GNOSE ALEM DA RAZÃO O FENÔMENO DA SUGESTÃO JEAN ...
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a passagem pode ocorrer insensivelmente, e a grande dificuldade<br />
é saber em que medida convém distingui-los e opor um ao<br />
outro... O grande problema levantado pela sugestão é o da liberdade<br />
e da responsabilidade dos sujeitos". Apesar de não propor<br />
uma definição mais completa e exata, o redator teve pelo menos<br />
um primeiro mérito: o de confessar sua perplexidade; e um<br />
segundo: o de ter visto que o problema da liberdade está no<br />
próprio coração do fenômeno sugestivo.<br />
Em nossos dias, o Dictionnaire alphabétique et analogique de<br />
In langue française de Robert (1960-1964) infelizmente comprova<br />
o pouco progresso realizado em três quartos de século no que diz<br />
respeito à compreensão do fenômeno sugestivo. Se, como a<br />
maioria dos outros dicionários contemporâneos, o Robert define<br />
corretamente, ao nível da língua, os dois sentidos da palavra<br />
sugestão: "ação de sugerir" e "aquilo que é sugerido", e se define<br />
(fetit Robert, 1967) de forma já um pouco mais restritiva e mais<br />
exata o verbo "sugerir" como significando: "fazer conceber,<br />
pensar (alguma coisa) sem exprimir nem formular", ou ainda<br />
"apresentar (uma idéia, um sentimento) no espírito...; evocar"<br />
— ao nível da psicologia, em compensação, o Robert ilustra bem<br />
a obscuridade e a confusão que parecem mais ou menos gerais<br />
hoje em dia quando se trata de definir a sugestão. Esta consistiria,<br />
segundo o Robert, no "fato de aceitar uma crença, de sentir uma<br />
tendência ou de ter uma idéia, quando a crença, a tendência ou a<br />
idéia tiverem origem em outra consciência e a pessoa não reconhece<br />
a influência que sofre."<br />
Para avaliar o quanto, atualmente, falta um consenso mínimo<br />
quando se trata de definir a sugestão, basta comparar a definição<br />
precedente com a proposta, também ao nível da psicologia, pelo<br />
Grana Larousse encydopédique, de 10 volumes (1960): "Sugestão:<br />
realização, por meio de um processo subconsciente, de<br />
uma idéia relativa ao domínio psíquico ou fisiológico próprio<br />
do sujeito".<br />
Se passarmos agora às enciclopédias ou dicionários não franceses,<br />
verificaremos que também algumas dessas obras mantêm<br />
silêncio sobre a sugestão, como a Encyclopaedia Britannica de<br />
30 volumes (1943-1973) ou a Chamber's Encyclopaedia de 15<br />
volumes (inglesa, 1961-1966) ou ainda a Collier's Encyclopaedia<br />
de 24 volumes (americana, 1952-1964).<br />
Outras enciclopédias e dicionários dedicam à sugestão apenas<br />
algumas poucas Unhas, como a New Encyclopaedia Britannica,<br />
de 12 volumes (1975) que se contenta com uma definição sumária:<br />
"Sugestão: processo que leva uma pessoa a crer ou a agir