Hemofilia A - Genética - ufcspa
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Doenças Secundárias em Pacientes Hemofílicos<br />
Antes do advento dos procedimentos de inativação viral, a maioria dos pacien-<br />
tes hemofílicos que foram submetidos ao tratamento com fatores plasmáticos tornou-se<br />
cronicamente infectada pelos vírus da hepatite B, hepatite C e HIV. Estes vírus podem<br />
ter sérias conseqüências a médio e longo prazo além da cirrose hepática e da síndrome<br />
da imunodeficiência adquirida: nessas pessoas também é comum o desenvolvimento<br />
de certos tipos de tumores.<br />
Um estudo de coorte em pacientes hemofílicos infectados pelo HIV mostrou<br />
que a freqüência de sarcoma de Kaposi foi duzentas vezes maior do que a apresentada<br />
pela população geral 20 . Este mesmo estudo encontrou uma freqüência de linfoma não<br />
Hodgkin aproximadamente vinte e nove vezes maior do que a presente na população<br />
geral. 20<br />
A cirrose hepática, que se estabelece em dez a vinte por cento dos pacientes<br />
hemofílicos cronicamente infectados pelos vírus da hepatite B ou C, aumenta o risco<br />
para aparecimento de carcinoma hepatocelular. Estudos mostraram que em pacientes<br />
hemofílicos o risco para desenvolvimento deste carcinoma é trinta vezes maior que o da<br />
população geral. 21<br />
A introdução de terapias anti-retrovirais altamente ativas tem reduzido a morbi-<br />
dade e a mortalidade de pacientes hemofílicos infectados pelo HIV. 22,23 Entretanto,<br />
combinações terapêuticas que incluem inibidores da protease parecem aumentar a<br />
suscetibilidade desses pacientes a sangramentos espontâneos, particularmente em lo-<br />
cais incomuns, tais como os dedos e articulações do punho. 24,25 A possibilidade de que<br />
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