06.05.2013 Views

68 a Geração que Queria Mudar o Mundo: relatos - DHnet

68 a Geração que Queria Mudar o Mundo: relatos - DHnet

68 a Geração que Queria Mudar o Mundo: relatos - DHnet

SHOW MORE
SHOW LESS

You also want an ePaper? Increase the reach of your titles

YUMPU automatically turns print PDFs into web optimized ePapers that Google loves.

aeroporto de Havana, es<strong>que</strong>ci a caixa de rum cubano. Somente percebi tal es<strong>que</strong>cimento<br />

quando o cubano <strong>que</strong> foi buscar-me no aeroporto de Moscou perguntou pelo rum.<br />

Fi<strong>que</strong>i desolado.<br />

Continuei viagem. Dormi em Praga. Pela manhã acordei e fui obrigado a continuar<br />

viagem. Dessa vez para a Alemanha. Peguei a bagagem, meu passaporte e todo o dinheiro<br />

<strong>que</strong> tinha em meu poder. Embar<strong>que</strong>i para Frankfurt, na Alemanha, onde cheguei à tarde.<br />

Saí do aeroporto de Frankfurt sem direção. Saltei no centro e andei pelas calcadas, fazia<br />

frio.<br />

A cidade era como qual<strong>que</strong>r cidade europeia. Nada me surpreendia, nem os ares de<br />

modernidade de tudo em volta. Era um dia qual<strong>que</strong>r de fevereiro. Senti fome, decidi<br />

tomar uma cerveja e comer um sanduíche ou qual<strong>que</strong>r coisa. Fui até um café, <strong>que</strong> parecia<br />

a combinação de bar e restaurante. No bar pedi uma cerveja. O lugar era no centro. Mas<br />

eu não sabia onde estava. Planejava ir até a estação de trem, para viajar a Copenhague,<br />

na Dinamarca. Precisava saber onde ficava a estação central ferroviária.<br />

Não sei quanto tempo passei no bar. De pé, tomava uma cerveja, quando apareceu um<br />

alemão, <strong>que</strong>rendo saber se podia tomar sua cerveja ali. Disse <strong>que</strong> sim. Tentou puxar<br />

conversa em inglês, expli<strong>que</strong>i <strong>que</strong> não falava inglês, era do Brasil. Ele mantinha sua<br />

cerveja no copo grande, de porcelana. Quando falei do Brasil, ele disse <strong>que</strong> tinha vivido<br />

muitos anos em Santa Catarina. Era já um cara dos seus 50 anos. Perguntou se <strong>que</strong>ria<br />

uma cerveja, e lhe respondi <strong>que</strong> já tinha a minha, estava apenas relaxando, pois pretendia<br />

continuar viagem para Copenhague. Ele disse: “Muito longe!” Solicitei informações sobre<br />

os trens e a localização da estação. Ele me ajudou indicando onde ficava e recomendou<br />

<strong>que</strong> eu deveria tomar um táxi. Era mais fácil.<br />

Peguei um táxi para a estação de trens. Ali começou minha atabalhoada viagem para a<br />

Dinamarca. Deveria comprar um bilhete para Copenhague, mas, depois de adquirir a<br />

passagem, entrei no vagão errado. O passageiro tem <strong>que</strong> prestar atenção ao entrar nos<br />

trens internacionais da Europa, pois, na parte lateral de cada vagão, há uma placa com a<br />

indicação da destinação específica da<strong>que</strong>le carro: Copenhague, Hamburgo, Copenhague-<br />

Berlim. Entrei no vagão com destino a Berlim e só fui notar quando o trem parou na<br />

entrada do corredor <strong>que</strong> ligava a República Democrática Alemã à Alemanha Ocidental.<br />

Subiu um grupo grande de guardas da Alemanha Oriental, como se conhecia na época<br />

da guerra fria, “Ocidental-Oriental”. Fi<strong>que</strong>i preocupado, mas o fiscal me informou <strong>que</strong><br />

poderia ir até Berlim e de lá tomar um trem para a Dinamarca.<br />

<strong>68</strong> a geraçao <strong>que</strong> <strong>que</strong>ria mudar o mundo: <strong>relatos</strong> relaToS - reTiraDaS 495

Hooray! Your file is uploaded and ready to be published.

Saved successfully!

Ooh no, something went wrong!