06.05.2013 Views

68 a Geração que Queria Mudar o Mundo: relatos - DHnet

68 a Geração que Queria Mudar o Mundo: relatos - DHnet

68 a Geração que Queria Mudar o Mundo: relatos - DHnet

SHOW MORE
SHOW LESS

Create successful ePaper yourself

Turn your PDF publications into a flip-book with our unique Google optimized e-Paper software.

em Porto Alegre e candidato a deputado estadual. Foi maravilhoso a<strong>que</strong>le encontro, na<br />

França. Alguns dias depois, convidou-me junto com minha companheira para um passeio<br />

no Sena e, em seguida, para um Calvados, em um “boteco” bem francês.<br />

Em 1979, nos encontramos no Congresso Internacional pela Anistia no Brasil, em Roma.<br />

Consegui tirar uma foto dele quando conversava com Diógenes de Arruda Câmara e José<br />

Maria Crispim, um registro histórico <strong>que</strong> guardo comigo.<br />

No Brasil, estive com Apolônio algumas vezes apenas, não tantas como gostaria. Mas ele<br />

faz parte do melhor dos meus sonhos, da minha vida. Ele faz parte da história da luta do<br />

povo brasileiro por sua verdadeira independência e pelo socialismo. Ele é um herói dessa<br />

luta.<br />

14.13 trilHas<br />

294<br />

Pedro de Albu<strong>que</strong>r<strong>que</strong><br />

Como já fizera de outras vezes, tomo o trem Fortaleza-João Pessoa como a forma mais<br />

segura de transportar material “subversivo”. Já havia colocado o pacote com os jornais A<br />

Classe Operária, do PC do B, num dos vagões e, no momento em <strong>que</strong> me aprumava para<br />

tomar assento em outro, vejo, num lance de recomendada vigilância ou de bobeira dele,<br />

ao fundo de outro vagão, uma cara já manjada. Alberto, o nome dele, um beleguim de<br />

polícia <strong>que</strong> nos atanazava nos idos de <strong>68</strong> nas portas do cinema de arte, nas curvas das<br />

passeatas, nos bares, nas nossas idas e vindas pela então provinciana Fortaleza. “Capapreta”<br />

de boa kilometragem, abandono a prova material do “crime” para livrar o seu<br />

autor.<br />

Passados 17 anos, agora como professor da Universidade de Fortaleza (UNIFOR), dou<br />

início à minha primeira aula do ano de Sociologia das Organizações, cadeira transversal<br />

para vários cursos da graduação. Uma surpresa na fundeira da sala me desarranja. Os<br />

papéis se invertem e assumo as características do bom policial: autocontrole, boa<br />

memória, máxima discrição, controle de situações adversas, equilíbrio emocional.

Hooray! Your file is uploaded and ready to be published.

Saved successfully!

Ooh no, something went wrong!