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Plano de Manejo - Instituto Ambiental do Paraná

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<strong>Plano</strong> <strong>de</strong> <strong>Manejo</strong> – RPPN Luz <strong>do</strong> Sol Socieda<strong>de</strong> Chauá, 2012<br />

3.4.7 Fauna<br />

O presente capítulo compreen<strong>de</strong> o diagnóstico da fauna da RPPN Luz <strong>do</strong> Sol, que focou as<br />

aves e os mamíferos, embasan<strong>do</strong>-se na coleta <strong>de</strong> da<strong>do</strong>s em campo e em informações<br />

bibliográficas. A visita <strong>de</strong> campo foi realizada em abril <strong>de</strong> 2011.<br />

3.4.7.4 Méto<strong>do</strong>s Utiliza<strong>do</strong>s<br />

A seguir são <strong>de</strong>scritos os méto<strong>do</strong>s utiliza<strong>do</strong>s para os levantamentos <strong>de</strong> aves e mamíferos.<br />

Aves<br />

A avifauna da RPPN Luz <strong>do</strong> Sol foi avaliada ten<strong>do</strong> como base da<strong>do</strong>s atuais, obti<strong>do</strong>s em uma<br />

fase <strong>de</strong> campo com duração <strong>de</strong> quatro dias. Os méto<strong>do</strong>s utiliza<strong>do</strong>s foram o reconhecimento<br />

visual, com o auxílio <strong>de</strong> binóculo 8x42mm, e auditivo. Foi utilizada também a técnica <strong>de</strong><br />

playback com o objetivo <strong>de</strong> atrair espécies que possivelmente habitam cada local<br />

amostra<strong>do</strong>, conforme análise <strong>do</strong>s habitats disponíveis. O equipamento utiliza<strong>do</strong> foi um banco<br />

<strong>de</strong> vozes das espécies <strong>de</strong> aves brasileiras e alto-falantes para a reprodução <strong>do</strong>s arquivos<br />

sonoros. Em relação ao perío<strong>do</strong> <strong>de</strong> amostragem, a área foi analisada <strong>de</strong>s<strong>de</strong> o nascer <strong>do</strong> sol<br />

até a noite, aumentan<strong>do</strong> <strong>de</strong>sta forma o esforço para as espécies noturnas e <strong>de</strong> hábitos<br />

crepusculares. Foram percorridas picadas, divisas, estradas e áreas marginais à RPPN e<br />

proprieda<strong>de</strong>, obten<strong>do</strong>-se da<strong>do</strong>s na maioria <strong>do</strong>s ambientes disponíveis.<br />

Adicionalmente, foi feita uma compilação <strong>do</strong>s da<strong>do</strong>s secundários existentes, provenientes <strong>de</strong><br />

pesquisas ornitológicas conduzidas em áreas próximas à RPPN Luz <strong>do</strong> Sol, especialmente<br />

no município <strong>de</strong> Londrina. As fontes consultadas para a elaboração da lista <strong>de</strong> espécies<br />

foram: (1) observações pessoais pretéritas <strong>de</strong> Raphael E. Fernan<strong>de</strong>s Santos e Eduar<strong>do</strong> W.<br />

Patrial em fragmentos florestais da região; (2) informações citadas na literatura sobre aves<br />

em fragmentos da região (SOARES e ANJOS, 1999; GIMENES e ANJOS, 2000; ANJOS,<br />

2001; PATRIAL, 2010).<br />

Após a análise <strong>de</strong> to<strong>do</strong>s os da<strong>do</strong>s obti<strong>do</strong>s, foi confeccionada uma lista geral da avifauna,<br />

que contém as espécies <strong>de</strong>tectadas durante a fase <strong>de</strong> campo e as espécies com provável<br />

ocorrência na área <strong>de</strong> estu<strong>do</strong>. Para se distinguir as espécies raras, que dificilmente venham<br />

a ser encontradas na área, das espécies já esperadas para a área <strong>de</strong> estu<strong>do</strong>, todas<br />

espécies foram classificadas em quatro categorias: (P) pequena probabilida<strong>de</strong> <strong>de</strong><br />

ocorrência; (M) média probabilida<strong>de</strong> <strong>de</strong> ocorrência; (G) gran<strong>de</strong> possibilida<strong>de</strong> <strong>de</strong> ocorrência;<br />

e (C) ocorrência confirmada durante a etapa <strong>de</strong> campo. O or<strong>de</strong>namento taxonômico utiliza<strong>do</strong><br />

segue a proposta atualizada <strong>do</strong> Comitê Brasileiro <strong>de</strong> Registros Ornitológicos (CBRO, 2011).<br />

Na lista <strong>de</strong> espécies são cita<strong>do</strong>s também os tipos <strong>de</strong> ambiente utiliza<strong>do</strong>s por cada uma,<br />

conforme a classificação a seguir: (f) ambiente florestal; (k) floresta secundária em estágios<br />

iniciais da sucessão, ou seja, capoeiras; (r) ambiente ribeirinho; (l) leito <strong>do</strong>s rios e córregos;<br />

(v) lavouras; (b) brejo/açu<strong>de</strong> <strong>do</strong> córrego represa<strong>do</strong>; e (a) áreas antrópicas, geralmente<br />

referidas a construções rurais, jardins ou pomares.<br />

A sensibilida<strong>de</strong> <strong>de</strong> cada espécie a distúrbios no habitat também foi analisada, sen<strong>do</strong> os<br />

táxons dividi<strong>do</strong>s em três categorias, conforme STOTZ et al. (1996): (1) espécies altamente<br />

exigentes em relação ao habitat, com baixa plasticida<strong>de</strong> ambiental; (2) espécies<br />

parcialmente exigentes <strong>de</strong> áreas conservadas, utilizan<strong>do</strong> também locais altera<strong>do</strong>s; e, (3)<br />

espécies generalistas, alóctones ou sinantrópicas, ou seja, que toleram distúrbios no habitat,<br />

sen<strong>do</strong> até mesmo beneficiadas por eles.<br />

Da mesma forma, a comunida<strong>de</strong> <strong>de</strong> aves foi classificada em função da <strong>de</strong>pendência <strong>de</strong><br />

cada espécie a ambientes florestais, conforme SILVA (1995): (D) <strong>de</strong>pen<strong>de</strong>ntes, que utilizam<br />

florestas; (SD) semi<strong>de</strong>pen<strong>de</strong>ntes, que utilizam tanto as florestas como borda, e áreas<br />

abertas; e (I) in<strong>de</strong>pen<strong>de</strong>ntes, que po<strong>de</strong>m ocorrer em áreas abertas ou alteradas.<br />

Quanto à sazonalida<strong>de</strong>, as categorias utilizadas foram as seguintes: (RE) Espécies<br />

resi<strong>de</strong>ntes = espécies que passam to<strong>do</strong> o ano na região, reproduzin<strong>do</strong>-se nela; (MI)<br />

Espécies migratórias = aves provenientes <strong>do</strong> hemisfério norte ou sul, que se <strong>de</strong>slocam <strong>de</strong><br />

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