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68 a Geração que Queria Mudar o Mundo: relatos - DHnet

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superando todas as vicissitudes <strong>que</strong> lhe reservou a vida. Os Comandantes Raul Castro,<br />

Ramiro Valdez, Juan Almeida e Guillermo Garcia contam histórias de sua coragem e<br />

bravura cheios de saudade.<br />

Hoje, neste 8 de outubro de 2007, iniciando o século XXI, a sua presença jovem e forte<br />

não está somente na Bolívia. Seu rosto, impresso em todas as cores, figura em bandeiras<br />

hasteadas inspirando nobres sentimentos comuns a toda a humanidade, para seguirmos<br />

lutando por um mundo melhor.<br />

8.2 CHe vive!<br />

O momento fugaz e infinito em <strong>que</strong> Che renasceu para a história<br />

Marcos Arruda<br />

158<br />

Queridas Diana, Dianinha, Ângela, Cesar,<br />

A vocês, a crônica <strong>que</strong> escrevi para comemorar o dia 8 de outubro,<br />

dia dos 40 anos da Grande Passagem de Che Guevara<br />

Era 1967. 8 de outubro. Eu estava em casa, em São Paulo, na Rua Franco da Rocha,<br />

Perdizes, forjando meu espírito na luta para superar a dor da separação do primeiro<br />

casamento. Eu fazia parte dos <strong>que</strong>, na Ação Popular, buscavam novos caminhos de luta<br />

contra a ditadura e pela democratização do Brasil.<br />

Forçado pelas dificuldades de encontrar um trabalho como geólogo, eu estava dando<br />

aulas de geociências no Colégio Santa Cruz e fazendo traduções para a Editora Vozes. Um<br />

ano mais tarde, eu entrava na Sofunge, fundição de capital alemão em Vila Anastácio.<br />

Iria como operário desqualificado, peão. Entrar sem qualificação foi um equívoco do qual<br />

não me dei conta na época. Entretanto, ir para a fábrica foi um grande acerto, uma<br />

vivência transformadora, <strong>que</strong> exigiu um confronto cultural difícil e doloroso, algo <strong>que</strong><br />

abriu em mim a via sem porto da educação libertadora. A<strong>que</strong>la <strong>que</strong> se funda na pesquisa,<br />

no saber ouvir e aprender, no respeito à diversidade e no diálogo entre o saber do<br />

educando e o saber do educador.<br />

Esta motivação de dar a vida pela libertação dos oprimidos não era bem entendida nem<br />

mesmo na minha família. Mas isso me importava pouco, então. Cedo ou tarde, eu

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