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GNOSE ALEM DA RAZÃO O FENÔMENO DA SUGESTÃO JEAN ...

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Nota-se, enfim, que alguns dicionários e enciclopédias, sem aliás em geral<br />

empregarem termos tão claros, fazem uma certa diferença entre sugestão<br />

imposta e sugestão livre. Esta diferença não é de hoje, pois já figurava em<br />

certos dicionários do fim do século passado. Mais ou menos negligenciada<br />

durante mais de meio século, a distinção tende a reaparecer hoje no quadro<br />

da renovação bem recente do interesse pela sugestão, como o testemunham<br />

certos dicionários e enciclopédias atuais. Mas a diferenciação entre<br />

sugestão livre e a sugestão imposta permanece ambígua e confusa e não<br />

repousa sobre qualquer análise correta do fenômeno sugestivo.<br />

Na realidade, as definições de sugestão nos dicionários, mesmo<br />

especializados, denunciam um embaraço, uma imprecisão ou uma<br />

confusão bastante evidentes no pensamento de seus autores. Globalmente,<br />

essas definições dão a impressão de que, com a sugestão, encontramo-nos<br />

na presença de um fenômeno extremamente complexo, a respeito do qual<br />

não resulta nenhum consenso na diversidade muitas vezes contraditória<br />

dessas opiniões, a não ser, em muitas dessas definições, a ênfase na<br />

ausência do espírito crítico do sugestionado.<br />

2. OS AUTORES<br />

As definições da sugestão que seguem são dadas, intencionalmente, sem<br />

comentários críticos. Seu propósito é simplesmente o de oferecer uma<br />

primeira visão sobre a diversidade de opiniões emitidas por autores que, ao<br />

contrário de muitos redatores de verbetes de dicionários e enciclopédias,<br />

são, a princípio, embora em graus diferentes, especialistas em problemas<br />

psicológicos relativos à sugestão ou que lhe tocam de perto.<br />

Notar-se-á que entre essas definições não figura nenhuma citação de<br />

Lozanov, e que quase todas são anteriores a 1960-1965, data em que foram<br />

publicados os primeiros escritos importantes do pesquisador búlgaro sobre<br />

a sugestologia. O ponto de vista evolutivo e histórico adotado neste<br />

trabalho nos fez colocar de propósito as definições de Lozanov no último<br />

capítulo deste estudo, no lugar que lhes atribuem normalmente a<br />

cronologia e a orientação dialética desta exposição.<br />

De maneira geral, pode-se classificar em duas categorias os autores acima<br />

mencionados: os que vêem na sugestão um fenômeno essencialmente<br />

compulsório, e os outros1.<br />

Entre os primeiros, o médico francês Lafaye, em meados do século<br />

passado, definia a sugestão como "agindo por baixo, em segredo, de<br />

maneira subterrânea e conseqüentemente odiosa" (1865).<br />

1. Serão encontradas, no tempo e lugar certos, as referências exatas das<br />

citações extraídas destes autores, às quais serão consagrados importantes<br />

comentários no curso do presente trabalho. A maioria das outras citações<br />

deste capitulo foi tirada de H. Durville Cours á'Uypnotisme et de Suggestion,<br />

pp. 7 e segs. epp. 107 e segs. (traduzido do alemão), Payot, Paris,

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