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efeitos da inibição do sistema renina-angiotensina-aldosterona e do ...

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Essa evocação motivou Köberle, em 1959, a denominá-la “miocardiopatia<br />

parassimpaticopriva”, devi<strong>do</strong> à extensa denervação parassimpática observa<strong>da</strong> (KÖBERLE,<br />

1959), a qual ain<strong>da</strong> não foi observa<strong>da</strong> em qualquer outra cardiomiopatia já estu<strong>da</strong><strong>da</strong> além<br />

<strong>da</strong> CCC (MACHADO et al., 2000). A destruição <strong>da</strong> inervação parassimpática poderia,<br />

então, levar ao aumento <strong>do</strong> tônus simpático, que acarretaria elevação <strong>da</strong> arritmogenici<strong>da</strong>de,<br />

apoptose e remodelamento miocárdiaco por estímulo continua<strong>do</strong> de catecolaminas,<br />

aumento <strong>da</strong> adesivi<strong>da</strong>de <strong>da</strong>s plaquetas, <strong>do</strong> consumo de oxigênio e <strong>do</strong> tônus coronariano,<br />

conseqüentemente levan<strong>do</strong> à necrose miocitolítica e per<strong>da</strong> progressiva de uni<strong>da</strong>des<br />

contráteis (ROSSI; BESTETTI, 1995).<br />

Por outro la<strong>do</strong>, a participação de mecanismos auto-imunes na patogênese <strong>da</strong><br />

miocardiopatia chagásica tem si<strong>do</strong> extensamente postula<strong>da</strong> (KIERSZENBAUM, 1985;<br />

2005). O extenso infiltra<strong>do</strong> mononuclear na quase ausência de parasitas detectáveis em<br />

cortes de teci<strong>do</strong> miocárdico e a demonstração de que linfócitos T de ratos, sensibiliza<strong>do</strong>s,<br />

quan<strong>do</strong> injeta<strong>do</strong>s em receptores sadios provocaria miocardite sugerem fortemente o<br />

envolvimento <strong>da</strong> auto-agressão na patogênese <strong>da</strong> CCC. Propõe-se, portanto, que a<br />

sensibilização de linfócitos T e B na fase agu<strong>da</strong> <strong>da</strong> <strong>do</strong>ença de Chagas teria importante<br />

papel na estimulação continua<strong>da</strong> de macrófagos e na auto-imuni<strong>da</strong>de conferi<strong>da</strong> à CCC<br />

(LAGUENS et al., 1981).<br />

Alterações microvasculares também têm si<strong>do</strong> sugeri<strong>da</strong>s como importante papel<br />

patogênico na cardiomiopatia chagásica. Estu<strong>do</strong>s em ratos revelaram a presença de<br />

trombos plaquetários na microvasculatura coronária de animais infecta<strong>do</strong>s, propon<strong>do</strong>-se<br />

que a interação <strong>da</strong>s plaquetas com o en<strong>do</strong>télio parasita<strong>do</strong> possa estimular a adesão e a<br />

agregação plaquetária através de modula<strong>do</strong>res como o platelet-derived growth factor<br />

(PDGF) e tromboxana A2. Em cães infecta<strong>do</strong>s, verificou-se a presença de linfócitos T em<br />

estreita interação com células en<strong>do</strong>teliais, que exibiam alterações degenerativas, como<br />

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