ENTREVISTA EXCLUSIVA após um ano na TVI - Lux - Iol

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01.05.2013 Views

“Há sempre aquele ponto de interrogação, mas quero acreditar que vamos vencer. A Carmen só quer ir para casa„ Bela Nascimento momento ela está a reagir muito bem. Clinicamente, os exames sanguíneos – não o de medula – estão todos equilibrados. A única coisa que nos mantém no hospital é o facto de ela já estar há muitos dias a ser alimentada através de soro e está, neste momento, a introduzir aos poucos comida sólida para poder regressar a casa. Lux – Essa falta de apetite é provocada por quê? É um efeito secundário da medicação? B.N. – Não está apenas relacionada com a medicação. A doença do enxerto contra o hospedeiro (de uma forma simples, é a reação do organismo dela à nova medula. Digamos que ela tem de se habituar à nova medula, ser uma boa hóspede da nova medula) atacou bastante o intestino. Essa reação provocou nela, nos últimos tempos, febres altas, depois muitas borbulhas e comichão no corpo, verdadeiramente insuportável, e afetou também toda a parte gástrica. Lux – Mas esses efeitos são normais? B.N. – Sim e, por incrível que pareça, até é bom que aconteça, porque é uma forma de cura. É muito difícil explicar à Carmen que o corpo está a melhorar mas que ela está a sofrer tanto. Lux – E como é que está a encarar esta nova guerra? B.N. – Nos primeiros três dias foi muito difícil e um enorme choque. À noite, na cama, só chorava sem que ela me ouvisse. Lux – E depois o cabelo começou a cair outra vez e foi preciso voltar a rapá-lo... B.N. – Sim, e apesar de ser um mal menor no meio disto tudo, cortar o cabelo afetou-a muito. É uma marca de que a doença voltou. Cortou o cabelo há cerca de 15 dias e, na altura chorou muito, pediu para guardar o cabelo num saquinho e chamou- -lhe ‘querido cabelinho’. Desde então tem estado muito calada, triste, passa muitas vezes a mão pela cabeça... Ficou psicologicamente muito em baixo e isto para mim torna ainda tudo mais difícil. Também se vê ao espelho e nota-se mais inchada, por causa dos corticoides, e questiona tudo isso. Ela tem apenas 7 anos e já estava a preparar-se para ir para a escola, ter uma vida mais normal e, de repente, voltou à estaca zero. Ela não percebe porque é que está aqui outra vez! Não é fácil explicar-lhe isto! Mas mesmo assim, no meio deste sofrimento, ela tem reagido bem, as análises estão equilibradas. Aquilo que ela mais quer é voltar para casa. Lux – Mas só com o resultado do mielograma é que pode ter mais certezas... B.N. – Sim, daqui a uns dias vamos fazer um mielograma para saber como é que está a situação da medula. Esse exame é que nos diz se a doença foi erradicada ou se ainda existe alguma célula da mesma. Mas penso que se os exames feitos até agora estão bem, provavelmente os da medula também estarão. Mas, infelizmente, nesta doença nunca temos a certeza de nada. Lux – Neste momento, sente a sua vida de novo em suspenso? BN. – Completamente! Há sempre aquele ponto de interrogação, mas quero acreditar que vamos vencer. Aliás, sei de casos de pessoas que fizeram um segundo transplante e ficaram mais fortes. E acredito que ela vai fi car bem. ■ texto Evelise Moutinho (emoutinho@lux.iol.pt) fotos D.R. e Arquivo Lux Na sua página de Facebook, Carmen relata o dia-a-dia no IPO e faz um apelo para que as pessoas não tenham medo de ser dadoras de medula e ajudem a salvar vidas

Desde a sua detenção em maio passado, DSK tem sido implicado em vários escândalos sexuais. À direita, à saída do Tribunal de Lille, depois de pagar uma fi ança de cem mil euros Ex-diretor do FMI acusado formalmente de proxenetismo e abuso de bens sociais STRAUSS-KAHN incorre numa pena de 20 anos de prisão Dominique Strauss-Kahn (DSK) está envolvido num verdadeiro escândalo sexual transatlântico. Em França, o ex-líder do FMI arrisca 20 anos de prisão ao abrigo do Caso Carlton, que envolve crimes de “proxenetismo agravado em rede organizada” e “abuso de bens sociais”. Nos EUA, os seus advogados reivindicaram em tribunal, no passado dia 28, imunidade diplomática para o seu cliente no processo cível levantado por Nafi ssatou Diallo, decisão que ainda não era conhecida à hora de fecho desta edição. A camareira guineense reclama a DSK uma indemnização pela alegada tentativa de violação, em maio do ano passado, mesmo depois de o processo-crime ter sido encerrado por falta de credibilidade do depoimento da queixosa. A audiência sobre a indemnização teve lugar dois dias depois de Strauss-Kahn ter sido libertado, na sequência do seu depoi- mento sobre o Caso Carlton, no Tribunal de Lille. O ex-líder do FMI saiu sob pagamento de uma fi ança de cem mil euros. Está ainda impedido de falar sobre o caso à comunicação social e de contactar as outras partes envolvidas na ação judicial. Entre elas, os dois empresários proprietários dos bordéis onde aconteciam as orgias, Béatrice Legrain e Dominique Alderweireld. Os mesmos que descreveram o comportamento sexual de Strauss-Kahn naquelas festas, em que participavam membros da elite francesa e prostitutas. Foi a presença destas que lhe valeu as acusações de “proxenetismo”. DSK declarou-se inocente, negando saber que “as mulheres em causa eram prostitutas”, avançou a defesa do antigo ministro francês da Economia e Finanças. As mulheres implicadas no caso afi rmaram o contrário. ■ fotos Reuters e Arquivo Lux

Desde a sua detenção em maio<br />

passado, DSK tem sido implicado<br />

em vários escândalos sexuais. À direita,<br />

à saída do Tribu<strong>na</strong>l de Lille, depois<br />

de pagar <strong>um</strong>a fi ança de cem mil euros<br />

Ex-diretor do FMI acusado formalmente<br />

de proxenetismo e abuso de bens sociais<br />

STRAUSS-KAHN incorre n<strong>um</strong>a<br />

pe<strong>na</strong> de 20 <strong>ano</strong>s de prisão<br />

Dominique Strauss-Kahn (DSK) está<br />

envolvido n<strong>um</strong> verdadeiro escândalo<br />

sexual transatlântico. Em França, o<br />

ex-líder do FMI arrisca 20 <strong>ano</strong>s de prisão<br />

ao abrigo do Caso Carlton, que envolve<br />

crimes de “proxenetismo agravado em rede<br />

organizada” e “abuso de bens sociais”.<br />

Nos EUA, os seus advogados reivindicaram<br />

em tribu<strong>na</strong>l, no passado dia 28, imunidade<br />

diplomática para o seu cliente no processo<br />

cível levantado por Nafi ssatou Diallo,<br />

decisão que ainda não era conhecida à<br />

hora de fecho desta edição. A camareira<br />

guineense reclama a DSK <strong>um</strong>a indemnização<br />

pela alegada tentativa de violação, em<br />

maio do <strong>ano</strong> passado, mesmo depois de o<br />

processo-crime ter sido encerrado por falta<br />

de credibilidade do depoimento da queixosa.<br />

A audiência sobre a indemnização teve<br />

lugar dois dias depois de Strauss-Kahn ter<br />

sido libertado, <strong>na</strong> sequência do seu depoi-<br />

mento sobre o Caso Carlton, no Tribu<strong>na</strong>l de<br />

Lille. O ex-líder do FMI saiu sob pagamento<br />

de <strong>um</strong>a fi ança de cem mil euros. Está ainda<br />

impedido de falar sobre o caso à comunicação<br />

social e de contactar as outras partes<br />

envolvidas <strong>na</strong> ação judicial. Entre elas, os<br />

dois empresários proprietários dos bordéis<br />

onde aconteciam as orgias, Béatrice<br />

Legrain e Dominique Alderweireld.<br />

Os mesmos que descreveram o comportamento<br />

sexual de Strauss-Kahn <strong>na</strong>quelas<br />

festas, em que participavam membros da<br />

elite francesa e prostitutas. Foi a presença<br />

destas que lhe valeu as acusações de<br />

“proxenetismo”. DSK declarou-se inocente,<br />

negando saber que “as mulheres em causa<br />

eram prostitutas”, avançou a defesa do<br />

antigo ministro francês da Economia e<br />

Fi<strong>na</strong>nças. As mulheres implicadas no caso<br />

afi rmaram o contrário. ■<br />

fotos Reuters e Arquivo <strong>Lux</strong>

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