Plano de Manejo - Instituto Ambiental do Paraná
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<strong>Plano</strong> <strong>de</strong> <strong>Manejo</strong> – RPPN Luz <strong>do</strong> Sol Socieda<strong>de</strong> Chauá, 2012<br />
3.4.4 Pe<strong>do</strong>logia<br />
Os tipos <strong>de</strong> solos que pre<strong>do</strong>minam na região da RPPN Luz <strong>do</strong> Sol são o Latossolo<br />
Vermelho-Escuro, o Latossolo Roxo e o Nitossolo Vermelho. Também po<strong>de</strong>m ocorrer solos<br />
menos <strong>de</strong>senvolvi<strong>do</strong>s como Cambissolos e Neossolos Litólicos. Devi<strong>do</strong> ao relevo e a sua<br />
posição na paisagem, na RPPN Luz <strong>do</strong> Sol ten<strong>de</strong>m a pre<strong>do</strong>minar os Latossolos, profun<strong>do</strong>s e<br />
bem <strong>de</strong>senvolvi<strong>do</strong>s.<br />
3.4.5 Hidrografia<br />
O município <strong>de</strong> Rolândia esten<strong>de</strong>-se pelas bacias hidrográficas <strong>do</strong> ribeirão Vermelho, <strong>do</strong> rio<br />
Tibagi e <strong>do</strong> rio Ban<strong>de</strong>irantes <strong>do</strong> Norte (MAACK, 1981).<br />
A RPPN Luz <strong>do</strong> Sol não possui rios nem nascentes, mas está inserida na bacia hidrográfica<br />
<strong>do</strong> rio Ban<strong>de</strong>irantes <strong>do</strong> Norte, sen<strong>do</strong> que este rio constitui a divisa leste da Fazenda Luz <strong>do</strong><br />
Sol, corren<strong>do</strong> a cerca <strong>de</strong> 500 m a leste da RPPN. O corpo d’água mais próximo da RPPN é<br />
um córrego sem nome, cerca <strong>de</strong> 250 m ao sul.<br />
3.4.6 Vegetação<br />
O presente capítulo compreen<strong>de</strong> o diagnóstico da flora da RPPN Luz <strong>do</strong> Sol, com base em<br />
da<strong>do</strong>s coleta<strong>do</strong>s durante fase <strong>de</strong> campo realizada em abril <strong>de</strong> 2011.<br />
3.4.6.1 Méto<strong>do</strong>s Utiliza<strong>do</strong>s<br />
Para a caracterização fitogeográfica da área protegida foram consultadas publicações<br />
relevantes, no senti<strong>do</strong> <strong>de</strong> <strong>de</strong>screver sucintamente a fisionomia típica da vegetação existente.<br />
A flora da RPPN Luz <strong>do</strong> Sol foi avaliada em campo, através <strong>de</strong> reconhecimento visual <strong>do</strong>s<br />
caracteres botânicos e <strong>de</strong>ndrológicos, foram i<strong>de</strong>ntificadas espécies <strong>de</strong> árvores, arbustos,<br />
ervas e lianas, buscan<strong>do</strong> uma caracterização florística preliminar. Foram realiza<strong>do</strong>s<br />
percursos no interior e no entorno <strong>do</strong> remanescente. Foram também coletadas informações<br />
sobre o histórico <strong>de</strong> exploração e perturbação <strong>do</strong> remanescente natural, através <strong>de</strong><br />
entrevista à proprietária e ao funcionário da proprieda<strong>de</strong>. Com base no registro das espécies<br />
e <strong>de</strong>mais informações obtidas, foi possível <strong>de</strong>finir o estágio sucessional em que se encontra<br />
a o fragmento florestal da RPPN Luz <strong>do</strong> Sol.<br />
A <strong>de</strong>scrição das espécies no item florística foi realizada com base na experiência <strong>de</strong> campo,<br />
e também através <strong>de</strong> consulta a obras <strong>de</strong> referência (REITZ et al., 1979; INOUE et al., 1984;<br />
LORENZI, 1992; LORENZI, 1998; BACKES e IRGANG, 2002; SOBRAL et al., 2006).<br />
3.4.6.2 Caracterização Fitogeográfica<br />
A RPPN Luz <strong>do</strong> Sol insere-se no <strong>do</strong>mínio fitogeográfico da Floresta Estacional Semi<strong>de</strong>cidual<br />
(Floresta Seca) (IBGE, 1992). A seguir é <strong>de</strong>scrita a fisionomia típica <strong>de</strong>ste tipo florestal, com<br />
base em referências bibliográficas. Deve ser ressalta<strong>do</strong> que, <strong>de</strong>vi<strong>do</strong> às perturbações<br />
pretéritas <strong>de</strong> origem humana ocorridas no remanescente da RPPN Luz <strong>do</strong> Sol, são raros os<br />
locais on<strong>de</strong> a vegetação existente apresenta fisionomia semelhante a sua forma original.<br />
A Floresta Estacional Semi<strong>de</strong>cidual é um tipo <strong>de</strong> vegetação condiciona<strong>do</strong> pela dupla<br />
estacionalida<strong>de</strong> climática. Uma estação tropical com intensas chuvas <strong>de</strong> verão seguidas por<br />
estiagens e outra estação subtropical mais fria e seca (IBGE, 1992). Segun<strong>do</strong> VELOSO et<br />
al. (1991), nesta tipologia florestal, a porcentagem <strong>de</strong> árvores caducifólias situa-se entre 20<br />
e 50 % no perío<strong>do</strong> <strong>de</strong>sfavorável.<br />
A Floresta Estacional Semi<strong>de</strong>cidual tem sua ocorrência típica no <strong>Paraná</strong> em altitu<strong>de</strong>s<br />
inferiores aos 600 m s.n.m. (RODERJAN et al., 2002). Caracteriza-se por apresentar <strong>do</strong>ssel<br />
irregular com indivíduos emergentes que po<strong>de</strong>m alcançar em torno <strong>de</strong> 35 m <strong>de</strong> altura. No<br />
estrato superior <strong>de</strong>stacam-se as espécies Aspi<strong>do</strong>sperma polyneuron (peroba), Tabebuia<br />
heptaphylla (ipê-roxo), Gallesia integrifolia (pau-d’alho), Balfouro<strong>de</strong>ndron rie<strong>de</strong>lianum (paumarfim),<br />
Peltophorum dubium (canafístula), Cordia trichotoma (louro-par<strong>do</strong>), Diatenopteryx<br />
sorbifolia (maria-preta), Parapipta<strong>de</strong>nia rigida (gurucaia), Ana<strong>de</strong>nanthera colubrina<br />
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