06.05.2013 Views

Alergenos recombinantes: pontos fortes em 2006 - Portugal

Alergenos recombinantes: pontos fortes em 2006 - Portugal

Alergenos recombinantes: pontos fortes em 2006 - Portugal

SHOW MORE
SHOW LESS

You also want an ePaper? Increase the reach of your titles

YUMPU automatically turns print PDFs into web optimized ePapers that Google loves.

A dermatite<br />

alérgica de<br />

contacto na<br />

criança: não é<br />

tão rara assim!<br />

Uma equipa de dermatologistas eslovenos<br />

estudou a prevalência das alergias de<br />

contacto nas crianças, b<strong>em</strong> como os<br />

principais alergenos envolvidos, numa<br />

população de 97 crianças, com idades<br />

compreendidas entre os 0 e os 12 anos<br />

de idade. Os resultados foram<br />

comparados com os de um grupo de<br />

adultos (n = 3.440).<br />

Os testes com pensos foram positivos<br />

para 40,2% destas crianças (64,1% no<br />

caso das raparigas) com suspeita de<br />

dermatite alérgica de contacto, versus<br />

43,9% de adultos. Os alergenos envolvidos<br />

com mais frequência incluíram níquel (12),<br />

perfume (mistura de fragrâncias) (10), cobalto (9),<br />

lanolina (7) e látex (mistura de mercapto) (5). Os<br />

sintomas cutâneos localizaram-se, regra geral, nas<br />

mãos (30,7%) e nos pés (23,1%). Neste estudo, a<br />

dermatite atópica não pareceu constituir um factor<br />

de risco para a dermatite alérgica de contacto.<br />

Concluindo, a alergia de contacto é uma causa<br />

mais frequente de dermatite <strong>em</strong> crianças do<br />

que se poderia supor: a sua prevalência é<br />

comparável à observada nos adultos.<br />

Uma das hipóteses avançadas pelos autores é que,<br />

nos dias de hoje, as crianças estão mais expostas<br />

a alergenos variados devido, por ex<strong>em</strong>plo, a uma<br />

maior higiene e a novos padrões estéticos.<br />

Lunder T et al. Epid<strong>em</strong>iology of contact allergy in children.<br />

[Abstract 1421]<br />

Primeiros resultados do estudo<br />

ISAAC III<br />

A terceira fase do programa de investigação epid<strong>em</strong>iológica ISAAC (International<br />

Study of Asthma e Allergies in Childhood – Estudo Internacional da Asma e Alergias<br />

na Infância) foi levada a cabo <strong>em</strong> 2002 e 2003.Teve por objectivo principal evidenciar<br />

a evolução da epid<strong>em</strong>iologia da asma, das alergias e da rinoconjuntivite <strong>em</strong> comparação<br />

com a Fase I do estudo, o que corresponde a uma média de 7 anos de avaliação.<br />

O ISAAC III recolheu dados de 193.404 crianças, com idades compreendidas<br />

entre os 6 e os 7 anos (66 centros <strong>em</strong> 37 países), e <strong>em</strong> 304.679 adolescentes, entre<br />

os 13 e os 14 anos de idade (106 centros <strong>em</strong> 56 países).<br />

Na maior parte dos centros de investigação, a evolução da prevalência é de, pelo<br />

menos, um desvio padrão para, pelo menos, uma das doenças. Os aumentos da prevalência<br />

são duas vezes mais frequentes do que as reduções, sendo observados<br />

mais frequent<strong>em</strong>ente na faixa etária dos 6 aos 7 anos do que <strong>em</strong> adolescentes.<br />

Os aumentos mais notados estão relacionados com o ecz<strong>em</strong>a nas crianças mais<br />

pequenas e com a rinoconjuntivite alérgica <strong>em</strong> todas as faixas etárias.<br />

Uma excepção reconfortante é representada pelos sintomas da<br />

asma nos adolescentes, nos quais se observa mais vezes<br />

reduções do que aumentos, pelo menos nos centros com os<br />

níveis de prevalência mais altos.<br />

A heterogeneidade dos resultados consoante os países<br />

e as diferentes regiões do mundo<br />

é um sinal do envolvimento de múltiplos<br />

factores na epid<strong>em</strong>iologia<br />

das doenças alérgicas na<br />

criança.<br />

Asher M et al; ISAAC Phase Three Study<br />

Group. Worldwide time trends in the<br />

prevalence of symptoms of asthma, allergic<br />

rhinoconjunctivitis, and ecz<strong>em</strong>a<br />

in childhood: ISAAC Phases<br />

One and Three repeat<br />

multicountry crosssectional<br />

surveys. Lancet<br />

<strong>2006</strong>; 368: 733-43.<br />

Rinite alérgica: a ITSL melhora a qualidade de vida<br />

O impacto da rinite alérgica na qualidade de vida (QdV) pode ser considerável. Como tal, é fundamental ser possível avaliar a<br />

eficácia dos tratamentos disponíveis neste parâmetro. Este estudo italiano envolveu 452 pacientes com rinite alérgica. Os alergenos<br />

principais foram os ácaros do pó (208 pacientes) e os pólenes das gramíneas (196 pacientes) ou pólenes de Parietária (104 pacientes).<br />

As repercussões da rinite na qualidade de vida foram determinadas por meio de um questionário específico, o RQLQ<br />

(Rhinoconjunctivitis Quality of Life Questionnaire – Questionário acerca da Qualidade de Vida com Rinoconjuntivite), e o estado clínico<br />

por meio da auto-avaliação dos pacientes, numa escala visual analógica (EVA), de 0 (muito mau) a 10 (excelente). Estes dois<br />

parâmetros foram avaliados antes e depois de um ano de imunoterapia sublingual (ITSL) (fase de iniciação de 11 dias seguida por<br />

300 IR x 3/s<strong>em</strong>ana).<br />

Antes do tratamento, o nível da QdV era idêntico no caso dos três alergenos principais. A deterioração média da QdV, avaliada pelo<br />

RQLQ, diminuiu de 2,93 ± 1,04 antes da ITSL para 1,50 ± 0,98 depois da ITSL, o que representa uma melhoria significativa (p < 0,001).<br />

Na EVA, as classificações obtidas corresponderam, respectivamente, a 4,47 ± 2,11 e 6,92 ± 1,64 (p < 0,001).<br />

A ITSL administrada <strong>em</strong> doses altas proporciona uma melhoria significativa da QdV nos pacientes com rinite alérgica.<br />

Amoroso S et al. Quality of life in allergic rhinitis and impact of high dose sublingual immunotherapy. [Abstract 1399]<br />

5

Hooray! Your file is uploaded and ready to be published.

Saved successfully!

Ooh no, something went wrong!