animal um fenômeno fluídico ligado apenas ao mundo físico? O tom geral de todos os escritos de Mesmer e o perfume de esoterismo que emana deles, o cuidado de confiar NCU "segredo" só a alunos "que pudessem entendê-lo", parecem desmentir tal interpretação. Neste ponto estamos em desacordo tanto com Ellenberger, quando afirma que Mesmer, como Crislóvão Colombo, não compreendeu o que havia descoberto, como eom Chertok e Saussure, segundo os quais Mesmer "nunca se Interrogou a respeito da relação psicológica que se criava entre ule e os seus doentes".1 Não estamos menos em desacordo com l
entre os quais estavam o astrônomo Bailly, o químico Lavoisier, o doutor Guillotin — inventor da guilhotina — e o embaixador dos Estados Unidos na França, Benjamin Franklin. Quanto aos efeitos terapêuticos do método de Mesmer, dificilmente contestáveis devido aos numerosos casos de cura por ele registrados, os relatórios dos membros da comissão os atribuíam "à imaginação", o que não era muito mal visto porque, seja qual for a opinião que se pudesse ter sobre a realidade física do magnetismo humano, era evidente que a imaginação desempenhava importante papel. O botânico Jussieu foi o único que discordou dos colegas, tendo publicado um relatório em separado, no qual sugeria a existência de um agente desconhecido atuando nas experiências de Mesmer e por ele relatadas. Em relatório suplementar e secreto dirigido ao Rei, os membros da comissão advertiam contra "os perigos, para os costumes, do tratamento magnético" em razão do domínio do magnetiza-dor-homem sobre suas pacientes "cuja mobilidade de nervos" e "imaginação mais viva e exaltada" própria do seu sexo as expunham "a uma total desordem dos sentidos", arriscando-se a perderem "seus costumes e saúde": processo perigoso "o pretenso magnetismo animal", concluía o relatório secreto. Baseando-se nestes vários relatórios, o ministério público, em novembro de 1784, proibiu a prática do magnetismo animal. Proibição que, entretanto, seria revogada um pouco mais tarde pelo Parlamento de Paris. Esse foi o começo de uma longa polêmica que iria durar quase dois séculos — até aos nossos dias — e opor "magnetizadores" e curandeiros convencidos da realidade e eficácia curativa do magnetismo animal à ciência e à medicina oficiais, irredutivelmente hostis até à simples hipótese da existência do fluido mesmeriano. A teoria fluídica de Mesmer conheceu recentemente uma repentina e surpreendente retomada de audiência com a descoberta da atividade eletromagnética do cérebro e do corpo humanos. Mais recentemente ainda, senão as virtudes terapêuticas do magnetismo animal, mas sua existência viu-se fortemente corroborada pela descoberta da aura — seria ela o corpo astral ou etéreo dos antigos filósofos herméticos, o "corpo espiritual" citado no Novo Testamento (I Coríntios 15.44)? —, esta misteriosa forma de radiação energética emanada de todo ser vivo assim como de todo estado da matéria inanímada, presentemente fotografada e filmada por institutos de pesquisa especializados soviéticos e americanos. Desde 1949 e graças ao aparelho adaptado pelo russo Kirlian, os soviéticos conseguiram fotografar, primeiro em branco e preto e depois em cores, a aura e suas surpreendentes metamorfoses. Em maio de 1975, em Los Angeles, quando do primeiro Congresso Internacional de Parapsicologia e Sugestologia organizado no Ocidente e ao qual tivemos o privilégio de assistir, foram apresentados pela dra. Thelma Moss, da Universidade da Califórnia, uma centena de espantosas fotografias, em cores, de auras, de
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que ele quer transmitir. E é tamb
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de sua personalidade de adultos, a
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— sobre as quais, há milênios,