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68 a Geração que Queria Mudar o Mundo: relatos - DHnet

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Com minha filiação ao PDT de Minas Gerais, em 1982, trabalhei ativamente na campanha<br />

de Brizola ao Governo do Estado do Rio de Janeiro. Participei das assembleias <strong>que</strong> o PDT<br />

realizava, semanalmente, sob a direção do jornalista José Maria Rabelo a partir de 1983.<br />

Nessa época, conheci o Henri<strong>que</strong> Roberti <strong>que</strong> também fora deslocado pelo PCBR para a<br />

mesma área no sul do país e foi preso juntamente com o Elinor. Ele me falou do mesmo<br />

tipo de trabalho <strong>que</strong> foram realizar na área em implantação e não era coincidência. Ele<br />

também fora um líder de massas em Belo Horizonte em movimento sindical junto aos<br />

funcionários dos Correios em BH.<br />

Cerca de dois meses depois desta despedida em Belfort Roxo, no final do mês de dezembro<br />

de 1970 ou nos primeiros dias de janeiro de 1971, o companheiro Luís Alberto de Sá e<br />

Benevides (Adamastor, Bebeto) da direção do PCBR, assassinado no nordeste em março<br />

de 1972, juntamente com sua companheira Miriam Lopes Verbena, marcou, por meio do<br />

Gerson, meu comandante de unidade de combate com o qual estivera pela manhã, outro<br />

ponto comigo.<br />

O encontro (ponto) foi em uma lanchonete ao lado de um cinema no centro da cidade<br />

de Du<strong>que</strong> de Caxias, área de muito movimento de pedestres por volta das 19h, horário<br />

de pico de chegada da massa de trabalhadores depois de um dia de trabalho do Rio. O<br />

Bebeto me relatou a prisão do Elinor no Paraná e pediu a inclusão de nome dele na lista<br />

dos setenta <strong>que</strong> seriam trocados pelo embaixador suíço. Assumi o compromisso de passar<br />

o nome do Elinor para o comando da operação. Informei-o de <strong>que</strong> a inclusão só seria<br />

possível se houvesse restrição, pelos generais ditadores, de algum nome da nova lista<br />

enviada no dia anterior. Dessa forma, o Brito entrou na lista e não foi preterido pelos<br />

ditadores.<br />

No dia seguinte, no meu ponto com o Gerson, passei o nome do Brito. Ele me informou<br />

<strong>que</strong> o companheiro do PCBR já o tinha avisado da prisão do Brito e de outros quadros do<br />

PCBR e <strong>que</strong> ele encaminharia o nome de Elinor ao comando da operação.<br />

A nossa situação política interna não era das boas e o nosso comandante em chefe vetara<br />

a execução do Embaixador Suíço proposta para ser realizada após o se<strong>que</strong>stro de outro<br />

embaixador e a execução do adido naval americano residente na Avenida Atlântica, em<br />

Copacabana.<br />

Foi liberada pelo comando a efetivação de ações nas quais expropriávamos alimentos e<br />

os distribuíamos em favelas. Executamos duas, ambas sob o meu comando. Foram ações<br />

<strong>68</strong> a geraçao <strong>que</strong> <strong>que</strong>ria mudar o mundo: <strong>relatos</strong> relaToS - SeQUeSTroS 473

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