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68 a Geração que Queria Mudar o Mundo: relatos - DHnet

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para o funcionário: “Señor por favor! Déjelo entrar, por favor! Señor, déjelo entrar!”<br />

pensando <strong>que</strong> era eu <strong>que</strong> <strong>que</strong>ria entrar. Eu dizia para ela <strong>que</strong> eu não ia entrar e empurrava<br />

o funcionário para o lado com o ombro direito, ao mesmo tempo <strong>que</strong> empurrava as<br />

pernas do companheiro para dentro.<br />

Que situação! Como o funcionário era muito forte e ia ser bem sucedido, eu me decidi.<br />

Dei um empurrão nele com o ombro e ele perdeu o equilíbrio. Soltou as pernas do<br />

companheiro <strong>que</strong> foi rapidamente puxado para dentro do banheiro.<br />

Foi a minha oportunidade de sair o mais rápido possível para o carro e ir embora.<br />

últiMas seManas<br />

A situação estava mais calma. Já não havia muitos conhecidos <strong>que</strong> necessitavam ajuda.<br />

Resolvi casar-me e também batizar a Francisca pois Lorna, uma velha conhecida e amiga<br />

nossa, <strong>que</strong>ria ser a madrinha. Fizemos o batismo na igreja do bairro e, em seguida, uma<br />

pe<strong>que</strong>na festa para comemorar.<br />

Na semana seguinte, nos casamos. Participaram nossos familiares e amigos. Depois<br />

fomos para a casa de Paulo, novamente, para ver o <strong>que</strong> fazer. A mãe dele, Dona<br />

Constantina tinha vindo do Brasil para ajudar e também participou no nosso casamento.<br />

Ela tomaria conta de Luciana e Paulinho.<br />

Paulo e Eva iriam para a embaixada da Holanda <strong>que</strong> era uma das poucas onde ainda não<br />

havia vigilância. Dias depois do casamento, levei-os e mais José Carlos Mendes para a<br />

embaixada da Holanda. De lá rumei para casa, um pouco mais descansado. Agora já<br />

estava mais livre para pensar no <strong>que</strong> fazer.<br />

O tempo foi passando. Com Conejo, decidimos <strong>que</strong> faríamos uma pausa, pois era<br />

praticamente impossível resistir em Santiago. Aconselhei-o a sair da capital. A sua<br />

companheira Carmen Rodrigues e a filha Rebelion Aucan Grez Rodrigues se asilaram,<br />

muito tempo depois, na Noruega.<br />

A companheira Angélica não aparecia nos pontos de contato. Era do grupo ELN. Eu já<br />

havia feito dois contatos com ela. De repente, não apareceu mais nos pontos de encontro.<br />

Ela tinha se refugiado sem me avisar, o <strong>que</strong> me deixou preocupado. Encontrei-a muito<br />

tempo depois em Estocolmo.<br />

<strong>68</strong> a geraçao <strong>que</strong> <strong>que</strong>ria mudar o mundo: <strong>relatos</strong> relaToS - CHile 583

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