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GNOSE ALEM DA RAZÃO O FENÔMENO DA SUGESTÃO JEAN ...

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autores citados. Em quase todas essas definições a sugestão aparece sob<br />

aspecto bastante negativo, como um fenômeno de essência inferior, dotado<br />

de conotação mais ou menos fraudulenta quanto ao sugestionador, e<br />

mesmo francamente patológica quanto ao sugestionado.<br />

Outros autores oferecem definições sensivelmente diferentes e mesmo,<br />

muitas vezes, totalmente opostas às que acabamos de ver.<br />

No último quartel do século passado, o médico e psicólogo francês<br />

Bernheim definia a sugestão como "uma operação com a ajuda da qual<br />

uma representação mental é introduzida no cérebro, que a aceita... Toda<br />

expressão transferida para o centro psíquico transforma-se numa idéia,<br />

transforma-se numa suges-t£o... A idéia sugerida tende a transformar-se<br />

em ato... Todo fenômeno de consciência é uma sugestão" (1886).<br />

Para Myers, o pioneiro inglês da parapsicologia nos anos 1880-1890, "a<br />

sugestão é um apelo bem-sucedido ao eu subliminar (l 886).<br />

"A inibição é o próprio fundamento do fenômeno da sugestão" afirmava<br />

um pouco mais tarde o fisiologista russo Pavlov, que acrescenta: "A<br />

sugestão é o reflexo condicionado mais simples e mais específico do ser<br />

humano" (1903).<br />

Segundo o médico, psicólogo e hipnotizador Delboef, "a sugestão dirige e<br />

exalta a vontade do sujeito e o recoloca na posse de um poder que ele<br />

cessou de exercer, mas do qual não abdicou".<br />

Em 1910, Coué, que ligou seu nome ao método de auto--sugestão assim<br />

denominado, via na sugestão "uma ação da imaginação sobre o ser físico e<br />

moral do homem".<br />

Um pouco antes da Primeira Guerra Mundial, Freud definia a sugestão<br />

como "a influência exercida sobre um sujeito por meio dos fenômenos de<br />

transferência" (1912). Alguns anos mais tarde, o pai da psicanálise<br />

escreveria: "A sugestão, isto é, as condições em que se sofre uma<br />

influência, na ausência de toda razão lógica..." (1920).<br />

Logo depois da Primeira Guerra Mundial, o psicólogo franco--suíço<br />

Charles Baudouin escreveu: "A sugestão é a realização subconsciente de<br />

uma idéia... A sugestão é inteligente e ativa. Ela vence onde a vontade e a<br />

razão fracassam... A sugestão é o aproveitamento, por nós mesmos ou por<br />

outrem, do poder, ídeo-reflexo que existe em cada um de nós" (1920).<br />

Para o psicólogo americano Mc Dougall, "a sugestão é o processo pelo<br />

qual uma proposição é aceita com convicção, sem ter em nenhuma conta as<br />

razões lógicas" (1926).<br />

Henri Durville via na sugestão "o acionar de um pensamento que não nos é<br />

inato... A sugestão nos atinge pelas faculdades da nossa personalidade, que<br />

ainda só saem ganhando sob a influência benéfica da sugestão" (1926).<br />

Para o médico e psiquiatra alemão E. Kretschmer, "a sugestão penetra<br />

diretamente no espírito com o estímulo, sem ter recorrido a argumentos<br />

lógicos" (1927).

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