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universidade federal do rio de janeiro - Faculdade de Medicina - UFRJ

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UNIVERSIDADE FEDERAL DO RIO DE JANEIRO<br />

CENTRO DE CIÊNCIAS DA SAÚDE<br />

FACULDADE DE MEDICINA<br />

DEPARTAMENTO DE RADIOLOGIA<br />

PROPOSTA DE UM PROGRAMA BÁSICO PARA A FORMAÇÃO DO MÉDICO<br />

RESIDENTE EM RADIOLOGIA E DIAGNÓSTICO POR IMAGEM<br />

ANA LUIZA BOÉCHAT<br />

Dissertação submetida ao Corpo Docente da Faculda<strong>de</strong><br />

<strong>de</strong> <strong>Medicina</strong> da Universida<strong>de</strong> Fe<strong>de</strong>ral <strong>do</strong> Rio <strong>de</strong> Janeiro,<br />

como parte <strong>do</strong>s requisitos necessá<strong>rio</strong>s à obtenção <strong>do</strong><br />

Grau <strong>de</strong> Mestre em <strong>Medicina</strong> (Radiologia). Área <strong>de</strong><br />

Concentração: Radiodiagnóstico.<br />

Orienta<strong>do</strong>r: Prof. Dr. Hilton Augusto Koch<br />

Rio <strong>de</strong> Janeiro<br />

2005


Ficha catalográfica<br />

Boéchat, Ana Luiza<br />

Proposta <strong>de</strong> um programa básico para a formação <strong>do</strong> médico<br />

resi<strong>de</strong>nte em radiologia e diagnóstico por imagem. -- Rio <strong>de</strong> Janeiro:/<br />

Faculda<strong>de</strong> <strong>de</strong> <strong>Medicina</strong>, 2005 .<br />

x, 103 f. : il. ; 31 cm.<br />

Orienta<strong>do</strong>r: Hilton Augusto Koch<br />

Dissertação (mestra<strong>do</strong>) – <strong>UFRJ</strong> / Faculda<strong>de</strong> <strong>de</strong> <strong>Medicina</strong>,<br />

Departamento <strong>de</strong> Radiologia, 2005.<br />

Referências bibliográficas: f. 65-70.<br />

1.Internato e Residência. 2. Radiologia - educação. 3. Diagnóstico<br />

por imagem – educação 4. Educação Médica . 5. Radiologia – Tese.<br />

I. Koch, Hilton Augusto. II. Universida<strong>de</strong> Fe<strong>de</strong>ral <strong>do</strong> Rio <strong>de</strong> Janeiro,<br />

Faculda<strong>de</strong> <strong>de</strong> <strong>Medicina</strong>, Departamento <strong>de</strong> Radiologia. III. Título.


UNIVERSIDADE FEDERAL DO RIO DE JANEIRO<br />

CENTRO DE CIÊNCIAS DA SAÚDE<br />

FACULDADE DE MEDICINA<br />

DEPARTAMENTO DE RADIOLOGIA<br />

PROPOSTA DE UM PROGRAMA BÁSICO PARA A FORMAÇÃO DO MÉDICO<br />

RESIDENTE EM RADIOLOGIA E DIAGNÓSTICO POR IMAGEM<br />

ANA LUIZA BOÉCHAT<br />

Orienta<strong>do</strong>r: Prof. Dr. Hilton Augusto Koch<br />

Banca Examina<strong>do</strong>ra:<br />

Prof. Dr. Edson Marchiori<br />

Prof. Dr. Fernan<strong>do</strong> Alves Moreira<br />

Dr. Evandro Guimarães <strong>de</strong> Sousa<br />

Profª. Drª. Marilene Paschoal<br />

Rio <strong>de</strong> Janeiro<br />

2005


Agra<strong>de</strong>cimentos<br />

O <strong>de</strong>senvolvimento <strong>de</strong> um trabalho só é possível quan<strong>do</strong> há confiança e apoio,<br />

e é extremamente facilita<strong>do</strong> quan<strong>do</strong> já encontramos uma estrutura e pessoas que se<br />

<strong>de</strong>dicam intensamente a uma missão. Foi este o ambiente que encontrei, sempre,<br />

tanto no Departamento quanto no Serviço <strong>de</strong> Radiologia da <strong>UFRJ</strong>, chefia<strong>do</strong> pelo<br />

Prof. Dr. Hilton Augusto Koch. Agra<strong>de</strong>ço ao Prof. Koch, pela orientação segura e<br />

estímulo precioso, essenciais à realização <strong>de</strong>ste trabalho, mas que o antece<strong>de</strong>m em<br />

largos anos, remontan<strong>do</strong> aos tempos da graduação e da minha formação como<br />

Resi<strong>de</strong>nte <strong>do</strong> Serviço <strong>de</strong> Radiodiagnóstico <strong>do</strong> Hospital Universitá<strong>rio</strong> Clementino<br />

Fraga Filho. Que fique aqui registra<strong>do</strong> o meu reconhecimento e sincera amiza<strong>de</strong>.<br />

Agra<strong>de</strong>ço ao Dr. Evandro Guimarães <strong>de</strong> Sousa, profun<strong>do</strong> conhece<strong>do</strong>r <strong>do</strong>s<br />

temas relaciona<strong>do</strong>s à Residência Médica, sobretu<strong>do</strong> seu histórico e legislação<br />

específica, por sua generosa e valiosa cooperação em diversas fases <strong>do</strong> presente<br />

trabalho. Este auxílio teve sempre o marcante traço <strong>de</strong> simpatia e cordialida<strong>de</strong>,<br />

característicos <strong>de</strong> sua personalida<strong>de</strong>.<br />

Agra<strong>de</strong>ço ao Prof. Dr. Edson Marchiori, pela revisão cuida<strong>do</strong>sa <strong>do</strong> texto. Sua<br />

<strong>de</strong>dicação, competência e espírito científico pontificam o mo<strong>de</strong>lo <strong>de</strong> preceptor.<br />

Aos professores e funcioná<strong>rio</strong>s <strong>do</strong> Departamento e <strong>do</strong> Serviço <strong>de</strong> Radiologia <strong>do</strong><br />

HUCFF pelo ambiente <strong>de</strong> carinho e incentivo.<br />

Aos Prof. Dr. Arthur Soares Souza Jr. e Prof. Dr. Luiz Felipe Nobre pela sua<br />

contribuição generosa na revisão <strong>do</strong> conteú<strong>do</strong> programático mínimo.<br />

Ao meu pai, Leônidas Castello da Costa Jr., pelo auxílio na elaboração <strong>do</strong><br />

resumo para o idioma inglês.<br />

À Sra. Maria Helena Beatriz Lisboa Guimarães, pela revisão <strong>do</strong> manuscrito em<br />

português.


Dedicatória<br />

À minha família, pois nada no mun<strong>do</strong> é mais valioso.<br />

Aos meus pais, especialmente à minha mãe, pelo suporte afetivo e material <strong>de</strong><br />

todas as horas.<br />

Aos meus avós, com quem tive a oportunida<strong>de</strong> <strong>de</strong> conviver e <strong>de</strong> apren<strong>de</strong>r aquilo<br />

que só as pessoas que te amam po<strong>de</strong>m te ensinar. Ao meu avô, que acompanha<br />

até hoje minha trajetória com um entusiasmo generoso. Às minhas avós, ambas<br />

professoras <strong>de</strong>dicadas, e em especial a minha querida avó paterna, por sua eterna<br />

cumplicida<strong>de</strong>.<br />

Ao meu mari<strong>do</strong>, a família que eu escolhi, pelo seu amor, companheirismo e<br />

<strong>de</strong>dicação.<br />

Aos meus filhos, expressão máxima <strong>do</strong> meu amor.


Lista <strong>de</strong> Abreviaturas<br />

ACGME Accreditation Council for Graduate Medical Education.<br />

Conselho Americano <strong>de</strong> Regulamentação <strong>de</strong> Educação<br />

Médica para Gradua<strong>do</strong>s<br />

APDR Association of Program Directors In Radiology. Associação<br />

<strong>do</strong>s Diretores <strong>de</strong> Programas em Radiologia <strong>do</strong>s Esta<strong>do</strong>s<br />

Uni<strong>do</strong>s da América<br />

CBR Colégio Brasileiro <strong>de</strong> Radiologia e Diagnóstico por Imagem<br />

CNRM Comissão Nacional <strong>de</strong> Residência Médica<br />

PACS Picture Archiving and Communication System (Sistema <strong>de</strong><br />

comunicação e arquivo pictográfico)<br />

RM Ressonância magnética<br />

TC Tomografia computa<strong>do</strong>rizada<br />

TCAR Tomografia computa<strong>do</strong>rizada <strong>de</strong> alta resolução<br />

<strong>UFRJ</strong> Universida<strong>de</strong> Fe<strong>de</strong>ral <strong>do</strong> Rio <strong>de</strong> Janeiro<br />

VCI Veia cava infe<strong>rio</strong>r<br />

VCS Veia cava supe<strong>rio</strong>r


Resumo<br />

Objetivo: Desenvolver uma proposta <strong>de</strong> programa básico para Residência Médica<br />

em Radiologia e Diagnóstico por Imagem com conteú<strong>do</strong> programático <strong>de</strong>fini<strong>do</strong><br />

Méto<strong>do</strong>: O programa foi concebi<strong>do</strong> com base na análise e revisão da literatura,<br />

respeitan<strong>do</strong> as recomendações <strong>do</strong> Colégio Brasileiro <strong>de</strong> Radiologia e Diagnóstico<br />

por Imagem e da Comissão Nacional <strong>de</strong> Residência Médica. Resulta<strong>do</strong>s: A<br />

proposta, <strong>de</strong>senvolvida para um programa <strong>de</strong> três anos, é dividida em 17 módulos<br />

<strong>de</strong> treinamento em subespecialida<strong>de</strong>s ou méto<strong>do</strong>s diagnósticos. Estão nela incluí<strong>do</strong>s<br />

tópicos relativos à formação geral <strong>de</strong> Médicos Resi<strong>de</strong>ntes. O programa baseia-se na<br />

aquisição <strong>de</strong> conhecimentos <strong>de</strong> forma hierarquizada e <strong>de</strong> conteú<strong>do</strong> <strong>de</strong>fini<strong>do</strong>, e ainda<br />

no <strong>de</strong>senvolvimento <strong>de</strong> atitu<strong>de</strong>s e hábitos que possibilitarão o aprendiza<strong>do</strong> <strong>de</strong><br />

maneira contínua ao longo da vida profissional. Os médicos resi<strong>de</strong>ntes <strong>de</strong>vem<br />

praticar a utilização <strong>de</strong> recursos para que possam assimilar continuamente, e <strong>de</strong><br />

maneira crítica, o esta<strong>do</strong> da arte da tecnologia utilizada na especialida<strong>de</strong>. O méto<strong>do</strong><br />

<strong>de</strong> avaliação pedagógica contempla a capacitação esperada para o exercício da<br />

especialida<strong>de</strong>. Nesta proposta são recomenda<strong>do</strong>s os meios necessá<strong>rio</strong>s para a<br />

otimização <strong>do</strong> treinamento. Conclusão: Mudanças no mo<strong>de</strong>lo <strong>de</strong> ensino tornaramse<br />

necessárias face à crescente disponibilida<strong>de</strong> <strong>de</strong> informações e rápi<strong>do</strong><br />

<strong>de</strong>senvolvimento tecnológico. Espera-se que esta proposta possa contribuir para o<br />

aprimoramento <strong>do</strong>s programas <strong>de</strong> Residência Médica.


Abstract<br />

Objective: To propose a program for Medical Resi<strong>de</strong>nce in Radiology, comprising a<br />

<strong>de</strong>finite subject content. Method: The program was <strong>de</strong>rived from a critical analysis<br />

of related literature, abiding to the recommendations of the Brazilian College of<br />

Radiology and Image Diagnosis and of the Medical Resi<strong>de</strong>nce National Committee.<br />

Results: This proposal has been <strong>de</strong>veloped aiming at a three year duration<br />

program, divi<strong>de</strong>d into 17 training modules by subspecialties or diagnostics methods.<br />

It inclu<strong>de</strong>s issues required to the overall education of the resi<strong>de</strong>nts. The program is<br />

<strong>de</strong>signed to provi<strong>de</strong> the resi<strong>de</strong>nts with a hierarchy of contents <strong>de</strong>fined in such a way<br />

as to promote the <strong>de</strong>velopment of atitu<strong>de</strong>s and practices which will gui<strong>de</strong> them<br />

towards a continuous learning throughout their professional lives. The Resi<strong>de</strong>nts<br />

shall practice the use of the available resources to enable them to grasp<br />

continuously and in a critical way the technological state of the art of their specialty.<br />

The method of pedagogical evaluation is foun<strong>de</strong>d on the required performance of<br />

the medical specialist. This proposal recommends the means required to the<br />

training otimization. Conclusion: Changes to the current Teaching Mo<strong>de</strong>l became<br />

imperative due to the ever increasing information availability and the fast<br />

technological <strong>de</strong>velopment. We hope that this proposal may contribute to the<br />

improvement of the Medical Resi<strong>de</strong>nce Programs.


Sumá<strong>rio</strong><br />

Ficha catalográfica ii<br />

Folha <strong>de</strong> Aprovação iii<br />

Agra<strong>de</strong>cimentos iv<br />

Dedicatória v<br />

Lista <strong>de</strong> abreviaturas vi<br />

Resumo vii<br />

Abstract viii<br />

1. Introdução 1<br />

2. Objetivo 2<br />

3. Material e méto<strong>do</strong> 3<br />

4. Revisão da literatura 4<br />

4.1. Aspectos históricos 4<br />

4.2. O programa <strong>do</strong> CBR 6<br />

4.3 O programa da CNRM 9<br />

5. Resulta<strong>do</strong>s 11<br />

5.1. O primeiro ano 17<br />

5.2. O segun<strong>do</strong> ano 22<br />

5.3. O terceiro ano 26<br />

4.4. Avaliação 32<br />

5.5. Capacitação 45


6. Discussão 47<br />

6.1. Justificativa da proposta <strong>de</strong> um programa 47<br />

6.2. O processo <strong>de</strong> aprendiza<strong>do</strong> 49<br />

6.3. Sobre o programa 51<br />

6.3.a. Objetivos 52<br />

6.3.b. Conteú<strong>do</strong> programático 52<br />

6.3.c. Disposições e requisitos sobre os preceptores 55<br />

6.3.d. Méto<strong>do</strong>s operacionais 57<br />

6.3.e. Avaliação 60<br />

7. Conclusão 63<br />

8. Perspectivas 64<br />

9. Referências bibliográficas 65<br />

10. Anexos 67<br />

10.1 Conteú<strong>do</strong> programático mínimo (módulo Tórax) 71<br />

10.2 Formulá<strong>rio</strong> <strong>de</strong> mo<strong>de</strong>lo <strong>de</strong> convênio entre instituições 101<br />

1. Introdução<br />

A proposta <strong>de</strong>sta dissertação <strong>de</strong> mestra<strong>do</strong> originou-se à partir da linha <strong>de</strong><br />

pesquisa Educação em Radiologia <strong>do</strong> Departamento <strong>de</strong> Radiologia da Faculda<strong>de</strong> <strong>de</strong><br />

<strong>Medicina</strong> da <strong>UFRJ</strong> , que tem gera<strong>do</strong>, nos últimos anos, um volume consi<strong>de</strong>rável <strong>de</strong><br />

informações sobre a situação <strong>do</strong> ensino da especialida<strong>de</strong> na formação <strong>do</strong> médico e<br />

<strong>do</strong> especialista em Radiologia e Diagnóstico por Imagem.<br />

Apesar da existência <strong>de</strong> crité<strong>rio</strong>s básicos para o cre<strong>de</strong>nciamento <strong>de</strong><br />

programas <strong>de</strong> Residência Médica em Radiologia e Diagnóstico por Imagem,


estabeleci<strong>do</strong>s pela Comissão Nacional <strong>de</strong> Residência Médica (CNRM) e pelo<br />

Colégio Brasileiro <strong>de</strong> Radiologia e Diagnóstico por Imagem (CBR), ambos não<br />

apresentam um programa <strong>de</strong> pontos essenciais <strong>de</strong>talha<strong>do</strong>s, com objetivos<br />

pedagógicos claramente <strong>de</strong>fini<strong>do</strong>s. A necessida<strong>de</strong> <strong>de</strong> mudanças no mo<strong>de</strong>lo <strong>de</strong><br />

programa tradicional surgiu face ao volume crescente <strong>de</strong> informações acumuladas<br />

secundárias ao rápi<strong>do</strong> <strong>de</strong>senvolvimento tecnológico. A organização entre quais os<br />

pontos essenciais que o médico Resi<strong>de</strong>nte <strong>de</strong>va estar familiariza<strong>do</strong> obrigatoriamente<br />

ao término <strong>do</strong> seu treinamento e a criação <strong>de</strong> um mo<strong>de</strong>lo <strong>de</strong> atitu<strong>de</strong> a ser adquirida<br />

para o estímulo ao aprendiza<strong>do</strong> individual contínuo durante toda a vida profissional,<br />

são fundamentais para a adaptação a esta nova realida<strong>de</strong>.<br />

Este mo<strong>de</strong>lo foi elabora<strong>do</strong> respeitan<strong>do</strong> as recomendações e normas vigentes<br />

da Comissão Nacional <strong>de</strong> Residência Médica e <strong>do</strong> Colégio Brasileiro <strong>de</strong> Radiologia e<br />

Diagnóstico por Imagem, com o intuito <strong>de</strong> <strong>de</strong>monstrar alternativas para a<br />

organização <strong>de</strong> um mo<strong>de</strong>lo <strong>de</strong> Residência Médica em Radiologia e Diagnóstico por<br />

Imagem mo<strong>de</strong>rno e abrangente, aplicável a nível nacional.<br />

2. Objetivos<br />

2.a Objetivo Principal<br />

Propor um mo<strong>de</strong>lo <strong>de</strong> programa <strong>de</strong> Residência Médica em Radiologia e<br />

Diagnóstico por Imagem <strong>de</strong>talha<strong>do</strong>, com objetivos pedagógicos <strong>de</strong>fini<strong>do</strong>s.<br />

2.b Objetivos Secundá<strong>rio</strong>s


Definir as competências mínimas a serem adquiridas pelos médicos<br />

Resi<strong>de</strong>ntes durante seu perío<strong>do</strong> <strong>de</strong> treinamento.<br />

Propor um mo<strong>de</strong>lo <strong>de</strong> ensino-aprendiza<strong>do</strong> para a especialida<strong>de</strong> com um<br />

conteú<strong>do</strong> programático especifica<strong>do</strong>.<br />

3. Revisão da literatura<br />

3.1 Aspectos históricos relaciona<strong>do</strong>s ao ensino da Radiologia e à formação <strong>do</strong><br />

especialista no Brasil:<br />

As primeiras aulas <strong>de</strong> Radiologia foram ministradas no Brasil em 1903 pelo<br />

médico e farmacêutico João Américo Garcez <strong>de</strong> Fróes, professor das Faculda<strong>de</strong>s <strong>de</strong><br />

<strong>Medicina</strong> e <strong>de</strong> Direito Livre da Bahia (1).<br />

No ano seguinte, Froés editava o livro <strong>de</strong> “Radiologia Clínica Estu<strong>do</strong><br />

Shyntético”, aon<strong>de</strong> estavam registradas as lições proferidas pelo professor no ano<br />

ante<strong>rio</strong>r(1).<br />

O primeiro curso facultativo <strong>de</strong> Radiologia da Faculda<strong>de</strong> Nacional <strong>de</strong><br />

<strong>Medicina</strong> foi inicia<strong>do</strong> em julho <strong>de</strong> 1916, com trinta lições e utilizan<strong>do</strong> material


seleciona<strong>do</strong> proveniente <strong>do</strong> Gabinete <strong>de</strong> Radiologia da Santa Casa da Misericórdia<br />

<strong>do</strong> Rio <strong>de</strong> Janeiro. Neste curso, participavam além <strong>do</strong>s alunos <strong>de</strong> <strong>Medicina</strong>, médicos<br />

cirurgiões e clínicos(31). O curso alcançou um excelente padrão, ten<strong>do</strong> si<strong>do</strong> repeti<strong>do</strong><br />

durante vá<strong>rio</strong>s anos e com um impacto na introdução da Radiologia em vá<strong>rio</strong>s cursos<br />

médicos, pois muitos professores que os frequentaram foram responsáveis pela<br />

implementação da especialida<strong>de</strong> nos seus cursos médicos <strong>de</strong> origem.<br />

A Residência Médica como modalida<strong>de</strong> <strong>de</strong> ensino e treinamento em Serviço<br />

foi iniciada por Halsted e Osler no Hospital John Hopkins, em 1889 na área <strong>de</strong><br />

cirurgia e 1890 na clínica médica, respectivamente (3).<br />

No Brasil, esta teve início em 1945 com a implementação <strong>de</strong> programas no<br />

Hospital <strong>de</strong> Clínicas da Universida<strong>de</strong> <strong>de</strong> São Paulo e, poste<strong>rio</strong>rmente, no Hospital<br />

<strong>do</strong>s Servi<strong>do</strong>res <strong>do</strong> Esta<strong>do</strong> <strong>do</strong> Rio <strong>de</strong> Janeiro.<br />

Os primeiros programas <strong>de</strong>senvolvi<strong>do</strong>s inspiravam-se no mo<strong>de</strong>lo americano,<br />

provavelmente refletin<strong>do</strong> o fato <strong>de</strong> que vá<strong>rio</strong>s especialistas haviam-se forma<strong>do</strong> nos<br />

Esta<strong>do</strong>s Uni<strong>do</strong>s (9).<br />

A evolução da Residência Médica no Brasil po<strong>de</strong> ser dividida em quatro<br />

perío<strong>do</strong>s(51):<br />

1- De 1945 à 1955, caracteriza<strong>do</strong> pela implementação e consolidação <strong>do</strong>s<br />

primeiros programas, que foram expandin<strong>do</strong>-se aos poucos para aten<strong>de</strong>r a uma<br />

pequena parcela <strong>de</strong> egressos das escolas médicas que procuravam este<br />

treinamento.<br />

2- De 1956 à 1971, com a ampliação gradual <strong>do</strong> número <strong>de</strong> programas para<br />

aten<strong>de</strong>r às solicitações <strong>de</strong> hospitais oficiais ou <strong>de</strong> ensino, em <strong>de</strong>corrência <strong>de</strong> maior<br />

procura por médicos recém-forma<strong>do</strong>s.<br />

3- A partir <strong>de</strong> 1972, observa-se que, <strong>de</strong>vi<strong>do</strong> ao aumento expressivo <strong>do</strong><br />

número <strong>de</strong> escolas médicas, houve uma motivação à rápida expansão <strong>de</strong> programas<br />

<strong>de</strong> qualida<strong>de</strong> duvi<strong>do</strong>sa, cria<strong>do</strong>s mais com o objetivo <strong>de</strong> utilização <strong>de</strong> mão-<strong>de</strong>-obra<br />

médica <strong>de</strong> baixo custo <strong>do</strong> que <strong>de</strong> um programa <strong>de</strong> pós-graduação.<br />

4- Em 1977 foi criada a CNRM, no âmbito <strong>do</strong> ex-Departamento <strong>de</strong> Assuntos<br />

Universitá<strong>rio</strong>s <strong>do</strong> Ministé<strong>rio</strong> <strong>de</strong> Educação e Cultura. A partir <strong>de</strong>sta data inaugura-se<br />

um novo perío<strong>do</strong> (51), pois to<strong>do</strong>s os programas ofereci<strong>do</strong>s por instituições da re<strong>de</strong><br />

pública ou privada passaram a ser coor<strong>de</strong>na<strong>do</strong>s por uma única Comissão, cujo


objetivo maior é o <strong>de</strong> estabelecer normas e crité<strong>rio</strong>s para o cre<strong>de</strong>nciamento <strong>do</strong>s<br />

mesmos, nos termos <strong>do</strong> <strong>de</strong>creto presi<strong>de</strong>ncial nº 80.281(4).<br />

O Decreto nº 80.281 <strong>de</strong>fine a Residência Médica como uma modalida<strong>de</strong> <strong>de</strong><br />

ensino <strong>de</strong> pós-graduação, em nível <strong>de</strong> especialização, <strong>de</strong>stinada a médicos,<br />

caracterizada por treinamento em serviço, funcionan<strong>do</strong> em instituições <strong>de</strong> saú<strong>de</strong><br />

universitárias ou não, sob a orientação <strong>de</strong> profissionais médicos <strong>de</strong> elevada<br />

qualificação ética e profissional.<br />

A Comissão Nacional <strong>de</strong> Residência Médica (CNRM) constituia-se, naquela<br />

época, em um orgão <strong>de</strong> <strong>de</strong>liberação coletiva, na época composta por representantes<br />

<strong>de</strong> Ministé<strong>rio</strong>s (Educação e Cultura, Saú<strong>de</strong>, Previdência e Assistência Social, Esta<strong>do</strong><br />

Maior das Forças Armadas), <strong>do</strong> Conselho Fe<strong>de</strong>ral <strong>de</strong> <strong>Medicina</strong>, da Associação<br />

Médica Brasileira, da Associação Brasileira <strong>de</strong> Educação Médica, da Fe<strong>de</strong>ração<br />

Nacional <strong>do</strong>s Médicos e da Associação Nacional <strong>do</strong>s Médicos Resi<strong>de</strong>ntes, além <strong>do</strong><br />

Diretor Geral <strong>do</strong> Departamento <strong>de</strong> Assuntos Universitá<strong>rio</strong>s, seu membro nato e<br />

Presi<strong>de</strong>nte da Comissão. Atualmente a composição da CNRM inclui, além <strong>de</strong> um<br />

presi<strong>de</strong>nte e um secretá<strong>rio</strong> executivo, representantes <strong>do</strong>s seguintes Orgãos e<br />

Instituições: Ministé<strong>rio</strong> da Saú<strong>de</strong>, Ministé<strong>rio</strong> da Previdência e Assistência Social,<br />

Conselho Fe<strong>de</strong>ral <strong>de</strong> <strong>Medicina</strong>, Associação Brasileira <strong>de</strong> Escolas Médicas,<br />

Associação Médica Brasileira, Fe<strong>de</strong>ração Nacional <strong>do</strong>s Médicos, Associação<br />

Nacional <strong>do</strong>s Médicos Resi<strong>de</strong>ntes e <strong>do</strong> Ensino Médico <strong>do</strong> Ministé<strong>rio</strong> da Educação<br />

(7).<br />

Inicialmente foram estabelecidas normas gerais e requisitos mínimos para<br />

que as instituições pu<strong>de</strong>ssem oferecer esta modalida<strong>de</strong> <strong>de</strong> treinamento.<br />

Poste<strong>rio</strong>rmente, foram regulamentadas as exigências mínimas para os programas <strong>de</strong><br />

Clínica Médica, Cirurgia Geral, Obstetrícia-Ginecologia e Pediatria (7).<br />

Com o objetivo <strong>de</strong> disciplinar a Residência Médica, foi promulgada a Lei<br />

6932/81, <strong>de</strong>terminan<strong>do</strong> inclusive que a expressão Residência Médica só po<strong>de</strong>rá ser<br />

utilizada nos programas reconheci<strong>do</strong>s pela CNRM (5).<br />

3.2 O programa <strong>do</strong> CBR<br />

O Colégio Brasileiro <strong>de</strong> Radiologia, em seu programa básico para Residência<br />

Médica ou Curso <strong>de</strong> Especialização para formação em Radiologia (11), estabelece<br />

como requisitos mínimos para formação <strong>de</strong> especialistas em Diagnóstico por<br />

Imagem o treinamento nas seguintes modalida<strong>de</strong>s diagnósticas ou<br />

subespecialida<strong>de</strong>s: Radiologia convencional, Radiologia vascular e intervencionista,


Radiologia pediátrica, mamografia, Neurorradiologia, ultra-sonografia, <strong>Medicina</strong><br />

Nuclear, tomografia computa<strong>do</strong>rizada, ressonância magnética, <strong>do</strong>ppler e<br />

<strong>de</strong>nsitometria óssea. Com o <strong>de</strong>senvolvimento da Radiologia e Diagnóstico por<br />

imagem <strong>do</strong> sistema cardiovascular, é recomenda<strong>do</strong> que o médico Resi<strong>de</strong>nte tenha a<br />

possibilida<strong>de</strong> <strong>de</strong> <strong>de</strong>senvolver seu treinamento nesta área, inclusive através <strong>de</strong><br />

rodízio no setor <strong>de</strong> Hemodinâmica.<br />

Quanto aos recursos necessá<strong>rio</strong>s, o programa <strong>de</strong> Residência <strong>de</strong>verá ter um<br />

espaço a<strong>de</strong>qua<strong>do</strong>, equipamentos atualiza<strong>do</strong>s e outras facilida<strong>de</strong>s que promovam<br />

uma experiência educacional efetiva, incorporan<strong>do</strong> os avanços técnicos na<br />

especialida<strong>de</strong>. A quantida<strong>de</strong> <strong>de</strong> médicos Resi<strong>de</strong>ntes <strong>de</strong>ve ser proporcional ao<br />

número <strong>de</strong> equipamentos e volume <strong>de</strong> exames.<br />

Os equipamentos consi<strong>de</strong>ra<strong>do</strong>s essenciais são:<br />

1. Radiologia convencional com estativa Bucky vertical.<br />

2. Radiologia contrastada com mesa basculante e sistema <strong>de</strong><br />

intensifica<strong>do</strong>r <strong>de</strong> imagem.<br />

3. Radiologia vascular.<br />

4. Mamografia com certifica<strong>do</strong> <strong>de</strong> qualida<strong>de</strong> <strong>do</strong> CBR.<br />

5. Ultra-sonografia <strong>de</strong> rotina com transdutores convexos, lineares e<br />

en<strong>do</strong>cavitá<strong>rio</strong>s.<br />

6. Doppler colori<strong>do</strong> com transdutores convexos, lineares e<br />

en<strong>do</strong>cavitá<strong>rio</strong>s.<br />

7. Tomografia computa<strong>do</strong>rizada helicoidal.<br />

São consi<strong>de</strong>ra<strong>do</strong>s equipamentos opcionais:<br />

1. <strong>Medicina</strong> Nuclear -Gama câmara ;<br />

2. Ressonância magnética ;<br />

3. Densitômetro ósseo.<br />

O acesso <strong>de</strong> candidatos à Residência em Radiologia e Diagnóstico por<br />

Imagem é realiza<strong>do</strong> por meio <strong>de</strong> provas <strong>de</strong> seleção constituídas <strong>de</strong> questões <strong>de</strong><br />

<strong>Medicina</strong> geral.<br />

O perío<strong>do</strong> <strong>de</strong> treinamento atual recomenda<strong>do</strong> é <strong>de</strong> três anos, sen<strong>do</strong> que três<br />

meses <strong>de</strong>stes são <strong>de</strong>dica<strong>do</strong>s às férias. O CBR recomenda que pelo menos vinte e


nove meses <strong>de</strong>vam ser realiza<strong>do</strong>s na instituição oficial , e que quatro meses<br />

po<strong>de</strong>m ser realiza<strong>do</strong>s em serviços ou instituições afiliadas e cre<strong>de</strong>nciadas. A opção<br />

<strong>do</strong> quarto ano é conferida somente para serviços com pós-graduação e que<br />

possuam ressonância magnética, com carga horária integral.<br />

O treinamento <strong>de</strong>verá fornecer a possibilida<strong>de</strong> <strong>de</strong> ensino progressivo e<br />

supervisiona<strong>do</strong>, ten<strong>do</strong> como objetivo que o médico Resi<strong>de</strong>nte possa realizar os<br />

procedimentos mais comuns existentes na área <strong>de</strong> Diagnóstico por Imagem,<br />

evoluin<strong>do</strong> no grau <strong>de</strong> complexida<strong>de</strong>.<br />

A formação básica <strong>do</strong> médico Resi<strong>de</strong>nte <strong>de</strong>verá incluir o treinamento em<br />

reanimação e suporte cardiovascular em urgência.<br />

forma:<br />

O conteú<strong>do</strong> <strong>do</strong>s programas está organiza<strong>do</strong> através <strong>do</strong>s três anos da seguinte<br />

Primeiro ano<br />

Proteção e higiene das radiações<br />

Radiologia geral e contrastada<br />

Técnicas <strong>de</strong> exames<br />

Ultra-Sonografia<br />

Tomografia Computa<strong>do</strong>rizada (técnicas <strong>de</strong> exames)<br />

Radiologia <strong>de</strong> Emergência<br />

Segun<strong>do</strong> ano<br />

Radiologia geral e contrastada<br />

Mamografia<br />

Ultra-Sonografia<br />

Tomografia Computa<strong>do</strong>rizada<br />

Radiologia <strong>de</strong> Emergência<br />

Terceiro ano<br />

Tomografia Computa<strong>do</strong>rizada<br />

Ultra-Sonografia geral e <strong>do</strong>ppler<br />

Radiologia Geral e contrastada


Mamografia<br />

<strong>Medicina</strong> Nuclear<br />

Ressonância Magnética<br />

Diagnóstico por Imagem setoriza<strong>do</strong>: neuro, cabeça e pescoço, tórax –<br />

pulmão e coração, digestivo, uriná<strong>rio</strong>, músculo-esquelético, Ginecologia-<br />

Obstetrícia, mama e Pediatria.<br />

To<strong>do</strong>s os programas <strong>de</strong> Residência <strong>de</strong>vem ter um chefe, responsável pelo<br />

aspecto amplo <strong>do</strong> treinamento em Diagnóstico por Imagem, que inclui a instrução e<br />

a supervisão da programação <strong>do</strong>s médicos Resi<strong>de</strong>ntes. Os médicos Preceptores<br />

são os responsáveis pelo ensino na programação <strong>do</strong>s médicos Resi<strong>de</strong>ntes e <strong>de</strong>vem<br />

ser qualifica<strong>do</strong>s nas áreas as quais se propõem instruir e supervisionar, com o<br />

tempo suficiente na sua ativida<strong>de</strong>. O mínimo <strong>de</strong> um médico em cada uma das<br />

subespecialida<strong>de</strong>s é o necessá<strong>rio</strong> como responsável <strong>de</strong> ensino. Deverá existir,<br />

obrigatoriamente, pelo menos um especialista em Radiologia titula<strong>do</strong> pelo CBR para<br />

cada médico Resi<strong>de</strong>nte.<br />

As recomendações <strong>do</strong> CBR <strong>de</strong>terminam que o local a<strong>de</strong>qua<strong>do</strong> para o<br />

<strong>de</strong>senvolvimento <strong>do</strong> programa <strong>de</strong>va ser um Hospital Geral.<br />

O mínimo <strong>de</strong> uma reunião diária com caráter didático-científico é recomenda<strong>do</strong>,<br />

in<strong>de</strong>pen<strong>de</strong>nte <strong>de</strong> outras ativida<strong>de</strong>s como revisão e liberação <strong>de</strong> casos. As reuniões<br />

<strong>do</strong> tipo discussão <strong>de</strong> artigos/periódicos são recomendadas em um freqüência<br />

semanal.<br />

Segun<strong>do</strong> as recomendações <strong>do</strong> CBR, o programa <strong>de</strong> Residência <strong>de</strong>verá<br />

permitir um ambiente no qual o médico Resi<strong>de</strong>nte seja encoraja<strong>do</strong> a se engajar em<br />

ativida<strong>de</strong>s <strong>de</strong> pesquisa com a supervisão apropriada <strong>de</strong> professores. A educação na<br />

área <strong>de</strong> Radiologia <strong>de</strong>ve ocorrer em um ambiente educacional on<strong>de</strong> haja um<br />

encorajamento <strong>de</strong> reuniões inter<strong>de</strong>partamentais, troca <strong>de</strong> experiências e<br />

conhecimento <strong>do</strong>s médicos Resi<strong>de</strong>ntes <strong>do</strong> programa <strong>de</strong> Radiologia com os médicos<br />

Resi<strong>de</strong>ntes das outras clínicas na mesma Instituição.<br />

Deverá existir no serviço um arquivo didático/científico com casos em<br />

praticamente to<strong>do</strong>s os aspectos <strong>de</strong> diagnósticos para possibilitar uma uniformização<br />

no ensino. Os médicos Resi<strong>de</strong>ntes <strong>de</strong>verão ter a seu dispor uma biblioteca com fácil<br />

acesso e livros básicos <strong>de</strong> Radiologia. Os periódicos obrigató<strong>rio</strong>s recomenda<strong>do</strong>s são<br />

a Revista da Imagem, Radiologia Brasileira, Acta Radiológica Paulista. Os serviços


<strong>de</strong>vem ser incentiva<strong>do</strong>s a montar vi<strong>de</strong>otecas ou estabelecer convênios com<br />

socieda<strong>de</strong>s <strong>de</strong> classe que as possuam, estimulan<strong>do</strong> a utilização <strong>de</strong>sse méto<strong>do</strong> <strong>de</strong><br />

ensino.<br />

3.3 O programa da CNRM<br />

A CNRM, através da resolução nº 004/2003 (6), oferece requisitos mínimos<br />

para cre<strong>de</strong>nciamento <strong>de</strong> programas <strong>de</strong> Residência Médica em quarenta e seis<br />

especialida<strong>de</strong>s médicas. No caso específico da Radiologia e Diagnóstico por<br />

imagem, o acesso é direto, através <strong>de</strong> concurso público.<br />

Os programas <strong>de</strong> Residência Médica <strong>de</strong>vem ser <strong>de</strong>senvolvi<strong>do</strong>s com 80 a 90%<br />

da carga horária, sob a forma <strong>de</strong> treinamento em serviço, <strong>de</strong>stinan<strong>do</strong>-se 10 a 20%<br />

para ativida<strong>de</strong>s teórico-complementares. Enten<strong>de</strong>-se como ativida<strong>de</strong>s teóricocomplementares:<br />

sessões anátomo-clínicas, discussão <strong>de</strong> artigos científicos,<br />

sessões clínico-radiológicas, sessões clínico-laboratoriais, cursos, palestras e<br />

seminá<strong>rio</strong>s.<br />

Nas ativida<strong>de</strong>s teórico-complementares <strong>de</strong>vem constar, obrigatoriamente,<br />

temas relaciona<strong>do</strong>s com Bioética, Ética Médica, Meto<strong>do</strong>logia Científica,<br />

Epi<strong>de</strong>miologia e Bioestatística. Recomenda-se a participação <strong>do</strong> médico Resi<strong>de</strong>nte<br />

em ativida<strong>de</strong>s relacionadas ao controle das infecções hospitalares.<br />

A instituição <strong>de</strong>ve ter estrutura, equipamento e organização necessá<strong>rio</strong>s ao<br />

bom <strong>de</strong>senvolvimento <strong>do</strong>s programas <strong>de</strong> Residência Médica.<br />

O programa <strong>de</strong> Residência Médica em Radiologia e Diagnóstico por Imagem<br />

<strong>de</strong>ve ser <strong>de</strong>senvolvi<strong>do</strong> em Instituições que possuam, pelo menos, um programa na<br />

área clínica e/ou na área cirúrgica.<br />

Recomenda-se que haja um treinamento obrigató<strong>rio</strong> em urgências e<br />

emergências, realiza<strong>do</strong> em locais abertos à população.<br />

Na avaliação periódica <strong>do</strong> médico Resi<strong>de</strong>nte são utilizadas as modalida<strong>de</strong>s <strong>de</strong><br />

prova escrita, oral, prática ou <strong>de</strong> <strong>de</strong>sempenho por escala <strong>de</strong> atitu<strong>de</strong>s, que incluam<br />

atributos tais como: comportamento ético, relacionamento com a equipe <strong>de</strong> saú<strong>de</strong> e<br />

com o paciente, interesse pelas ativida<strong>de</strong>s e outros a crité<strong>rio</strong> da Comissão <strong>de</strong><br />

Residência Médica da Instituição. A freqüência mínima das avaliações é trimestral.<br />

Os crité<strong>rio</strong>s e resulta<strong>do</strong>s <strong>de</strong> cada avaliação <strong>de</strong>vem ser <strong>do</strong> conhecimento <strong>do</strong> médico<br />

Resi<strong>de</strong>nte.


A crité<strong>rio</strong> da instituição po<strong>de</strong>rá ser exigida uma monografia e/ou apresentação<br />

ou publicação <strong>de</strong> artigo científico ao final <strong>do</strong> treinamento.<br />

A promoção <strong>do</strong> médico Resi<strong>de</strong>nte para o ano seguinte, bem como a obtenção<br />

<strong>do</strong> certifica<strong>do</strong> <strong>de</strong> conclusão <strong>do</strong> programa, <strong>de</strong>pen<strong>de</strong>m <strong>do</strong> cumprimento integral da<br />

carga horária <strong>do</strong> Programa e da aprovação obtida por meio <strong>do</strong> valor médio <strong>do</strong>s<br />

resulta<strong>do</strong>s das avaliações realizadas durante o ano, com nota mínima <strong>de</strong>finida no<br />

Regimento Interno da Comissão <strong>de</strong> Residência Médica da Instituição. Caso estas<br />

condições não sejam cumpridas pelo médico Resi<strong>de</strong>nte, po<strong>de</strong> ocorrer o seu<br />

<strong>de</strong>sligamento <strong>do</strong> programa.<br />

A supervisão permanente <strong>do</strong> treinamento <strong>do</strong> médico Resi<strong>de</strong>nte <strong>de</strong>ve ser<br />

realizada por <strong>do</strong>centes, por médicos porta<strong>do</strong>res <strong>de</strong> Certifica<strong>do</strong> <strong>de</strong> Residência Médica<br />

da área ou especialida<strong>de</strong> em causa, ou título supe<strong>rio</strong>r, ou possui<strong>do</strong>res <strong>de</strong><br />

qualificação equivalente, a crité<strong>rio</strong> da Comissão Nacional <strong>de</strong> Residência Médica.<br />

O treinamento, com o mínimo <strong>de</strong> 80% da carga horária anual, <strong>de</strong>ve ser<br />

realiza<strong>do</strong> em serviço <strong>de</strong> radiologia geral, nas seguintes modalida<strong>de</strong>s: radiologia geral<br />

e contrastada, ultra-sonografia, mamografia, tomografia computa<strong>do</strong>rizada,<br />

<strong>de</strong>nsitometria óssea, ressonância magnética, radiologia intervencionista, técnicas <strong>de</strong><br />

exame, urgências e emergências. O estágio em medicina nuclear é opcional.<br />

São consi<strong>de</strong>ra<strong>do</strong>s como cursos obrigató<strong>rio</strong>s: física médica e proteção<br />

radiológica e reanimação cárdio-respiratória.<br />

As exigências <strong>de</strong> instalações e equipamentos são:<br />

1. radiologia convencional com mesa <strong>de</strong> Bucky e Bucky vertical.<br />

2. radiologia contrastada com mesa basculante e intensificação <strong>de</strong> imagem.<br />

3. mamógrafo.<br />

4. ultra-som <strong>de</strong> rotina e en<strong>do</strong>cavitá<strong>rio</strong> com transdutores convexos e lineares.<br />

5. <strong>do</strong>ppler colori<strong>do</strong>.<br />

6. tomógrafo computa<strong>do</strong>riza<strong>do</strong>.<br />

O número mínimo <strong>de</strong> procedimentos e/ou lau<strong>do</strong>s-relató<strong>rio</strong>s individuais<br />

exigi<strong>do</strong>s por ano <strong>de</strong> treinamento é <strong>de</strong> 5000.


4. Material e méto<strong>do</strong><br />

Foi realizada uma revisão da literatura sobre o tema <strong>de</strong> normas curriculares e<br />

conteú<strong>do</strong> programático mínimo relativos à Residência Médica.<br />

As recomendações e normas vigentes <strong>do</strong> CBR e da CNRM foram<br />

comparadas e analisadas, i<strong>de</strong>ntifican<strong>do</strong>-se os pontos essenciais que <strong>de</strong>veriam estar<br />

conti<strong>do</strong>s na proposta.<br />

Para objeto <strong>de</strong> análise <strong>de</strong> um mo<strong>de</strong>lo <strong>de</strong> conteú<strong>do</strong> programático, foi escolhi<strong>do</strong><br />

o módulo <strong>de</strong> tórax , que inclui tanto as afecções <strong>do</strong> parênquima quanto a <strong>do</strong><br />

mediastino, abrangen<strong>do</strong> ainda o sistema cardiovascular. O mo<strong>de</strong>lo é amplamente<br />

inspira<strong>do</strong> no da APDR e ao recomenda<strong>do</strong> pelo Conselho Educacional da Socieda<strong>de</strong><br />

<strong>de</strong> Radiologia Torácica (12), ten<strong>do</strong> si<strong>do</strong> a<strong>do</strong>ta<strong>do</strong> pela ACGME (Conselho Americano<br />

<strong>de</strong> Regulamentação <strong>de</strong> Educação Médica para Gradua<strong>do</strong>s) <strong>de</strong>s<strong>de</strong> 2003. A escolha<br />

<strong>do</strong> mo<strong>de</strong>lo da ACGME como base para elaboração <strong>de</strong>sta proposta é justifica<strong>do</strong> por<br />

tratar-se <strong>do</strong> mais completo disponível na literatura. Adaptações dada a prevalência e<br />

relevância diversas <strong>de</strong> algumas patologias, sobretu<strong>do</strong> as <strong>de</strong> natureza infecciosa no<br />

País foram necessárias. O mo<strong>de</strong>lo foi revisa<strong>do</strong> por radiologistas especialistas com<br />

notó<strong>rio</strong> saber e com expressão reconhecida, principalmente na subespecialida<strong>de</strong>.<br />

Dentro <strong>do</strong> contexto <strong>do</strong> trabalho, foram ainda analisadas as questões das<br />

provas <strong>do</strong> CBR relativas ao módulo da Radiologia e Diagnóstico por Imagem <strong>do</strong><br />

tórax <strong>do</strong>s anos <strong>de</strong> 2003 e 2004, tanto as relativas à obtenção <strong>do</strong> título <strong>de</strong><br />

especialista quanto às relativas ao exame nacional <strong>do</strong>s médicos Resi<strong>de</strong>ntes. Os<br />

radiologistas que revisaram o mo<strong>de</strong>lo <strong>de</strong> conteú<strong>do</strong> programático mínimo foram<br />

solicita<strong>do</strong>s a analisar se este era a<strong>de</strong>qua<strong>do</strong> ao mo<strong>de</strong>lo <strong>de</strong> avaliação a<strong>do</strong>ta<strong>do</strong> pelo<br />

CBR, abrangen<strong>do</strong> to<strong>do</strong>s os tópicos consi<strong>de</strong>ra<strong>do</strong>s essenciais.<br />

5. Apresentação da proposta<br />

PROGRAMA BÁSICO PARA RESIDÊNCIA MÉDICA EM RADIOLOGIA<br />

A elaboração <strong>de</strong>sta proposta foi realizada a partir da análise e respeitan<strong>do</strong> as<br />

regras e recomendações vigentes <strong>do</strong> CBR e da CNRM, uma vez que embora não


sejam idênticas, não apresentam divergências maiores, sen<strong>do</strong> muitas vezes<br />

complementares.<br />

As linhas gerais que norteiam esta proposta são recomendações <strong>de</strong> como<br />

a<strong>de</strong>quar um programa <strong>de</strong> Residência Médica a uma proposta mo<strong>de</strong>rna, ten<strong>do</strong> a<br />

preocupação <strong>de</strong> torná-lo factível, isto é, apresentan<strong>do</strong> alternativas <strong>de</strong> como a<strong>de</strong>quá-<br />

lo às diferentes realida<strong>de</strong>s.<br />

Como muitas da instituições com programas cre<strong>de</strong>ncia<strong>do</strong>s <strong>de</strong> Residência<br />

Médica em Radiologia não possuem toda a aparelhagem necessária ou<br />

possibilida<strong>de</strong> <strong>de</strong> treinamento em subespecialida<strong>de</strong>, e este treinamento é realiza<strong>do</strong><br />

freqüentemente através <strong>de</strong> instituições conveniadas cre<strong>de</strong>nciadas, esta<br />

possibilida<strong>de</strong> foi consi<strong>de</strong>rada e recomendações a respeito seguem no anexo II. As<br />

linhas gerais que norteiam o programa <strong>de</strong>vem ser seguidas pelas instituições<br />

conveniadas, da mesma maneira que são <strong>de</strong>senvolvidas na instituição oficial,<br />

incluin<strong>do</strong> as avaliações. Durante o estágio em uma instituição conveniada <strong>de</strong>ve<br />

haver um preceptor responsável claramente <strong>de</strong>signa<strong>do</strong> para a função <strong>de</strong><br />

acompanhar a formação <strong>do</strong> médico Resi<strong>de</strong>nte, inclusive avaliá-lo. A instituição oficial<br />

também <strong>de</strong>ve <strong>de</strong>signar um preceptor responsável por intermediar o<br />

acompanhamento <strong>de</strong>ste estágio e <strong>de</strong> receber a avaliação no final <strong>do</strong> perío<strong>do</strong>. Isto<br />

po<strong>de</strong> ser operacionaliza<strong>do</strong> simplesmente através da disponibilida<strong>de</strong> para contato via<br />

telefone ou correio eletrônico (email), com o objetivo <strong>de</strong> evitar que problemas sejam<br />

<strong>de</strong>tecta<strong>do</strong>s somente no final <strong>do</strong> estágio. Deve-se ter como objetivo que o médico<br />

Resi<strong>de</strong>nte tenha a formação a mais abrangente possível, por isso a busca <strong>de</strong><br />

convênios no caso em que a Instituição não possua uma modalida<strong>de</strong> diagnóstica ou<br />

subespecialida<strong>de</strong> <strong>de</strong>ve ser estimulada, sempre que possível, mesmo que esta não<br />

faça parte <strong>do</strong>s estágios ditos obrigató<strong>rio</strong>s. Como exemplo, po<strong>de</strong> ser cita<strong>do</strong> a situação<br />

da <strong>Medicina</strong> Nuclear, consi<strong>de</strong>rada como estágio opcional tanto pela CNRM quanto<br />

pelo CBR, muito provavelmente pelo custo e complexida<strong>de</strong> <strong>de</strong> suas instalações, o<br />

que dificulta a exigência <strong>de</strong> sua obrigatorieda<strong>de</strong>, apesar <strong>do</strong> seu inquestionável valor<br />

na formação.<br />

A divisão em subespecialida<strong>de</strong>s tem como objetivo principal or<strong>de</strong>nar o<br />

aprendiza<strong>do</strong> das bases teóricas, pois muitas vezes no <strong>de</strong>senvolvimento da parte<br />

prática não é possível para cada méto<strong>do</strong> <strong>de</strong>dicar-se somente à realização <strong>de</strong><br />

exames relativos a um único sistema. Para ilustrar tal situação, po<strong>de</strong>mos citar o<br />

módulo <strong>de</strong> Radiologia <strong>do</strong> sistema uriná<strong>rio</strong>, aon<strong>de</strong> dificilmente quan<strong>do</strong> o médico


Resi<strong>de</strong>nte estiver escala<strong>do</strong> para treinamento na ultra-sonografia po<strong>de</strong>rá realizar<br />

somente exames relativos ao aparelho uriná<strong>rio</strong>. Esta divisão em subespecialida<strong>de</strong>s<br />

irá permear a parte prática, auxilian<strong>do</strong> e garantin<strong>do</strong> a aquisição <strong>do</strong>s conhecimentos<br />

teóricos fundamentais e a aplicação <strong>de</strong>stes, preservan<strong>do</strong> o caráter dinâmico da<br />

formação <strong>do</strong> médico Resi<strong>de</strong>nte, constituída majoritariamente por treinamento em<br />

serviço. O ensino das bases teóricas é realiza<strong>do</strong> através <strong>do</strong>s tópicos especifica<strong>do</strong>s<br />

no conteú<strong>do</strong> programático mínimo (mo<strong>de</strong>lo apresenta<strong>do</strong> no anexo I). Os itens <strong>do</strong><br />

conteú<strong>do</strong> a serem aprendi<strong>do</strong>s a cada estágio <strong>de</strong>verão ser assinala<strong>do</strong>s pelo<br />

preceptor e o aprendiza<strong>do</strong> <strong>de</strong>ve ter uma evolução cumulativa (itens <strong>do</strong> estágio<br />

ante<strong>rio</strong>r po<strong>de</strong>m integrar avaliações futuras).<br />

Cada módulo se compõe <strong>de</strong> estágios em diferentes modalida<strong>de</strong>s <strong>de</strong><br />

investigação diagnóstica por imagem privilegian<strong>do</strong>, sempre que possível, um orgão<br />

ou sistema. Estágios em modalida<strong>de</strong>s diagnósticas como TC, US e RM também<br />

estão programa<strong>do</strong>s para aprimorar a visão global da prática da especialida<strong>de</strong>. Cada<br />

módulo tem duração média <strong>de</strong> um mês, sen<strong>do</strong> a rotação total <strong>do</strong>s estágios<br />

distribuída <strong>de</strong> forma harmônica através <strong>do</strong>s três anos <strong>de</strong> acor<strong>do</strong> com a extensão <strong>do</strong><br />

conteú<strong>do</strong>, na tentativa <strong>de</strong> familiarizar o médico Resi<strong>de</strong>nte com to<strong>do</strong>s os <strong>do</strong>mínios da<br />

especialida<strong>de</strong> (Quadro 1). Como os conhecimentos e escalas são cumulativos, o<br />

treinamento em radiologia convencional inicia<strong>do</strong> no primeiro ano continuará<br />

integran<strong>do</strong> as escalas nos anos consecutivos, mas com carga horária menor<br />

proporcionalmente, à medida que outros méto<strong>do</strong>s diagnósticos passem a compor as<br />

escalas semanais.<br />

Os módulos por subespecialida<strong>de</strong>s pressupõem que o médico Resi<strong>de</strong>nte seja<br />

escala<strong>do</strong> em méto<strong>do</strong>s diagnósticos diferentes, progressivamente. Utilizan<strong>do</strong>-se<br />

como mo<strong>de</strong>lo o módulo <strong>de</strong> tórax, este se inicia pela Radiologia convencional no<br />

primeiro ano. No segun<strong>do</strong> ano, embora esta ativida<strong>de</strong> continue fazen<strong>do</strong> parte da<br />

escala, a maior proporção será <strong>de</strong>dicada à tomografia computa<strong>do</strong>rizada, sen<strong>do</strong> no<br />

terceiro ano <strong>de</strong>senvolvi<strong>do</strong>s os estágios em ressonância magnética e Radiologia e<br />

Diagnóstico por Imagem <strong>do</strong> aparelho cardiovascular (ecocardiografia, tomografia e<br />

ressonância).


Quadro 1. Distribuição quantitativa <strong>do</strong>s módulos em Radiologia e<br />

diagnóstico por imagem.<br />

Neuroradiologia 4 meses<br />

Radiologia <strong>do</strong> Tórax 3 meses<br />

Radiologia <strong>do</strong> Sistema Digestivo 3 meses<br />

Radiologia Músculo-esquelética 3 meses<br />

Radiologia da Cabeça e Pescoço 2 meses<br />

Radiologia da Mama 2 meses<br />

Radiologia Pediátrica 2 meses<br />

Radiologia Intervencionista 2 meses<br />

Radiologia <strong>do</strong> Sistema Uriná<strong>rio</strong> 1 mês<br />

Radiologia em Ginecologia 1 mês<br />

Radiologia em Obstetrícia 1 mês<br />

Radiologia nas emergências 1 mês<br />

Ultra-sonografia 2 meses<br />

Tomografia computa<strong>do</strong>rizada 2 meses<br />

Ressonância magnética 2 meses<br />

<strong>Medicina</strong> Nuclear 1 mês<br />

Densitometria óssea 1 mês<br />

Férias 3 meses<br />

Total 36 meses<br />

Obs. A disciplina física das radiações aplicada ao radiodiagnóstico e proteção<br />

radiológica é obrigatória, <strong>de</strong>ven<strong>do</strong> ser <strong>de</strong>senvolvida sob a forma <strong>de</strong> curso, antes <strong>do</strong><br />

início das ativida<strong>de</strong>s práticas.


Para cada módulo, além <strong>do</strong>s preceptores que participam <strong>do</strong> treinamento <strong>do</strong><br />

médico Resi<strong>de</strong>nte nas diferentes escalas, é recomendável que haja um preceptor<br />

responsável acompanhan<strong>do</strong> a progressão da aquisição <strong>de</strong> competências específicas<br />

em cada sistema ou méto<strong>do</strong> diagnóstico, e i<strong>de</strong>ntifican<strong>do</strong> eventuais<br />

problemas/dificulda<strong>de</strong>s no processo <strong>de</strong> aprendiza<strong>do</strong>, sen<strong>do</strong> o responsável pela<br />

avaliação. I<strong>de</strong>almente, é <strong>de</strong>sejável que seja possível no mínimo um encontro<br />

semanal com o preceptor responsável.<br />

Dentro <strong>de</strong>sta proposta também foi <strong>de</strong>senvolvi<strong>do</strong> o tema relativo às avaliações,<br />

com quatro componentes que irão constituir a avaliação global : a avaliação prática,<br />

a teórica, a relativa à atitu<strong>de</strong>, e a <strong>do</strong> preceptor. Este tema é apresenta<strong>do</strong> <strong>de</strong> maneira<br />

<strong>de</strong>talhada no item avaliação.<br />

A cada módulo o médico Resi<strong>de</strong>nte será avalia<strong>do</strong> objetivamente quanto a sua<br />

aquisição <strong>de</strong> competências na parte prática, que envolverá não só a realização <strong>do</strong>s<br />

exames mas também sua capacida<strong>de</strong> <strong>de</strong> se relacionar com os pacientes e a equipe<br />

<strong>de</strong> saú<strong>de</strong> (avaliação <strong>de</strong> atitu<strong>de</strong>). A transposição a<strong>de</strong>quada <strong>do</strong>s conhecimentos<br />

teóricos para a prática e sua a<strong>de</strong>quada utilização estão incluí<strong>do</strong>s nesta avaliação,<br />

pois o julgamento da aquisição <strong>de</strong> competência neste <strong>do</strong>mínio <strong>de</strong>ve ultrapassar o<br />

meramente relaciona<strong>do</strong> à habilida<strong>de</strong> <strong>de</strong> execução técnica <strong>de</strong> um <strong>de</strong>termina<strong>do</strong><br />

exame.<br />

A avaliação teórica também está incluída nesta proposta, conforme as<br />

recomendações da CNRM (6).<br />

A avaliação <strong>do</strong> preceptor é constituída <strong>de</strong> uma apreciação global sobre a<br />

aquisição <strong>de</strong> competências em cinco <strong>do</strong>mínios: cuida<strong>do</strong>s com o paciente,<br />

conhecimentos médicos, relacionamento interpessoal e comunicação, aprendiza<strong>do</strong> a<br />

partir da prática/assimilação <strong>de</strong> conhecimentos e profissionalismo.<br />

Ao final <strong>de</strong> cada módulo o médico Resi<strong>de</strong>nte <strong>de</strong>verá redigir um relató<strong>rio</strong> <strong>de</strong><br />

suas ativida<strong>de</strong>s <strong>de</strong> no máximo duas páginas, relatan<strong>do</strong> resumidamente como foi a<br />

sua experiência, quais as dificulda<strong>de</strong>s encontradas e quais as sugestões <strong>de</strong><br />

melhorias. Neste relató<strong>rio</strong> o médico Resi<strong>de</strong>nte <strong>de</strong>ve exprimir a sua auto-avaliação, e<br />

este <strong>de</strong>ve ser entregue ao preceptor responsável <strong>do</strong> módulo para apreciação.<br />

A CNRM relaciona os temas relativos à Bioética, Ética Médica,<br />

Meto<strong>do</strong>logia Científica, Epi<strong>de</strong>miologia e Bioestatística como integrantes obrigató<strong>rio</strong>s<br />

das ativida<strong>de</strong>s teórico-complementares (6).


No caso <strong>do</strong>s temas relativos à Bioética e Ètica Médica, ativida<strong>de</strong>s po<strong>de</strong>m ser<br />

<strong>de</strong>senvolvidas a partir <strong>do</strong> material didático disponibiliza<strong>do</strong> pelo Conselho Fe<strong>de</strong>ral <strong>de</strong><br />

<strong>Medicina</strong> (19) , sob a forma <strong>de</strong> fitas <strong>de</strong> ví<strong>de</strong>o organizadas em três gran<strong>de</strong>s áreas:<br />

Bioética (80 programas disponíveis), Prática Médica (4 programas disponíveis) e<br />

<strong>Medicina</strong> Brasileira (47 programas disponíveis). Os temas relativos à Bioética<br />

incluem, <strong>de</strong>ntre outros, os relaciona<strong>do</strong>s à ética em pesquisa, erro médico,<br />

transplantes, planos <strong>de</strong> saú<strong>de</strong>, relação médico-paciente, alocação <strong>de</strong> recursos na<br />

saú<strong>de</strong> e direitos <strong>do</strong> paciente. O Conselho Fe<strong>de</strong>ral <strong>de</strong> <strong>Medicina</strong> disponibiliza ainda o<br />

periódico Bioética (19), com vá<strong>rio</strong>s artigos sobre o assunto. Ativida<strong>de</strong>s como<br />

palestras e <strong>de</strong>bates com equipes multi-disciplinares (40) também po<strong>de</strong>m e <strong>de</strong>vem<br />

ser estimuladas a serem <strong>de</strong>senvolvidas, mas sua organização e execução requerem<br />

uma complexida<strong>de</strong> maior, nem sempre acessível à estrutura da instituição. Outro<br />

recurso para suprir a <strong>de</strong>manda <strong>de</strong> formação nestes <strong>do</strong>mínios po<strong>de</strong>m ser as palestras<br />

e <strong>de</strong>bates freqüentemente oferecidas à comunida<strong>de</strong> médica organizadas pelos<br />

Conselhos Regionais <strong>de</strong> <strong>Medicina</strong>, com o apoio <strong>do</strong> Conselho Fe<strong>de</strong>ral e pelas<br />

próprias Universida<strong>de</strong>s. As ativida<strong>de</strong>s relativas a Bioética e Ética Médica <strong>de</strong>vem ser<br />

<strong>de</strong>senvolvidas ao longo <strong>do</strong>s três anos, como por exemplo, numa freqüência mensal.<br />

O aprendiza<strong>do</strong> <strong>de</strong>stas disciplinas <strong>de</strong>ve estar inseri<strong>do</strong> também na prática diária,<br />

utilizan<strong>do</strong>-se situações experimentadas pelos médicos Resi<strong>de</strong>ntes como ponto <strong>de</strong><br />

partida para a discussão(2,53). Estas po<strong>de</strong>m ser organizadas através da utilização<br />

<strong>de</strong> sessões ético-clínicas com apresentação <strong>de</strong> situações vivenciadas pelos<br />

Preceptores e médicos Resi<strong>de</strong>ntes (46,51). O importante é que seja claramente<br />

<strong>de</strong>fini<strong>do</strong> no planejamento da Residência Médica <strong>de</strong> que forma estas disciplinas<br />

serão <strong>de</strong>senvolvidas, com uma forma e carga horária pré-<strong>de</strong>finida.<br />

No caso da Meto<strong>do</strong>logia Científica, Bioestatística e Epi<strong>de</strong>miologia, as<br />

ativida<strong>de</strong>s didáticas po<strong>de</strong>m ser <strong>de</strong>senvolvidas sob a forma <strong>de</strong> aulas com conteú<strong>do</strong><br />

programático <strong>de</strong>fini<strong>do</strong> ou inseridas nas ativida<strong>de</strong>s relativas às discussões <strong>de</strong> artigos.<br />

A possibilida<strong>de</strong> <strong>de</strong> oferecer um curso formal nestas disciplinas é interessante para a<br />

formação <strong>do</strong>s médicos Resi<strong>de</strong>ntes, mas nem sempre possível <strong>de</strong>ntro <strong>do</strong>s recursos<br />

da Instituição. Neste caso, <strong>de</strong>ve-se sempre tentar oferecer o ensino sistemático<br />

<strong>de</strong>stas disciplinas através <strong>de</strong> convênios com Universida<strong>de</strong>s locais ou outras<br />

instituições que possuam este tipo <strong>de</strong> formação. Estas ativida<strong>de</strong>s po<strong>de</strong>m ser<br />

<strong>de</strong>senvolvidas no início <strong>do</strong> segun<strong>do</strong> ano, <strong>de</strong> uma maneira sistemática, através da<br />

análise crítica <strong>do</strong>s artigos seleciona<strong>do</strong>s para leitura. No terceiro ano, é<br />

extremamente <strong>de</strong>sejável que o Resi<strong>de</strong>nte seja capaz <strong>de</strong> redigir e publicar um artigo,


sob supervisão. Participações com trabalhos em congressos também po<strong>de</strong>m servir a<br />

aplicação <strong>de</strong> conceitos relativos à estas disciplinas. As ativida<strong>de</strong>s ligadas à pesquisa<br />

geram excelentes oportunida<strong>de</strong>s para o aprendiza<strong>do</strong> e treinamento nestas três<br />

disciplinas, mas infelizmente não fazem parte <strong>do</strong> perfil da gran<strong>de</strong> maioria das<br />

Instituições que oferecem treinamento em Residência Médica, sen<strong>do</strong> mais<br />

característica das Instituições <strong>de</strong> ensino universitá<strong>rio</strong>.<br />

I - O primeiro ano (R1)<br />

Objetivos e bases conceituais:<br />

Distribuição <strong>do</strong>s módulos e objetivos<br />

O primeiro ano é o perío<strong>do</strong> <strong>de</strong> transição para o início da prática da<br />

especialida<strong>de</strong>. Como tal, é fundamental que conceitos básicos sejam bem<br />

sedimenta<strong>do</strong>s.<br />

Antes <strong>do</strong> início <strong>do</strong> treinamento em serviço <strong>de</strong>ve ser obrigató<strong>rio</strong> um curso <strong>de</strong><br />

física das radiações, formação da imagem e proteção radiológica, com avaliação e<br />

certifica<strong>do</strong> <strong>de</strong> capacitação, dada a natureza <strong>do</strong> ambiente <strong>do</strong> qual será <strong>de</strong>senvolvi<strong>do</strong><br />

o treinamento.<br />

Ativida<strong>de</strong>s relativas a discussão da prática médica po<strong>de</strong>m ser <strong>de</strong>senvolvidas<br />

com o intuito <strong>de</strong> permitir a a<strong>do</strong>ção <strong>de</strong> bons hábitos da prática clínica. Estas po<strong>de</strong>m<br />

ser sob a forma <strong>de</strong> aulas, seminá<strong>rio</strong>s e/ou discussões. O Conselho Fe<strong>de</strong>ral <strong>de</strong><br />

<strong>Medicina</strong> dispõe <strong>de</strong> material didático (ví<strong>de</strong>os) versan<strong>do</strong> sobre quatro temas relativos<br />

à prática médica: Responsabilida<strong>de</strong> e Erro Médico, Prontuá<strong>rio</strong> Médico, Atesta<strong>do</strong><br />

Médico e Relações Profissionais e Interprofissionais (19).<br />

Segun<strong>do</strong> as Normas da CNRM (6), é conveniente que ativida<strong>de</strong>s sobre o<br />

tema <strong>de</strong> controle <strong>de</strong> infecção hospitalar sejam <strong>de</strong>senvolvidas como, por exemplo,<br />

sob a forma <strong>de</strong> uma palestra. Este tipo <strong>de</strong> ativida<strong>de</strong> po<strong>de</strong> ser <strong>de</strong>senvolvida com o<br />

auxílio da Comissão <strong>de</strong> Controle <strong>de</strong> Infecção Hospitalar. Os médicos Resi<strong>de</strong>ntes<br />

<strong>de</strong>vem ser sensibiliza<strong>do</strong>s sobre temas como a importância da lavagem das mãos e<br />

<strong>de</strong> normas universais <strong>de</strong> higiene e proteção a serem seguidas quan<strong>do</strong> são<br />

realiza<strong>do</strong>s exames em qualquer paciente, e em casos especiais como pacientes em<br />

Unida<strong>de</strong> <strong>de</strong> Terapia Intensiva ou em isolamento.


A ênfase <strong>do</strong> treinamento no primeiro ano será no estu<strong>do</strong> da Radiologia<br />

convencional e da Anatomia radiológica.<br />

O <strong>de</strong>senvolvimento da percepção <strong>de</strong> qual é o aspecto normal das diversas<br />

estruturas estudadas <strong>de</strong>ve ser adquiri<strong>do</strong> para permitir o pronto reconhecimento <strong>de</strong><br />

quan<strong>do</strong> esta estrutura não apresenta seu aspecto normal (não necessariamente<br />

relaciona<strong>do</strong> à <strong>do</strong>ença).<br />

A análise or<strong>de</strong>nada <strong>do</strong>s exames através da semiologia radiológica e sua<br />

correlação com a anatomopatologia <strong>de</strong>vem ser estabelecidas como padrão.<br />

O aprendiza<strong>do</strong> <strong>de</strong> como redigir um lau<strong>do</strong> corretamente tanto <strong>do</strong> ponto <strong>de</strong> vista<br />

da forma quanto <strong>do</strong> conteú<strong>do</strong> <strong>de</strong>ve ser enfatiza<strong>do</strong> <strong>de</strong>s<strong>de</strong> o primeiro ano. A<br />

nomeclatura utilizada <strong>de</strong>ve ser estabelecida ou por um consenso <strong>do</strong> Serviço ou<br />

i<strong>de</strong>almente a recomendada pelos consensos das Socieda<strong>de</strong>s ligadas à Radiologia e<br />

outras especialida<strong>de</strong>s que envolvem o campo <strong>de</strong> atuação das subespecialida<strong>de</strong>s. Os<br />

lau<strong>do</strong>s po<strong>de</strong>m ser redigi<strong>do</strong>s observan<strong>do</strong>-se alguns pontos essenciais:<br />

I<strong>de</strong>ntificação.<br />

Indicação clínica/hipótese diagnóstica.<br />

Descrição <strong>do</strong> protocolo/incidências utilizadas.<br />

Descrição <strong>do</strong>s acha<strong>do</strong>s.<br />

Avaliar cada tipo <strong>de</strong> estrutura para existência <strong>de</strong> alguma anormalida<strong>de</strong>.<br />

Impressão diagnóstica.<br />

As referências básicas a serem consultadas <strong>de</strong>vem ser majoritariamente <strong>de</strong><br />

livros-texto clássicos da especialida<strong>de</strong> e <strong>de</strong> anatomia aplicada. No caso <strong>de</strong><br />

ativida<strong>de</strong>s <strong>de</strong> leitura <strong>de</strong> artigos, estes <strong>de</strong>vem ser principalmente <strong>do</strong> tipo artigo <strong>de</strong><br />

revisão ou esta<strong>do</strong>-da-arte, pois o primeiro ano é <strong>de</strong>dica<strong>do</strong> à aquisição <strong>de</strong> conceitos e<br />

<strong>de</strong> formação <strong>de</strong> uma visão global para possibilitar poste<strong>rio</strong>rmente, na transição para<br />

o segun<strong>do</strong> ano, a análise crítica <strong>do</strong>s artigos, evoluin<strong>do</strong> no terceiro ano para a<br />

autonomia completa <strong>de</strong> seleção e análise <strong>do</strong>s mesmos, semelhante a que <strong>de</strong>ve ser<br />

assimilada como hábito ao longo <strong>de</strong> sua futura vida profissional. Ao longo <strong>do</strong>s três<br />

anos, sessões <strong>de</strong> artigos com a discussão da meto<strong>do</strong>logia e sua aplicação na<br />

prática clínica <strong>de</strong>vem ser <strong>de</strong>senvolvidas, no intuito <strong>de</strong> permitir que o médico


Resi<strong>de</strong>nte seja capaz <strong>de</strong> interpretar e discutir com outros especialistas, os avanços<br />

da especialida<strong>de</strong>, <strong>de</strong> maneira crítica e crite<strong>rio</strong>sa.<br />

O médico Resi<strong>de</strong>nte <strong>de</strong>ve familiarizar-se e apren<strong>de</strong>r a utilizar corretamente os<br />

aparelhos e a respeitar as normas <strong>de</strong> funcionamento <strong>do</strong> Serviço e da Instituição. É<br />

importante que ele adquira uma noção <strong>do</strong>s custos envolvi<strong>do</strong>s nas investigações<br />

diagnósticas e seu impacto no orçamento, promoven<strong>do</strong> <strong>de</strong>s<strong>de</strong> o primeiro ano uma<br />

atitu<strong>de</strong> consciente que evite o <strong>de</strong>sperdício.<br />

Para o treinamento da análise crítica <strong>do</strong>s exames e discussão <strong>do</strong> aprendiza<strong>do</strong><br />

teórico com a a<strong>de</strong>quada transposição <strong>de</strong>ste para a prática, recursos como sessões<br />

clínico-radiológicas ou discussões com os preceptores <strong>de</strong>vem ser estimula<strong>do</strong>s. O<br />

médico Resi<strong>de</strong>nte po<strong>de</strong>rá também freqüentar as sessões <strong>de</strong> outras especialida<strong>de</strong>s<br />

relativas ao seu módulo em curso.<br />

Organização e distribuição <strong>do</strong>s módulos quanto às subespecialida<strong>de</strong>s em<br />

Radiologia e Diagnóstico por Imagem :<br />

Ia. Primeiro semestre.<br />

Radiologia torácica.<br />

Radiologia <strong>do</strong> sistema digestivo.<br />

Radiologia <strong>do</strong> sistema músculo-esquelético.<br />

Radiologia em Reumatologia e <strong>de</strong>nsitometria óssea (ou US ou TC ou Mama).<br />

Radiologia em emergências.<br />

Radiologia da mama(ou <strong>de</strong>nsitometria óssea ou US ou TC).<br />

Ib. Segun<strong>do</strong> semestre.<br />

Méto<strong>do</strong> diagnóstico : US (ou <strong>de</strong>nsitometria óssea ou TC ou Mama)<br />

Méto<strong>do</strong> diagnóstico : TC<br />

Neuroradiologia<br />

Radiologia <strong>do</strong> aparelho uriná<strong>rio</strong> (incluin<strong>do</strong> o sistema genital masculino)<br />

Radiologia em Pediatria<br />

Férias<br />

Consi<strong>de</strong>rações sobre as escalas


Os módulos <strong>de</strong> Radiologia e Diagnóstico por Imagem <strong>do</strong> tórax, sistemas<br />

digestivo e músculo-esquelético serão <strong>de</strong>dica<strong>do</strong>s à radiologia convencional.<br />

No caso <strong>do</strong> US e da TC, estes módulos são <strong>de</strong>dica<strong>do</strong>s ao aprendiza<strong>do</strong> da<br />

utilização <strong>do</strong>s aparelhos e noções básicas <strong>de</strong> física aplicada, além <strong>do</strong> estu<strong>do</strong> da<br />

anatomia seccional.<br />

O módulo <strong>de</strong> <strong>de</strong>nsitometria óssea também envolverá, além <strong>de</strong>ste méto<strong>do</strong>, o<br />

estu<strong>do</strong> da radiologia convencional aplicada às <strong>do</strong>enças reumatológicas.<br />

Para todas as modalida<strong>de</strong>s diagnósticas, um roteiro para o aprendiza<strong>do</strong> da<br />

parte prática <strong>de</strong>ve ser segui<strong>do</strong> :<br />

Anamnese dirigida.<br />

Análise da indicação <strong>do</strong> exame.<br />

Preparo relativo a cada tipo <strong>de</strong> exame.<br />

Seleção <strong>de</strong> protocolos/incidências e técnicas para realização <strong>do</strong>s<br />

exames. Seleção <strong>do</strong>s materiais a serem utiliza<strong>do</strong>s.<br />

Informação <strong>do</strong>s procedimentos ao paciente.<br />

Análise das limitações <strong>de</strong> or<strong>de</strong>m técnica que po<strong>de</strong>m comprometer o<br />

rendimento diagnóstico.<br />

Realização e <strong>do</strong>cumentação a<strong>de</strong>quada <strong>do</strong> exame.<br />

Redação <strong>do</strong> lau<strong>do</strong> com análise <strong>do</strong>s acha<strong>do</strong>s.<br />

O módulo <strong>de</strong> Radiologia e Diagnóstico por Imagem <strong>do</strong> sistema uriná<strong>rio</strong> <strong>de</strong>verá<br />

ser realiza<strong>do</strong> após o <strong>de</strong> US e TC para permitir que o médico Resi<strong>de</strong>nte possa ter<br />

uma apreciação global <strong>do</strong>s méto<strong>do</strong>s mais freqüentemente utiliza<strong>do</strong>s na<br />

investigação diagnóstica <strong>do</strong> aparelho uriná<strong>rio</strong> e <strong>do</strong> aparelho genital masculino.<br />

Neste módulo, o médico Resi<strong>de</strong>nte <strong>de</strong>ve participar <strong>de</strong> escalas na radiologia<br />

convencional (urografia excretora, uretrocistografia) e na US (incluin<strong>do</strong> exames <strong>de</strong><br />

ultra-sonografia da próstata) e TC.<br />

O módulo <strong>de</strong> Radiologia da mama será <strong>de</strong>dica<strong>do</strong> principalmente à<br />

mamografia e ao estu<strong>do</strong> epi<strong>de</strong>miológico <strong>do</strong> câncer da mama e seu impacto sócioeconômico.<br />

Conceitos <strong>de</strong> <strong>de</strong>tecção precoce e rastreamento <strong>de</strong>vem ser aborda<strong>do</strong>s,<br />

bem como as indicações <strong>de</strong> investigação <strong>de</strong> anormalida<strong>de</strong> palpada no exame


físico em relação às diversas faixas etárias. A importância <strong>do</strong> controle <strong>de</strong> qualida<strong>de</strong><br />

e <strong>do</strong>s aspectos psico-sociais que po<strong>de</strong>m envolver a realização <strong>do</strong> exame e<br />

comunicação <strong>do</strong>s lau<strong>do</strong>s também <strong>de</strong>verão ser aborda<strong>do</strong>s.As indicações <strong>de</strong><br />

complementação com outros méto<strong>do</strong>s (US, RM e/ou medicina nuclear para estu<strong>do</strong><br />

<strong>de</strong> linfono<strong>do</strong> sentinela) <strong>de</strong>vem ser conhecidas. A prática <strong>do</strong> US po<strong>de</strong> ser iniciada e<br />

a observação da realização <strong>de</strong> procedimentos <strong>de</strong> biópsia e marcação pré-cirúrgica<br />

<strong>de</strong>ve ser estimulada.<br />

O módulo <strong>de</strong> emergências em Radiologia permitirá a formação <strong>de</strong> uma base<br />

teórica para as ativida<strong>de</strong>s <strong>de</strong> plantão, além <strong>do</strong> treinamento em suporte básico <strong>de</strong><br />

vida (ressucitação), conforme recomenda<strong>do</strong> pela CNRM (6). Neste módulo, o médico<br />

Resi<strong>de</strong>nte <strong>de</strong>verá ser escala<strong>do</strong> em diversos méto<strong>do</strong>s, seja acompanhan<strong>do</strong> as<br />

ativida<strong>de</strong>s <strong>de</strong> plantão ou nas escalas habituais <strong>do</strong> Serviço.<br />

O módulo <strong>de</strong> Neuroradiologia será <strong>de</strong>dica<strong>do</strong> ao estu<strong>do</strong> da anatomia<br />

radiológica e investigação pela radiologia convencional <strong>do</strong> crânio e principalmente<br />

da coluna.Ten<strong>do</strong> em vista o impacto <strong>do</strong>s méto<strong>do</strong>s <strong>de</strong> TC e RM na investigação<br />

diagnóstica nesta subespecialida<strong>de</strong>, po<strong>de</strong> ser inicia<strong>do</strong> o estu<strong>do</strong> da anatomia<br />

seccional <strong>do</strong> encéfalo e da coluna, <strong>de</strong>senvolvidas na parte prática através <strong>de</strong><br />

escalas programadas na tomografia computa<strong>do</strong>rizada.<br />

No módulo <strong>de</strong> Radiologia pediátrica será dada ênfase à radiologia<br />

convencional na investigação das condições mórbidas específicas mais prevalentes<br />

nesta população. Especial atenção <strong>de</strong>ve ser dada aos aspectos <strong>de</strong> proteção<br />

radiológica e redução <strong>de</strong> <strong>do</strong>se/exposição à radiação. Deve ser <strong>de</strong>senvolvida uma<br />

percepção da diferença entre os tipos <strong>de</strong> <strong>do</strong>enças que acometem esta população<br />

em relação à adulta. O aprendiza<strong>do</strong> das técnicas para realização <strong>de</strong> exames com<br />

suas particularida<strong>de</strong>s tanto na esfera técnica (uso <strong>de</strong> meios <strong>de</strong> contraste, sedação,<br />

etc…) quanto na relação com os pacientes e seus pais/responsáveis <strong>de</strong>vem ser<br />

discuti<strong>do</strong>s e aprimora<strong>do</strong>s com o auxílio <strong>do</strong> preceptor. O treinamento em ultrasonografia<br />

<strong>de</strong>ve também ser inicia<strong>do</strong>, pois constitui um importante méto<strong>do</strong> <strong>de</strong> auxílio<br />

diagnóstico, em especial nesta população, dada a sua facilida<strong>de</strong> <strong>de</strong> execução e a<br />

ausência <strong>do</strong> uso <strong>de</strong> radiação ionizante.<br />

A promoção para o segun<strong>do</strong> ano <strong>de</strong>pen<strong>de</strong>rá da avaliação global constituída<br />

das provas práticas e teóricas, e <strong>de</strong> avaliações conceituais <strong>de</strong> comportamento pela<br />

equipe e <strong>de</strong> aquisição <strong>de</strong> competências pelos preceptores, conforme o mo<strong>de</strong>lo<br />

proposto no tópico seguinte sobre avaliação.


II- O segun<strong>do</strong> ano (R2)<br />

Objetivos e bases conceituais:<br />

O médico Resi<strong>de</strong>nte <strong>de</strong>verá consolidar o aprendiza<strong>do</strong> da radiologia<br />

convencional através <strong>do</strong> exercício contínuo da sua prática, e aprofundar os<br />

conhecimentos nos méto<strong>do</strong>s <strong>de</strong> investigação diagnóstica <strong>de</strong> US e TC aplica<strong>do</strong>s ao<br />

estu<strong>do</strong> <strong>do</strong>s diversos orgãos e sistemas.<br />

O aprendiza<strong>do</strong> da Radiologia intervencionista <strong>de</strong>verá ser inicia<strong>do</strong> i<strong>de</strong>almente<br />

à partir <strong>do</strong> segun<strong>do</strong> semestre, permitin<strong>do</strong> que o médico Resi<strong>de</strong>nte já possua uma<br />

sólida formação em Anatomia radiológica e seccional. Este módulo tem como<br />

objetivo o aprendiza<strong>do</strong> e memorização <strong>de</strong> todas as etapas, técnicas e materiais<br />

utiliza<strong>do</strong>s nos procedimentos intervencionistas mais freqüentes e menos complexos,<br />

basicamente com o médico Resi<strong>de</strong>nte auxilian<strong>do</strong> o preceptor. A execução <strong>de</strong>stes<br />

procedimentos pelo médico Resi<strong>de</strong>nte ficará à crité<strong>rio</strong> <strong>do</strong> preceptor, mas não é o<br />

objetivo maior <strong>de</strong>sta etapa <strong>de</strong> treinamento.<br />

Em alguns <strong>do</strong>s módulos (por exemplo, Radiologia e Diagnóstico por Imagem<br />

em Ginecologia em relação à pelve feminina e Radiologia e Diagnóstico por Imagem<br />

<strong>do</strong> sistem digestivo em relação ao fíga<strong>do</strong>), os médicos Resi<strong>de</strong>ntes po<strong>de</strong>m realizar<br />

escalas na RM como primeiro contato com o méto<strong>do</strong>.<br />

Deverá ser feito o aprendiza<strong>do</strong> da Física aplicada às técnicas <strong>de</strong> US<br />

(incluin<strong>do</strong> <strong>do</strong>ppler),TC e RM .<br />

No segun<strong>do</strong> ano, as ativida<strong>de</strong>s ligadas ao US <strong>de</strong>vem incluir o aprendiza<strong>do</strong> e a<br />

prática <strong>do</strong> <strong>do</strong>ppler e a realização <strong>de</strong> exames utilizan<strong>do</strong> sondas en<strong>do</strong>cavitárias.<br />

No caso <strong>de</strong> plantões, estes po<strong>de</strong>m ser inicia<strong>do</strong>s sob supervisão, para<br />

treinamento em emergências. Caso a Instituição não tenha possibilida<strong>de</strong> se<br />

<strong>de</strong>senvolver este tipo <strong>de</strong> ativida<strong>de</strong>, esta <strong>de</strong>verá ser <strong>de</strong>senvolvida através <strong>de</strong><br />

convênio, pois este tipo <strong>de</strong> treinamento é obrigató<strong>rio</strong> pelas normas atuais da CNRM<br />

(26).<br />

Espera-se uma evolução para aquisição <strong>de</strong> maiores responsabilida<strong>de</strong>s,<br />

inclusive auxilian<strong>do</strong> o treinamento <strong>de</strong> médicos Resi<strong>de</strong>ntes <strong>de</strong> primeiro ano.<br />

Os conceitos gerais adquiri<strong>do</strong>s no primeiro ano (principalmente relativos ao<br />

estu<strong>do</strong> da anatomia, formação da imagem e proteção radiológica aplica<strong>do</strong>s à


adiologia convencional e TC, e semiologia) serão utiliza<strong>do</strong>s para o treinamento<br />

relativo à construção <strong>de</strong> hipóteses diagnósticas a partir <strong>do</strong>s acha<strong>do</strong>s clínicos e <strong>do</strong>s<br />

resulta<strong>do</strong>s <strong>do</strong>s exames <strong>de</strong> diagnóstico por imagem, com formulação <strong>do</strong>s principais<br />

diagnósticos diferenciais. Espera-se um aprofundamento no estu<strong>do</strong> das <strong>do</strong>enças<br />

que acometem cada orgão ou sistema, correlacionan<strong>do</strong> os acha<strong>do</strong>s <strong>de</strong> imagem com<br />

a anatomopatologia.<br />

No segun<strong>do</strong> ano, o médico Resi<strong>de</strong>nte <strong>de</strong>verá realizar seu aprendiza<strong>do</strong> teórico<br />

utilizan<strong>do</strong> além <strong>do</strong>s livros-texto da especialida<strong>de</strong>, a consulta regular aos periódicos<br />

da especialida<strong>de</strong> ou <strong>de</strong> outras especialida<strong>de</strong>s clínicas, adquirin<strong>do</strong> o hábito <strong>de</strong><br />

pesquisa da literatura. Na discussão <strong>de</strong> artigos, po<strong>de</strong>m ser incorpora<strong>do</strong>s artigos<br />

originais para análise crítica. A seleção <strong>do</strong>s artigos <strong>de</strong>ve ser orientada pelo<br />

preceptor, para que sejam a<strong>de</strong>quadas quanto ao grau <strong>de</strong> complexida<strong>de</strong>.<br />

Organização e distribuição <strong>do</strong>s módulos quanto às subespecialida<strong>de</strong>s em<br />

Radiologia e diagnóstico por imagem :<br />

IIa. Primeiro semestre<br />

Radiologia em Ginecologia<br />

Radiologia tóracica<br />

Radiologia <strong>do</strong> sistema digestivo<br />

Radiologia <strong>do</strong> sistema músculo-esquelético<br />

Radiologia da cabeça e pescoço<br />

Radiologia em Pediatria<br />

IIb. Segun<strong>do</strong> semestre<br />

Méto<strong>do</strong> diagnóstico: TC<br />

Méto<strong>do</strong> diagnóstico: US<br />

Radiologia intervencionista


Neuroradiologia<br />

Radiologia da mama<br />

Férias<br />

Consi<strong>de</strong>rações sobre as escalas :<br />

O módulo <strong>de</strong> Radiologia e Diagnóstico por Imagem em Ginecologia será<br />

constitui<strong>do</strong> <strong>de</strong> escalas para realização <strong>de</strong> histerossalpingografia, US incluin<strong>do</strong> o<br />

estu<strong>do</strong> com sonda en<strong>do</strong>cavitária por via transvaginal e RM (pelve feminina e mama).<br />

No módulo <strong>de</strong> Radiologia e Diagnóstico por Imagem <strong>do</strong> tórax, além da escala<br />

na Radiologia convencional, será dada ênfase no aprendiza<strong>do</strong> e treinamento em<br />

tomografia computa<strong>do</strong>rizada, incluin<strong>do</strong> técnicas <strong>de</strong> alta resolução (TCAR) e angio-<br />

TC.<br />

No módulo <strong>de</strong> Radiologia e Diagnóstico por Imagem <strong>do</strong> sistema digestivo será<br />

dada ênfase ao US e TC <strong>de</strong> vísceras sólidas e ocas. Os médicos Resi<strong>de</strong>ntes po<strong>de</strong>m<br />

ter perío<strong>do</strong>s programa<strong>do</strong>s na RM como primeiro contato com o méto<strong>do</strong>.<br />

Escalas em radiologia convencional, TC, US, RM e procedimentos<br />

intervencionistas <strong>do</strong> tipo artrografia <strong>de</strong>verão compor a escala <strong>do</strong> módulo <strong>de</strong> músculoesquelético.<br />

O módulo relativo ao segmento cabeça e pescoço terá como base o estu<strong>do</strong><br />

da Anatomia radiológica e seccional , e ao aprendiza<strong>do</strong> <strong>do</strong>s protocolos <strong>de</strong><br />

investigação das diversas afecções que comumente acometem região. A ênfase<br />

será na radiologia convencional, TC e US, po<strong>de</strong>n<strong>do</strong> haver uma escala na RM. Neste<br />

módulo serão estuda<strong>do</strong>s os seios da face, as mastói<strong>de</strong>s, as vias aéreas, as<br />

estruturas <strong>do</strong> pescoço e tireói<strong>de</strong>.<br />

No módulo Radiologia em Pediatria, um espaço maior será da<strong>do</strong> ao<br />

treinamento em US e TC, e sempre que possível, em RM, amplian<strong>do</strong> o estu<strong>do</strong> e a<br />

prática nas diversas modalida<strong>de</strong>s diagnósticas .<br />

O módulo <strong>de</strong> TC será <strong>de</strong>dica<strong>do</strong> ao aperfeiçoamento das técnicas aprendidas<br />

e ao treinamento <strong>de</strong> exames <strong>de</strong> maior complexida<strong>de</strong> como angio-TC e <strong>de</strong> técnicas<br />

intervencionistas guiadas por TC.<br />

O módulo <strong>de</strong> US será <strong>de</strong>dica<strong>do</strong> ao aperfeiçoamento das técnicas aprendidas ,<br />

e ao treinamento com sondas en<strong>do</strong>cavitárias, procedimentos intervencionistas <strong>do</strong><br />

tipo biópsias guiadas e <strong>do</strong>ppler.


A Radiologia intervencionista <strong>de</strong>verá incluir a parte vascular e o treinamento<br />

em procedimento diagnósticos e terapêuticos (por exemplo, drenagens e biópsias),<br />

em diversas modalida<strong>de</strong>s <strong>de</strong> diagnóstico por imagem.<br />

No módulo <strong>de</strong> Neurorradiologia será realiza<strong>do</strong> treinamento em Radiologia<br />

convencional, TC e RM da coluna, e TC e RM <strong>do</strong> crânio e da região hipofisária.<br />

O módulo <strong>de</strong> Radiologia e Diagnóstico por Imagem da Mama servirá para<br />

consolidar o aprendiza<strong>do</strong> da mamografia e para treinamento <strong>de</strong> procedimentos<br />

invasivos, além <strong>de</strong> aprofundar o treinamento em US. I<strong>de</strong>almente, pelo menos um<br />

turno em RM <strong>de</strong> mama <strong>de</strong>ve fazer parte <strong>de</strong>sta escala, a fim <strong>de</strong> familiarizar o médico<br />

Resi<strong>de</strong>nte com o méto<strong>do</strong>.<br />

O treinamento em emergências será realiza<strong>do</strong> através <strong>de</strong> plantões.<br />

A promoção para o terceiro ano <strong>de</strong>pen<strong>de</strong>rá da avaliação global constituída<br />

das provas práticas e teóricas e <strong>de</strong> avaliações conceituais <strong>de</strong> comportamento pela<br />

equipe e <strong>de</strong> aquisição <strong>de</strong> competências pelos preceptores.<br />

III - O terceiro ano (R3)<br />

Objetivos e bases conceituais:<br />

Espera-se a aquisição completa <strong>de</strong> uma postura que envolva autonomia e<br />

iniciativa, e que ele se torne mais implica<strong>do</strong> na realização <strong>de</strong> suas tarefas, com<br />

aumento progressivo <strong>de</strong> suas responsabilida<strong>de</strong>s.<br />

O terceiro ano, como os ante<strong>rio</strong>res, será <strong>de</strong>dica<strong>do</strong> ao aperfeiçoamento das<br />

técnicas aprendidas e ao treinamento em técnicas cada vez mais complexas. O<br />

médico Resi<strong>de</strong>nte <strong>de</strong>verá já ter incorpora<strong>do</strong> o hábito <strong>de</strong> construir uma hipótese<br />

diagnóstica a partir <strong>do</strong>s acha<strong>do</strong>s clínicos e relativos aos méto<strong>do</strong>s <strong>de</strong> investigação por<br />

imagem, sen<strong>do</strong> capaz <strong>de</strong> discutí-la e <strong>de</strong> formular os diagnósticos diferenciais<br />

pertinentes. Espera-se que o médico Resi<strong>de</strong>nte seja capaz <strong>de</strong> assumir uma postura<br />

profissional plena, estan<strong>do</strong> capacita<strong>do</strong> a tomar <strong>de</strong>cisões durante o exercício <strong>de</strong> suas<br />

ativida<strong>de</strong>s.<br />

Ativida<strong>de</strong>s <strong>de</strong> plantão <strong>de</strong>vem continuar a fazer parte <strong>do</strong> treinamento em<br />

emergências médicas.


Quanto a seleção <strong>de</strong> artigos e leituras, no terceiro ano esta <strong>de</strong>ve ser<br />

incentivada a ser <strong>de</strong> iniciativa própria <strong>do</strong> médico Resi<strong>de</strong>nte, sen<strong>do</strong> poste<strong>rio</strong>rmente<br />

discutida com o preceptor. O médico Resi<strong>de</strong>nte <strong>de</strong>ve evoluir para uma postura<br />

autônoma, sen<strong>do</strong> capaz <strong>de</strong> discutir criticamente um artigo original e a sua seleção<br />

<strong>de</strong>ve refletir uma diversida<strong>de</strong> <strong>de</strong> interesses, incorporan<strong>do</strong> o hábito <strong>de</strong> consulta a<br />

literatura na sua prática profissional. O preceptor <strong>de</strong>ve ter nesta fase apenas uma<br />

postura <strong>de</strong> supervisão, participan<strong>do</strong> e orientan<strong>do</strong> as discussões entre os outros<br />

médicos Resi<strong>de</strong>ntes e <strong>do</strong> Serviço.<br />

Nos módulos <strong>de</strong> Radiologia intervencionista e naqueles módulos aon<strong>de</strong> as<br />

escalas envolvam a realização <strong>de</strong> procedimentos intervencionistas, o médico<br />

Resi<strong>de</strong>nte <strong>de</strong>ve evoluir para uma participação ativa na realização <strong>de</strong> exames.<br />

O terceiro ano <strong>de</strong>ve incluir um treinamento pleno em RM e <strong>Medicina</strong> Nuclear,<br />

incluin<strong>do</strong> a discussão da incorporação na investigação diagnóstica da técnica<br />

relativa a tomografia <strong>de</strong> emissão <strong>de</strong> pósitrons (PET), mesmo que esta não seja<br />

acessível para o treinamento.<br />

As ativida<strong>de</strong>s <strong>do</strong> médico Resi<strong>de</strong>nte <strong>de</strong>vem incluir a participação no<br />

treinamento <strong>de</strong> outros médicos Resi<strong>de</strong>ntes <strong>do</strong> primeiro e <strong>do</strong> segun<strong>do</strong> ano (13), bem<br />

como o <strong>de</strong> alunos <strong>de</strong> graduação(16), <strong>de</strong>pen<strong>de</strong>n<strong>do</strong> <strong>do</strong> perfil da Instituição (pex.<br />

Universida<strong>de</strong>s).<br />

A elaboração e apresentação <strong>de</strong> uma monografia ou artigo para publicação é<br />

extremamente interessante, pois adiciona uma experiência diferente da prática<br />

clínica diária , amplian<strong>do</strong> os <strong>do</strong>mínios <strong>de</strong> sua formação.<br />

Organização e distribuição <strong>do</strong>s módulos quanto às subespecialida<strong>de</strong>s em<br />

Radiologia e diagnóstico por imagem :<br />

IIIa. Primeiro semestre<br />

Diagnóstico por imagem em Obstetrícia<br />

Radiologia torácica<br />

Radiologia <strong>do</strong> sistema digestivo<br />

Radiologia <strong>do</strong> sistema músculo-esquelético<br />

Neurorradiologia<br />

Méto<strong>do</strong> diagnóstico : <strong>Medicina</strong> Nuclear


IIIa. Segun<strong>do</strong> semestre<br />

Méto<strong>do</strong> diagnóstico : RM<br />

Méto<strong>do</strong> diagnóstico : RM<br />

Neuroradiologia<br />

Radiologia da cabeça e pescoço<br />

Radiologia intervencionista<br />

Férias<br />

Consi<strong>de</strong>rações sobre as escalas :<br />

O módulo em diagnóstico por imagem em Obstetrícia <strong>de</strong>ve possibilitar o<br />

treinamento em US e <strong>do</strong>ppler, abragen<strong>do</strong> tanto o perío<strong>do</strong> pré-natal, quanto o pós-<br />

parto. O médico Resi<strong>de</strong>nte <strong>de</strong>verá receber treinamento em emergências obstétricas.<br />

O módulo <strong>de</strong> Radiologia torácica <strong>de</strong>verá incluir to<strong>do</strong>s os méto<strong>do</strong>s aprendi<strong>do</strong>s,<br />

sen<strong>do</strong> <strong>de</strong>sejável a incorporação da RM no treinamento. Recomenda-se ainda o<br />

treinamento na investigação diagnóstica <strong>do</strong> sistema cardiovascular com escalas no<br />

ecocardiograma, TC e RM.<br />

No módulo <strong>de</strong> Radiologia <strong>do</strong> sistema digestivo as ativida<strong>de</strong>s <strong>de</strong>senvolvidas<br />

serão semelhantes às <strong>do</strong> segun<strong>do</strong> ano, po<strong>de</strong>n<strong>do</strong>-se acrescentar o treinamento em<br />

procedimentos intervencionistas guia<strong>do</strong>s pelos diferentes méto<strong>do</strong>s.<br />

O módulo <strong>de</strong> Radiologia <strong>do</strong> sistema músculo-esquelético <strong>de</strong>verá acumular<br />

to<strong>do</strong>s os méto<strong>do</strong>s e possibilitar a realização pelo médico Resi<strong>de</strong>nte <strong>de</strong><br />

procedimentos intervencionistas (por exemplo, artrografias guiadas pelos diferentes<br />

méto<strong>do</strong>s).<br />

No <strong>do</strong>mínio da Neurorradiologia, espera-se que o médico Resi<strong>de</strong>nte aprimore<br />

seu treinamento em técnicas <strong>de</strong> maior complexida<strong>de</strong> como TC e RM, principalmente<br />

em técnicas relativas ao estu<strong>do</strong> vascular. O conteú<strong>do</strong> programático <strong>de</strong>verá incluir as<br />

patologias relativas ao sistema nervoso central , à coluna (incluin<strong>do</strong> a medula) e à<br />

órbita.<br />

O módulo <strong>de</strong> <strong>Medicina</strong> Nuclear <strong>de</strong>verá permitir ao médico Resi<strong>de</strong>nte <strong>de</strong><br />

apren<strong>de</strong>r as bases conceituais, os princípios físicos aplica<strong>do</strong>s e noções <strong>de</strong> proteção,<br />

os tipos <strong>de</strong> exames e afecções mais comumente investigadas, o preparo realiza<strong>do</strong> e<br />

a análise da contribuição na investigação diagnóstica. A discussão sobre a<br />

contribuição <strong>do</strong> PET po<strong>de</strong>rá ser realizada sob a forma <strong>de</strong> seminá<strong>rio</strong>.


O treinamento em RM po<strong>de</strong>rá ser realiza<strong>do</strong> em <strong>do</strong>is meses consecutivos, pois<br />

gran<strong>de</strong> parte das Instituições o fazem sob a forma <strong>de</strong> convênio. O treinamento <strong>de</strong>ve<br />

aprofundar os conceitos <strong>de</strong> Física aplicada ao méto<strong>do</strong> e ser o mais abrangente<br />

possível quanto a investigação <strong>do</strong>s diversos orgãos e sistemas.<br />

O último módulo <strong>de</strong> Neurorradiologia po<strong>de</strong>rá incluir, além <strong>de</strong> treinamento e<br />

aperfeiçoamento em to<strong>do</strong>s os méto<strong>do</strong>s ante<strong>rio</strong>rmente <strong>de</strong>scritos, a possibilida<strong>de</strong> <strong>de</strong><br />

aprendiza<strong>do</strong> <strong>de</strong> técnicas mais complexas relativas, por exemplo, à RM.<br />

O módulo <strong>de</strong> Radiologia da cabeça e pescoço <strong>de</strong>verá também evoluir em<br />

complexida<strong>de</strong>, incorporan<strong>do</strong> e correlacionan<strong>do</strong> as técnicas <strong>de</strong> investigação por RM<br />

às <strong>de</strong>mais.<br />

No <strong>do</strong>mínio da Radiologia intervencionista, o Resi<strong>de</strong>nte <strong>de</strong>ve capacitar-se a<br />

realizar os procedimentos mais simples e freqüentes da prática clínica diária<br />

(drenagens, biópsias).<br />

A avaliação global seguirá o mesmo mo<strong>de</strong>lo <strong>do</strong>s anos ante<strong>rio</strong>res.<br />

A obtenção <strong>do</strong> certifica<strong>do</strong> <strong>de</strong> conclusão <strong>do</strong> programa <strong>de</strong>pen<strong>de</strong>rá, segun<strong>do</strong> a<br />

resolução CNRM nº 004/2003, <strong>do</strong> cumprimento integral da carga horária <strong>do</strong><br />

programa e da aprovação obtida por meio <strong>do</strong> valor médio <strong>do</strong>s resulta<strong>do</strong>s das<br />

avaliações realizadas durante os anos, com nota mínima <strong>de</strong>finida no Regimento<br />

Interno da Comissão <strong>de</strong> Residência Médica (COREME).<br />

Aspectos teóricos e relativos à prática<br />

O programa <strong>de</strong>ve contemplar tanto os aspectos teóricos quanto os práticos<br />

que constituem a base <strong>do</strong> treinamento <strong>do</strong>s médicos Resi<strong>de</strong>ntes, proporcionan<strong>do</strong><br />

diretrizes a serem seguidas para o a<strong>de</strong>qua<strong>do</strong> <strong>de</strong>senvolvimento <strong>do</strong> processo <strong>de</strong><br />

aprendiza<strong>do</strong> :<br />

Aspectos relativos a parte teórica:<br />

Organiza<strong>do</strong> através da divisão em sistemas e méto<strong>do</strong>s diagnósticos, com<br />

tópicos específicos subdividi<strong>do</strong>s em itens (conteú<strong>do</strong> programático mínimo). Este<br />

formato facilita o aprendiza<strong>do</strong> individual, organizan<strong>do</strong> e separan<strong>do</strong> o que é<br />

essencial, forman<strong>do</strong> uma base crítica para um aprendiza<strong>do</strong> mais específico (24).


Serve ainda como base para avaliações e permite um planejamento mais claro <strong>de</strong><br />

ativida<strong>de</strong>s como seminá<strong>rio</strong>s, apresentações e discussões <strong>de</strong> casos clínicos e<br />

artigos, aprimoran<strong>do</strong> a utilização <strong>de</strong> conceitos <strong>de</strong> epi<strong>de</strong>miologia clínica e<br />

meto<strong>do</strong>logia científica.<br />

Aspectos relativos a parte prática:<br />

É <strong>de</strong>senvolvi<strong>do</strong> a partir <strong>do</strong> treinamento em Serviço, através da realização <strong>de</strong><br />

um número pré-<strong>de</strong>termina<strong>do</strong> <strong>de</strong> exames e a confecção <strong>do</strong>s respectivos lau<strong>do</strong>s, sob<br />

supervisão (6). O quantitativo <strong>de</strong> lau<strong>do</strong>s emiti<strong>do</strong>s recomenda<strong>do</strong> pela CNRM e pelo<br />

CBR são diferentes. Este aspecto será aborda<strong>do</strong> em <strong>de</strong>talhes na discussão.<br />

Conteú<strong>do</strong> programático mínimo:<br />

Como exemplo <strong>de</strong> conteú<strong>do</strong> programático mínimo foi escolhi<strong>do</strong> o módulo <strong>de</strong><br />

Radiologia e Diagnóstico por Imagem <strong>do</strong> tórax. Este mo<strong>de</strong>lo é amplamente inspira<strong>do</strong><br />

no recomenda<strong>do</strong> pela APDR e pela Socieda<strong>de</strong> Americana <strong>de</strong> Radiologia Torácica<br />

(12,42), com algumas adaptações dadas as diferença <strong>de</strong> prevalência <strong>de</strong> algumas<br />

<strong>do</strong>enças em nosso meio. Este mo<strong>de</strong>lo foi discuti<strong>do</strong> com radiologistas especializa<strong>do</strong>s<br />

nesta área, que fazem parte <strong>do</strong> Departamento <strong>de</strong> Imagem da Socieda<strong>de</strong> Brasileira<br />

<strong>de</strong> Pneumologia e <strong>do</strong> Grupo <strong>de</strong> Tórax <strong>do</strong> CBR.<br />

O mo<strong>de</strong>lo <strong>do</strong> conteú<strong>do</strong> programático está <strong>de</strong>talha<strong>do</strong> no anexo. A seguir são<br />

apresentadas as principais propostas que indicam a idéia geral <strong>do</strong> conteú<strong>do</strong>.<br />

Radiologia convencional.<br />

1. Princípios físicos e parâmetros técnicos aplica<strong>do</strong>s à Radiologia<br />

convencional <strong>do</strong> tórax . Proteção radiológica e controle <strong>de</strong> qualida<strong>de</strong>.<br />

2. Posicionamento/ Incidências .<br />

3. Anatomia normal aplicada à Radiologia convencional ( Anatomia I ).<br />

4. Análise semiológica e sinais na Radiografia convencional.<br />

Tomografia computa<strong>do</strong>rizada.<br />

1. Princípios físicos e parâmetros técnicos aplica<strong>do</strong>s à tomografia<br />

computa<strong>do</strong>rizada <strong>do</strong> tórax.<br />

2. Anatomia seccional aplicada ao tórax (Anatomia II).


3. Escolher o tipo <strong>de</strong> técnica a ser utilizada <strong>de</strong> acor<strong>do</strong> com a hipótese<br />

diagnóstica/ área <strong>de</strong> interesse <strong>do</strong> estu<strong>do</strong> : tomografia computa<strong>do</strong>rizada<br />

convencional (cortes espessos), tomografia computa<strong>do</strong>rizada <strong>de</strong> altaresolução<br />

(TCAR), angio-tomografia <strong>do</strong> tórax (incluin<strong>do</strong> angio-TC <strong>de</strong><br />

artérias coronárias e escore <strong>de</strong> cálcio).<br />

Ressonância Magnética.<br />

1. Princípios físicos e parâmetros técnicos aplica<strong>do</strong>s à ressonância<br />

magnética (RM) <strong>do</strong> tórax.<br />

2. Anatomia seccional e multi-planar cardiovascular e <strong>do</strong> mediastino<br />

adaptada à RM.<br />

3. Escolha <strong>de</strong> protocolo a<strong>de</strong>qua<strong>do</strong> para a investigação das afecções<br />

específicas que mais comumente acometem as estruturas a serem<br />

investigadas, conforme <strong>de</strong>scrito no item ante<strong>rio</strong>r.<br />

Síndromes e Doenças no Tórax.<br />

1. Doença intersticial pulmonar ( DIP).<br />

2. Doenças com acometimento alveolar .<br />

3. Atelectasia, <strong>do</strong>enças das vias aéreas e <strong>do</strong>ença pulmonar obstrutiva<br />

crônica (DPOC).<br />

4. Massas mediastinais e aumento <strong>do</strong>s linfono<strong>do</strong>s hilares.<br />

5. Nódulos pulmonares solitá<strong>rio</strong>s e múltiplos.<br />

6. Neoplasias benignas e malignas <strong>do</strong> pulmão e esôfago.<br />

7. Trauma torácico.<br />

8. Pare<strong>de</strong> torácica, pleura e diafragma.<br />

9. Infecção (imunocompetente, imuno<strong>de</strong>ficiente e pacientes pós-transplante).<br />

10. Pulmão ( hemitórax ) hiperlucente unilateral.<br />

11. Doenças pulmorares congênitas.<br />

12. Vascularização pulmonar.<br />

13. Aorta torácica e gran<strong>de</strong>s vasos.<br />

14. Doença isquêmica coronariana.<br />

15. Doença miocárdica.


16. Doença cardíaca valvular.<br />

17. Doença pericárdica.<br />

18. Doença cardíaca congênita no adulto.<br />

19. Monitoração <strong>de</strong> cateteres e próteses.<br />

20. Alterações pós-cirúrgicas.<br />

A organização em vinte tópicos diferentes permite a realização <strong>de</strong> ativida<strong>de</strong>s<br />

como seminá<strong>rio</strong>s prepara<strong>do</strong>s pelos próp<strong>rio</strong>s médicos Resi<strong>de</strong>ntes. Os itens a serem<br />

estuda<strong>do</strong>s po<strong>de</strong>m ser seleciona<strong>do</strong>s a cada módulo pelos preceptores e seu<br />

aprendiza<strong>do</strong> é cumulativo.<br />

Avaliação<br />

A avaliação é parte fundamental <strong>do</strong> processo <strong>de</strong> aprendiza<strong>do</strong>, pois permite<br />

que seja aprecia<strong>do</strong> como este está evoluin<strong>do</strong>, tanto <strong>do</strong> ponto <strong>de</strong> vista <strong>do</strong> aluno<br />

quanto daquele que ensina e da Instituição. Esta <strong>de</strong>ve ser dimensionada para<br />

quantificar o grau <strong>de</strong> aquisição <strong>de</strong> competência e servir como via <strong>de</strong> retorno para<br />

correções <strong>de</strong> eventuais <strong>de</strong>ficiências. To<strong>do</strong> processo <strong>de</strong> avaliação <strong>de</strong>ve culminar com<br />

a análise e reflexão <strong>de</strong> seus resulta<strong>do</strong>s, e estes <strong>de</strong>vem servir para ajudar o aluno a<br />

corrigir suas <strong>de</strong>ficiências e a superá-las. Importantes informações po<strong>de</strong>m ser<br />

obtidas, permitin<strong>do</strong> também que o professor e a Instituição façam uma reflexão<br />

global <strong>de</strong> suas atuações (27).<br />

A avaliação não <strong>de</strong>ve ter um caráter punitivo ou meramente <strong>de</strong> promoção<br />

(49). Para que esta tenha um significa<strong>do</strong> mais expressivo é importante que seja<br />

claramente <strong>de</strong>fini<strong>do</strong> o quê será avalia<strong>do</strong>, e qual tipo <strong>de</strong> competência se espera que<br />

o aluno tenha alcança<strong>do</strong>. Os resulta<strong>do</strong>s <strong>de</strong>vem ser, sempre que possível, discuti<strong>do</strong>s<br />

com o médico Resi<strong>de</strong>nte, para servir como estímulo ao aperfeiçoamento.<br />

O processo <strong>de</strong> avaliação <strong>de</strong>ve ser o mais abrangente possível, e no caso da<br />

Residência Médica <strong>de</strong>ve ser ressalta<strong>do</strong> que gran<strong>de</strong> parte da formação é realizada<br />

através <strong>do</strong> treinamento em Serviço.<br />

A CNRM (6), <strong>de</strong>termina que as avaliações <strong>do</strong>s médicos Resi<strong>de</strong>ntes <strong>de</strong>vam ser<br />

periódicas, com freqüência mínima trimestral, utilizan<strong>do</strong>-se as modalida<strong>de</strong>s <strong>de</strong> prova<br />

escrita, oral, prática ou <strong>de</strong> <strong>de</strong>sempenho por escala <strong>de</strong> atitu<strong>de</strong>s, que incluam atributos


tais como : comportamento ético, relacionamento com a equipe <strong>de</strong> saú<strong>de</strong> e com o<br />

paciente, interesse pelas ativida<strong>de</strong>s e outros à crité<strong>rio</strong> da Comissão <strong>de</strong> Residência<br />

Médica da Instituição.<br />

O mo<strong>de</strong>lo <strong>de</strong> avaliação para Residência Médica nesta proposta se baseia em<br />

quatro tipos <strong>de</strong> avaliação que irão compor a avaliação dita global: avaliação teórica,<br />

avaliação prática, avaliação <strong>de</strong> atitu<strong>de</strong> e o parecer <strong>do</strong> preceptor. Este mo<strong>de</strong>lo está<br />

em conformida<strong>de</strong> com as recomendações da CNRM e <strong>do</strong> CBR.<br />

Um relató<strong>rio</strong> breve, <strong>de</strong> no máximo duas páginas, sobre as ativida<strong>de</strong>s<br />

<strong>de</strong>senvolvidas <strong>de</strong>verá ser elabora<strong>do</strong> pelo médico Resi<strong>de</strong>nte ao final <strong>de</strong> cada estágio<br />

(mensal) e entregue ao preceptor responsável. Neste relató<strong>rio</strong> <strong>de</strong>vem constar quais<br />

os problemas e dificulda<strong>de</strong>s que ele encontrou, as sugestões para melhorias e sua<br />

auto-avaliação quanto ao seu <strong>de</strong>sempenho.<br />

A avaliação <strong>de</strong>ve ser feita <strong>de</strong>ntro <strong>de</strong> mo<strong>de</strong>los previamente estipula<strong>do</strong>s para<br />

facilitar a sua aplicação e torná-la mais homogênea ao longo <strong>do</strong> Residência Médica,<br />

permitin<strong>do</strong> a a análise e comparação <strong>do</strong>s seus resulta<strong>do</strong>s.<br />

1. Avaliação teórica<br />

A avaliação teórica tem como objetivo quantificar a aquisição <strong>de</strong><br />

conhecimentos teóricos e a capacida<strong>de</strong> <strong>de</strong> transposição para situações hipotéticas<br />

que simulem a prática clínica, exigin<strong>do</strong> capacida<strong>de</strong> <strong>de</strong> síntese e reflexão sobre o<br />

conteú<strong>do</strong> aprendi<strong>do</strong>.<br />

O conteú<strong>do</strong> programático mínimo <strong>de</strong>ve ser previamente <strong>de</strong>fini<strong>do</strong>,<br />

orientan<strong>do</strong> quais são os pontos mais fundamentais a serem estuda<strong>do</strong>s e<br />

indispensáveis a serem aprendi<strong>do</strong>s. A correlação entre o que médico Resi<strong>de</strong>nte<br />

precisa saber com o que se quer avaliar é fundamental para permitir reflexões<br />

futuras sobre os resulta<strong>do</strong>s.<br />

A avaliação teórica po<strong>de</strong> ser realizada em uma freqüência trimestral,<br />

sen<strong>do</strong> as questões elaboradas e corrigidas pelos preceptores <strong>de</strong> cada módulo.<br />

O mo<strong>de</strong>lo escolhi<strong>do</strong> para esta proposta é o <strong>de</strong> prova escrita discursiva, pois permite<br />

a avaliação não só <strong>do</strong> conteú<strong>do</strong>, mas <strong>de</strong> outras habilida<strong>de</strong>s comumente requeridas<br />

na prática clínica : organização e expressão <strong>de</strong> idéias, formulação <strong>de</strong> hipóteses,<br />

seleção <strong>de</strong> informações, liberda<strong>de</strong> <strong>de</strong> expressão <strong>de</strong> idéias e estímulo à iniciativa<br />

pessoal. Para minimizar os principais problemas relativos a esta modalida<strong>de</strong> <strong>de</strong>


avaliação, é recomendável que seja elabora<strong>do</strong> um mo<strong>de</strong>lo <strong>de</strong> correção com os<br />

pontos principais relativos ao conteú<strong>do</strong> que <strong>de</strong>vem ter si<strong>do</strong> obrigatoriamente<br />

menciona<strong>do</strong>s na resposta, e que um roteiro <strong>de</strong> análise seja estabeleci<strong>do</strong> para evitar<br />

o subjetivismo <strong>de</strong> quem corrige. Os mo<strong>de</strong>los basea<strong>do</strong>s em questões <strong>de</strong> múltipla<br />

escolha são <strong>de</strong> difícil elaboração mas <strong>de</strong> fácil correção, não permitin<strong>do</strong> uma análise<br />

tão ampla <strong>de</strong> outras competências que são particularmente interessantes no caso da<br />

prática médica (20). As provas <strong>do</strong> tipo oral ten<strong>de</strong>m a exercer um certo efeito<br />

constrange<strong>do</strong>r sobre o aluno, muito embora no caso da Residência Médica esperase<br />

que uma das competências a serem adquiridas seja a capacida<strong>de</strong> <strong>de</strong> se exprimir<br />

verbalmente <strong>de</strong> forma a<strong>de</strong>quada em relação ao seu meio profissional.<br />

2. Avaliação prática<br />

O mo<strong>de</strong>lo <strong>de</strong> avaliação prática apresenta<strong>do</strong> nesta proposta foi<br />

concebi<strong>do</strong> para ser <strong>de</strong> fácil execução e para ser realiza<strong>do</strong> ao final <strong>de</strong> cada módulo.<br />

Esta avaliação <strong>de</strong>ve ser realizada pelo preceptor responsável pelo módulo, da<br />

maneira a mais próxima possível da prática diária <strong>do</strong> médico Resi<strong>de</strong>nte, isto é, o<br />

preceptor irá acompanhá-lo no atendimento à um paciente, e durante a realização<br />

<strong>do</strong> exame, analisan<strong>do</strong> os resulta<strong>do</strong>s obti<strong>do</strong>s na investigação diagnóstica. Para cada<br />

item pertinente a parte prática serão atribuí<strong>do</strong>s pontos, numa pontuação total <strong>de</strong> <strong>de</strong>z.<br />

A avaliação permite ao preceptor interagir com o médico Resi<strong>de</strong>nte, <strong>de</strong>tectan<strong>do</strong><br />

eventuais falhas no treinamento. O preceptor <strong>de</strong>ve após esta avaliação, conversar<br />

com o médico Resi<strong>de</strong>nte sobre os resulta<strong>do</strong>s e sugerir quais aspectos po<strong>de</strong>m ser<br />

melhora<strong>do</strong>s. Esta avaliação, como as outras, segue um mo<strong>de</strong>lo. No quadro 2 é<br />

apresenta<strong>do</strong> uma proposta <strong>de</strong> mo<strong>de</strong>lo <strong>de</strong> avaliação prática:<br />

Quadro 2. Mo<strong>de</strong>lo <strong>de</strong> avaliação prática.<br />

01 – Interpretar a solicitação <strong>do</strong> exame.<br />

• O que foi solicita<strong>do</strong>.<br />

• Qual problema a ser esclareci<strong>do</strong>.<br />

Pontuação 1,0


02 – Paciente.<br />

• I<strong>de</strong>ntificação.<br />

• Colher a anamnese mínima . Pontos essenciais como gravi<strong>de</strong>z ou outras<br />

contra indicações.<br />

• Explicar o procedimento / riscos.<br />

03 – Escolha <strong>do</strong> protocolo <strong>de</strong> exame.<br />

• Técnica.<br />

• Posicionamento.<br />

• Utilização <strong>do</strong>s aparelhos.<br />

• Noções <strong>de</strong> proteção radiológica.<br />

• Uso meio <strong>de</strong> contraste (caso necessá<strong>rio</strong>).<br />

• Execução <strong>do</strong> exame.<br />

04 – Qualida<strong>de</strong> <strong>do</strong> exame (serve para lau<strong>do</strong>?).<br />

05 – Percepção <strong>de</strong> normal x anormal<br />

• Conhecimentos <strong>de</strong> anatomia radiológica.<br />

Pontuação 1,0<br />

Pontuação 1,0<br />

Pontuação 1,0<br />

• Análise semiológica da radiografia (ou outro méto<strong>do</strong> <strong>de</strong> investigação por<br />

imagem).


06 – Lau<strong>do</strong>.<br />

• Terminologia a<strong>de</strong>quada.<br />

• Formatação <strong>do</strong> lau<strong>do</strong>.<br />

• I<strong>de</strong>ntificação / data <strong>de</strong> realização.<br />

• Hipótese clínica (problema a investigar).<br />

• Técnica / incidências realizadas.<br />

Pontuação 1,0<br />

• Avaliação hierarquizada das estruturas em seus diversos compartimentos,<br />

i<strong>de</strong>ntifican<strong>do</strong> quais anormalida<strong>de</strong> estão presentes.<br />

• Descrição <strong>do</strong>s acha<strong>do</strong>s.<br />

• Impressão diagnóstica (correlação com a hipótese clínica, diagnósticos<br />

diferenciais).<br />

07 – Comunicação <strong>de</strong> resulta<strong>do</strong>s (Pacientes / médicos).<br />

Interação com a equipe, com o paciente ou familiares.<br />

08 – Análise crítica da contribuição <strong>do</strong> procedimento na investigação.<br />

Pontuação 1,0<br />

Pontuação 1,0


09 – Aquisição <strong>de</strong> conhecimentos. Discussão <strong>do</strong> caso.<br />

10 – Necessida<strong>de</strong> <strong>de</strong> correlação com outros méto<strong>do</strong>s.<br />

3. Avaliação <strong>de</strong> atitu<strong>de</strong><br />

Pontuação 1,0<br />

Pontuação 1,0<br />

Pontuação 1,0<br />

A avaliação <strong>de</strong> atitu<strong>de</strong> é realizada selecionan<strong>do</strong>-se membros da equipe <strong>de</strong><br />

saú<strong>de</strong> que participaram <strong>do</strong> treinamento <strong>do</strong> médico Resi<strong>de</strong>nte (técnicos, enfermeiros,<br />

auxiliares <strong>de</strong> enfermagem e até mesmo funcioná<strong>rio</strong>s administrativos), <strong>de</strong> preferência<br />

<strong>de</strong> maneira aleatória, que irão atribuir conceitos em diversos itens relaciona<strong>do</strong>s ao<br />

comportamento e relacionamento. O exemplo <strong>de</strong> mo<strong>de</strong>lo apresenta<strong>do</strong> no quadro 3 é<br />

basea<strong>do</strong> na emissão <strong>de</strong> três conceitos, para evitar que avaliações por <strong>de</strong>mais<br />

complexas dificultem sua aplicação. No caso <strong>de</strong> um conceito insuficiente,<br />

principalmente se este foi atribui<strong>do</strong> por mais <strong>de</strong> um avalia<strong>do</strong>r, recomenda-se um<br />

esclarecimento da situação com o médico Resi<strong>de</strong>nte.<br />

Quadro 3. Avaliação <strong>de</strong> atitu<strong>de</strong>.<br />

Avaliação <strong>de</strong> atitu<strong>de</strong> (Equipe)


Assiduida<strong>de</strong><br />

Pontualida<strong>de</strong><br />

Aparência<br />

Relação com a equipe<br />

Relação com o paciente<br />

Conhecimento técnico<br />

Resolubilida<strong>de</strong><br />

Bom<br />

Regular<br />

Insuficiente<br />

Os itens relativos a assiduida<strong>de</strong>, pontualida<strong>de</strong> e aparência estão relaciona<strong>do</strong>s<br />

aos hábitos <strong>de</strong> trabalho positivos. Os <strong>do</strong>is itens seguintes avaliam a capacida<strong>de</strong> <strong>de</strong><br />

relação, tanto com a equipe quanto com o paciente. O item <strong>de</strong> conhecimento técnico<br />

e resolubilida<strong>de</strong> estão relaciona<strong>do</strong>s à percepção que a equipe tem <strong>do</strong> nível <strong>de</strong><br />

conhecimento técnico <strong>de</strong>monstra<strong>do</strong> e da capacida<strong>de</strong> <strong>de</strong> resolver as situações<br />

apresentadas na prática diária. Este tipo <strong>de</strong> avaliação po<strong>de</strong> ser <strong>de</strong>senvolvi<strong>do</strong> a cada<br />

módulo ou em uma freqüência até trimestral, mas <strong>de</strong>ve ser realizada em intervalos<br />

não muito longos para permitir i<strong>de</strong>ntificar, <strong>de</strong> maneira precoce, eventuais problemas<br />

na evolução <strong>do</strong> treinamento.<br />

4. Avaliação <strong>do</strong> preceptor<br />

Este tipo <strong>de</strong> avaliação é conceitual visan<strong>do</strong> estimar, <strong>de</strong> uma maneira global, a<br />

evolução <strong>do</strong> médico Resi<strong>de</strong>nte na sua aquisição <strong>de</strong> competências. Para tal, uma das<br />

três possibilida<strong>de</strong>s po<strong>de</strong>m ocorrer: competência adquirida, em via <strong>de</strong> aquisição ou<br />

não adquirida (Quadro 4). Os resulta<strong>do</strong>s <strong>de</strong>sta avaliação servirão para orientar quais


aspectos <strong>de</strong>vem ser aperfeiçoa<strong>do</strong>s. Esta avaliação por ser mais extensa po<strong>de</strong> ter<br />

uma freqüência semestral.<br />

Quadro 4.Avaliação <strong>do</strong> preceptor.<br />

Conceitos a serem atribuí<strong>do</strong>s quanto a aquisição <strong>de</strong> competências:<br />

A – Adquirida VA – Via <strong>de</strong> aquisição NA – Não adquirida<br />

1) Cuida<strong>do</strong>s com o paciente:<br />

Competência<br />

Anamnese<br />

Estratégia diagnóstica<br />

Compreensão <strong>do</strong> senti<strong>do</strong> da investigação<br />

Orientações sobre o preparo<br />

Consulta <strong>de</strong> prontuá<strong>rio</strong><br />

Proteção radiológica<br />

Realização <strong>de</strong> exames <strong>de</strong> forma a<strong>de</strong>quada<br />

2) Conhecimentos médicos:<br />

Aquisição


Competência<br />

Conhecimento global médico<br />

Conhecimento progressivo da especialida<strong>de</strong> (relativo ao módulo<br />

avalia<strong>do</strong>)<br />

Estratégia diagnóstica e acompanhamento<br />

Utilização das fontes <strong>de</strong> informação<br />

Conhecimento <strong>do</strong> manuseio <strong>do</strong>s aparelhos<br />

3) Relacionamento interpessoal e comunicação:<br />

Competência<br />

Redação <strong>de</strong> lau<strong>do</strong>s<br />

Comunicação com médicos<br />

Comunicação com a equipe<br />

Comunicação com pacientes e familiares<br />

4) Profissionalismo<br />

Competência<br />

Responsabilida<strong>de</strong><br />

Ética<br />

Empatia com os pacientes<br />

Aquisição<br />

Aquisição<br />

Aquisição


Busca <strong>de</strong> aperfeiçoamento<br />

Hábitos <strong>de</strong> trabalho positivos<br />

5) Aprendiza<strong>do</strong> a partir da prática e assimilação <strong>de</strong> conhecimentos<br />

Competência<br />

Aprendiza<strong>do</strong> a partir da prática<br />

Assimilação <strong>de</strong> conhecimentos<br />

Transposição <strong>de</strong> conhecimentos para a prática<br />

Análise crítica da literatura<br />

Capacida<strong>de</strong> <strong>de</strong> auto-avaliação<br />

Domínios a serem avalia<strong>do</strong>s :<br />

1) Cuida<strong>do</strong>s com o paciente.<br />

Plano geral <strong>de</strong> avaliação <strong>de</strong> competências<br />

Aquisição<br />

• Anamnese. Colher os da<strong>do</strong>s essenciais e informações relevantes sobre<br />

os pacientes.<br />

• Desenvolver uma estratégia diagnóstica baseada na anamnese.<br />

• Compreen<strong>de</strong>r o senti<strong>do</strong> global da investigação e a a<strong>de</strong>quação <strong>do</strong>s<br />

estu<strong>do</strong>s diagnósticos em cada etapa.<br />

• Orientar os pacientes quanto ao preparo.<br />

• Saber consultar o prontuá<strong>rio</strong> <strong>do</strong> paciente, quan<strong>do</strong> disponível, seja por<br />

sistema informatiza<strong>do</strong> ou não.<br />

• Utilizar os conhecimentos <strong>de</strong> proteção radiológica <strong>de</strong> forma a<strong>de</strong>quada.<br />

• Realizar os exames radiológicos <strong>de</strong> forma apropriada, or<strong>de</strong>nada e<br />

segura.<br />

2) Conhecimentos médicos.


• Demonstrar conhecimento global da <strong>Medicina</strong> e aplicar este<br />

conhecimento à realização <strong>do</strong>s estu<strong>do</strong>s diagnósticos.<br />

• Demonstrar aquisição progressiva <strong>de</strong> conhecimento na especialida<strong>de</strong><br />

(Radiologia).<br />

• Ser capaz <strong>de</strong> <strong>de</strong>finir não só uma estratégia diagnóstica, mas como <strong>de</strong><br />

acompanhamento <strong>de</strong> tratamento.<br />

• Demonstrar habilida<strong>de</strong> <strong>de</strong> utilizar as fontes <strong>de</strong> informação (livros,<br />

revistas, etc…) para adquirir conhecimentos basea<strong>do</strong>s nas evidências<br />

disponíveis na literatura.<br />

• Conhecer os aparelhos e as regras <strong>de</strong> bom manuseio.<br />

3) Relacionamento inter-pessoal e comunicação.<br />

• Redigir um lau<strong>do</strong> radiológico incluin<strong>do</strong>, sempre que possível, a<br />

hipótese diagnóstica e diagnósticos diferenciais. Saber recomendar<br />

controle evolutivo ou estu<strong>do</strong>s adicionais, quan<strong>do</strong> necessá<strong>rio</strong>s.<br />

• Adquirir o hábito <strong>de</strong> comunicar diretamente ao clínico responsável pelo<br />

paciente ou a outros membros da equipe, o resulta<strong>do</strong> <strong>de</strong> um exame<br />

quan<strong>do</strong> este revelar uma situação <strong>de</strong> urgência ou acha<strong>do</strong> não espera<strong>do</strong>, e<br />

<strong>do</strong>cumentar esta comunicação no prontuá<strong>rio</strong> ou lau<strong>do</strong>.<br />

• Demonstrar capacida<strong>de</strong> <strong>de</strong> comunicação com a equipe, médicos,<br />

pacientes e familiares <strong>do</strong>s pacientes. Evoluir para uma postura <strong>de</strong><br />

participação ativa neste <strong>do</strong>mínio <strong>de</strong> comunicação, proven<strong>do</strong> informações,<br />

toman<strong>do</strong> <strong>de</strong>cisões e resolven<strong>do</strong> problemas.<br />

• Atuar em consonância com os técnicos e a equipe <strong>de</strong> enfermagem,<br />

assumin<strong>do</strong> seu papel <strong>de</strong> contato com o paciente, intermedian<strong>do</strong> a relação<br />

da equipe.<br />

• Desenvolver a habilida<strong>de</strong> <strong>de</strong> comunicação via telefone.<br />

• Desenvolver o hábito <strong>de</strong> obter o consentimento <strong>do</strong> paciente, explican<strong>do</strong><br />

todas as etapas <strong>do</strong> procedimento, alternativas e complicações possíveis.


• Adquirir experiência prática em redigir e/ou ditar lau<strong>do</strong>s.<br />

4) Profissionalismo.<br />

• Demonstrar compromisso com a carreira, responsabilida<strong>de</strong> e respeito<br />

aos princípios éticos.<br />

• A<strong>do</strong>tar um comportamento humanista e <strong>de</strong> empatia com os pacientes.<br />

• Ser respeitoso e compreensivo com os pacientes, familiares, médicos e<br />

outros membros da equipe <strong>de</strong> saú<strong>de</strong>.<br />

• Fixar como objetivo um alto padrão <strong>de</strong> comportamento, tanto na esfera<br />

das responsabilida<strong>de</strong>s quanto nas das atitu<strong>de</strong>s.<br />

• Adquirir hábitos <strong>de</strong> trabalho positivos : assiduida<strong>de</strong>, pontualida<strong>de</strong> e<br />

aparência.<br />

• Evitar atitu<strong>de</strong>s discriminatórias em seus relacionamentos interpessoais.<br />

• Respeitar os princípios <strong>de</strong> confi<strong>de</strong>ncialida<strong>de</strong> das informações<br />

transmitidas pelos pacientes.<br />

• Transmitir confiança.<br />

• Conhecer as normas relativas às pesquisas em humanos.<br />

5) Aprendiza<strong>do</strong> a partir da prática e assimilação <strong>de</strong> conhecimentos.<br />

• Ser capaz <strong>de</strong> realizar uma análise crítica da sua experiência prática e<br />

aprimorá-la.<br />

• Ser capaz <strong>de</strong> transpor para a sua ativida<strong>de</strong> prática os conhecimentos<br />

teóricos assimila<strong>do</strong>s.<br />

• Demonstrar senso crítico no estu<strong>do</strong> da literatura médica.<br />

• Ser capaz <strong>de</strong> buscar na literatura suporte teórico para sua ativida<strong>de</strong><br />

prática diária, quan<strong>do</strong> este for necessá<strong>rio</strong> (por exemplo, diagnósticos<br />

diferenciais).<br />

• Adquirir experiência prática a<strong>de</strong>quada suficiente para permitir sua<br />

prática profissional.<br />

A promoção <strong>do</strong> médico Resi<strong>de</strong>nte <strong>de</strong>pen<strong>de</strong>rá da avaliação global que será<br />

composta <strong>de</strong> uma nota expressa em valores numéricos (0-10) , resulta<strong>do</strong> da média


das avaliações práticas e teóricas, e <strong>de</strong> uma apreciação sobre a evolução das outras<br />

competências por parte <strong>do</strong> preceptor, com base na avaliação <strong>do</strong> preceptor e na<br />

avaliação <strong>de</strong> atitu<strong>de</strong>.<br />

Capacitação<br />

Em que pese a importância <strong>de</strong> ensinar ao médico Resi<strong>de</strong>nte um mo<strong>de</strong>lo <strong>de</strong><br />

aprendiza<strong>do</strong> que perdure ao longo <strong>de</strong> toda a sua vida profissional, ao fim <strong>do</strong> seu<br />

perío<strong>do</strong> <strong>de</strong> treinamento ele <strong>de</strong>ve estar capacita<strong>do</strong> ao exercício pleno e in<strong>de</strong>pen<strong>de</strong>nte<br />

da Radiologia como especialida<strong>de</strong> médica. A seguir, encontram-se enumera<strong>do</strong>s<br />

quinze tópicos expressan<strong>do</strong> aspectos - os mais fundamentais - da capacitação <strong>do</strong><br />

médico Resi<strong>de</strong>nte <strong>de</strong> Radiologia.<br />

1. Saber as indicações/ rendimento diagnóstico <strong>do</strong>s méto<strong>do</strong>s <strong>de</strong> investigação<br />

por imagem aplica<strong>do</strong>s aos problemas clínicos mais relevantes e<br />

prevalentes.<br />

2. Conhecer os príncipios da medicina baseada em evidências e contribuir<br />

para a escolha da melhor estratégia diagnóstica baseada no melhor grau<br />

<strong>de</strong> evidência disponível na literatura especializada.<br />

3. Escolher um protocolo a<strong>de</strong>qua<strong>do</strong> para a investigação para cada méto<strong>do</strong> <strong>de</strong><br />

diagnóstico por imagem, <strong>de</strong> acor<strong>do</strong> com a indicação clínica, e <strong>de</strong> realizar<br />

o exame.<br />

4. Quantificar os riscos <strong>de</strong> seus procedimentos e realizá-los <strong>de</strong>ntro das<br />

normas técnicas aceitáveis, sen<strong>do</strong> capaz <strong>de</strong> realizar uma reflexão mínima<br />

a propósito da análise <strong>de</strong> risco x benefício e custo x benefício.<br />

5. Estabelecer uma boa relação médico-paciente, colhen<strong>do</strong> da<strong>do</strong>s da<br />

anamnese que permitam direcionar o exame, sen<strong>do</strong> capaz <strong>de</strong> explicar e<br />

esclarecer, em linguagem técnica e acessível ao paciente, to<strong>do</strong>s os<br />

procedimentos relaciona<strong>do</strong>s ao exame.<br />

6. Compreen<strong>de</strong>r o objetivo <strong>do</strong> exame solicita<strong>do</strong> e <strong>de</strong> estabelecer uma boa<br />

relação com o médico solicitante.


7. I<strong>de</strong>ntificar as estruturas anatômicas e <strong>de</strong>senvolver a capacida<strong>de</strong> <strong>de</strong><br />

i<strong>de</strong>ntificar uma estrutura com aspecto normal x anormal.<br />

8. Uma vez capacita<strong>do</strong> para a aparente simples, porém difícil habilida<strong>de</strong><br />

<strong>de</strong>scrita no item ante<strong>rio</strong>r, discernir para cada orgão/estrutura os padrões<br />

<strong>de</strong> imagem fundamentais associa<strong>do</strong>s às condições patológicas.<br />

9. Redigir um lau<strong>do</strong> <strong>de</strong> exame por imagem <strong>de</strong> uma maneira clara e concisa,<br />

<strong>do</strong>minan<strong>do</strong> os termos técnicos e conten<strong>do</strong> as informações relevantes<br />

pertinentes ao auxílio diagnóstico.<br />

10. Conhecer as implicações médico-legais relativas à sua área <strong>de</strong> atuação.<br />

11. Adquirir uma postura ética profissional e compreen<strong>de</strong>r a relevância <strong>do</strong><br />

seu papel social.<br />

12. Ter noções mínimas <strong>de</strong> como funciona um serviço <strong>de</strong> Radiologia, tanto <strong>do</strong><br />

ponto <strong>de</strong> vista administrativo como <strong>do</strong>s custos envolvi<strong>do</strong>s.<br />

13. Estabelecer boas relações <strong>de</strong> trabalho tanto com seus colegas como com<br />

os outros profissionais da área <strong>de</strong> saú<strong>de</strong>, adquirin<strong>do</strong> maturida<strong>de</strong> <strong>de</strong><br />

relacionamento, julgamento e <strong>de</strong>cisão.<br />

14. Adquirir uma base mínima e senso crítico que permita a aquisição futura<br />

<strong>de</strong> conhecimentos mais específicos, inclusive nas áreas <strong>de</strong> ensino e<br />

pesquisa, compreen<strong>de</strong>n<strong>do</strong> a necessida<strong>de</strong> <strong>de</strong> um aprendiza<strong>do</strong> contínuo e<br />

<strong>do</strong> aperfeiçoamento ao longo <strong>de</strong> sua vida profissional. Adquirir uma<br />

postura autônoma e conhecimento <strong>de</strong> como utilizar os meios <strong>de</strong> consulta<br />

a literatura médica especializada para continuar seu aprimoramento como<br />

radiologista .<br />

15. Inserir-se profissionalmente no merca<strong>do</strong> <strong>de</strong> trabalho e compreen<strong>de</strong>r o<br />

funcionamento <strong>do</strong> sistema <strong>de</strong> saú<strong>de</strong> e das políticas relacionadas.


6. Discussão<br />

6.1 Justificativa da proposta <strong>de</strong> um programa<br />

Desenvolver um programa para médicos Resi<strong>de</strong>ntes em Radiologia é,<br />

certamente, mais <strong>do</strong> que construir uma lista <strong>de</strong> tópicos com os quais o médico<br />

Resi<strong>de</strong>nte <strong>de</strong>va estar familiariza<strong>do</strong> ao final <strong>do</strong> seu perío<strong>do</strong> <strong>de</strong> treinamento (24) .<br />

Esta questão tem si<strong>do</strong> amplamente <strong>de</strong>batida por várias instituições <strong>de</strong><br />

diversos países que se <strong>de</strong>dicam ao ensino médico e treinamento <strong>de</strong> médicos<br />

Resi<strong>de</strong>ntes. Documento recente <strong>do</strong> Conselho Americano <strong>de</strong> Regulamentação <strong>de</strong><br />

Educação Médica para Gradua<strong>do</strong>s (Accreditation Council of Graduate Medical<br />

Education, USA, 2002) (24) <strong>de</strong>terminou reformas estabelecen<strong>do</strong> que, sob a<br />

<strong>de</strong>nominação ou conceito <strong>de</strong> currículo, <strong>de</strong>ve-se incluir não só as bases teóricas e o<br />

treinamento aplica<strong>do</strong> a cada área da praxis medica, mas também o comportamento<br />

e atitu<strong>de</strong> necessá<strong>rio</strong>s para que um médico Resi<strong>de</strong>nte adquira competência para<br />

assumir as responsabilida<strong>de</strong>s inerentes a sua futura vida profissional. Estas novas<br />

<strong>de</strong>terminações promoveram o conceito <strong>de</strong> aprendiza<strong>do</strong> contínuo, ensinan<strong>do</strong>-se o<br />

básico e fundamental, e estimulan<strong>do</strong> e orientan<strong>do</strong> a aquisição <strong>de</strong> conhecimentos<br />

futuros <strong>de</strong> maneira gradual e ao longo <strong>de</strong> toda a vida profissional (24). A incrível<br />

expansão <strong>do</strong>s conhecimentos técnicos e científicos nas últimas décadas, motivou a<br />

necessida<strong>de</strong> da organização da aquisição <strong>de</strong> conhecimentos <strong>de</strong> uma maneira<br />

gradual e hierarquizada, promoven<strong>do</strong> atitu<strong>de</strong>s que irão auxiliar na continuida<strong>de</strong> <strong>do</strong><br />

processo <strong>de</strong> aprendiza<strong>do</strong>. Não é mais possível formar um especialista em<br />

diagnóstico por imagem que <strong>do</strong>mine absolutamente to<strong>do</strong> o conhecimento acumula<strong>do</strong><br />

da especialida<strong>de</strong>, mas é possível formar um especialista que seja capaz <strong>de</strong> evoluir<br />

na aquisição <strong>de</strong>stes conhecimentos, <strong>de</strong> uma maneira crítica, e que saiba incorporálos<br />

na sua atuação prática.


Toda a organização possui <strong>do</strong>cumentos especifican<strong>do</strong> suas políticas e<br />

diretrizes. Estes <strong>do</strong>cumentos servem como um meio para que a organização<br />

funcione eficientemente. No caso da Residência Médica, estas po<strong>de</strong>m incluir<br />

aspectos relativos ao programa, às responsabilida<strong>de</strong>s e forma <strong>de</strong> atuação <strong>do</strong>s<br />

preceptores, à seleção e promoção <strong>do</strong>s médicos Resi<strong>de</strong>ntes, às políticas regionais e<br />

institucionais, e a vá<strong>rio</strong>s outros (18). Este processo é necessariamente dinâmico e<br />

muitas vezes envolve a interação entre instituições, como po<strong>de</strong>mos observar no<br />

caso da CNRM e <strong>do</strong> CBR, nos seus esforços constantes no senti<strong>do</strong> <strong>de</strong> mo<strong>de</strong>rnizar e<br />

a<strong>de</strong>quar o programa. Nas diretrizes e normas para cre<strong>de</strong>nciamento tanto da CNRM<br />

e <strong>do</strong> CBR constam linhas gerais que <strong>de</strong>vem nortear os programas <strong>de</strong> Residência<br />

médica em Radiologia, mas nenhum <strong>do</strong>s <strong>do</strong>is dispõe <strong>de</strong> um programa <strong>de</strong>talha<strong>do</strong> que<br />

indique como essas recomendações possam ser <strong>de</strong>senvolvidas. O seminá<strong>rio</strong><br />

realiza<strong>do</strong> em 16 <strong>de</strong> sertembro <strong>de</strong> 1989 na Fundap, com a participação <strong>de</strong><br />

especialistas em Radiologia, representantes <strong>do</strong> CBR e CNRM , <strong>de</strong>monstrava que já<br />

havia uma preocupação com a discussão <strong>de</strong> temas relaciona<strong>do</strong>s aos requisitos<br />

mínimos <strong>de</strong> um programa <strong>de</strong> Residência Médica e às competências relativas à<br />

Radiologia (23).<br />

Experiências <strong>de</strong> outros países, como a norte-americana, na criação <strong>de</strong> um<br />

programa nacional, indicam que a evolução das práticas e o compromisso das<br />

Instituições po<strong>de</strong>m levar a uma melhoria global <strong>do</strong> ensino relativo à Residência<br />

Médica. Com a implementação <strong>do</strong> currículo pelo Conselho Americano <strong>de</strong><br />

Regulamentação <strong>de</strong> Educação Médica para Gradua<strong>do</strong>s (ACGME), houve uma boa<br />

a<strong>de</strong>rência das instituições às diretrizes e normas curriculares (15). Para que os<br />

coor<strong>de</strong>na<strong>do</strong>res <strong>de</strong> programa se mantenham atualiza<strong>do</strong>s em relação as diretrizes da<br />

ACGME, são organiza<strong>do</strong>s encontros anuais da associação <strong>de</strong> coor<strong>de</strong>na<strong>do</strong>res <strong>de</strong><br />

Residência (APDR) e foi edita<strong>do</strong> um manual para os coor<strong>de</strong>na<strong>do</strong>res (14). Os<br />

requisitos para os programas <strong>de</strong> Residência em Radiologia e os relaciona<strong>do</strong>s às<br />

próprias instituições reconhecidas foram publica<strong>do</strong>s recentemente (42). Para<br />

algumas subespecialida<strong>de</strong>s já estão sen<strong>do</strong> <strong>de</strong>senvolvi<strong>do</strong>s programas internacionais<br />

disponibiliza<strong>do</strong>s via internet e com a participação <strong>de</strong> especialistas <strong>de</strong> renome,<br />

representantes <strong>de</strong> diversos países, como no caso da Radiologia pediátrica (44).<br />

A principal vantagem da implementação <strong>de</strong> um programa básico com um<br />

conteú<strong>do</strong> programático claramente <strong>de</strong>fini<strong>do</strong>, é permitir que a formação <strong>do</strong> médico<br />

especialista seja mais homogênea em to<strong>do</strong> territó<strong>rio</strong> nacional. A criação <strong>de</strong> normas<br />

curriculares nacionais bem <strong>de</strong>finidas po<strong>de</strong> auxiliar no <strong>de</strong>senvolvimento da


especialida<strong>de</strong>, promoven<strong>do</strong> a mo<strong>de</strong>rnização contínua, <strong>de</strong>ntro <strong>de</strong> padrões<br />

internacionais.<br />

6.2 O processo <strong>de</strong> aprendiza<strong>do</strong><br />

Para ilustrar o processo <strong>de</strong> aprendiza<strong>do</strong>/ treinamento discuti<strong>do</strong> e toman<strong>do</strong><br />

como base as <strong>de</strong>finições <strong>do</strong> dicioná<strong>rio</strong> da língua portuguesa <strong>de</strong> Aurélio Buarque <strong>de</strong><br />

Holanda Ferreira (21) para certos termos correntemente utiliza<strong>do</strong>s, percebe-se<br />

certas diferenças <strong>de</strong> significa<strong>do</strong> entre eles :<br />

1. Instrução: Conhecimentos adquiri<strong>do</strong>s; cultura, saber, erudição.<br />

2. Formação: Constituição, caráter. Maneira por que se constituiu uma<br />

mentalida<strong>de</strong>, um caráter, ou um conhecimento profissional.<br />

3. Treinamento: Tornar apto, <strong>de</strong>stro, capaz, para <strong>de</strong>terminada tarefa ou<br />

ativida<strong>de</strong>; habilitar, a<strong>de</strong>strar.<br />

4. Conhecimento: Informação, notícia, ciência. Discernimento, crité<strong>rio</strong>,<br />

apreciação. Prática da vida, experiência. Consciência <strong>de</strong> si mesmo,<br />

acor<strong>do</strong>.<br />

5. Competência: Qualida<strong>de</strong> <strong>de</strong> quem é capaz <strong>de</strong> apreciar e resolver certo<br />

assunto, fazer <strong>de</strong>terminada coisa; capacida<strong>de</strong>, habilida<strong>de</strong>, aptidão,<br />

i<strong>do</strong>neida<strong>de</strong>.<br />

Consi<strong>de</strong>ran<strong>do</strong>-se que tanto <strong>do</strong> ponto <strong>de</strong> vista vernacular quanto pedagógico<br />

estes termos não são equivalentes, e existem importantes diferenças conceituais<br />

entre eles, é a<strong>de</strong>qua<strong>do</strong> afirmar que para atingir o objetivo da formação global não<br />

basta contemplar isoladamente um ou alguns <strong>do</strong>s conceitos supra menciona<strong>do</strong>s. No<br />

processo <strong>de</strong> formação, o conjunto torna-se essencial. A noção <strong>de</strong> competência<br />

presume não só a aquisição <strong>de</strong> conhecimentos mas, principalmente, a capacida<strong>de</strong><br />

<strong>de</strong> julgá-los e aplicá-los a<strong>de</strong>quadamente (30).


Mo<strong>de</strong>los basea<strong>do</strong>s somente na instrução e treinamento ten<strong>de</strong>m a não<br />

<strong>de</strong>senvolver o senso crítico e a autonomia necessária para a vida profissional,<br />

fazen<strong>do</strong> com que o médico Resi<strong>de</strong>nte apenas reproduza as práticas <strong>do</strong>s<br />

preceptores. Talvez o principal <strong>de</strong>safio na formação médica, <strong>de</strong> uma maneira geral,<br />

seja ser capaz <strong>de</strong> criar um profissional capacita<strong>do</strong> a lidar com a gran<strong>de</strong> quantida<strong>de</strong><br />

<strong>de</strong> informações e absorvê-las <strong>de</strong> uma maneira crítica, pois a evolução <strong>do</strong><br />

conhecimento médico é cada vez mais dinâmica. É fundamental que médico tenha<br />

na sua formação uma base sólida sobre Epi<strong>de</strong>miologia Clínica e Meto<strong>do</strong>logia<br />

Científica e que estes tópicos continuem a ser <strong>de</strong>senvolvi<strong>do</strong>s na Residência Médica.<br />

Deve-se ainda consi<strong>de</strong>rar que a incorporação <strong>de</strong>stes avanços técnicos e científicos<br />

têm como objetivo final a assistência a seres humanos, portanto necessita que<br />

sejam <strong>de</strong>senvolvidas aptidões <strong>de</strong> or<strong>de</strong>m social e psicológica, ten<strong>do</strong> os preceptores<br />

um papel essencial neste processo.<br />

Um ensino <strong>de</strong> Radiologia <strong>de</strong> boa qualida<strong>de</strong> na graduação tem um efeito<br />

positivo na escolha da especialida<strong>de</strong> pelos futuros médicos, e <strong>de</strong>partamentos com<br />

boa estrutura educacional po<strong>de</strong>m contribuir muito com a elaboração <strong>de</strong> políticas e<br />

diretrizes, tanto no nível <strong>de</strong> graduação como no <strong>de</strong> pós-graduação (25).<br />

Os médicos Resi<strong>de</strong>ntes <strong>de</strong>vem ser estimula<strong>do</strong>s a participar <strong>de</strong> ativida<strong>de</strong>s<br />

outras que simplesmente a realização <strong>de</strong> exames. A participação em congressos, a<br />

elaboração <strong>de</strong> trabalhos e <strong>de</strong> artigos, são ativida<strong>de</strong>s a serem estimuladas, pois<br />

permitem além da aquisição <strong>de</strong> conhecimentos específicos, a utilização prática <strong>de</strong><br />

conceitos <strong>de</strong> Epi<strong>de</strong>miologia clínica e Meto<strong>do</strong>logia científica. A apresentação <strong>de</strong><br />

seminá<strong>rio</strong>s e conferências <strong>de</strong>ve ser estimulada, pois exercita a capacida<strong>de</strong> <strong>de</strong><br />

síntese, além <strong>de</strong> aprofundar os conhecimentos sobre um <strong>de</strong>termina<strong>do</strong> assunto. O<br />

sistema <strong>de</strong> um médico Resi<strong>de</strong>nte preparan<strong>do</strong> casos para ensinar outro médico<br />

Resi<strong>de</strong>nte foi testa<strong>do</strong> quanto a sua eficácia, ten<strong>do</strong> si<strong>do</strong> consi<strong>de</strong>ra<strong>do</strong> relevante nos<br />

estu<strong>do</strong>s <strong>de</strong> Collins e cols (13). A leitura comentada <strong>de</strong> artigos <strong>de</strong> revistas médicas é<br />

outra importante ativida<strong>de</strong> a ser <strong>de</strong>senvolvida, pois permitirá o aprimoramento <strong>do</strong><br />

senso crítico na aquisição <strong>de</strong> novos conhecimentos, fundamental <strong>de</strong>ntro <strong>do</strong> conceito<br />

<strong>de</strong> aprendiza<strong>do</strong> à vida. Esta <strong>de</strong>ve ser realizada <strong>de</strong> maneira direcionada para o nível<br />

<strong>de</strong> complexida<strong>de</strong> espera<strong>do</strong> para cada ano, e possibilitar que o médico Resi<strong>de</strong>nte<br />

adquira a autonomia e, principalmente, o hábito <strong>de</strong> pesquisar constantemente a<br />

literatura médica. A confecção <strong>de</strong> monografia ao final da Residência é também<br />

interessante, pois congrega todas as características assinaladas para as ativida<strong>de</strong>s<br />

acima <strong>de</strong>scritas, além <strong>de</strong> representar um <strong>de</strong>safio pessoal e um marco simbólico na


conclusão <strong>de</strong> uma etapa, necessitan<strong>do</strong> <strong>de</strong> um trabalho em conjunto com o<br />

orienta<strong>do</strong>r. As ativida<strong>de</strong>s relacionadas à pesquisa também são interessantes no<br />

processo <strong>de</strong> formação <strong>do</strong> médico Resi<strong>de</strong>nte e foram objeto <strong>de</strong> estu<strong>do</strong> <strong>de</strong> Mcguire &<br />

Heberman (37). Estes verificaram que, muito embora a ACGME não inclua nos seus<br />

requisitos especificações quanto ao tipo <strong>de</strong> pesquisa, muitas instituições<br />

requisitavam a participação <strong>do</strong>s médicos Resi<strong>de</strong>ntes em projetos <strong>de</strong> pesquisa ou a<br />

realizá-los in<strong>de</strong>pen<strong>de</strong>ntemente. A maioria das instituições que respon<strong>de</strong>ram o<br />

questioná<strong>rio</strong> julgaram estar a<strong>de</strong>quadas aos requisitos da ACGME, embora em mais<br />

<strong>de</strong> 33% não tenha si<strong>do</strong> seleciona<strong>do</strong> qual o tipo <strong>de</strong> méto<strong>do</strong> utiliza<strong>do</strong> para estimular o<br />

<strong>de</strong>senvolvimento <strong>de</strong>sta ativida<strong>de</strong>. A introdução <strong>de</strong> um programa <strong>de</strong> estímulo às<br />

ativida<strong>de</strong>s ligadas a pesquisa durante a Residência Médica po<strong>de</strong> auxiliar no<br />

recrutamento <strong>de</strong> profissionais para a vida acadêmica e <strong>de</strong> futuros pesquisa<strong>do</strong>res,<br />

como foi <strong>de</strong>monstra<strong>do</strong> pela própria Socieda<strong>de</strong> Norte-Americana <strong>de</strong> Radiologia (28).<br />

Para o conhecimento <strong>do</strong> esta<strong>do</strong> <strong>do</strong> sistema em relação a este tema e outros,<br />

pesquisas periódicas são o meio mais comumente emprega<strong>do</strong>, como é relata<strong>do</strong> na<br />

experiência da Socieda<strong>de</strong> Cana<strong>de</strong>nse <strong>de</strong> Radiologia (29). Estas pesquisas são<br />

realizadas através <strong>de</strong> questioná<strong>rio</strong>s envia<strong>do</strong>s via correio eletrônico, tornan<strong>do</strong> ágil e<br />

menos dispendioso o acompanhamento da situação das diversas instituições<br />

envolvidas. Desta maneira, é possível conhecer a opinião <strong>do</strong>s coor<strong>de</strong>na<strong>do</strong>res <strong>de</strong><br />

programa, permitin<strong>do</strong> que qualquer alteração proposta tenha uma representativida<strong>de</strong><br />

maior e que não seja restrita meramente a uma esfera burocrática.<br />

6.3 Sobre o programa<br />

Serão discuti<strong>do</strong>s os seguintes tópicos que integram o programa básico proposto:<br />

a) Objetivos<br />

b) Conteú<strong>do</strong> Programático<br />

c) Disposições/ Requisitos a propósito <strong>do</strong>s Preceptores<br />

d) Méto<strong>do</strong>s (operacionais)<br />

e) Avaliação


6.3.a. Objetivos<br />

O estabelecimento <strong>de</strong> metas e objetivos a serem alcança<strong>do</strong>s <strong>de</strong>ntro da<br />

elaboração das normas curriculares em Radiologia e Diagnóstico por Imagem, é<br />

fundamental para nortear quais são as competências a serem adquiridas e<br />

consolidadas ao término <strong>do</strong> programa <strong>de</strong> Residência Médica.<br />

Toda a <strong>do</strong>cumentação relativa ao programa <strong>de</strong> Residência Médica, bem com<br />

o estatuto da instituição, <strong>de</strong>ve ser distribuída aos médicos Resi<strong>de</strong>ntes e estar<br />

disponível para eventuais consultas. As responsabilida<strong>de</strong>s quanto aos cuida<strong>do</strong>s com<br />

pacientes e a maneira como será supervisionada <strong>de</strong>vem ser especificadas tanto<br />

para os médicos Resi<strong>de</strong>ntes quanto para to<strong>do</strong>s os membros da equipe,<br />

asseguran<strong>do</strong> um sistema eficiente <strong>de</strong> comunicação e interação com os preceptores<br />

(18). A a<strong>de</strong>quação <strong>do</strong> programa e da Instituição as normas curriculares <strong>de</strong>ve ser<br />

realizada através <strong>de</strong> revisões periódicas, permitin<strong>do</strong> que a sua implementação seja<br />

um processo dinâmico, com a participação <strong>do</strong>s membros da Instituição.<br />

A organização <strong>de</strong> um programa básico inclui tanto uma parte teórica, com a<br />

elaboração <strong>de</strong> uma lista <strong>de</strong> tópicos a serem ensina<strong>do</strong>s e ativida<strong>de</strong>s a serem<br />

realizadas, quanto uma parte prática, envolven<strong>do</strong> não só a realização <strong>de</strong> exames e<br />

a emissão <strong>do</strong>s respectivos lau<strong>do</strong>s, mas também aspectos relativos ao<br />

<strong>de</strong>senvolvimento da maturida<strong>de</strong>, atitu<strong>de</strong> e relacionamento.<br />

O planejamento educacional é uma etapa fundamental e <strong>de</strong>ve ser organiza<strong>do</strong><br />

<strong>de</strong>finin<strong>do</strong>-se os objetivos, o conteú<strong>do</strong> , a meto<strong>do</strong>logia e a avaliação. A elaboração <strong>de</strong><br />

objetivos com a <strong>de</strong>finição precisa das metas a serem alcançadas é importante para<br />

informar e uniformizar as ações <strong>do</strong>s preceptores, além <strong>de</strong> permitir um participação<br />

mais consciente <strong>do</strong> médico Resi<strong>de</strong>nte no seu processo <strong>de</strong> formação. To<strong>do</strong> processo<br />

educativo implica necessariamente em uma transformação <strong>de</strong> um comportamento<br />

inicial para um comportamento terminal, <strong>de</strong> acor<strong>do</strong> com um <strong>de</strong>sempenho mínimo<br />

pré-<strong>de</strong>termina<strong>do</strong> (17).<br />

6.3.b. Conteú<strong>do</strong> programático<br />

O conteú<strong>do</strong> programático mínimo <strong>de</strong>ve ser <strong>de</strong>senvolvi<strong>do</strong> a partir <strong>de</strong> um elenco<br />

<strong>de</strong> tópicos p<strong>rio</strong>ritá<strong>rio</strong>s, contextualiza<strong>do</strong>s, críticamente analiza<strong>do</strong>s e finalmente<br />

<strong>de</strong>fini<strong>do</strong>s. Deve ser resultante <strong>de</strong> um processo <strong>de</strong> reflexão profunda e sistemática,<br />

conciso o suficiente para ser bem ensina<strong>do</strong> e en<strong>do</strong>ssa<strong>do</strong> pela especialida<strong>de</strong> como<br />

um to<strong>do</strong> (25,19). A Associação <strong>do</strong>s Diretores <strong>de</strong> Programas em Radiologia <strong>do</strong>s<br />

Esta<strong>do</strong>s Uni<strong>do</strong>s (APDR) <strong>de</strong>senvolveu programas, a serem cumpri<strong>do</strong>s a nível


nacional pelos médicos Resi<strong>de</strong>ntes, nas áreas <strong>de</strong> Radiologia e Diagnóstico por<br />

Imagem nas seguintes regiões anatômicas, sistemas ou méto<strong>do</strong>s diagnósticos:<br />

cabeça e pescoço, tórax e cardiovascular, gastrointestinal, genituriná<strong>rio</strong>, mama,<br />

músculo-esquelético, neurorradiologia e ultra-sonografia (43). Iniciativas<br />

semelhantes foram realizadas, em nosso meio, com o apoio <strong>do</strong> CBR na a<strong>do</strong>ção <strong>do</strong>s<br />

ca<strong>de</strong>rnos para a habilitação em Física e mamografia coor<strong>de</strong>na<strong>do</strong>s por Soares e<br />

Koch, respectivamente (47,32).<br />

Numa didática tradicional, o conteú<strong>do</strong> é um conjunto <strong>de</strong> informações a ser<br />

estuda<strong>do</strong> pelo aluno, constituin<strong>do</strong> um acúmulo <strong>de</strong> da<strong>do</strong>s consi<strong>de</strong>ra<strong>do</strong>s como<br />

verda<strong>de</strong> (36). No caso <strong>do</strong> conhecimento médico, este é proveniente das evidências<br />

acumuladas na literatura resultantes <strong>de</strong> um processo cada vez mais dinâmico face<br />

ao acelera<strong>do</strong> <strong>de</strong>senvolvimento científico e tecnológico. Numa abordagem mais<br />

mo<strong>de</strong>rna, o conteú<strong>do</strong> <strong>de</strong>ve ir além <strong>de</strong> seu propósito básico, abrangen<strong>do</strong><br />

competências outras além <strong>do</strong> conhecimento, que permitam um <strong>de</strong>senvolvimento<br />

global <strong>do</strong> aluno. No caso da presente proposta, além <strong>do</strong> conteú<strong>do</strong> programático<br />

mínimo, estão incluí<strong>do</strong>s itens relativos à capacitação para o exercício profissional,<br />

lista<strong>do</strong>s <strong>de</strong> uma forma hierarquizada.<br />

A meto<strong>do</strong>logia <strong>de</strong>verá incluir estratégias <strong>de</strong> ação visan<strong>do</strong> atingir os<br />

objetivos estipula<strong>do</strong>s e permitin<strong>do</strong> o <strong>de</strong>senvolvimento e a aquisição <strong>do</strong> conteú<strong>do</strong>.<br />

Estas estratégias <strong>de</strong>vem ainda levar em consi<strong>de</strong>ração o nível <strong>de</strong> conhecimento<br />

prévio <strong>do</strong>s médicos Resi<strong>de</strong>ntes e as reais possibilida<strong>de</strong>s da Instituição envolvida. Os<br />

recursos humanos e materiais disponíveis são fundamentais para possibilitar o<br />

<strong>de</strong>senvolvimento <strong>de</strong> qualquer meto<strong>do</strong>logia, principalmente no caso da formação <strong>de</strong><br />

médicos Resi<strong>de</strong>ntes em Radiologia, pois o mo<strong>de</strong>lo baseia-se majoritariamente em<br />

treinamento.<br />

O conteú<strong>do</strong> programático <strong>de</strong>senvolvi<strong>do</strong> nesta dissertação foi revisa<strong>do</strong> por três<br />

médicos radiologistas com notó<strong>rio</strong> saber na área <strong>de</strong> Radiologia e diagnóstico por<br />

imagem <strong>do</strong> tórax. As questões relativas ao módulo <strong>de</strong> tórax das provas para<br />

obtenção <strong>de</strong> título <strong>de</strong> especialista e as relativas ao PNRERADI, ambas promovidas<br />

pelo CBR, foram analisadas por estes especialistas no senti<strong>do</strong> <strong>de</strong> avaliar se o<br />

conteú<strong>do</strong> programático mínimo proposto serviria como base para tais avaliações,<br />

ten<strong>do</strong> si<strong>do</strong> consi<strong>de</strong>ra<strong>do</strong> suficientemente abrangente para tal propósito por to<strong>do</strong>s os<br />

revisores.


A análise da estatística quanto a porcentagem <strong>de</strong> acertos das questões<br />

relativas ao módulo <strong>de</strong> tórax da prova para obtenção <strong>de</strong> título <strong>de</strong> especialista <strong>do</strong><br />

CBR <strong>de</strong> 2005, <strong>de</strong>monstrou um baixo índice <strong>de</strong> acertos, constatan<strong>do</strong>-se que em cerca<br />

<strong>de</strong> 75% das questões menos <strong>de</strong> 60% <strong>do</strong>s candidatos assinalaram a alternativa<br />

correta (Quadro 5). Este baixo índice <strong>de</strong> acertos po<strong>de</strong> refletir uma dificulda<strong>de</strong> <strong>do</strong>s<br />

candidatos em apren<strong>de</strong>r a<strong>de</strong>quadamente os tópicos mais relevantes da<br />

especialida<strong>de</strong>, o que constitui um fato alarmante. A organização <strong>de</strong> um conteú<strong>do</strong><br />

programático mínimo recomenda<strong>do</strong> pelo CBR, após análise e discussão com seus<br />

membros e consultores, provavelmente auxiliaria na melhoria <strong>do</strong> nível <strong>de</strong> acertos<br />

nas provas traduzin<strong>do</strong> uma melhor qualida<strong>de</strong> <strong>de</strong> formação. Este fato já foi verifica<strong>do</strong><br />

ante<strong>rio</strong>rmente, e culminou com a a<strong>do</strong>ção <strong>do</strong>s ca<strong>de</strong>rnos <strong>de</strong> Física e mamografia<br />

(47,32), ten<strong>do</strong> si<strong>do</strong> verifica<strong>do</strong> uma melhora expressiva no índice <strong>de</strong> acertos nas<br />

provas nestas áreas.<br />

Quadro 5. Estatísticas <strong>do</strong> exame RDDI – 05.06.2005. Questões relativas ao<br />

módulo <strong>de</strong> tórax. Número <strong>de</strong> participantes: 374.<br />

Número da questão<br />

Número <strong>de</strong> acertos<br />

Porcentagem <strong>de</strong> acertos<br />

96 354 94,7%<br />

97 112 29,9%<br />

98 274 73,3%<br />

99 156 41,7%<br />

100 345 92,2%<br />

101 212 56,7%<br />

102 61 16,3%<br />

103 179 47,9%<br />

104 132 35,3%<br />

105 97 25,9%<br />

106 223 59,6%<br />

107 123 32,9%


6.3.c. Disposições/ requisitos a propósito <strong>do</strong>s preceptores<br />

Segun<strong>do</strong> a <strong>de</strong>finição da Comissão Nacional <strong>de</strong> Residência Médica (CNRM),<br />

preceptor é o profissional com qualificação ética e técnica para supervisionar as<br />

ativida<strong>de</strong>s <strong>do</strong>s médicos Resi<strong>de</strong>ntes em todas as etapas <strong>do</strong> treinamento, pertencente<br />

ao corpo <strong>do</strong>cente da Instituição <strong>de</strong> ensino ou membro da equipe <strong>do</strong> serviço (4) .<br />

Portanto, ele <strong>de</strong>sempenha um papel fundamental durante a formação <strong>do</strong> médico<br />

Resi<strong>de</strong>nte, prestan<strong>do</strong> auxílio tanto na aquisição <strong>de</strong> novos conhecimentos quanto no<br />

<strong>de</strong>senvolvimento <strong>de</strong> habilida<strong>de</strong>s e atitu<strong>de</strong>s favoráveis em relação ao atendimento<br />

<strong>do</strong>s pacientes. Os preceptores estão envolvi<strong>do</strong>s com ativida<strong>de</strong>s relacionadas à<br />

educação médica, <strong>de</strong>ven<strong>do</strong> portanto <strong>de</strong>senvolver suas ativida<strong>de</strong>s <strong>de</strong>ntro <strong>de</strong> um<br />

programa <strong>de</strong> ensino. O planejamento <strong>do</strong> aprendiza<strong>do</strong> constitui etapa importante para<br />

o <strong>de</strong>senvolvimento das ativida<strong>de</strong>s a serem executadas pelos médicos Resi<strong>de</strong>ntes e<br />

estas <strong>de</strong>vem ser estabelecidas após ampla discussão e reflexão, contextualizadas<br />

<strong>de</strong>ntro <strong>do</strong> perfil da instituição (46).<br />

A<strong>de</strong>quar e melhorar o currículo necessita que os membros das instituições<br />

estejam profundamente inseri<strong>do</strong>s no processo. A qualida<strong>de</strong> <strong>do</strong> atendimento médico<br />

e das políticas institucionais traz em si as marcas <strong>do</strong> tipo <strong>de</strong> ensino médico pratica<strong>do</strong><br />

nas últimas décadas (33).<br />

As estratégias para estimular o <strong>de</strong>senvolvimento <strong>do</strong> ensino médico, no caso<br />

específico da Residência Médica, <strong>de</strong>vem ser discutidas. No tripé da tradicional<br />

estrutura <strong>de</strong> ensino médico acadêmico basea<strong>do</strong>s no atendimento médico, pesquisa<br />

e ensino, a parte educacional apresenta uma tendência a ser consi<strong>de</strong>rada com<br />

menor importância (33). Margulis (36), em seu editorial para a revista Aca<strong>de</strong>mic<br />

Radiology, questiona se a carreira universitária ainda é atrativa, pois os jovens<br />

radiologistas têm si<strong>do</strong> intensamente recruta<strong>do</strong>s pelos grupos priva<strong>do</strong>s, o que po<strong>de</strong><br />

afetar a prática acadêmica. As causas mais freqüentemente mencionadas são os<br />

baixos salá<strong>rio</strong>s quan<strong>do</strong> compara<strong>do</strong>s aos <strong>do</strong> priva<strong>do</strong>, longos perío<strong>do</strong>s entre<br />

promoções, atmosfera competitiva, imperativida<strong>de</strong> <strong>de</strong> publicação, concomitante<br />

necessida<strong>de</strong> <strong>de</strong> realizar a parte assistencial que po<strong>de</strong> ser tão pesada quanto no<br />

setor priva<strong>do</strong>, a organização hierárquica e a necessida<strong>de</strong> <strong>de</strong> ser politicamente<br />

correto (36). Problemas semelhantes são enfrenta<strong>do</strong>s por aqueles que optam por<br />

uma carreira universitária no Brasil, sen<strong>do</strong> díficil recrutar profissionais que se<br />

<strong>de</strong>dicarão exclusivamente à ativida<strong>de</strong> acadêmica. Os preceptores são fundamentais


no mo<strong>de</strong>lo <strong>de</strong> Residência Médica tal como foi concebi<strong>do</strong>. A <strong>de</strong>finição <strong>de</strong> preceptor<br />

pela CNRM é muito abrangente, fazen<strong>do</strong> com que praticamente qualquer membro<br />

da equipe clínica seja potencialmente um preceptor. Ten<strong>do</strong> em vista o importante<br />

papel <strong>do</strong> preceptor no sistema, talvez fosse interessante instituir-se uma formação<br />

específica para este cargo, e que estes fossem também pe<strong>rio</strong>dicamente avalia<strong>do</strong>s<br />

quanto ao <strong>de</strong>sempenho <strong>de</strong> suas funções. Esta formação po<strong>de</strong>ria somar pontos em<br />

possíveis ascensões funcionais ou implicar em um ganho salarial diferencia<strong>do</strong>, e ser<br />

obrigatória para se exercer a função <strong>de</strong> preceptor, tornan<strong>do</strong>-a mais atrativa. A<br />

participação nas ativida<strong>de</strong>s <strong>de</strong>senvolvidas em congressos pelo CBR visan<strong>do</strong><br />

promover o encontro <strong>de</strong> preceptores e a discussão <strong>de</strong> temas relaciona<strong>do</strong>s à<br />

Residência Médica <strong>de</strong>vem ser estimuladas, pois constituem um meio efetivo e<br />

importante para gerar mudaças e a<strong>de</strong>quações no sistema.<br />

6.3.d. Méto<strong>do</strong>s (operacionais)<br />

A infra-estrutura é um aspecto muito importante a ser discuti<strong>do</strong>, pois esta não<br />

<strong>de</strong>ve se limitar somente aos recursos clínicos (aparelhos, salas <strong>de</strong> exame e <strong>de</strong><br />

interpretação) mas também aos recursos educacionais a serem utiliza<strong>do</strong>s no<br />

processo <strong>de</strong> ensino-aprendiza<strong>do</strong> (10). Estes incluem bibliotecas, computa<strong>do</strong>res em<br />

re<strong>de</strong>, arquivos <strong>de</strong> ensino, salas <strong>de</strong> conferências, laborató<strong>rio</strong> digital e acessos à sites<br />

e revistas. Quan<strong>do</strong> a biblioteca é compartilhada com o restante da instituição é<br />

necessá<strong>rio</strong> um trabalho ativo <strong>do</strong>s radiologistas <strong>do</strong> <strong>de</strong>partamento recomendan<strong>do</strong><br />

quais livros, revistas e periódicos <strong>de</strong>vem ser adquiri<strong>do</strong>s. A ACGME recomenda como<br />

mínima as seguintes revistas : Aca<strong>de</strong>mic Radiology, American Journal of<br />

Roentgenology, RadioGraphics and Radiology (10). Os três últimos periódicos têm<br />

um impacto inquestionável na formação <strong>de</strong> especialistas a nível mundial. O CBR<br />

recomenda como periódicos obrigató<strong>rio</strong>s a Revista da Imagem e Radiologia<br />

Brasileira (11). No espaço <strong>de</strong> leitura, além <strong>do</strong>s livros utiliza<strong>do</strong>s como referência, <strong>de</strong>ve<br />

haver pelo menos um computa<strong>do</strong>r com acesso à internet. Um sistema i<strong>de</strong>al <strong>de</strong>ve<br />

assegurar que os livros sejam acessíveis e que circulem a cada troca <strong>de</strong> módulo<br />

entre os médicos Resi<strong>de</strong>ntes. Uma re<strong>de</strong> <strong>de</strong> sistemas <strong>de</strong> computação conten<strong>do</strong> um<br />

sistema <strong>de</strong> informação hospitalar, um <strong>de</strong> informações radiológicas e um sistema <strong>de</strong><br />

comunicação e arquivo pictográfico (picture archiving and communication system /<br />

PACS) são <strong>de</strong> gran<strong>de</strong> auxílio no processo educacional. A presença <strong>do</strong> PACS<br />

transforma to<strong>do</strong> caso em potencial objeto <strong>de</strong> ensino, porque as imagens são ampla e


simultaneamente disponíveis. Um sistema <strong>de</strong> conexão à internet é importante no<br />

senti<strong>do</strong> <strong>de</strong> permitir que os recursos <strong>de</strong> consulta bibliográfica sejam prontamente<br />

acessíveis: sites importantes como o da biblioteca institucional e PubMed (National<br />

Library of Medicine / www.ncbi.nih.gov/ entrez/ query/ fcgi), outros instrumentos<br />

como Google (www. google.com) po<strong>de</strong>m ser úteis localizan<strong>do</strong> recursos, e o site <strong>do</strong><br />

RSNA (www. rsna.org) e seus periódicos para consulta. A facilida<strong>de</strong> <strong>de</strong> acesso torna<br />

estes recursos mais versáteis que os livros, no senti<strong>do</strong> <strong>de</strong> serem acessíveis to<strong>do</strong><br />

tempo e para to<strong>do</strong>s os usuá<strong>rio</strong>s. Arquivos <strong>de</strong> sites adquiri<strong>do</strong>s comercialmente<br />

também po<strong>de</strong>m ser utiliza<strong>do</strong>s. Outra possibilida<strong>de</strong> para a formação <strong>do</strong>s arquivos é a<br />

contribuição <strong>do</strong>s próp<strong>rio</strong>s médicos <strong>do</strong> serviço na <strong>do</strong>cumentação <strong>de</strong> casos. O CBR<br />

recomenda um arquivo didático/científico com casos (sem quantida<strong>de</strong> <strong>de</strong>finida) em<br />

praticamente to<strong>do</strong>s os aspectos <strong>de</strong> diagnósticos para possibilitar uma uniformização<br />

no ensino. A ACGME recomenda um arquivo digital ou não, <strong>de</strong> pelo menos 1000<br />

casos relativos a to<strong>do</strong>s o espectro <strong>do</strong> diagnóstico em Radiologia para uso <strong>do</strong>s<br />

médicos Resi<strong>de</strong>ntes (10). O aspecto mais importante <strong>de</strong>ve ser a diversida<strong>de</strong> <strong>do</strong><br />

arquivo, muito mais <strong>do</strong> que seu valor numérico.<br />

Na sua tese <strong>de</strong> <strong>do</strong>utora<strong>do</strong> sobre a avaliação <strong>do</strong>s programas <strong>de</strong><br />

Residência Médica em Radiologia , Sousa (50) realizou, <strong>de</strong>ntre outros, um<br />

importante levantamento das condições materiais e operacionais <strong>de</strong> 44 instituições<br />

<strong>do</strong>s 55 cre<strong>de</strong>ncia<strong>do</strong>s pela CNRM na época. Foi verifica<strong>do</strong> que várias instituições não<br />

possuiam os equipamentos necessá<strong>rio</strong>s para o treinamento <strong>do</strong> médico Resi<strong>de</strong>nte e<br />

que as dificulda<strong>de</strong>s das instituições <strong>de</strong> saú<strong>de</strong> para a aquisição <strong>de</strong> novos<br />

equipamentos e a manutenção <strong>do</strong>s atuais representavam uma falha <strong>do</strong> Programa,<br />

uma vez que limitavam a realização <strong>de</strong> exames necessá<strong>rio</strong>s para a formação <strong>do</strong><br />

médico Resi<strong>de</strong>nte. Além disso, os Programas não dispunham <strong>do</strong> registro <strong>do</strong>s<br />

procedimentos realiza<strong>do</strong>s pelos médicos Resi<strong>de</strong>ntes a cada ano <strong>de</strong> treinamento e<br />

em cada estágio realiza<strong>do</strong>, o que dificultava a avaliação das competências<br />

alcançadas por eles. Tais da<strong>do</strong>s objetivos são <strong>de</strong> interesse fundamental no<br />

planejamento <strong>de</strong> implementação <strong>de</strong> mudanças, pois <strong>de</strong>vem ser leva<strong>do</strong>s em<br />

consi<strong>de</strong>ração na discussão <strong>de</strong> quais estatégias <strong>de</strong>vem ser a<strong>do</strong>tadas, como, por<br />

exemplo, convênios entre instituições. Esses da<strong>do</strong>s são ainda mais relevantes<br />

quan<strong>do</strong> consi<strong>de</strong>ramos que, segun<strong>do</strong> análise <strong>do</strong> próp<strong>rio</strong> autor, a legislação sobre a<br />

Radiologia encontrava-se <strong>de</strong>fasada, pois já não atendia a expressiva evolução da<br />

especialida<strong>de</strong> nos últimos anos. A Resolução CNRM nº 01/ 02 (8) <strong>de</strong>ntre seus novos


crité<strong>rio</strong>s para o cre<strong>de</strong>nciamento, atualizou esta <strong>de</strong>manda <strong>de</strong> equipamentos, sen<strong>do</strong><br />

semelhante à consi<strong>de</strong>rada essencial pelo CBR.<br />

Quanto ao número <strong>de</strong> exames/lau<strong>do</strong>s a serem realiza<strong>do</strong>s pelos médicos<br />

Resi<strong>de</strong>ntes, não existe consenso em relação ao número <strong>de</strong> ativida<strong>de</strong>s que <strong>de</strong>vam<br />

ser realizadas a cada ano. A CNRM <strong>de</strong>termina o mínimo <strong>de</strong> 5.000 procedimentos,<br />

lau<strong>do</strong>s ou relató<strong>rio</strong>s a serem executa<strong>do</strong>s a cada ano <strong>do</strong> programa (8,6), enquanto o<br />

CBR recomenda que o número médio <strong>de</strong> exames realiza<strong>do</strong>s pelo médico Resi<strong>de</strong>nte<br />

<strong>de</strong>va ser entre 6.000 e 7.000 a cada ano <strong>de</strong> treinamento (11). Recentemente,<br />

McGuire et al. (38) realizaram um inquérito dirigi<strong>do</strong> aos coor<strong>de</strong>na<strong>do</strong>res <strong>de</strong><br />

Programas <strong>de</strong> Residência Médica <strong>de</strong> 192 instituições americanas cre<strong>de</strong>nciadas pelo<br />

Conselho Americano <strong>de</strong> Educação Médica para Gradua<strong>do</strong>s (ACGME). No senti<strong>do</strong> <strong>de</strong><br />

melhor enten<strong>de</strong>r o contexto no qual esta pesquisa foi realizada, cabe ressaltar que<br />

em mea<strong>do</strong>s <strong>de</strong> 2002 a ACGME havia proposto um sistema <strong>de</strong> avaliação e<br />

acompanhamento <strong>do</strong>s médicos Resi<strong>de</strong>ntes que utilizaria valores numéricos relativos<br />

aos exames/lau<strong>do</strong>s realiza<strong>do</strong>s para cada uma das diferentes modalida<strong>de</strong>s <strong>de</strong><br />

diagnóstico por imagem. O objetivo <strong>de</strong>ste estu<strong>do</strong> foi conhecer a opinião <strong>do</strong>s<br />

gerentes <strong>de</strong> Programas <strong>de</strong> Residência Médica a propósito da proprieda<strong>de</strong> da<br />

incorporação <strong>de</strong> indica<strong>do</strong>res numéricos padroniza<strong>do</strong>s (quantida<strong>de</strong> <strong>de</strong> exames e<br />

lau<strong>do</strong>s realiza<strong>do</strong>s) no conjunto <strong>de</strong> requisitos mínimos exigi<strong>do</strong>s para a certificação <strong>de</strong><br />

um Programa <strong>de</strong> Residência Médica. Apenas 44 <strong>do</strong>s 192 coor<strong>de</strong>na<strong>do</strong>res <strong>de</strong><br />

programas respon<strong>de</strong>ram ao questioná<strong>rio</strong>. Dentre os que respon<strong>de</strong>ram, 77% foram<br />

contra a a<strong>do</strong>ção <strong>de</strong> tais crité<strong>rio</strong>s. Os autores concluíram que a análise <strong>do</strong>s<br />

questioná<strong>rio</strong>s respondi<strong>do</strong>s i<strong>de</strong>ntificou a existência <strong>de</strong> um forte sentimento <strong>de</strong><br />

oposição à incorporação <strong>do</strong>s indica<strong>do</strong>res numéricos no processo <strong>de</strong> cre<strong>de</strong>nciamento<br />

<strong>do</strong> programa <strong>de</strong> Residência Médica em Radiologia. No Brasil, Sousa analisou as<br />

condições <strong>de</strong> ensino <strong>de</strong> 44 instituições que oferecem Programas <strong>de</strong> Residência<br />

Médica em Radiologia, <strong>de</strong>vidamente cre<strong>de</strong>ncia<strong>do</strong>s pela CNRM e verificou que<br />

apenas uma <strong>de</strong>stas instituições utilizava indica<strong>do</strong>res numéricos. Apesar <strong>de</strong>sta<br />

instituição preconizar um número mínimo <strong>de</strong> lau<strong>do</strong>s <strong>de</strong> exames <strong>de</strong> Radiologia<br />

Convencional (2.200) a ser produzi<strong>do</strong> por cada um <strong>do</strong>s médicos Resi<strong>de</strong>ntes durante<br />

o primeiro ano <strong>de</strong> treinamento em Serviço, foi constata<strong>do</strong> que na prática o registro<br />

<strong>do</strong>s procedimentos executa<strong>do</strong>s pelos médicos Resi<strong>de</strong>ntes em cada ano <strong>de</strong><br />

treinamento não é realiza<strong>do</strong> rotineiramente (50). Para evitar situações como esta,<br />

Le<strong>de</strong>rman e Clemente Filho recomendaram que os exames realiza<strong>do</strong>s pelos<br />

médicos Resi<strong>de</strong>ntes sejam anota<strong>do</strong>s em um livro <strong>de</strong> registro, conten<strong>do</strong> da<strong>do</strong>s


elaciona<strong>do</strong>s ao fluxo <strong>do</strong> paciente no Serviço, <strong>de</strong>s<strong>de</strong> a chegada <strong>do</strong> pedi<strong>do</strong> até a data<br />

<strong>de</strong> realização <strong>do</strong> exame. Essa conduta permite a verificação correta <strong>do</strong> número <strong>de</strong><br />

exames executa<strong>do</strong>s pelo médico Resi<strong>de</strong>nte durante os vá<strong>rio</strong>s anos <strong>de</strong> treinamento<br />

(34). Cabe ressaltar que nos últimos anos, <strong>de</strong> maneira geral na prática médica, tais<br />

instrumentos <strong>de</strong> controle têm si<strong>do</strong> fortemente valoriza<strong>do</strong>s em todas as diretrizes<br />

elaboradas com o objetivo <strong>de</strong> assegurar assistência médica <strong>de</strong> qualida<strong>de</strong>. Nos<br />

Serviços que possuam sistema <strong>de</strong> lau<strong>do</strong>s informatiza<strong>do</strong>s, o controle puramente<br />

numérico <strong>do</strong> quantitativo <strong>de</strong> lau<strong>do</strong>s emiti<strong>do</strong>s pelos médicos Resi<strong>de</strong>ntes não <strong>de</strong>ve<br />

constituir um problema maior, mas a análise da qualida<strong>de</strong> <strong>do</strong> treinamento não <strong>de</strong>ve<br />

se limitar somente aos valores numéricos.<br />

6.3.e. Avaliação<br />

O sistema <strong>de</strong> avaliação é extremamente relevante em qualquer ativida<strong>de</strong><br />

relacionada ao ensino. Trata-se <strong>de</strong> instrumento necessá<strong>rio</strong> tanto para o aluno quanto<br />

para o professor e para a instituição. Mensurar e estabelecer juízo <strong>de</strong> valor sobre o<br />

grau <strong>de</strong> competência adquirida pelo especializan<strong>do</strong> durante os anos <strong>de</strong> Residência<br />

Médica e, por outro la<strong>do</strong>, conhecer a eficácia da meto<strong>do</strong>logia e das condições<br />

operacionais vigentes no ambiente <strong>de</strong> formação, serve a múltiplos propósitos. A<br />

avaliação estimula a aprendizagem, mantêm o aprendiz informa<strong>do</strong>, i<strong>de</strong>ntifica pontos<br />

fortes e fracos <strong>do</strong> processo <strong>de</strong> aprendizagem. Esta alcança seu pleno significa<strong>do</strong><br />

quan<strong>do</strong> seus resulta<strong>do</strong>s são comunica<strong>do</strong>s, comenta<strong>do</strong>s e utiliza<strong>do</strong>s como matériaprima<br />

para a<strong>de</strong>quada reflexão (45). O professor, à semelhança <strong>do</strong> aluno, po<strong>de</strong><br />

avaliar seu trabalho através da incidência <strong>de</strong> erros e acertos <strong>do</strong>s alunos,<br />

reorganizan<strong>do</strong> o conteú<strong>do</strong> e os procedimentos <strong>de</strong> ensino. Assim, coerente com sua<br />

vocação natural <strong>de</strong> aplicabillida<strong>de</strong> na análise <strong>de</strong> duas dimensões distintas <strong>do</strong><br />

processo <strong>de</strong> formação, a avaliação é fundamental tanto <strong>do</strong> ponto <strong>de</strong> vista <strong>do</strong><br />

julgamento <strong>do</strong> grau <strong>de</strong> aquisição <strong>do</strong> conhecimento pelo especializan<strong>do</strong> e da própria<br />

performance <strong>de</strong>ste no processo <strong>de</strong> tornar-se competente, quanto da perspectiva <strong>do</strong><br />

preceptor e da instituição. Em outros termos: constitui o espelho que permite<br />

contemplar in totum o processo <strong>de</strong> formação. Em um estu<strong>do</strong> sobre meto<strong>do</strong>logias<br />

concebidas para otimizar o grau <strong>de</strong> informação sobre a aquisição <strong>de</strong> conhecimentos<br />

específicos pelos alunos <strong>do</strong> curso médico, informação esta, <strong>de</strong>stinada aos próp<strong>rio</strong>s<br />

alunos, Paukert e associa<strong>do</strong>s observaram que para o aluno, in<strong>de</strong>pen<strong>de</strong>ntemente da<br />

meto<strong>do</strong>logia escolhida, o ensino vincula<strong>do</strong> ao retorno (feed-back) é essencial para<br />

promover a manutenção <strong>do</strong> interesse, a satisfação e a motivação durante os anos<br />

<strong>de</strong> aprendizagem (41). Koch chama a atenção para o fato <strong>de</strong> que a avaliação <strong>do</strong>


especialista <strong>de</strong>ve ultrapassar não só a qualida<strong>de</strong> <strong>do</strong> seu conhecimento para o<br />

diagnóstico, mas a qualida<strong>de</strong> da assistência à saú<strong>de</strong> – dimensão ética da avaliação<br />

educacional (33) . No caso da Residência Médica é <strong>de</strong>sejável um mo<strong>de</strong>lo que avalie<br />

não só a aquisição <strong>de</strong> conhecimentos teóricos, mas também a capacida<strong>de</strong> <strong>de</strong><br />

incorporação <strong>de</strong>stes na prática clínica. Sousa (50,52) estudan<strong>do</strong> os processos <strong>de</strong><br />

cre<strong>de</strong>nciamento <strong>de</strong> Programas <strong>de</strong> Residência Médica e através das visitas às<br />

mesmas, constatou que a avaliação <strong>de</strong> <strong>de</strong>sempenho era realizada, freqüentemente,<br />

<strong>de</strong> maneira pessoal pelos preceptores, <strong>de</strong> forma não sistemática e nem sempre os<br />

resulta<strong>do</strong>s eram <strong>do</strong> conhecimento <strong>do</strong> médico Resi<strong>de</strong>nte. Este mesmo autor já havia<br />

discuti<strong>do</strong> e proposto num artigo (49), diferentes mo<strong>de</strong>los <strong>de</strong> avaliação <strong>de</strong><br />

<strong>de</strong>sempenho, práticos e viáveis, que po<strong>de</strong>riam ser incorpora<strong>do</strong>s pelos programas <strong>de</strong><br />

Residência Médica. Avaliações <strong>de</strong> <strong>de</strong>sempenho por outros membros da equipe<br />

além <strong>do</strong>s preceptores <strong>de</strong>vem ser realizadas a fim <strong>de</strong> acompanhar o grau <strong>de</strong> inserção<br />

e comunicação <strong>do</strong> médico Resi<strong>de</strong>nte com a equipe <strong>de</strong> profissionais <strong>de</strong> saú<strong>de</strong> e com<br />

os funcioná<strong>rio</strong>s administrativos. Esta po<strong>de</strong> ser também útil no julgamento da<br />

qualida<strong>de</strong> da assistência prestada ao paciente, sob um ponto <strong>de</strong> vista diferente <strong>do</strong><br />

preceptor.<br />

As avaliações <strong>de</strong>vem ser realizadas <strong>de</strong>ntro <strong>de</strong> uma forma padronizada ao<br />

longo <strong>de</strong> to<strong>do</strong>s os anos <strong>de</strong> formação para facilitar a análise <strong>de</strong> seus resulta<strong>do</strong>s. As<br />

competências a serem avaliadas e a forma <strong>de</strong> avaliá-las também <strong>de</strong>vem ser<br />

previamente <strong>de</strong>finidas. O plano geral <strong>de</strong> avaliação <strong>de</strong> competências <strong>de</strong>senvolvi<strong>do</strong><br />

nesta proposta teve como mo<strong>de</strong>lo o utiliza<strong>do</strong> pela ACGME, implementa<strong>do</strong> nos<br />

programas <strong>de</strong> Residência norte-americanos <strong>de</strong>s<strong>de</strong> julho <strong>de</strong> 2002 (42).<br />

O controle através da monitorização da qualida<strong>de</strong> <strong>do</strong> programa ofereci<strong>do</strong><br />

pelas instituições po<strong>de</strong> ser realiza<strong>do</strong>, no senti<strong>do</strong> inverso, através avaliação periódica<br />

interna pelos médicos Resi<strong>de</strong>ntes das condições <strong>do</strong> seu treinamento, com o objetivo<br />

<strong>de</strong> aperfeiçoamento contínuo das possíveis <strong>de</strong>ficiências assinaladas (27). Dentro da<br />

proposta apresentada esta avaliação é realizada através <strong>de</strong> um relató<strong>rio</strong> breve ao<br />

final <strong>de</strong> cada módulo, permitin<strong>do</strong> que o médico Resi<strong>de</strong>nte exprima livremente sua<br />

apreciação sobre as condições <strong>do</strong> treinamento, permitin<strong>do</strong> correções nos estágios<br />

seguintes.<br />

Uma contribuição importante no processo <strong>de</strong> avaliação <strong>do</strong>s médicos<br />

Resi<strong>de</strong>ntes são as avaliações a nível nacional . No Brasil, em 1999, a Comissão <strong>de</strong><br />

Ensino, Aperfeiçoamento e Residência Médica <strong>do</strong> CBR resolveu que uma forma


a<strong>de</strong>quada <strong>de</strong> avaliar os Resi<strong>de</strong>ntes e os serviços <strong>de</strong> Residência seria por meio <strong>de</strong><br />

uma prova para to<strong>do</strong>s os Resi<strong>de</strong>ntes e Especializan<strong>do</strong>s <strong>do</strong> país, <strong>de</strong>nominada Prova<br />

Nacional <strong>de</strong> Avaliação <strong>do</strong> Resi<strong>de</strong>nte e Especializan<strong>do</strong> em Radiologia e Diagnóstico<br />

por Imagem (PNRERADI). Foi <strong>de</strong>fini<strong>do</strong> que a avaliação seria efetuada anualmente,<br />

durante os anos da Residência, permitin<strong>do</strong> acompanhar a evolução <strong>do</strong>s<br />

conhecimentos adquiri<strong>do</strong>s. O estu<strong>do</strong> comparativo entre o <strong>de</strong>sempenho <strong>do</strong>s médicos<br />

Resi<strong>de</strong>ntes e Especializan<strong>do</strong>s em Radiologia por meio da PNRERADI, durante os<br />

três primeiros anos <strong>de</strong> sua aplicação (1999 a 2001), nas diversas subespecialida<strong>de</strong>s,<br />

foi objeto <strong>de</strong> estu<strong>do</strong> <strong>de</strong> Moreira (39) em sua tese <strong>de</strong> <strong>do</strong>utora<strong>do</strong> . Neste estu<strong>do</strong>, uma<br />

das observações foi o fraco <strong>de</strong>sempenho tanto <strong>do</strong>s médicos Resi<strong>de</strong>ntes quanto<br />

Especializan<strong>do</strong>s nas provas <strong>de</strong> Física, área que sofre pouca influência em relação<br />

ao tempo <strong>de</strong> duração da Residência, refletin<strong>do</strong> mais a qualida<strong>de</strong> <strong>do</strong> ensino <strong>de</strong>sta.<br />

Este fato foi uma motivação forte para o lançamento <strong>do</strong> ca<strong>de</strong>rno <strong>de</strong> Física <strong>do</strong> CBR,<br />

exemplifican<strong>do</strong> a importância <strong>do</strong> processo dinâmico que é a a<strong>de</strong>quação <strong>do</strong> ensino<br />

com base nos resulta<strong>do</strong>s das avaliações. A criação <strong>do</strong>s ca<strong>de</strong>rnos tanto <strong>de</strong> Física<br />

quanto <strong>de</strong> Mamografia tiveram como objetivo fornecer uma base <strong>do</strong> que <strong>de</strong>veria ser<br />

ensina<strong>do</strong> e aprendi<strong>do</strong> <strong>de</strong> uma maneira geral pelos médicos Resi<strong>de</strong>ntes e<br />

Especializan<strong>do</strong>s <strong>de</strong> uma forma padronizada a nível nacional. Estes ca<strong>de</strong>rnos tiveram<br />

origem a partir <strong>de</strong> iniciativas individuais na elaboração <strong>de</strong> uma proposta, discuti<strong>do</strong>s e<br />

aprova<strong>do</strong>s após um consenso entre professores que ministravam cursos <strong>de</strong> Física e<br />

na Comissão Nacional <strong>de</strong> Mamografia <strong>do</strong> CBR.<br />

Estes tipos <strong>de</strong> exames nacionais são pratica<strong>do</strong>s nos Esta<strong>do</strong>s Uni<strong>do</strong>s sob a<br />

forma <strong>de</strong> exame oral e escrito e tem si<strong>do</strong> discuti<strong>do</strong> que, com a introdução <strong>de</strong> um<br />

currrículo nacional com um conteú<strong>do</strong> programático mais <strong>de</strong>fini<strong>do</strong>, a avaliação global<br />

da qualida<strong>de</strong> <strong>do</strong> ensino seria facilitada. Tradicionalmente, qualquer tópico em<br />

Radiologia, Física ou outras competências não interpretativas po<strong>de</strong>m fazer parte da<br />

avaliação, o que é muito extenso. Alguns são favoráveis a que este continue assim,<br />

isto é, sem que o médico Resi<strong>de</strong>nte tenha qualquer conhecimento sobre qual o<br />

conteú<strong>do</strong> será aborda<strong>do</strong>. Outros argumentam que, com um conteú<strong>do</strong> <strong>de</strong>fini<strong>do</strong>, o<br />

teste como um to<strong>do</strong> seria mais representativo e com menos vieses, correlacionan<strong>do</strong><br />

o material que é ensina<strong>do</strong> com o que é testa<strong>do</strong>, uma premissa básica na educação<br />

médica (23).


7. Conclusão.<br />

A elaboração <strong>de</strong> um programa básico <strong>de</strong> Residência Médica, aplicável a nível<br />

nacional, po<strong>de</strong> possibilitar uma melhoria na qualida<strong>de</strong> da formação <strong>do</strong> especialista<br />

em Radiologia e Diagnóstico por Imagem.<br />

A <strong>de</strong>finição <strong>de</strong> quais as competências a serem adquiridas pelos médicos<br />

Resi<strong>de</strong>ntes e a organização <strong>de</strong> um conteú<strong>do</strong> programático mínimo que permita uma<br />

evolução no aprendiza<strong>do</strong> <strong>de</strong> forma hierarquizada, são fundamentais face ao<br />

crescente <strong>de</strong>senvolvimento da especialida<strong>de</strong>. Estas po<strong>de</strong>m ser atualizadas<br />

pe<strong>rio</strong>dicamente, tornan<strong>do</strong> o processo <strong>de</strong> ensino-aprendiza<strong>do</strong> mais dinâmico e<br />

facilitan<strong>do</strong> a avaliação tanto no plano individual como das próprias instituições. Este<br />

processo coor<strong>de</strong>na<strong>do</strong> pelos Orgãos responsáveis pelo controle da qualida<strong>de</strong> <strong>do</strong>s<br />

programas ofereci<strong>do</strong>s pelas diversas instituições cre<strong>de</strong>nciadas, possibilitará uma<br />

melhor integração e evolução das práticas <strong>de</strong> ensino/treinamento.


8. Perspectivas<br />

A a<strong>do</strong>ção <strong>de</strong> um programa básico com conteú<strong>do</strong> programático específico para<br />

os programas <strong>de</strong> Residência Médica em Radiologia e Diagnóstico por Imagem po<strong>de</strong><br />

permitir a implementação futura <strong>de</strong> um Programa Nacional <strong>de</strong> Controle <strong>de</strong> Qualida<strong>de</strong><br />

<strong>de</strong> Ensino da Radiologia e Diagnóstico por Imagem na formação <strong>do</strong> especialista.


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10. ANEXOS<br />

Anexo I<br />

Programa <strong>de</strong> Radiologia Diagnóstico por Imagem aplica<strong>do</strong> ao módulo torácico<br />

e cardiovascular<br />

Radiologia convencional.<br />

I. Princípios físicos e parâmetros técnicos aplica<strong>do</strong>s à radiologia<br />

convencional <strong>do</strong> tórax (Kv, mAs, proteção radiológica).<br />

II. Conhecimentos básicos das planilhas <strong>de</strong> custo <strong>do</strong> exame radiológico e<br />

noções <strong>de</strong> administração. Controle <strong>de</strong> qualida<strong>de</strong>.<br />

III. Posicionamento e incidências. Conhecer as diversas possibilida<strong>de</strong>s <strong>de</strong><br />

posicionamento, <strong>de</strong> acor<strong>do</strong> com a região <strong>de</strong> interesse a ser estudada e<br />

<strong>de</strong> acor<strong>do</strong> com a indicação clínica, e as incidências comumente<br />

utilizadas (PA, perfil , ápico-lordótica em ortostática, AP em <strong>de</strong>cúbito<br />

<strong>do</strong>rsal, <strong>de</strong>cúbito lateral com raios horizontais). Reconhecer a aplicação<br />

clínica <strong>de</strong> cada uma <strong>de</strong>stas e suas limitações <strong>de</strong> interpretação, dada a<br />

alteração da morfologia das <strong>de</strong>mais estruturas que não fazem parte <strong>do</strong><br />

objeto <strong>de</strong> estu<strong>do</strong>.<br />

IV. Anatomia normal aplicada à radiologia convencional (Anatomia I) :<br />

1. Nomear e <strong>de</strong>finir as três zonas das vias respiratórias.<br />

2. Definir lóbulo secundá<strong>rio</strong>.<br />

3. Definir ácino.<br />

4. Conhecer a anatomia <strong>do</strong>s brônquios lobares e segmentares <strong>de</strong><br />

ambos os pulmões.<br />

5. I<strong>de</strong>ntificar as seguintes estruturas na radiografia em incidência<br />

póstero-ante<strong>rio</strong>r (PA):<br />

- Pulmões: direito x esquer<strong>do</strong>, lobo supe<strong>rio</strong>r direito, lobo médio,<br />

lobo infe<strong>rio</strong>r direito, lobo supe<strong>rio</strong>r esquer<strong>do</strong>, língula, lobo infe<strong>rio</strong>r<br />

esquer<strong>do</strong> e os diversos segmentos.


- Cissuras: normais ( separam os pulmões em três lobos direitos<br />

e <strong>do</strong>is lobos esquer<strong>do</strong>s), correspon<strong>de</strong>n<strong>do</strong> a pequena cissura (ou<br />

horizontal, entre os lobos supe<strong>rio</strong>r direito e o médio), a gran<strong>de</strong><br />

cissura direita (ou oblíqua, separan<strong>do</strong> ambos os lobos supe<strong>rio</strong>r e<br />

médio <strong>do</strong> infe<strong>rio</strong>r), a gran<strong>de</strong> cissura esquerda (ou oblíqua, entre<br />

os lobos supe<strong>rio</strong>r e o infe<strong>rio</strong>r ). Acessórias (variantes<br />

anatômicas): ázigos, acessória infe<strong>rio</strong>r, acessória supe<strong>rio</strong>r). No<br />

PA, i<strong>de</strong>ntificar as gran<strong>de</strong>s cissuras e saber a topografia aon<strong>de</strong>,<br />

eventualmente, po<strong>de</strong>m ser visibilizadas cissuras acessórias.<br />

- Vias respiratórias: traquéia, carina, brônquios principais.<br />

- Coração: át<strong>rio</strong> direito, apêndice atrial esquer<strong>do</strong>, ventrículo<br />

esquer<strong>do</strong>, localização das quatro válvulas cardíacas,<br />

principalmente a aórtica e a mitral, que apresentam maior<br />

importância clínica.<br />

- Artérias pulmonares: tronco, ramos direito e esquer<strong>do</strong>,<br />

ramos segmentares (interlobares).<br />

- Aorta: ascen<strong>de</strong>nte, arco, <strong>de</strong>scen<strong>de</strong>nte.<br />

- Veias: veia cava supe<strong>rio</strong>r, ázigos.<br />

- Parte óssea: Coluna, arcos costais, clavículas, escápulas,<br />

úmeros.<br />

- Linha paratraqueal direita.<br />

- Linhas <strong>de</strong> junção ante<strong>rio</strong>r e poste<strong>rio</strong>r.<br />

- Janela aorto-pulmonar.<br />

- Recesso ázigo-esofágico.<br />

- Linhas paraespinhais.<br />

- Artéria subclávia esquerda.<br />

6. I<strong>de</strong>ntificar as seguintes estruturas na radiografia em perfil:<br />

- Pulmões: projeção <strong>do</strong>s lobos e segmentos .


- Cissuras: gran<strong>de</strong> (direita e esquerda) e a pequena. Saber a<br />

topografia aon<strong>de</strong>, eventualmente, po<strong>de</strong> ser visibilizada a<br />

cissura acessória supe<strong>rio</strong>r.<br />

- Vias respiratórias: traquéia, brônquio <strong>do</strong> lobo supe<strong>rio</strong>r,<br />

pare<strong>de</strong> poste<strong>rio</strong>r <strong>do</strong> brônquio intermédio (faixa traqueo-<br />

brônquica).<br />

- Coração: át<strong>rio</strong> esquer<strong>do</strong>, ventrículo direito, via <strong>de</strong> saída<br />

<strong>do</strong> ventrículo direito, ventrículo esquer<strong>do</strong>, localização das<br />

quatro válvulas cardíacas.<br />

- Artérias pulmonares: ramos direito e esquer<strong>do</strong>.<br />

- Aorta: ascen<strong>de</strong>nte, arco, <strong>de</strong>scen<strong>de</strong>nte.<br />

- Veias: veia cava supe<strong>rio</strong>r, veia cava infe<strong>rio</strong>r, veia<br />

braquiocefálica esquerda (inominada), veias<br />

pulmonares.<br />

- Parte óssea: coluna, arcos costais, escápulas, úmeros.<br />

- Linha retroesternal.<br />

- Linha poste<strong>rio</strong>r traqueal.<br />

- Diafragma direito e esquer<strong>do</strong>.<br />

- Tronco braquiocefálico arterial (artéria inominada).<br />

V. Sinais mais freqüentemente utiliza<strong>do</strong>s na radiografia convencional. Ser<br />

capaz <strong>de</strong> <strong>de</strong>finir, i<strong>de</strong>ntificar e compreen<strong>de</strong>r o significa<strong>do</strong> clínico <strong>do</strong>s<br />

seguintes acha<strong>do</strong>s:<br />

1. Sinal <strong>do</strong> aerobroncograma : indica um processo parenquimatoso<br />

com preenchimento alveolar ou atelectasia, auxilian<strong>do</strong> na<br />

distinção entre a origem <strong>de</strong> uma opacida<strong>de</strong> pulmonar <strong>de</strong> uma<br />

originária <strong>do</strong>s compartimentos pleural ou mediastinal.<br />

2. Sinal <strong>do</strong> crescente aéreo : indica cavida<strong>de</strong> pulmonar com uma<br />

massa <strong>de</strong> <strong>de</strong>nsida<strong>de</strong> <strong>de</strong> partes moles no seu inte<strong>rio</strong>r, com a<br />

presença <strong>de</strong> ar se interpon<strong>do</strong> entre a massa e a pare<strong>de</strong>, em


forma <strong>de</strong> menisco ou meia-lua, freqüentemente associada a<br />

infecção fúngica.<br />

3. Sinal <strong>do</strong> <strong>de</strong><strong>do</strong> <strong>de</strong> luva: indica impactação brônquica, que po<strong>de</strong><br />

ser observada na aspergilose broncopulmonar alérgica ou<br />

obstrução brônquica, po<strong>de</strong>n<strong>do</strong> representar câncer <strong>de</strong> pulmão,<br />

com fissura incompleta.<br />

4. Sinal da corcova <strong>de</strong> Hampton: po<strong>de</strong> representar infarto<br />

pulmonar.<br />

5. Sinal da silhueta : perda <strong>do</strong> contorno <strong>do</strong> coração ou diafragma,<br />

utiliza<strong>do</strong> para localizar um processo parenquimatoso. Os<br />

contornos <strong>do</strong> mediastino e <strong>do</strong> diafragma são visíveis<br />

radiologicamente <strong>de</strong>vi<strong>do</strong> ao seu contraste com o pulmão aera<strong>do</strong><br />

contíguo. Quan<strong>do</strong> uma opacida<strong>de</strong> com <strong>de</strong>nsida<strong>de</strong> <strong>de</strong> partes<br />

moles situa-se em qualquer porção <strong>do</strong> pulmão <strong>de</strong> mo<strong>do</strong> a tocar<br />

numa borda mediastinal ou diafragmática, esta borda <strong>de</strong>ixa<br />

<strong>de</strong> ser visibilizada nas radiografias (ex. processo envolven<strong>do</strong> o<br />

segmento medial <strong>do</strong> lobo médio produz um apagamento <strong>do</strong><br />

contorno cardíaco à direita ; opacida<strong>de</strong> no segmento basal <strong>do</strong><br />

lobo infe<strong>rio</strong>r produz um apagamento <strong>do</strong> diafragma).<br />

6. Sinal cérvico-torácico : opacida<strong>de</strong> mediastinal que se projeta<br />

acima das clavículas está localizada em situação retrotraqueal<br />

e poste<strong>rio</strong>r, enquanto que uma opacida<strong>de</strong> que apaga o contorno<br />

supe<strong>rio</strong>r das clavículas e projeta-se sobre ou abaixo <strong>de</strong>stas, está<br />

situada ante<strong>rio</strong>rmente a traquéia.<br />

7. Ângulo da lesão : lesões <strong>do</strong> mediastino, pleura ou pare<strong>de</strong><br />

torácica têm contorno liso e <strong>de</strong>fini<strong>do</strong>, e ângulo obtuso com<br />

pare<strong>de</strong> ou mediastino, enquanto uma lesão parenquimatosa<br />

forma ângulo agu<strong>do</strong> quan<strong>do</strong> próxima à estas estruturas.<br />

8. Sinal <strong>do</strong> “3” no contorno mediastinal : contorno anormal da aorta<br />

sugerin<strong>do</strong> coartação da aorta.<br />

9. Sinal da cimitarra: indica veia pulmonar anormal com<br />

drenagem venosa anômala parcial na síndrome veno-lobar.


10. Sinal <strong>do</strong> duplo contorno: quan<strong>do</strong> o contorno da lesão projeta-<br />

se além <strong>do</strong> la<strong>do</strong> direito <strong>do</strong> coração indica aumento <strong>do</strong> át<strong>rio</strong><br />

esquer<strong>do</strong>.<br />

11. Sinal da convergência hilar: usa<strong>do</strong> para distinguir uma massa<br />

hilar <strong>de</strong> uma não-hilar.<br />

Tomografia computa<strong>do</strong>rizada :<br />

I. Princípios físicos e parâmetros técnicos aplica<strong>do</strong>s à tomografia<br />

computa<strong>do</strong>rizada <strong>do</strong> tórax (Espessura <strong>de</strong> corte. Intervalo. Técnicas <strong>de</strong><br />

reconstrução. Filtro. Velocida<strong>de</strong> da mesa x rotação <strong>do</strong> tubo. Janela.<br />

Centro. Importância da seleção correta <strong>do</strong> FOV na TCAR. Definição <strong>de</strong><br />

colimaçãox pitch x intervalos <strong>de</strong> reconstrução na técnica helicoidal).<br />

II. Tipos <strong>de</strong> aparelhos <strong>de</strong> tomografia computa<strong>do</strong>rizada disponíveis no<br />

merca<strong>do</strong> e suas características.<br />

III. Posicionamento. Inspiração x expiração. Situações especiais (terapia<br />

intensiva/ crianças).<br />

IV. Meios <strong>de</strong> contraste (indicações, composição, restrições, volume,<br />

reações adversas). Bombas infusoras (tipos, fluxo, técnica <strong>de</strong> infusão,<br />

programação a<strong>de</strong>quada ao protocolo).<br />

V. Conhecimentos básicos das planilhas <strong>de</strong> custo <strong>do</strong> exame radiológico e<br />

noções <strong>de</strong> administração.<br />

VI. Anatomia seccional aplicada ao tórax (Anatomia II). I<strong>de</strong>ntificar as<br />

diversas estruturas anatômicas nos cortes axiais:<br />

- Lobos, segmentos pulmonares e segmentação brônquica.<br />

- Cissuras ou fissuras.<br />

- Estruturas vasculares e suas ramificações (Tronco da artéria<br />

pulmonar e seus ramos, veias pulmonares e suas tributárias).<br />

- Lóbulo secundá<strong>rio</strong>.<br />

- Estruturas <strong>do</strong> mediastino e seus compartimentos (Aorta e seus<br />

ramos, VCS e suas tributárias, ázigos, tireói<strong>de</strong>, timo, ca<strong>de</strong>ias


linfonodais, coração e suas cavida<strong>de</strong>s, pericárdio seus recessos,<br />

VCI, diafragma).<br />

- Elementos ósseos e musculares. Mamas e ca<strong>de</strong>ias linfonodais<br />

correlacionadas. Estruturas <strong>do</strong> ab<strong>do</strong>me supe<strong>rio</strong>r comumente<br />

abrangidas nos cortes axiais.<br />

- Transpor a noção das estruturas anatômicas estudadas em relação à<br />

radiologia convencional para a axial e multi-planar.<br />

VII. Escolher o tipo <strong>de</strong> técnica a ser utilizada <strong>de</strong> acor<strong>do</strong> com a hipótese<br />

diagnóstica ou área <strong>de</strong> interesse <strong>do</strong> estu<strong>do</strong> : tomografia<br />

computa<strong>do</strong>rizada convencional (cortes espessos), tomografia<br />

computa<strong>do</strong>rizada <strong>de</strong> alta-resolução (TCAR), angio-tomografias <strong>do</strong> tórax<br />

(incluin<strong>do</strong> estu<strong>do</strong> das artérias coronarianas), avaliação <strong>do</strong> escore <strong>de</strong><br />

cálcio.<br />

Ressonância Magnética :<br />

I. Princípios físicos e parâmetros técnicos aplica<strong>do</strong>s à ressonância<br />

magnética <strong>do</strong> tórax. Tipos <strong>de</strong> sequências mais utilizadas em relação<br />

às condições patológicas específicas com rendimento diagnóstico<br />

que justifique a sua utilização (cardiovascular, mediastino, afecções<br />

da pare<strong>de</strong> ou da estrutura ósteo-muscular).<br />

II. Tipos <strong>de</strong> aparelhos. Posicionamento. Bobinas. Tempo <strong>de</strong> duração <strong>do</strong><br />

exame.<br />

III. Fatores que influenciam e limitam o exame.<br />

IV. Noção básica quanto ao custo da investigação.<br />

V. Anatomia seccional e multi-planar cardiovascular e <strong>do</strong> mediastino<br />

adaptada à RM (vasos, câmaras cardíacas, válvulas, miocárdio,<br />

pericárdio, ca<strong>de</strong>ias linfonodais, timo, tireói<strong>de</strong>, estruturas<br />

ósteo-musculares e da pare<strong>de</strong>, incluin<strong>do</strong> o aspecto habitual das<br />

mamas).


VI. Escolha <strong>de</strong> protocolo a<strong>de</strong>qua<strong>do</strong> para a investigação das afecções<br />

específicas que mais freqüentemente acometem as estruturas a serem<br />

investigadas, conforme <strong>de</strong>scrito no item ante<strong>rio</strong>r.<br />

VII. Uso <strong>de</strong> meio <strong>de</strong> contraste ( indicações, volume, restrições)<br />

Padrões e sinais radiológicos <strong>de</strong> <strong>do</strong>ença torácica<br />

- Reconhecer e classificar os sinais <strong>de</strong> <strong>do</strong>ença em quatro categorias<br />

principais : aumento ou diminuição da <strong>de</strong>nsida<strong>de</strong> pulmonar, atelectasia e<br />

anormalida<strong>de</strong>s pleurais.<br />

- Para as <strong>do</strong>enças que aumentam a <strong>de</strong>nsida<strong>de</strong>, ser capaz <strong>de</strong> i<strong>de</strong>ntificar<br />

os três padrões radiológicos gerais, <strong>de</strong>pen<strong>de</strong>n<strong>do</strong> <strong>do</strong> componente<br />

pre<strong>do</strong>minante, e compreen<strong>de</strong>r seu mecanismo fisiopatológico : alveolar<br />

(con<strong>de</strong>nsação ou consolidação), intersticial e misto.<br />

• Definir consolidação e <strong>de</strong>screver os sinais característicos<br />

associa<strong>do</strong>s. Listar as principais condições clínicas relacionadas<br />

com este padrão.<br />

• Reconhecer um padrão em vidro-fosco e seu significa<strong>do</strong><br />

fisiopatológico.<br />

• Reconhecer e <strong>de</strong>screver os sinais relaciona<strong>do</strong>s aos quatro<br />

padrões radiológicos <strong>de</strong> <strong>do</strong>ença intersticial difusa : septal,<br />

reticular, nodular e retículo nodular. Listar as principais condições<br />

clínicas relacionadas com cada tipo <strong>de</strong> padrão e outros sinais<br />

radiológicos que possam estar associa<strong>do</strong>s, auxilian<strong>do</strong> na seleção<br />

das hipóteses diagnósticas mais prováveis (cistos, faveolamento,<br />

linfono<strong>do</strong>megalias).<br />

- Consi<strong>de</strong>rar na avaliação <strong>do</strong>s acha<strong>do</strong>s, a possibilida<strong>de</strong> <strong>de</strong> fatores<br />

modifica<strong>do</strong>res, como <strong>do</strong>enças pré-existentes (ex. paciente com enfisema e<br />

pneumonia).<br />

- Compreen<strong>de</strong>r a importância <strong>de</strong> reconhecer os acha<strong>do</strong>s radiológicos<br />

como inespecíficos quan<strong>do</strong> não houver pre<strong>do</strong>mínio <strong>de</strong> um padrão, ao invés<br />

<strong>de</strong> classsificá-los erroneamente, po<strong>de</strong>n<strong>do</strong> comprometer o curso da<br />

investigação.


- Definir nódulo e massa, citan<strong>do</strong> to<strong>do</strong>s os elementos pertinentes da<br />

<strong>de</strong>scrição semiológica e compreen<strong>de</strong>n<strong>do</strong> as limitações da interpretação<br />

<strong>de</strong>stes acha<strong>do</strong>s. Definir escavação e calcificação (inclusive os padrões mais<br />

freqüentes), e compreen<strong>de</strong>r a relevância <strong>de</strong>stes acha<strong>do</strong>s para a formulação<br />

<strong>de</strong> hipóteses diagnósticas.<br />

- Para as <strong>do</strong>enças que diminuem a <strong>de</strong>nsida<strong>de</strong> pulmonar (aumento da<br />

transparência na radiografia e diminuição da atenuação na TC), classificar<br />

em <strong>do</strong>is gran<strong>de</strong>s grupos : <strong>do</strong>enças pulmonares e extra-pulmonares.<br />

- Citar as causas extra-pulmonares que contribuem para a diminuição da<br />

<strong>de</strong>nsida<strong>de</strong> radiológica: pneumotórax, mastectomia, ausência congênita <strong>do</strong><br />

músculo peitoral.<br />

- Descrever os quatro mecanismos relaciona<strong>do</strong>s às <strong>do</strong>enças com<br />

acometimento pulmonar que diminuem a <strong>de</strong>nsida<strong>de</strong>: (1) Hiperinsuflação<br />

obstrutiva sem <strong>de</strong>struição pulmonar (ex. asma) ; (2) Aumento <strong>do</strong> volume <strong>de</strong><br />

ar, associa<strong>do</strong> a diminuição <strong>de</strong> sangue e teci<strong>do</strong> (ex. enfisema) ; 3) Redução<br />

<strong>do</strong> volume <strong>de</strong> sangue e teci<strong>do</strong>, na ausência <strong>de</strong> hiperinsuflação pulmonar<br />

(ex. síndrome <strong>de</strong> Swyer-James-Mcleod e tromboembolia pulmonar sem<br />

infarto ; e (4) A combinação <strong>de</strong>sses três componentes (interrupção proximal<br />

ou ausência da artéria pulmonar direita ou esquerda).<br />

- Reconhecer os sinais <strong>de</strong> hiperinsuflação generalizada e hiperaeração<br />

localizada (sem aprisionamento <strong>de</strong> ar, como ocorre nos mecanismos<br />

compensató<strong>rio</strong>s à perda <strong>de</strong> volume ou com aprisionamento <strong>de</strong> ar, como nos<br />

mecanismos valvulares e <strong>do</strong>enças congênitas).<br />

- Definir bolha, bolha subpleural e pneumatocele.<br />

- Descrever os mecanismos e as alterações ligadas aos distúrbios da<br />

perfusão pulmonar.<br />

- Definir atelectasia e classificá-la segun<strong>do</strong> seus mecanismos em cinco<br />

tipos : por reabsorção, passiva, por compressão, a<strong>de</strong>siva e por cicatrização.<br />

- Descrever os sinais <strong>de</strong> atelectasia diretos e indiretos.<br />

- Conhecer os padrões <strong>de</strong> atelectasia: pulmonar total, lobar, segmentar e<br />

laminar.


- Em relação as anormalida<strong>de</strong>s <strong>de</strong> origem pleural, <strong>de</strong>screver os acha<strong>do</strong>s<br />

semiológicos relativos ao <strong>de</strong>rrrame pleural e ao espessamento ou reação<br />

pleural, inclusive i<strong>de</strong>ntifican<strong>do</strong> elementos pertinentes que auxiliem no<br />

diagnóstico diferencial. Conhecer os elementos semiológicos que permitam<br />

distinguir uma opacida<strong>de</strong> <strong>de</strong> origem pleural <strong>de</strong> uma <strong>de</strong> origem<br />

parenquimatosa.<br />

- Descrever os sinais radiológicos <strong>do</strong> pneumotórax.<br />

- Em relação às alterações <strong>de</strong> origem pleural, conhecer as variações <strong>do</strong><br />

aspecto radiólogico relacionadas ao <strong>de</strong>cúbito.<br />

Síndromes e Doenças no Tórax<br />

I – Doença Intersticial Pulmonar ( DIP)<br />

1. Situar o impacto e uso da TCAR na investigação das <strong>do</strong>enças<br />

intersticiais.<br />

2. Conhecer a anatomia <strong>do</strong> parênquima pulmonar e a semiologia <strong>do</strong><br />

acometimento <strong>do</strong> interstício.<br />

3. Correlacionar os acha<strong>do</strong>s na radiografia convencional e na TCAR com<br />

a anatomopatologia.<br />

4. I<strong>de</strong>ntificar um lóbulo pulmonar secundá<strong>rio</strong> na TCAR.<br />

5. Listar e i<strong>de</strong>ntificar tanto numa radiografia quanto numa tomografia<br />

computa<strong>do</strong>rizada, quatro padrões <strong>de</strong> DIP (septal, reticular, nodular e<br />

reticulonodular). Listar as principais hipóteses diagnósticas<br />

relacionadas a cada tipo <strong>de</strong> acha<strong>do</strong> .<br />

6. Formular uma hipótese diagnóstica específica quan<strong>do</strong> certos acha<strong>do</strong>s<br />

clínicos e radiológicos estiverem associa<strong>do</strong>s sugerin<strong>do</strong> uma<br />

<strong>de</strong>terminada etiologia (ex. dilatação<strong>do</strong> esôfago e DIP na esclero<strong>de</strong>rmia;<br />

cardiomegalia, marcapasso ou <strong>de</strong>sfibrila<strong>do</strong>r, num paciente com<br />

esternotomia prévia e DIP secundária à toxicida<strong>de</strong> pela amiodarona).<br />

7. I<strong>de</strong>ntificar as linhas A e B <strong>de</strong> Kerley numa radiografia e explicar sua<br />

etiologia.


8. Reconhecer as alterações secundárias a insuficiência cardíaca<br />

congestiva: aumento da área cardíaca, <strong>de</strong>rrame pleural, redistribuição<br />

<strong>do</strong> fluxo pulmonar, e<strong>de</strong>ma intersticial e/ou alveolar, linhas <strong>de</strong> Kerley.<br />

9. Definir os termos “<strong>do</strong>ença pleural relacionada ao asbesto“ e<br />

“asbestose“. Ser capaz <strong>de</strong> i<strong>de</strong>ntificar os sinais relaciona<strong>do</strong>s a estas<br />

<strong>do</strong>enças na radiografia simples e na tomografia.<br />

10. Definir fibrose pulmonar idiopática, relacionan<strong>do</strong> seus acha<strong>do</strong>s<br />

histológicos característicos, manifestações clínicas e radiológicas.<br />

Compreen<strong>de</strong>r a necessida<strong>de</strong> <strong>de</strong> excluir outras causas <strong>de</strong> pneumonite<br />

com fibrose, como as <strong>do</strong>enças <strong>do</strong> teci<strong>do</strong> conjuntivo, pneumonite<br />

por hipersensibilida<strong>de</strong>, exposição ocupacional a poeiras<br />

inorgânicas (pneumoconiose) ou ingestão <strong>de</strong> medicamentos.<br />

I<strong>de</strong>ntificar faveolamento na TCAR, compreen<strong>de</strong>n<strong>do</strong> em termos <strong>de</strong><br />

estadiamento este acha<strong>do</strong> (<strong>do</strong>ença terminal) ; listar as causas mais<br />

comuns <strong>de</strong> faveolamento. Conhecer a classificação das pneumonias<br />

intersticiais idiopáticas, acha<strong>do</strong>s histológicos característicos,<br />

aspectos clínicos e radiológicos.<br />

11. Descrever o estadiamento radiológico (radiografia convencional e TC<br />

<strong>do</strong> tórax) da sarcoi<strong>do</strong>se.<br />

12. I<strong>de</strong>ntificar fibrose maciça progressiva / massas conglomeradas<br />

secundárias à silicose ou pneumoconiose <strong>do</strong>s mineiros <strong>de</strong> carvão na<br />

radiografia convencional e TC, bem como os acha<strong>do</strong>s comuns<br />

relaciona<strong>do</strong>s a estas <strong>do</strong>enças e seus estágios. Reconhecer os<br />

acha<strong>do</strong>s radiológicos da associação da silicose com a tuberculose.<br />

Conhecer as principais <strong>do</strong>enças ocupacionais prevalentes em nosso<br />

meio relacionadas à inalação <strong>de</strong> poeiras<br />

manifestações clínico-radiológicas.<br />

inorgânicas e suas<br />

13. Reconhecer o aspecto típico <strong>de</strong> cistos pulmonares irregulares e/ou<br />

nódulos na TC em um paciente com histiocitose <strong>de</strong> células <strong>de</strong><br />

Langerhans. Conhecer a forma <strong>de</strong> acometimento e suas<br />

manifestações clínico- radiológicas.<br />

14. Listar quatro causas <strong>de</strong> DIP unilateral.<br />

15. Listar três causas <strong>de</strong> DIP com pre<strong>do</strong>mínio no lobo supe<strong>rio</strong>r.


16. I<strong>de</strong>ntificar os sinais <strong>de</strong> linfangioleiomiomatose na radiografia<br />

convencional e na TC, correlacionan<strong>do</strong> com o contexto clínico.<br />

17. I<strong>de</strong>ntificar e listar os diagnósticos diferenciais apropria<strong>do</strong>s <strong>do</strong>s<br />

seguintes padrões TCAR : Espessamento septal, nódulos<br />

perilinfáticos, opacida<strong>de</strong>s bronquiolares (árvore em brotamento),<br />

aprisionamento aéreo, cistos e opacida<strong>de</strong>s em vidro-fosco.<br />

II- Doenças com acometimento <strong>do</strong> espaço aéreo<br />

1. Descrever as quatro categorias amplas <strong>de</strong> acometimento alveolar<br />

agu<strong>do</strong> (e<strong>de</strong>ma pulmonar, pneumonia, hemorragia e aspiração).<br />

Correlacionar os acha<strong>do</strong>s radiológicos e sua distribuição, tanto na<br />

radiologia convencional quanto na TC, com os da<strong>do</strong>s clínicos .<br />

2. Descrever as quatro categorias <strong>de</strong> acometimento alveolar crônico<br />

(pneumonia criptogênica em organização/COP, pneumonia<br />

eosinofílica crônica, neoplasia, proteinose alveolar).Correlacionar os<br />

acha<strong>do</strong>s radiológicos e sua distribuição, tanto na radiologia<br />

convencional quanto na TC, com os da<strong>do</strong>s clínicos .<br />

3. Reconhecer e <strong>de</strong>screver os acha<strong>do</strong>s nas síndromes pulmonares-<br />

renais, exemplifican<strong>do</strong> os tipos.<br />

4. Classificar o e<strong>de</strong>ma pulmonar em duas categorias amplas e conhecer seus<br />

subtipos e sinais radiológicos : e<strong>de</strong>ma pulmonar hidrostático e e<strong>de</strong>ma<br />

pulmonar <strong>de</strong> permeabilida<strong>de</strong>. Conhecer os elementos da semiologia<br />

radiológica que permitam o diagnóstico diferencial entre e<strong>de</strong>ma cardiogênico<br />

e <strong>de</strong> permeabilida<strong>de</strong>. Listar as cinco causas mais freqüentes <strong>de</strong> síndrome da<br />

angústia respiratória <strong>do</strong> adulto (SARA). Descrever os acha<strong>do</strong>s radiológicos<br />

relaciona<strong>do</strong>s à este diagnóstico.<br />

5. Reconhecer o aspecto radiológico tanto na radiografia convencional quanto<br />

na TC da COP. Enumerar quatro causas predisponentes para pneumonia<br />

criptogênica em organização (Cryptogenic Organizing Pneumonia / COP).<br />

Sugerir uma hipótese diagnóstica específica quan<strong>do</strong> os acha<strong>do</strong>s indicativos<br />

estiverem presentes na história ou na radiografia ou TC <strong>de</strong> tórax (ex. Fratura<br />

<strong>do</strong> fêmur e consolidação aguda na síndrome <strong>de</strong> embolia gordurosa,<br />

consolidação aguda e insuficiência renal na síndrome pulmonar-renal ).


6. Reconhecer um padrão <strong>de</strong> <strong>do</strong>ença alveolar pulmonar periférica na radiografia<br />

convencional e na TC. Formular diagnósticos diferenciais apropria<strong>do</strong>s,<br />

inclusive a hipótese mais provável, quan<strong>do</strong> esta seja sugerida pela<br />

associação <strong>do</strong>s acha<strong>do</strong>s clínicos-radiológicos (ex. <strong>do</strong>ença pulmonar periférica<br />

associada com linfono<strong>do</strong>megalias paratraqueais ou hilares bilaterais num<br />

paciente assintomático com sarcoi<strong>do</strong>se "alveolar" ; <strong>do</strong>ença pulmonar<br />

periférica associada com aumento expressivo da contagem <strong>de</strong> eosinófilos<br />

num paciente com pneumonia eosinofílica ; opacida<strong>de</strong>s periféricas e múltiplas<br />

fraturas <strong>de</strong> costelas e pneumotórax num paciente com trauma torácico e<br />

contusões).<br />

III- Atelectasia, <strong>do</strong>enças das vias aéreas e <strong>do</strong>ença pulmonar obstrutiva crônica<br />

(DPOC)<br />

1.Reconhecer atelectasia parcial ou completa nas seguintes topografias:<br />

- Lobo supe<strong>rio</strong>r direito.<br />

- Lobo médio.<br />

- Lobo infe<strong>rio</strong>r direito.<br />

- Lobo supe<strong>rio</strong>r e médio direito.<br />

- Lobos médio e infe<strong>rio</strong>r direito.<br />

- Lobo supe<strong>rio</strong>r esquer<strong>do</strong>.<br />

- Lobo infe<strong>rio</strong>r esquer<strong>do</strong>.<br />

2. Reconhecer colapso total <strong>do</strong>s pulmões direito ou esquer<strong>do</strong> na radiografia<br />

e formular diagnósticos diferenciais para sua etiologia.


3. Diferenciar entre <strong>de</strong>rrame pleural volumoso e colapso pulmonar na<br />

radiografia convencional.<br />

4. I<strong>de</strong>ntificar a presença <strong>de</strong> bronquiectasias na radiografia simples.<br />

5. Listar os quatro tipos <strong>de</strong> bronquiectasias e i<strong>de</strong>ntifica-las na TC.<br />

6. Citar cinco causas mais comuns <strong>de</strong> bronquiectasias.<br />

7. Reconhecer os acha<strong>do</strong>s típicos da fibrose cística na radiografia e na<br />

TC.<br />

8. Enumerar os acha<strong>do</strong>s importantes que <strong>de</strong>vem ser procura<strong>do</strong>s numa<br />

radiografia <strong>de</strong> um paciente com asma.<br />

9. Definir traqueomegalia.<br />

10. Reconhecer estenose da traquéia e <strong>do</strong>s brônquios na TC e listar as<br />

causas mais comuns.<br />

11. Reconhecer os sinais radiológicos associa<strong>do</strong>s à DPOC, tanto na<br />

radiografia convencional quanto na TC. Descrever os três tipos <strong>de</strong><br />

enfisema pulmonar e i<strong>de</strong>ntificar cada um na TC <strong>de</strong> tórax.<br />

12. Reconhecer as alterações pulmonares <strong>de</strong>correntes da <strong>de</strong>ficiência <strong>de</strong><br />

alfa1 antitripsina na radiografia e na TC.<br />

13. Reconhecer as alterações ligadas à síndrome <strong>de</strong> Kartagener na<br />

radiografia e ser capaz <strong>de</strong> enumerar os três componentes <strong>de</strong>sta<br />

síndrome.<br />

14. Definir bolha gigante. Diferenciar bolha gigante <strong>de</strong> enfisema<br />

pulmonar. Reconhecer a importância da investigação através <strong>do</strong>s<br />

méto<strong>do</strong>s <strong>de</strong> diagnóstico por imagem na seleção <strong>de</strong> pacientes<br />

candidatos a ressecção cirúrgica terapêutica.<br />

15. Listar os acha<strong>do</strong>s radiológicos utiliza<strong>do</strong>s para i<strong>de</strong>ntificar os possíveis<br />

candidatos à ressecção da bolha gigante e cirurgia para redução <strong>do</strong><br />

volume pulmonar.<br />

16. Reconhecer os sinais <strong>de</strong> corpo estranho nas vias respiratórias.<br />

IV- Massas mediastinais e aumento <strong>de</strong> linfono<strong>do</strong>s hilares


1. Definir os limites anatômicos e a divisão <strong>do</strong> mediastino em<br />

compartimentos : ante<strong>rio</strong>r, médio, poste<strong>rio</strong>r e supe<strong>rio</strong>r.<br />

2. Enumerar as quatro causas mais comuns <strong>de</strong> massa no mediastino<br />

ante<strong>rio</strong>r e localizá-la numa radiografia, TC e RM.<br />

3. Enumerar as três causas mais comuns <strong>de</strong> massa no mediastino médio<br />

e localizá-la numa radiografia, TC e RM.<br />

4. Citar a causa mais comum <strong>de</strong> massa no mediastino poste<strong>rio</strong>r e<br />

localizá-la numa radiografia, TC e RM.<br />

5. Enumerar duas causas <strong>de</strong> massa no intróito torácico e localizá-la<br />

numa radiografia, TC e RM.<br />

6. I<strong>de</strong>ntificar a anatomia vascular normal e as anormalida<strong>de</strong>s vasculares<br />

mais freqüentes no TC e RM que possam mimetizar massa sólida.<br />

Reconhecer, na radiografia convencional, os padrões <strong>de</strong> alargamento<br />

<strong>do</strong> mediastino que sugerem origem vascular.<br />

7. Localizar na TC e RM as diversas ca<strong>de</strong>ias linfonodais. Conhecer suas<br />

dimensões habituais e os crité<strong>rio</strong>s utiliza<strong>do</strong>s para reconhecer um<br />

linfono<strong>do</strong> como anormal, consi<strong>de</strong>ran<strong>do</strong> o aspecto e as dimensões.<br />

Utilizar a nomeclatura correta para a <strong>de</strong>scrição <strong>do</strong>s acha<strong>do</strong>s e da<br />

topografia das ca<strong>de</strong>ias linfonodais. Compreen<strong>de</strong>r a importância da<br />

<strong>de</strong>scrição correta <strong>de</strong>stes acha<strong>do</strong>s, principalmente nos casos <strong>de</strong><br />

estadiamento <strong>de</strong> tumores .<br />

8. Enumerar cinco etiologias <strong>de</strong> aumento hilar linfonodal bilateral.<br />

9. Descrever as três localizações mais comuns (tría<strong>de</strong> <strong>de</strong> Garland) <strong>de</strong><br />

linfono<strong>do</strong>megalia nos pacientes com sarcoi<strong>do</strong>se.<br />

10. Listar as quatro causas mais comuns <strong>de</strong> calcificação linfonodal em<br />

"casca <strong>de</strong> ovo".<br />

11. Reconhecer uma massa cística no mediastino e sugerir a possibilida<strong>de</strong><br />

diagnóstica <strong>de</strong> cisto broncogênico, pericárdico, tímico ou duplicação<br />

esofagiana.<br />

V- Nódulos pulmonares solitá<strong>rio</strong>s e múltiplos<br />

1. Definir nódulo pulmonar solitá<strong>rio</strong> e massa pulmonar.


2. Enumerar as três causas mais comuns <strong>de</strong> nódulo pulmonar solitá<strong>rio</strong>.<br />

3. Enumerar quatro importantes elementos semiológicos na avaliação <strong>de</strong> um<br />

nódulo pulmonar solitá<strong>rio</strong> (dimensões, calcificação, contorno e escavação).<br />

Reconhecer a relevância e as limitações <strong>do</strong>s acha<strong>do</strong>s para a elaboração<br />

<strong>do</strong>s diagnósticos diferenciais.<br />

4. Conhecer os elementos semiológicos relevantes, clínicos e radiológicos,<br />

utiliza<strong>do</strong>s na análise <strong>de</strong> um nódulo escava<strong>do</strong>. Citar seis causas <strong>de</strong> nódulo<br />

pulmonar escava<strong>do</strong>.<br />

5. Citar quatro causas <strong>de</strong> múltiplos nódulos pulmonares.<br />

6. Conhecer as indicações para biópsia percutânea <strong>de</strong> um nódulo pulmonar<br />

solitá<strong>rio</strong>, suas limitações e complicações. Avaliar a indicação <strong>do</strong><br />

procedimento no contexto clínico individual, analisan<strong>do</strong> riscos e benefícios.<br />

7. Conhecer as indicações, limitações e complicações da biópsia percutânea<br />

quan<strong>do</strong> estão presentes múltiplos nódulos pulmonares. Avaliar a<br />

indicação <strong>do</strong> procedimento no contexto clínico individual para cada<br />

paciente, analisan<strong>do</strong> riscos e benefícios.<br />

8. Reconhecer as complicações e a freqüência com a qual elas po<strong>de</strong>m<br />

ocorrer, secundárias à biópsia guiada por TC ou fluoroscopia.<br />

9. Conhecer as indicações para a colocação <strong>de</strong> dreno tubular torácico para o<br />

tratamento <strong>de</strong> pneumotórax relaciona<strong>do</strong> à biópsia percutânea.<br />

VI- Neoplasias benignas e malignas <strong>do</strong> pulmão e esôfago<br />

1. Descrever os quatros tipos histológicos principais <strong>de</strong> carcinoma<br />

broncogênico. Reconhecer a diferença entre carcinoma <strong>de</strong> pequenas<br />

células e não-pequenas células.<br />

2. Conhecer o tipo <strong>de</strong> carcinoma não-pequenas células que mais comumente<br />

escava.<br />

3. Saber quais os tipos <strong>de</strong> carcinoma broncogênico que são usualmente<br />

centrais e os que são periféricos.<br />

4. Descrever a classificação TNM para o estadiamento <strong>do</strong> câncer <strong>de</strong> pulmão<br />

não-pequenas células, incluin<strong>do</strong> cada componente <strong>de</strong> cada estágio (I, II,III,


IV e sub-estágios) e a <strong>de</strong>finição <strong>de</strong> cada um (T,N,M). Compreen<strong>de</strong>r a<br />

relevância <strong>do</strong> estadiamento para a escolha <strong>do</strong> tratamento.<br />

5. Descrever o estadiamento <strong>do</strong> câncer <strong>de</strong> pulmão pequenas células.<br />

6. Conhecer os quatro sítios metastáticos extratorácicos mais importantes<br />

para o carcinoma pequenas células e não-pequenas células.<br />

7. Conhecer os estágios <strong>do</strong> carcinoma não-pequenas células passíveis <strong>de</strong><br />

tratamento através <strong>de</strong> ressecção pulmonar.<br />

8. Reconhecer o <strong>de</strong>svio <strong>do</strong> mediastino pós-pneumectomia quan<strong>do</strong> este<br />

apresentar um aspecto anormal e citar cinco possíveis etiologias para<br />

este.<br />

9. Conhecer as localizações mais comuns <strong>do</strong> tumor cístico a<strong>de</strong>nói<strong>de</strong> e <strong>do</strong>s<br />

tumores carcinói<strong>de</strong>s.<br />

10. Sugerir a possibilida<strong>de</strong> <strong>de</strong> alterações pós-radioterapia como causa <strong>de</strong><br />

opacida<strong>de</strong> apical recente na radiografia <strong>de</strong> pacientes com evidências<br />

<strong>de</strong> mastectomia prévia e ressecção axilar <strong>de</strong> linfono<strong>do</strong>s.<br />

11. Descrever o aspecto das alterações pós-radioterapia, agudas ou crônicas,<br />

e os acha<strong>do</strong>s tomográficos das lesões pós-radioterapia no pulmão, pleura,<br />

pericárdio, esôfago e a relação temporal com o tratamento.<br />

12. Situar o papel da RM no estadiamento <strong>do</strong> câncer <strong>de</strong> pulmão<br />

(ex. invasão da pare<strong>de</strong> torácica, tumor <strong>do</strong> sulco supe<strong>rio</strong>r ou Pancoast ).<br />

13. Situar o papel <strong>do</strong> PET no estadiamento e no acompanhamento <strong>do</strong> câncer<br />

<strong>de</strong> pulmão e ser capaz <strong>de</strong> realizar uma análise crite<strong>rio</strong>sa <strong>de</strong> suas<br />

indicações, com base na literatura e no contexto clínico.<br />

14. Descrever a classificação TNM para o carcinoma esofagiano, incluin<strong>do</strong> os<br />

componentes <strong>de</strong> cada estágio ( I, II, III e IV ) e a <strong>de</strong>finição <strong>de</strong> cada um<br />

(T, N e M).<br />

15.Conhecer o papel <strong>do</strong>s méto<strong>do</strong>s <strong>de</strong> diagnóstico por imagem no<br />

estadiamento <strong>do</strong> câncer <strong>de</strong> esôfago.<br />

16. I<strong>de</strong>ntificar em quais estágios o carcinoma <strong>de</strong> esôfago é potencialmente<br />

ressecável.


17. Conhecer a classificação <strong>do</strong>s linfomas, a importância <strong>do</strong>s méto<strong>do</strong>s <strong>de</strong><br />

diagnóstico por imagem no estadiamento <strong>de</strong>stes e as suas manifestações<br />

torácicas típicas e atípicas .<br />

18. Definir linfoma pulmonar primá<strong>rio</strong>.<br />

VII- Trauma Torácico<br />

1. I<strong>de</strong>ntificar um alargamento <strong>do</strong> mediastino <strong>de</strong>vi<strong>do</strong> a um trauma torácico<br />

na radiografia convencional. Listar os diagnósticos diferenciais<br />

relevantes como lesão aórtica ou arterial, lesão venosa e fratura <strong>do</strong><br />

esterno.<br />

2. I<strong>de</strong>ntificar sinais diretos ou indiretos <strong>de</strong> lesão aórtica traumática na TC<br />

contrastada <strong>do</strong> tórax.<br />

3. I<strong>de</strong>ntificar e compreen<strong>de</strong>r o significa<strong>do</strong> clínico <strong>do</strong> pseu<strong>do</strong> aneurisma<br />

crônico traumático em uma radiografia, TC ou RM.<br />

4. I<strong>de</strong>ntificar fraturas <strong>de</strong> costelas, clavículas, coluna e escápulas na<br />

radiografia e na TC.<br />

5. Enumerar cinco causas comuns <strong>de</strong> opacida<strong>de</strong> pulmonar anormal no<br />

contexto clínico <strong>de</strong> trauma, observa<strong>do</strong>s na radiografia convencional e<br />

na TC.<br />

6. I<strong>de</strong>ntificar o diafragma quan<strong>do</strong> anormalmente posiciona<strong>do</strong> ou a perda<br />

da <strong>de</strong>finição <strong>do</strong> contorno, sugerin<strong>do</strong> rotura.<br />

7. I<strong>de</strong>ntificar os sinais <strong>de</strong> pneumotórax e pneumomediastino na<br />

radiografia convencional, em pacientes que sofreram traumatismo<br />

torácico.<br />

8. I<strong>de</strong>ntificar os sinais <strong>de</strong> colapso pulmonar na radiografia e na TC que<br />

sugiram o diagnóstico <strong>de</strong> lesão traqueobrônquica.<br />

9. Reconhecer uma lesão cavitária numa radiografia ou TC e, num<br />

contexto <strong>de</strong> trauma, sugerir o diagnóstico <strong>de</strong> laceração com formação<br />

<strong>de</strong> pneumatocele, hematoma ou abcesso secundá<strong>rio</strong> a aspiração.


10. Enumerar as três causas mais comuns <strong>de</strong> pneumomediastino<br />

associadas ao trauma.<br />

11. Reconhecer quais os elementos semiológicos que po<strong>de</strong>m auxiliar no<br />

diagnóstico<br />

aspiração.<br />

diferencial entre contusão pulmonar, laceração e<br />

VIII- Pare<strong>de</strong> torácica, pleura e diafragma<br />

1. Reconhecer os sinais e enumerar quatro causas <strong>de</strong> <strong>de</strong>rrame pleural<br />

volumoso unilateral na radiografia ou TC torácico.<br />

2. Reconhecer os sinais <strong>de</strong> pneumotórax nas radiografias em <strong>de</strong>cúbito<br />

<strong>do</strong>rsal e ortostática.<br />

3. Reconhecer uma massa <strong>de</strong> base pleural com <strong>de</strong>struição óssea ou<br />

infiltração da pare<strong>de</strong> torácica na radiografia ou na TC <strong>de</strong> tórax e<br />

enumerar as quatro causas mais prováveis.<br />

4. Reconhecer calcificações <strong>de</strong> origem pleural na radiografia e na TC e<br />

ser capaz <strong>de</strong> sugerir exposição ao asbesto (bilateral) ou seqüela <strong>de</strong><br />

tuberculose ou trauma (unilateral).<br />

5. Reconhecer o aspecto típico <strong>do</strong> <strong>de</strong>rrame pleural na radiografia<br />

convencional e a mudança <strong>do</strong> aspecto <strong>de</strong> acor<strong>do</strong> com a posição <strong>do</strong><br />

paciente. Reconhecer, na radiografia e TC, um aspecto atípico que<br />

sugira loculação.<br />

6. Reconhecer uma aparente elevação <strong>do</strong> diafragma numa radiografia<br />

<strong>de</strong> tórax e sugerir uma etiologia específica com base na história e<br />

acha<strong>do</strong>s radiológicos associa<strong>do</strong>s (ex. abcesso subfrênico após<br />

cirurgia ab<strong>do</strong>minal, ruptura <strong>do</strong> diafragma após trauma, envolvimento<br />

<strong>do</strong> nervo frênico no câncer <strong>de</strong> pulmão).<br />

7. Reconhecer pneumotórax hipertensivo e compreen<strong>de</strong>r as implicações<br />

clínicas agudas.


8. Reconhecer espessamento pleural difuso, como no fibrotórax,<br />

mesotelioma maligno e metástases pleurais.<br />

9. Estadiar e reconhecer os acha<strong>do</strong>s radiológicos e tomográficos <strong>do</strong><br />

mesotelioma maligno.<br />

IX- Infecção em pacientes imunocompetente, imuno<strong>de</strong>ficiente e<br />

pós-transplante<br />

1. Conhecer as manifestações da tuberculose pulmonar primária.<br />

2. Enumerar os três segmentos mais freqüentemente envolvi<strong>do</strong>s no<br />

processo <strong>de</strong> reativação da tuberculose.<br />

3. Definir complexo <strong>de</strong> Ranke e lesão <strong>de</strong> Ghon, reconhecen<strong>do</strong>-os na<br />

radiografia e TC.<br />

4. Conhecer os padrões <strong>de</strong> acometimento <strong>do</strong> parênquima pulmonar na<br />

tuberculose e a importância <strong>do</strong> reconhecimento <strong>de</strong> casos suspeitos<br />

no contexto <strong>de</strong> saú<strong>de</strong> pública.<br />

5. Conhecer as formas <strong>de</strong> acometimento extra-pulmonar da TB no<br />

tórax, inclusive óssea (espondilodiíscite).<br />

6. Enumerar e <strong>de</strong>screver os quatro tipos <strong>de</strong> <strong>do</strong>ença pulmonar<br />

ocasionada pelos fungos <strong>do</strong> gênero Aspergillus.<br />

7. I<strong>de</strong>ntificar bola fúngica no inte<strong>rio</strong>r <strong>de</strong> uma cavida<strong>de</strong> na radiografia<br />

<strong>de</strong> tórax e TC.<br />

8. Descrever o aspecto radiológico da pneumonia por citomegalovírus.<br />

9. Enumerar as principais causas <strong>de</strong> <strong>do</strong>ença com envolvimento<br />

pulmonar e seus acha<strong>do</strong>s mais freqüentes na radiografia ou na TC<br />

<strong>de</strong> um paciente imunossuprimi<strong>do</strong>, consi<strong>de</strong>ran<strong>do</strong> os diversos tipos <strong>de</strong><br />

imunossupressão (SIDA, pós-transplante, etc…) e correlacionan<strong>do</strong><br />

com o esta<strong>do</strong> imunológico <strong>do</strong> paciente. Conhecer quais os


elementos semiológicos radiológicos po<strong>de</strong>m eventualmente auxiliar<br />

na distinção entre estas <strong>do</strong>enças.<br />

10. A parte infecção bacteriana, enumerar duas causas infecciosas e<br />

duas neoplásicas importantes a serem consi<strong>de</strong>radas no diagnóstico<br />

diferencial <strong>de</strong> anormalida<strong>de</strong>s radiológicas (convencional ou TC) no<br />

paciente com SIDA.<br />

11. Descrever o aspecto na radiografia convencional e na TC da<br />

pneumonia por pneumocystis carinii.<br />

12. Enumerar as quatro etiologias mais importantes <strong>de</strong> linfono<strong>do</strong>patia<br />

hilar ou mediastinal a serem consi<strong>de</strong>radas no diagnóstico diferencial<br />

em pacientes com SIDA.<br />

13. Descrever o curso temporal e o aspecto radiológico da reação pós-<br />

tranfusional sangüínea.<br />

14. Descrever o aspecto radiológico da pneumonia por mycoplasma.<br />

15. I<strong>de</strong>ntificar o aspecto miliar na radiologia convencional e na TC e<br />

formular diagnósticos diferenciais.<br />

16. Saber quais as consi<strong>de</strong>rações diagnósticas a serem feitas em<br />

pacientes com pneumonias recorrentes ou persistentes.<br />

17. Conhecer as principais micoses endêmicas, as regiões geográficas<br />

específicas e os aspectos clínico-epi<strong>de</strong>miológicos relaciona<strong>do</strong>s,<br />

correlacionan<strong>do</strong> com suas apresentações radiológicas mais<br />

freqüentes:<br />

candidíase.<br />

paracoccidiose, histoplasmose, coccidiomicose,<br />

18. Conhecer as manifestações clínicas e radiológicas das <strong>do</strong>enças<br />

infecciosas prevalentes no país, que freqüentemente ou<br />

eventualmente po<strong>de</strong>m acometer o tórax : malária, schistossomose,<br />

leptospirose, <strong>de</strong>ngue.<br />

19. I<strong>de</strong>ntificar as infecções pulmonares mais comumente observadas<br />

após transplante <strong>de</strong> orgão sóli<strong>do</strong> (ex. fíga<strong>do</strong>, rim, coração).<br />

20. Descrever os aspectos das <strong>do</strong>enças linfoproliferativas póstransplante<br />

observa<strong>do</strong>s na radiologia convencional e TC .


21. Descrever os aspectos radiológicos das pneumonias bacterianas<br />

em pacientes imunocompetentes, consi<strong>de</strong>ran<strong>do</strong> agentes etiológicos,<br />

curso clínico, complicações e limitações diagnósticas.<br />

X- Pulmão (hemitórax) hiperlucente unilateral<br />

1. Reconhecer um pulmão hiperlucente numa radiografia <strong>de</strong> tórax.<br />

2. I<strong>de</strong>ntificar as causas mais comuns <strong>de</strong> pulmão hiperlucente unilateral<br />

na radiografia <strong>de</strong> tórax.<br />

3. Formular a hipótese diagnóstica mais provável, relacionan<strong>do</strong> os<br />

sinais radiológicos e seus diagnósticos diferenciais : ausência da<br />

mama em paciente mastectomizada por câncer <strong>de</strong> mama; ausência<br />

<strong>do</strong> músculo peitoral num paciente com síndrome <strong>de</strong> Poland ;<br />

<strong>do</strong>ença bolhosa e enfisema unilateral ; aprisionamento aéreo<br />

unilateral na expiração num paciente com síndrome <strong>de</strong> Swyer-<br />

James-McLeod ou corpo estranho en<strong>do</strong>brônquico.<br />

XI- Doenças Pulmonares Congênitas<br />

1. Descrever os componentes da síndrome veno-lobar.<br />

2. Reconhecer sinais da síndrome veno-lobar na radiografia frontal,<br />

TC e RM <strong>do</strong> tórax e explicar a etiologia da opacida<strong>de</strong> em banda<br />

retroesternal observada na radiografia em perfil.<br />

3. I<strong>de</strong>ntificar uma massa no segmento poste<strong>rio</strong>r <strong>do</strong> lobo infe<strong>rio</strong>r, numa<br />

radiografia e na TC, e sugerir o diagnóstico provável <strong>de</strong> seqüestro.<br />

4. Explicar a diferença entre seqüestro intralobar e extralobar.<br />

5. Reconhecer os sinais <strong>de</strong> atresia brônquica na radiografia e na TC.<br />

Enumerar os lobos on<strong>de</strong> esta ocorre com maior freqüencia.<br />

6. Reconhecer aplasia e agenesia pulmonar.


7. Reconhecer os sinais da síndrome da cimitarra.<br />

XII- Vascularização pulmonar<br />

1. Conhecer o padrão normal e suas variantes mais freqüentes da<br />

vascularização pulmonar arterial e venosa.<br />

2. Reconhecer quan<strong>do</strong> as artérias pulmonares estão aumentadas na<br />

radiografia e quais os elementos semiológicos po<strong>de</strong>m auxiliar no<br />

diagnóstico diferencial com linfono<strong>do</strong>s hilares aumenta<strong>do</strong>s.<br />

3. Reconhecer o aumento das artérias pulmonares centrais com<br />

diminuição das artérias periféricas como acha<strong>do</strong>s relaciona<strong>do</strong>s a<br />

hipertensão pulmonar e sugerir o diagnóstico <strong>de</strong> hipertensão<br />

pulmonar arterial primária.<br />

4. Enumerar cinco das causas mais freqüentes <strong>de</strong> hipertensão arterial<br />

pulmonar.<br />

5. Saber reconhecer trombos lobares e segmentares na TC e na RM,<br />

incluin<strong>do</strong> angio-RM, e os artefatos que po<strong>de</strong>m gerar dificulda<strong>de</strong>s no<br />

diagnóstico.<br />

6. Definir o papel da cintilografia <strong>de</strong> ventilação-perfusão, angio-TC,<br />

RM, angio-RM e estu<strong>do</strong> das veias <strong>do</strong>s membros infe<strong>rio</strong>res na<br />

avaliação <strong>do</strong> paciente com <strong>do</strong>ença tromboembólica venosa,<br />

incluin<strong>do</strong> vantagens e limitações <strong>de</strong> cada modalida<strong>de</strong>, <strong>de</strong>pen<strong>de</strong>n<strong>do</strong><br />

<strong>do</strong> contexto clínico.<br />

XIII- Aorta Torácica e Gran<strong>de</strong>s Vasos<br />

1. Conhecer as dimensões normais da aorta torácica.<br />

2. Descrever a classificação da dissecção aórtica (De Bakey I, II, III;<br />

Stanford A e B) e as implicações <strong>de</strong>stas classificações no<br />

tratamento <strong>do</strong>s pacientes (clínico x cirúrgico).


3. Definir e reconhecer a diferença entre os seguintes acha<strong>do</strong>s, na TC<br />

e na RM:<br />

- Aneurisma aórtico<br />

- Dissecção aórtica<br />

- Hematoma aórtico intramural<br />

- Úlcera penetrante aterosclerótica<br />

- Placa ulcerada<br />

- Ruptura <strong>de</strong> aneurisma <strong>de</strong> aorta<br />

- Aneurisma <strong>do</strong> seio <strong>de</strong> Valsalva<br />

- Aneurisma da artéria subclávia ou braquiocefálica<br />

- Coartação da aorta<br />

- Pseu<strong>do</strong>coartação da aorta<br />

Nota: Nos casos <strong>de</strong> dissecção, reconhecer quais os da<strong>do</strong>s relevantes a<br />

serem i<strong>de</strong>ntifica<strong>do</strong>s com perfeita noção da anatomia: origem <strong>do</strong>s ramos<br />

arteriais, extensão da dissecção para os ramos arteriais, déficits <strong>de</strong><br />

perfusão e suas complicações.<br />

4. Reconhecer um arco aórtico à direita e um arco aórtico duplo uma<br />

radiografia, TC e RM.<br />

5. Distinguir entre o significa<strong>do</strong> <strong>de</strong> um arco aórtico à direita com<br />

imagem em espelho versus a artéria subclávia aberrante.<br />

6. Reconhecer um arco aórtico cervical na radiografia e no TC.<br />

7. Reconhecer uma artéria subclávia aberrante no TC <strong>de</strong> tórax.<br />

8. Reconhecer variantes anatômicas comuns <strong>do</strong>s ramos aórticos,<br />

incluin<strong>do</strong> a origem comum <strong>do</strong> tronco braquiocefálico e carótida<br />

esquerda (arco bovino), origem da artéria vertebral diretamente <strong>do</strong><br />

arco.<br />

9. Definir os termos aneurisma e pseu<strong>do</strong>aneurisma.<br />

10. Reconhecer e mensurar a<strong>de</strong>quadamente um aneurisma e<br />

<strong>de</strong>screver os pontos relevantes para o planejamento da estratégia


terapêutica, principalmente nos casos <strong>de</strong> indicação <strong>de</strong> prótese ou<br />

cirurgia.<br />

11. Enumerar as anomalias cardíacas freqüentemente associadas com<br />

a coarctação aórtica.<br />

12. Enumerar e i<strong>de</strong>ntificar os acha<strong>do</strong>s observa<strong>do</strong>s na arterite <strong>de</strong><br />

Takayasu no TC e RM.<br />

13. Enumerar as vantagens e <strong>de</strong>svantagens da angio TC, angio RM e<br />

ecografia transesofágica na avaliação da aorta torácica.<br />

XIV- Doença Isquêmica Coronariana.<br />

1. Descrever a anatomia das artérias coronarianas e i<strong>de</strong>ntificar os<br />

seguintes ramos na arte<strong>rio</strong>grafia e TC:<br />

- Artéria coronariana direita<br />

- Artéria coronariana esquerda<br />

- Ramo interventricular ante<strong>rio</strong>r (<strong>de</strong>scen<strong>de</strong>nte ante<strong>rio</strong>r)<br />

- Artéria coronariana circunflexa esquerda<br />

2. Conhecer a relevância clínica <strong>do</strong> acha<strong>do</strong> <strong>de</strong> calcificações coronarianas<br />

numa radiografia <strong>do</strong> tórax.<br />

3. Reconhecer calcificações arteriais coronarianas no TC e situar qual o<br />

papel <strong>do</strong> escore <strong>de</strong> cálcio das artérias coronarianas por TC.<br />

4. Conhecer qual a artéria coronária mais acometida quan<strong>do</strong> há disfunção<br />

<strong>do</strong> músculo papilar.<br />

5. Descrever as complicações agudas comuns <strong>do</strong> infarto agu<strong>do</strong> <strong>do</strong><br />

miocárdio (IAM), incluin<strong>do</strong> insuficiência cardíaca esquerda, ruptura<br />

miocárdica e ruptura <strong>do</strong> músculo papilar. Reconhecer os acha<strong>do</strong>s <strong>de</strong><br />

imagem que possam indicá-las.<br />

6. Descrever as complicações tardias <strong>do</strong> IAM, incluin<strong>do</strong> cardiomiopatia<br />

isquêmica, aneurisma <strong>do</strong> ventrículo esquer<strong>do</strong>, pseu<strong>do</strong>aneurisma <strong>do</strong><br />

ventrículo esquer<strong>do</strong>, fístula coroná<strong>rio</strong>-cameral, discinesia e acinesia.<br />

Reconhecer os acha<strong>do</strong>s <strong>de</strong> imagem que possam indicá-las.


7. I<strong>de</strong>ntificar os acha<strong>do</strong>s indicativos <strong>de</strong> insuficiência cardíaca na radiografia<br />

e no TC.<br />

8. Reconhecer IAM na RM.<br />

9. Definir fração <strong>de</strong> ejeção e conhecer a fração <strong>de</strong> ejeção <strong>do</strong> ventrículo<br />

esquer<strong>do</strong> normal.<br />

10. I<strong>de</strong>ntificar calcificações miocárdicas na TC e situar qual a etiologia e o<br />

significa<strong>do</strong> <strong>de</strong>ste acha<strong>do</strong>.<br />

11. Diferenciar entre aneurisma ventricular esquer<strong>do</strong> e pseu<strong>do</strong>aneurisma.<br />

12. Definir e i<strong>de</strong>ntificar ponte miocárdica na RM.<br />

13. Definir o papel da angiografia, ecocardiografia, cintilografia <strong>de</strong> perfusão<br />

com exercício, TC (cardíaca) e RM (cardíaca) na avaliação <strong>de</strong> um<br />

paciente com suspeita <strong>de</strong> <strong>do</strong>ença isquêmica miocárdica, incluin<strong>do</strong><br />

vantagens e limitações <strong>de</strong> cada modalida<strong>de</strong>.<br />

XV- Doença miocárdica<br />

1. Definir os tipos <strong>de</strong> cardiomiopatia : dilatada, hipertrófica, restritiva.<br />

Listar as causas mais comuns <strong>de</strong> cada tipo.<br />

2. Definir displasia ventricular direita e i<strong>de</strong>ntificá-la na RM.<br />

3. Enumerar os tumores cardíacos benignos primá<strong>rio</strong>s mais comuns<br />

e e suas formas <strong>de</strong> apresentação habituais : mixoma, lipoma,<br />

fibroma e rab<strong>do</strong>mioma.<br />

4. Enumerar os tumores cardíacos malignos primá<strong>rio</strong>s mais comuns<br />

e e suas formas <strong>de</strong> apresentação habituais : angiosarcoma,<br />

rab<strong>do</strong>miosarcoma e linfoma.<br />

5. Conhecer os elementos semiológicos que possam auxiliar no<br />

diagnóstico diferencial, na TC e na RM, entre tumor e trombo.<br />

6. Relacionar quais as neoplasias que mais comumente<br />

metastatizam para o coração, e reconhecer os sinais na<br />

radiografia, TC e RM.<br />

7. Relacionar as vantagens e <strong>de</strong>svantagens da ecocardiografia, TC<br />

e RM para a avaliação das cardiomiopatias e tumores cardíacos.


XVI- Doença cardíaca valvular<br />

1. I<strong>de</strong>ntificar e conhecer os sinais que indicam na radiografia<br />

convencional e/ou na TC:<br />

- Aumento <strong>do</strong> át<strong>rio</strong> direito (AD)<br />

- Aumento <strong>do</strong> át<strong>rio</strong> esquer<strong>do</strong> (AE)<br />

- Aumento <strong>do</strong> ventrículo direito (VD)<br />

- Aumento <strong>do</strong> ventrículo esquer<strong>do</strong> (VE)<br />

2. Reconhecer um aumento <strong>do</strong> át<strong>rio</strong> esquer<strong>do</strong>, redistribuição vascular<br />

e calcificação da válvula mitral na radiologia <strong>de</strong> tórax e/ou na TC e<br />

sugerir o diagnóstico <strong>de</strong> estenose mitral.<br />

3. Reconhecer o aumento da aorta ascen<strong>de</strong>nte e calcificação da<br />

válvula aórtica na radiografia torácica e/ou na TC e sugerir o<br />

diagnóstico <strong>de</strong> estenose aórtica.<br />

4. Relacionar as causas mais comuns <strong>de</strong>:<br />

- Estenose aórtica.<br />

- Insuficiência aórtica.<br />

- Estenose mitral.<br />

- Insuficiência mitral.<br />

- Insuficiência tricúspi<strong>de</strong>.<br />

- Estenose pulmonar.<br />

5. Conhecer as <strong>do</strong>enças cardíacas associadas com calcificação <strong>do</strong><br />

ânulo mitral.<br />

6. I<strong>de</strong>ntificar sinais <strong>de</strong> en<strong>do</strong>cardite e/ou complicações na radiografia<br />

convencional, TC e RM.<br />

7. Enumerar as vantagens e <strong>de</strong>svantagens da ecocardiografia e RM<br />

para avaliação da <strong>do</strong>ença valvular.


XVII-Doença Pericárdica<br />

1. Reconhecer calcificação <strong>do</strong> pericárdio na radiografia e TC <strong>do</strong><br />

tórax. Listar as causas mais comuns.<br />

2. Descrever e i<strong>de</strong>ntificar <strong>do</strong>is sinais na radiografia convencional<br />

relaciona<strong>do</strong>s com <strong>de</strong>rrame pericárdico.<br />

3. Enumerar cinco causas <strong>de</strong> <strong>de</strong>rrame pericárdico.<br />

4. I<strong>de</strong>ntificar os acha<strong>do</strong>s clínico-radiológicos na radiografia<br />

convencional, TC e RM relaciona<strong>do</strong>s as seguintes condições:<br />

- Cisto pericárdico.<br />

- Pericardite constrictiva.<br />

- Hematoma pericárdico.<br />

- Metástases pericárdicas.<br />

- Ausência parcial <strong>do</strong> pericárdio.<br />

- Pneumopericárdio.<br />

XVIII- Doença cardíaca congênita no adulto<br />

1. Reconhecer aumento da vascularização, diminuição da<br />

vascularização (hiperfluxo / hipofluxo) e vascularização <strong>de</strong> shunt<br />

numa radiografia <strong>de</strong> tórax. Descrever as causas mais comuns<br />

relacionadas a cada uma <strong>de</strong>stas condições.<br />

2. Reconhecer os sinais relaciona<strong>do</strong>s as seguintes condições<br />

mórbidas nos exames <strong>de</strong> imagem <strong>do</strong> tórax, incluin<strong>do</strong> radiografias,<br />

TC e RM:<br />

a. Doenças cardíacas com manifestação na vida adulta:<br />

- Shunts esquerda – direita e fisiologia <strong>do</strong> tipo<br />

Eisenmenger.<br />

- Defeito atrial septal.


- Defeito ventricular septal.<br />

- Conexões venosas anômalas parciais.<br />

- Ducto arte<strong>rio</strong>so patente.<br />

- Coarctação da aorta.<br />

- Tetralogia <strong>de</strong> Fallot e atresia pulmonar com <strong>de</strong>feito<br />

septal ventricular<br />

- Transposição das gran<strong>de</strong>s artérias corrigida<br />

congenitamente.<br />

- Persistência da veia cava supe<strong>rio</strong>r esquerda.<br />

- Truncus arte<strong>rio</strong>siosus<br />

- Anomalia <strong>de</strong> Ebstein.<br />

- Má-posição cardíaca, incluin<strong>do</strong> situs anormais.<br />

b. Doenças cardíacas congênitas tratadas na infância:<br />

- Coarctação da aorta.<br />

- Tetralogia <strong>de</strong> Fallot e atresia pulmonar com <strong>de</strong>feito<br />

ventricular septal.<br />

- Transposição completa das gran<strong>de</strong>s artérias.<br />

- Transposição completa das gran<strong>de</strong>s artérias<br />

corrigida congenitamente.<br />

- Truncus arte<strong>rio</strong>sus.<br />

- Correções cirúrgicas mais freqüentes nas <strong>do</strong>enças<br />

congênitas cardíacas.<br />

3. Definir o papel da angiografia, ecocardiografia, TC e RM na<br />

avaliação <strong>de</strong> um paciente adulto com <strong>do</strong>ença congênita cardíaca,<br />

incluin<strong>do</strong> as vantagens e limitações <strong>de</strong> cada méto<strong>do</strong> diagnóstico,<br />

<strong>de</strong>pen<strong>de</strong>n<strong>do</strong> da manifestação clínica <strong>do</strong> paciente.


XIX- Monitoração <strong>de</strong> Cateteres e Próteses<br />

1. I<strong>de</strong>ntificar, conhecer o posicionamento correto e as<br />

complicações secundárias a posição incorreta, na<br />

radiografia simples, e eventualmente na TC, <strong>de</strong> cada<br />

um <strong>do</strong>s seguintes dispositivos:<br />

- Tubo en<strong>do</strong>traqueal.<br />

- Cateter <strong>de</strong> pressão venosa central (PVC).<br />

- Cateter <strong>de</strong> Swam-Ganz.<br />

- Cateter <strong>de</strong> alimentação enteral.<br />

- Sonda nasogástrica.<br />

- Tubo torácico.<br />

- Balão intra-aórtico.<br />

- Marcapasso.<br />

- Desfibrila<strong>do</strong>r automático implanta<strong>do</strong>.<br />

- Dreno pericárdico.<br />

- Manômetro intra- esofagiano.<br />

- Cânula <strong>de</strong> suporte extra corpóreo.<br />

- Stent traqueal ou brônquico<br />

2. Explicar como funciona o balão intra-aórtico.


XX-Alterações pós cirúrgicas<br />

1. I<strong>de</strong>ntificar as alterações pós-operatórias normais e as<br />

complicações das seguintes cirurgias na radiografia<br />

convencional, TC e RM:<br />

- Ressecção em cunha, lobectomia e pneumectomia.<br />

- Cirurgia coronariana.<br />

- Reposição <strong>de</strong> válvula.<br />

- Enxerto aórtico.<br />

- Stent aórtico.<br />

- Esofagectomia transhiatal.<br />

- Transplante pulmonar.<br />

- Transplante cardíaco.<br />

- Cirurgia <strong>de</strong> redução <strong>de</strong> volume pulmonar.


ANEXO II<br />

Instituição conveniada :<br />

Cadastro <strong>de</strong> convênio entre Instituições<br />

__________________________________________________________<br />

__________________________________________________________<br />

__________________________________________________________<br />

___________________________<br />

En<strong>de</strong>reço completo (correspondência):<br />

Número <strong>de</strong> exames semanais:<br />

___________________________________________________________________<br />

___________________________________________________________________<br />

___________________________________________________________________<br />

___________________________________________________________________<br />

___________________________________________________________________<br />

___________________________________________________________________<br />

Obsevação: somente relacionar os méto<strong>do</strong>s diagnósticos por imagem referentes ao<br />

convênio estabeleci<strong>do</strong>.


Descrição <strong>do</strong>s equipamentos e características <strong>do</strong> local:<br />

__________________________________________________________<br />

__________________________________________________________<br />

__________________________________________________________<br />

__________________________________________________________<br />

__________________________________________________________<br />

__________________________________________________________<br />

__________________________________________________________<br />

__________________________________________________________<br />

__________________________________________________________<br />

__________________________________________________________<br />

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__________________________________________________________<br />

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__________________________________________________________<br />

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__________________________________________________________<br />

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__________________________________________________________<br />

__________________________________________________________<br />

__________________________________________________________<br />

__________________________________________________________<br />

__________________________________________________________<br />

__________________________________________________________<br />

__________________________________________________________<br />

____________________<br />

Preceptores responsáveis pelos médicos Resi<strong>de</strong>ntes:<br />

1.________________________________________________________<br />

________<br />

2.________________________________________________________<br />

________<br />

3.________________________________________________________<br />

________<br />

4.________________________________________________________<br />

________<br />

OBSERVAÇÃO:Anexar curriculum vitae.<br />

Preceptores responsáveis pela avaliação <strong>do</strong>s médicos Resi<strong>de</strong>ntes:


1._________________________________________________________________<br />

2._________________________________________________________________<br />

3._________________________________________________________________


“Se você planeja um ano, plante arroz.<br />

Se você planeja <strong>de</strong>z anos, plante árvores.<br />

Se você planeja cem anos, forme pessoas.”<br />

Provérbio chinês

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