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68 a Geração que Queria Mudar o Mundo: relatos - DHnet

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É visível, hoje em dia, <strong>que</strong> as pessoas mais novas – apesar de seu individualismo – são<br />

quase sempre mais humanas <strong>que</strong> seus pais e bem melhores <strong>que</strong> seus avós. Isso nos traz<br />

certa esperança. Pode ser <strong>que</strong> – mesmo mais individualistas – os futuros brasileiros se<br />

tornem menos ferozes e mais decentes. Regras justas, poder público mais neutralizado,<br />

menos compadrismo e menos nepotismo poderiam tornar o Brasil um lugar melhor. Para<br />

tanto, faz-se necessário o exercício de uma vida o mais democrática possível, onde os<br />

frutos do progresso material começassem a ser repartidos com a maioria. Na verdade, o<br />

único mechanismo <strong>que</strong> pode assegurar a melhoria da educação política da população, e<br />

<strong>que</strong> dele se pode hoje dispor, são as “eleições periódicas”. A garantia do mecanismo<br />

eleitoral cada vez menos corrompido é o caminho para o povo aprender de seus próprios<br />

erros e avançar nas soluções democráticas. Por isso, os inimigos da maioria preconizarão<br />

sempre formas variantes do golpe de Estado.<br />

Na democracia parcial de 1946, o povo votou para presidente quatro vezes, ocorrendo<br />

um progressivo quadro de politização como resultado. Ou seja, a prática eleitoral<br />

contribui para <strong>que</strong> a população se conscientize. Daí a importância para a direita,<br />

arquiderrotada, de suas tentativas de golpe de Estado para reinstalar a barbárie política.<br />

Na democracia parcial de 1988, o povo já votou para presidente cinco vezes e tem-se em<br />

curso novo processo de politização, em <strong>que</strong> os brasileiros vão descobrindo onde estão<br />

seus melhores representantes. Vocês têm visto o desespero com <strong>que</strong> os neoudenistas<br />

atuam, procurando uma possibilidade para o golpe de Estado. Deve-se lutar, sempre de<br />

olho, para impedir a volta de uma ditadura. Os abutres estão por aí. Eles – <strong>que</strong> roubaram<br />

tanto – morrem de saudades. Nós, o povo, nem um pouco. Particularmente, a<strong>que</strong>la<br />

parcela do povo <strong>que</strong> escapou do massacre e <strong>que</strong>, por isso, pode hoje contar alguns dos<br />

episódios <strong>que</strong> são lembrados aqui.<br />

<strong>68</strong> a geraçao <strong>que</strong> <strong>que</strong>ria mudar o mundo: <strong>relatos</strong> ePÍloGo 671

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