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GNOSE ALEM DA RAZÃO O FENÔMENO DA SUGESTÃO JEAN ...

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eputação logo se tornaria mundial e na qual se baseariam, embora de<br />

forma geralmente bem pouco clara, numerosos médicos ou psiquiatras,<br />

como Moll e Schrenk-Notzing na Alemanha, Krafft-Ebing e Breuer na<br />

Áustria, Auguste Forel e Bleuler na Suíça, Van Renterghem e Van Eeden<br />

na Holanda, Wetterstrand na Suécia, Bechterev na Rússia, Bramwell na<br />

Inglaterra, Sidis, Prince e Adolf Meyer nos Estados Unidos.<br />

Num primeiro momento, Liébeault sofreu fortemente a influência de<br />

Bernheim, ligando-se aos seus pontos de vista que, depois da publicação de<br />

suas duas obras fundamentais sobre a sugestão em 1884 e 1886, o<br />

transformaram em chefe da escola de Nancy e logo o converteriam no<br />

mestre mundialmente consagrado da psicoterapia sugestiva.<br />

Bernheim foi muito mais longe do que Liébeault. Para Bernheim não<br />

existe um estado especial e anormal que se denominaria de hipnose. Existe<br />

somente a sugestão. A hipnose não passa de um estado de sugestão<br />

exaltada. A hipnose não é de forma alguma, como o pretendia Charcot, que<br />

aqui adota posição diametralmente oposta à dele, um fenômeno patológico<br />

ligado à histeria. "O estado hipnótico, escreve Bernheim, exagera<br />

(somente) a sugestibilidade normal."3 Todos os seres humanos normais,<br />

segundo Bernheim, são hipnotizáveis, isto é, sugestio-náveis em diferentes<br />

graus, segundo os seus coeficientes pessoais de sugestibilidade. Assim, não<br />

é absolutamente necessário recorrer ao sono sonambulico para obter os<br />

resultados habituais da hipnose: anestesia, contraturas, alucinações,<br />

obediência passiva, etc.<br />

Basta praticar a sugestão em estado de vigília para observar as mesmas<br />

reações. É suficiente imaginar tal ou qual estado fisiológico sensorial ou<br />

psicológico para apresentar os respectivos sintomas somáticos e sentir os<br />

seus efeitos. O adormecimento da hipnose não serve para nada. A cura não<br />

está ligada ao dormir mas apenas à sugestão.<br />

Escreve Bernheim: "Os fenômenos de sugestão são função de uma<br />

propriedade do cérebro que pode ser acionada no estado de vigília: a<br />

sugestibilidade"4. "A sugestibilidade, prossegue Bernheim, é a aptidão do<br />

cérebro para receber ou evocar idéias e sua tendência a realizá-las, et<br />

transformá-las em atos... Toda idéia, quer seja comunicada por palavras,<br />

pela leitura, por uma impressão sensorial, sensitiva, visceral, emotiva, quer<br />

seja evocada pelo cérebro, na realidade é uma sugestão... Todo fenômeno<br />

de consciência é uma sugestão... Toda idéia sugerida tende a se transformar<br />

em ato... É a lei do ideodinamismo"5.<br />

Em escrito anterior6, Bernheim já dera a seguinte definição de sugestão:<br />

"É sugestão tudo o que diminui a atividade das faculdades da razão, tudo o<br />

que suprime ou atenua o controle cerebral. Este fenômeno, por um lado<br />

reforça a criatividade e, de outro, exalta o automatismo cerebral, isto é, a<br />

aptidão de transformar a idéia em ato (ideodinamismo)". Este estado<br />

psíquico propício ao ideodinamismo não é nem o sono nem a hipnose; as

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