireto. Já<br />
o termo oracional grifado é a oração subordinada adjetiva restritiva, sendo “que”<br />
seu pronome relativo que exerce a função sintática de objeto direto do verbo<br />
“digo”)<br />
h) Revelaram aos interessados que aguardavam por respostas: que ele não<br />
sobreviveu.<br />
Oração principal: “Revelaram aos interessados”<br />
Oração subordinada adjetiva restritiva: “que aguardavam por respostas<br />
Oração subordinada substantiva objetiva direta: “que ele não sobreviveu”<br />
i) Mesmo não tendo estudado, foi aprovado no <strong>concurso</strong>. [ or. subord. Adverbial<br />
concessiva ]<br />
j) Fui à feira <strong>para</strong> comprar frutas. [ oração subordinada adverbial final ]<br />
k) Conforme ficou claro, as ações de Pedro não foram agressivas. [ oração<br />
subordinada adverbial conformativa ]<br />
TESTE:<br />
1. - Considere o seguinte período do texto <strong>para</strong> analisar os esquemas propostos<br />
abaixo: Descumprir a lei gera o risco da punição prevista pelo Código Penal ou de<br />
sofrer sanções civis.<br />
A = Descumprir a lei<br />
B = gera o risco<br />
C = da punição prevista pelo Código Penal<br />
D = de sofrer sanções civis<br />
6
Considerando que as setas representam relações sintáticas entre as expressões<br />
lingüísticas, assinale a opção que corresponde à estrutura do período.<br />
a)<br />
b)<br />
c)<br />
d)<br />
e)<br />
2.“Como ontem estivesse chovendo, tive a infeliz idéia, ao sair à rua, de<br />
calçar velho par de galochas.”<br />
a) adverbial causal – adverbial temporal – substantiva completiva<br />
nominal.<br />
b) Adverbial com<strong>para</strong>tiva – adverbial temporal – subst. objetiva direta.<br />
c) Adverbial causal – adverbial condicional – subst. objetiva indireta.<br />
d) Adverbial consecutiva – adverbial temporal – substantiva completiva<br />
nominal.<br />
e) Adverbial com<strong>para</strong>tiva – adverbial condicional – subst. completiva<br />
nominal.<br />
4. Leia atentamente o fragmento abaixo:<br />
“( ...) A liberdade identificou-se com a idéia de consumo. Os meios de<br />
produção, que surgiram no avanço técnico, visam ampliar o nível dos<br />
meios de produção.” [ Polícia Federal 2000 ]<br />
Proposição: Se fosse suprimida a vírgula que antecede a oração grifada,<br />
seria mantida correta a pontuação e não haveria alteração da estrutura<br />
sintática do período. V - F<br />
Leia o seguinte texto <strong>para</strong> responder a questão 04.<br />
A entrada dos anos 2000 tem trazido a reversão das expectativas de que<br />
haveria a inauguração de tempos de fraternidade, harmonia e<br />
entendimento da humanidade. Os resultados das cúpulas mundiais<br />
alimentaram esperanças que novos tempos trariam novas perspectivas<br />
referentes à qualidade de vida e relacionamento humano em todos os<br />
níveis. Contudo, o movimento que se observa em nível mundial sinaliza<br />
perdas que ainda não podemos avaliar. O recrudescimento do<br />
conservadorismo e de práticas autoritárias, efetivadas à sombra do medo,<br />
tem representado fonte de frustração dos ideais historicamente buscados.<br />
( Roseli Fischmann, Correio Braziliense, 26.08.2002, com adaptações )<br />
7
04. Se cada período sintático do texto for representado, respectivamente,<br />
pelas letras X, Y, W e Z, as relações semânticas que se estabelecem no<br />
trecho correspondem às idéias expressas pelos seguintes conectivos:<br />
a) X e Y mas W e Z<br />
b) X porque Y porém W logo Z<br />
c) X mas Y e W porque Z<br />
d) Não só X mas também Y porque W e Z<br />
e) Tanto X como Y e W embora Z<br />
Leia o gráfico que segue <strong>para</strong> responder a questão 05.<br />
Falta dinheiro maior produtividade<br />
Para pesquisas das empresas<br />
Obstáculos Inovações conseqüências<br />
Tecnológicas<br />
Falta apoio da crescimento<br />
Iniciativa privada econômico<br />
05. Assinale a opção que, em apenas um período sintático, dá redação<br />
textualmente coerente e gramaticalmente correta ao desenvolvimento e à relação<br />
de idéias sintetizadas no esquema acima, adaptado de Istoé, 19/9/2001, p. 94.<br />
a) A falta de dinheiro <strong>para</strong> pesquisas, decorrente da falta de apoio por<br />
parte da iniciativa privada, tem como obstáculo que as inovações<br />
tecnológicas decorrentes da maior produtividade das empresas se<br />
acresce ao crescimento econômico.<br />
b) Investir em inovações tecnológicas traz maior produtividade às<br />
empresas e acarreta crescimento econômico; no entanto, falta dinheiro<br />
<strong>para</strong> pesquisas e o apoio da iniciativa privada ainda não é suficiente.<br />
c) Sem dinheiro <strong>para</strong> pesquisas, no tanto, a falta de apoio à iniciativa<br />
privada tem por obstáculos que as inovações tecnológicas são<br />
conseqüência do aumento da produtividade das empresas e do<br />
crescimento econômico.<br />
d) Apesar da falta de dinheiro e da carência de apoio da iniciativa privada,<br />
os obstáculos são superáveis. Inovações tecnológicas têm como<br />
conseqüência crescimento econômico e – é claro – aumento da<br />
produtividade das empresas.<br />
8
e) Inovações tecnológicas provocam crescimento econômico como<br />
conseqüência do aumento da produtividade das empresas. Os<br />
obstáculos, no entanto, vêm da iniciativa privada, que não têm verba.<br />
GABARITO DO TESTE:<br />
1) A 2) A 3) Falso 4) A 5) B<br />
9
EMPREGO DA VÍRGULA<br />
PONTUAÇÃO<br />
01. Para se<strong>para</strong>r os termos da mesma função, assindéticos:<br />
"Vim, vi, venci."<br />
02. Para isolar o vocativo:<br />
"João, onde está o feijão?"<br />
"E agora, José?<br />
03. Para isolar o aposto explicativo:<br />
"FHC, ex-presidente, manteve o hábito de viajar muito."<br />
04. Para assinalar a inversão dos adjuntos adverbiais:<br />
"Por impulso instantâneo, toda a equipe comemorou "<br />
Diante de todos os convidados, o casal disse sim."<br />
Sendo o adjunto adverbial expresso por apenas um simples advérbio, pode-se<br />
dispensar a vírgula, ainda que venha deslocado:<br />
"Hoje, completamos mais um ano de vida".<br />
"Hoje completamos mais um ano de vida".<br />
05. Para marcar a elipse do verbo:<br />
"João e Maria comeram feijão, arroz, farinha e beberam suco, refrigerante, caldo de<br />
feijão."<br />
06. Nas datas:<br />
"Recife, 23 de novembro de 2000."<br />
07. Nas construções onde o complemento verbal, por vir anteposto, é repetido<br />
por um pronome enfático (objeto direto / indireto =>pleonástico):<br />
"A mim, ninguém me engana."<br />
"Ao pobre, não lhe devo. Ao rico, não lhe peço."<br />
08. Para isolar certas palavras ou expressões explicativas, corretivas,<br />
continuativas, conclusivas, tais como “por exemplo, além disso, isto é, aliás, então,<br />
etc”.<br />
09. Para se<strong>para</strong>r as orações coordenadas ligadas pela conjunção "e", quando os<br />
sujeitos forem diferentes:<br />
"Veio a noite da feijoada, e João não havia se pre<strong>para</strong>do."<br />
10. Para se<strong>para</strong>r as orações coordenadas ligadas pelas conjunções mas, senão,<br />
nem, que, pois, porque, ou pelas alternativas: ou...ou; ora...ora; quer...quer, etc.<br />
"O adolescente é muito rico, mas não vive feliz."<br />
"Ou o conhece, ou não".<br />
11. Para isolar as conjunções adversativas porém, todavia, contudo, no entanto;<br />
e as conjunções conclusivas logo, pois, portanto.<br />
"Ao sair do lugar, contudo, teve alguns problemas.<br />
12. Para se<strong>para</strong>r as orações adverbiais (iniciadas pelas conjunções<br />
subordinativas-não integrantes), principalmente quando antepostas à principal:
"Como estudou direito <strong>para</strong> o vestibular, passou <strong>para</strong> o curso de Direito."<br />
Quando você vier, eu sairei de casa.<br />
13. Para se<strong>para</strong>r os adjetivos e as orações adjetivas de sentido explicativo:<br />
"O jardim, que está florido, será protegido durante a chuva."<br />
"As mulheres, loucas, procuraram a maquiagem."<br />
EMPREGO DO PONTO E VÍRGULA<br />
01. Para se<strong>para</strong>r orações independentes que têm certa extensão, sobretudo se<br />
tais orações possuem partes já divididas por vírgula:<br />
"Uns trabalhavam, esforçavam-se, exauriam-se; outros folgavam, descuidavam-se,<br />
não pensavam no futuro."<br />
02. Para se<strong>para</strong>r as partes principais de uma frase cujas partes subalternas têm<br />
de ser se<strong>para</strong>das por vírgulas:<br />
"Recife e Olinda são cidades de Pernambuco; Petrópolis, Teresópolis, Friburgo, do Rio<br />
de Janeiro.<br />
03. Para se<strong>para</strong>r os diversos itens de uma lei, de um decreto, etc.<br />
"Art.12. Os cargos públicos são providos por:<br />
I - Nomeação; II - Reversão;<br />
EMPREGO DO PONTO FINAL<br />
01. No período simples:<br />
A família representa tudo na vida de uma pessoa.<br />
02. No período composto :<br />
João comeu feijão, e Maria bebeu suco.<br />
03. Nas abreviaturas:<br />
d.C - depois de Cristo<br />
EMPREGO DOS DOIS PONTOS<br />
01. Para anunciar a fala do personagem:<br />
O militar ordenou:<br />
- Todos <strong>para</strong> a flexão!<br />
02. Para anunciar uma enumeração:<br />
Alguns homens preferem as seguintes opções de vida: lazer, dinheiro, uma boa<br />
mulher, futebol, feijão e muita saúde <strong>para</strong> viver intensamente.<br />
03. Para anunciar uma citação:<br />
"Aristóteles dizia a seus discípulos: Meus amigos, não há amigos"<br />
PONTO DE INTERROGAÇÃO<br />
É o sinal que se coloca no fim de uma oração <strong>para</strong> indicar uma pergunta direta:<br />
Quem quer feijão?<br />
PONTO DE EXCLAMAÇÃO
Emprega-se depois das interjeições ou depois de orações que designam espanto,<br />
admiração:<br />
"Quantos gols! Esse time é muito bom!<br />
RETICÊNCIAS<br />
Indicam interrupção ou suspensão do pensamento ou, ainda, hesitação ou falta de<br />
necessidade de exprimi-lo:<br />
"Quem conta um conto..."<br />
"Se todas as mulheres fossem iguais.... Ficariam os homens menos satisfeitos..."<br />
PARÊNTESES<br />
Servem os parênteses <strong>para</strong> se<strong>para</strong>r palavras ou frases explanatórias, intercaladas no<br />
período:<br />
"Estava Mário em sua casa (nenhum prazer sentia fora dela), quando ouviu baterem..."<br />
TRAVESSÃO<br />
É um traço de certa extensão, maior do que o hífen, que indica a mudança de<br />
interlocutor:<br />
- Quem é?<br />
- Sou eu.<br />
- Eu quem?<br />
ASPAS<br />
Usam-se as aspas:<br />
A) No princípio e no fim das citações, <strong>para</strong> distingui-las da parte restante do discurso:<br />
Um sábio disse:<br />
"Agir na paixão é embarcar durante a tempestade."<br />
B) Para distinguir palavras e expressões estranhas ao nosso vocabulário:<br />
João vive num verdadeiro "trash".<br />
C) Para dar ênfase a palavras ou expressões:<br />
A palavra "sexo" está presente 24h na mente masculina.<br />
_________________________________________<br />
EXERCÍCIOS GERAIS<br />
01. Quanto ao uso dos sinais de pontuação, julgue os itens abaixo:<br />
1. Precisando de auxílio, não hesite em chamar-me.<br />
2. A moça, louca, corria pela rua.<br />
3. A moça louca corria pela rua.<br />
4. Ela, trouxe o que pedi: os documentos e a procuração.<br />
5. O fogo está apagado - defendeu-se a moça. Mas o almoço, está pronto.<br />
02. Quanto à pontuação, julgue os períodos seguintes.<br />
1. A imprensa nigeriana noticiou, no mesmo dia da libertação, a sentença de morte por<br />
apedrejamento, aplicada a um acusado de sodomia.
2. Não deixou de constituir <strong>para</strong> o presidente, um alívio a notícia: de que a execução<br />
de Amina, já não ocorreria.<br />
3. A interpretação da lei muçulmana, a "sharia", é a de que - em casos como o de<br />
Amina - a gravidez constitui, em si mesma, uma prova de culpabilidade.<br />
4. O homem identificado por Amina como o parceiro que a engravidara sequer foi<br />
indiciado, já que lhe bastou negar, o fato, valendo sua palavra mais do que a da<br />
mulher.<br />
5. Deve-se alertar que, contrariamente ao que muitos supõem, não houve<br />
propriamente julgamento do mérito mas, sim, reconhecimento de erro processual.<br />
03.<br />
Recife...<br />
Rua da União ...<br />
A casa do meu avô ...<br />
Nunca pensei que acabasse !<br />
Tudo lá parecia impregnado de eternidade<br />
Recife ...<br />
Meu avô morto.<br />
Recife morto, Recife bom. Recife brasileiro como a casa de meu avô. (Manuel<br />
Bandeira)<br />
No TEXTO acima, pode-se observar que a pontuação é usada de forma original,<br />
cabendo ao leitor a tarefa delicada de interpretar a intenção do autor. Tendo isto em<br />
mente, julgue as alternativas abaixo:<br />
1. O excesso de reticências proporciona uma compreensão objetiva, exata e precisa<br />
dos fatos.<br />
2. As reticências indicam supressão de pensamentos provocada pela imprecisão das<br />
lembranças.<br />
3. O ponto de exclamação traduz a emotividade do autor diante da beleza das<br />
lembranças.<br />
4. O ponto final marca a conclusão do pensamento em uma frase nominal.<br />
5. As vírgulas se<strong>para</strong>m termos que exercem a mesma função sintática em uma<br />
enumeração.<br />
04. Quanto ao uso dos sinais de pontuação, analise os pares de enunciados abaixo.<br />
Julgue a alternativa em que, apesar da alteração no uso da pontuação e de outros<br />
sinais, o sentido se mantém.<br />
1. Embora a violência ainda impere, as comunidades, que são desassistidas pelo<br />
poder público, continuam buscando a paz.<br />
Embora a violência ainda impere, as comunidades que são desassistidas pelo poder<br />
público continuam buscando a paz.<br />
2. O Diretor informou que, com o resultado do último <strong>concurso</strong>, a contratação de novos<br />
funcionários definirá a realização de um outro programa.<br />
O Diretor informou que - com o resultado do último <strong>concurso</strong> - a contratação de<br />
novos funcionários definirá a realização de um outro programa.<br />
3. Crianças da periferia, em Recife, podem já buscar a garantia de atendimento aos<br />
direitos, que lhes são básicos.<br />
Crianças da periferia - em Recife - podem já buscar a garantia de atendimento aos<br />
direitos que lhes são básicos.<br />
4. Para assegurar o desenvolvimento das comunidades menos assistidas, espera-se a<br />
máxima participação.
Para assegurar o desenvolvimento das comunidades menos assistidas espera-se, a<br />
máxima participação.<br />
5. Não teria sido bom se tivessem falado de ações repressivas, pois a garantia de<br />
atendimento aos direitos básicos é prioritária.<br />
Não; teria sido bom se tivessem falado de ações repressivas, pois a garantia de<br />
atendimento aos direitos básicos, é prioritária.<br />
5. Quanto ao uso dos sinais de pontuação, julgue os itens abaixo:<br />
1. Entre 1987 e 1997, a despesa da União com servidores ativos, cresceu<br />
10%. Mas, por causa da explosão do número de inativos, alimentada pelo<br />
privilégio das aposentadorias precoces, seus gastos totais com pessoal,<br />
aumentaram 45%.<br />
2. Com o direito a aposentadorias com salário integral e beneficiados por generosos<br />
critérios <strong>para</strong> a contagem de tempo de serviço, os 925 mil servidores federais,<br />
geraram em 1999, uma receita previdenciária de apenas R$ 2,6 bilhões, o que<br />
equivale a menos de 14% do total gasto pela União com o pagamento de seus<br />
aposentados.<br />
3. A diferença entre as contribuições e as aposentadorias pagas<br />
pela União e pelos estados e municípios deverá ficar em R$ 42 bilhões. A<br />
multidão de miseráveis do Brasil será chamada a pagar essa conta.<br />
4. Ela equivale a perto de 5%do PIB. Levando-se em conta que o déficit global<br />
do setor público é de 7% do PIB, isso mostra que o governo já fez quase tudo o que<br />
podia em matéria de corte de gastos em saúde, educação e segurança -<br />
suas funções sociais básicas.<br />
5. Portanto, se o Poder Legislativo e o Poder Judiciário mais uma vez conseguirem<br />
impedir a cobrança da contribuição dos inativos, estarão consolidando um regime de<br />
privilégios que não só impede o crescimento da economia, mas também obriga a<br />
maioria pobre da sociedade a pagar pelo bem-estar dos marajás do setor público.
CONCORDÂNCIA NOMINAL<br />
É a relação entre um substantivo e as palavras que a ele se ligam.<br />
REGRAS BÁSICAS<br />
1. O adjetivo concorda em gênero e número com o substantivo a que se refere.<br />
Seus olhos escuros transmitem inquietação.<br />
A bonita casa está ali.<br />
2. O adjetivo que se refere a mais de um substantivo de gênero e número diferentes,<br />
quando posposto, poderá concordar no masculino plural (mais aceita) ou com o<br />
substantivo mais próximo.<br />
O homem e mulher músicos.<br />
Uma solicitude e um interesse fraternos.<br />
Poderá concordar com o mais próximo quando os substantivos forem sinônimos entre<br />
si ou quando se alinharem em gradação.<br />
A dedicação e o amor intenso aos livros.<br />
A inteligência, o esforço, a dedicação extraordinária.<br />
3. Se o adjetivo estiver anteposto a dois ou mais substantivos de gênero e número<br />
diferentes, concorda, em geral, com o mais próximo.<br />
Escolhestes mau lugar e hora.<br />
Velhas revistas e livros.<br />
4.Quando dois ou mais adjetivos se referem a um substantivo determinado por artigo,<br />
são aceitas duas construções:<br />
Estudo a cultura italiana e a francesa.<br />
Estudo as culturas italiana e francesa.<br />
5. Quando um adjetivo atua como predicativo de um sujeito simples ou de um objeto<br />
simples, concorda com ele em gênero e número.<br />
A situação é delicada.<br />
As árvores velhas continuam acolhedoras.<br />
__________________________________________<br />
6. Quando o sujeito ou o objeto são compostos e formados por elementos de<br />
gêneros diferentes, o predicativo concorda no masculino plural.<br />
Pai e filha são talentosos.<br />
Marido e mulher são bem-humorados.<br />
Se o predicativo do sujeito estiver anteposto ao sujeito, pode concordar apenas com o<br />
núcleo mais próximo.<br />
Era deserta a vila e o campo.<br />
Estavam molhadas as mãos e os pés.<br />
Julguei insensatas sua atitude e comportamento.<br />
Mantenham limpas as ruas e os jardins.<br />
1
7. No caso de numerais ordinais que se referem a um único substantivo posposto,<br />
podem ser usadas as construções:<br />
Avisei os moradores do primeiro e segundo andar.<br />
Avisei os moradores do primeiro e segundo andares.<br />
8. O pronome, quando se flexiona, concorda em gênero e número com o substantivo<br />
a que se refere.<br />
Ele quebrou uma cadeira e jogou-a no povo.<br />
A moça abriu as pálpebras e cerrou-as logo.<br />
9. O pronome que se refere a dois ou mais substantivos de gêneros ou<br />
números diferentes flexiona-se no masculino plural.<br />
Ele quebrou casa e carro e queimou-os.<br />
Flores e presentes, adoro recebê-los.<br />
EXERCÍCIOS<br />
1.Complete as frases seguintes com a forma apropriada do determinante<br />
colocado entre parênteses. Indique os casos em que mais de uma concordância é<br />
possível.<br />
Sempre o vejo usando óculos ......................... (escuro)<br />
Conheço todos os países ............................. (latino-americano)<br />
...................atitude e comportamento são ......................... (seu/ inaceitável)<br />
.....................comportamento e atitude são .........................(seu/ deplorável)<br />
.........................foi ......................... excursão. (aquele / um/ melancólico)<br />
Viam-se ao longe ......................... mangueiras e abacateiros.(alto)<br />
Viam-se ao longe .........................abacateiros e mangueiras. (robustos)<br />
2. Complete as frases abaixo com os pronomes o, a, os, as, conforme convenha:<br />
As revistas e os jornais, leio- ...... por alto.<br />
Ele podia ajudá-la, mas não ...... quis.<br />
Vi Mário e suas irmãs, porém não ...... cumprimentei.<br />
Aquela ilha, aquelas praias, como eu ..... conheço.<br />
As paixões nos acorrentam sem que ..... sintamos.<br />
PALAVRAS E CONSTRUÇÕES QUE MERECEM DESTAQUE<br />
PRÓPRIO, MESMO, ANEXO, INCLUSO, QUITE, LESO E OBRIGADO<br />
Concordam em gênero e número com o substantivo ou pronome a que se referem.<br />
Elas próprias falaram comigo.<br />
Seguem anexas as cópias solicitadas.<br />
Seguem inclusos os documentos requeridos.<br />
Não há mais nada a discutir: estamos quites.<br />
Ele cometeu um crime de leso-patriotismo.<br />
OBS: A locução “em anexo” é adverbial, portanto, invariável.<br />
2
MEIO E BASTANTE<br />
Pedi meia cerveja e meia porção de batatas fritas.<br />
Meia classe terá de permanecer após o fim da aula.<br />
Há bastantes pessoas insatisfeitas com o que ganham.<br />
As jogadoras estavam meio desgastadas.<br />
Ainda acreditamos bastante em nós mesmos.<br />
É BOM, É NECESSÁRIO, É PRECISO<br />
Quando desacompanhados de determinante, os substantivos podem ser tomados em<br />
sentido amplo. Nesse caso, as expressões como é proibido, é bom, é necessário, é<br />
preciso e similares não variam.<br />
É proibido entrada.<br />
É proibida a entrada de estranhos.<br />
CARO E SÉRIO<br />
As palavras caro e sério podem ter funções adjetivas ou adverbiais.<br />
Ela falou sério. / O rapaz é sério.<br />
Tais produtos custam caro. / Eles são caros.<br />
ALERTA, PSEUDO, MENOS<br />
As palavras alerta, pseudo e menos são invariáveis.<br />
Os soldados permaneceram alerta.<br />
Eles são pseudo-heróis.<br />
Havia menos alunas na sala.<br />
JUNTO<br />
O vocábulo junto concorda com a palavra a que se refere.<br />
Sempre estudavam juntos ou juntas.<br />
Eles estão juntos.<br />
Acompanhado de preposição (junto a, de, com) forma locução prepositiva, ficando<br />
invariável.<br />
As crianças voltaram junto da mãe.<br />
SÓ<br />
O vocábulo só pode ser adjetivo (= sozinho) ou advérbio (=somente). Há ainda a<br />
locução à sós, que é invariável.<br />
Depois da batalha só restaram cinzas.<br />
Podemos estar sós nesse assunto.<br />
A OLHOS VISTOS<br />
A expressão a olhos vistos fica invariável, pois trata-se de locução adverbial de<br />
modo.<br />
O rio avolumava a olhos vistos.<br />
UM...OUTRO<br />
Os pronomes um...outro, quando se referem a substantivos de gêneros diferentes,<br />
concordam no masculino.<br />
Esposo e esposa viviam em plena paz e amavam-se um ao outro.<br />
POSSÍVEL<br />
Com o mais possível, o menos possível, o melhor possível, o pior possível, quanto<br />
possível, o menor possível, o adjetivo possível fica invariável, ainda que se afaste da<br />
palavra mais.<br />
3
Paisagens o mais belas possível.<br />
Ele assistiu o maior número de jogos possível.<br />
Com o plural os mais, os menos, os piores, os melhores, o adjetivo possível vai ao<br />
plural:<br />
Ela escolhia as tarefas menos penosas possíveis.<br />
As frutas são as mais deliciosas possíveis.<br />
CONCORDÂNCIA COM NOMES DE COR<br />
1. Adjetivo simples flexiona:<br />
Ex.: Olhos verdes, meias brancas.<br />
2. No adjetivo composto, flexiona-se só o 2º elemento, quando é adjetivo.<br />
Ex.: Olhos verde-claros.<br />
3. Substantivos empregados como adjetivo<br />
Ex: blusas cinza. ( cor de cinza )<br />
blusas rosa. ( cor de rosa )<br />
4. Se o adjetivo composto indicar cor e tiver substantivo em sua formação, não<br />
flexionará.<br />
Ex.: blusas cinza-claro.<br />
roupas verde-garrafa.<br />
OBS: Ultravioleta / azul-marinho / azul-celeste - são invariáveis<br />
EXERCÍCIOS GERAIS<br />
1. Complete as frases seguintes com a forma apropriada do termo entre parênteses.<br />
Eles.....................comunicaram à atriz que ela ..................... teria de tomar as<br />
providências necessárias. (mesmo, mesmo)<br />
As funcionárias garantiram que elas ..................... iriam fiscalizar <strong>para</strong> que seus<br />
documentos seguissem..................... (mesmo, anexo)<br />
A foto pedida segue ..................... à ficha de cadastro.(incluso)<br />
Eu ..................... farei isso - disse o rapaz. (próprio)<br />
Muitas mães de família andam ..................... desgastadas com a dupla jornada de<br />
trabalho que têm que cumprir. (meio)<br />
.....................pessoas acham estranho este plural. É que estavam ..................<br />
desinformadas sobre as coisas da língua portuguesa. ( bastante, meio)<br />
A situação do país é..................... preocupante. .....................famílias tiveram de<br />
vender suas terras e migrar <strong>para</strong> os centros urbanos. (bastante, bastante)<br />
2. Complete os espaços apropriadamente.<br />
A) Chegamos ao Rio ao meio-dia e _________. (meio)<br />
Comprei uma gravata e um terno _________________. (azul)<br />
A janela e a porta estão ___________. (aberto)<br />
Segue ____________ uma procuração. (anexo)<br />
Não havia _____________ entusiasmo e alegria na torcida. (verdadeiro)<br />
É ____________ a entrada a pessoas estranhas. (proibido)<br />
Encontrei pessoas o mais delicadas _____________. (possível)<br />
H) Vai________ a lista de preços. (incluso)<br />
I) A negociata é ___________ ( bom)<br />
J) Água é ____________(necessário)<br />
4
3. ..................... a difícil fase inicial e o período da experimentação, .....................<br />
algumas semanas antes que se ..................... os objetivos estipulados.<br />
Vencidos - decorreu - alcançassem<br />
Vencido - decorreram - alcançasse<br />
Vencida - decorreram - alcançassem<br />
Vencidos - decorreram - alcançasse<br />
Vencida - decorreu - alcançasse<br />
4. As moças, estando ....., tiveram, elas ...... de tomar as providências que a situação<br />
exigia.<br />
só - mesmo D) só - mesmas<br />
sós - mesmo E) sós - mesmas<br />
só - mesma<br />
5. Vai ..................... à carta minha fotografia. Essas pessoas cometeram crime de<br />
..................... -patriotismo. Elas .....................não quiseram colaborar.<br />
incluso - leso - mesmo<br />
inclusa - lesa - mesma<br />
inclusa - lesa - mesmas<br />
incluso - leso - mesmas<br />
inclusa - leso - mesmas<br />
6. ....... furiosa, mas com ........... violência, proferia injúrias ......... <strong>para</strong> escandalizar os<br />
mais arrojados.<br />
meia - menas - bastantes<br />
meia - menos - bastante<br />
meio - menos - bastante<br />
meio - menos - bastantes<br />
meio - menas - bastantes<br />
7. Os Estados Unidos ..................... grande universidade de ..................... fama e<br />
mérito.<br />
possuem - reputada<br />
possui - reputado<br />
possui - reputados<br />
possuem - reputado<br />
possui - reputada<br />
8. Deixou ..................... desde logo, os prêmios a que faria jus o vencedor: dois<br />
.....................<br />
estabelecidos - corcel azuis-claros<br />
estabelecido - corcéis azul-claro<br />
estabelecido - corcéis azul-claros<br />
estabelecidos - corcéis azul-claros<br />
estabelecido - corcel azuis-claros<br />
5
CONCORDÂNCIA VERBAL<br />
REGRAS GERAIS<br />
01. O verbo e o sujeito de uma oração mantêm entre si uma relação mútua chamada<br />
de concordância verbal. De acordo com essa relação, verbo e sujeito concordam em<br />
número e pessoa.<br />
Reconheço os próprios erros.<br />
Pessoas razoáveis reconhecem os próprios erros.<br />
O sujeito composto equivale a um sujeito no plural: Pai e filho conversaram<br />
longamente.<br />
___________________________________________<br />
02. Nos sujeitos compostos pessoas gramaticais diferentes, o verbo concorda com a<br />
pessoa de menor número no plural.<br />
Nossos amigos, tu e eu (nós) formaremos um belo time.<br />
Tu e ele (vós) formareis um belo time.<br />
___________________________________________<br />
03. Se o verbo estiver anteposto ao sujeito composto, pode concordar no plural com<br />
a totalidade do sujeito ou com o núcleo do sujeito mais próximo.<br />
Bastaram determinação e capacidade.<br />
Bastou determinação e capacidade.<br />
Quando há reciprocidade, a concordância deve ser feita no plural.<br />
Agrediram-se o deputado e o senador. (agrediram-se um ao outro)<br />
Ofenderam-se o jogador e o técnico. (ofenderam-se um ao outro)<br />
___________________________________________<br />
04. O sujeito, sendo composto e anteposto ao verbo, leva geralmente este <strong>para</strong> o<br />
plural.<br />
A moça e o rapaz cumpriram seus deveres.<br />
Se os núcleos do sujeito composto são sinônimos ou quase sinônimos ou<br />
estabelecem uma gradação, o verbo pode concordar no singular.<br />
O desalento e a tristeza minou-lhe as forças.<br />
Um aceno, um gesto, um estímulo faria muito por ele.<br />
CONCORDÂNCIAS QUE MERECEM DESTAQUE<br />
01. SUBSTANTIVOS PRÓPRIOS NO PLURAL<br />
Quando o sujeito é formado por nomes que só tem plural, se não houver artigo<br />
antes do nome, o verbo fica no singular.<br />
Flores não recebe mais acento.<br />
Se houver artigo antes do nome, o verbo vai <strong>para</strong> o plural.<br />
Os Estados Unidos impuseram uma ordem mundial.<br />
As Minas Gerais são inesquecíveis.<br />
Obs: quando se tratar de obra literária, o verbo poderá ficar no singular.<br />
Os Lusíadas são / é o maior poema épico português.<br />
6
02. PRONOMES RELATIVOS “QUE / QUEM” COMO SUJEITOS<br />
Quando o sujeito for o pronome relativo QUE, o verbo concordará com o<br />
antecedente do que.<br />
Fui eu que fiz tudo isso.<br />
Quando o sujeito é o pronome relativo QUEM, pode-se utilizar o verbo na 3 a pessoa<br />
do singular ou concordá-lo com o sujeito do verbo “ser”.<br />
Somos nós quem pagamos. / Somos nós quem paga.<br />
03. CONCORDÂNCIA COM PERCENTUAIS<br />
Quando o sujeito for indicação de uma porcentagem seguida termo preposicionado,<br />
a tendência é fazer a concordância com esse termo que especifica a referência<br />
numérica.<br />
1% do orçamento do país deve destinar-se à educação.<br />
85% dos entrevistados declararam impostos.<br />
99% da população brasileira assistiu à Copa do Mundo.<br />
Se a porcentagem for particulariza, o verbo concordará com ela:<br />
Os 99% da população assistiram à Copa do Mundo.<br />
Aqueles 45% de eleitores estão indecisos.<br />
04. NÚMEROS FRACIONÁRIOS<br />
Quando o sujeito é um número fracionário, o verbo concorda com o numerador.<br />
Anulou-se 1/5 da prova de matemática.<br />
Anularam-se 2/5 da prova de matemática.<br />
05. PRONOMES DE TRATAMENTO COMO SUJEITO<br />
O verbo fica na 3 a pessoa.<br />
Vossas Excelências desejam algo?<br />
06. SUJEITOS RESUMIDOS POR TUDO / NADA NINGUÉM<br />
O verbo concorda no singular.<br />
Carros, viadutos, pontes, tudo foi destruído pelo terremoto.<br />
07. UM OU OUTRO<br />
O verbo concorda no singular com o sujeito um ou outro.<br />
Um ou outro caso será resolvido.<br />
Uma ou outra candidata saiu-se bem.<br />
ESTRUTURAS VERBAIS FORMADAS COM A PARTICIPAÇÃO DO<br />
PRONOME “SE”:<br />
A) Quando atua como índice de indeterminação do sujeito, o “se” acompanha<br />
verbos intransitivos, transitivos indiretos e de ligação, que devem obrigatoriamente<br />
estar na 3 a pessoa do singular.<br />
Aos domingos, ia-se sempre à praça.<br />
Precisa-se de pedreiros.<br />
7
B) Quando atua como pronome apassivador, o “se” acompanha verbos transitivos<br />
diretos e transitivos diretos e indiretos na formação da voz passiva sintética. Nesse<br />
caso , o verbo concorda com o sujeito da oração.<br />
Construi-se uma nova praça no bairro.<br />
Construíram-se novas praças no bairro.<br />
O VERBO “SER”<br />
A) Estando entre dois substantivos de números diversos, o que orientará a<br />
concordância será o sentido da frase, ou seja, o verbo “ser” concordará com o termo<br />
a que se quiser dar mais ênfase.<br />
O horizonte de sucesso são cordilheiras transpostas.<br />
B) O sujeito sendo nome de pessoa, com ele concorda o verbo ser.<br />
Mário era só alegrias.<br />
C) Concorda com o predicativo quando o sujeito for um dos pronomes tudo, isso,<br />
isto, aquilo, o.<br />
Tudo eram alegrias naquela noite.<br />
Também é uma forma aceita segundo a norma padrão:<br />
Tudo é flores.<br />
D) Quando um dos dois termos - sujeito ou predicativo - for pronome pessoal, faz-se<br />
a concordância com este pronome:<br />
Todo eu era olhos e coração.<br />
O Brasil, senhores, sois vós.<br />
E) Nas expressões que indicam quantidade, medida, peso, preço, valor (é muito, é<br />
pouco, é suficiente, é mais que, etc.), o verbo ser é invariável:<br />
Dois quilos é pouco. / Vinte mil reais é bom.<br />
F) Nas indicações de tempo, horas, datas e distâncias, o verbo ser é<br />
impessoal e concorda com a expressão numérica que o acompanha.<br />
São duas horas.<br />
Hoje é dia cinco de março.<br />
Hoje são cinco de março.<br />
Daqui <strong>para</strong> minha casa são três quilômetros.<br />
O VERBO “HAVER’<br />
Quando indica existência ou acontecimento, é impessoal e permanece na 3 a pessoa<br />
do singular.<br />
Ainda há pontos obscuros nessa versão.<br />
Deve ter havido pontos obscuros naquela versão.<br />
HAVER / FAZER / CHOVER<br />
São impessoais quando indicam tempo decorrido. Neste caso, permanecem na 3 a<br />
pessoa do singular.<br />
Há anos que não o vejo.<br />
Faz anos que não o vejo.<br />
Choveu durante vários dias.<br />
8
BATER, SOAR, DAR<br />
Referindo-se às horas, os três verbos acima concordam regularmente com o sujeito.<br />
Nisto, deu três horas o relógio da botica.<br />
Soaram dez horas nos relógios das igrejas.<br />
PARECER<br />
Em construções com o verbo parecer seguido de infinitivo, pode-se flexionar o verbo<br />
parecer ou o infinitivo que o acompanha.<br />
As paredes pareciam estremecer.<br />
As paredes parecia estremecerem.<br />
EXERCÍCIOS GERAIS<br />
1. Complete as frases seguintes com a forma apropriada do verbo entre parênteses:<br />
A).................... várias coisas inesperadas na tarde de ontem. (acontecer)<br />
B) .................... alguns poucos amigos fiéis no fim de semana. (ficar)<br />
C) .................... alguns doces. (sobrar)<br />
D) Ainda .................... bons motivos <strong>para</strong> ficarmos juntos. (deve existir)<br />
E) Ainda .................... surpresas nesse campeonato. (pode ocorrer)<br />
2. Passe <strong>para</strong> o plural os termos destacados em cada uma das frases seguintes e<br />
faça as mudanças em cada caso:<br />
A) Anunciou-se a reforma administrativa.<br />
_________________________________________<br />
B) Trata-se daquela questão polêmica.<br />
_________________________________________<br />
C) Ele prefere não opinar quando se fala em eleição.<br />
_________________________________________<br />
E) Obteve-se o computador mais veloz.<br />
_________________________________________<br />
3. Indique a alternativa gramaticalmente incorreta:<br />
A) Deram duas horas.<br />
B) O relógio deu duas horas.<br />
C) Tinha soado seis horas.<br />
D) Bateu uma hora.<br />
E) O sino bateu duas horas.<br />
4. .......... meio-dia e .........; no céu, ................. as trovoadas de verão.<br />
A) Era - meia - anunciava-se<br />
B) Eram - meio - anunciavam-se<br />
C) Era - meio - anunciava-se<br />
D) Era - meia - anunciavam-se<br />
E) Eram - meia - anunciavam-se<br />
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5. Quanto à concordância, está inteiramente correta a frase:<br />
A) Não ocorrem aos cientistas imaginar que as explicações dos fenômenos naturais<br />
possam ser dadas pelas práticas esotéricas.<br />
B) Se conviessem aos charlatões demonstrar suas crenças em experimentos de<br />
laboratório, eles seriam os primeiros a fazê-lo.<br />
C) A todo cientista, seguindo os passos de seus antecessores e submetendo-se aos<br />
procedimentos próprios da ciência, cumprem desmascarar as malícias dos charlatões.<br />
D) É desejável que se oponham às "provas" oferecidas pelos charlatões a prática das<br />
experiências controladas nos laboratórios.<br />
E) Não se recorra às práticas esotéricas <strong>para</strong> que se "provem", sem nenhum rigor,<br />
"fatos" que não passam de construções da fantasia e da especulação.<br />
6. O verbo indicado entre parênteses adotará uma forma do plural, ao se flexionar<br />
corretamente na seguinte frase:<br />
A) Agissem os membros do tribunal de acordo com os cânones da escola Maliki,<br />
(redundar) tudo na morte de Amina.<br />
B) É de se perguntar quantos apedrejamentos (haver) de ocorrer, caso se observasse<br />
o mesmo rigor da lei em relação ao adultério masculino.<br />
C) Por mais razões que (poder) haver <strong>para</strong> se condenar moralmente um adultério,<br />
nenhuma delas tem força <strong>para</strong> torná-lo um crime.<br />
D) Acreditam os observadores que um conflito de interpretações entre juizes<br />
muçulmanos e juizes laicos (ensejar), provavelmente, uma guerra civil.<br />
E) Aos fanáticos religiosos não (satisfaz) que se solucionem casos como<br />
esse de um modo político, concessivo, conciliatório.<br />
7. A concordância verbal e a nominal estão de acordo com a norma padrão em:<br />
A) Houveram implicações boas e más naquelas atitudes dos empresários de<br />
Pernambuco.<br />
B) Propostas, o mais adequadas possíveis, em termos de qualidade, foi apresentada<br />
aos trabalhadores.<br />
C) Quaisquer deslizes perante o consumidor, nessa área, provoca problemas <strong>para</strong> a<br />
empresa.<br />
D) É necessário paciência <strong>para</strong> poderem os trabalhadores conseguirem seus plenos<br />
direitos.<br />
E) A ação social, um dos temas mais discutidos atualmente, faz os interessados<br />
repensarem a política fiscal.<br />
8. A frase que está inteiramente de acordo com as normas da concordância verbal é:<br />
A) A corrupção dos povos que saem da infância e da juventude parecem fazer parte<br />
do nosso destino histórico, segundo o pessimista Rousseau.<br />
B) Constituem os males da humanidade um desafio invencível <strong>para</strong> qualquer<br />
providência de natureza jurídica.<br />
C) De acordo com Rousseau, devem-se discriminar o que é a vontade geral, diante do<br />
que é a vontade de todos.<br />
D) Quanto mais contra-sensos houverem na interpretação de Rousseau, menos<br />
compreendido será o filósofo.<br />
E) Nas teses de Rousseau, a reforma dos costumes sempre tiveram mais importância<br />
do que quaisquer remédios jurídicos.<br />
9. A frase em que há pleno atendimento às normas de concordância verbal é:<br />
10
A)) Deve espantar-nos que sejam consideradas crimes, na Nigéria, atitudes que, entre<br />
nós, são passíveis de uma simples censura moral?<br />
B) É possível que venha a ocorrer, imediatamente após o caso de Amina Lawall,<br />
julgamentos relativos à mesma infringência das leis muçulmanas.<br />
C) Muitos acreditam que não se deveriam admitir, em nome dos direitos humanos, a<br />
aplicação da pena máxima contra desvios de ordem moral.<br />
D) É polêmica a proposta de que se confira a um tribunal internacional poderes <strong>para</strong><br />
intervir em normas jurídico-religiosas estabelecidas em culturas milenares.<br />
E) Caberiam aos cidadãos ocidentais, cujas leis se estabeleceram em sua própria<br />
tradição cultural, o direito de intervirem nos códigos de outros povos15.<br />
10. Nos textos da imprensa que se seguem “a concordância foi nocauteada.<br />
Nem mesmo Mike Tyson teria sido capaz de bater com tanta força” (Correio<br />
Brasiliense, 4/3/97). Identifique a única frase em que a concordância não sofreu<br />
“nocaute”:<br />
A) Popovic traz, todas as tardes, temas que são inéditas;<br />
B) A gente, baseados nas informações recebidas, organizamos o evento, e eles<br />
garantem;<br />
C) O casal, que vivia no apartamento em frente, consideravam-no uma pessoa<br />
tímida e pacata;<br />
D) O Banco acredita que tudo são especulações do mercado financeiro;<br />
E) Os quadros nordestinos apresenta Maria e José;<br />
11
REGÊNCIA NOMINAL E VERBAL<br />
É a interdependência dos termos de uma oração, verificando se um termo pede ou<br />
não complemento.<br />
A regência nominal trata dos complementos dos nomes (substantivos e adjetivos).<br />
Exemplos:<br />
- acesso: A = aproximação – amor: a, de, <strong>para</strong>, <strong>para</strong> com<br />
em = promoção - aversão: a, em <strong>para</strong>, por<br />
<strong>para</strong> = passagem<br />
A regência verbal trata dos complementos do verbo.<br />
Muitos verbos se relacionam com outras palavras ora por meio de preposição, ora sem<br />
ela.<br />
Vejamos a regência de alguns verbos:<br />
ASSISTIR<br />
No sentido de ver, exige complemento com a preposição a.<br />
Ex.: Assistimos a um filme ótimo ontem.<br />
No sentido de dar assistência, exige , geralmente, complemento sem preposição.<br />
Ex.: O médico assistiu o paciente.<br />
No sentido de pertencer, exige complemento com a preposição a.<br />
Ex.: Esse direito assiste ao trabalhador. (ao = preposição a + artigo o)<br />
No sentido de morar, exige complemento com preposição em.<br />
Ex.: Aquela atriz assiste em Ipanema.<br />
ASPIRAR<br />
No sentido de inspirar, exige complemento sem preposição.<br />
Ex.: Ele aspirou o ar puro da montanha.<br />
No sentido de almejar, exige complemento com a preposição a.<br />
Ex.: Eu aspiro a uma vaga na empresa.<br />
ATENDER (dar atenção)<br />
Ex.: Eles atenderam ao pedido que eles fizeram.<br />
Ex.: Angélica atendeu à solicitação do chefe.<br />
CHAMAR<br />
No sentido de convocar, exige complemento sem preposição.<br />
Ex.: O professor chamou os estudantes da turma.<br />
No sentido de dar nome, exige indiferentemente complemento com ou sem a preposição<br />
a e o predicativo com ou sem a preposição de.<br />
Ex1.: Uma aluna chamou José de bobo.<br />
Ex2.: Uma aluna chamou a José de bobo.
Ex3.: Uma aluna chamou José bobo.<br />
Ex4.: Uma aluna chamou a José bobo.<br />
CHEGAR/IR<br />
Os verbos exigem complemento com a preposição a.<br />
Ex.: Chegamos a Ipanema tarde./ Ex.: Iremos a Ipanema à noite.<br />
Obs.: o verbo ir , no sentido de estabelecer residência, demorar; exige a preposição<br />
<strong>para</strong>.<br />
Ex.: Passei no <strong>concurso</strong>, logo vou <strong>para</strong> a França fazer o mestrado.<br />
CUSTAR<br />
No sentido de ser difícil, o verbo exige complemento com a preposição a.<br />
Ex.: Custou à aluna aceitar o erro.<br />
ESQUECER/LEMBRAR<br />
Quando não apresentam pronome oblíquo, exigem complemento sem preposição.<br />
Ex1.: O aluno esqueceu a prova. / Ex2.: O aluno lembrou tudo.<br />
Quando apresentam pronomes oblíquos, exigem complemento com a preposição de.<br />
Ex2.: A aluna se esqueceu da prova. / Ex2.: O aluno se lembrou de tudo.<br />
IMPLICAR<br />
O verbo, significando acarretar, pressupor, exige complemento sem preposição.<br />
Ex.: “O processo implica pressupostos filantrópicos.” (Câmara Federal/2002)<br />
Significando perturbar, é transitivo indireto.<br />
Ex.: Joana implica com a colega de turma sempre.<br />
INFORMAR<br />
Exige complemento com e sem preposição (Transitivo direto e indireto)<br />
Ex.: Informei a nota ao Gustavo.<br />
Ex.: Informei o Gustavo sobre a nota (ou da nota).<br />
MORAR<br />
O verbo exige a preposição em.<br />
Ex.: Ela mora em São Paulo.<br />
NAMORAR<br />
O verbo exige complemento sem preposição.<br />
Ex.: Pedro namora Beatriz.<br />
PREFERIR<br />
O verbo exige complemento com a preposição a.<br />
Ex.: Prefiro <strong>Português</strong> a Matemática.<br />
PROCEDER<br />
No sentido de ter fundamento, não exige complemento.
Ex.: Aquelas acusações não procedem.<br />
No sentido de originar-se, exige complemento com a preposição de.<br />
Ex.: Nossa língua procede do latim vulgar. (preposição de + artigo o)<br />
No sentido de fazer, exige a preposição a.<br />
Ex.: Após as eleições, procedem às apurações. (preposição a + artigo as)<br />
QUERER<br />
No sentido de desejar, exige complemento sem preposição.<br />
Ex.: Eu quero ser feliz.<br />
No sentido de estimar, exige complemento com a preposição a.<br />
Ex.: Quero a meus amigos de classe.<br />
SER<br />
O verbo exige, neste caso, complemento sem preposição.<br />
Ex.: Somos cinqüenta pessoas na classe.<br />
VISAR<br />
No sentido de mirar, exige complemento sem preposição.<br />
Ex.: O atleta visou o alvo.<br />
No sentido de dar visto, exige complemento sem preposição.<br />
Ex.: O gerente do banco visou o cheque.<br />
Nos sentido de ter em vista, exige complemento com a preposição a.<br />
Ex.: Ela visa a um alto cargo.<br />
PRÁTICA<br />
“Tv em cores “<br />
“comprar à vista” (algo) ≠ “comprar a vista” (comprar a paisagem)<br />
“fechar à chave” ≠ “fechar a chave” (dentro da gaveta)<br />
“marcha à ré”<br />
“Sairei daqui à uma hora.” (às 13h ou à1h da madrugada) ≠ “Sairei daqui a uma<br />
hora.” (dentro de uma hora)<br />
“Usar à força” (algo)<br />
“Ele cheira à bebida.” (exalar odor)<br />
1. Complete as frases abaixo com a opção que preencha corretamente as lacunas.<br />
a) Prefiro <strong>Português</strong> ______ Matemática. (a – do que )<br />
b) Respondi _____ telegrama _____ amigo. (o - ao / ao – o)<br />
c) O neném queria _____ chupeta. (a – à)<br />
d) O professor quer muito ______ seus alunos. (os – aos)
e) João pagou _____ dívida _____ credor. (a – à / a – ao)<br />
f) O policial visou _______ alvo. (o – ao)<br />
g) O gerente visou _____ cheque. (o – ao)<br />
h) Eles visam ______ bom emprego. (o – ao)<br />
i) Ela aspira _____ ar puro da fazenda. (o – ao)<br />
j) Paula aspira _____ vaga de diretora. (a – à)<br />
k) Kleber vai assistir _______ jogo no estádio. (o – ao)<br />
l) O médico assistia _______ paciente na UTI. (o – ao)<br />
m) O presidente assiste _______ Brasília. (em – na)<br />
n) Esqueceu-se ______ livro. (de – do)<br />
o) Esqueceu _____ livro. (o – do)<br />
p) Ofereci flores _____ jovem. (a – à)<br />
q) Vou _____ praia. (a – à)<br />
r) Vou ________ França estudar. (à – <strong>para</strong>)<br />
s) Informamos _____ aluno ______ prova. (o – ao / o – da)<br />
t) Jéssica vivia implicando _______ a irmã. ( a – com)<br />
u) A língua portuguesa procede ______ latim. (de – do)<br />
v) Pedro namora _____ Juliana. (com – sem preposição)<br />
w) Sua atitude implica _________ uma reação imediata. (em – sem preposição)<br />
x) Custou _____ aluno entender ____ exercício. (o – ao / ao – o)<br />
y) Somos ________ trinta na sala de aula. (em – sem preposição)<br />
z) Todos assistiram ________ novela das oito. (a – à)<br />
EXERCÍCIOS<br />
1. Em qual das alternativas abaixo, há um erro de regência?<br />
a) Entre mim e ti tudo acabado.<br />
b) A moça prefere café a chá.<br />
c) Este assunto não lhe assiste.<br />
d) Carlos assistiu ao jogo de futebol.<br />
e) Aquela mulher visa uma vida melhor.<br />
1. Aponte o erro de regência .<br />
a) A secretária visará o passaporte.<br />
b) Todos aspiravam a um cargo melhor.<br />
c) Perdoem aos meus deslizes.<br />
d) Assistia à novela.<br />
3. A alternativa incorreta de acordo com a gramática da língua culta é:
a) Obedeça o regulamento.<br />
b) Aspiro o ar puro da manhã.<br />
c) Prefiro passear a ver televisão.<br />
d) O caçador visou o alvo.<br />
4. Há erro de regência em:<br />
a) Aspiro àquele cargo.<br />
b) Esqueceram de mim.<br />
c) O presidente assiste em Brasília.<br />
e) Preferimos cinema a teatro.<br />
5. (FUVEST/SP) Indique a alternativa correta:<br />
a) Preferia brincar do que trabalhar.<br />
b) Preferia mais brincar a trabalhar.<br />
c) Preferia brincar a trabalhar.<br />
d) Preferia brincar à trabalhar.<br />
e) Preferia mais brincar que trabalhar.<br />
1. (CÂM. DEP.) Ele anseia _______ visitá-la porque ________ estima muito e deseja<br />
que ela _________ perdoe ________ erros.<br />
a) em – lhe – o - os<br />
b) de – lhe – o - aos<br />
c) <strong>para</strong> – a – lhe - aos<br />
d) por – a – lhe - os<br />
2. (UFPR) Assinale a alternativa que substitui corretamente as palavras destacadas.<br />
1) Assistimos à inauguração da piscina.<br />
2) O governo assiste os flagelados.<br />
3) Ele aspirava a uma posição de maior destaque.<br />
4) Ele aspira o aroma das flores.<br />
5) O aluno obedece aos mestres.<br />
a) lhe, os, a ela, a ele, lhes<br />
b) a ela, os, a ela, o, lhes<br />
c) a ela, os, a, a ele, os<br />
d) a ela, a eles, lhe, lhe, lhes<br />
e) lhe, a eles, a ela, o, lhes<br />
8. (FUVEST/SP) Assinale a alternativa gramaticalmente correta:<br />
a) Não tenham dúvidas de que ele vencerá.<br />
b) O escravo ama e obedece a seu senhor.<br />
c) prefiro estudar do que trabalhar.<br />
d) O livro que te referes é célebre.<br />
e) Se lhe disserem que não o respeito, enganam-no.<br />
9. Assinale a alternativa em que ocorre erro de regência nominal.<br />
a) Minha sala é contígua da sua.<br />
b) Qualquer solução seria preferível àquela.<br />
c) São comerciantes ávidos de lucros, nada mais.<br />
d) Imbuídos de boa fé, conseguiram superar o impasse.
10. Assinale a alternativa cuja seqüência completa CORRETAMENTE as frases abaixo:<br />
A lei ....... se referiu já foi revogada.<br />
O s problemas ...... se lembraram eram muito grandes.<br />
O cargo ........ aspiras é muito importante.<br />
O filme ........ gostou foi premiado.<br />
O jogo .......... assistimos foi movimentado.<br />
a) que, que, que, que, que<br />
b) a que, de que, que, que, a que<br />
c) a que, de que, a que, de que, a que<br />
d) que, de que, que, de que, que<br />
GABARITO<br />
01. E<br />
02. C<br />
03. A<br />
04. B<br />
05. C<br />
06. D<br />
07. B<br />
08. E<br />
09. A<br />
10. C
SINONÍMIA<br />
SIGNIFICAÇÃO DAS PALAVRAS<br />
É a característica de determinadas palavras assumirem, num determinado<br />
contexto, significação semelhante. Emprego de sinônimos.<br />
Ex.: apelido – alcunha; longo – comprido; bônus – prêmio; branco – alvo.<br />
ANTONÍMIA<br />
Palavras com sentido oposto. Emprego de antônimos.<br />
Ex.: rico – pobre; alto – baixo; gordo – magro; claro – escuro.<br />
HOMONÍMIA<br />
Quando uma palavra assume mais de um significado. É a condição de duas ou<br />
mais palavras com significado diferente possuírem som e grafia semelhantes.<br />
As palavras Homônimas podem ser : homógrafas, homófonas e perfeitas.<br />
• Homônimas homógrafas: são palavras iguais na grafia e som diferente.<br />
Ex1.: O acordo está feito. (substantivo) [som fechado]<br />
Às vezes, acordo com muito sono. (verbo) [som aberto]<br />
Ex2 .: O começo da festa é sempre mais calma. (substantivo) [som fechado]<br />
Quando começo a dançar, todos se animam a dançar também. (verbo) [som aberto]<br />
• Homônimas homófonas: são palavras com a mesma pronúncia, mas grafia<br />
diferente.<br />
Ex1.: Gosto de ir a última sessão de cinema. (intervalo de tempo que dura uma reunião,<br />
uma assembléia)<br />
Ele fez a cessão de seus direitos autorais à editora Nascimento. (ato de ceder, ato<br />
dar)<br />
Gosto de ler a seção de esportes. (significa parte de um todo, segmento, subdivisão)<br />
Ex2.: Aquela viagem foi muito especial <strong>para</strong> nós. (substantivo)<br />
É importante que eles viajem ainda hoje. (verbo)
• Homônimas perfeitas: são palavras com grafia igual e som igual.<br />
Ex.: O homem são pode e deve trabalhar bastante. (adjetivo = sadio)<br />
São cinco horas agora. (verbo ser)<br />
Vejamos agora mais alguns homônimos:<br />
Assento – objeto ou lugar em que a gente se senta.<br />
Acento – sinal diacrítico indicativo do acento ou <strong>para</strong> marcar a pronúncia das palavras.<br />
................................................................................................................................................<br />
...<br />
Caçar – perseguir (animais silvestres) <strong>para</strong> os apanhar ou matar, procurar.<br />
Cassar – anular, tornar sem efeito: cassar uma licença.<br />
................................................................................................................................................<br />
...<br />
Cela – pequeno quarto de dormir; cubículo; quarto de preso.<br />
Sela – assento acolchoado de cavalgadura.<br />
................................................................................................................................................<br />
...<br />
Censo – recenseamento de uma população; rendimento coletável.<br />
Senso - ato de raciocinar; faculdade de julgar.<br />
................................................................................................................................................<br />
...<br />
Chá – planta arbústea, também chamada de chá-da-índia.<br />
Xá – título do soberano da Pérsia, hoje Irã.<br />
................................................................................................................................................<br />
....<br />
Incipiente – que começa; que está no princípio, principiante.<br />
Insipiente – ignorante, insensato, néscio; não sapiente.<br />
PARONÍMIA<br />
Quando duas ou mais palavras tem significados diferentes, mas se parecem na<br />
grafia e no som.
Vejamos algumas destas palavras:<br />
Absolver- declarar inocente; perdoar pecados a; isentar.<br />
Absorver- embeber, sorver; aspirar, engolir; compreender, assimilar.<br />
................................................................................................................................................<br />
...........<br />
Acedente- que ou quem acede.<br />
Acidente- acontecimento casual, fortuito, imprevisto; desastre.<br />
Incidente- que incide, ocorre, sobrevém.<br />
................................................................................................................................................<br />
............<br />
Acender- pôr fogo, fazer arder; queimar, incendiar.<br />
Ascender- subir de categoria ou postos; elevar-se.<br />
................................................................................................................................................<br />
.............<br />
Adereço- objeto de adorno; ornamento, enfeite.<br />
Endereço- indicação de nome e residência em sobrescrito; direção.<br />
................................................................................................................................................<br />
............<br />
Adição- soma, acréscimo.<br />
Edição- ato ou efeito de editar. Publicação de obra literária.<br />
................................................................................................................................................<br />
.............<br />
Alusão- referência vaga e indireta. Menção.<br />
Ilusão- engano dos sentidos ou da mente. Sonho, devaneio.<br />
................................................................................................................................................<br />
............<br />
Atuar- exercer atividade, ou estar em atividade. Exercer influência.<br />
Autuar- lavrar um auto contra alguém; formar processo contra.<br />
................................................................................................................................................<br />
............<br />
Bebedor- aquele que bebe.<br />
Bebedouro- local onde se bebe.
................................................................................................................................................<br />
............<br />
Blindar- revestir (navio) de chapas de aço, como proteção.<br />
Brindar- beber à saúde de: brindaram a aniversariante.<br />
................................................................................................................................................<br />
.............<br />
Bocal- abertura de um vaso, frasco, candeeiro.<br />
Bucal- relativo à boca.<br />
................................................................................................................................................<br />
.............<br />
Cavaleiro- homem que monta a cavalo; aquele que sabe cavalgar.<br />
Cavalheiro- homem nobre, distinto, de educação esmerada.<br />
................................................................................................................................................<br />
.............<br />
Comprido- longo, extenso, dilatado.<br />
Cumprido- que foi executado; realizado: dever cumprido<br />
................................................................................................................................................<br />
.............<br />
Comprimento- longo, extenso, dilatado.<br />
Cumprimento- extensão de um objeto; extensão de uma linha etc; saudação.<br />
................................................................................................................................................<br />
.............<br />
Descrição- ato de descrever, narrar; contar, minuciosamente.<br />
Discrição- qualidade do que é discreto; sensatez.<br />
................................................................................................................................................<br />
.............<br />
Destinto- que se destingiu; sem cor.<br />
Distinto- que não se confunde com o outro; diferente, se<strong>para</strong>do.<br />
................................................................................................................................................<br />
.............<br />
Destratar- maltratar com palavras; insultar.<br />
Distratar- desfazer, anular, rescindir (um pacto ou contrato).<br />
................................................................................................................................................<br />
.............
Discente- estudante, discípulo.<br />
Docente- professor, instrutor.<br />
................................................................................................................................................<br />
.............<br />
Emergir- erguer-se acima da água; manifestar-se; sair de onde estava.<br />
Imergir- mergulhar, fazer penetrar, engolfar-se.<br />
................................................................................................................................................<br />
.............<br />
Eminente- elevado, alto, superior, sublime.<br />
Iminente- sobranceiro; que ameaça cair, ou suceder a qualquer momento.<br />
................................................................................................................................................<br />
.............<br />
Flagrante- manifesto, evidente; aquele em cuja prática é surpreendido.<br />
Fragrante- que exala cheiro forte e agradável; odorífero.<br />
................................................................................................................................................<br />
.............<br />
Fluir- correr em estado líquido; derivar; proceder, nascer.<br />
Fruir- desfrutar, possuir, gozar.<br />
................................................................................................................................................<br />
.............<br />
Fluvial- que diz respeito a rio. Próprio dos rios.<br />
Pluvial- relativo à chuva.<br />
................................................................................................................................................<br />
.............<br />
Fusível- que se pode fundir; fio de fusibilidade calibrada, <strong>para</strong> proteger instalações.<br />
Fuzil- espingarda; carabina.<br />
................................................................................................................................................<br />
.............<br />
Infligir- aplicar pena, castigo, repreensão.<br />
Infringir- transgredir, violar (a lei); deixar de cumprir, desobedecer.<br />
................................................................................................................................................<br />
.............<br />
Mandado- ato de mandar; ordem escrita.<br />
Mandato- o tempo em que um político exerce durante seu cargo; procuração.
................................................................................................................................................<br />
.............<br />
Mistificar- abusar da credulidade de; enganar, iludir.<br />
Mitificar- converter em mito.<br />
................................................................................................................................................<br />
.............<br />
Posar- tomar posição <strong>para</strong> ser fotografado.<br />
Pousar- colocar, pôr; recolher-se em pousada.<br />
................................................................................................................................................<br />
.............<br />
Precedente- que precede, anterior, antecedente.<br />
Procedente- que procede, proveniente, originário, concludente.<br />
................................................................................................................................................<br />
.............<br />
Pregresso- decorrido anteriormente; que aconteceu primeiro.<br />
Progresso- ato ou efeito de progredir. Desenvolvimento.<br />
................................................................................................................................................<br />
.............<br />
Sorrir- rir levemente, com ligeira contração dos músculos faciais.<br />
Rir- manifestar o riso. Achar graça.<br />
................................................................................................................................................<br />
.............<br />
Tráfego- fluxo das mercadorias transportadas por aerovias, ferrovias, hidrovias ou<br />
rodovias; comunicação.<br />
Tráfico- negócio indecoroso: tráfico de drogas.<br />
................................................................................................................................................<br />
.............<br />
Vedado- que tem tapume; proibido; defeso; murado.<br />
Vetado- que foi proibido; que foi vetado.<br />
................................................................................................................................................<br />
.............<br />
Vultoso- que faz vulto, volumoso, grande.<br />
Vultuoso- que tem rosto grande; congestão na face.
PRÁTICA<br />
1- Complete com a palavra adequada:<br />
a) O ladrão foi pego em ___________________________. (flagrante/fragrante)<br />
b) O chefe gosta de _________________________ seus funcionários.<br />
(comprimentar/cumprimentar)<br />
c) A professora pediu que fizesse uma _____________________ da minha sala de aula.<br />
(descrição/discrição)<br />
d) A rosa tem uma gostosa ___________________. (flagrância/fragrância)<br />
e) É proibido _______________ cigarro em ambientes fechados. (ascender/acender)<br />
f) Sabia que poderia contar com sua _____________________. (descrição/discrição)<br />
g) Quero que eles ___________________ no final do ano. (viagem/viajem)<br />
h) Aquela __________________ foi um sonho. (viagem/viajem)<br />
i) Seu projeto está _________________ até a segunda ordem. (vedado/vetado)<br />
j) O juiz irá __________________ o réu. (absorver/absolver)<br />
l) A ______________________ é um mal <strong>para</strong> a sociedade. (insipiência/incipiência)<br />
m) O advogado ___________________ leu todo o processo. (iminente/eminente)<br />
n) O perigo era ___________________ ao entrar naquela casa antiga.<br />
(iminente/eminente)<br />
o) Meu professor _____________________ seu erro. (ratificou/retificou)<br />
p) A reunião foi ______________________ . (ratificada/retificada)<br />
q) ______________ de preso é muito desagradável. (cela/sela)<br />
r) Antes de montar, deve-se colocar a _________________ em seu cavalo. (cela/sela)<br />
s) Vamos _________________ seu aniversário. (blindar/brindar)<br />
t) Os artistas precisam ______________ seus carros por medida de segurança.<br />
(blindar/brindar)<br />
u) Henrique foi assistir a última ___________________ do filme. (cessão/sessão/seção)<br />
v) Gosto da _________________ de suspense. (cessão/sessão/seção)<br />
x) Minha tia fez a _________________ de seu bens. (cessão/sessão/seção)
z) A cozinheira _______________ os alimentos, (cozia/cosia) enquanto a costureira<br />
______________ as roupas. (cozia/cosia)<br />
2. Complete as lacunas com as palavras adequadas.<br />
a) Há quantos anos não é feito o ________________ no Brasil? (senso/censo)<br />
b) Eles se ____________________ , assim que chegaram.<br />
(comprimentaram/cumprimentaram)<br />
c) _________________ em seus pensamentos, afasta-o da realidade.<br />
(devagar/divagar)<br />
d) O juiz _________________ leu, calmamente, o processo. (iminente/eminente)<br />
e) Com bom _____________ obteremos bons resultados. (censo/senso)<br />
EXERCÍCIOS<br />
1. (FAETEC) Os parônimos docente e discente significam respectivamente:<br />
a) que aprende e que ensina<br />
b) que ensina e que aprende<br />
c) que desce e que sobe<br />
d) que cria e que é criado<br />
e) que descreve e que é descrito<br />
2. (Corregedoria Geral) A palavra diáspora significa:<br />
a) abandono<br />
b) dispersão<br />
c) ilegalidade<br />
d) proteção<br />
e) mortalidade<br />
3. (TJ/RJ) “O fato, que antigamente poderia passar despercebido...” . O vocábulo<br />
“despercebido” é algumas vezes confundido com seu parônimo “desapercebido”. Em que<br />
item a seguir os vocábulos destacados são somente variantes de forma gráfica, sem<br />
qualquer diferença de significação?<br />
a) deferir/diferir<br />
b) amoral/imoral<br />
c) eminente/iminente<br />
d) flecha/frecha<br />
e) vultoso/vultuoso<br />
1. (UFRJ) Indique o item em que o antônimo da palavra destacada está erradamente<br />
dado.<br />
a) Foi embora e não voltou mais - menos<br />
b) ...encontrou o portão aberto - fechado<br />
c) ... o marido respondeu - perguntou<br />
d) ... a mulher dava mingau - recebia
e) ... a mulher ficou contente - triste<br />
2. (Técnico de Finanças) “È nula toda lei que o povo diretamente não ratificar...” .<br />
Ratificar e retificar são parônimos; em que item a seguir a frase apresenta erro de<br />
seleção vocabular, exatamente pela confusão entre parônimos?<br />
a) Segundo os deputados, os perigos eram iminentes.<br />
b) As leis pretendem combater a descriminação racial.<br />
c) Pretendiam que o Governo fizesse a cessão do terreno.<br />
d) Os deputados pretendem dilatar o prazo dos mandatos.<br />
e) As leis não regulamentavam os comprimentos dos cômodos.<br />
3. (Sec. Estadual de Polícia Civil) “ ... a violência se torne corriqueira ...” Qual das<br />
palavras a seguir é sinônimo adequado da palavra destacada na frase acima?<br />
a) intensa;<br />
b) grave;<br />
c) comum;<br />
d) excepcional;<br />
e) imoral.<br />
4. (Tribunal de Justiça/RJ) “... <strong>para</strong> inibir a violência urbana ...”; o significado do verbo<br />
destacado corresponde a:<br />
a) reduzir<br />
b) impedir<br />
c) solucionar<br />
d) incentivar<br />
e) incrementar<br />
5. (Tribunal de Justiça/RJ) “Sem buzinas, sem panelaços e, mesmo, sem palavras de<br />
ordem”. Qual seria o vocábulo a seguir de significado equivalente a “mesmo” na frase<br />
acima?<br />
a) realmente<br />
b) na verdade<br />
c) inclusive<br />
d) de fato<br />
e) assim<br />
6. (Tribunal de Justiça/RJ) Indique o item em que o antônimo da palavra ou expressão<br />
em destaque está corretamente apontado.<br />
a) “duradouro sucesso” - efêmero<br />
b) “fama em ascendência” - excelsa<br />
c) “elegante região” - carente<br />
d) “sala lotada” - desabitada<br />
e) “marcar a priori” – sine die<br />
10. (Procuradoria Geral da Justiça/RJ) A palavra tráfico, presente no texto não deve ser<br />
confundida com tráfego, seu parônimo. Em que item a seguir o par de vocábulos é<br />
exemplo de homonímia e não de paronímia?<br />
a) estrato/extrato<br />
b) flagrante/fragrante<br />
c) eminente/iminente<br />
d) inflação/infração
e) cavaleiro/cavalheiro<br />
11. (TRE/95) A palavra nos parênteses não preenche adequadamente a lacuna do<br />
enunciado em:<br />
a) O crime foi bárbaro. Somente após a ___________ do assassino é que foi possível<br />
prendê-lo. (descrição)<br />
b) Só seria possível ___________ o acusado, se conseguíssemos mais provas que o<br />
inocentassem. (descriminar)<br />
c) As negociações só vão ___________ os resultados esperados, caso todos<br />
compareçam. (sortir)<br />
d) O corpo estava ____________, apenas a cabeça estava fora da água, que subia cada<br />
vez mais. (imerso)<br />
e) Como a mercadoria estava muito pesada, o recurso foi _________ o cofre ali mesmo,<br />
na escada. (arriar)<br />
12. (TTN) Assinale a alternativa em que a palavra sublinhada foi empregada<br />
erroneamente:<br />
a) O Diretor-Geral retificou a portaria 601 que fora publicada com incorreções.<br />
b) Este fiscal vai trabalhar na seção de tributação.<br />
c) O superintendente da receita federal deferiu aquele nosso pedido.<br />
d) Recuso-me a defender aquele réu, pois foi pego em flagrante.<br />
e) Este assunto é confidencial; conto, portanto, com sua descrição.<br />
13. (TRT) Assinale a alternativa incorreta:<br />
a) O governo cassou os direitos políticos daquele cidadão.<br />
b) Houve um roubo vultuoso naquele banco.<br />
c) Nosso advogado vai impetrar mandado de segurança.<br />
d) Os alunos se portaram com muita discrição na visita que fizemos ao museu.<br />
e) Uma fragrante rosa despontou.<br />
14. (TER) O sentido das palavras não está corretamente indicado nos parênteses em:<br />
a) distratar (maltratar com palavras) / destratar (rescindir pacto ou contrato)<br />
b) deferimento (aprovação) / diferimento (adiamento)<br />
c) comprido (extenso em sentido longitudinal) / cumprido (realizado)<br />
d) descente (que desce; vazante) / decente (adequado; apropriado)<br />
e) tacha (pequeno prego de cabeça larga e chata) / taxa (tributo, imposto)<br />
15. (TJ) Os sentidos dos parônimos estão corretamente indicados nos parênteses em:<br />
a) comprimento (saudação) / cumprimento (extensão)<br />
b) eminente (elevado) / iminente (prestes a ocorrer)<br />
c) imergir (vir à tona) / emergir (afundar)<br />
d) cavaleiro (homem cortês) / cavalheiro (que cavalga)<br />
e) descriminar (distinguir) / discriminar (inocentar)<br />
GABARITO<br />
01. B 06. C 11. C
02. B<br />
03. D<br />
04. A<br />
05. B<br />
07. A<br />
08. C<br />
09. A<br />
10. A<br />
7. E<br />
8. B<br />
9. A<br />
10. B
Ata<br />
CORRESPONDÊNCIA OFICIAL<br />
1- Conceito<br />
Uma ata refere-se ao resumo dos fatos de uma reunião de pessoas ou assembléia <strong>para</strong><br />
um determinado fim já divulgado.<br />
1.2- Modelo<br />
Uma ata deverá conter um cabeçalho constituído do número da ata e do nome dos<br />
participantes do grupo que se encontram reunidos, uma abertura indicando, por extenso,<br />
dia, mês, ano, hora, local da reunião e nome de quem a preside, bem como a finalidade<br />
de tal evento, transcrita da ordem do dia que consta da convocação. Seguindo estes<br />
itens, virá um pronunciamento referindo-se aos participantes e, a partir disso, a<br />
declaração de abertura da seção. Acompanhando estes elementos, virá uma relação<br />
nominal identificando os presentes, a aprovação da ata anterior, a declaração objetiva e<br />
sintética dos fatos a serem tratados no evento e, por último, um fechamento com as<br />
considerações finais.<br />
Conforme segue, vejamos um exemplo:<br />
Ata da 1ª reunião dos formandos de letras 2002 da FURG.<br />
Aos dezessete dias do mês de julho, de dois mil e um, às dezenove horas e trinta<br />
minutos, na sala B, no Campus carreiros, sob a presidência da Comissão de Formatura,<br />
formada pelos alunos Fulano de tal, Beltrano e Ciclano, reuniram-se os formandos<br />
interessados na organização da formatura. Após constatada a presença de todos os<br />
alunos e feita a identificação do empenho de formatura, a comissão presidente declarou<br />
aberta a reunião. A reunião iniciou-se com a solicitação que a partir de dezessete de<br />
agosto fossem viabilizados os processos de arrecadação de valores <strong>para</strong> a formatura. A<br />
comissão informou que o valor a ser arrecadado será de R$12.000,00. Para tanto, pediuse<br />
o afinco de todos os presentes na seção. Por fim, estado os presentes de acordo com<br />
o que foi deliberado, os Srs. Presidentes encerraram a reunião, da qual eu, Maria da<br />
Silva, secretária designada, lavrei a presente ata, após lida e aprovada será assinada por<br />
mim e pelos presentes.<br />
Rio Grande, dezessete de julho de dois mil.<br />
(seguem as assinaturas)<br />
Atestado<br />
1- Conceito<br />
Um atestado constitui-se de uma declaração feita por uma pessoa a favor de outra,<br />
procurando atestar uma verdade em que se acredita.<br />
1.2- Modelo<br />
O presente documento deverá conter em sua estrutura um timbre, localizado no alto, um<br />
título (atestado) escrito em fonte maiúscula, abaixo do timbre, no centro da folha, e com<br />
espaço de 10 linhas entre o nome e o timbre. Na seqüência deverá apresentar-se um<br />
texto constituído de um parágrafo e localizado três espaços abaixo do título, localidade e<br />
data centralizados à direita da página, dois espaços abaixo do texto e, por fim, a<br />
assinatura disposta a quatro espaços abaixo da data, acima do nome datilografado<br />
somente com as iniciais maiúsculas.<br />
Vejamos um exemplo:
Fundação Universidade Federal do Rio Grande<br />
Departamento de Letras e Artes<br />
CONCUR-LETRAS<br />
ATESTADO<br />
Atesto, <strong>para</strong> os devidos fins, que o aluno Pedro de Aguiar está regularmente matriculado<br />
no segundo ano do curso de Letras/<strong>Português</strong>, cursando as disciplinas de Língua<br />
Portuguesa II, Lingüística II.<br />
Rio Grande, 22 de Outubro de 2000.<br />
Aviso<br />
Maria Souza<br />
Chefe do DRA<br />
1- Conceito<br />
Um aviso constitui-se em um tipo de comunicação, direta ou indireta, afixada em local<br />
público ou privado, com características amplas e variadas.<br />
1.2- Modelo<br />
Um aviso deve apresentar um timbre e um símbolo referentes à instituição que o utiliza,<br />
seguidos de um número que identifique o documento e de um título. O texto deve ser<br />
estruturado em forma de parágrafo, o local e a data devem estar localizados à direita,<br />
alinhados com o texto e, por último, devem vir à assinatura e o cargo do responsável pelo<br />
aviso, ambos centralizados na página.<br />
Vejamos o seguinte exemplo:<br />
Símbolo da FURG<br />
Fundação Universidade Federal do Rio Grande<br />
Aviso N° 10223/0<br />
Concurso Vestibular 2001<br />
A comissão Permanente do Vestibular (Coperve), da FURG, solicita<br />
que os fiscais estejam em seus prédios 1 hora antes do início das provas.<br />
Rio Grande, 22 de Outubro de 2000<br />
Carta Oficial<br />
Rose da Silva<br />
Presidente da Comissão<br />
1- Conceito<br />
Uma carta oficial consiste num meio de comunicação de caráter oficial decorrente do<br />
cargo ou da função públicos.<br />
1.2- Modelo<br />
Uma carta oficial deve ser estruturada de maneira que contenha um timbre, local e data<br />
por extenso e número, antecedido por “c”, que é um indicativo de carta. Acompanhando
estes elementos devem estar o endereçamento, o vocativo, o texto, fecho e, por último, a<br />
assinatura, nome e cargo do remetente.<br />
Vejamos o exemplo:<br />
Rio Grande, 01 de abril de 2000 C.n° 023/00<br />
À<br />
Divisão de Letras<br />
COMCUR<br />
Av. Itália, 1500<br />
05523-210 Rio Grande – RS<br />
Prezados Senhores,<br />
Gostaria de convida-los a participar do evento que integrará os alunos do curso de Letras<br />
<strong>Português</strong>. Tal evento proporcionará debates acerca do ensino de gramática na escola,<br />
nos dias atuais.<br />
Atenciosamente,<br />
Marcos Pereira<br />
Reitor<br />
Certidão<br />
1- Conceito<br />
A certidão é revestida de formalidades legais, através da qual se certifica algo retirado de<br />
um outro documento ou livro.<br />
1.2- Modelo<br />
A estrutura da certidão constitui-se de um timbre e, três linhas abaixo, a palavra certidão<br />
em letras maiúsculas, seguida de um número. Acompanhando estes elementos, virão um<br />
texto exposto três espaços abaixo do titulo, um fecho, local e data por extenso e, por<br />
último, a assinatura.<br />
Vejamos o exemplo:<br />
Circular<br />
Símbolo<br />
Serviço Público Federal<br />
Fundação Universidade Federal do Rio Grande<br />
Campus Carreiros – Rio Grande – Caixa Postal 1006<br />
CEP 96015-220 – Rio Grande – Rio Grande do Sul<br />
Tel. (053) - 223-3110<br />
CERTIDÃO N° 55/00<br />
1- Conceito<br />
Uma circular é uma forma multidirecional que possibilita uma instituição dirigir-se, ao<br />
mesmo tempo, a várias repartições ou pessoas.<br />
1.2- Modelo
Uma circular constitui-se do nome do órgão ou empresa e da data localizada à direita da<br />
folha. Seguindo estes elementos vêm o número precedido de CIRCULAR, o assunto, o<br />
texto, a assinatura, o cargo e, por último, a data de publicação.<br />
Este documento não deve conter nem destinatário, pois não é unidirecional, tão pouco<br />
endereçamento.<br />
Vejamos um exemplo:<br />
COPERV<br />
COMISSÃO PERMANENTE DO VESTIBULAR<br />
Pelotas, 03 de setembro de 2000.<br />
CIRCULAR GERAL N° 23<br />
Prorroga o prazo <strong>para</strong> a entrega da inscrição <strong>para</strong> o vestibular UFPel/2000<br />
O PRESIDENTE DA COPERV, no uso de suas atribuições, transmite a seguinte<br />
instrução:<br />
Os funcionários da COPERV devem receber as inscrições <strong>para</strong> o processo seletivo de<br />
2002 até o dia 21 de novembro de 2001 e não até o dia 11 de novembro, como havia sido<br />
preestabelecido.<br />
Publicado no D.P. de 21/08/00<br />
Comunicado<br />
Pinto Martins<br />
Presidente<br />
1- Conceito<br />
Um comunicado, também chamado de comunicação, constitui-se num aviso que pode ter<br />
caráter externo ou interno.<br />
1.2- Modelo<br />
Um comunicado de caráter externo deve ser dotado de um titulo que indique tratar-se de<br />
uma comunicação, o nome da instituição comunicante e o texto com as informações a<br />
serem comunicadas. Pode conter, de acordo com o que cada comunicante desejar, o<br />
nome do responsável, juntamente com o seu cargo na entidade e a data.<br />
Já a comunicação interna, além desses itens, deve conter Comunicado Interno, uma<br />
identificação e o número do documento, juntamente com o ano e por fim as assinaturas.<br />
Seguem abaixo os exemplos de ambos os tipos de comunicado:<br />
1.2.1) Comunicado Externo<br />
COMUNICADO
VISCONDE DE SABUGOSA INFORMÁTICA LTDA.<br />
Comunica a seus clientes e amigos a transferência de suas instalações <strong>para</strong> o sítio do<br />
pica-pau amarelo na avenida Fernando Osório, 20; com prestação de serviços e<br />
manutenção em equipamentos e software.<br />
1.2.2) Comunicação Interna<br />
COMUNICAÇÃO<br />
FUNDAÇÃO UNIVERSIDADE FEDERAL DO RIO GRANDE FURG<br />
Comunicado Interno 55/00<br />
De: Direção<br />
Para: Professores e Alunos<br />
Comunicamos que, a partir do ano de 2001, o período especial de provas não mais<br />
existirá, ficando, portanto a marcação do dia das provas aos cuidados dos professores.<br />
Declaração<br />
Pedro Moraes<br />
Reitor<br />
1- Conceito<br />
Uma declaração constitui-se num documento semelhante ao atestado, porém não é<br />
expedido por instituições públicas.<br />
1.2- Modelo<br />
Este documento deve conter em sua elaboração uma evidência de declaração, escrita<br />
com letra maiúscula (DECLARO), seguida do texto de declaração, local e data,<br />
evidenciando dia, mês e ano e, por fim, a assinatura do(s) declarante(s) e o cargo do(s)<br />
mesmo(s).<br />
Vejamos este exemplo:<br />
DECLARAMOS que o senhor José Saramago atuou neste Gabinete no período de 25 de<br />
janeiro de 1999, recebendo mensalmente um salário mínimo.<br />
Rio Grande, 28 de março de 2000<br />
José de Arimatéia<br />
Chefe de Gabinete do Vereador João Ferreira
Edital<br />
1- Conceito<br />
O edital é um meio de notificação direcionado ao público, que se afixa em local de acesso<br />
dos interessados ou se publica na imprensa.<br />
1.2- Modelo<br />
O edital constitui-se de um título (Edital de Convocação), do cargo da autoridade, da<br />
indicação de quem está sendo convocado e do tipo de reunião, da lista dos assuntos, do<br />
local, da data e da assinatura da autoridade.<br />
Vejamos um modelo:<br />
EDITAL DE CONVOCAÇÃO<br />
Os alunos do Curso de Letras da Universidade Federal de Pelotas convocam os<br />
formandos a seguir <strong>para</strong> a reunião de sábado à tarde.<br />
1- Cecília Meireles<br />
2- Érico Veríssimo<br />
Memorando<br />
Pelotas, 03 de julho de 2000<br />
(assinatura)<br />
João da Silva<br />
1- Conceito<br />
Um memorando constitui-se em um meio de comunicação eminentemente interno,<br />
utilizado entre unidades administrativas de um mesmo órgão, independentemente de nível<br />
hierárquico.<br />
1.2- Modelo<br />
O memorando deve ser estruturado de forma que contenha o número e a sigla de<br />
identificação de sua origem, antecedido pela expressão “memorando” e a data, não<br />
precedida do nome da localidade, mas grafada na mesma linha do número e da sigla.<br />
Seguindo estes elementos, virão o nome do destinatário do memorando acompanhado do<br />
cargo que ocupa, o assunto sintetizado e um texto que deve inciar-se a 4 espaços duplos<br />
abaixo do item anterior. Por último, virá o fecho (atenciosamente ou respeitosamente) que<br />
deve estar centrado à direita, 1 espaço duplo abaixo do texto, e o nome e cargo do<br />
emitente: estes dados devem ser escritos a 4 espaços duplos do fecho, alinhados<br />
verticalmente em relação ao texto que os antecede.<br />
Vejamos um exemplo:<br />
Memorando n° 15/ Comcur Letras Em 04 de maio de 2001<br />
À SUPGRAD<br />
Assunto: solicitação <strong>para</strong> que continue em vigor o período especial de provas.
Solicitamos de Vossa Magnificência que o período especial de provas continue<br />
vigorando, uma vez que do contrário, os alunos que fazem prova no último horário serão<br />
prejudicados, dada a insuficiência de meios de transporte no Campus Carreiros.<br />
Ofício<br />
Atenciosamente,<br />
José Firmino<br />
1- Conceito<br />
Um ofício é um documento utilizado por órgãos do governo ou autarquias <strong>para</strong><br />
correspondência externa e que tem por finalidade tratar de assuntos oficiais.<br />
1.2- Modelo<br />
Um ofício deve conter em sua estrutura um timbre representado por um símbolo e o nome<br />
da unidade impressa no alto da folha e a numeração, dentro do ano, que o oficio recebe,<br />
em ordem cronológica de feitura, seguido da sigla de indicação do órgão eminente. Este,<br />
por sua vez, faz-se anteceder o nome da correspondência escrito por extenso ou<br />
abreviado. Acompanhando estes elementos virá o local e data (dia, mês e ano) que<br />
devem ser escritos a sete espaços duplos ou a 6,5cm da borda superior. O mês é escrito<br />
por extenso. Entre o espaço e a centena se deixa um algarismo do ano, deve ser feito o<br />
ponto final e o término da data deve coincidir com a margem direita, que é de cinco<br />
espaços duplos ou de 5cm. A seguir virá o vocativo que deve ser escrito a dez espaços<br />
duplos ou 10cm da borda superior, na linha do parágrafo, a dez espaços ou 2,5cm da<br />
margem e, por fim, um texto, em forma de parágrafo expondo o assunto, que inicia-se a<br />
1,5cm do vocativo. Os parágrafos são enumerados rente a margem, com exceção do 1° e<br />
do fecho.<br />
A apresentação do oficio é feita no primeiro parágrafo, no decorrer do texto aprecia-se e<br />
se ilustra o assunto com os devidos esclarecimentos e informações pertinentes. Na<br />
conclusão se faz a reafirmação da posição recomendada pelo emitente do oficio sobre o<br />
assunto.<br />
Quanto ao fecho este deve estar localizado a um espaço duplo (ou 1cm) do ultimo<br />
parágrafo do texto, centrado à direita e seguido de vírgula. Seguindo este elemento virá o<br />
nome do signatário datilografado em maiúsculas, do cargo só com as iniciais maiúsculas,<br />
escritas sob o nome, a assinatura que deverá ser feita imediatamente acima do nome.<br />
Estes dados devem estar centralizados à direita na direção vertical do fecho, a três<br />
espaços duplos ou 2,5cm deste.<br />
A identificação do destinatário deverá conter um pronome de tratamento, acima da<br />
designação da função exercida pelo mesmo, seguido do nome deste e, após, o endereço.<br />
Caso o oficio seja constituído por mais de uma folha, o endereço do destinatário deve<br />
constar da primeira. Na diagramação dos dados, o último deve estar a dois espaços<br />
duplos ou 2cm da borda inferior do papel, e todas as linhas devem coincidir com o texto,<br />
rentes a margem esquerda.<br />
Entre os parágrafos do ofício deve ser deixado um espaço duplo ou 1cm. O espaço entre<br />
as linhas também é duplo; nas transcrições e citações e um ou um e meio; estes,<br />
preferencialmente, devem vir salientados por aspas e, se ultrapassarem cinco linhas,<br />
devem distar cinco espaços da margem esquerda.<br />
Vejamos o exemplo:
Ordem de serviço<br />
SERVIÇO PÚBLICO FEDERAL<br />
MINISTÉRIO DA EDUCAÇÃO<br />
FUNDAÇÃO UNIVERSIDADE FEDERAL DO RIO GRANDE<br />
GABINETE DO REITOR<br />
Rua Eng. Alfredo Huch, 475 – Rio Grande – RS<br />
OF. GAB. N° 43/2000 Rio Grande, 17 de fevereiro de 2000<br />
1- Conceito<br />
Uma ordem de serviço é um documento oficial e interdepartamental, com numeração<br />
própria e, às vezes, apresenta características de circular. Refere-se ao ato de expedir<br />
determinações que serão executadas por instituições de caráter social e por servidores<br />
desses órgãos.<br />
1.2- Modelo<br />
Uma ordem de serviço deve ser estruturada de maneira que contenha o nome do órgão<br />
emissor da ordem de serviço, o número do documento e o ano. Deverá conter um título<br />
referindo-se ao SUPERVISOR ADMINISTRATIVO, um texto, a data e, por fim, a<br />
assinatura do supervisor administrativo e a explicação de que executa tal cargo.<br />
Vejamos o exemplo:<br />
ESTADO DO RIO GRANDE DO SUL<br />
SECRETARIA DE EDUCAÇÃO E CULTURA<br />
SUPERVISAO DE APOIO ADMINISTRATIVO<br />
ORDEM DE SERVIÇO N°5/99/SUA<br />
O SUPERVISOR ADMINISTRATIVO, no uso de suas atribuições,<br />
Considerando o fiel cumprimento da Lei n°1234, de 12 de outubro de 1972, que regula<br />
os prazos e o andamento dos expedientes administrativos.<br />
Considerando que, <strong>para</strong> apreciação de qualquer tipo de requerimento ou petição, deve<br />
o mesmo estar acompanhado de todos os dados imprescindíveis a sua análise.<br />
Considerando que, em número substancial, há necessidade de se comunicar com o<br />
signatário da petição inicial, não só em seu interesse, como no da administração.<br />
DETERMINA<br />
1º Todos os órgãos desta secretaria, antes de darem andamento a qualquer<br />
expediente, deverão verificar se constam no mesmo os elementos informativos e se a<br />
documentação exigida <strong>para</strong> a sua apreciação foi devidamente anexada.<br />
2º O endereço do peticionário deverá obrigatoriamente ser anexado, em todos os<br />
formulários, modelos, requerimentos, petições e solicitações.<br />
Rio Grande, 08 de maio de 1999<br />
SUPERVISOR ADMINISTRATIVO
Apostila<br />
Para os estudantes significa uma publicação avulsa com objetivos didáticos, geralmente<br />
datilografada e mimeografada e de utilização restrita.<br />
Em sentido oficial, significa breve nota, adicionamento à margem de uma escritura. É um<br />
ato pelo qual se acrescenta informação a um documento público ou ato administrativo<br />
anterior a fim de esclarece-lo, interpreta-lo ou completá-lo. É um documento<br />
complementar de um ato.<br />
Dessa forma, apostila-se o diploma ou título de nomeação, de sorte que o indivíduo<br />
diplomado ou nomeado venha a exercer sua profissão ou cargo.<br />
Ordem de serviço<br />
É instrução dada a um servidor ou a um órgão administrativo. Encera orientações a serem<br />
tomadas pela chefia <strong>para</strong> execução de serviços ou desempenho de encargos. É o<br />
documento, é o ato pelo qual se determinam providências a serem cumpridas por órgãos<br />
subordinados.<br />
Portaria<br />
Documento oficial que baixa de qualquer dos ministérios a uma repartição ou a um<br />
indivíduo e é assinado pelo ministro em nome do chefe do estado ou por um diretor da<br />
repartição. Em linguagem de direito administrativo significa todo documento emanado de<br />
uma autoridade, através do qual possa transmitir a seus subordinados as ordens de<br />
serviço de sua competência. Na administração pública é um ato pelo qual o ministro de<br />
estado ou outra autoridade competente estabelece normas administrativas, baixa<br />
instruções <strong>para</strong> aplicação de leis e decretos ou define situações, como dispensa,<br />
remoção, lotação. Muitas vezes, as portarias são empregadas <strong>para</strong> nomeações,<br />
demissões, suspensões e reintegrações de funcionários. As portarias em geral são atos<br />
de ministros de estado, e suas funções e importâncias restringem-se à competência da<br />
autoridade administrativa que as expediu.