Plano de Manejo - Instituto Ambiental do Paraná
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<strong>Plano</strong> <strong>de</strong> <strong>Manejo</strong> – RPPN Luz <strong>do</strong> Sol Socieda<strong>de</strong> Chauá, 2012<br />
risco <strong>de</strong> extinção (BRESSAN et al., 2009), e ainda uma quase ameaçada (NT) (Tabela 3.5).<br />
Em nível nacional, apenas uma espécie encontra-se ameaçada (VU), e outra é consi<strong>de</strong>rada<br />
quase ameaçada (NT). Em nível global uma espécie é ameaçada (VU) e outra com da<strong>do</strong>s<br />
insuficientes (DD).<br />
Tabela 3.5: Espécies <strong>de</strong> alto interesse conservacionista registradas na RPPN Luz <strong>do</strong> Sol e seus respectivos<br />
status <strong>de</strong> ameaça no <strong>Paraná</strong> (IAP, 2010), no Brasil (IBAMA, 2003) e no mun<strong>do</strong> (IUCN, 2011).<br />
Espécie Nome vulgar<br />
Status <strong>de</strong> ameaça<br />
Regional Nacional Global<br />
Cebus nigritus Macaco-prego DD - -<br />
Leopardus tigrinus gato-<strong>do</strong>-mato-pequeno VU VU VU<br />
Puma yagouaroundi Gato-mourisco DD - -<br />
Lontra longicaudis lontra NT NT DD<br />
Cuniculus paca paca EM - -<br />
Caracterização das Espécies <strong>de</strong> Mamíferos Registradas<br />
Todas as espécies nativas <strong>de</strong> mamíferos registradas para a RPPN Luz <strong>do</strong> Sol são <strong>de</strong>scritas<br />
a seguir (Figs 3.74 a 3.90).<br />
Fig. 3.74: Macaco-prego (Foto:<br />
R.E.F. Santos).<br />
Macaco-prego (Cebus nigritus)<br />
Descrição: Corpo – 40 a 56 cm; cauda – 40 a 48 cm; peso – 3 a 4,5<br />
kg. Cabeça arre<strong>do</strong>ndada, embora pareça quadrada pela disposição<br />
da pelagem. Possui <strong>do</strong>is penachos laterais, e um topete no topo da<br />
cabeça. A <strong>de</strong>ntição é adaptada à onivoría, com caninos bem<br />
<strong>de</strong>senvolvi<strong>do</strong>s. A cauda é comprida e pouco preênsil, e a pelagem<br />
apresenta-se mais escura nos membros.<br />
História Natural: ocorrem em to<strong>do</strong>s os estratos da floresta. São<br />
diurnos e sociais, viven<strong>do</strong> em grupos “chefia<strong>do</strong>” por um macho<br />
<strong>do</strong>minante. Possuem amplo repertório vocal, e apresentam gran<strong>de</strong><br />
agressivida<strong>de</strong> entre grupos. A dieta é bastante ampla, incluin<strong>do</strong> preferencialmente folhas, frutos,<br />
sementes e invertebra<strong>do</strong>s. A gestação dura três meses, nascen<strong>do</strong> apenas um filhote por parto, que<br />
inicialmente á carrega<strong>do</strong> no ventre da mãe, e posteriormente em suas costas. Po<strong>de</strong> também receber<br />
cuida<strong>do</strong>s <strong>de</strong> outras fêmeas <strong>do</strong> grupo.<br />
Vulnerabilida<strong>de</strong>: Apresenta baixa vulnerabilida<strong>de</strong>.<br />
Status: Não oficialmente ameaçada.<br />
Tipo <strong>de</strong> registro: Entrevista.<br />
Tamanduá-mirim (Tamandua tetradactyla)<br />
Descrição: tamanho corporal - 47 a 77cm; cauda - 40 a<br />
68cm; peso - por volta <strong>de</strong> 7kg. Animal <strong>de</strong> porte médio,<br />
coloração amarela com duas faixas pretas da região<br />
escapular até as laterais <strong>do</strong> corpo, forman<strong>do</strong> um colete,<br />
razão pela qual também é conheci<strong>do</strong> como tamanduá-<strong>de</strong>colete.<br />
Os membros anteriores são bem <strong>de</strong>senvolvi<strong>do</strong>s.<br />
História Natural: espécie relacionada a ambientes florestais.<br />
É solitário, <strong>de</strong> hábito preferencialmente noturno. É um ágil<br />
trepa<strong>do</strong>r que utiliza a cauda e as garras para escalar<br />
árvores <strong>de</strong> gran<strong>de</strong> porte. A visão e a audição são pouco<br />
<strong>de</strong>senvolvidas e o olfato aguça<strong>do</strong>. Sua dieta é composta <strong>de</strong> insetos sociais principalmente <strong>de</strong><br />
formigas, cupins e abelhas, preferencialmente aqueles cujos ninhos são construí<strong>do</strong>s sobre as<br />
árvores. Quan<strong>do</strong> ataca<strong>do</strong> ou em perigo, senta-se sobre os membros posteriores e abre os braços<br />
expon<strong>do</strong> as garras com as quais se <strong>de</strong>fen<strong>de</strong>, sen<strong>do</strong> comum “abraçar” o animal que o ataca.<br />
Vulnerabilida<strong>de</strong>: Baixo sucesso reprodutivo e perseguição pelo alega<strong>do</strong> ataque a cães <strong>do</strong>mésticos.<br />
Status: Não oficialmente ameaçada.<br />
Tipo <strong>de</strong> registro: Entrevista.<br />
Fig. 3.75: Tamanduá-mirim (Foto: F.G.<br />
Braga)<br />
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