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Hemofilia A - Genética - ufcspa

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temperaturas (80°C ou mais), aquecimento do concentrado até 60°C em solução com<br />

vapor, e a adição de uma mistura de um solvente orgânico e um detergente ao concen-<br />

trado. 45,46 A mistura solvente-detergente é amplamente usada devido a sua alta efetivi-<br />

dade em inativar os vírus da hepatite B e C e o HIV, entretanto esta mistura não inativa<br />

vírus sem envelope lipídico. Esta falha levou a surtos de hepatite A em pacientes hemo-<br />

fílicos. 46 Como resultado, hoje são utilizados pelo menos dois procedimentos de inativa-<br />

ção viral.<br />

Duas preparações de fator VIII recombinante foram liberadas pelo FDA (Food<br />

and Drug Administration) no início da década de 1990. Estudos clínicos demonstraram<br />

sua excelente eficácia e a alta correlação entre a dose administrada e os níveis de fator<br />

VIII alcançados no plasma. 47,48,49,50 Nenhum anticorpo foi formado contra as proteínas<br />

animais utilizadas na produção dos fatores recombinantes e nenhuma transmissão viral<br />

foi verificada. Em pacientes hemofílicos previamente tratados com derivados plasmáti-<br />

cos, o fator VIII recombinante freqüentemente desencadeou a formação de novos inibi-<br />

dores, limitando sua utilização neste grupo de hemofílicos. Já entre os pacientes previ-<br />

amente não tratados, 25 a 30% desenvolveram inibidores nas primeiras 10 a 20 infu-<br />

sões. Entretanto, em um terço a um meio destes pacientes, os inibidores rapidamente<br />

desapareceram ou permaneceram em títulos muito baixos; assim sendo, a incidência<br />

de inibidores permanentes em altos títulos não foi maior do que os esperados 10 a 15%<br />

encontrados nos pacientes tratados com derivados plasmáticos, 51,52 levando a crer que<br />

os fatores recombinantes não são mais imunogênicos do que os fatores derivados do<br />

plasma.<br />

A escolha do produto adequado para a reposição de fator VIII deve levar em<br />

conta três fatores: os fatores derivados do plasma estão se tornando mais seguros, os<br />

fatores recombinantes custam duas a três vezes mais que os derivados, e a capacidade<br />

de produzir fatores recombinantes ainda é limitada, podendo gerar períodos de escas-<br />

sez desses fatores. Levando-se em consideração que os fatores recombinantes são<br />

considerados tão seguros quanto os derivados do plasma, quase todos os pacientes<br />

com hemofilia na maioria dos países recebem derivados plasmáticos. Nos Estados Uni-<br />

dos, 60% dos pacientes com hemofilia severa recebem fatores recombinantes. A Itália e<br />

a Inglaterra dão prioridade para o uso de fatores recombinantes em pacientes recente-<br />

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