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GNOSE ALEM DA RAZÃO O FENÔMENO DA SUGESTÃO JEAN ...

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1956, e de A. Weitzenhoffer, Hypnose et Suggestion, pp. 31 e segs. e pp.<br />

260 e segs. (traduzido do americano), Payot, Paris, 1967.<br />

Janet, nos anos 1880-1890, pensava que "a sugestão é a influência de um<br />

homem sobre outro, que se exerce sem a intermediação do consentimento<br />

voluntário... A sugestão é um fato muito real e muito importante, que só se<br />

produz claramente em estados doentios. É uma perpétua distração sem<br />

motivo, sem escusa, e justamente por causa disso ela é patológica" (1889).<br />

O americano Sidis assim definia a sugestão: "Por sugestão deve--se<br />

entender a irrupção, no espírito, de uma idéia qualquer, acolhida com uma<br />

resistência maior ou menor pela personalidade e que termina por ser aceita<br />

sem crítica e executada sem exame, quase automaticamente" (1898).<br />

Mais ou menos na mesma época, a sugestão, para o médico e psicólogo<br />

francês Binet, era "uma pressão moral que uma pessoa exerce sobre outra"<br />

(1900).<br />

Para o neurologista francês Babinski, "só há sugestão quando a idéia que se<br />

quer impor é desarrasoada" (1901).<br />

Segundo Dubois (de Berna), nó começo do século, "sugerir é surpreender,<br />

toda ou em parte, a boa fé do sujeito. A sugestão age pelas vias tortuosas<br />

da insinuação. É imoral e perigosa." (1906).<br />

Para Jung, às vésperas da guerra de 1914, "a sugestão é sempre um meio<br />

enganador. Ela não respeita a liberdade do indivíduo".<br />

Para o psicólogo P. Diel, a sugestão é um modo de pensamento puramente<br />

imaginativo, próprio do "primitivo" subjugado pela magia e incapaz de<br />

pensar de forma racional. "Em razão do seu medo subjacente, de sua<br />

imaginação assustada, ele (o primitivo) está no mais alto grau de<br />

sugestionabilidade até em suas intenções mais íntimas; ele crê que as<br />

"intenções" estranhas à sua natureza — as causas e os efeitos objetivos —<br />

também são sugestionáveis e influenciáveis. Ele procura dominá-las pelo<br />

rito e pelo cerimonial mágico... Da mesma forma, os histéricos podem<br />

imaginar e sugerir para si mesmos doenças reais; tais fenômenos<br />

psicopáticos são, sob alguns aspectos, uma regressão à vida primitiva" (l<br />

950).<br />

O neurocirurgião católico P. Chauchard escrevia em 1974: "A sugestão,<br />

crença imediata que se opõe à crença refletida, é um estagia, psicológico<br />

inferior, que caracteriza a ignorância, o pensamento da criança, do não<br />

civilizado ou do débil mental... O homem é uma consciência que' não se<br />

deve tratar pela força ou pelo embrutecimento da sugestão, mas que é<br />

preciso convencer racionalmente... De maneira geral, pode-se caracterizar<br />

u nossa sociedade atual como o triunfo do rebaixamento das consciências e<br />

da sugestão."<br />

Se se tentar, resumidamente, separar os temas comuns a esta primeira série<br />

de definições, praticamente só um será encontrado em definitivo: o da<br />

alienação da liberdade e o da subordinação 11 outrem, tema básico dos

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