GNOSE ALEM DA RAZÃO O FENÔMENO DA SUGESTÃO JEAN ...
GNOSE ALEM DA RAZÃO O FENÔMENO DA SUGESTÃO JEAN ...
GNOSE ALEM DA RAZÃO O FENÔMENO DA SUGESTÃO JEAN ...
Create successful ePaper yourself
Turn your PDF publications into a flip-book with our unique Google optimized e-Paper software.
crimes comuns, pessoas da terceira idade, relações de trabalho, etc. são<br />
outros tantos campos de ação abertos à abordagem sugestopédica.<br />
Pára terminar estas considerações dedicadas à sugestopedia lozanoviana,<br />
lembremos em poucas palavras os seus eventuais perigos13.<br />
pedia, ao qual tivemos o privilégio de assistir, e que reuniu cerca de vinte<br />
médicos, psicólogos e pedagogos procedentes de países do Leste e do<br />
Ocidente. Entre as recomendações finais do congresso estão a troca de<br />
informações e documentação sobre as experiências em curso nos vários<br />
países, a extensão da sugestopedia aos países em desenvolvimento e a<br />
formação sistemática e em grande escala de professores "sugestopédicos".<br />
11. Existe outro, do mesmo tipo, em Washington.<br />
12. Pelo menos, foi a explicação dada, de fonte americana.<br />
13. Também sobre este ponto pode-se ler, com proveito, o último<br />
capítulo<br />
e a conclusão do nosso livro já mencionado, Suggérer pour apprendre.<br />
Parece-nos que tais perigos ligam-se essencialmente ao seguinte fato: para<br />
Lozanov, a sugestopedia é antes de tudo um campo e_xperimental para a<br />
ciência mais geral que é a sugestologia14. Ora, o objetivo primordial desta<br />
última, na ótica de Lozanov, ê o controle consciente do inconsciente pela<br />
programação sugestiva deste último. Recordemos o que a sugestologia<br />
lozanoviana entende por isso: escolher um "programa" — não específico<br />
— e introduzi-lo sugestivamente (a única via eficaz) no inconsciente, para<br />
aí fixar uma atitude destinada a comandar inconscientemente o conjunto<br />
das reações do indivíduo que, de fato, se trata de "transformar" (a<br />
expressão é de Lazanov) pela ativação das reservas insuspeitadas e não<br />
empregadas do cérebro humano. Tudo isso usando um subliminar<br />
"controlado" (outra expressão de Lozanov), um subliminar centrado no<br />
duplo plano do sugestio-nador, um duplo plano cuidadosamente<br />
"organizado" (ainda expressão lozanoviana) de maneira a assegurar-lhe o<br />
máximo impacto sugestivo sobre os sugestionados. É uma programação<br />
sutil, sem dúvida, mas em última análise inspirada pela razão que<br />
raciocina. E é exatamente aí que, a nosso ver, está o perigo: a razão<br />
humana não oferece por si nenhuma garantia de utilização benéfica dos<br />
recursos da sugestão.<br />
Em outras mãos que não as de Lozanov (cuja boa fé de forma alguma está<br />
em causa aqui) pode-se perguntar, e se deve perguntar, em que se<br />
transformará a sugestologia de Sofia, que uso poderá ser feito das suas<br />
descobertas. O recurso sistemático ao subliminar lozanoviano para frustrar<br />
as resistências das "barreiras anti-sugestivas", ou para fixar uma "atitude",<br />
é sem dúvida legítimo quando se trata do ensino ou da psicoterapia. Tal<br />
recurso ao subliminar seria também legítimo se, por exemplo, uma<br />
empresa