Ditassa R.Br. no Brasil - CNCFlora - Jardim Botânico do Rio de ...

PARTE I 

Ditassa R.Br. no Brasil 

(Apocynaceae: Asclepiadoideae)


Os 

grupos neotropicais, complexos em sua delimitação genérica e supra-genérica (viz. 

Woodson 1941, Liede & Tauber 2002), vêm sendo amplamente discutidos sob o aspecto 

filogenético, fato estimulado pelos avanços na biologia molecular. Rapini et al. (2003) 

aplicam esta ferramenta na reconstrução da filogenia dos grupos do Novo Mundo, reconhecendo um 

clado americano, formado pelas subtribos Metastelmatinae-Oxypetalinae-Gonolobinae (MOG). 

Dentre as Metastelmatinae, encontra-se Ditassa R.Br. em uma politomia com outros gêneros. 

Rapini et al. (dados não publicados), destacam além do polifiletismo de Ditassa, o 

parafiletismo de Blepharodon Decne., sendo B. ampliflorum grupo-irmão de um clado contendo 

representantes de Ditassa e Metastelma Decne. Neste clado mais incluso, emerge um grupo 

monofilético bem sustentado em análises com diferentes marcadores moleculares (trnL-F, trnT-F, 

trnS-G, matK, rps16), independentes ou combinados. Este clado congrega algumas espécies de 

“Ditassa” de hábito ereto, típicas da Cadeia do Espinhaço de Minas Gerais, transferidas pelos 

autores para o gênero Minaria T.U.P.Konno & Rapini (vide Parte II, capítulo 1). 

De fato, Ditassa é um dos gêneros mais diversos dentre as Asclepiadoideae 

sulamericanas. O conhecimento taxonômico a cerca do gênero vem se expandido, ao menos no que 

se refere às espécies brasileiras. Por outro lado, as informações sobre a diversidade do gênero e dos 

demais representantes da subtribo Metastelmatinae na América do Sul são ainda esparsas e, 

geralmente, apresentadas em catálogos florísticos (Foster 1958; Jonker 1940; Boggan et al. 1992; 

Zuloaga & Morrone 1999; Jorgensen & Léon-Sánchez 1999) 

Apesar dos avanços recentes nos estudos com as Asclepiadoideae, a afirmação de 

Ditassa como um grupo monofilético não deve ainda ser refutada. O polifiletismo evidenciado neste 

gênero é resultado de uma classificação artificial, que vem sendo, historicamente, aplicada a vários 

gêneros neotropicais, especialmente nas Metastelmatinae. Torna-se cada vez mais evidente que 

modificações profundas no delineamento destes gêneros far-se-ão necessárias para que haja, enfim, 

uma comunhão entre a taxonomia e a filogenia nas Asclepiadoideae. 

Referências Bibliográficas 

Boggan, J.; Funk., V.; Kellof, C.; Hoff, M; Cremers, G. & Feuillet, C. 1992. Checklist of the plants of the 

Guianas (Guyana, Surinam, French Guiana). Biological Diversity of the Guianas Program. 381p. 

Foster, R.C. 1958. A catalogue of the ferns and flowering plants of Bolivia. Contributions of the Gray Herbarium 

Harvard University 184: 161-163. 

Jonker, F.P. 1940. Asclepiadaceae. In: Pulle, A. (ed.), Flora of Suriname 4(2): 326-352. 

Jorgensen, P.M. & Léon-Sánchez, S. (eds). 1999. Catalogue of the vascular plants of Ecuador. Monographs of 

Systematic Botany from Missouri Botanical Garden 75: 1-1182. 

Liede, S. & Tauber, A. 2002. Circumscription of the genus Cynanchum (Apocynaceae-Asclepiadaceae). 

Systematic Botany 27(4): 789-800. 

Rapini A., Chase M. W., Goyder D. J. & Griffiths, J. 2003. Asclepiadeae classification: evaluating the 

phylogenetic relationships of New World Asclepiadoideae (Apocynaceae). Taxon 52: 33-50. 

Rapini, A. Chase, M.W. & Konno, T.U.P. (ms. inédito). Phylogenetics of the New World Asclepiadeae 

(Apocynaceae) and the new genus Minaria. 

Woodson, E.R. Jr. , 1941. The north american Asclepiadaceae, I. Perspective of the genera. Annals of the 

Missouri Botanical Garden 28 (2): 193-244. 

Zuloaga, F.O. & Morrone, O. 1999. Catalogue of vascular plants of Argentina. Monographs of Systematic Botany 

from Missouri Botanical Garden 74: 1-1246. 

2


CAPÍTULO 1. TRATAMENTO TAXONÔMICO DAS ESPÉCIES BRASILEIRAS DE DITASSA R.BR. 

(APOCYNACEAE: ASCLEPIADOIDEAE) 

Resumo - Ditassa R.Br. é um gênero neotropical de Asclepiadoideae (Apocynaceae), composto por ca. de 100 

táxons. Os limites morfológicos ao longo dos quase 200 anos de existência do gênero se expandiram até 

próximo das fronteiras da subtribo Metastelmatinae. A delimitação atual do gênero é articial, podendo ser 

caracterizado por apresentar cimeiras umbeliformes subaxilares, corona geralmente composta por dois 

segmentos, com segmentos externos unidos entre si. Trabalhos de cunho florístico e revisional vêm permeando 

os estudos em Ditassa, mas uma ampla revisão ainda se faz necessária. Desta forma, é apresentado aqui um 

tratamento taxonômico para as espécies de Ditassa ocorrentes no Brasil, como uma etapa inicial para a 

elaboração de uma monografia completa para o gênero. Para o Brasil, estima-se a ocorrência de 50 espécies, 

sendo que 60% deste total se distribui pelos cerrados e campos rupestres dos Estados de Minas Gerais e Bahia. 

Nas formações de restinga do Rio Grande do Sul até o Maranhão ocorrem ca. de nove espécies. Destacam-se D. 

crassifolia registrada para as campinas no Pará e D. oxyphylla, uma espécie que também ocorre no brejos de 

altitude do Nordeste com uma disjunção nas serras Venezuelanas. São endêmicas das restingas do estado do 

Rio de Janeiro, D. guilleminiana, D. maricaensis e D. subumbellata. Há apenas seis espécies restritas à floresta 

atlântica no Sudeste, D. duartei, D. imbricata, D. gracilis, D. oberdanii, D. nitida e D. bicolor. A diversidade de 

espécies decai acima de 24 o latitude Sul, nesta faixa que engloba o Sul do Brasil, Paraguai e Argentina apenas 3 

a 4 espécies foram registradas. Dentre estas, a espécie mais comum é D. burchellii; D. edmundoi, D. hispida e 

D. tomentosa ocorrem, até o presente, somente até o Paraná. Os resultados evidenciaram cinco complexos 

morfológicos de espécies que merecem estudos: “complexo mucronata” (D. aequicymosa, D. imbricata, D. 

mucronata e D. nitida), “complexo eximia” (D. eximia, D. insignis, D. laevis, D. lenheirensis, D. lineares, D. 

pedunculata, D. retusa, D. succedanea), “complexo hispida” (D. guilleminiana, D. hispida e D. blanchetii), 

“complexo obcordata” (D. edmundoi, D. obcordata e D. warmingii) e “complexo tomentosa” (D. cipoensis, D. 

itambensis, D. longicaulis, D. longisepala, D. obscura, D. tomentosa). Para cada espécie é apresentada uma 

descrição morfológica e comentários abordando questões nomenclaturais e taxonômicas, complementadas com 

dados de distribuição geográfica e ecológicos. 

3 

I. Introdução 

Ditassa R.Br. é um gênero neotropical de Asclepiadoideae (Apocynaceae), composto por 

cerca de 100 espécies (Konno & Fontella-Pereira 2004), distribuídos por toda a América Latina, 

exceto Chile, e excepcionalmente no México (Ditassa mexicana T.S.Brandegee, espécie cuja 

identidade deve ainda ser confirmada). Apresenta dois centros de diversidade, Planalto das Guianas 

e Planalto Central Brasileiro. Para o Brasil, estima-se a ocorrência de 50 espécies, sendo que 60% 

deste total está distribuído ao longo da Cadeia do Espinhaço, nos Estados de Minas Gerais e Bahia 

(ver Rapini et al. 2001, para Minas Gerais e Fontella-Pereira et al. 1989, para a Bahia). Ocorre com 

maior freqüência em formações campestres, cerrados e restingas, mais raramente em bordas e 

clareiras de florestas, especialmente as ripárias. 

Concomitantemente a um posicionamento filogenético incerto, a delimitação dos taxa, 

atualmente atribuídos ao gênero Ditassa, é problemática. É comum observar variações fenotípicas 

que ora sustentam espécies ou ora agregam-se em espécies polimórficas. 

A fim de clarear esse universo e ampliar o conhecimento deste gênero complexo, uma 

revisão nomenclatural e taxonômica se faz urgente, mesmo que a ela não se atribua, inicialmente, 

um cunho filogenético. Desta forma, apresentamos um tratamento taxonômico das espécies de 

Ditassa ocorrentes no Brasil, como uma etapa inicial para a monografia completa do gênero. São


abordadas questões nomenclaturais e taxonômicas, complementadas, sempre que possível, com 

dados de distribuição geográfica e ecológicos para cada espécie. 

4 

II. Histórico 

O gênero Ditassa foi descrito por Brown (1810) com base na coleção Banks & Solander 

(BM), feita no Rio de Janeiro em 1768, sem contudo nomear uma espécie-tipo. Em 1820, Schultes 

sobre este mesmo material nomeia Ditassa banksii, indicando no protólogo “R.Brown nomen 

specificum nullum indidit”. O gênero foi definido por Brown como subarbustos com ramos volúveis, 

glabros, folhas opostas e planas; umbelas interpeciolares e flores com corola subrotácea e corona 

estaminal dupla. 

Martius (1824) descreve mais oito espécies e amplia a circunscrição do gênero. Alguns 

aspectos morfológicos acrescidos, merecem destaque, como o hábito ereto e os segmentos externos 

da corona unidos entre si. Curiosamente, todo o material-tipo é proveninente de históricas regiões 

de mineração em Minas Gerais. Devido ao detalhamento de parte das suas descrições, pode-se 

considerar o texto de Martius (1824) como a primeira abordagem taxonômica ilustrada para Ditassa. 

Decaisne (1844) apresenta um amplo tratamento taxonômico para Asclepiadoideae 1 . 

Ditassa é posicionada, juntamente com Tassadia Decne., na tribo Asclepiadeae Verae, subtribo 

(‘divisio’) Ditassae, caracterizada por plantas americanas, arbustivas, com flores internamente 

incano-papilosas e corona estaminal dupla. Trinta e três espécies são apresentadas, sendo 23 novas 

para a ciência. Nota-se a ausência de Ditassa banksii Schult. no tratamento, nome aparentemente 

neglicenciado em favor de Ditassa umbellata Decne., proveniente da mesma região e que foi 

posteriormente reconhecido como um sinônimo de Ditassa banksii Schult. por Alencastro et al. 

(1971). 

As Asclepiadoideae brasileiras foram tratadas por Fournier (1885). Ditassa aparece 

como um dos gêneros mais diversos ao lado de Oxypetalum R.Br., reunindo 58 espécies, 11 das quais 

foram ilustradas. Ao contrário de Decaisne, a maioria dos novos táxons propostos por Fournier para 

Ditassa, não são atualmente aceitos. 

Schumann (1895) apresenta nova revisão de Asclepiadoideae, onde os gêneros são 

comentados de forma breve. Trata Ditassa dentro da ‘subfamília Cynanchoideae’, tribo 

Asclepiadeae, subtribo Asclepiadinae, colocando Husnostia rotundifolia E.Fourn. como sinônimo. O 

autor propõe duas secções Plagiotassa e Orthotassa, delimitando-as com base na orientação das 

polínias (plagio-, radical grego que significa oblíquo e ortho-, radical grego que significa reto), 

estrutura das caudículas e formato da folha. Essas secções contudo, nunca foram formalmente 

avaliadas e aplicadas em trabalhos subsequentes no gênero. Com a circunscrição de Minaria (Rapini 

et al., dados não publicados), essas secções são confirmadas como grupos não monofiléticos. 

1 Durante os séculos XIX e XX, até meados da década de 90, Asclepiadoideae foi amplamente tratada ao nível de família. Com a difusão 

dos estudos filogenéticos, Apocynaceae e Asclepiadaceae deixam de ser reconhecidas como grupos irmãos, intimamente relacionados, 

passando a ser consideradas como um único grupo monofilético (viz. Judd et al. 1994, Struwe et al. 1994).


Don (1838), Bentham & Hooker (1876), Baillon (1890), entre outros, produziram 

tratamentos ao nível genérico que abordaram Ditassa. Novas espécies, contudo, foram sendo 

descritas isoladamente. Durante o século XX, aproximadamente 100 novos nomes foram propostos 

no gênero, destes cerca de 40 baseados em coleções-tipo provenientes do Brasil. Araújo (1950) lista 

para o Brasil por volta de 490 espécies em Asclepiadoideae, dentre estas 84 em Ditassa. 

Dentre os trabalhos florísticos destacamos: Fontella-Pereira et al. (1989) para Bahia; 

Fontella-Pereira (1993) para Goiás e Tocantins; Fontella-Pereira et al. (1984, 1995), Rapini et al. 

(2001) e Farinaccio & Mello-Silva (2004) para Minas Gerais; Fontella-Pereira et al. (2005) para São 

Paulo; Fontella-Pereira et al. (2004 b ) para o Distrito Federal; Fontella-Pereira et al.( 2004 a ) para 

Santa Catarina; Fontella-Pereira et al. (1984, 1997) e Konno et al. (2001) para restingas. Destacam- 

se também as revisões para os gêneros Barjonia Decne. (Silva 1979), Blepharodon Decne. (Morillo 

1976), Jobinia E. Fourn. (Schwarz & Fontella-Pereira 1995), Macroditassa Malme (Ferreira 2000) e 

Tassadia (Fontella-Pereira 1977). 

Abordagens pontuais têm proporcionado a solução paulatina de inúmeras questões de 

ordem nomenclatural e taxonômica em Ditassa, além da proposição de novos táxons. Nos últimos 40 

anos, diversos autores, tendo concentrado seus estudos nos táxons brasileiros, promoveram a 

sinonimização de 29 espécies, 16 lectotipificações e, descreveram 20 novas espécies e 16 novas 

combinações, somente em Ditassa (vide Anexo II). 

Este interesse não demonstra ser o mesmo quando consideradas as espécies extra- 

brasileiras de Ditassa, muitas delas descritas por Schlechter (1906, 1914) e as mais recentes por 

Morillo (1989, 1986, 1981, 1992, 1993, 1994a, 1994b, 1995). De todos os outros países sul- 

americanos, até o momento, destaca-se em diversidade a Venezuela (Morillo 1997). 

1. TAXONOMIA 

III. Materiais e Métodos 

Este tratamento é resultante de um extenso levantamento bibliográfico e de coleções 

herborizadas. Inicialmente, foram resgatados todos os nomes publicados, até o presente, em 

Ditassa, bem como a obtenção das obras originais dos 192 táxons inventariados, dos quais cerca de 

125 têm tipos do Brasil. Foram examinadas e catalogadas as coleções científicas dos seguintes 

herbários, no Brasil e no exterior: A, ALCB*, B*, BAUR, BHCB*, BM*, BR*, C, CEN*, CEPEC*, CESJ*, 

ESA*, F, FCAB*, GUA*, HAL, HAMAB*, HAS*, HB*, HCG*, HEPH*, HMS (espelho do COR)*, HST*, HUEFS*, 

IAC, IAN*, IBGE*, ICN*, INPA*, IPA*, JPB*, K*, L, M, MAC*, MBM*, MBML*, MG*, MIR*, NY, OUPR*, P*, 

PACA*, PEUFR*, QCA, QCNE, R*, RB*, RFA*, RUSU*, S, SP*, SPF*, TEPB*, UB*, UBT*, UEC*, UFAC*, 

UFAM*, UFES*, UFP*, UFRR*, UPS, US, USZ, VEN*, VIC*, W, WIS (acrônimos segundo Holmgren et al., 

2003). 

Viagens ao campo para coleta e observação de populações in situ se concentraram nas 

regiões de reconhecida diversidade em Asclepiadoideae, como os Estados de Minas Gerais, Bahia, 

São Paulo, Rio de Janeiro e Espírito Santo. Outros estados visitados foram Acre, Amapá, Amazonas, 

Mato Grosso do Sul e Rio Grande do Sul. O material coletado encontra-se depositado no herbário SP. 

5


Na citação das coleções-tipo todas as informações adicionais obtidas em etiquetas ou 

que contribuíssem para uma localização mais completa, foram adicionadas entre colchetes. 

Somente os dados da localidade são transcritos das obras originais. 

A ordenação e apresentação dos espécimes examinados segue a padronização da Flora 

Neotropica, bem como os critérios de seleção, principalmente quando a espécie apresenta mais de 

100 coleções. Siglas utilizadas: fl. (presença de flores), fr. (presença de frutos); s.mun. (sem 

município ou outra subdivisão política equivalente), s.d. (sem data de coleta). Uma listagem de 

coletores é apresentada no Anexo I, juntamente com os acrônimos que identificam as coleções. 

Nas descrições morfológicas adota-se a terminologia proposta por Radford et al. (1974) 

para formas planas e tridimensionias. Padrões de indumento são descritos conforme Hewson (1988). 

As medidas dos segmentos da corona referem-se às estruturas distendidas. 

É introduzida a aplicação do termo ‘clavúncula’ nas Asclepiadoideae. O termo é 

utilizado em Apocynaceae s.str. para indicar a porção dilatada do estilete (Ezcurra 1981, Fallen 

1985, Gomes & Cavalcanti 2001). Nesta estrutura, em Apocynoideae, ocorre a adnação parcial das 

anteras e a secreção de substâncias que favorecem a adesão e germinação dos grãos de pólen. Nas 

Asclepiadoideae, processos de fusão pós-genital culminam com a formação do ginostégio, cujo ápice 

é homólogo e, portanto, deve ser denominado da mesma forma. 

Os dados de floração e frutificação foram obtidos dos espécimes examinados e estão 

reunidos no Anexo II, Tabela 1. Da mesma forma, procedeu-se com os dados de distribuição 

geográfica, por vezes, complementados pela literatura (ver Anexo II, Tabela 2 para distribuição no 

Brasil). 

As coordenadas geográficas utilizadas para a plotagem do mapas de distribuição, foram 

obtidas ou diretamente de rótulos de exsicatas ou através de índices de localidades impressos 

(Vanzolini & Papavero 1968, Kirkbride & Filgueiras 1993) e/ou eletrônicos (IBGE 1994, Global 

Gazetteer [www.fallingrain.com/world]), ou ainda de fontes cartográficas diversas (IBGE 1972, 

National Geographics 1999). 

Neste tratamento, admitimos uma visão pluralística para o conceito de espécie (Mishler 

& Donoghue 1982, Kitcher 1984), pois acreditamos que as peculiaridades de cada grupo devam ser 

analisadas caso a caso. Diante deste posicionamento, espécie é uma categoria taxonômica onde 

cada táxon é definido por um conjunto de caracteres morfológicos discretos único e identificado por 

um binômio em latim (conceito taxonômico sensu Rapini 2000 2 , associado ao conceito morfológico 

sensu Cronquist 1988 3 ). A discontinuidade morfológica inerente à esta caracterização dos táxons 

(Heywood 1970), leva em conta, primeiramente, aspectos vegetativos, como forma da folha e tipo 

de indumento. Os caracteres florais são, em geral, mais plásticos, sendo portanto, considerados no 

seu conjunto. 

2 “espécie...é a categoria taxonômica (uma classe de táxons) onde cada táxon é uma classe definida por um conjunto de características e representada por 

um binômio em latim, válido conforme o código de nomenclatura em vigência”. (Rapini 2000:15) 

3 “Species are the smallest groups that are consistently and persistently distinct, and distinguishable by ordinary means”. (Cronquist 1988:71) 

6


Para fins de prioridade considera-se este trabalho como uma publicação não efetiva e 

não válida. As novidades taxonômicas e nomenclaturais aqui apresentadas serão publicadas a 

posteriori. 

2. MORFOLOGIA POLÍNICA 

Os polinários, retirados de flores fixadas em álcool 70% ou reidratadas, foram medidos 

e fotomicrografados ao microscópio de luz com as estruturas imersas em água glicerinada, sem 

lamínula. Quando disponível, ao menos 5 amostras foram selecionadas, ao acaso, para cada táxon. 

Para a microscopia eletrônica de varredura, os polinários passaram por uma série 

alcoólica crescente para desidratação. A montagem sobre os suportes é feita com fita adesiva dupla 

face. As estruturas secas foram mantidas em recipientes herméticos com sílica gel, antecedendo à 

metalização. A metalização e o escaneamento foram realizados no Instituto de Biociências (USP) e 

Instituto de Biofísica (UFRJ). A técnica do ponto crítico foi utilizada, em caráter experimental, 

revelando excelentes resultados no que tange à preservação da forma das polínias que, em geral, 

tendem a se deformar durante a desidratação e pela ação do vácuo na metalização (fig. 34D). 

Os polinários foram descritos conforme a lista de caracteres apresentada no Quadro 1. 

Os materiais utilizados nesta descrição estão assinalados na relação de espécimes examinados por 

um asterisco. 

Quadro 1. Lista de caracteres descritivos para polinários aplicados ao gênero Ditassa. 

1. Corpúsculo 

1.1. Comprimento : mm compr. 

1.2. Largura : mm larg. 

1.3. Forma : 1. oblongo/ 2. ovóide/ 3. deltóide/ 4. linear-lanceolado/ 5. linear 

1.5. Relação corpúsculo/polínia quanto ao comprimento : 1. corpúsculo maior que a polínia/ 2. corpúculo 

menor que a polínia/ 3. corpúsculo tão longo quanto a polínia 

2. Caudículas 

2.1. Comprimento : mm compr. 

2.2. Orientação em relação ao eixo do corpúsculo: 1. perpendicular/ 2. oblíquo-ascendente/ 3. oblíquo- 

descendente/ 4. sinuoso a sigmóide 

2.3. Forma geral: 1. cilíndrico/ 2. filiforme/ 3. plano 

2.4. Forma – para caudículas planas: 1. triangular/ 2. retangular/ 3. claviforme/ 4. em forma de fita 

2.5. Membrana reticulada basal : 1. presente/ 2. ausente 

3. Polínia 

3.1. Comprimento (frontal; intervalo mínimo-máximo): mm compr. 

3.2. Largura (maior eixo; intervalo mínimo-máximo): mm larg. 

3.3. Inserção das caudículas: 1. terminal/ 2. subterminal/ 3. lateral 

3.4. Forma: 1. globosa/ 2. ovóide/ 3. oblonga/ 4. clavada/ 5. fusiforme/ 6. reniforme 

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1. DISTRIBUIÇÃO GEOGRÁFICA E HABITAT 

IV. Resultados e Discussão 

O gênero Ditassa é Neotropical, com centros de diversidade no estado de Minas Gerais 

(Brasil) e no Planalto das Guianas, especialmente na Venezuela (Fig. 1). As espécies que ocorrem no 

Brasil, habitam preferencialmente formações de campos cerrados, campos rupestre ou restingas do 

Sudeste e Nordeste. Algumas espécies estão distribuídas por formações florestais costeiras ou 

interioranas, geralmente em bordas de mata ou clareiras. 

Nas formações de restinga do Rio Grande do Sul até o Maranhão ocorrem cerca de nove 

espécies. Típicas desta formação vegetal são Ditassa banksii (Fig. 2D), D. blanchetii (Fig. 2B), D. 

crassifolia (Fig. 3F), D. maricaensis (Fig. 7C), D. guilleminiana (Fig. 5C) e D. subumbellata (Fig. 9C). 

As demais espécies estão presentes também em outras formações vegetais, onde tendem a ser mais 

comuns. Ditassa oxyphylla (Fig. 8C) é bem conhecida para os brejos de altitude de Pernambuco e na 

caatinga da Bahia. Esta espécies distingue-se das demais por apresentar uma distribuição disjunta 

nas serras ao Norte da Venezuela. Ditassa burchellii var. burchellii (Fig. 2E) tem sido registrada para 

as restingas do litoral sul, estando presente também em matas de galeria e cerrado em Minas 

Gerais, São Paulo e Paraná. Ditassa nitida (Fig. 7E) está presente nas restingas do Espírito Santo, e 

no Rio de Janeiro é comum na Serra da Carioca (mun. Rio de Janeiro, Parque Nacional da Tijuca). 

São endêmicas das restingas do estado do Rio de Janeiro, D. guilleminiana (Fig. 5C), D. 

maricaensis (Fig. 7C) e D. subumbellata (Fig. 9C). Ditassa banskii (Fig. 3F) foi registrada para Minas 

Gerais no início do séc. XX, e não tem sido recoletada neste estado desde então. Distribui-se do Rio 

de Janeiro ao Sul do Espírito. Ditassa blanchetii tem seu limite Sul no Espiríto Santo estendendo-se 

continuamente até a Paraíba, com registros no Maranhão. Ditassa crassifolia ocorre do norte do 

Espírito Santo até o Rio Grande do Norte e também em áreas de campina no Pará e, ocasionalmente 

na Chapada Diamantina (Bahia). 

Há apenas seis espécies restritas à floresta atlântica no Sudeste do Brasil, D. bicolor 

(Fig. 2C), D. duartei (Fig. 4B), D. imbricata (Fig. 5F), D. nitida (Fig. 7E), D. oberdanii (Fig. 8A) e D. 

gracilis (Fig. 5B). São endêmicas do Espírito Santo, D. duartei e D. oberdanii (Fig. 8A). No Rio de 

Janeiro são encontradas D. bicolor, D. nitida e D. imbricata. Ditassa gracilis ocorre tanto no Rio de 

Janeiro quanto em São Paulo, onde é mais freqüente. 

Das 50 espécies de Ditassa da flora brasileira, 30 ocorrem no Estado de Minas Gerais 

(Figs. 2A; 3B-E; 4A, D-F; 5D-E; 6A-F; 7A-B, D,F; 8B, E-F; 9A, D; 10C-D). As Serras do Espinhaço são 

reconhecidas como centros de diversidade e endemismo para várias famílias (Giulietti & Pirani 1988) 

e este é igualmente o caso das Asclepiadoideae (Rapini et al. 2002). 

Ditassa obscura (Fig. 8B) e D. insignis (Fig. 6A) são endêmicas das Serras de Araxá e 

Canastra, no sudoeste de Minas Gerais. Várias espécies estão restritas às Serras do Espinhaço. 

Ditassa cipoensis (Fig. 3B) é endêmica da Serra do Cipó e D. itambensis (Fig. 6B) é conhecida 

somente pela coleção-tipo do Pico do Itambé (mun. Santo Antônio do Itambé). Ditassa aequicymosa 

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(Fig. 2A), D. eximia (Fig. 4D) e D. fasciculata (Fig. 4E) ocorrem principalmente entre a Serra do Cipó 

e o Planalto de Diamantina. Ao Sul da Cadeia do Espinhaço, na região de Ouro Preto, temos Ditassa 

laevis (Fig. 6C), D. lineares (Fig. 6F), D. longisepala (Fig. 7B) e D. pedunculata (Fig. 8E). 

Das espécies que ocorrem ao longo da Cadeia do Espinhaço, apenas D. retusa (Fig. 9A), 

D. succedanea (Fig. 9D), D. capillaris (Fig. 3A), D. lenheirensis (Fig. 6D), D. glaziovii (Fig. 4F) e D. 

pohliana (Fig. 8F) estão presentes na Bahia, onde podem também ocorrer na caatinga. Ditassa 

capillaris, D. glaziovii e D. pohliana têm na região de Grão Mogol (MG) seu limite sul de distribuição, 

estendendo-se mais amplamente pelo Nordeste do Brasil. 

Apenas Ditassa hispida (Fig. 5E), D. burchellii (Fig. 2E), D. hastata (Fig. 5D)e D. 

obcordata (Fig. 7F) estão amplamente distribuídas pelo Brasil, ocupando diferentes formações 

vegetais. Ditassa hispida e D. obcordata são mais comum nos estados do Sudeste, D. burchellii no 

Sul do país e D. hastata nas caatingas do Nordeste. 

25 espécies 

4 ocorrendo no 

Brasil 

30 espécies 

Figura 1: Distribuição geográfica do gênero Ditassa R.Br. nos Neotrópicos. Área total estimada (linha cheia) e 

centros de diversidade (linha tracejada). 

Os inventários florísticos na região amazônica, por questões logísticas, são ainda 

incipientes. As espécies de Ditassa têm sido coletadas em campinas e nos campos savânicos de 

Roraima. Ditassa sobradoi (Fig. 9B), D. tatei (Fig. 10A) e D. taxifolia (Fig. 10B) estão presentes de 

forma mais abundante na Venezuela, sendo os registros no Brasil esparsos. Ditassa pauciflora (Fig. 

9


8D) é a espécie menos conhecida deste grupo, descrita para as Guianas e com apenas três registros 

em Roraima (Brasil). 

A diversidade de espécies decai acima de 24 o latitude Sul. Nesta faixa, que engloba o 

Sul do Brasil, Paraguai e Argentina, apenas 3-4 espécies foram registradas. Dentre estas, a espécie 

mais comum é D. burchellii. Ditassa edmundoi (Fig. 4C), D. hispida e D. tomentosa (Fig. 10C) 

ocorrem, até o presente, somente até o Paraná. No extremo oeste do Brasil, nos estados de Mato 

Grosso e Mato Grosso do Sul essa queda é ainda mais drástica; até o momento, apenas D. gracilipes 

(Fig. 5A) ocorre amplamente na região. Não há registros de Ditassa no Pantanal. 

2. RELAÇÕES TAXONÔMICAS 

Ditassa é um dos gêneros mais diversos dentre as Metastelmatinae. Estudos moleculares 

recentes (Rapini et al. 2003) ressaltam o polifiletismo do gênero. As relações filogenéticas entre os 

gêneros neotropicais desta subtribo ainda demanda muitos esforços, cujos resultados poderão gerar 

profundas modificações na classificação. 

Dentre as espécies consideradas neste tratamento, alguns agrupamentos morfológicos 

são distingüíveis, permitindo formar complexos de espécies. Esses complexos específicos estão, 

muitas vezes, condicionados a um determinado habitat ou região de distribuição (vide comentários 

a seguir). Pares de espécies afins são comuns e, em geral, ocorrem em alopatria. (Tabela 1) 

Complexo “mucronata” (D. aequicymosa, D. imbricata, D. mucronata e D. nitida [Fig. 23]): agrupa 

as espécies com polinários de caudículas sinuosas, inseridas subapicalmente nas polínias oblongas ou 

claviformes. As folhas, neste grupo, apresentam a nervura principal bem marcada, geralmente 

discolor. Quanto ao indumento, as folhas variam de pilosas a glabras na face abaxial. 

Ditassa aequicymosa é a única espécie a ocorrer exclusivamente em campos rupestres. 

Ditassa imbricata e D. nitida se distribuem pelas formações de floresta atlântica do Espírito Santo e 

Rio de Janeiro (Figs. 5F, 7E). Ditassa mucronata é a espécie mais amplamente distribuída deste 

complexo, tendo sido registrada principalmente em Minas Gerais e também no Rio de Janeiro (Fig. 

7D). 

Complexo “eximia” (D. eximia, D. insignis, D. laevis, D. lenheirensis, D. lineares, D. pedunculata, D. 

retusa e D. succedanea [Figs. 20-21]): reúne um número grande de espécies que ocorrem, 

principalmente, nas serras da Cadeia do Espinhaço (Minas Gerais e Bahia). Caracterizam-se pelas 

folhas cartáceas a subcoriáceas, geralmente verde-brilhantes na face adaxial, glabras a 

glabrescentes e com nervuras secundárias bem marcadas, numerosas e retilíneas e pelos folículos, 

por vezes, velutinos. 

Ditassa eximia é ímpar quanto a morfologia da corona, apresentando segmentos 

externos espatulados, denticulados no ápice e segmentos internos tubulóides, lobulados no ápice. 

Ditassa insignis, D. linearis e D. retusa são mais afins entre si por possuírem segmentos externos da 

10


corona ovais e longamente acuminados no ápice. Ditassa retusa destaca-se ainda pelos lobos da 

corola glabros na porção central que podem ocorrer, eventualmente, em D. linearis. Os segmentos 

externos da corona não são longamente acuminados nas demais espécies do complexo. Os polinários 

têm caudículas planas com membrana reticulada evidente e, somente em Ditassa lenheirensis e D. 

pedunculata são sinuosos e cilíndricos. 

Tabela 1: Relação de complexos morfológicos de espécies brasileiras de Ditassa R.Br. e pares de espécies afins. 

COMPLEXOS 

Complexo “mucronata” 

Complexo “eximia” 

Complexo “hispida” 

Complexo “obcordata” 

GRUPOS ESPËCIES DISTRIBUIÇÃO E HABITAT 

Ditassa aequicymosa 

Ditassa imbricata 

Ditassa mucronata 

Ditassa nitida 

Ditassa eximia 

Ditassa insignis 

Ditassa laevis 

Ditassa lenheirensis 

Ditassa lineares 

Ditassa pedunculata 

Ditassa retusa 

Ditassa succedanea 

Ditassa hispida 

Ditassa guilleminiana 

Ditassa blanchetii 

Ditassa edmundoi 

Ditassa obcordata 

Ditassa warmingii 

Complexo “tomentosa” Ditassa cipoensis 

Ditassa itambensis 

Ditassa longicaulis 

Ditassa longisepala 

Ditassa obscura 

Ditassa tomentosa 

OUTROS 

Grupo com lobos da corola com tufo de 

tricomas no ápice 

Ditassa burchellii var. burchellii 

Ditassa burchellii var. vestita 

Ditassa congesta 

Ditassa lanceolata (extra-brasileira) 

Grupo com corona pateliforme Ditassa conceptionis 

Ditassa leonii 

Grupo com folhas discolores Ditassa bicolor 

Ditassa duartei 

Ditassa gracilis 

Ditassa subumbellata 

Grupo com corona filiforme Ditassa oberdanii 

Ditassa oxyphylla 

11 

Minas Gerais, Espírito Santo e Rio de 

Janeiro: floresta atlântica e campos 

rupestres 

Distrito Federal, Bahia, Minas Gerais e 

São Paulo: cerrado e campos rupestres 

Principalmente no Nordeste e Sudeste 

do Brasil e Guianas: mais freqüentes na 

restinga e na floresta atlântica. 

Goiás, Distrito Federal, Bahia, Minas 

Gerais, São Paulo e Paraná: mais 

freqüentes em formações de cerrado 

Principalmente em Minas Gerais: 

campos rupestres, cerrado e, 

ocasionalmente na floresta atlântica 

Sul e Sudeste do Brasil, Argentina e 

Paraguai (D. burchellii) e Nordeste 

(somente D. congesta): vários habitats 

Minas Gerais, Espírito Santo e São Paulo: 

geralmente em campos de altitude 

São Paulo e Rio de Janeiro: floresta 

atlântica 

Nordeste do Brasil e Venezuela (D. 

oxyphylla) e Espírito Santo (D. 

oberdanii): floresta atlântica (incl. 

brejos de altitude) e caatinga 

Quanto à distribuição geográfica das espécies do complexo, Ditassa lenheirensis (Goiás, 

Distrito Federal, Bahia e Minas Gerais [Fig. 6D]) e Ditassa retusa (Bahia, Minas Gerais e São Paulo 

[Fig. 9A]) são as mais amplamente distribuídas, ambas podendo ocorrer tanto no cerrado, quanto 

nos campos rupestres. As demais espécies estão restritas aos campos rupestres de Minas Gerais.


Complexo “hispida” (D. hispida, D. guilleminiana, D. blanchetii [Fig. 19]): abarca espécies cujas 

plantas são recobertas por indumento denso e hirsuto, especialmente nos ramos e folhas. As folhas, 

“in sicco”, assumem uma coloração castanho-avermelhada. Um comparativo entre as espécies do 

complexo é apresentado na Tabela 2. 

Ditassa hispida se destaca por ser um “complexo” em si. A extensa sinonímia agregada 

ao táxon, justifica-se, primordialmente, pelo tipo de indumento, mas torna a espécie muito 

polimórfica. O grande número de coleções, atribuídas à espécie, permite identificar padrões 

morfológicos que equivalem às espécies sinonimizadas. O grupo “hispida-rufescens” ocorre no 

Sudeste e Sul do Brasil, das restingas ao cerrado. Apresenta pedúnculo com ca. 5,0mm compr. e 

flores com pedicelo delgado. O grupo “hispida-consanguinea” tem distribuição predominante pelo 

Nordeste do Brasil até as Guianas. Neste grupo, as folhas são menores e as inflorescências 

aparentam ser mais congestas, em decorrência do pedúnculo geralmente inconspícuo (≥ a 1,0mm) e 

pedicelos robustos. 

Tabela 2: Comparação morfológica entre as espécies do “complexo hispida”. 

D. guilleminiana 

D. hispida 

D. blanchetii 

RAMOS PEDÚNCULO PEDICELO SÉPALAS COROLA CORONA 

inteiramente 

hirsutotomentosos 

inteiramente 

hirsutotomentosos 

bilateralmente 

pilosos a 

glabrescentes 

hirsuto 

2.0-8.0mm 

hirsuto 

1.0-3.0mm 

glabrescente 

0.5-1.0mm 

glabro 

até 1.5cm 

glabrescente 

0.4-1.0cm 

glabro 

4.0-5.0mm 

hirsutas 

hirsutas 

glabras 

externamente 

glabra 

externamente 

glabra 

externamente 

glabra 

12 

segmentos internos 

oblongos, lobados 

no ápice 

maiores que os 

externos 


linear-lanceolados 

menores que os 



lanceolados 

menores que os 


Complexo “obcordata” (D. edmundoi, D. obcordata, D. warmingii [Fig. 24]): as espécies deste 

complexo ocorrem, essencialmente, no cerrado. Caracteriza-se pelas folhas largamente elípticas a 

orbiculares com nervura central evidente e geralmente amarelada, e flores diminutas. Konno & 

Fontella-Pereira (2004) apresentam um chave para distinção destas espécies. Ditassa obcordata 

poderia ser tratada em sensu amplo, agrupando toda a variação segregada D. edmundoi e D. 

warmingii. Contudo, essas espécies apresentam especificidade geográfica. Ditassa edmundoi (Fig. 

4C) está restrita ao Paraná e D. warmingii (Fig. 10D) à São Paulo.


Complexo “tomentosa” (D. cipoensis, D. itambensis, D. longicaulis, D. longisepala, D. obscura, D. 

tomentosa [Fig. 25, 29]): formado por espécies, em sua maioria, descritas originalmente em 

Metastelma, caracteriza-se pelas folhas geralmente elípticas ou oblongas de margem revoluta e 

densamente indumentadas ao menos na face abaxial. O indumento geralmente é tomentoso, por 

vezes, viloso e recobre também ramos e pecíolos. O caráter floral mais marcante é a redução ou 

supressão dos segmentos internos da corona. 

Apenas Ditassa tomentosa apresenta uma distribuição mais ampla (do Distrito Federal 

ao Paraná) e maior amplitude ecológica (cerrado, florestas estacionais e floresta atlântica). As 

outras espécies são endêmicas dos campos rupestres. Ditassa obscura está restrita às Serras da 

Canastra e Araxá e as demais distribuem-se pelas Serras do Espinhaço em Minas Gerais. 

A inconsistência da corona composta neste grupo de espécies, coloca em questão a 

transferência para Ditassa. Contudo, os aspectos evolutivos do desenvolvimento da corona são 

desconhecidos e, a princípio, a redução da corona nas Asclepiadoideae parece ser homoplástica. 

Desta forma, não se pode lançar mão de evidências filogenéticas que refutem esse complexo como 

parte de Ditassa. A Tabela 3 agrupa as principais diferenças entre essas espécies. 

Tabela 3: Comparação morfológica entre as espécies do “complexo tomentosa”. Medidas de comprimento em 

mm. 

Caráter D. cipoensis D. itambensis D. longicaulis D. longisepala D. obscura D. tomentosa 

PECÍOLO 2.0-7.0 4.0-11.0 2.0-5.0 1.0-4.0 2.0-7.0 2.0-4.0 

PEDÚNCULO 0.5-1.5 2.0-4.0 0.5-1.0 2.0-2.5 0.3-1.0 0.5-2.0 

PEDICELO 1.0 1.7-2.0 1.2-1.5 1.5-2.0 0.3-0.5 1.0-3.0 

SÉPALAS 2.1-2.3 2.7-3.0 2.0-2.5 3.0-4.5 1.7-2.0 1.5-2.5 

LOBOS DA COROLA 1.6-2.3 2.5-2.7 3.0-3.2 2.5-3.0 1.5-2.0 3.0-5.0 

TUBO DA COROLA 1.0-1.6 0.7-1.0 0.8-1.0 1.5-2.0 0.70-0.75 1.0-1.3 

GINOSTÉGIO 

SEGMENTO 

EXTERNO DA 

CORONA 

SEGMENTO 

INTERNO DA 

CORONA 

cônico 

séssil 

deltado, ápice 

denteado, 

mais baixo que 

o ginostégio 

cônico 

subséssil 

oval, ápice 

acuminado, 



cônico 

subséssil 

linear, 

mais alto que o 

ginostégio 

cilíndrico 

subséssil 

oval, ápice 




ausente ausente ausente ausente 

cilíndrico 

séssil 

oval, ápice 

apiculado, 



reduzido a 

ausente 

cilíndrico 

séssil 

oval, ápice 




reduzido a 

ausente 

13


A B 

C D 

E F 

Figura 2. Mapas de distribuição geográfica para as espécies de Ditassa ocorrentes no Brasil: A. Ditassa 

aequicymosa; B. Ditassa banksii; C. Ditassa bicolor; D. Ditassa blanchetii; E. Ditassa burchellii var. burchellii; F. 

Ditassa burchellii var. vestita. 

14


A 

C 

E 


capillaris; B. Ditassa cipoensis; C. Ditassa conceptionis; D. Ditassa congesta; E. Ditassa cordeiroana; F. Ditassa 

crassifolia. 

B 

D 

F 

15


A 

C 

E 

Figura 4. Mapas de distribuição geográfica para as espécies de Ditassa ocorrentes no Brasil: A. Ditassa dardanoi; 

B. Ditassa duartei; C. Ditassa edmundoi; D. Ditassa eximia; E. Ditassa fasciculata; F. Ditassa glaziovii. 

B 

D 

F 

16


A 

C 

E 


gracilipes; B. Ditassa gracilis; C. Ditassa guilleminiana; D. Ditassa hastata; E. Ditassa hispida; F. Ditassa 

imbricata. 

B 

D 

F 

17


A 

C 

E 

Figura 6. Mapas de distribuição geográfica para as espécies de Ditassa ocorrentes no Brasil: A. Ditassa insignis; 

B. Ditassa itambensis; C. Ditassa laevis; D. Ditassa lenheirensis; E. Ditassa leonii; F. Ditassa lineares. 

B 

D 

F 

18


A 

C 

E 


longicaulis; B. Ditassa longisepala; C. Ditassa maricaensis; D. Ditassa mucronata; E. Ditassa nitida; F. Ditassa 

obcordata. 

B 

D 

F 

19


A 

C 

E 


oberdanii; B. Ditassa obscura; C. Ditassa oxyphylla; D. Ditassa pauciflora; E. Ditassa pedunculata; F. Ditassa 

pohliana. 

B 

D 

F 

20


A 

C 

Figura 9. Mapas de distribuição geográfica para as espécies de Ditassa ocorrentes no Brasil: A. Ditassa retusa; 

B. Ditassa sobradoi (var. sobradoi [triângulo]; var. buntingii [círculo]; var. franciscoi [quadrado]; C. Ditassa 

subumbellata; D. Ditassa succedanea. 

B 

D 

21


Figura 10. Mapas de distribuição geográfica para as espécies de Ditassa ocorrentes no Brasil: A. Ditassa tatei; B. 

Ditassa taxifolia; C. Ditassa tomentosa; D. Ditassa warmingii. 

3. TAXONOMIA 

3.1. DESCRIÇÃO DO GÊNERO 

A 

C 

Ditassa R. Br. 

R. Brown, Mem. Wern. Nat. Hist. Soc. 1: 49. 1810; Schultes in Roemer & Schultes, Syst. Veg 6: 91. 

1820; Martius, Nov. Gen. Sp. Pl. 1: 50, 1824; Endlicher, Gen. Pl. 591, n. 3459. 1838; G. Don, Gen. 

Hist. 4: 155. 1838; Decaisne in De Candolle., Prodr. 8: 574. 1844; Bentham & Hooker, Gen. Pl. 2: 

757. 1876; Fournier in Martius, Fl. bras. 6(4): 237. 1885; Baillon, Hist. Pl. 10: 255. 1890; Schumann 

in Engler & Prantl, Nat. Pflanzenfam. 4(2): 242. 1895; Arechavaleta, Anales Mus. Nac. Montevideo 4: 

113. 1909; Lemée, Dict. Gen. Pl. Phan. 2: 700, 1930; Woodson, Ann. Missouri Bot. Gard. 28: 208. 

1941, pro syn. Cynanchum L.; Meyer in Descole, Gen. Sp. Pl. Arg. 2: 159. 1944; Fontella-Pereira & 

Valente, Fl. dos Estados de Goiás e Tocantins 15: 39. 1993; Fontella-Pereira et al. Bol. Bot. Univ. 

B 

D 

22


São Paulo 14: 154. 1995; Morillo in Steyermark, Berry & Holst, Fl. Venez. Guayana 3: 145. 1997; 

Fontella-Pereira, Hoehnea 25(1): 73. 1998; Rapini, Mello-Silva & Kawasaki, Bol. Bot. Univ. São Paulo 

19: 104. 2001; Farinaccio & Mello-Silva, Bol. Bot. Univ. São Paulo 22: 63. 2004; Konno & Mezabarba 

in Fontella-Pereira et al., Fl. Distrito Federal 3: 83. 2004; Konno & Pereira in Fontella-Pereira et 

al., Fl. Faner. São Paulo 4: XX. 2005. – Tipo: Ditassa banksii Schult. 

= Metastelma R. Br., Mem. Wern. Nat. Hist. Soc. 1: 52. 1810, p.p.. Tipo: Metastelma parviflorum 

R.Br. 

= Nematuris Turcz., Bull. Soc. Nat. Moscou 21(1): 254. 1848. – Tipo: Nematuris volubilis Turcz. 

= Calathostelma E.Fourn. in Martius, Fl. bras. 6(4): 219. 1885. – Tipo: Calathostelma ditassoides 

E.Fourn. 

Trepadeiras, raramente subarbustos; ramos geralmente volúveis, por vezes suberosos, 

velutinos a glabros, pubescência distribuindo-se por toda a superfície dos ramos ou em faixas uni- 

ou bilaterais. Folhas elípticas, oblongas, ovadas a obovadas, glabras a velutinas, pecioladas, 

truncadas, cuneadas ou agudas na base, nunca cordadas, membranáceas a subcoriáceas, 2-3 

coléteres na base da face adaxial da lâmina foliar, associados à nervura principal e por vezes 

inconspícuos ou ausentes. Inflorescências parciais cimosas, umbeliformes ou corimbiformes, 

subaxilares, raramente axilares e opostas, longamente pedunculadas a sésseis. Flores pentâmeras, 

na maioria alvas ou amarelas, esverdeadas ou róseas, odoríferas; cálice com sépalas ovais a 

lanceoladas, ápice obtuso a longamente acuminado, eretas ou recurvas, internamente podendo 

apresentar de 1-2 coléteres axilares; corola campanulada a rotácea, lobos oval-lanceolados ou 

oblongos, eretos a patentes, geralmente recurvos no ápice, raramente torcidos, margens algumas 

vezes revolutas, internamente papilosos, associados ou não a tricomas, estes mais comumente 

distribuídos junto à fauce. Corona ginostegial composta a simples; segmentos externos variáveis em 

formas e dimensões, adnatos ao tubo da corola e entre si na base; segmentos internos 

conspicuamente representados ou não por apêndices que partem da base das anteras ou da face 

adaxial dos segmentos externos, raramente mais altos que os externos, por vezes muito reduzidos 

ou ausentes. Ginostégio cilíndrico ou raramente cônico, geralmente séssil, clavúncula com ápice 

capitado, mamilado a raramente plano ou rostrado; asas das anteras em sua grande maioria mais 

longas que o dorso; polinários de formas e dimensões variadas; corpúsculo geralmente oblongo, 

caudículas horizontais ou descendentes, planas ou cilíndricas, retas ou sinuosas; polínias ovais, 

oblongas, obovais, raramente globosas. Folículos ovóides a fusiformes, subulados no ápice, 

pericarpo geralmente liso, ocasionalmente muricado a verrucoso na região seminífera, glabro a 

velutino; sementes obovadas ou oblongas, tegumento verrucoso a mamilado, comosas. 

23


3.2. CHAVE PARA IDENTIFICAÇÃO DAS ESPÉCIES DO GÊNERO DITASSA R.BR. 

1. Planta com ramos glabros. 

2. Folhas lineares ou hastadas. 

3. Folhas largamente ou estreitamente truladas na base; pecíolo 5-30mm compr.; pedúnculo 5- 

25mm compr. ................................................................................ 22. D. hastata 

3. Folhas arredondadas a cuneadas na base; pecíolo 1-3mm compr.; pedúnculo com até 1mm 

compr. ................................................................................... 15. D. emmerichii 

2. Folhas elípticas, oblongas ou obovadas. 

4. Pedúnculo crasso, por vezes, ramificado dicotomicamente; corona com segmentos externos 

conduplicados .............................................................................. 44. D. sobradoi 

4. Pedúnculo delgado, inteiro; corona com segmentos externos planos. 

5. Corona com segmentos externos delgados .............................................. 2. D. banksii 

5. Corona com segmentos externos carnosos ........................................ 11. D. crassifolia 

1. Planta com ramos indumentados. 

6. Corona com segmentos internos subulados ou laminares, bem desenvolvidos. 

7. Folhas com nervuras secundárias numerosas, retilíneas, sempre visíveis. 

8. Corona com segmentos externos denteados ou partidos. 

9. Pedúnculo glabro; sépalas totalmente glabras; corola adaxialmente com a porção mediana 

central glabra e levemente escavada; segmentos externos da corona com lobo central 

longamente acuminado, ondulado a enrolado no ápice, não encobrindo o ginostégio 

............................................................................................... 43. D. retusa 

9. Pedúnculo unilateralmente pubescente; sépalas ciliadas nas margens; corola adaxialmente 

barbelada a densamente pilosa na porção mediana central; segmentos externos da corona 

finamente denteados a conspicuamente tripartidos, geralmente curvados por sobre o 

ginostégio, podendo encobrí-lo parcialmente. 

10. Segmento externo da corona espatulado, denteado no ápice; segmento interno 

tubulóide, lobulado no bordo superior ............................................. 16. D. eximia 

10. Segmento externo da corona oval ou oblongo, laminar, tripartido, com lobos subulados, 

o central mais alongado que os laterais; segmento interno laminares, inteiros. 

11.Pedúnculo maior que 4,0-10,0(-15,0)mm compr.; pedicelo unilateralmente pubescente; 

polinário com caudículas cilíndricas, sinuosas, polínias tão longas quanto o corpúsculo 

.................................................................................... 41. D. pedunculata 

11. Pedúnculo 1,0-3,0mm compr.; pedicelo glabro; polinário com caudículas planas, 

horizontais, polínias ca. de 2 vezes mais longas que o corpúsculo ..... 46. D. succedanea 

8. Corona com segmentos externos inteiros. 

12. Cimeiras glomeruliformes; pedicelo com até 1,5mm compr. 

13. Flores róseas, 10 ou mais por cimeira; pedicelo glabro; sépalas esparsamente ciliadas 

nas margens ...................................................................... 28. D. lenheirensis 

24


13. Flores alvacentas, menos de 10 por cimeira; pedicelo unilateralmente pubescente; 

sépalas totalmente glabras ............................................................ 27. D. laevis 

12. Cimeiras umbeliformes; pedicelo 2,5-5,0mm compr. 

14. Pecíolo 1,0-3,0mm compr.; lâmina foliar esparsamente pubérula na base da face 

adaxial, 0,1-0,8cm larg.; sépalas 1,2-1,5mm compr.; segmentos externos da corona 1,7- 

2,0mm compr.; folículo pubescente a glabrescente ........................... 30. D. lineares 

14. Pecíolo 3,5-6,0mm compr.; lâmina foliar glabra na face adaxial, 1,0-2,5cm larg.; sépalas 

2,0-2,5mm compr.; segmentos externos da corona 3,5-5,7mm compr.; folículo tomentoso 

a velutino .............................................................................. 25. D. insignis 

7. Folhas com nervuras secundárias curvando-se em direção ao ápice ou nervuras secundárias não 

visíveis. 

15. Folhas lineares a estreitamente oblongas. 

16. Sépalas com margens ciliadas; corona com segmentos externos tridentados, internamente 

sulcados; segmentos internos subulados .......................................... 17. D. fasciculata 

16. Sépalas com margens glabras; corona com segmentos externos inteiros; segmentos internos 

ovais ou oblongos. 

17. Pedúnculo e pedicelo glabros. 

18. Pedicelo maior que 1,0mm; lobos da corola oval-lanceolados, ca. 2,0mm compr.; 

segmentos da corona crassos ....................................................... 6. D. capillaris 

18. Pedicelo com até 1,0mm compr.; lobos da corola ovais, ca. 1,5mm compr.; segmentos 

da corona delgados ...................................................................... 47. D. tatei 

17. Pedúnculo e pedicelo indumentados. 

19. Corola adaxialmente barbelada junto à fauce; segmento externos da corona 1,-1,2mm 

compr., ovados, acuminados no ápice; clavúncula com ápice subcônico a globoso; 

polinários com caudículas subcilíndricas, descendentes ................... 10. D.cordeiroana 

19. Corola adaxialmente não barbelada junto à fauce; segmentos externos da corona 1,3- 

1,7mm compr., oval-lanceolados, longamente acuminados no ápice; clavúncula com 

ápice capitado; polinários com caudículas planas e horizontais ............. 48. D. taxifolia 

15. Folhas ovais, elípticas, lanceoladas ou oblongas, nunca lineares. 

20. Corola com lobos geralmente torcidos no ápice; corona com segmentos externos filiformes, 

subulados, emaranhados no ápice. 

21. Corola pubescente na face abaxial, lobos 2,0-3,0mm compr. ................ 39. D. oxyphylla 

21. Corola glabra na face abaxial, lobos 4,0-5,0mm compr. ...................... 37. D. oberdanii 

20. Corola com lobos geralmente planos ou curvos no ápice; corona com segmentos externos 

ovais, lanceolados ou oblongos, por vez longamente acuminados no ápice, eretos ou 

recurvados, mas não emaranhados. 

22. Corola com tricomas alongados concentrados no ápice dos lobos; segmentos externos da 

corona, por vezes, menores que os internos. 

25


23. Folhas nos ramos floríferos geralmente bem menores que as demais; segmentos da 

corona carnosos, quando laminares, os externos são maiores que os internos .............. 

.......................................................................................... 5. D. burchellii 

23. Folhas nos ramos floríferos geralmente equivalentes às demais em comprimento; 

segmentos da corona laminares, os externos menores que os internos ...... 9. D. congesta 

22. Corola indumentada uniformemente ou barbeladas próximo à fauce ou glabras na porção 

central; segmentos externos da corona, em geral, maiores ou tão longos quanto os 

internos. 

24. Ramos lateralmente indumentados; folhas com face abaxial glabra. 

25. Ramos lateralmente pubescentes; folhas com margem ciliada; pedúnculo atingindo 

7,0mm compr. 

26. Indumento nos ramos bilateral; pecíolo glabro; lobos da corola com porção central 

glabra na face adaxial; segmentos externos da corona oval-triangulares; polinários 

com caudículas planas ........................................................... 20. D. gracilis 

26. Indumento nos ramos unilateral; pecíolo adaxialmente indumentado; lobos da corola 

inteiramente papilosos na face adaxial; segmentos externos da corona oval- 

lanceolados a espatulados; polinários com caudículas cilíndricas a filiformes. 

27. Sépalas ca. 1,0mm compr.; lobos da corola 1,5-1,7mm compr.; segmentos externos 

da corona internamente sulcados ..................................... 45. D. subumbellata 

27. Sépalas ca. 0,5mm compr.; lobos da corola 2,5-2,7mm compr.; segmentos externos 

da corona não internamente sulcados ......................................... 3. D. bicolor 

25. Ramos lateralmente pilosos; folhas com margem glabra; pedúnculo não ultrapassando 

1,0mm compr. 

28. Pecíolo 3,0-7,0mm compr.; pedicelo 4,0-5,0mm compr.; lobos da corola papilosos nas 

laterais com porção central glabra; segmentos externos da corona maiores que 2,0mm 

compr.; folículo fusiforme, hirsuto-tomentoso ............................. 4. D. blanchetii 

28. Pecíolo 0,5-1,5mm compr.; pedicelo 1,0-1,4mm compr.; lobos da corola inteiramente 

papilosos a pubérulos; segmentos externos da corona com até 1,0mm compr.; folículo 

ovóide, longamente acuminado, glabro .................................... 14. D. edmundoi 

24. Ramos completamente indumentados; folhas com face abaxial indumentada, glabra a 

glabrescente. 

29. Plantas hirsutas. 

30. Segmentos internos da corona linear-lanceolados, ca. de 2 vezes mais longos que o 

ginostégio ........................................................................... 23. D. hispida 

30. Segmentos internos da corona ovais, trilobados tão longos quanto o ginostégio 

................................................................................ 21. D. guilleminiana 

29. Plantas pubescentes à velutinas. 

31. Folhas incano-tomentosas a velutinas na face abaxial; segmentos externos da corona 

oblongos, arredondados a truncados no ápice, menores que o ginostégio ................. 

...................................................................................... 42. D. pohliana 

26


31. Folhas glabras a tomentosas na face abaxial, se velutinas o indumento não é 

incanescente; segmentos externos da corona, ovais, oval-lanceoladas, quando 

oblongos são acuminados no ápice. 

32. Pedúnculo maior que 5,0mm compr. 

33. Folha oval, elíptica, raramente oblonga, com ápice acuminado, pilosa em ambas 

as faces; pedúnculo e pedicelo indumentados; sépalas geralmente recurvas no 

ápice ........................................................................... 12. D. dardanoi 

33. Folha oblonga ou obovada, com ápice levemente emarginado, esparsamente 

pubescente na nervura principal, em ambas as faces; pedúnculo e pedicelo 

glabros; sépalas não recurvas no ápice ................................. 19. D. gracilipes 

32. Pedúnculo menor ou igual a 5,0mm compr. 

34. Sépalas recurvadas no ápice; segmentos externos da corona espatulados a ovais, 

denteados na margem, pateliformes na base ............................ 18. D. glaziovii 

34. Sépalas eretas no ápice; segmentos da corona se ovais, inteiros ou apenas 

tridentados ou tripartidos, geralmente com o lobo central longamente atenuado. 

35. Corola adaxialmente papilosa nas laterais e pilosa na porção central; segmentos 

internos da corona laminares, ovais, levemente conduplicados ....................... 

.............................................................................. 40. D. pauciflora 

35. Corola totalmente papilosa a pubescente na face adaxial; segmentos internos da 

corona geralmente subulados, se laminares nunca conduplicados. 

36. Polinários com caudículas retas. 

37. Segmentos externos da corona tripartidos no terço superior; polinários com 

corpúculo provido de duas pequenas protuberâncias basais, junto à inserção 

com as caudículas ....................................................... 13. D. duartei 

37. Segmentos externos da corona inteiros a raramente denteados; polinários 

com corpúsculo desprovido de protuberâncias basais. 

38. Folhas ovais a elípticas, ciliadas nas margens; segmentos externos da corona 

linear-lanceolados ................................................ 33. D. maricaensis 

38. Folhas oblongas, largamente elípticas a subobiculares, margens glabras; 

segmentos externos da corona ovais ou oval-lanceolados. 

39. Folhas pubescentes sobre a nervura principal na face adaxial, por vezes 

glabrescente; pedicelo e sépalas glabras ..................... 36. D. obcordata 

39. Folhas pilosas a vilosas por toda a face adaxial; pedicelo e sépalas 

pubescentes ....................................................... 50. D. warmingii 

36. Polinários com caudículas sinuosas. 

40. Folhas com a face abaxial glabra a esparsamente pubescente sobre a nervura 

principal. 

41. Lâmina foliar oblonga ou elíptica, cuneada ou obtusa na base; corola 

pubescente na face abaxial ............................................ 35. D. nitida 

27


41. Lâmina foliar obovada, eventualmente elíptica, aguda na base; corola 

glabra na face abaxial .............................................. 24. D. imbricata 

40. Folhas com a face abaxial pilosa a tomentosa sobre a nervura principal. 

42. Segmentos externos da corona deltados ou ligulados; segmentos internos da 

corona bem menores que o ginostégio; anteras com dorso giboso; polinário 

com corpúsculo campanulado .................................. 1. D. aequicymosa 

42. Segmentos externos da corona ovados, longamente acuminados no ápice; 

segmentos internos da corona tão longos ou ultrapassando o ginostégio em 

comprimento; anteras com dorso convexo; polinário com corpúsculo 

elipsóide ............................................................ 34. D. mucronata 

6. Corona com segmentos internos rudimentares, inconspícuos ou ausentes. 

43. Ramos lateralmente pubescentes; folhas glabras na face abaxial; corona pateliforme na base. 

44. Pedúnculo unilateralmente pubescente; pedicelo com até 3,5mm compr.; corola róseo- 

alvacenta, totalmente papilosa na face adaxial; segmentos externos da corona com porções 

livres oval-lanceoladas .............................................................. 8. D. conceptionis 

44. Pedúnculo glabro; pedicelo podendo atingir mais de 10mm compr.; corola alva, papilosa 

com a porção central basal glabra na face adaxial; segmentos da corona com porções livres 

triangulares .................................................................................. 29. D. leonii 

43. Ramos inteiramente tomentosos a velutinos; folhas indumentadas na face abaxial; corona 

com segmentos livres entre si ou levemente unidos na base. 

45. Segmentos da corona lineares, maiores ou iguais a 2,0mm compr.; ginostégio levemente 

estipitado .............................................................................. 31. D. longicaulis 

45. Segmentos da corona ovais a oblongos, menores que 2,0mm compr.; ginostégio séssil. 

46. Lobos da corola maiores ou iguais a 2,5mm compr. 

47. Sépalas maiores ou iguais a 3,0mm compr., lanceoladas, recurvas no ápice; corola 

campanulada, lobos largamente ovais ........................................ 32. D. longisepala 

47. Sépalas menores ou iguais a 2,5mm compr., oval-lanceoladas, eretas; corola 

subcampanulada, lobos estreitamente ovais ................................. 49. D. tomentosa 

46. Lobos da corola menores que 2,5mm compr. 

48. Pedúnculo 2,0-4,0mm compr.; sépalas pilosas; segmentos da corona ca. 1,3mm compr. 

........................................................................................ 26. D. itambensis 

48. Pedúnculo menor ou igual a 1,0mm compr.; sépalas tomentosas; segmentos da corona 

menores que 1,0mm compr. 

49. Corola inteiramente vilosa na face adaxial; segmentos da corona largamente ovais, 

agudos no ápice, margem irregular .............................................. 7. D. cipoensis 

49. Corola barbaleada na base na face adaxial; segmentos da corona ovais a oblongos, 

apiculados no ápice, inteiros ..................................................... 38. D. obscura 

28


3.3. DESCRIÇÕES E COMENTÁRIOS DAS ESPÉCIES 

1. Ditassa aequicymosa E.Fourn. in Martius, Fl. bras. 6(4): 248. 1885. Tipo: [Brasil, Minas Gerais], 

“in locis alpestribus Serra da Piedade”, s.d. (fl.), E. Warming 137a [in herb. Warming 1828, p.p.] 

(lectótipo C!, designado por Fontella-Pereira & Silva [1972]). Outros síntipos: “Serra da Piedade”, 

s.d., F. Sellow 1678, 1830 (B destruídos, NY!); “ad Lagoa Santa”, [18 Abr. 1864] (fl.), E. Warming 

137b [in herb. warming 1828, p.p.] (C!). 

= Ditassa gomesii Malme, Ark. Bot. 28A(5): 13, fig. 7a, b. 1936. Tipo: [Brasil], “Minas Geraes, Bello 

Horizonte”, 13 Mar. 1919 (fl.), A. Gehrt 3262 [sphalm. 2362] (holótipo S!; isótipo SP 3262!). 

Figuras 2 A, 23 A-D, 30 A, 34 A, 35 A-B. 

Subarbusto, atingindo 1,0m alt.; ramos volúveis, velutinos ou vilosos; coléteres interpeciolares 

presentes ou inconspícuos. Pecíolo 1,0-2,0mm compr., piloso ou hirsuto; lâmina foliar 3,0-10,0 x 

2,0-7,0mm, elíptica a largamente elíptica, ápice mucronado, base cuneada, obtusa ou levemente 

truncada, margem revoluta; face adaxial pubescente, face abaxial tomentosa; nervação 

broquidódroma; coléteres presentes na base da lâmina foliar. Cimeiras umbeliformes, subaxilares, 

2-5 flores, antese gradativa; pedúnculo 0,5-2,5mm compr., pubescente; brácteas florais 

pubescentes, ciliadas nas margens. Pedicelo 2,5-4,0mm compr., pubescente a piloso; sépalas 0,7- 

0,8 x ca. 0,3mm, oval-lanceoladas, pubescentes, margens ciliadas, coléteres axilares abaxiais 

presentes; corola rotácea, creme ou amarelo-esverdeada, esparsamente pubescente na face 

abaxial; tubo 0,3-0,5mm compr., lobos 1,5-1,6mm x 0,9-1,0mm, oval-lanceolados, papilosos na face 

adaxial. Corona composta ou simples; segmentos externos 0,5-0,7 x 0,2-0,3mm, deltados ou 

ligulados, ápice por vezes irregularmente fendido, delgados, unidos entre si na base; segmentos 

internos ca. 0,2mm compr., deltados, inseridos na base das anteras, por vezes muito reduzidos ou 

ausentes. Ginostégio ca. 0,4mm compr., cilíndrico, séssil; clavúncula com ápice mamilado a 

levemente plano, anel vertical. Anteras retangulares, asas tão longas quanto o dorso, dorso giboso, 

apêndice membranáceo suborbicular, inflexo. Corpúsculo 0,10-0,13 x 0,10-0,12mm, campanulado, 

menor que as polínias; caudículas 0,11-0,12mm compr., sigmóides, filiformes, inseridas apicalmente 

nas polínias; polínias 0,13-0,18 x 0,07-0,10mm, clavadas. Folículo 3,7-5,1cm compr., fusiforme, 

viloso. 

Brasil (Minas Gerais: sul da Cadeia do Espinhaço). Campos rupestres, entre 1200-1650m.s.m.. 

Coletada com flores de janeiro à agosto frutos de maio à dezembro. 

Referências: Fontella-Pereira & Silva 1972; Fontella-Pereira et al. 1984 b ; Fontella-Pereira et al. 1995; Rapini 

2000b; Rapini et al. 2001. 

Espécimes selecionados examinados: BRASIL. MINAS GERAIS, estrada Guinda - Conselheiro Mata, km 176, 4 

Jun. 1985 (fl./fr.), J.Y. Tamashiro 17368 (UEC); Belo Horizonte: 19° 55'15'' S, 43° 56'16'' W, 22 Fev. 1932 (fl.), 

P. Campos Porto 2163 (RB); Brumadinho: Retiro das Pedras, Serra da Calçada, 20° 05' S, 43° 59' W alt. 1400m, 

25 Fev. 2002 (fl.), P.L. Viana 592 (BHCB); Caeté: Serra da Piedade, 19° 49' S, 43° 40' W alt. 1650m, 27 Abr. 

1986 (fl.), T.S.M. Grandi 2225 (BHCB, FCAB, HB); Catas Altas: Caminho para a Cascatona, 20° 04'29'' S, 43° 

29


24'27'' W alt. 1200m, 3 Dez. 1998 (fr.), A. Rapini 719 (SPF); Serra do Caraça, 2 Abr. 2000, R.C. Mota 775 

(BHCB); Conceição do Mato Dentro: Serra do Cipó, estrada para Conceição km 139, 19° 47' S, 42° 46' W, 15 

Abr. 1935 (fl.), Mello Barreto 1113 (R); Diamantina: 20 km S de Diamantina, na estrada para Conselheiro da 

Mata, 18° 18' S, 43° 55' W, 17 Maio 1977 (fl.), P.E. Gibbs 5202 (MBM, MG, UEC); Faz. Bandeirinha, nas nascentes 

do Córrego Canudis, 18° 19'80'' S, 43° 40' W alt. 1320m, 3 Out. 1997 (fr.), A. Rapini 391 (SPF); estrada 

Diamantina-Conselheiro Mata, 21 km do trevo da saída de Diamantina, 18° 17' S, 43° 58' W, 31 Jan. 2000 (fl.), 

R.C. Forzza 1506 (G, SPF, W); Rodovia Curvelo-Diamantina, 5km de Diamantina em direção a Curvelo, 17° 55' 

S, 43° 35' W alt. 1300m, 6 Abr. 1998 (fl.), J.P. Souza 2172 (ESA, SPF); Guinda, 18° 15'09'' S, 43° 40'57'' W, 16 

Mar. 1999 (fl.), A. Rapini 817 (G, K, NY, SPF); Itabira: Cauê, 19° 37'09'' S, 43° 13'37'' W, 12 Fev. 1934 (fl.), A.J. 

Sampaio 7009 (R); Nova Lima: Serra do Curral, 19° 59'08'' S, 43° 50'48'' W alt. 1310m, 29 Mar. 2000 (fl.), M.F. 

Vasconcelos s.n. (BHCB52409); Ouro Preto: Camarinhas, 20° 17'15'' S, 43° 30'29'' W, 20 Mar. 1998 (fl.), A. 

Rapini 615 (MO, R, SPF, W); Santo Antônio do Leite, 12 Ago. 1980 (fl./fr.), M.C. Valente s.n. (RB201619); Serra 

de Ouro Preto, 26 Maio 1978 (fl.), J. Badini s.n. (OUPR819); Serra do Antônio Pereira, 20° 17'15'' S, 43° 30'29'' 

W, 7 Ago. 1980 (fr.), M.C. Valente s.n. (RB201621); Sabará: 19° 53'11'' S, 43° 48'24'' W, Jan. 1916 (fl.), F.C. 

Hoehne 6801 (R); Santa Bárbara: Serra do Caraça, Trilha do Pico da Carapuça, 19° 57'34'' S, 43° 24'55'' W, 23 

Maio 1997 (fl./fr.), A. Rapini 304 (SPF); Serra do Caraça, Contrafortes do Inficionado, 20° 08'05'' S, 43° 27'05'' W 

alt. 1620m, 24 Maio 1997 (fl.), A. Rapini 315 (MO, SP, SPF); Santana do Riacho: Serra do Cipó, Parque Nacional 

da Serra do Cipó, afloramento das Velózias Gigantes, 19° 10'08'' S, 43° 42'52'' W, 11 Maio 2000 (fl.), T.U.P. 

Konno 695* (SP); Alto Palácio, lado esquerdo da estrada para Conceição do Mato Dentro, antes da estátua do 

Juquinha, 2 Abr. 2001 (fl.), T.U.P. Konno 786 (SP). 

Ditassa aequicymosa é uma espécie restrita aos campos rupestres de Minas Gerais. Os 

registros estão concentrados ao sul da Serra do Espinhaço, sendo o Planalto de Diamantina o limite 

norte. Ocorre entre rochas, formando subarbustos com ramos ascendentes e volúveis. 

O indumento nas porções vegetativas é denso. As folhas são pequenas, em geral, 

largamente elípticas, de verde intenso na face adaxial e com nervuras amareladas evidentes na face 

abaxial. Ditassa aequicymosa é vegetativamente relacionada à D. mucronata, diferindo 

especialmente nos polinários (corpúsculo campanulado, caudículas articuladas e polínias dacrióides 

vs. corpúsculo e polínias oblongas, caudículas sinuosas). Certas populações podem ainda apresentar 

redução extrema dos segmentos internos da corona [Konno et al. 695 (SP)], fato comumente 

observado em D. tomentosa e seus afins. 

2. Ditassa banksii Schult. in Roemer & Schultes, Syst. Veg. 6: 91, 112. 1820. Tipo: “Brasil, Rio de 

Janeiro”, 1768 (fl.), J. Banks & Solander s.n. (holótipo BM 551512!; isótipos BM[3]). 

= Ditassa umbellata Decne. in De Candolle, Prodr. 8. 574. 1844. Tipo: “Brésil Meridional, [Rio de Janeiro] 

Nycterhoy”, 1838 (fl.), J.B.A. Guillemin 162 (lectótipo P!, designado por Alencastro et al. 1971; 

isolectótipo, G n.v.). Outros síntipos: “In Brasilia prov. Rio de Janeiro fruticetis”, s.d. (fl.), Lhotsky in 

Martius herb. imp. bras. n. 976 (BR!, HAL!, K!, NY!, P!); s.d. (fl.), J.B.A. Gaudichaud in herb. imp. bras. n. 

535 & 536 (P!). 

Figuras 2 B, 11 A-G, 30 B, 35 C. 

Trepadeira; ramos volúveis, glabros; coléteres interpeciolares presentes. Pecíolo com até 7,0mm 

compr., glabro; lâmina foliar 1,0-5,2 x 0,6-1,9cm, oblongo-elíptica, ápice mucronado, por vezes 

emarginado, base cuneada ou subcordada, margem plana; glabra em ambas as faces; nervação 


com até 40 flores, antese gradativa; pedúnculo com até 4,5cm compr., glabro; brácteas florais 

glabras. Pedicelo podendo atingir 1,0cm compr., glabro; sépalas ca. 1,5 x 1,0mm, oval-lanceoladas, 

totalmente glabras, coléteres axilares abaxiais presentes; corola subcampanulada a urceolada, alva, 

30


glabra na face abaxial; tubo ca. 1,0mm compr., lobos ca. 2,5 x 1,5mm, lanceolados, pubescentes na 

face adaxial. Corona composta; segmentos externos ca. 0,15-0,20cm compr., oval-lanceolados, 

ápice fletido sobre o ginostégio, delgados, unidos entre si na base; segmentos internos ca. 0,1cm 

compr., subulados, inseridos na base das anteras. Ginostégio ca. de 1,0mm compr., cilíndrico, 

séssil; clavúncula com ápice capitado a plano, anel vertical. Anteras retangulares, asas tão longas 

quanto o dorso, dorso levemente convexo, apêndice membranáceo orbicular, inflexo. Corpúsculo 

ca. 0,18 x 0,10-0,12mm, ovóide, maior ou tão longo quanto às polínias; caudículas 0,04-0,09mm 

compr., horizontais, planas, triangulares, membrana reticulada basal presente, inseridas 

lateralmente nas polínias; polínias ca. 0,16-0,18mm x 0,08-0,10mm, oblongas. Folículo 3,0-4,0cm 

compr., fusiforme, glabro. 

Brasil (Minas Gerais [✝], Rio de Janeiro, Espírito Santo). Restinga arbustiva. Coletada com flores o 

ano inteiro e frutos de novembro a maio. 

Referências: Don 1838; Fournier 1885; Malme 1936; Alencastro et al. 1971; Fontella-Pereira et al. 1984; 

Fontella-Pereira et al. 1997; Konno 1997; Konno et al. 2001. 

Espécimes examinados selecionados: BRASIL. ESPÍRITO SANTO, Guarapari: Rodovia do Sol (ES - 060), ca. 1,5km 

após o trevo para Setipa em direção a Vila Velha, 20° 40' S, 40° 29'51'' W, 5 Mar. 2001 (fr.), T.U.P. Konno 754 

(SP); Restinga de Setiba, 28 Fev. 1993 (fr.), J.M.A. Braga 267 (RUSU); P. E. Paulo César Vinhas, 20° 40' S, 40° 

36'01'' W, 1 Dez. 1990 (fl.), O.J. Pereira 2315 (HB, VIES); Presidente Kennedy: Praia das Neves, 21° 05'56'' S, 

41° 02'48'' W, 25 Fev. 1989 (fr.), J.M.L. Gomes 899 (HB, VIES); MINAS GERAIS, Lagoa Santa: 19° 37'38'' S, 43° 

53'23'' W, 11 Nov. 1914 (fl.), F.C. Hoehne s.n. (SP25083); 15 Nov. 1914, F.C. Hoehne s.n. (SP25113); RIO DE 

JANEIRO, s.mun.: Jan.1891 (fl.), A.W. Schwacke s.n. (HAS54108); Araruama: Praia Seca, Comôros da Lagoa 

Pitanguinha, 22° 56' S, 42° 20' W, 20 Dez. 1982 (fl.), D.S.D. Araújo 5295 (GUA); Arraial do Cabo: 22° 57'58'' S, 

42° 01'40'' W, 21 Nov. 1986 (fl.), A. Souza 1503 (R); R. Ecol. E. da Massambaba, 22° 56' S, 42° 03' W, 27 Out. 

1993 (fl.), J. Fontella-Pereira 3179 (RB); Cabo Frio: Cia Salinas Perynas, próximo a Praia do Sudoeste, 22° 

52'46'' S, 42° 01'07'' W, 18 Mar. 1989 (fl.), C. Farney 2279 (RB); 162km do pedagio da ponte Rio-Niteroi e 18,6km 

de Figueiras, 7 Jan. 1986 (fl.), D.S.D. Araújo 7141 (RB); Restinga de Cabo Frio, 22° 54'10'' S, 42° 01'07'' W, 14 

Out. 1968 (fl.), D. Sucre 3947 (RB); Carapebus: Parque Nacional da Restinga de Jurubatiba, estrada para a 

Praia de Carapebus, 22° 11'14'' S, 41° 39'40'' W, 13 Mar. 2001 (fr.), T.U.P. Konno 771 (SP); Lagoa de Carapebus, 

22° 18' S, 41° 37' W, 13 Fev. 1980 (fr.), D.S.D. Araújo 3505 (GUA); Casimiro de Abreu: entre Barra de São João 

e Rio das Ostras, 22° 28'50'' S, 42° 12'15'' W, 20 Mar. 1979 (fr.), G. Martinelli 5687 (GUA, RB); Macaé: ca. 3km 

de Quissamã, 22° 22'15'' S, 41° 47'13'' W, 13 Fev. 1980 (fr.), D.S.D. Araújo 3481 (GUA); Lagoa de Cabiúnas, 

margem esquerda, 22° 15' S, 41° 45' W, 9 Nov. 1981 (fl.), D.S.D. Araújo 4665 (GUA); Maricá: APA de Maricá, 

22° 55'10'' S, 42° 49'07'' W, 22 Nov. 1984 (fl.), D.S.D. Araújo 6439 (GUA); Barra de Maricá, 28 Out. 1988 (fl.), A. 

Souza 2504 (R); Itaipuaçu, Jardim Atlântico, 12 Out. 1996 (fl.), T.U.P. Konno 611* (R, SP); Itaipuaçu, Jardim 

Guanabara, 17 Jan. 1996 (fl.), T.U.P. Konno 462 (R, SP); Lagoa de Maricá, 18 Dez. 1985 (fl.), D.S.D. Araújo 

7112 (RB); Niterói: Itaipu, 22° 58'08'' S, 43° 02'32'' W, 11 Jan. 1891, A.W. Schwacke 7128 (HAS); 27 Maio 1969 

(fl./fr.), D. Sucre 5094 (RB); Rio das Ostras: Rio das Ostras, Loteamento Terra Firme, 22° 31'37'' S, 41° 56'42'' 

W, 31 Out. 1982, A.F. Silva 341 (VIC); Rio de Janeiro: Rio de Janeiro, Copacabana, 22° 59' S, 43° 10' W, XJan. 

1867 (fl.), A.F.M. Glaziou 2092 (K, P); Grumari, 23° 03' S, 43° 30' W, 12 Jan. 1983 (fl./fr.), E.S.F. Rocha 1056 

(GUA); Jacarepaguá, Parque Zoobotânico de Marapendi, 23° 00' S, 43° 20' W, 10 Fev. 1988 (fr.), D.S.D. Araújo 

8514 (GUA); Jacarepaguá, Pedra de Itaúna, 4 Mar. 1988 (fr.), M. Botelho 72 (GUA); Jacarepaguá, Floresta dos 3 

Rios, 7 Jan. 1952 (fl.), A.P. Duarte 4170 (MBM, RB); Recreio dos Bandeirantes, 6 Nov. 1980 (fl.), J. Cardoso 135 

(R); Restinga da Tijuca, 10 Dez. 1971 (fl.), D. Sucre 8034 (RB); Sernambetiba, 24 Nov. 1971 (fl.), P. Occhioni 

4697 (RFA); Saquarema: Sambaqui da Beirada, 22° 55'12'' S, 42° 30'37'' W, 11 Jan. 1988 (fl./fr.), D.S.D. Araújo 

8361 (GUA); Reserva Ecológica Estadual de Jacarepiá, 29 Fev. 1996 (fr.), T.U.P. Konno 466 (R, SP); Itaúna, 7 

Fev. 1983 (fl.), C. Farney 222 (K, NY, RB); São João da Barra: 21° 38'25'' S, 41° 03'04'' W, 23 Jan. 1976 (fl./fr.), 

A.L. Peixoto 824 (RB). 

Ditassa banksii é típica das formações de restinga do sudeste brasileiro (Konno et al. 

2001). Distribui-se entre o Estado do Rio de Janeiro (mun. Rio de Janeiro, Grumari) e sul do Espírito 

31


Santo (mun. Vila Velha). Sua ocorrência nos cerrados de Minas Gerais (mun. Lagoa Santa), embora 

confirmada pelas coleções de F.C. Hoehne (SP), é rara, tendo sido registrada há mais de 50 anos. 

Duas interpretações são plausíveis: (1) o processo de urbanização na região de Lagoa Santa levou à 

extinção do táxon em Minas Gerais ou, (2) os materiais tiveram suas estiquetas trocadas já que há 

coletas de Hoehne no Rio de Janeiro na mesma época. Neste último caso, a ocorrência de Ditassa 

banksii em Minas Gerais seria um equívoco. 

Caracteriza-se pela intensa floração, pelo forte aroma adocicado e pelas cimeiras 

umbeliformes longamente pedunculadas com 10 a 40 flores, até ca. de 30 em antese. Apesar de ser 

uma espécie de fácil reconhecimento, somente em Konno (1997) o táxon é ilustrado em detalhes. 

Após seu estabelecimento por Schultes (1820), Ditassa banksii é mencionada por Don 

(1838), mas não consta, curiosamente, nos tratamentos de Decaisne (1844) e Fournier (1885) que, 

ao contrário, citam Ditassa umbellata, com base em materiais advindos da mesma localidade que o 

tipo de D. banksii. Ditassa umbellata é considerada como um sinônimo por Alencastro et al. (1971), 

quando D. banksii é redescrito pela primeira vez. 

Alencastro et al. (1971) apresentam um estudo morfo-anatômico para a Ditassa banksii, 

destacando também aspectos do desenvolvimento da planta e ecológicos. As populações por eles 

analisadas localizam-se em áreas atualmente muito impactadas da cidade Rio de Janeiro (RJ)(i.e., 

Restinga de Jacarepaguá). Os registros de Ditassa banksii para as restingas do município do Rio de 

Janeiro têm se tornado cada vez menos frequentes, devido ao avanço da fronteira urbana. Esta 

espécie, porém, ainda é bastante comum nas restingas ao norte do Estado. 

3. Ditassa bicolor Decne. in De Candolle, Prodr. 8: 575. 1844. Tipo: “In Brasilia, prov. Minas 

Geraes”, [1842] (fl.), P. Claussen [40] [in herb. martii] 1958 (lectótipo P!, designado por Konno & 

Fontella-Pereira [2004]; isolectótipos NY!, P![3]). Outros síntipos: [Brasil], s.d. (fl.), Lalande s.n. 

(P252628!). 

= Ditassa fontellae Marquete & C. Valente, Rodriguésia 42-44(68-70): 15, est. 1. 1990-92. Tipo: “Brasil, 

Estado do Rio de Janeiro, Petrópolis, Carangola”, Set. 1943 (fl.), Góes & Constantino 535 (holótipo RB!). 

Syn. nov. 

Figuras 2 C, 16 A-D, 30 C. 

Trepadeira; ramos volúveis, bilateralmente pubescentes a glabrescentes; coléteres interpeciolares 

presentes. Pecíolo 2,0-5,0mm compr., adaxialmente pubescente; lâmina foliar 1,2-2,7 x 0,4-1,3cm, 

oval-lanceolada ou elíptica, ápice acuminado, mucronado, base cuneada ou arredondada, margem 

plana, ciliada; face adaxial pubescente sobre a nervura principal, face abaxial glabra; nervação 

broquidódroma; coléteres presentes na base da lâmina foliar. Cimeiras umbeliformes, axilares ou 

opostas, por vezes fasciculadas, 3-5 flores, antese gradativa; pedúnculo 1,0-4,0mm compr., glabro; 

brácteas florais glabras. Pedicelo 3,0-6,0mm compr., glabro; sépalas 0,4-0,6 x 0,4-0,5mm, ovais, 

totalmente glabras, coléteres axilares abaxiais presentes; corola campanulada a subrotácea, 

alvacenta, glabra na face abaxial; tubo ca. 0,5mm compr., lobos 2,5-2,7 x 0,7-1,1mm, lanceoladas, 

32


incano-papilosas na face adaxial, papilas mais alongadas no ápice. Corona composta; segmentos 

externos 0,7-1,2mm x 0,5mm, espatulados, delgados, unidos entre si na base; segmentos internos 

semelhantes aos externos, 0,5-0,7mm compr., auriculados na base, inseridos na base das anteras e 

unidos aos externos. Ginostégio 1,2-1,4mm compr., cilíndrico, séssil; clavúncula com ápice 

capitado, anel levemente oblíquo. Anteras retangulares, asas mais longas que o dorso, dorso 

escutiforme, apêndice membranáceo orbicular, inflexo. Corpúsculo 0,18-0,20 x 0,10-0,12mm, 

elipsóide, menor que as polínias; caudículas ca. 0,05mm compr., horizontais, filiformes, inseridas 

lateralmente nas polínias; polínias 0,20-0,23 x 0,10mm, oblongas. Folículo 2,5-3,0cm compr., oval- 

lanceolado, porção seminífera provida de expansões transversais, glabro. 

Brasil (Minas Gerais, Rio de Janeiro, São Paulo). Floresta pluvial atlântica, acima de 500m.s.m.. 

Coletada com flores em fevereiro, março, maio, setembro, outubro e dezembro e frutos de 

setembro a dezembro. 

Referências: Fournier 1885; Konno & Fontella-Pereira 2004. 

Espécimes examinados: BRASIL. MINAS GERAIS, s. mun.: 1842 (fl.), Claussen 40 (P). RIO DE JANEIRO, Parati: 

23° 13' S, 44° 42' W, 21 Abr. 1965 (fl.), G. Eiten 6284 (UB); Petrópolis: 22° 30'18'' S, 43° 10'43'' W, 13 Maio 1984 

(fl.), V.F. Ferreira 3368 (RB); Carangola, 22° 30'18'' S, 43° 10'43'' W, Fev.1944 (fl.), D.C. Góes 99 (RB); Itaipava, 

Estrada do Sumidouro, 22° 16' S, 43° 14' W, 18 Ago. 1989 (fr.), V.L.G. Klein 774 (RB); Rio de Janeiro: Rio de 

Janeiro, Lagoinha, Morro dos Três Reis, 22 Fev. 1942 (fl.), E. Pereira 65 (HB, RB); estrada do Alto da Boa Vista 

ao Corcovado, km 5, 22° 54'10'' S, 43° 12'27'' W alt. 530m, 23 Fev. 1972 (fl.), J. Almeida 1262* (RB, SP); Morro 

do Archer, 22° 58' S, 43° 18' W, 14 Fev. 1931 (fl.), A.C. Brade 10601 (R); 15 Jul. 1958 (fr.), P. Occhioni 1509 

(RFA); 15 Jul. 1958 (fl./fr.), E. Pereira 3991 (HB); PARNA da Tijuca, Estrada da Vista Chinesa, 1 Mar. 1931 (fl.), 

A.C. Brade 10627 (R); 20 Jun. 1961 (fr.), H.E. Strang 336 (GUA);, 9 Mar. 1977 (fl.), D.S.D. Araújo 1538 (GUA); 

26 Out. 1981 (fl.), M.C. Vianna 1560 (GUA, HB); Santa Maria Madalena: 21° 57'19'' S, 42° 00'29'' W, 15 Mar. 

1955 (fl.), E. Pereira 1229 (P, RB). SÀO PAULO, São José dos Campos: 7 Jan. 1910 (fr.), A. Loefgren s.n. 

(RB2330). 

Ditassa bicolor é um dos poucos representantes do gênero que habita as florestas 

pluviais do sudeste brasileiro. Os registros são mais frequentes no Estado do Rio de Janeiro, 

especialmente na região do Parque Nacional da Tijuca. Ocorre também em Minas Gerais, cujos 

registros limitam-se às coleções-tipo, sendo as localidades incertas. Para São Paulo há apenas um 

registro (Loefgren s.n. [RB 2330]) com frutos. 

Destaca-se por suas folhas nitidamente discolores, ovais ou elípticas e pelos frutos 

providos de expansões transversais. Esse tipo de ornamentação no fruto é encontrada também em 

D. crassifolia Decne, que ocasionalmente também apresenta inflorescências parciais opostas ou 

fasciculadas. 

Silva & Valente (1990-92) descreveram Ditassa fontellae, relacionando-a com Ditassa 

maricaensis Fontella. Contudo, o exame dos materiais-tipo, associados às demais coleções 

disponíveis, evidenciou uma forte relação com Ditassa bicolor, sendo inclusive de difícil distinção. 

Assemelham-se pelas folhas oval-lanceoladas e pela morfologia da corona, com os segmentos 

externos ovais, longamente acuminados, ultrapassando o ginostégio. 

33


4. Ditassa blanchetii Decne. in De Candolle, Prodr. 8: 575. 1844. Tipo: “In Brasilia sept., Bahia, 

Moritiba”, s.d. (fl.), J.S. Blanchet 3542 (holótipo P!; isótipo G, n.v. ). 

= Ditassa gardnerii Decne. in De Candolle, Prodr. 8: 575. 1844. Tipo: “In Brasilia prov Alagoas”, [Maceió], 

s.d. (fl.), G. Gardner 1356 (holótipo P!; isótipos K!, BM!). Syn. nov. 

= Ditassa ramosa E.Fourn. in Martius, Fl. bras. 6(4): 246. 1885. Tipo: [Brasil], “ad Bahia”, s.d. (fl.), J.S. 

Blanchet s.n. (lectótipo P140190!, designado por Konno & Wanderley [2004]; isolectótipo W!). Outros 

síntipos: [Brasil], “Ad Ilheos, prov. Bahia”, s.d. (fl.), B. Luschnath in Martius herb. fl. bras. 1314 (BR!); 

[Brasil], “Rio de Janeiro”, s.d. (fl.), A.F.M. Glaziou 11202 (P!, K!). Syn. nov. 

Figuras 2D, 19 A-C, 30 D. 

Trepadeira; ramos volúveis, bilateralmente pilosos a glabrescentes; coléteres interpeciolares 

presentes. Pecíolo 3,0-7,0mm compr., adaxialmente piloso; lâmina foliar 0,7-4,2 x 0,5-1,7cm, 

elíptica ou oblonga, ápice arredondado a truncado, mucronado, base cuneada ou arredondada, 

margem revoluta; face adaxial pubescente sobre a nervura principal, face abaxial glabra; nervação 


4-8 flores, antese gradativa; pedúnculo 0,5-1,0mm compr., esparsamente piloso a glabrescente; 

brácteas florais glabras. Pedicelo 4,0-5,0mm compr., glabro; sépalas ca. 1,5 x 1,2-1,4mm, ovais, 

totalmente glabras, coléteres axilares abaxiais presentes; corola rotácea, alvacenta, glabra na face 

abaxial; tubo ca. 0,5mm compr., lobos 2,0-2,2mm compr., oval-lanceolados, face adaxial papilosa 

nas laterais, porção central glabra. Corona composta; segmentos externos 2,3-2,5mm, ovais 

longamente acuminados, delgados, unidos entre si na base; segmentos internos 1,0-1,2mm compr., 

recurvos sobre o ginostégio, lanceolados, inseridos na base das anteras e unidos aos externos. 

Ginostégio ca. 1,0mm compr., cilíndrico, séssil; clavúncula com ápice capitado, anel oblíquo. 

Anteras retangulares, asas mais longas que o dorso, dorso convexo, apêndice membranáceo 

suborbicular, inflexo. Corpúsculo 0,17-0,25 x 0,09-0,11mm, oblongo, menor que as polínias; 

caudículas 0,06-0,10mm compr., horizontais, levemente planas, membrana reticulada basal 

presente, inseridas lateralmente nas polínias; polínias 0,22-0,28 x 0,08-0,12mm, oblongas. Folículo 

3,0-4,2cm compr., fusiforme, hirsuto-tomentoso. 

Brasil (Maranhão, Paraíba, Pernambuco, Alagoas, Bahia, Espírito Santo, Rio de Janeiro). 

Preferencialmente em restingas. Coletada com flores de janeiro a dezembro e frutos em janeiro, 

março, junho, julho e setembro. 

Referências: Fournier 1885; Fontella-Pereira et al. 1984; Fontella-Pereira et al. 1989; Konno & Wanderley 

2004. 

Espécimes examinados: BRASIL. ALAGOAS, Maceió: 9° 39'57'' S, 35° 44'07'' W, Abr. 1838 (fl.), G. Gardner 1356 

(K, P); Piaçabuçu: Ponta de Terra, 10° 24'20'' S, 36° 26'04'' W, 13 Ago. 1987 (fl.), G.L. Esteves 1906 (MAC); 

BAHIA, s. mun.: s.d., P. Salzmann s.n. (P); s.d., Blanchet 35 (P); entre Itiruçu e Maracás, 22 Jan. 1965 (fl.), 

R.P. Belém 232 (UB); entre Ajuda e Porto Seguro, 26 Jun. 1962 (fl.), A.P. Duarte 6848 (K, RB); Cravolândia: 

Três Braços, 13° 21'31'' S, 39° 48'54'' W, 15 Jan. 1991 (fl./fr.), E. Melo 486 (CEN, UB); Ilhéus: 12Km ao S Rod. 

Olivença/Maruim, margem do Rio Acuipe, 14° 47'20'' S, 39° 02'58'' W, 16 Fev. 1982 (fl.), L.A.M. Silva 1505 

(CEPEC); Itacaré: entre a Praia do Farol e a Praia da Ribeira. Mata de Restinga, 14° 16'39'' S, 38° 59'48'' W, 14 

Dez. 1992 (fl.), A.M. Amorim 952 (CEPEC, HB, NY, UBT); Itacaré: near mouth of Rio de Contas, 14° 18' S, 38° 

34


59' W, 31 Mar. 1974 (fl.), R.M. Harley 17552 (K, RB); Porto Seguro: Reserva da Brasil Holanda de Indústrias SA, 

entrada no km 22 da Rod. Eunápolis - P. Seguro, ca. 9,5km da entrada, 16° 27'45'' S, 39° 31' W, 7 Abr. 1994, 

J.G. Jardim 395 (CEPEC, HB); Ponta da Areia, 16° 26'59'' S, 39° 03'53'' W, 4 Jun. 1962 (fl.), A.P. Duarte 6704* 

(RB, SP, VEN, W); ESPÍRITO SANTO, Aracruz: 19° 49'13'' S, 40° 16'24'' W, 10 Jun. 1977 (fl.), C. Pereira 302 

(RFA, SP); Aracruz: Estação de Biologia Marinha, 15 Jul. 1973 (fl./fr.), D.S.D. Araújo 238 (HB, RB); Guarapari: 

P. E. Paulo César Vinhas, Lagoa de Caraís, 20° 40' S, 40° 36'01'' W, 17 Jun. 1988 (fl.), L.C. Fabris 407 (HB, VIES); 

3 Set. 1988 (fl/.fr.), O.J. Pereira 1795 (HB, VIES); Guarapari: Parque Ecológico de Setiba, próximo à Lagoa de 

Carais, 20° 40' S, 40° 29'51'' W, 12 Set. 1987 (fr.), D.S.D. Araújo 8097 (GUA, HB, RB); 12 Set. 1987 (fl.), O.J. 

Pereira 1047 (VIES); Mucuri: estrada Mucuri - Nova Viçosa, km12, 18° 06'15'' S, 40° 30'12'' W, 6 Jul. 1993 (fl.), 

D.A. Folli 1934 (CVRD, HB);MARANHÃO, Alcântara: Periuaçú, 2° 24'31'' S, 44° 24'53'' W, 11 Abr. 1954 (fl.), R.L. 

Fróes 30776 (IAN); R.L. Fróes 30772 (MG); São Luis: 2° 31'47'' S, 44° 18'10'' W, Mar.1939 (fr.), R.L. Fróes 11731 

(K, NY); PARAÍBA, João Pessoa: Mangabeira, 7° 06'54'' S, 34° 51'47'' W, 16 Jul. 1991 (fl.), O.T. Moura 651 (JPB); 

PERNAMBUCO, Cabo: área do Projeto Suape, 8° 17'48'' S, 35° 02'05'' W, Maio1978 (fl.), D. Andrade-Lima 78- 

9062 (IPA, SP); Cabo de Santo Agostinho: Ponta de Gabiú, 8° 17'12'' S, 35° 02'06'' W, 22 Maio 1952 (fl.), D. 

Andrade-Lima 52-1042 (R); D. Andrade-Lima 52-1047 (IPA, RB); Maraial: Lagoa dos Gatos, 8° 46'57'' S, 35° 

48'32'' W, 19 Abr. 1993 (fl.), A.M. Miranda 1530 (HST); Olinda: Nova Olinda, Estrada Rio Doce, 8° 00'32'' S, 34° 

51'19'' W, 23 Jun. 1950 (fl./fr.), C.G. Leal 129 (RB); RIO DE JANEIRO, Campos dos Goytacazes: Morro do Coco 

ou do Baú, 8 Set. 1877 (fl.), A.F.M. Glaziou 11202 (K, P). 

Ditassa blanchetii é uma espécie típica da restinga, ocorrendo por todo o litoral do 

Nordeste do Brasil. O município de Campos dos Goytacazes (Rio de Janeiro) corresponde ao limite 

sul de distribuição da espécie, porém sem registros recentes. No Espírito Santo ocorre nas restingas 

e nas matas de tabuleiro. 

Destaca-se por suas folhas esparsamente pubérulas e acastanhadas quando secas, seus 

ramos são recobertos bilateralmente por fileiras de tricomas, por vezes bem alongados e híspidos. É 

por vezes confundida com Ditassa hispida pela semelhança no indumento (Decaisne 1844; Rapini et 

al. 2001). Ditassa blanchetii difere de D. hispida principalmente pelas folhas glabras na face 

abaxial. 

Ditassa gardnerii também foi descrita por Decaisne (1844). Analisando seu holótipo, G. 

Gardner 1356, nota-se que as flores descritas como tendo corona mais baixa que o ginostégio, 

encontram-se em botão. Como algumas estruturas finalizam seu desenvolvimento no período de pré- 

antese é possível que os segmentos da corona, descritos por Decaisne (1844), ainda não tivessem 

atingindo seu estágio final de desenvolvimento. Por não apresentar diferenças significativas em 

relação a D. blanchetii, D. gardnerii é aqui proposta como um sinônimo de D. blanchetii. 

Ditassa ramosa foi descrita por Fournier (1885) com base em coleções provenientes da 

Bahia e Rio Janeiro, a análise dos tipos mostrou que o táxon é, da mesma forma, um sinônimo a D. 

blanchetii. Esta afinidade já é revelada por Fournier quando o autor cita um dos síntipos de D. 

ramosa nas coleções de D. blanchetii (i.e. Glaziou 11202 [P]). 

5. Ditassa burchellii Hook. & Arn., J. Bot. 1: 259. 1834. Tipo: [Brasil, Rio Grande do Sul], “woods, 

Rio Grande, where it climbs to great height on trees and bushes”, s.d. (fl.), J. Tweedie 224 

(holótipo K!). 

Trepadeira; ramos volúveis, pilosos sobre toda superfície ou apenas bilateralmente; coléteres 

interpeciolares presentes. Pecíolo 0,2-1,0cm compr., pubescente a adaxialmente piloso; lâmina 

foliar (0,3-)2,0-3,5(-5,5) x (0,2-)0,4-1,3(-1,6)cm, elíptica, lanceolada, ovada ou obovada, ápice 

35


acuminado ou agudo, mucronado, base cuneada ou aguda, margem plana; face adaxial pubescente a 

glabra, face abaxial pilosa a pubérula sobre as nervuras; nervação broquidódroma; coléteres 

presentes na base da lâmina foliar. Cimeiras umbeliformes, subaxilares, 4-9 flores, antese 

gradativa; pedúnculo 1,0-3,5mm compr., pubescente; brácteas florais pubescentes. Pedicelo 1,5- 

3,5mm compr., pubescente; sépalas ca. 1,0-1,7 x 0,5-0,7mm, ovais a oval-lanceoladas, pubescentes 

a pilosas, margens glabras, coléteres axilares abaxiais presentes; corola rotácea, alva ou 

esverdeada, pilosa na face abaxial; tubo 0,3-0,5mm compr., lobos ca. 1,9-2,1 mm compr., oval- 

lanceolados a linear-lanceolados, pubérulos na face adaxial, tufo de pêlos longos no ápice. Corona 

composta; segmentos externos subretangulares providos de apêndices laterais, menores que os 

internos, carnosos, ou laminares, lineares, delgados, unidos entre si na base; segmentos internos 

obovados, vesiculosos, com duas auriculas laterais na base, ou subulados, inseridos na base das 

anteras. Ginostégio cilíndrico, séssil; clavúncula com ápice capitado ou mamilado, anel oblíquo. 

Anteras quadrangulares a sub-retangulares, asas mais longas que o dorso, dorso convexo a 

subplano, apêndice membranáceo orbicular, inflexo. Corpúculo oblongo, menor ou tão longo quanto 

às polínias; caudículas horizontais ou sinuosas, cilíndricas a filiformes, inseridas lateralmente nas 

polínias; polínias subglobosas ou oblongas. Folículo ovóide, glabro. 

Chave para as variedades 

1. Segmentos da corona carnosos; os externos sub-retangulares, menores que os internos; os 

internos vesiculosos ................................................................................ var. burchellii 

1. Segmentos da corona delgados; os externos lineares, geralmente mais longos que os internos; os 

internos subulados ..................................................................................... var. vestita 

5.1. Ditassa burchellii var. burchellii = Metastelma burchellii (Hook. & Arn.) Rapini, Bol. Bot. 

Univ. São Paulo 21(1): 278. 2003. Tipo: [Brasil, Rio Grande do Sul], “woods, Rio Grande, where it 

climbs to great height on trees and bushes”, s.d. (fl.), J. Tweedie 224 (holótipo K!). 

= Ditassa anomala Mart., Flora 20(2): 99. 1837. Tipo: [Brasil, Rio de Janeiro], “planta lecta est in apricis 

montium prope Sebastianopolin”, s.d. (fl.), C.F.P. Martius [herb. fl. bras.] 107 (holótipo M n.v.; isótipos P!, 

G n.v., K!, BR!, NY! HAL!, BM!). 

= Ditassa bonariensis Decne. in De Candolle, Prodr. 8: 577. 1844. = Cynanchum bonariensis (Decne.) Meyer 

in Descole, Gen. Sp. Pl. Arg. 2: 153, t. 72. 1944. Tipo: [Argentina],“in brasil. aust., Buenos Ayres”, s.d. 

(fl.), J. Tweedie s.n. (holótipo K!). 

Figuras 2 E, 12 A-C, 30 E, 34 B. 

Trepadeira; ramos volúveis, pilosos sobre toda superfície. Pecíolo 0,2-1,0cm compr., pubescente; 

lâmina foliar 0,3-1,25(-5,0) x 0,2-0,4(-1,6)cm, elíptica, lanceolada, ovada ou obovada; face adaxial 

pubescente a glabra, face abaxial pubescente a pubérula sobre as nervuras. Cimeiras 4-8 flores; 

pedúnculo 1,0-3,5mm compr., pubescente. Pedicelo 1,5-2,0mm compr., pubescente; sépalas ca. 

1,0 x 0,5mm, ovais, pubescentes; corola pilosa na face abaxial; tubo 0,3-0,5mm compr., lobos ca. 

36


2,0 mm compr., linear-lanceolados. Corona com segmentos externos 0,2-0,3mm compr., 

subretangulares providos de apêndices laterais, menores que os internos, carnosos; segmentos 

internos ca. 0,3mm compr., obovados, vesiculosos, com duas auriculas laterais na base. Ginostégio 

ca. 0,08cm compr.; clavúncula com ápice mamilado. Anteras quadrangulares, asas mais longas que 

o dorso, dorso convexo. Corpúculo 0,05-0,06 x 0,03-0,04mm; caudículas 0,02-0,05mm compr., 

horizontais, filiformes; polínias 0,05-0,06mm x 0,04-0,05mm, subglobosas. Folículo ca. 2,7cm 

compr. 

Brasil (Bahia[?], Mato Grosso do Sul, São Paulo, Rio de Janeiro, Minas Gerais, Espírito Santo, Paraná, 

Santa Catarina, Rio Grande do Sul) , Argentina, Paraguai, Uruguai. Capoeiras e bordas de floresta, 

do nível do mar até 850m. Coletada com flores de janeiro a maio e em julho, agosto e dezembro e 

frutos de fevereiro a agosto. 

Referências: Decaisne 1844; Fournier 1885; Malme 1901; Meyer 1944; Alencastro et al. 1971; Fontella-Pereira 

et al. 1984; Fontella-Pereira et al. 1985; Fontella-Pereira et al. 1997; Konno 1997; Konno et al. 2001; Rapini et 

al. 2001; Fontella-Pereira et al. 2004a. 

Espécimes examinados selecionados: ARGENTINA, sem localidade precisa: prope praedium "La Granja", 14 

Fev. 1908 (fl.), E.L. Ekman 407 (NY); Buenos Aires: 34° 36' S, 58° 24' W, s.d. (fl.), Tweedie s.n. (K); CHACO, 

Rio Guaienru, M.-borebi, 17 Jul. 1944 (fl.), T. Rojas 11652 (NY); CORRIENTES, Itatí: woodland on the bank os 

the Rio Paraná, 27° 28' S, 58° 28' W, 3 Abr. 1964 (fl.), T.M. Pedersen 7014 (P); Ituzaingó: Ea. Santa Rita, isleta 

de selva con urunday proxima al rio Paraná, 27° 03' S, 56° 04' W, 5 Mar. 1987 (fl.), A. Kaprovickas 41170 (A, 

CTES, K, GH, MO, SPF); San Cosme: 4km E de Paso de la Patria, cerca camino Pto. Gonzalez, 27° 30' S, 58° 30' 

W, 20 Fev. 1969 (fl.), A. Kaprovickas 14912 (MBM, P); ENTRE RÍOS, Maria Grande: 31° 45' S, 59° 58' W, 24 Maio 

1940 (fl.), A.L. Cabrera 6460 (NY). 

BRASIL. sem localidade precisa: s.d. (fl.), Maire s.n. (P); s.d. (fl.), A. Bunge s.n. (P); s.d. (fr.), M. Vauthier 10 

(P); s.d. (fl.), P. Claussen s.n. (P); s.d. (fl.), A.F. Regnell s.n.(P); s.d. (fl.), L. Riedel 1975 (K, LE); ESPÍRITO 

SANTO, Santa Teresa: propriedade acima do Governador, 19° 56'08'' S, 40° 36'01'' W, 13 Jun. 1985 (fl.), J.M. 

Vimercat 273 (HB, MBML, RB); MATO GROSSO DO SUL, Coronel Sapucaia: 23° 16'18'' S, 55° 31'45'' W, 13 Fev. 

1982 (fl.), G. Hatschbach 46205 (MBM); MINAS GERAIS, s. mun.: s.d, fl., A. Saint-Hilaire C1 297 (P); B2 2457 

(P); Rio Novo, 21° 27' S, 43° 07' W, s.d. (fl.), W.J. Burchell 2794 (BR, K, P); Bento Pires: Mar. 1945 (fl.), L.O. 

Williams 6101 (R); Coimbra: estrada de terra que dá acesso ao Sítio São Mateus, 20° 51'24'' S, 42° 48'10'' W, 31 

Jul. 1995 (fl.), M.F. Vieira 815 (VIC); Juiz de Fora: Parque da Lajinha, 15 Maio 2004 (fr.), O.J. Bastos et al. 

s.n. (CESJ42462, SPF); Ponte Nova: Estação Experimental EPAMIG, beira da represa, 20° 24'59'' S, 42° 54'31'' W, 

13 Maio 1992 (fl.), M.F. Vieira 707 (VIC); São Tomé das Letras: Rodovia 3 Corações - São omé das Letras, 21° 

43'20'' S, 44° 59'07'' W, 28 Fev. 1975 (fl.), G. Hatschbach 36527 (INPA, MBM, NY); Teixeiras: BR120 para ponte 

Nova, a 9km do Ribeirao Sao Silvestre e a 2km da ponte sobre o Ribeirao Teixeiras, 20° 39'04'' S, 42° 51'24'' W, 

22 Maio 1978 (fl.), J. Fontella-Pereira 1026 (RB, VIC); Viçosa: Universidade Federal de Viçosa, Mata do Paraíso, 

beira da estrada principal, 20° 45'14'' S, 42° 52'55'' W, 3 Abr. 2001 (fl.), M.F. Vieira 841 (VIC); [Muriaé]: São 

Paulo de Muriaé Muriaé, 21° 08' S, 43° 23' W, Jun. 1880 (fl.), A. Mello e Netto s.n. (R95239); PARANÁ, 

Antonina: Areia Branca, 25° 25'43'' S, 48° 42'43'' W, 7 Mar. 1974 (fl.), G. Hatschbach 34292 (MBM); Laranjeiras 

do Sul: km 5 da rod. para Pato Branco, 25° 24'28'' S, 52° 24'58'' W, 22 Fev. 1991 (fl.), G. Hatschbach 56420 

(ESA, HUEFS, MBM); RIO DE JANEIRO, s. mun.: s.d., fl., A.F.M. Glaziou 9687 (K); Fev. 1879 (fl.), A.W. 

Schwacke 2021 (HAS); Araruama: Zacara, Brejo do Espinho, 22° 52'22'' S, 42° 20'35'' W, 19 Ago. 1982 (fl.), 

D.S.D. Araújo 5106 (GUA, RB); Barra do Piraí: à beira da estrada entre Ipiabas e a Fazenda da Prosperidade, 

22° 28'12'' S, 43° 49'32'' W, 4 Mar. 1986 (fl.), J.P.P. Carauta 5287 (GUA); Itatiaia: Rio Bonito, 22° 25' S, 44° 33' 

W alt. 800m, 12 Mar. 1942 (fl.), A.C. Brade 17321 (RB); Magé: 22° 39'10'' S, 43° 02'26'' W, 9 Abr. 1975 (fl.), P. 

Occhioni 7132 (RFA); Mangaratiba: Ilha Furtada, 22° 57'35'' S, 44° 02'26'' W, 30 Mar. 1968 (fl.), D. Sucre 2589 

(GUA, HB, RB); Maricá: Barra de Maricá, 22° 55'10'' S, 42° 49'07'' W, 5 Ago. 1989 (fl./fr.), M. Alves 227 (R); 

Nova Friburgo: Distrito de São Pedro da Serra, Vila Boa Esperança, estrada para Barra do Sana, trilha de acesso 

para a Cachoeira Indiana Jones, 22° 16'55'' S, 42° 31'52'' W, 14 Ago. 2001 (fr.), P. Fiaschi 924 (SPF); Petrópolis: 

Parque Santana, 22° 30'18'' S, 43° 10'43'' W, 25 Mar. 1979 (fl.), P. Occhioni 8771 (RFA); Petrópolis: Pedro do 

Rio, Fazenda da Rocinha, 22° 15' S, 43° 13' W, 24 Fev. 1936 (fl.), Freire 668 (R); Rio de Janeiro: Rio de 

Janeiro, Grumari, 23° 03' S, 43° 30' W, 15 Mar. 1991 (fl.), D.S.D. Araújo 9283 (GUA, RB); Ilha do Governador, 

Morro de São Bento, 22° 50' S, 43° 12' W, 6 Abr. 1958 (fl.), G.F.J. Pabst 4429 (B, HB, MBM); PARNA da Tijuca, 

Alto da Boa Vista, 22° 58' S, 43° 18' W, 17 Mar. 1931 (fl.), A.C. Brade 10647 (R); Serra do Mendanha, 22° 54'10'' 

37


S, 43° 12'27'' W alt. 500m, 19 Abr. 1972 (fl.), D. Sucre 8853 (HB, RB); Seropédica: s.d. (fl.), A.W. Schwacke s.n. 

(R95271); Silva Jardim: R. Biol. Poço das Antas, 22° 39'03'' S, 42° 23'30'' W, 16 Mar. 1977 (fl.), D.S.D. Araújo 

1545 (GUA, NY, RB); São Pedro da Aldeia: Serra da Sapiatiba, estrada para a torre da Telerj, 22° 50'21'' S, 42° 

06'10'' W, 13 Maio 1987 (fl.), D.S.D. Araújo 7831 (GUA, RB); RIO GRANDE DO SUL, Cidreira: a 5km da praia, 30° 

10'52'' S, 50° 12'20'' W, 2 Jan. 1976 (fl.), L. Arzivenco s.n. (ICN42322); Encruzilhada do Sul: 30° 32'38'' S, 52° 

31'19'' W, 24 Jan. 1979 (fl.), J. Mattos 20671 (HAS); Montenegro: Rappesberg, 29° 41'19'' S, 51° 27'40'' W, 15 

Ago. 1945 (fl.), E. Friderichs s.n. (PACA29889); Novo Hamburgo: 29° 40'42'' S, 51° 07'50'' W, 25 Maio 1949 (fr.), 

B. Rambo s.n. (PACA41706); Osório: Faz. do Arroio, 29° 53'12'' S, 50° 16'11'' W, 23 Jan. 1958 (fl.), B. Rambo s.n. 

(PACA63601); Pelotas: 31° 46'19'' S, 52° 20'33'' W, 12 Jan. 1981 (fl.), J. Mattos 22470 (HAS); Porto Alegre: 

Campus da UFRGS, próximo à Biociências, 30° 01'59'' S, 51° 13'48'' W, 23 Jan. 2002 (fl.), T.U.P. Konno 807* (SP); 

Quaraí: ca. 12km na Rod. para Porto Alegre, 30° 23'15'' S, 56° 27'05'' W, 19 Out. 1984 (fl.), J. Mattos 26093 

(HAS); Serraria: Morro dos Abertos, 12 Jan. 1975 (fl.), L. Arzivenco s.n. (ICN4527); São Leopoldo: 29° 45'37'' S, 

51° 08'50'' W, 17 Dez. 1948 (fl.), B. Rambo s.n. (PACA38893); Tapes: 30° 40'24'' S, 51° 23'45'' W, (fl.), B. Irgang 

326 (ICN); Torres: São Pedro de Alcantara, 29° 22'10'' S, 49° 50'59'' W, 16 Jan. 1998 (fl.), S. Dalpiaz s.n. 

(ICN115277); Tramandaí: 29° 59'05'' S, 50° 08'01'' W, 11 Mar. 1977 (fr.), D. Andrade-Lima s.n. (ICN34114); 

Viamão: Morro Grande, 30° 04'52'' S, 51° 01'24'' W, 22 Jan. 1998 (fl.), S. Venturi 42 (ICN); SANTA CATARINA, 

s.mun.: Ponta da Enseada - Porto Belo, 24 Fev. 1989 (fl.), A.C. Cervi 2609 (MBM); Camboriú: Praia de 

Camboriú, 27° 01'31'' S, 48° 39'16'' W, 31 Jan. 1964 (fl.), E. Pereira 8787 (HB, K, MBM, RB); Florianópolis: 27° 

35'48'' S, 48° 32'57'' W, 10 Jan. 1952 (fr.), B. Rambo s.n. (PACA51769); Garopaba: Siruú, 28° 01'24'' S, 48° 36'48'' 

W, 16 Mar. 1971 (fl.), A. Busolin 166 (RB); Imbituba: Itapirubá, 28° 14'24'' S, 48° 40'13'' W, 12 Fev. 1978 (fl.), G. 

Hatschbach 40997 (MBM); Itajaí: Praia Brava, 29° 54'28'' S, 48° 39'43'' W, 10 Fev. 1950 (fl.), Reitz 3254 (RB); 

Itapema: Praia do Mar Grosso, 27° 05'25'' S, 48° 36'41'' W, 23 Mar. 1999 (fr.), A.C. Cervi 6692 (MBM); Laguna: 

Morro da Glória, 28° 28'57'' S, 48° 46'51'' W, 26 Jan. 1973 (fl.), G. Hatschbach 31184 (HB, INPA, K, MBM, RFA, 

UEC); Navegantes: Praia de Navegantes, Rua Antonio Reiser, 26° 53'56'' S, 48° 39'15'' W, Fev. 1993 (fl.), M. 

Botelho 535 (GUA); Palhoça: Campo Massiambá, 27° 38'43'' S, 48° 40'04'' W, 14 Maio 1953 (fl.), Reitz 625 (RB); 

Tubarão: 28° 28' S, 49° 00'25'' W, Fev. 1889 (fl.), E. Ule 1166 (P); SÃO PAULO, s. mun.: s.d. (fl.), A.W. 

Schwacke 6982 (HAS); s.d. (fr.), A. Saint-Hilaire C2 1769 (P); Agudos: Fazenda Cia. Cervejaria Brahma, 22° 

28'09'' S, 48° 59'15'' W, 16 Mar. 1999 (fl.), M.E.S. Paschoal 1890 (BAUR, HB); Campinas: mata Santa Genebra, 

22° 54'20'' S, 47° 03'39'' W, 8 Mar. 1979 (fl.), H.F. Leitão Filho 9407 (NY, UEC, VIC); Monte Alegre do Sul: 

Estação Experimental do IAC, 22° 40'55'' S, 46° 40'51'' W, 16 Mar. 1995 (fl.), L.C. Bernacci 1314 (HRCB, IAC, 

SPF); São José do Barreiro: 22° 39'33'' S, 44° 35'08'' W, 29 Jun. 1994 (fr.), K.D. Barreto 2655 (ESA, HB); São 

Paulo, 23° 32'51'' S, 46° 38'10'' W, 23 Fev. 1913 (fl.), A.C. Brade 5681 (R, S, SP). 

PARAGUAI. Villarica, s.d. (fl.), P. Jørgensen 4710 (GH, NY); Cordillera de Altos, 26° 30' S, 55° 50' W, s.d. (fl.), 

E. Hassler 1753 (P); Cordillera de Altos, 26° 30' S, 55° 50' W, (fl.), E. Hassler 3903 (P); Carapegua: Carapegua, 

Jun. 1919 (fl.), T. Rojas 3527 (NY); Puerto Casado: Puerto Casado (Chaco), Jan. 1917 (fl.), 2480 (NY). 

URUGUAI. (fl.), A. Saint-Hilaire C2 2457 (P). 

Espécime duvidoso: BAHIA, Maracás: Km 7 ao S da estr. Maracas/Contendas do Sincora, 13° 26'28'' S, 40° 25'51'' 

W alt. 850m, 9 Fev. 1983 (fl.), A.M. Carvalho 1564 (CEPEC, HUEFS). 

Ditassa burchellii var. burchellii é facilmente reconhecida por suas flores com o ápice 

das lacínias da corola revestidos por tricomas alongados. As flores “in sicco” parecem campanuladas 

a subcampanuladas, mas indivíduos observados “in vivo” demonstram serem flores rotáceas, onde o 

ginostégio encontra-se bem exposto. Um outro caráter marcante do táxon é a presença de 

segmentos coronínicos externos bilobados menores que os internos, estes em geral vesiculosos no 

ápice. Dentro do gênero Ditassa é o táxon de distribuição mais meridional, ocorrendo desde o litoral 

em formações de mata de restinga até em pequenos remanescentes urbanos de matas secundárias, 

bem como em cerrados. 

Fontella-Pereira (1977) insere na sinonímia de Ditassa burchellii var. burchellii a 

espécie Madarosperma confusum E.Fourn. Nas coleções do herbário M examinadas percebem-se 3 

materiais independentes, nomeados como Ditassa anomala, sendo apenas um referente a Ditassa 

burchelli (M36502). As outras duas coleções estão numeradas, respectivamente como Martius 142 

(M36503) e Martius 144 (M36501), somente neste último encontra-se manustricto ”sp. nov.”. 

Portanto, é conclusivo afirmar que somente Martius herb. fl. brasil. 144 compõe a coleção-tipo de 

Madarosperma confusum E.Fourn. Este material refere-se contudo a Tassadia berteriana (Spreng.) 

W.D.Stevens, devendo então ser excluído da sinonímia de Ditassa burchellii var. burchellii. Ditassa 

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bonariensis Decne. e recombinações posteriores são apresentadas como sinônimos de Ditassa 

burchellii var. burchellii por Fontella-Pereira et al.(2004). 

Rapini (2003) transfere Ditassa burchelii para Metastelma. Em Rapini et al. (2001), os 

autores alegam que os caracteres que sustentam Ditassa burchellii em Ditassa são muito variáveis. 

Uma análise mais extensa das coleções denotadas ao táxon reforça, contudo, ser consistente a 

presença da corona em dois segmentos, sendo os externos mais baixos que os internos. Este padrão 

coronínico é igualmente encontrado em Ditassa congesta E.Fourn. e Ditassa lanceolata Decne. 

Podemos tratar o conjunto de espécies acima referidas como um complexo morfológico 

bastante típico no aspecto vegetativo dos seus táxons, apresentando-se quase invariavelmente com 

folhas rufescentes na face adaxial quando “in sicco”, e a pubescência discreta e bilateral ou 

unilateralmente dispostas sobre os ramos. A corola na face adaxial apresenta tricomas mais 

alongados no ápice dos lobos o que pode ser considerado também como uma das sinapomorfias 

morfológicas do grupo. 

5.2. Ditassa burchellii var. vestita (Malme) Fontella, Bradea 5(49): 478. 1991. ≡ Ditassa anomala 

var. vestita Malme, Ark. Bot. 28A(5): 12, fig. 6. 1936. Tipo: [Brasil], “São Paulo, Santos, Alto da 

Serra, circ. 1000 msm in margine silvae inter frutices scandens”, 25 Fev. 1875 (fl.), Mosén 3273 

(holótipo S!; isótipo UPS!). 

Figuras 2 F, 12 D-F. 

Trepadeira; ramos volúveis, pilosos sobre toda superfície ou apenas bilateralmente. Pecíolo 0,3- 

1,0cm compr., piloso, por vezes apenas adaxialmente; lâmina foliar 2,0-3,5(-5,5) x 0,4-1,3(-1,7)cm, 

elíptica ou oval-lanceolada; pubescentes a pilosas em ambas as faces. Cimeiras 5-9 flores; 

pedúnculo 1,0-3,0mm compr., pubescente. Pedicelo 2,0-3,5mm compr., pubescente; sépalas 1,5- 

1,7 x 0,7mm, oval-lanceoladas, pilosas; corola esparsamente pilosa na face abaxial; tubo ca. 0,5mm 

compr., lobos 1,9-2,1mm compr., oval-lanceolados. Corona com segmentos externos 1,3-1,4 x 

0,2mm, lineares, delgados; segmentos internos 0,5-0,7mm compr., subulados. Ginostégio ca. 

0,5mm compr.; clavúncula com ápice capitado. Anteras sub-retangulares, asas mais longas que o 

dorso, dorso subplano. Corpúsculo 0,10-0,14 x 0,05-0,07mm; caudículas 0,05-0,07mm compr., 

sinuosas, cilíndricas; polínias 0,12-0,16 x 0,06-0,07mm, oblongas. 

Brasil (São Paulo, Paraná, Santa Catarina). Floresta pluvial atlântica, acima de 500m.s.m. Coletada 

com flores de fevereiro a abril. 

Referências: Fontella-Pereira 1998. 

Espécimes examinados: RIO DE JANEIRO, PARANÁ, Antonina: Estrada cacatu-Serra Negra, 25° 25'43'' S, 48° 

42'43'' W, 23 Mar. 1966 (fl.), G. Hatschbach 14112 (HB, MBM, NY, P, SPF, UEC); Bocaiúva do Sul: 1 Abr. 1952 

(fl.), G. Hatschbach 2755 (MBM); Sesmaria, Rio Capivari, a 2km Oeste, 25° 12'22'' S, 49° 06'54'' W, 24 Mar. 1970 

(fl.), G. Hatschbach 24051 (HB, K, MBM, NY, RFA); Campina Grande do Sul: Ribeirão Branco, Rodovia BR-2, 25° 

18'20'' S, 49° 03'19'' W, 21 Mar. 1965 (fl.), G. Hatschbach 12497 (HB, MBM, NY, US); Ribeirão Grande, 19 Mar. 

1967 (fl.), G. Hatschbach 16190 (MBM, NY); Cerro Azul: Morro Grande, 29° 49'25'' S, 49° 15'40'' W, 29 Fev. 1958 

(fl.), G. Hatschbach 4515 (HB, MBM); Rio Santa Ana, 27 Mar. 1979 (fl.), G. Hatschbach 42218 (B, MBM, NY, SPF); 

39


SANTA CATARINA, Itajaí: Praia Brava, 29° 54'28'' S, 48° 39'43'' W, 5 Mar. 1953 (fl.), R. Klein 382 (HRB, RB); 

Lauro Muller: Novo Horizonte, 28° 23'34'' S, 49° 23'48'' W, 20 Fev. 1959 (fl.), Reitz 8478 (HBR, MBM, RB); Rio do 

Sul: Alto Matador, 27° 12'51'' S, 49° 38'35'' W alt. 800m, 13 Mar. 1959 (fl.), Reitz 8578 (HBR, RB). SÃO PAULO, 

Apiaí: Mineiros, 24° 30'34'' S, 48° 50'33'' W, 14 Mar. 1951 (fl.), G. Hatschbach 7605 (HB); 14 Mar. 1961 (fl.), G. 

Hatschbach 7805 (MBM, RB); Guapira: 24° 11'06'' S, 48° 31'58'' W, 16 Fev. 1913 (fl.), A.C. Brade 5685 (R, SP); 

Mamparra: Reserva Carlos Botelho, 24° 16'15'' S, 47° 55'12'' W, 15 Fev. 1995 (fl.), P.H. Miyagi 486 (HRCB, SPF, 

UEC); Jaraguá, 3 Mar. 1942 (fl.), W. Hoehne s.n. (MBM91441, SPF11052); P. E. das Fontes do Ipiranga, 23° 

32'51'' S, 46° 38'10'' W, 26 Fev. 1932 (fl.), F.C. Hoehne s.n. (SP28827); 8 Mar. 1932 (fl.), F.C. Hoehne s.n. (R, 

SPF17062). 

Em Ditassa burchellii var. vestita os segmentos da corona apresentam-se acuminados a 

longamente acuminados no ápice. Apesar dos segmentos externos serem maiores que os internos, 

também evidencia relações morfológicas estreitas com Ditassa congesta. Esta variedade tem sido 

registrada nos estados do Rio de Janeiro, São Paulo, Paraná e Santa Catarina, ocorrendo em 

florestas pluviais ou estacionais. Exibe nas coleções examinadas variações no comprimento dos 

segmentos externos da corona, podendo ou não ultrapassar o comprimento do ginostégio. 

Os três materiais acima relacionados para o estado de Santa Catarina foram tratados 

por Fontella-Pereira et al. (2004:151) como pertencentes à D. burchellii var. burchellii. Desta 

forma, D. burchellii var. vestita também se faz presente nesse Estado. 

6. Ditassa capillaris E.Fourn. in Martius, Fl. bras. 6(4): 253. 1885. Tipo: [Brasil], “vulgaris in silvis 

Oeiras in prov. Piauhy”, Abr. 1839 (fl.), G. Gardner 2235 [sphalm. 2335](holótipo P!; isótipos K!, 

L!). 

= Ditassa praecincta E.Fourn. in Martius, Fl. bras. 6(4): 253. 1885. Tipo: [Brasil], “near Rio de Janeiro”, 

[Nov. 1879] (fl.); A.F.M. Glaziou 11199 (holótipo P!; isótipos K!, R!). 

= Orthosia bahiensis Schltr. in Pilger, Notizbl. Bot. Gart. Berlin-Dahlem 55(6): 177. 1914. Tipo: "Brasilien: 

Schlingpflanze in der Serra de Chaputicaba bei Maracas, Staate Bahia”, Set. 1906 (fl.), E. Ule 6990 

(holótipo HBG?; isótipos K!, L!). 

Figuras 3 A, 13 A-E, 30 G, 35 D. 

Trepadeira; ramos volúveis, unilateralmente pubérulos; coléteres interpeciolares presentes. 

Pecíolo (1,5-) 3,0-5,0mm compr., glabro; lâmina foliar 0,7-2,2 x ca. 0,2cm, estreitamente oblonga 

a linear, ápice apiculado, mucronado, base obtusa a cuneada, margem plana; glabras em ambas as 

faces ou esparsamente pubérulas sobre a nervura principal da face adaxial; nervação 

broquidódroma; coléteres ausentes na base da lâmina foliar. Cimeiras umbeliformes, subaxilares, 2- 

5 flores, antese gradativa; pedúnculo 0,5-1,0(-2,5)cm compr., glabro; brácteas florais glabras. 

Pedicelo 3,5-6,5mm compr., glabro; sépalas 0,8-0,9mm compr., ovais, totalmente glabras, 

coléteres axilares abaxiais presentes; corola rotácea, alva, glabra na face abaxial; tubo ca. 0,3mm 

compr., lobos 1,9-2,1mm compr., oval-lanceolados, papilosos na face adaxial. Corona composta; 

segmentos externos 0,6-0,8mm compr., espatulados, crassos, unidos entre si na base; segmentos 

internos 0,3-0,5mm compr., ovais, inseridos na base das anteras, unidos aos externos. Ginostégio 

1,3-1,5mm compr., cilíndrico, séssil; clavúncula com ápice capitado, anel vertical. Anteras 

retangulares, asas mais longas que o dorso, dorso convexo, apêndice membranáceo suborbicular, 

inflexo. Corpúsculo 0,18-0,24x0,10-0,12mm, ovóide, maior que as polínias; caudículas 0,06-0,07mm 

40


compr., horizontais, planas, triangulares, membrana reticulada basal presente, inseridas 

lateralmente nas polínias; polínias 0,13-0,23x0,12-0,15mm, subglobosas a oblongas. Folículo ca. 

3,4cm compr., fusiforme, pubérulo. 

Brasil (Piauí, Ceará, Pernambuco, Bahia, Minas Gerais, Rio de Janeiro [?]). Cerrado, campos 

rupestres e caatinga, 350-1200m.sm.. Coletada com flores em vários períodos durante o ano, de 

novembro a abril e de junho a julho e com frutos de janeiro a março e em julho e novembro. 

Referências: Fontella-Pereira 1988; Fontella-Pereira et al. 1989; Rapini et al. 2001. 

Espécimes examinados: BRASIL. BAHIA, s.mun.: a 37km de Seabra, próximo a Alagadiço, 12° 31'21'' S, 41° 

54'09'' W alt. 980m, 21 Mar. 1980 (fl.), J.E.M. Brazão 183 (HRB, RB); 8km NW of Lagoinha (5,5km SW of Delfino) 

on the road to Minas do Mimoso, 10° 24' S, 41° 17' W alt. 850m, 5 Mar. 1974 (fl.), R.M. Harley 16776 (CEPEC, K, 

MBM, NY, RB, SPF); Abaíra: estrada Catolés-Abaíra ca. 4km de Catolés, entrada velha do engenho, 13° 18' S, 

41° 50' W alt. 1000m, 13 Nov. 1992 (fl./fr.), W. Ganev 1429 (G, HUEFS, SPF); 6km do povoado de Ouro Verde, 

na estrada para Catolés, alt. 800m, 25 Dez. 1988 (fl.), R.M. Harley 27740 (CEPEC, SPF); estrada de engenho 

entre Catolés e Abaíra, alt. 1100m, 31 Jan. 1992 (fr.), J.R. Pirani H 51374 (F, MBM, SPF); Catolés, 13° 17' S, 

41° 51' W, 20 Dez. 1991 (fl.), R.M. Harley 50185 (BHCB, SPF, W); Água Limpa, 13° 18' S, 41° 52' W alt. 1200m, 

26 Nov. 1993 (fl.), W. Ganev 2578 (HUEFS, K, SPF); Andaraí: Rio Coisa Boa, 12° 48'26'' S, 41° 19'53'' W, 23 Nov. 

1985 (fl.), G. Hatschbach 50105 (CEPEC, HRB, K, MBM); Boninal: Nova Colina, 12° 42'06'' S, 41° 49'39'' W, 24 

Nov. 1985 (fl.), G. Hatschbach 50155 (CEPEC, K, MBM, NY, UEC); Brejões: BR 116, km 586, 15 Dez. 1981 (fl.), 

A.L. Peixoto 1621 (UEC); Caetité: Palmeira, 14° 04'10'' S, 42° 28'30'' W, 16 Jan. 1997 (fl.), G. Hatschbach 65863 

(BHCB, MBM); Espigão Mestre: Serra a 34km W of Barreiras, alt. 710m, 2 Mar. 1972 (fl.), W.R. Anderson 36466 

(UB); Ibiquara: 13km de Jussiape na estrada para Morro Branco e Capão da Volta, 13° 32' S, 41° 29' W alt. 

1000m, 15 Nov. 1988 (fl.), R.M. Harley 26454 (BHCB, CEPEC, MBM, SPF); Itatim: Morro das Tocas, 12° 42' S, 39° 

46' W alt. 400m, 20 Abr. 1996 (fl.), F. França 1608 (ESA, HUEFS, MBM); Ituaçu: estrada Ituaçu-Barra da Estiva, a 

13km de Ituaçu, próximo ao Rio Lajedo, 13° 48'48'' S, 41° 17'48'' W, 18 Jul. 1981 (fl./fr.), A.M. Giulietti 

CFCR1211 (K, RB, SPF); Jacobina: Catinga de Moura, 10° 58'17'' S, 40° 46'13'' W, s.d (fl.), Schreiner s.n. 

(HAS54162, R95242); Maracás: 6Km ao SW Maracas, BA-026, 13° 26'28'' S, 40° 25'51'' W alt. 900m, 26 Abr. 1978 

(fl.), S.A. Mori 9949 (CEPEC, K, NY, RB); Km 7 ao S da estrada Maracas/Contendas do Sincora, 9 Fev. 1983 (fl.), 

A.M. Carvalho 1534 (CEPEC, HUEFS, MBM, RB); Milagres: Morro Pé de Serra, Base do inselberg, 12° 52' S, 39° 

49' W alt. 372m, 15 Mar. 1997 (fl.), F. França 2122 (CEPEC, HB, HUEFS); Morro São João (Morro de Couro, 12° 

54' S, 39° 52' W alt. 500 - 600m, 6 Mar. 1977 (fl.), R.M. Harley 19421 (CEPEC, K, MBM, MO, SPF); Monte Santo: 

10° 27' S, 39° 20' W alt. 610m, 20 Fev. 1974 (fl.), R.M. Harley 16426 (CEPEC, K, MBM, RB, SPF); Morro do 

Chapéu: estrada do Feijão, 28 Nov. 1980 (fl.), A. Furlan CFCR241 (CTES, K, RB, SPF); estrada para Cruzeiro, a 

ca. 5km da estrada para Utinga, 11° 33' S, 41° 09'22'' W alt. 1150m, 4 Maio 2001 (fl./fr.), T.U.P. Konno 798* 

(SP); Mucugê: ca. 11km de São João Correia, 2km E de Brejo de Cima, na estrada Abaíra-Mucugê, 13° 19' S, 41° 

33' W alt. 840m, 14 Fev. 1992 (fl.), L.P. Queiroz 2632 (CEPEC, HB, HUEFS, K); Paulo Afonso: R. Ecol. do Raso 

da Catarina, 9° 24'27'' S, 38° 13'20'' W, 24 Jun. 1982 (fl.), M.L. Guedes 424 (ALCB); Rio de Contas: descent to 

Marcolino Moura, 13° 35' S, 41° 43' W alt. 900m, 18 Dez. 1991 (fl.), D.J.N. Hind 28 (CEPEC, K, MBM, RB, SPF); 

estrada Rio de Contas-Livramento, 13° 36'41'' S, 41° 48'16'' W alt. 900m, 20 Nov. 1996 (fl.), N. Roque PCD4527 

(ALCB, CEPEC, HUEFS, K, SPF); 8km Leste da cidade, na estrada para Jussiape, alt. 900m, 25 Nov. 1988 (fl.), 

R.M. Harley 27001 (BHCB, CEPEC, INPA, K, NY, SPF, UEC); Fazenda Fiuza, 13° 27'33'' S, 41° 52'24'' W alt. 1130m, 

4 Fev. 1997 (fl./fr.), Passos L PCD5041 (ALCB, CEPEC, HUEFS, SPF); Estrada Real, caminho para a Cachoeira do 

Rio Brumado, 13° 34'44'' S, 41° 48'41'' W alt. 870m, 6 Mar. 2002 (fl./fr.), T.U.P. Konno 819 (SP); Sento Sé: 16Km 

NW Lagoinha (5.5Km SW Delfino), Rod. p/ Minas do Mimoso, 9° 44'45'' S, 41° 53'07'' W alt. 950 - 1000m, 4 Mar. 

1974 (fl.), R.M. Harley 16722 (CEPEC, K); Serra: 34km of Barreiras, 15° 28'11'' S, 40° 41'55'' W alt. 710m, 2 Mar. 

1972 (fl.), W.R. Anderson 36416 (HB, MBM, NY); Umburanas: Serra do Curral Feio, 10° 21' S, 41° 13' W, 11 Abr. 

1999 (fl.), L.P. Queiroz 5338 (ESA, HUEFS, K); Vitória da Conquista: Km 5 a 15 da Rod. Conquista/Barra do 

Choca, 14° 51'58'' S, 40° 50'22'' W, 27 Nov. 1972 (fl.), T.S. Santos 2521 (CEPEC, HUEFS, RB); Vitória da 

Conquista: 9Km a leste da BA-265, trecho Conquista/Barra do Choça, 14° 51'58'' S, 40° 50'22'' W alt. 900m, 4 

Mar. 1978 (fl.), S.A. Mori 9452 (CEPEC, K, NY, RB); CEARÁ, s.mun.: s.d. (fl.), Fr. Allemão 993 (HAS); 

Guaraciaba do Norte: Andrade, 4° 10'01'' S, 40° 44'51'' W, 27 Fev. 1981 (fl.), A. Fernandes 9797 (HEAC, RB); 

MINAS GERAIS, s.mun.: s.d. (fl.), A. Saint-Hilaire B1 1458 (P); Cristália: Rio Mumbuca, 16° 48'01'' S, 42° 51'44'' 

W, 11 Fev. 1991 (fl.), G. Hatschbach 55065 (BR, MBM); Grão Mogol: NE da vila, 16° 33'57'' S, 42° 52'55'' W alt. 

850m, 29 Dez. 1998 (fl.), A. Rapini 857 (SPF); Bacia do Ribeirão da Morte, 16° 34' S, 42° 54'30'' W alt. 900 - 

1000m, 4 Nov. 1987 (fl.), J.R. Pirani CFCR11471 (RB, SPF); Córrego Escurona, 16° 35' S, 42° 58' W alt. 750m, 16 

Jun. 1990 (fl.), J.R. Pirani CFCR13169 (K, MO, RB, SPF); PERNAMBUCO, Buíque: estrada Buíque-Catimbau, 8° 

37'30'' S, 37° 09'15'' W alt. 790m, 10 Jul. 1995 (fl.), K. Andrade 121 (K, PEUFR); alt. 799m, 7 Mar. 1996 (fl.), A. 

Laurêncio 322 (K, PEUFR); alt. 799m, 7 Mar. 1996 (fl.), M. Tschá 639 (K, PEUFR); Buíque: Catimbau, Trilha das 

41


Torres, 8° 37' S, 37° 10' W alt. 790m, 16 Mar. 1995 (fl.), A. Laurêncio 15 (K, PEUFR); PIAUÍ, Oeiras: 7° 01'31'' S, 

42° 07'52'' W, s.d. (fl.), A.W. Schwacke 1095 (R); s.d. (fl.), J. Sohn 1095 (HAS, R); SÃO PAULO, Serra de 

Mambucaba, 22° 37' S, 44° 35' W, 14 Fev. 1876 (fl.), A.F.M. Glaziou 9928 (K, P). 

Descrita originalmente para o Piauí, Ditassa capillaris é mais frequente na Bahia, 

estendendo-se até o norte de Minas Gerais ao longo da Cadeia do Espinhaço. Sua ocorrência no Rio 

de Janeiro [A.F.M. Glaziou 11199] e São Paulo [A.F.M. Glaziou 9928] é duvidosa, não pela 

identidade das coleções, mas pela veracidade dos rótulos. Habita as formações de campo rupestre, 

sendo mais frequente na caatinga. 

As folhas estreitamente linear-oblongas podem variar consideravelmente em tamanho e 

a corona tem um aspecto crasso, evidenciado também em outros táxons simpátridos, como D. 

pohliana E.Fourn. Interessante notar, em alguns espécimes, a semelhança vegetativa com 

Blepharodon asparagoides Decne. é grande, especialmente no que tange a forma das folhas. 

7. Ditassa cipoensis (Fontella) Rapini, Bol. Bot. Univ. São Paulo 21(1): 278. 2003. ≡ Ditassa 

tomentosa var. cipoensis Fontella, Bradea 5(49): 478. 1991 (“cipoense”). Tipo: “Brasil, Minas 

Gerais, Serra do Cipó, Fda. Palácio, alt. 1350m”, 14 Fev. 1973 (fl.), G. Hatschbach 31597 & Z. 

Ahumada (holótipo MBM!). 

Figuras 3 B, 29 A-E, 30 H. 

Trepadeira; ramos volúveis, tomentosos; coléteres interpeciolares presentes ou inconspícuos. 

Pecíolo 2,0-7,0mm compr., tomentoso; lâmina foliar 0,8-3,2 x 0,4-1,5cm, elíptica ou oblonga, ápice 

arredondado a mucronado, base arredondada a aguda, margem revoluta; tomentosa a velutina em 

ambas as faces; nervação broquidódroma; coléteres presentes na base da lâmina foliar. Cimeiras 

umbeliformes, subaxilares, 3-6 flores, antese gradativa; pedúnculo 0,5-1,0mm compr., tomentoso; 

brácteas florais pilosas. Pedicelo ca. 1,0mm compr., piloso; sépalas 2,0-2,2mm compr., oval- 

lanceoladas, hirsuto-tomentosas, margens esparsamente ciliadas a glabras, coléteres axilares 

abaxiais presentes; corola campanulada, alva, esparsamente hirsuta a glabrescente na face abaxial; 

tubo 1,0-1,5mm compr., lobos 1,6-1,8 x 0,8-1,0mm, triangulares, vilosos a lanosos na face adaxial. 

Corona composta; segmentos externos 0,4-0,5 x 0,8mm, largamente ovais, ápice por vezes 

irregularmente fendido, delgados, unidos entre si na base; segmentos internos apendiciformes, 

diminutos, por vezes inconspícuos ou ausentes, inseridos na base das anteras. Ginostégio ca. 1,3mm 

compr., subcônico, séssil; clavúncula com ápice subgloboso, anel oblíquo. Anteras trapezoidais, 

asas mais longas que o dorso, dorso convexo, apêndice membranáceo obcordiforme, ereto. 

Corpúsculo 0,20-0,25 x 0,07-0,13mm, oblongo, maior que as polínias; caudículas 0,05-0,07mm 

compr., horizontais, planas, subtriangulares, membrana reticulada basal presente, inseridas 

lateralmente nas polínias; polínias 0,18-0,23 x 0,10mm, ovóides. Folículo 4,0-4,5cm compr., 

fusiforme, tomentoso a velutino. 

42


Brasil (Minas Gerais [Serra do Cipó]). Campos rupestres, acima de 1200m.s.m.. Coletada com flores 

nos meses de fevereiro,março e novembro e frutos em fevereiro e março. 

Referências: Fontella-Pereira et al. 1995; Rapini 2000 b ; Rapini et al. 2001. 

Espécimes examinados: BRASIL. MINAS GERAIS, Congonhas do Norte: Serra Carapina (Serra Talhada), 18° 53' 

S, 43° 43' W alt. 1200m, 2 Mar. 1998 (fl.), A. Rapini 546 (K, RB, SPF); Santana do Riacho: Serra do Cipó, Fev. 

1953 (fl.), J. Vidal II-6002* (R); J. Vidal II-6047 (R); PARNA da Serra do Cipó, campo próximo ao IBAMA do Alto 

Palácio, 19° 21' S, 43° 38' W alt. 1380m, 24 Mar. 1991 (fl.), J.R. Pirani CFSC11906 (SPF); 19° 10'08'' S, 43° 

42'52'' W, 17 Fev. 1972 (fl./fr.), W.R. Anderson 36111 (HB, UB); Canhoeira da Capivara, 18° 45' S, 43° 35' W, 17 

Mar. 1999 (fl.), A. Rapini 827 (SPF); MG 116, bifurcação para Morro do Pilar, 23 Nov. 2000 (fl.), M.A. Farinaccio 

436 (SPF). 

Espécie restrita aos campos rupestres da Serra do Cipó, foi elevada à categoria de 

espécie por Rapini (2003), sendo assim aceita neste trabalho. Faz parte do complexo de Ditassa 

tomentosa e afins, típico pelo indumento tomentoso a velutino das folhas e ramos. As flores podem 

apresentar os segmentos internos da corona muito reduzidos a ausentes. 

8. Ditassa conceptionis Fontella, Dusenia 12(1): 6. 1980. = Calathostelma ditassoides E.Fourn. in 

Martius, Fl. bras. 6(4): 219. 1885. Tipo: [Brasil], “in prov. Minarum ad pedem Serra Negra & prope 

Casca d' Anta”, s.d. (fl.), A. Saint-Hilaire D-95 (holótipo P!; isótipo P!). 

Figuras 3 C, 14 A-D, 30 I, 35 E. 

Subarbusto, atingindo 1,0m alt.; ramos volúveis, bilateralmente pubescentes; coléteres 

interpeciolares presentes. Pecíolo com até 2,0mm compr., adaxialmente pubérulo; lâmina foliar 

1,0-1,8 x 0,25-0,6cm, elíptica ou obovada, ápice mucronado, base cuneada ou aguda, margem 

plana; glabra em ambas as faces, podendo apresentar tufos de tricomas na base; nervação 


1-4 flores, antese gradativa; pedúnculo 1,0-2,0mm compr., unilateralmente pubescente; brácteas 

florais glabras. Pedicelo com até 3,5mm compr., glabro; sépalas 0,8-1,0 x 0,5-0,6mm, ovais, 

totalmente glabras, coléteres axilares abaxiais presentes; corola rotácea, róseo-alvacenta, glabra 

na face abaxial; tubo ca,0,4mm compr., lobos 2,0-2,3 x ca. 1,5mm, oval-lanceolados, papilosos na 

face adaxial. Corona composta; segmentos externos prolongando-se em lobos livres, 0,6-0,7mm 

compr., oval-lanceolados, ápice agudo, delgados, unidos entre si, pateliformes na base; segmentos 

internos reduzidos a discretas projeções, inseridas entre as asas da antera, conectadas aos 

externos. Ginostégio ca. 1,0mm compr., cilíndrico, séssil; clavúncula com ápice mamilado, anel 

vertical. Anteras subtriangulares, asas mais longas que o dorso, dorso convexo, apêndice 

membranáceo suborbicular, inflexo. Corpúsculo 0,25-0,27 x 0,14-0,16mm, elipsóide, maior ou tão 

longo quanto às polínias; caudículas 0,07-0,09mm compr., horizontais, planas, triangulares, 

membrana reticulada basal presente, inseridas lateralmente nas polínias; polínias 0,20-0,27 x 0,11- 

0,13mm, ovóides a oblongas. Folículo ca. 3,5cm compr., fusiforme, glabro. 

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Brasil (São Paulo, Minas Gerais, Rio de Janeiro). Campos de altitude, 1750-2300m.s.m. Coletada 

com flores em janeiro, março, maio, junho,e dezembro e frutos em março. 

Referências: Rapini 2000b; Rapini et al. 2001;Konno & Pinheiro 2005. 

Espécimes examinados: BRASIL. MINAS GERAIS, Caraça: trilha para o Pico da Carapuça, 20° 01'10'' S, 43° 27'51'' 

W alt. 1750m, 1 Dez. 1998 (fl.), A. Rapini 837 (SPF); Lagoa Santa: 19° 37'38'' S, 43° 53'23'' W, 10 Nov. 1914 

(fl.), F.C. Hoehne s.n. (SP25104); Santa Bárbara: Serra do Caraça, Contrafortes do Inficionado, 19° 57'34'' S, 

43° 24'55'' W, 26 Maio 1997 (fl.), A. Rapini 318 (K, SP, SPF); RIO DE JANEIRO, Itatiaia: PARNA do Itatiaia, 

estrada que leva ao Abrigo Rebouças, 22° 23' S, 44° 40' W, 18 Out. 1977 (fl.), V.F. Ferreira 218 (RB); Serra da 

Mantiqueira, Macieiras, 22° 29'49'' S, 44° 33'48'' W, 26 Mar. 1943 (fl.), E. Pereira s.n. (HB, RB5881); Serra do 

Itatiaia, alt. 2300m, 24 Jun. 1902 (fl./fr.), P. Dusén 618 (A, BM, HAS, K, R, S); SÃO PAULO, Campos do Jordão: 

Pico Itapeva, 22° 44'22'' S, 45° 35'29'' W alt. 2000m, 17 Jan. 1977 (fl.), P. Occhioni 8055 (RFA); alt. 1880m, 7 

Dez. 2000 (fl.), T.U.P. Konno 741* (SP); alt. 1900m, 7 Dez. 2000 (fl.), T.U.P. Konno 740 (SP). 

Ditassa conceptionis é uma espécie pouco freqüente que habita as florestas ombrófilas 

do sudeste brasileiro, preferencialmente em altitudes superiores a 1000m. Destaca-se pelas flores 

róseo-alvacentas e pela corona carnosa e pateliforme na base. 

Calathostelma ditassoides E.Fourn. foi transferida por Fontella-Pereira (1980) para 

Ditassa e consequentemente renomeada em decorrência da não disponibilidade do epíteto 

“ditassoides” no gênero. O autor baseou-se na semelhança vegetativa e na presença de uma prega 

interna abaixo das anteras, denotando essa estrutura como um vestígio de corona interna e, 

portanto, em acordo com a delimitação morfológica atualmente aplicada à Ditassa. De fato, 

percebe-se um continuum tecidual, mas não precisamente a evidência de um apêndice. 

Como a estrutura geral da corona nesse táxon é ímpar e encontra pares em Ditassa 

leonii Fontella & T.U.P.Konno e Ditassa jahnii (Morillo) Liede, seria pertinente ou restabelecer o 

gênero Calathostelma E.Fourn. ou, segregá-las em uma secção ou subgênero dentro de Ditassa. 

Contudo, qualquer uma das abordagens necessita ser embasada por um conjunto maior de 

evidências e sustentada filogeneticamente. Desta forma, o gênero Calathostelma permanece, neste 

trabalho, como um sinônimo de Ditassa. 

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9. Ditassa congesta E.Fourn. in Martius Fl. bras. 6(4): 245. 1885. Tipo: [Brasil], “capoeiras in prov. 

Minarum”, [1816-1821] (fl.), A. Saint-Hilaire B1-709 (holótipo P140183!). 

Figuras 3 D, 12 G-J, 30 J. 

Trepadeira; ramos volúveis, pubescentes ou hirto-tomentosos sobre toda a superfície ou apenas 

bilateralmente; coléteres interpeciolares presentes. Pecíolo (0,2-)0,5-0,8(-1,2)cm compr., 

pubescente; lâmina foliar (1,0-)1,5-5,5(-7,0) x (0,2-)0,5-1,7(-2,2)cm, ovada, lanceolada ou elíptica, 

ápice agudo, mucronado, base cuneada ou aguda, margem revoluta “in sicco”; pubescente em 


umbeliformes, subaxilares, 1-5 flores, antese gradativa; pedúnculo 1,0-5,0mm compr., pubescente; 

brácteas florais pubescentes. Pedicelo 2,0-3,0mm compr., pubescente; sépalas 1,0-1,5mm compr., 

oval-lanceoladas, hirsutas, margens glabras, coléteres axilares abaxiais presentes; corola rotácea a 

subcampanulada, alva, hirsuta na face abaxial; tubo 0,4-0,5mm compr., lobos 1,8-2,5 x 0,6-0,8mm 

compr., oval-lanceolados, levemente torcidos, pilosos na face adaxial, podendo apresentar um tufo 

de tricomas no ápice. Corona composta; segmentos externos ca. 0,8-1,0mm, laminares, lineares ou 

linear-lanceolados, delgados, unidos entre si na base; segmentos internos 1,3-2,0mm compr., 

linear-lanceolados, recurvados sobre o ginostégio, mais alongados que os externos, inseridos na base 

das anteras. Ginostégio ca. 0,7-1,0mm compr., cilíndrico, levemente estipitado; clavúncula com 

ápice capitado, anel oblíquo. Anteras retangulares, asas mais longas que o dorso, dorso convexo, 

apêndice membranáceo suborbicular, inflexo. Corpúculo 0,12-0,13 x 0,05mm, oblongo, menor que 

as polínias; caudículas 0,06-0,07mm compr., sinuosas, cilíndricas, inseridas lateralmente nas 

polínias; polínias 0,16 x 0,05-0,06mm, oblongas. 

Brasil (Pernambuco, Bahia, Espírito Santo, Minas Gerais). Floresta pluvial atlântica e brejos de 

altitude. acima de 500m. Coletada com flores em março e abril 

Referências: Fontella-Pereira et al. 1989. 

Espécimes examinados: BRASIL. BAHIA, Barra do Choça: 12Km SE da cidade. Rod. p/ Itapetinga, 14° 52'52'' S, 

40° 34'46'' W alt. 700m, 30 Mar. 1977(fl.), R.M. Harley 20162 (CEPEC, HB, K, RB); ESPÍRITO SANTO, Muniz 

Freire: Rod. BR 262, 20° 27'51'' S, 41° 24'47'' W, 6 Abr. 1984 (fl.), G. Hatschbach 47689 (HUEFS, MBM). MINAS 

GERAIS, s.mun: 1821(fl.), A. Saint-Hilaire B1-709* (P); ao lado da BR 4, Km 777, rocha calcáreo, 27 Jun. 1968 

(fl.), R.P. Belém 3773 (CEPEC, IAN, NY). PERNAMBUCO, Floresta: Res. Ecol. Serra Negra, 8° 36' S 38° 34' W, 23 

Mar. 1994 (fl.), A.M. Miranda 1507 (PEUFR). 

Ditassa congesta ocorre nos estados de Minas Gerais, Bahia, sendo aqui reconhecida 

pela primeira vez para o Espírito Santo [Hatschbach 47689 (MBM)]. 

Pela morfologia aproxima-se de Ditassa lanceolata Decne. com a presença dos 

segmentos externos da corona mais baixos que os internos e, de Ditassa burchellii var. vestita pelo 

hábito e indumento abaxial da corola. 

É possível que Ditassa congesta e D. lanceolata sejam um único táxon. Por outro lado, 

por apresentar distribuição extra-brasileira e deter algumas outras características que a aproximam 

45


mais de D. oxyphylla, D. lanceolata foi considerada de forma independente, até que novas 

evidências sejam somadas à análise deste complexo de espécies. 

10. Ditassa cordeiroana Fontella, Bradea 6(27): 238, foto 2. 1993. Tipo: “Brasil: Estado de Minas 

Gerais, Grão Mogol, montanha a esquerda do riacho Ribeirão, trilha da tropa”, 16º32’30”S 42º55’W, 

3 Nov. 1987 (fl.), R. Mello-Silva et al. CFCR11457 (holótipo SPF!; isótipos RB!, K!). 

= Ditassa auriflora Rapini, Kew Bull. 57: 570, fig. 1. 2002. Tipo: “Brazil. Minas Gerais: Itacambira, Serra 

Nova, ca. 16km to Juramento”, 13 Mar. 1999 [sphalm. 30 Set. 1997] (fl./fr.), A. Rapini & M.L. Kawasaki 785 

(holótipo SPF!; isótipos BHCB, CTES, K!, MBM, MO, NY, RB, W). Syn. nov. 

Figuras 3 E, 17 A-E, 30 K, 34 C. 

Subarbusto, atingindo 1,0m alt.; ramos escandentes, suberosos na base, bilateralmente 

pubescentes; coléteres interpeciolares presentes. Pecíolo 1,0-3,0mm compr., adaxialmente 

pubérulo; lâmina foliar 15,0-40,0 x 0,8-1,5mm, linear, ápice agudo, base atenuada, margem 

revoluta “in sicco”, esparsamente ciliada; glabra em ambas as faces; nervação camptódroma; 

coléteres ausentes na base da lâmina foliar. Cimeiras umbeliformes, subaxilares, 1-5 flores, antese 

gradativa; pedúnculo com até 5,0mm compr., unilateralmente pubérulo; brácteas florais glabras. 

Pedicelo 1,0-5,0mm compr., unilateralmente pubérulo a glabro; sépalas 0,9-1,3mm compr., ovais, 

totalmente glabras, coléteres axilares abaxiais ausentes; corola urceolada, alva, glabra na face 

abaxial; tubo 1,0-1,4mm compr., lobos 2,4-3,4mm compr., lanceolados, papilosos a puberulentos na 

face adaxial, barbelados na fauce. Corona composta; segmentos externos 1,0-1,2mm compr., 

ovados, acuminados, delgados, livres entre si; segmentos internos 0,5-0,6mm compr., suboblongos, 

eventualmente involutos, menores ou tão longos quanto o ginostégio, inseridos na base das anteras 

e unidos aos externos. Ginostégio ca. 1,0mm compr., cilíndrico, séssil; clavúncula com ápice 

subcônico a globoso, anel levemente oblíquo. Anteras retangulares, asas mais longas que o dorso, 

dorso convexo, apêndice membracáceo obcordiforme, ereto. Corpúsculo 0,17-0,22 x 0,05-0,06mm, 

oblongo, maior que as polínias; caudículas 0,05-0,11mm compr., levemente sinuosas a 

descendentes, subcilíndricas, inseridas apicalmente nas polínias; polínias 0,11-0,16 x 0,06-0,07mm, 

ovóides ou subglobosas. Folículo 3,0-4,0cm compr., fusiforme, glabro. 

Brasil (Minas Gerais [Norte da Serra do Espinhaço]). Campos rupestres, 650-1250ms.m. Coletada com 

flores de janeiro a dezembro e frutos de janeiro a julho e de setembro a novembro. 

Referências: Rapini 2000 b ; Rapini et al. 2001. 

Espécimes examinados: BRASIL. MINAS GERAIS, s.mun.: Serra do Espinhaço, Rio Itacambiruçu ca. 15km north 

of Grão Mogol, 16° 35' S, 42° 50' W alt. 950m, 18 Fev. 1969 (fl.), H.S. Irwin 23515 (F, IAN, NY); Serra do 

Espinhaço, Rio Itacambiruçu, ca. 10km west of Grão Mogol, road to Cristália, 16° 40' S, 42° 53' W alt. 900m, 19 

Fev. 1969 (fl.), H.S. Irwin 23566 (IAN, K, NY, UB); Botumirim: Veredas, 16° 52'20'' S, 43° 00'39'' W, 25 Jul. 1991 

(fl.), M.G. Carvalho 465 (BHCB); Ribeirão Noruega, SE da cidade ca. 5km na estrada para a Faz. Cachoeira, 

bordejando o ribeirão, 16° 52'20'' S, 43° 00'39'' W alt. 650m, 28 Set. 1997 (fl.), M.L. Kawasaki 1022 (NY, SPF); 

Cristália: Bem Querer, 16° 48'01'' S, 42° 51'44'' W alt. 900m, 23 Mar. 1980 (fl.), G. Hatschbach 42889 (MBM); 

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Córrego Jacuba, alt. 700m, 28 Set. 1997 (fl.), A. Rapini 347 (BHCB, G, R, SPF); Morro do Chapéu, 13 Set. 1991 

(fl./fr.), M.G. Carvalho 538 (BHCB); Serra do Batieiro, ca. 10km do Rio Itacambiruçu em direção a Cristália, 

16° 33' S, 42° 53' W, 12 Mar. 1999 (fl./fr.), A. Rapini 756 (SPF); a 6km da cidade perto da represa, 10 Maio 1979 

(fl.), V.F. Ferreira 707 (RB); 16° 35'33'' S, 42° 54'50'' W, 11 Jul. 2001, V.C. Souza 257 (ESA); 2 Ago. 1998 (fl.), 

A.M. Carvalho 6543 (CEPEC); 16° 33'22'' S, 42° 53'30'' W alt. 1000m, 27 Dez. 1998 (fl.), A. Rapini 854 (SPF16° 35' 

S, 45° 45' W alt. 650m, 28 Maio 1988 (fl./fr.), D.C. Zappi CFCR12052 (HB, RB, SPF); Córrego Escurinha, 16° 

33'34'' S, 42° 53'23'' W alt. 740m, 23 Jul. 1986 (fl./fr.), A.M. Giulietti CFCR9854 (CEPEC, RB, SPF); Córrego das 

Mortes, 6 Jan. 1986 (fl./fr.), I. Cordeiro CFCR8978 (RB, SPF); Morro do Jambeiro, estrada de Francisco Sá para 

Grão Mogol, na base do morro, vale do Rio Itacambiruçu, 16° 34' S, 42° 56' W, 21 Mar. 2000 (fl.), P. Fiaschi 166 

(R, SPF); Ribeirão dos Bois, 16° 33'34'' S, 42° 53'23'' W alt. 950m, 2 Set. 1986 (fl.), I. Cordeiro CFCR10017 (RB, 

SPF); Rio Itacambiruçu, estrada Grão Mogol - Cristália, ponte sobre o rio, 16° 33'34'' S, 42° 53'23'' W, 18 Jul. 

1998 (fl.), G. Hatschbach 67994 (MBM); 22 Abr. 1978, G. Hatschbach 41325 (MBM); alt. 800m, 9 Fev. 1991 

(fl./fr.), G. Hatschbach 54943* (MBM); Rio das Mortes, 16° 33'34'' S, 42° 53'23'' W, 15 Maio 1988 (fl.fr.), G. 

Hatschbach 52021 (MBM); Serra de Grão Mogol, Nov. 1960 (fl.), Mendes Magalhães 18352 (HB); Serra do 

Jambreiro, estrada Gão Mogol - Francisco Sá, k 14, Rio Extrema, alt. 1000 - 1200m, 10 Maio 1979 (fl./fr.), G. 

Martinelli 5826 (RB); Vale do Rio Itacambiruçu, 4 Set. 1985 (fl./fr.), M.L. Kawasaki CFCR8370 (RB, SPF); 

Itacambira: 17° 03'53'' S, 43° 18'32'' W alt. 1250m, 13 Nov. 2001 (fl./fr.), A.M.G.A. Tozzi 2001 459 (UEC); 

Estrada Itacambira - Juramento, ca. 9 km de Itacambira. Campo rupestre, 17° 02'45'' S, 43° 20' W alt. 1200m, 

23 Fev. 2002 (fl.), V.C. Souza 28277 (ESA); 9km de Itacambira a leste da cidade, na estrada para Montes Claros, 

alt. 1200m, 29 Nov. 1984 (fl./fr.), J.D.P. Oliveira CFCR6561 (HB, K, MBM, SPF, UB); estrada Juramento- 

Itacambira, 17° 03'53'' S, 43° 18'32'' W alt. 1250m, 30 Set. 1997 (fl./fr.), A. Rapini 366 (K, MBM, RB, SPF, UEC); 

estrada para Montes Claros, 9 Jan. 1986 (fl./fr.), J.R. Pirani CFCR9123 (BHCB, R, RB, SPF); Serra Nova, 16km 

de Itacambira em direção a Juramento, 13 Mar. 1999 (fl./fr.), A. Rapini 785 (BHCB, MBM, RB, SPF); Rio Pardo 

de Minas: Serra Geral, estrada Serranópolis-Rio Pardo, 15° 58'06'' S, 42° 49'09'' W alt. 860m, 13 Maio 1998 (fl.), 

J.R. Pirani 4291 (K, MO, SPF). 

Ditassa cordeiroana destaca-se por suas folhas lineares e pela forma dos segmentos da 

corona, constrictos na base e largamente ovados acima. A morfologia dos polinários é igualmente 

única dentro do gênero, ao corpúsculo em forma de seta unem-se caudículas subcilíndricas sinuoso- 

descendentes. 

Ditassa auriflora recentemente descrita por Rapini (2002) não apresenta distinção 

significativa de Ditassa cordeiroana. Como este autor ressalta, Ditassa cordeiroana pode se 

apresentar como um arbusto de ramos volúveis e a caracterização de Ditassa auriflora como um 

arbusto ereto, pode ser apenas uma característica circunstancial dessas populações ocorrentes na 

Serra de Itacambira (MG). Os demais caracteres considerados como distintivos entre as duas 

espécies são a cor da flor (amarelo em D. auriflora vs. creme a amarelo-esverdeado em D. 

cordeiroana) e o comprimento dos lobos da corola (mais alongado em D. auriflora), caracteres que 

podem variar bastante dentro de um mesmo táxon. Um fator decisivo à sinonimização de D. 

auriflora baseou-se na morfologia do polinário, muito similar entre as duas espécies (figXX). 

Portanto, não sustentação morfológica suficiente para aceitar D. auriflora como um táxon distinto, 

apesar das populações a ela atribuídas não serem simpátridas ao restante de D. cordeiroana. Desta 

forma, propõe-se a sinonimização de D. auriflora sob D. cordeiroana. 

11. Ditassa crassifolia Decne. in De Candolle, Prodr. 8: 576. 1844. Tipo: “In Brasilia sabulosis inter 

frutices prov. Bahia. Apocyn. parviflorum”, [1830] (fl.), P. Salzmann 327 (holótipo P!; isótipos W!, 

K!). 

= Ditassa poeppigii E.Fourn. in Martius, Fl. bras. 6(4): 244. 1885. Tipo: “Brasilia. In fruticetis ad flumen 

Pará pr. Colares”, Maio [1832] (fl.), Poeppig s.n. (holótipo W!). Syn. nov. 

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= Ditassa salzmanii E.Fourn. in Martius, Fl. bras. 6(4): 252. 1885. Tipo: [Brasil], “In prov. Bahia: P. 

Salzmann in herb. Franqueville, cum Ditassa crassifolia confusa” (P, não localizado). Syn. nov., ex descr. 

Figuras 3 F, 22 A-D, 30 L. 

Trepadeira; ramos volúveis, glabros; coléteres interpeciolares presentes. Pecíolo 2,0-4,0mm 

compr., adaxialmente pubérulo; lâmina foliar 1,0-4,3 x 0,5-1,7cm, elíptica ou oblonga, ápice agudo 

a arredondado, mucronado, base cuneada a aguda, margem plana, ciliada; face adaxial 

esparsamente pubérula na base junto ao pecíolo, face abaxial glabra; nervação broquidódroma; 

coléteres presentes na base da lâmina foliar. Cimeiras umbeliformes, subaxilares, fasciculadas ou 

não, axilares por redução extrema de um ramo lateral, 5-20 flores, antese gradativa; pedúnculo 0,2- 

1,2cm compr., delgado, glabro; brácteas florais glabras. Pedicelo não ultrapassando 1,0 cm compr., 

glabro; sépalas 0,6-0,8 x 0,4-0,5mm, ovais, totalmente glabras, coléteres axilares abaxiais 

presentes; corola subcampanulada a rotácea, alva, glabra na face abaxial; tubo ca. 0,5mm compr., 

lobos 2,0-2,3 x 0,7-1,0mm, oval-lanceolados, tomentosas na face adaxial, levemente barbeladas 

junto à fauce. Corona composta; segmentos externos ca. 0,7mm compr., oblongos ou espatulados, 

ápice agudo, carnosos, unidos entre si na base; segmentos internos ca. 0,5mm compr., laminares, 

planos, oblongos ou subulados, inseridos na base das anteras e unidos aos externos por uma prega. 

Ginostégio ca. 1,0mm compr., cilíndrico, levemente estipitado; clavúncula com ápice levemente 

capitado, anel levemente oblíquo. Anteras retangulares, asas mais longas que o dorso, dorso 

convexo, apêndice membranáceo suborbicular, inflexo. Corpúsculo 0,16-0,20 x 0,08-0,12mm, 

ovóide, menor ou tão longo quanto às polínias; caudículas 0,05-0,07mm compr., horizontais, planas, 

triangulares, membrana reticulada basal presente, inseridas lateralmente nas polínias; polínias 

0,17-0,23 x 0,08-0,10mm, oblongas. Folículo 4,0-4,5cm compr., fusiforme, porção seminífera 

provida de expansões tranversais, glabro. 

Brasil (Pará, Rio Grande do Norte, Paraíba, Pernambuco, Alagoas, Sergipe, Bahia, Espírito Santo). 

Preferencialmente em restingas, raramente em cerrado (Fontella-Pereira & Silva 1975). Coletada 

com flores o ano inteiro e frutos de junho a setembro. 

Referências: Fournier 1885; Fontella-Pereira et al. 1989. 

Espécimes examinados: BRASIL. ALAGOAS, Barra de São Miguel: AL 101, 9° 50'24'' S, 35° 54'28'' W, 5 Jul. 1981 

(fl.), R.P. Lyra-Lemos 319 (MAC, RB); Feliz Deserto: Beirada da Maçaranduba, 10° 17'31'' S, 36° 18'22'' W, 26 

Jul. 1988 (fl.), R.P. Lyra-Lemos 1526 (MAC); Maceió: Tabuleiro dos Martins, (área do Aeroporto), 9° 39'57'' S, 

35° 44'07'' W, 3 Ago. 1979 (fl.), J.A. Paula 1297 (IBGE); Marechal Deodoro: 9° 42'37'' S, 35° 53'42'' W, 11 Dez. 

1995 (fl.), J.A. Paula 3595 (MAC); 27 Ago. 1981 (fl.), G.L. Esteves 909 (MAC, RB); APA de Santa Rita, Campo 

Grande, 13 Jul. 1988 (fl.), R.P. Lyra-Lemos 1500 (MAC); Cavalo Russo, 2 Dez. 1997(fl.), R.P. Lyra-Lemos 387 

(MAC); 21 Ago. 1987 (fl.), R.P. Lyra-Lemos s.n. (MAC7402); Mata da Saúde, 31 Ago. 1990 (fl.), R.P. Lyra-Lemos 

1661 (MAC); Penedo: AL 201, a 10km de Penedo na direção de Piaçabuçu, 10° 17'25'' S, 36° 35'11'' W, 16 Jul. 

1980 (fl.), V.F. Ferreira s.n. (K, MAC7148); a 4k de Piaçabuçu AL 225, 29 Jul. 1981 (fl.), R.P. Lyra-Lemos 336 

(MAC); Piaçabuçu: Mata do Soares, 10° 24'20'' S, 36° 26'04'' W, 16 Nov. 1987 (fl.), D.S.D. Araújo 8317 (GUA, 

RB); 23 Set. 1987 (fr.), M.N.R. Staviski 1014 (MAC, RB); APA de Marituba, Capela, 8 Ago. 1990 (fl.), R.P. Lyra- 

Lemos 2506 (MAC); Ponta de Terra, 13 Ago. 1987 (fl.), G.L. Esteves 1871 (MAC, RB); Pontal do Peba, 9 Jun. 

1982 (fl.), R.F.A. Rocha 553 (MAC); BAHIA, s.mun.: s.d. (fl.), P. Salzmann s.n. (K); s.d. (fl.), Blanchet 1606 

(BM, P); Camaçari: 12° 41'51'' S, 38° 19'27'' W, 1 Jun. 1997 (fr.), M.L. Guedes 4926 (ALCB); BA 099 (Estrada do 

Côco), entre Arembepe e Monte Gordo, 14 Jul. 1983 (fl./fr.), G.C.P. Pinto 298 83 (HRB, K); Rodovia Linha 

48


Verde, próximo a Arambepe, 17 Ago. 1995 (fl./fr.), G. Hatschbach 63071 (HB, MBM); Porto de Sauípe, A.J. 

Ribeiro s.n. (ALCB27445); Conde: Faz. do Bu, Mata de São Miguel, 12° 03'24'' S, 37° 41'27'' W, 14 Ago. 1996 

(fl./fr.), T. Jost 380 (HRB); Entre Rios: 2-5Km a W da Rod. p/ Subauma, 11° 56'31'' S, 38° 05'04'' W, 28 Maio 

1981 (fl.), S.A. Mori 14171 (CEPEC, NY, RB); 30 Ago. 1998 (fl.), M.L. Guedes s.n. (ALCB38002, CEPEC); 

Esplanada: Fazenda do Bu, Mata São Miguel, 12° 18' S, 37° 44'41'' W, 19 Jun. 1996 (fl.), T. Jost 326 (HRB); 

caminho para Sítio do Conde, 11° 47'46'' S, 37° 56'42'' W, 8 Maio 2000 (fl.), M.L. Guedes 7359 (ALCB); Palame, 

Lagoa Redonda da Panaela, 12° 08'44'' S, 37° 45'05'' W, 25 Ago. 1995 (fr.), M.C. Ferreira 767 (HRB); Ilhéus: 6- 

8Km a W da Rod. Olivenca/Maruim, 14° 47'20'' S, 39° 02'58'' W alt. 50m, 10 Maio 1981 (fl.), S.A. Mori 13932 

(CEPEC, K, NY); estrada Olivença - Vila Brasil (Maruim), km 4-5, 27 Jul. 1979 (fr.), J.F. Baumgratz 192 (RB); 

Olivença, 14° 56'52'' S, 39° 00'36'' W alt. 70m, 5 Maio 2001 (fl.), T.U.P. Konno 799 (SP); Lauro de Freitas: 12° 

53'40'' S, 38° 19'38'' W, 8 Maio 1989 (fl.), R. Soeiro 85 (HRB); Lençóis: Serra da Chapadinha, 12° 27' S, 41° 26' W 

alt. 900m, 31 Ago. 1994 (fl./fr.), M.L. Guedes PCD716 (CEPEC, HRB, HUEFS, SPF); Maraú: 45-50Km a leste do 

trecho Ubaitaba/Marau, BR030, 14° 11' S, 39° 01' W alt. 50m, 12 Jun. 1979 (fl.), S.A. Mori 11955 (CEPEC, RB); 

24Km do trecho Marau/Porto de Campinhos, BR-030. 19Km a leste do entroncamento, 14° 04' S, 38° 57' W, 13 

Jun. 1979 (fl.), L.A.M. Silva 456 (CEPEC, RB); 5Km a SE Marau, 14° 08' S, 38° 56' W alt. 50m, 14 Maio 1980 (fl.), 

R.M. Harley 22033 (CEPEC, K, MBM, NY, SPF); 14° 06'11'' S, 39° 00'53'' W, 9 Maio 1966 (fl.), R.P. Belém 2088 

(CEPEC, IAN, NY, RB, UB); Mata de São João: Loteamento Aldeia dos Pescador, Faz. Praia do Forte, 12° 30'11'' 

S, 38° 01'34'' W alt. 100m, 13 Jun. 2000 (fl.), G.M. de Sousa 353 (CEPEC, HRB, NY, UBT); Assaí da Torre, 12° 

32'21'' S, 38° 00'36'' W, Set.1935 (fl.), C. Torrend 68 (SP); Mucuri: Km 6 da Rod. Mucuri/Nova Vicosa, ramal a 

esquerda, 18° 05'11'' S, 39° 33'03'' W alt. 10m, 20 Maio 1980 (fl.), L.A.M. Silva 762 (ALCB, CEPEC, K, RB); Nilo 

Peçanha: Margem do Rio das Almas, 13° 35'58'' S, 39° 06'25'' W, 11 Jun. 1973 (fl.), T.S. Santos 2663 (CEPEC, 

HUEFS, RB); Porto Seguro: Ponta Grande, 16° 26'59'' S, 39° 03'53'' W, 7 Jun. 1962 (fl.), A.P. Duarte 6683 (HB, 

NY, RB); Salvador: Itapuã, 12° 58'16'' S, 38° 30'39'' W, Set. 1959 (fl.), A.L. Costa 533 (ALCB); dunas do 

Aeroporto, próximo a divisa com Lauro de Freitas, 19 Abr. 1996 (fl.), M. Luceño EBNN 61 (TEPB, UFP); 23 Maio 

1981 (fl.), S.A. Mori 14080 (CEPEC, K, NY); Abaeté, 1 Maio 1996 (fl.), B.F. Viana 82 (HUEFS, K); 22 Maio 1981 

(fl.), S.A. Mori 14052 (CEPEC, K, NY); Lagoa de Abaeté, 12° 56' S, 39° 21' W, 11 Dez. 1985 (fl.), L.R. Noblick 

4459 (HUEFS); 16 Maio 1998 (fl.), L. Gomes 2 (HUEFS, K); 16 Maio 1998 (fl.), M.M. Silva 68 (HUEFS, K); 16 Maio 

1998 (fl.), L.G.S. Silva 2 (HUEFS, K); 22 Jul. 1959, (fr.) J.C. Gomes 908 (RB); 30 Set. 1984 (fl.), L.P. Queiroz 

873 (HUEFS, K); 30 Set. 1985 (fl.), M.L. Guedes 956 (ALCB, CEPEC); Praia do Flamengo, a norte do Loteamento 

Petromar, 12° 55'19'' S, 38° 20'01'' W alt. 60m, 31 Mar. 1991 (fl.), H.P. Bautista 1567 (HRB, R, RB); Hotel Stella 

Maris, N do condomínio Alamedas da Praia, 12° 55' S, 38° 01' W, 8 Jun. 1993 (fl.), L.P. Queiroz 3219 (CEPEC, 

HUEFS); Pojuquinha, 12° 20' S, 38° 10' W, s.d. (fl.), M.H. Pignal 242 (P); Stela Maris, Condomínio Petromar, 12° 

59'41'' S, 41° 21'14'' W, 23 Mar. 1997 (fl.), J. Costa 51 (HRB, RB); ESPÍRITO SANTO, Conceição da Barra: área 

135 da Aracruz Celulose SA, 18° 35'36'' S, 40° 29'51'' W, 10 Jun. 1992 (fl.), O.J. Pereira 3526 (HB, RB, VIES); 

Santana: Rio Mariricu, ao lado do poço da Petrobrás, 18° 33' S, 39° 44' W, 1 Jun. 1993 (fl.), V.C. Souza 502 

(CVRD, HB); PARÁ, s.mun.: margem direita do rio Tocantins, ca. 15km dos canteiros da obra da Usina 

Hidroelétrica de Tucuruí. Campina sobre areia branca, 10 Dez. 1979 (fl.), M.F.F. da Silva 184 (IAN, INPA, MG); 

Rio Vizeu, região de Cametá. Campina a 2km da beira do rio, 7 Fev. 1961 (fl.), F. Oliveira 1297 (IAN); Vigia: 

Campina do Palha, 0° 51'30'' S, 48° 08'30'' W, s.d. (fl.), N. Tomaz Silva 142 (IAN, MG); 12 Nov. 1948 (fl.), N.T. 

da Silva 142 (IAN, MG); 16 Maio 1952 (fl.), R.L. Fróes 27849 (IAN, MG); 20 Jan. 1950 (fl.), G.A. Black 50 8681 

(IAN); 23 Jan. 1950 (fl.), G.A. Black 50 8714* (IAN, MG); Viseu: Região de Cametá, campina a 2km da beira do 

rio, 1° 11'48'' S, 46° 08'24'' W, 7 Fev. 1961 (fl.), E. Oliveira 1297 (IAN); PARAÍBA, Jacumã: Conde, Tapitinga, 7° 

16'54'' S, 34° 48'40'' W, 25 Nov. 1991 (fl.), O.T. Moura 760 (JPB); João Pessoa: Mangabeira, 7° 06'54'' S, 34° 

51'47'' W, 6 Jan. 1995 (fl.), O.T. Moura s.n. (JPB23636); Mamanguape: Reserva Florestal do INCRA, 6° 50'19'' S, 

35° 07'34'' W, 24 Ago. 1982 (fl.), C.A.B. Miranda 143 (JPB); Sema I, Reserva Biológica Guaribas, Água Fria, 19 

Abr. 1994 (fl.), S.M. Rodrigues 19 (PEUFR); Sema I, Capim Azul, 22 Maio 1990 (fl.), L.P. Félix 2996 (EAN, JPB); 

Sema II, Maripitanga, 13 Jun. 1991 (fl.), L.P. Félix 3990 (JPB); 30 Ago. 1989 (fl.), L.P. Félix 2144 (EAN, JPB); 

Santa Rita: km 51, 7° 06'50'' S, 34° 58'41'' W, 29 Abr. 1981 (fl.), M.F. Agra s.n. (JPB4293); Santa Rita: 20km do 

centro de João Pessoa, Usina São João, Tibirizinho, alt. 30 - 60m, 5 Fev. 1992 (fl.), M.F. Agra 1428 (JPB, K); 

PERNAMBUCO, s.mun.: Serra do Rola Moça, 14 Jun. 1950 (fl.), D. Andrade-Lima 50 502 (IAN, IPA); Goiana: BR 

101 km 57, 7° 33'38'' S, 35° 00'09'' W, 14 Fev. 1966 (fl.), D. Andrade-Lima 66 8 (IPA, RB); Piedade: 8° 11'51'' S, 

34° 54'50'' W, 14 Jun. 1950 (fl.), C.G. Leal 73 (P, RB); Recife: Boa Viagem, 8° 03'14'' S, 34° 52'52'' W, 1 Jul. 1920 

(fl.), P. Campos Porto 969 (RB); RIO GRANDE DO NORTE, Natal: Morro de Mãe Luiza, 5° 47'48'' S, 35° 12'34'' W, 

23 Ago. 1980 (fl.), L.E. Mello Filho 4407 (R); SERGIPE, Estância: Rod. Estancia/Abais,entr. Km 11 BR- 

101(Estancia/Aracaju); 20Km leste entroncamento, 11° 16'06'' S, 37° 26'18'' W, 15 Jun. 1994 (fl.), L.A.M. Silva 

2998 (CEPEC, NY); Santo Amaro das Brotas: estrada para o Porto de Sergipe, 10° 47'19'' S, 36° 58'35'' W, 16 

Jun. 2000 (fl.), G.M. de Sousa 363 (CEPEC, NY, UBT). 

Ditassa crassifolia tem limite sul de distribuição no estado do Espírito Santo, sendo 

bastante comum nas restingas do estado da Bahia, distribuindo-se ao longo do litoral do nordeste 

brasileiro, até o Maranhão. Sua ocorrência nos estados no Norte do Brasil é registrada para as 

campinas amazônicas. 

49


Caracteriza-se por suas folhas crassas e glabras, viridescentes e por suas inflorescências 

geralmente longamente pedunculadas como em Ditassa banksii, porém com pedúnculo mais 

delgado, opostas nas axilas das folhas ou, por vezes, fasciculadas. 

Ditassa poepigii apresenta hábito muito semelhante a Ditassa crassifolia, diferindo 

contudo na forma das folhas que são obovadas e geralmente congestas nos ramos floríferos que são 

curtos. Em D. poepigii as cimeiras são quase sésseis, subaxilares e se destacam pela raque 

bracteosa, bem mais alongada, mas que não sustenta muitas flores em antese, como é comumente 

observado para Ditassa crassifolia, que ao contrário, tem cimeiras opostas, por vezes longamente 

pedunculadas. Contudo, observando-se as flores e os polinários, D. poepigii é idêntica a D. 

crassifolia, justificando a sinonimização. Os registros são esparsos, mas ampliam a área de 

distribuição do táxon para os estado do Pará, Amazonas, Maranhão e Rio Grande do Norte. 

Ditassa salzmanii foi descrita por Fournier (1885) acompanhada da seguinte 

observação: “...cum Ditassa crassifolia confusa”. De fato não havia nada nas coleções de Salzmann, 

depositadas no herbário P, que pudessem sugerir tratar-se do material utilizado por Fournier. 

Comparando as descrições apresentadas por Fournier (1885) e avaliando as coleções disponíveis para 

D. crassifolia não há dúvida que D. salzmanii deva ser considerada um sinônimo de D. crassifolia, já 

que as diferenças notadas por Fournier (i.e., pedúnculo menor que o pecíolo e segmentos externos 

da corona lineares em D. salzmanii) não são constantes na amostragem analisada. 

12. Ditassa dardanoi T.U.P.Konno & Wanderley, Hoehnea 31(3): 350. 2004. Tipo: “BRASIL. Minas 

Gerais: Várzea da Palma, Fazenda Mãe d’Água”, 25 Nov. 1962 (fl.), A.P. Duarte 7403 (holótipo SP; 

isótipos HB, RB, SPF). 

Figuras 4 A, 15 A-F, 30 M. 

Trepadeira; ramos volúveis, pilosos a glabrescentes; coléteres interpeciolares presentes. Pecíolo 

1,0-2,0mm compr., piloso a glabrescente; lâmina foliar 1,0-3,5 x 0,5-1,6 cm, oval, elíptica ou 

raramente oblonga, ápice acuminado, mucronado, base obtusa a truncada, margem plana; pilosa 

em ambas as faces; nervação broquidódroma; coléteres presentes na base da lâmina foliar. 

Cimeiras umbeliformes, subaxilares, 2-6 flores, antese gradativa; pedúnculo 0,5-3,5cm compr., 

piloso; brácteas florais esparsamente pubescentes a glabras. Pedicelo 2,0-5,0mm compr., piloso; 

sépalas ca. 1,8 x 0,6-0,8 mm, ovais, geralmente recuvas no ápice, pilosas, margens glabras, 

coléteres axilares abaxiais presentes; corola sub-rotácea, alva, glabra na face abaxial; tubo 0,5-0,6 

mm compr., lobos 2,5-3,2 x 1,0-1,2 mm, lanceolados, papilosa a barbada no terço inferior na face 

adaxial. Corona composta; segmentos externos 2,5-3,3 mm compr., oval-lanceolados, ápice 

longamente acuminado e ondulado, delgados, unidos entre si na base; segmentos internos 1,3-1,6 

mm compr., ovais, acuminados no ápice, inflexos por sobre o ginostégio, inseridos na base das 

anteras, unidos aos externos. Ginostégio ca. 1,5 mm compr., cilíndrico, séssil; clavúncula com 

ápice 0,3-0,4 mm compr., cônico, anel vertical. Anteras retangulares a obtrapezifomes, asas mais 

longas que o dorso, dorso convexo, apêndice membranáceo suborbicular, inflexo. Corpúsculo 0,18- 

50


0,20 x 0,07-0,11 mm, elipsóide, tão longo quanto às polínias; caudículas 0,05-0,07 mm compr., 

horizontais, planas, subtriangulares, membrana reticulada basal presente, inseridas lateralmente 

nas polínias; polínias 0,16-0,20 x 0,09-0,11 mm, oblongas. Folículo ca. 4,0cm compr., fusiforme, 

pubérulo. 

Brasil (Ceará, Pernambuco, Bahia, Goiás e Minas Gerais). Brejos de altitude, caatinga e cerrado, 

400-700m.s.m. Coletada com flores em julho, agosto,outubro e novembro e frutos em agosto. 

Espécimes examinados: BRASIL. BAHIA, Jacobina: formação rochosa próximo ao Rio Itapicuru, 20 Out. 1978 

(fl.), H.C. de Lima 720 (RB); Queimadas: BA 120 entre Cansação e Queimadas, 3km após Queimadas, 16 Nov. 

1986 (fl.), L.P. Queiroz et al. 1146 (HB, HUEFS); CEARÁ, sem localide precisa: s.d. (fl.), A. Loefgren 838 (R); 

GOIÄS, São Domingos: P. Est. de Terra Ronca, 13 44 S 46 21 W alt. 710m, 5 Dez. 2003 (fl.), R.C. Forzza 2581 

(RB, SPF); PERNAMBUCO, Pesqueira: Serra do Ororubá, 2 Ago. 1979 (fl./fr.), D. Andrade-Lima 79-9575 (IPA, 

SP); Arcoverde: estação experimental, 21 Jul. 1971 (fl.), D. Andrade-Lima 71-6382* (IPA, SP). 

Ditassa dardanoi se distribui pelos Estados de Goiás, Minas Gerais, Bahia, Ceará e 

Pernambuco, respectivamente em formações de cerrado, caatinga e brejos de altitude. Vale 

ressaltar que D. dardanoi é a única espécie de Ditassa cujas coleções-tipo [Andrade-Lima 71-6382 e 

79-9575] adveêm das florestas serranas dos “brejos de altitude” de Pernambuco (ver lista em Sales 

et al. 1998). 

A semelhança de D. dardanoi com Ditassa glaziovii deve-se principalmente à aspectos 

vegetativos, mas também pelas sépalas por vezes recurvas in sicco, típico caráter de D. glaziovii. 

Outros aspectos em D. dardanoi são, por sua vez, bem distintos, como os pedúnculos alongados, 

lobos da corola lanceolados com 1,0-1,2mm larg. e adaxialmente papiloso-barbados e, segmentos da 

corona longamente acuminados e ondulados no ápice (vs. pedúnculo inconspícuo, lobos da corola 

ovais com 1,8-2,0mm larg., apenas papilosos adaxialmente e, segmentos da corona com ápice 

obtuso e denteado em D. glaziovii). A corona de D. dardanoi é, por outro lado, semelhante à de D. 

retusa Mart., onde os segmentos externos são igualmente ondulados no ápice, porém estão livres 

dos internos. (Konno & Wanderley 2004b) 

13. Ditassa duartei Fontella & T.U.P. Konno, Bradea 8(47): 320, fig. 2. 2002. Tipo: “Brasil, Estado 

do Espírito Santo, [Cachoeiro do Itapemirim], Morro do Sal”, 3 Maio 1966 (fl.), A.P. Duarte 9769* 

(holótipo RB!; isótipo HB!). 

Figuras 4 B, 16 E-H, 30 N. 

Trepadeira; ramos volúveis, pubescentes ou velutinos; coléteres interpeciolares presentes. Pecíolo 

1,0-3,0mm compr., pubescente; lâmina foliar 1,0-2,6 x 0,4-1,2cm, obovada, oblonga ou elíptica, 

ápice mucronado, base cuneada ou aguda, margem revoluta, ciliada; pubescente somente sobre a 

nervura principal em ambas as faces; nervação broquidódroma; coléteres presentes na base da 

lâmina foliar. Cimeiras umbeliformes, subaxilares, 3-7 flores, antese gradativa; pedúnculo 0,5- 

1,0mm compr., pubérulo; brácteas florais esparsamente pubescentes a glabras. Pedicelo 3,0-6,0mm 

51


compr., esparsamente hirsuto; sépalas 0,8-1,0 x ca. 0,7mm, ovais, totalmente glabras, coléteres 

axilares abaxiais presentes; corola rotácea, alva, glabra na face abaxial; tubo ca. 0,5mm compr., 

lobos 1,5-2,0 x ca. 1,0mm, lanceolados ou oval-lanceolados, papilosas na face adaxial. Corona 

composta; segmentos externos 1,2-1,5mm x 0,8-1,0mm, ovados ou oblongos, tripartidos no terço 

superior,lobos laterais lanceolados, lobados ou inteiros no ápice, lobo central triangular com bordos 

levemente denteados, delgados, unidos entre si na base; segmentos internos ca. 1,0mm compr., 

lanceolados, tão longos quanto o ginostégio, inseridos na base das anteras. Ginostégio ca. 1,0mm 

compr., cilíndrico, séssil; clavúncula com ápice capitado, anel oblíquo. Anteras retangulares, asas 

mais longas que o dorso, dorso escutiforme, apêndice membranáceo suborbicular, inflexo. 

Corpúsculo 0,19-0,22 x 0,09-0,11mm, oblongo, providos de 2 saliências mamiliformes, laterais, 

junto à inserção com as caudículas, menor que as polínias; caudículas 0,06-0,10mm compr., 

horizontais, planas, retangulares, membrana reticulada basal presente, inseridas lateralmente nas 

polínias; polínias 0,26-0,30 x 0,11-0,13mm, oblongas a obovóides. 

Brasil (sul do Espírito Santo). Floresta pluvial atlântica degradada. Coletada com flores em maio. 

Espécime examinado: BRASIL. ESPÍRITO SANTO, Cachoeiro do Itapemirim: 3 Maio 1966 (fl.), A.P. Duarte 9769* 

(RB, HB). 

Ditassa duartei é semelhante à D. bicolor quanto ao hábito e folhas. Dentre as espécies 

que ocorrem nos remanescentes de floresta atlântica do sudeste brasileiro, D. duartei destaca-se 

pela corona com segmentos externos tripartidos e por apresentar um par de proeminências basais 

no corpúsculo. 

14. Ditassa edmundoi Fontella & Valente, Bol. Univ. Fed. Paraná, Bot. 22: 2, pl. 2, foto 2. 1969. 

Tipo: “Brasil: Paraná, Campo Largo, Serra de S. Luiz de Purunã”, 1200m.s.m., 23 Fev. 1960 (fl.), E. 

Pereira 5433 (holótipo HB!). 

Figuras 4 C, 24 A-D, 30 O. 

Trepadeira; ramos volúveis, bilateralemente pilosos; coléteres interpeciolares presentes. Pecíolo 

0,5-1,5mm compr., adaxialmente piloso a glabrescente; lâmina foliar 0,8-1,5 x 0,2-0,6cm, elíptica a 

oblonga, ápice mucronado, base obtusa a cuneada, margem revoluta; glabra em ambas as faces, 

tricomas se presentes concentrados no múcron; nervação broquidódroma; coléteres presentes na 

base da lâmina foliar. Cimeiras umbeliformes, subaxilares, 1-6 flores, antese gradativa; pedúnculo 

0,5-1,0mm compr., glabro; brácteas florais glabras. Pedicelo 1,0-1,4mm compr., glabro; sépalas 

0,5-0,6 x 0,5mm, largamente ovais, totalmente glabras, coléteres axilares abaxiais presentes; 

corola sub-rotácea, alva, glabra na face abaxial; tubo 0,3-0,4mm compr., lobos 1,0-1,5 x 0,7- 

0,8mm, oval-lanceolados, papilosos a pubérulos na face adaxial. Corona composta; segmentos 

externos 0,8-1,0mm compr., ovais a triangulares, longamente acuminados no ápice, por vezes com 

pequenos dentes laterais, delgados, unidos entre si na base; segmentos internos ca. 0,5mm compr., 

52


oblongos, inseridos na base das anteras. Ginostégio 0,4-0,5mm compr., cilíndrico, séssil; clavúncula 

com ápice mamilado, anel oblíquo. Anteras quandrangulares, asas mais longas que o dorso, dorso 

convexo, apêndice membranáceo suborbicular, inflexo. Corpúsculo 0,11-0,15 x 0,06-0,09mm, 

elipsóide, menor que as polínias; caudículas 0,05-0,06mm compr., horizontais, subcilíndricas, 


0,07mm, oblongas. Folículo 1,5-2,0cm compr., ovóide, glabro. 

Brasil (Paraná). Floresta de araucária e cerrado, 1000-1200m.s.m. Coletada com flores de dezembro 

a maio e frutos em janeiro, março e junho. 

Referências: Fontella-Pereira et al. 1985. 

Espécimes examinados: BRASIL. PARANÁ, Balsa Nova: Serra de São Luis do Purunã, BR 277, 19 Jan. 1985 (fl.), 

S. Ferrucci 232 (CTES, K); 25° 53'02'' S, 49° 38'08'' W, 10 Mar. 1989 (fl.), R. Kummrow 3129 (B, MBM, SPF, UB); 

17 Jan. 1985, J.M. Silva 69 (BHCB, ESA, HUEFS, MBM, UB); 18 Mar. 1981 (fl./fr.), R. Kummrow 1513 (MBM); 1 

Fev. 1983 (fl.), R. Kummrow 2220 (BR, MBM); Campo Largo: Serra São Luiz de Purunã, 25° 27'31'' S, 49° 31'42'' 

W, 14 Jan. 1965 (fl.), G. Hatschbach 12096 (HB, MBM); alt. 1100m, 23 Fev. 1960, G. Hatschbach 6771 (HB, 

MBM, RFA); alt. 1200m, 23 Fev. 1960 (fl.), E. Pereira 5433* (HB, RB, SPF); 3 Mar. 1946 (fl.), G. Hatschbach 218 

(MBM, SP); Campo Magro: Morro da Palha, 22 Jan. 2002 (fl.), J.M. Silva 3544 (BHCB, ESA, MBM); Jaguariaíva: 

Faz. Chapada Santo Antônio, 24° 15'04'' S, 49° 42'21'' W, 23 Maio 1991 (fl./fr.), J.T. Motta 2218 (BHCB, MBM); 

Paredão da Santa, 11 Jan. 1983 (fl.), G. Hatschbach 31124 (MBM, NY); Ortigueira: Serra dos Mulatos, 24° 12'30'' 

S, 50° 56'58'' W, 17 Jan. 1967 (fl.), G. Hatschbach 15707 (MBM); Palmeiras: ponte sobre o Rio dos Papagaios, 

25° 25'46'' S, 50° 00'23'' W, 22 Fev. 1960 (fl.), H. Moreira Filho s.n. (MBM179906, RFA); Faz. Santa Rita, 25 Jan. 

1983 (fl.), R. Kummrow 2182 (BR, MBM); Ponta Grossa: P. E. de Vila Velha, 25° 05'42'' S, 50° 09'43'' W, 10 Mar. 

1969 (fl.), G. Hatschbach 21239 (HB, MBM, NY, RFA, SP); 14 Abr. 1992 (fl.), J.M. Silva 1111 (BR, HUEFS, MBM); 

25 Mar. 1993 (fl.), A.C. Cervi 4073 (NY, SP); 4 Dez. 1967 (fl.), G. Hatschbach 18007 (MBM, NY, P); 23 Dez. 1972 

(fl.), L. Krieger s.n. (CESJ13006, RB198326); Vila Velha: 25° 14'50'' S, 50° 11'50'' W, 14 Jan. 1964 (fl./fr.), E. 

Pereira 8290 (HB, MG, RB); 14 Jan. 1964 (fl.), P. Cavalcante 1240 (MG); 17 Dez. 1903 (fl.), P. Dusén 2740 (BM, 

R); 25 Jan. 1910 (fl.), P. Dusén 9105 (A, BM, K). 

Ditassa edmundoi é afim a D. obcordata e D. warmingii, formando um complexo de 

espécies. Destaca-se pela presença de tricomas bilaterais nos ramos vegetativos, apesar deste 

caráter não ter sido descrito por Fontella-Pereira & Valente (1969 a ). A análise da coleção-tipo 

demonstrou que a pubescência varia ao longo do ramo. A distribuição restrita aos cerrados e 

escarpas do Paraná, limite sul do complexo, associada à não simpatria com D. obcordata, justificam 

a manutenção desta espécie. 

15. Ditassa emmerichii Fontella, Bradea 4(48): 383. 1987. = Astephanus gardneri E. Fourn. in 

Martius, Fl. bras. 6(4): 199. 1885. Tipo: “Habitat in Brasilia”, [prov. Goiás, Serra da Natividade], 

[Dez. 1839] (fl./fr.), G. Gardner [3328]*(holótipo P!; isótipos K! BM!). 

Figura 31 A. 

Subarbusto ca. 30cm alt.; ramos ascendentes, suberosos na base, glabros; coléteres interpeciolares 

presentes. Pecíolo 1,2-3,0(-5,0)mm compr., glabro; lâmina foliar 0,8-3,0 x 0,1-0,3cm, linear, ápice 

agudo, base arredondada a cuneada, margem plana; glabra em ambas as faces; nervação não 

observada; coléteres ausentes na base da lâmina foliar. Cimeiras subaxilares, 1-2 flores, antese 

53


gradativa; pedúnculo 0,6-1,0mm compr., glabro; brácteas florais glabras. Pedicelo ca. 2,0mm 

compr., glabro; sépalas ca. 0,6 x 0,5mm, largamente ovais, totalmente glabras, coléteres axilares 

abaxiais presentes; corola campanulada, glabra na face abaxial; tubo ca. 0,5mm compr., lobos ca. 

1,5 x 1,0mm, ovais, papilosos a pilosos junto à fauce. Corona composta; segmentos externos 0,9- 

1,0mm compr., ovais, acuminados no ápice, delgados, aparentemente livres entre si; segmentos 

internos ca. 0,6mm compr., oblongos, inseridos na base das anteras e as externos. Ginostégio ca. 

0,7mm compr., cilíndrico, séssil; clavúncula com ápice cônico, anel aparentemente vertical. 

Anteras subquadrangulares, asas mais longas que o dorso, dorso convexo, apêndice membranáceo 

orbicular, subereto. Corpúsculo ca. 0,14x 0,06mm, ovóide, tão longo quanto às polínias; caudículas 

ca. 0,05mm compr., oblíquo-ascendentes, subcilíndricas, inseridas lateralmente nas polínias; 

polínias ca. 0,15 x 0,10mm, oblongas. Folículo 2,5-2,8cm compr., fusiforme, glabro. 

Brasil (Goiás). Cerrado. Coletada com flores e frutos em dezembro. 

Espécime examinado: BRASIL. GOIÁS, s.mun.: Serra da Natividade, Dez. 1839 (fl./fr.), G. Gardner 3328*(MB, 

K, P). 

Ditassa emmerichii é conhecida somente pelas coleções-tipo feitas por Gardner em 

Goiás. Vegetativamente, é possível sugerir uma relação com Ditassa hastata Decne., espécie de 

ampla distribuição pelo Nordeste brasileiro. Ambas apresentam ramos suberosos na base e folhas 

membranáceas. Por outro lado, em Ditassa emmerichii os pedúnculos são curtos e as flores 

apresentam segmentos externos da corona quase tão longos quanto o ginostégio (vs. pedúnculos 

longos e segmentos da corona bem mais longos que o ginostégio em D. hastata). Como não há 

registros recentes para Ditassa emmerichii pode-se afirmar que trata-se de um táxon extinto. 

16. Ditassa eximia Decne. in De Candolle, Prodr. 8: 574. 1844. Tipo: “Brasilia”, s.d., C.F.P. 

Martius s.n. (holótipo M n.v.). 

= Ditassa apiculata K. Schum., Bot. Jahrb. Syst. 25(60): 21. 1898. Tipo: “In Brasiliae civitate Minas Geraes 

ad Biribiry prope Diamantina”, s.d., A.W. Schwacke 8180 (holótipo P n.v.). 

= Ditassa heterostemma Silveira, Fl. Serr. Min.: 23, tab. 8. 1908. Tipo: “Brasil, Minas Gerais, Mun. da 

Conceição, siccis margines fluminum & rivularum in Serra do Cipó”, Abr. 1905, A. Silveira 275 (holótipo R!). 

= Ditassa rosea Silveira, Fl. Serr. Min.: 21, tab. 5, fig. 1. 1908. Tipo: [Brasil], “in campis siccis in Serra do 

Curral prope Bello Horizonte, Minas”, Maio 1905, A. Silveira 385 (holótipo R, destruído). 

= Ditassa macrantha Malme, Ark. Bot. 29A(4): 4. 1937. Tipo: [Brasil], “Minas Gerais, Serra do Cipó pr. Bello 

Horizonte”, 15 Abr. 1935 (fl.), A.C. Brade 14894 (holótipo S!; isótipo RB!). 

Figuras 4 D, 20 A-C, 31 B, 34 D, 35 F-G. 

Trepadeira; ramos volúveis, unilateralmente pubérulos; coléteres interpeciolares presentes. 

Pecíolo 0,2-1,0cm compr., glabro; lâmina foliar 1,0-4,0 x 0,6-3,0cm, elíptica, oblonga, obovada, 

ápice mucronado ou truncado-mucronado, base cuneada a aguda, margem plana; face adaxial 

54


pubérula sobre a nervura principal, face abaxial glabra; nervação broquidódroma; coléteres 

presentes na base da lâmina foliar. Cimeiras corimbiformes, subaxilares, 3-10 flores, antese 

gradativa; pedúnculo 1,5-3,0mm compr., glabrecente a unilateralmente pubescente; brácteas 

florais glabras. Pedicelo 3,0-7,0mm compr., unilateralmente pubescente; sépalas 2,5-3,0 x 1,8- 

2,5mm, ovais, glabras, margens ciliadas, coléteres axilares abaxiais presentes; corola campanulada, 

alva ou róseo-alvacenta, glabra na face abaxial; tubo 2,5-3,0mm compr., lobos 4,3-5,2 x 2,8- 

3,0mm, oval-lanceoladas a oblongos, barbelados na porção mediana central até a base, glabros a 

esparsamente pubérulos no restante na face adaxial. Corona composta; segmentos externos 3,6- 

4,5mm x 0,8-1,5mm, cuculados em direção à base, oblongos a espatulados, longamente 

acuminados, denteados no ápice com lobo central mais alongado, delgados, unidos entre si na base; 

segmentos internos 1,5-2,0mm compr., sólidos na base, obcônicos ou tubulóides, ápice côncavo 

lobulado no borso superior, eretos, inseridos na base das anteras. Ginostégio ca. 1,3-1,5mm 

compr., cilíndrico, séssil; clavúncula com ápice capitado a mamilado, anel vertical. Anteras 

retangulares, asas mais longas que o dorso, dorso convexo, apêndice do conectivo orbicular, inflexo. 

Corpúsculo 0,27-0,30x0,13-0,15mm, oblongo, menor que as polínias; caudículas 0,05-0,12mm 

compr., sub-horizontais a curvas, planas, triangulares, membrana reticulada basal presente, 

inseridas lateralmente nas polínias; polínias 0,43-0,50x0,18-0,23mm, oblongas. Folículo com até 

5,0cm compr., fusiforme, velutino a tomentoso. 

Brasil (Minas Gerais). Campos rupestres, 950-1500m.s.m. Coletada com flores de janeiro a junho e 

em dezembro, e frutos de março a agosto e dezembro. 

Referências: Fournier 1885; Fontella-Pereira 1965; Fontella-Pereira & Schwarz 1981b; Fontella-Pereira et al. 

1995; Rapini 2000b; Rapini et al. 2001. 

Espécimes examinados: BRASIL. MINAS GERAIS, entre Serro e Diamantina, 18° 30' S, 43° 30' W, 31 Jan. 1965 

(fl.), A.P. Duarte 9060 (RB); estrada Diamantina - Mendanha, km 585, 18° 10' S, 43° 34' W, 6 Jun. 1985(fl.), 

J.Y. Tamashiro 17563 (UEC); Conceição do Mato Dentro: P. Nat. Mun. Ribeirão do Campo, 19° 04' S, 43° 37' W, 

29 Dez. 2002 (fl.), R.C. Mota 1802 (BHCB); Congonhas do Norte: estrada para Serra Talhada, ramo vicinal à 

esquerda da estrada para Gouveia, 18° 48'26'' S, 43° 40'53'' W, 18 Jun. 2000 (fl.), P. Fiaschi 323 (SPF); Serra 

Carapina (Serra Talhada), estrada para Conceição do Mato Dentro, próximo a Extrema, 18° 56' S, 43° 41' W alt. 

1200m, 3 Mar. 1998 (fl.), A. Rapini 570 (K, NY, SPF); Serra da Mangabeira, margem direita do Rio Preto, 18° 50' 

S, 43° 49' W, 23 Abr. 1982 (fl.), A. Furlan CFSC8444 (SP, SPF); Datas: entre Diamantina-Datas, km 605 da BR 

367, 18° 26'44'' S, 43° 39'21'' W, 16 Mar. 1999 (fl.), M.L. Kawasaki 1139 (MBM, NY, SPF); estrada Curvelo - 

Diamantina km 110, 18° 26'44'' S, 43° 39'21'' W alt. 1400m, 5 Abr. 1983 (fl.), G. Martinelli 9131 (B, RB); 

Diamantina: BR 367, km 609, trecho entre Gouveia e Diamantina, alt. 1370m, 10 Fev. 1988 (fl.), G.A.R. Melo 

s.n. (VIC10294); estrada para Conselheiro Mata a 2km do asfalto, 18° 16' S, 43° 43' W, 11 Abr. 1982 (fl.) 

(fl./fr.), L. Rossi CFCR3325 (RB, SPF); Estrada para Biribiri, ca. do km 5 à direita em direção à Cachoeira dos 

Cristais, 18° 14'58'' S, 43° 36'01'' W alt. 1200m, 13 Mar. 2002 (fl.), T.U.P. Konno 840* (SP); estrada Diamantina- 

Conselheiro Mata, 3-6km da estrada Diamantina-Gouveia, 14 Mar. 1999 (fl.), V.C. Souza 22172 (ESA, SPF); 

Estrada para Curvelo, ca. 12 km de Diamantina. Campo rupestre, 18° 17'43'' S, 43° 40' W alt. 1350m, 25 Fev. 

2002 (fl.), V.C. Souza 28404 (ESA); km 606 da Rod. Diamantina-Gouveia (BR 259), 18° 21'07'' S, 43° 40'52'' W alt. 

1330m, 28 Fev. 1998 (fl.), A. Rapini 463 (MO, SPF); Bandeirinha, 3km N, 18° 15'29'' S, 43° 38'54'' W, 13 Mar. 

1982 (fl.), G. Hatschbach 44672 (BR, MBM); Rio das Pedras, 3 Abr. 1957 (fl.), E. Pereira 2828 (HB); Sopa, ca. 

2km da vila, 18° 13'25'' S, 43° 41'23'' W, 15 Abr. 1995 (fl.), M. Kirizawa 3035 (SP); Tombador, 6 Abr. 1892 (fl.), 

A.F.M. Glaziou 19642 (HAS, P, R); Gouveia: estrada para a Faz. do Sr. Everaldo, 18° 27'16'' S, 43° 44'27'' W, 14 

Abr. 1987 (fl.), F.S. Pires CFCR10473 (RB, SPF); Barro Branco, Torre da Telemig, alt. 1200m, 22 Maio 1989 

(fl./fr.), G. Hatschbach 53066 (MBM); Serra do Brejo Grande, km 66 da estrada Curvelo - Diamantina, estrada 

para Morro do Camelinho, ca. 8km do asfalto, 18° 21' S, 43° 55' W, 9 Abr. 1982 (fl.), A. Furlan 3251 (RB, SPF); 

Serra do Espinhaço, BR 259, alt. 1300m, 23 Fev. 1975 (fl.), G. Hatschbach 36432 (MBM, NY); Itabirito: 20° 

55


15'12'' S, 43° 48'05'' W, 10 Jun. 1971 (fl.), L. Krieger s.n. (BHCB63587, CESJ10670, ESA, RB, SPF); 

Jaboticatubas: km 132, 16 Fev. 1973 (fl.), J. Semir 3908 (SP); km 119,5, alt. 1200m, 16 Abr. 1972 (fl.), A.B. 

Joly 1799 (SP); km 139, alt. 1290m, 17 Abr. 1972 (fl.), A.B. Joly 1926 (SP, UEC); km 127, 27 Maio 1972 (fl.), 

A.B. Joly 2191 (SP, UEC); km 132, 28 Maio 1972 (fl.), J. Semir 2370 (SP, UEC); km 115, 29 Abr. 1973 (fl.), J. 

Semir 4108 (SP, UEC); km 114, 29 Maio 1972 (fl.), A.B. Joly 2567 (SP, UEC); km 128, 29 Maio 1972 (fl.), A.B. 

Joly 2440 (SP); km 127, 29 Maio 1972 (fl.), A.B. Joly 2413 (SP, UEC); km 132 ao longo da rodovia Lagoa Santa- 

Conceição do Mato Dentro- Diamantina, 30 Abr. 1972 (fl.), J. Semir 2024 (IBGE, NY, SP); km 132, 6 Mar. 1972 

(fl.), A.B. Joly 1359 (SP, UEC); km 132, 19° 30'49'' S, 43° 44'42'' W alt. 1300m, 7 Jun. 1970 (fl.), A.B. Joly 239 

(SP); Serra do Cipó, Palácio, 19° 10' S, 43° 35' W alt. 1200m, 28 Abr. 1952 (fl.), L.B. Smith 6776 (K, R, US); 

Joaquim Felício: Serra do Cabral, Agroindustrial Serra do Cabral, 17° 45'27'' S, 44° 10'20'' W alt. 1050m, 16 Abr. 

1996 (fl.), G. Hatschbach 64896 (HB, MBM); Morro do Pilar: próximo ao entroncamento da estrada para 

Conceição do Mato Dentro, 19° 12'56'' S, 43° 22'35'' W alt. 1100m, 26 Abr. 1978 (fl./fr.), H.C. de Lima 488 (K, 

RB); Presidente Kubitschek: BR 259, km 433, 18° 36'52'' S, 43° 33'44'' W, 17 Mar. 1987 (fl./fr.), G. Hatschbach 

510?5 (MBM); Santa Luzia: Serra do Cipó, Km 136, estrada Pilar, 19° 46'11'' S, 43° 51'05'' W, 3 Fev. 1934 (fl.), 

s.col. s.n. (R95091); Santana do Pirapama: Serra do Cipó, Fazenda Inhame (Serra Mineira), 19° 00'22'' S, 44° 

02'35'' W, 22 Mar. 1982 (fl.), J.R. Pirani CFSC8080 (SP); 1 Maio 1993 (fl.), V.C. Souza 3366 (ESA); 11 Jan. 1981 

(fl.), N.M. Castro CFSC6949 (SP); Faz. da Capivara ca. 1km da estrada para Belo Horizonte-Conceição do Mato 

Dentro, lado esquerdo, 12 Mar. 1990 (fl.), F.A. Vitta CFSC11778 (RB, SPF); km 117, perto do córrego Alto do 

Cupim, 19 Abr. 1981 (fl.), A. Furlan CFSC7214 (SP); 2 Maio 1993 (fl.), V.C. Souza 3432 (ESA); Morro do Breu, 

19° 04'20'' S, 43° 39'20'' W alt. 1300 - 1500m, 16 Fev. 1982 (fl.), N. Hensold CFSC8557 (SPF); PARNA da Serra do 

Cipó, regiáo de Congonhas, em frente ao Alto Palácio, 19° 21' S, 43° 38' W alt. 1300m, 27 Jun. 1991 (fl.), 

M.C.A. Pereira 719 (BHCB); Serra da Lapinha, Maciço NW da Serra do Cipó, proximidade da Lapinha, ca. 50km 

da Rodovia BH-Conceição do Mato, 19° 14' S, 43° 26' W, 27 Mar. 1991 (fl.), J.R. Pirani CFSC12195 (BHCB, NY, 

RB, SPF); Serra do Cipó, 19° 10'08'' S, 43° 42'52'' W, s.d. (fl.), A.F. Silva 397 (SPF, VIC); Serra do Cipó, entre 

Palácio e Morro do Pilar, alt. 1300m, Fev. 1953 (fl.), J. Vidal II 6039 (R); Serra do Cipó, entrada para a 

Cachoeira da Capivara, 18° 45' S, 43° 35' W, Abr. 1997(fl.), J.P. Souza 2205 (ESA, MBM, SPF); Serra do Cipó, 

Entrada para Cachoeira da Anta. Campo rupestre, Abr. 1997(fl.), J.P. Souza 2195 (ESA); Ago. 1960(fl.), Mendes 

Magalhães 18165 (RFA); 1 Abr. 1983(fl.), A.F. Silva 459 (RB, VIC); 1 Abr. 1983(fl.), N.L. Menezes 397 (VIC); 1 

Abr. 1983(fl.), L.S. Moura 459 (VIC); Serra do Cipó, Alto Palácio, próximo ao Rio Preto1 Jun. 1991, R. Simão- 

Bianchini CFSC12758 (SPF); Serra do Cipó, Parque Nacional da Serra do Cipó, afloramento das Velózias 

Gigantes, 19° 10'08'' S, 43° 42'52'' W, 11 Maio 2000 (fl.), T.U.P. Konno 696 (SP); Serra do Cipó, MG 010, ca. de 

1km após a estátua do Juquinha, alt. 1400m, 14 Mar. 2002(fl.), T.U.P. Konno 849 (SP); Serra do Cipó, km 134, 

15 Mar. 1962, A.P. Duarte 6527 (P, RB); 15 Abr. 1935(fl.), A.C. Brade 15341 (R, RB); Serra do Cipó, km 135, 15 

Abr. 1950(fl.), A.P. Duarte 2472 (RB); Serra do Cipó, 10-20km NE de Cardeal Mota, caminho para Conceição do 

Mato Dentro, 19° 20' S, 43° 35' W alt. 1000 - 1320m, 15 Maio 1990(fl.), M.M. Arbo 4116 (CTES, K, SPF); Serra do 

Cipó, MG 010, km 125, Alto Palacio, , 2 Fev. 1987(fl.), D.S.D. Araújo 7715 (GUA); Serra do Cipó, Alto Palácio, 

próximo a estátua do Juquinha, 2 Maio 1993(fl.), F. Barros 2801 (SP); Serra do Cipó, Alto Palácio, próximo a 

estátua do Juquinha, 18° 45' S, 43° 35' W, 2 Maio 1993(fl.), V.C. Souza 3435 (ESA, SPF); Serra do Cipó, km 140, 

22 Mar. 1966(fl.), A.P. Duarte 9709 (RB); Serra do Cipó, MG 010, Belo Horizonte-Conceição do Mato Dentro, 

antiga sede do IBAMA, 18° 45' S, 43° 35' W, 22 Mar. 2000(fl.), F.N. Costa 160 (RB, SPF); Serra do Cipó, MG 

010,km 128, 25 Maio 1972(fl.), A.B. Joly 2450 (SP); Serra do Cipó, km 125 da rodovia Belo Horizonte-Conceição 

do Mato Dentro, em frente a estátua do velho Juca, alt. 1350m, 26 Mar. 1991(fl.), J.R. Pirani CFSC12082 (RB, 

SPF); Serra do Cipó, km 117, 18° 45' S, 43° 35' W alt. 1200m, 26 Abr. 1978 (fl.), G. Martinelli 4242 (RB); Serra 

do Cipó, Rodovia Belo Horizonte - Conceição do Mato Dentro, km 119. Fazenda Cachoeira da Capivara. Campo 

rupestre com campo arenoso adjacente, 19° 14'58'' S, 43° 30' W alt. 1300m, 28 Fev. 2002 (fl.), V.C. Souza 

28614 (ESA); Serra do Cipó, km 130-140, 28 Maio 1970 (fl.), P. Occhioni 202 (RFA); Serra do Cipó, km 110-130, 

28 Maio 1970 (fl.), H. Occhioni 184 (RFA); Serra do Cipó, 3 Abr. 1958 (fl.), F. Atala 235 (R); Serra do Cipó, 3 

Abr. 1958 (fl.), F. Atala 102 (R); Serra do Cipó, Fazenda Cachoeira da Capivara. Campo arenoso com 

afloramentos rochosos, 4 Jul. 1996 (fl.), V.C. Souza 11611 (ESA); Serra do Cipó, Fazenda Cachoeira da 

Capivara. Campo arenoso com afloramentos rochosos, 4 Jul. 1996 (fl.), V.C. Souza 11630 (ESA); Serra do Cipó, 

6 Mar. 1958 (fl.), E.P. Heringer 6209 (R, RB); Serra do Cipó, 6 Mar. 1985 (fl.), E.P. Heringer 22172 (R); Serra do 

Cipó, km 132, 18° 45' S, 43° 35' W, 6 Mar. 1987 (fl.), M. Sazima 18945 (UEC); Serra do Cipó, km 136, 6 Abr. 

1957 (fl.), E. Pereira 2889 (HB, K); Serra do Cipó, Canela-de-Ema Gigantes, 18° 45' S, 43° 35' W, 6 Abr. 1995 

(fl.), J.A. Lombardi 718 (BHCB, HB); Serra do Cipó, 7km NE de Cardeal Mota, caminho para Conceição do Mato 

Dentro, 19° 20' S, 43° 35' W alt. 1000 - 1320m, 8 Fev. 1991 (fl.), M.M. Arbo 4585 (CTES, SPF); Serro: ca. 11km 

de Serro em direção a Milho Verde, 18° 34' S, 43° 25' W alt. 1000m, 11 Mar. 1995 (fl.), V.C. Souza 8313 (BHCB, 

ESA, SPF); Estrada para Gouveia, ca. 10 km de Serro (km 425). Campo rupestre com mata ciliar adjacente, 18° 

34'26'' S, 43° 30' W alt. 980m, 27 Fev. 2002 (fl.), V.C. Souza 28494 (ESA); Serra de Itambé, about 18 km NE of 

Serro, 19° 36'17'' S, 43° 22'46'' W, 29 Abr. 1945 (fl.), L.O. Williams 6978 (R); Serra do Espinhaço, Lapinha, ca. 

18km N of Sêrro on road (MG 2) to Diamantina, alt. 1200m, 23 Fev. 1968 (fl.), H.S. Irwin 20682 (HB, NY, UB); 

São Tomé das Letras: 21° 43'20'' S, 44° 59'07'' W, 18 Fev. 1975 (fl.), G. Hatschbach 36534 (MBM, NY); alt. 1300 

- 1400m, 21 Jul. 1978 (fr.), G. Martinelli 4823 (RB). 

Ditassa eximia é marcante, vegetativamente, por suas folhas subcoriáceas, glabras e 

nervuras secundárias retilíneas. Em relação às demais espécies do gênero, apresenta flores grandes 

56


internamente barbeladas junto à fauce, com os segmentos internos da corona cuculados e lobulados 

no ápice. 

Fontella-Pereira (1965) propõe a maioria dos sinônimos acima listados, além de ilustrar 

o táxon pela primeira vez. Em 1995, o táxon foi redescrito para a Flora da Serra do Cipó por 

Fontella-Pereira e colaboradores, ressaltando sua presença em faixas altitudinais entre 1200 e 

1350m.s.m.. Rapini et al. (2001) questionam a sinonimização de Ditassa rosea, adicionada por 

Fontella-Pereira & Schwarz (1981b), pela não conformidade de sua delimitação com Ditassa eximia. 

Contudo, pela ausência da coleção-tipo, destruída, fica em aberto a discussão, até que novas 

evidências possam ser resgatadas. 

Ditassa eximia juntamente com D. insignis, D. laevis, D. lenheirensis, D. lineares, D. 

pedunculata e D. retusa, formam um complexo morfológico de espécies, caracterizado por folhas 

glabras ou glabrescentes com nervuras secundárias bem marcadas, geralmente numerosas e 

retilínias, bem como pela presença de folículos velutinos. 

17. Ditassa fasciculata E.Fourn. in Martius, Fl. bras. 6(4): 253, tab. 71, fig. 2. 1885. – Tipo: 

[Brasil], “in prov. Minarum inter rupes prope Penha”, [1839] (fl.), J.E.B. Pohl [3625] (lectótipo W!, 

designado por Konno & Fontella-Pereira [2004]; isolectótipos M5479!, BR!, NY!). Outros síntipos: 

[Brasil, Minas Gerais], 'in saxosis pr. Diamantina', s.d., L. Riedel 1217 (LE); 'in prov. Minarum inter 

rupes, prope Penha', s.d. (fl.), A. Saint-Hilaire [B1-1198](P!). 

Figuras 4 E, 17 F-K, 31 C, 34 L. 

Subarbusto, atingindo 1,0m alt.; ramos volúveis, bilateralmente pubérulos; coléteres 

interpeciolares ausentes. Pecíolo 0,5-2,0mm compr., glabro; lâmina foliar 0,3-1,0 x 0,1-0,4 cm, 

elíptica a oblonga, ápice mucronado, base cuneada, ápice mucronado, margem plana; glabra em 

ambas faces, tricomas se presentes agrupados na base da lâmina; nervação broquidódroma; 

coléteres ausentes na base da lâmina foliar. Cimeiras umbeliformes, subaxilares, 2-3 flores, antese 

gradativa; pedúnculo 1,0-3,0mm compr., unilateralmente pubérulo; brácteas florais pubérulas, 

esparsamente ciliadas nas margens. Pedicelo 1,5-3,0mm compr., unilateralmente pubérulo; sépalas 

0,7-1,0 x 0,5-0,7mm, ovais a oval-lanceoladas, pubescentes, margens ciliadas, coléteres axilares 

abaxiais ausentes; corola urceolada, alva, glabra na face abaxial; tubo 1,0-1,2mm compr., lobos 

1,8-2,0 x 0,7-1,2mm, oval-lanceolados, pubescentes na face adaxial, barbelados na fauce. Corona 

composta; segmentos externos 3,0-3,5mm x 0,5-0,8mm, obovados, tridentados, lobos subulados, o 

central longamente acuminado, incurvado sobre o ginostégio, os demais eretos, “espinescentes” nas 

extremidades, crassos, internamente sulcados, carnosos, unidos entre si na base; segmentos 

internos 0,7-0,8mm compr., subulados, inseridos na base das anteras. Ginostégio ca. 0,7mm 

compr., cilíndrico, séssil; clavúncula com ápice mamilado, anel vertical. Anteras subtrapeziformes, 

asas mais longas que o dorso, dorso convexo, apêndice membranáceo oval, inflexo. Corpúsculo 

0,11-0,12 x 0,05-0,08mm, ovóide, menor ou tão longo quanto às polínias; caudículas 0,03-0,05mm 

57


compr., horizontais, cilíndricas, inseridas lateralmente nas polínias; polínias 0,10-0,15 x 0,05- 

0,08mm, oblongas. Folículo 3,4-4,5cm compr., fusiforme, glabro. 

Brasil (Minas Gerais). Campos rupestres, 850-1300m.s.m. Coletada com flores de outubro a maio, 

julho e agosto e com frutos março a junho e de outubro a dezembro. 

Referências: Rapini 2000 b ; Rapini et al. 2001; Konno & Fontella-Pereira 2004. 

Espécimes examinados: BRASIL. MINAS GERAIS, s.mun.: ca. 18km E de Diamantina, 18° 15' S, 43° 41' W alt. 

1100m, 19 Mar. 1970 (fl./fr.), H.S. Irwin 27896 (BR, MBM, NY, RB); estrada Diamantina-Estração, próximo da 

ponte, 18° 17' S, 43° 33' W, 28 Jan. 1986 (fl.), I. Cordeiro CFCR9288 (SPF); ao longo da estrada Conselheiro 

Mata-Diamantina, km 180, 18° 18' S, 43° 55' W, 30 Jan. 1998 (fl.), A.Y. Kitakawa 6 (SPF); estrada Diamantina - 

Curvelo, 8km de Diamantina, 30 Out. 1981 (fl./fr.), A.M. Giulietti CFCR2295 (RB, SPF); Diamantina - Biribiri, a 

4km de Diamantina, 18° 10' S, 43° 38' W, 31 Out. 1981 (fl.), J.R. Pirani CFCR2544 (HB, K, NY, RB, SPF); 

Conselheiro Mata: 18° 17'19'' S, 43° 58'57'' W, Jun. 1934 (fr.), A.C. Brade 13471 (RB); Cunha Magalhães: Rio 

Jequitinhonha, 18° 04'17'' S, 43° 28'16'' W, 16 Nov. 1971 (fl.), G. Hatschbach 28076 (HB, MBM); Datas: km 451 

da Rod. Datas-Serro, 18° 33'38'' S, 43° 38'18'' W alt. 1050m, 1 Mar. 1998 (fl.), A. Rapini 503 (SPF); Palmital, 18° 

26'44'' S, 43° 39'21'' W, 21 Nov. 1997 (fl.), G. Hatschbach 67347 (BHCB, HB, MBM); Diamantina: estrada do 

Curralinho, 18° 14'58'' S, 43° 36'01'' W, 11 Dez. 1980 (fl.), I. Cordeiro CFCR504 (RB, SPF); estrada para São João 

da Chapada, 18° 13' S, 43° 41' W, 11 Dez. 1997 (fl.), P.T. Sano 780 (SPF); estrada Turmalina - Diamantina, MG 

2, 33km de Diamantina, 17° 17' S, 42° 43'48'' W alt. 1000m, 13 Maio 1979 (fl.), G. Martinelli 5922 (RB); subida 

para o Cruzeiro, 14 Jan. 1983 (fl.), A.P. Duarte 7881 (HB, K, NY); estrada Guinda-Sopa, 18° 10'56'' S, 43° 42'18'' 

W alt. 1200m, 14 Jan. 1998 (fl.), A. Rapini 479 (SPF); estrada para Biribiri a 3km de Diamantina, 18 Abr. 1987 

(fl./fr.), D.C. Zappi CFCR10629 (RB, SPF, W); Rodovia Guinda - Conselheira Mata, 18° 15' S, 43° 50' W, 19 Mar. 

1997 (fl.), G. Hatschbach 66466 (HB, MBM); Rodovia Curvelo-Diamantina; 5km de Diamantina em direçãoo a 

Curvelo, 18° 15'39'' S, 43° 40'29'' W alt. 1330m, 6 Abr. 1998 (fl.), J.P. Souza 2181 (ESA); Estrada para Biribiri, 

vindo de Diamantina, 8 Dez. 1992 (fl./fr.), J.A. Lombardi 163 (BHCB); estrada para Biribiri, 18° 11' S, 43° 39' 

W, 8 Dez. 1992 (fl.), H.F. Leitão Filho 27475 (UEC); estrada Diamantina-Biribiri, 18° 10' S, 43° 38' W, 8 Dez. 

1997 (fl.), R.C. Forzza 519 (SPF); APA Pau-de-Fruta, COPASA, 18° 15'29'' S, 43° 38'54'' W, 12 Fev. 2001 (fl.), J.R. 

Stehmann 2824 (BHCB, K); Biribiri, 18° 10' S, 43° 38' W, 11 Ago. 1972 (fl.), G. Hatschbach 30185 (MBM); Biribiri, 

Serra dos Cristais, 18° 09'24'' S, 43° 36'05'' W alt. 1050m, 2 Out. 1997 (fl.), A. Rapini 378 (BHCB, G, K, MBM, MO, 

SPF); Biribiri, Cachoeira dos Cristais, 20 Jan. 2000 (fl.), R.C. Forzza 1469 (CTES, ESA, F, SPF, UEC); Biribiri, ca. 

19km de Diamantina, Cachoeira dos Cristais, 22 Dez. 1998 (fl.), A. Rapini 851 (SPF); Biribiri, ca. 19km de 

Diamantina, Cachoeira dos Cristais, 18° 09'24'' S, 43° 36'05'' W alt. 1100m, 25 Dez. 1998 (fl.), A. Rapini 853 

(SPF); Biribiri, Córrego Sentinela, 18° 09' S, 43° 35' W, 28 Fev. 1998 (fl.), R.C. Forzza 667 (SPF); Milho Verde, 

18° 17' S, 43° 53' W, 16 Nov. 2002 (fl.), R.C. Mota 1811 (BHCB); Serra de Diamantina, Abr. 1960, Mendes 

Magalhães 17352 (HB); Gouveia: BR 259, km 515 em direção à Gouveia, 18° 27'16'' S, 43° 44'27'' W alt. 850m, 12 

Mar. 2002 (fl./fr.), T.U.P. Konno 836 (SP); Itacambira: Serra de Itacambira, 9km de Itacambira em direção a 

Juramento, 17° 03'53'' S, 43° 18'32'' W, 14 Mar. 1999 (fl.), A. Rapini 793 (BHCB, SPF); Joaquim Felício: Serra do 

Cabral, 17° 45'27'' S, 44° 10'20'' W, 17 Nov. 1997 (fl.), G. Hatschbach 67162 (HB, MBM); alt. 900 - 1100m, 21 

Out. 1999 (fl.), G. Hatschbach 69461 (BHCB, MBM); 21 Nov. 1984 (fl.), R.M. Harley CFCR6269 (K, SPF); 22 Nov. 

1984 (fl./fr.), B. Stannard CFCR6306 (F, K, RB, SPF); Serra do Cabral, estrada para armazém de Lage, 26 Out. 

1989 (fl./fr.), M.G.L. Wanderley 1385 (SP); Presidente Juscelino: Rodovia BR 259, 18° 38'14'' S, 44° 03'30'' W, 

12 Nov. 1971 (fl.), G. Hatschbach 27756 (HB, MBM, P, RFA, SP, SPF, UEC); Presidente Kubitschek: estrada para 

Costa Sena, 18° 39'10'' S, 43° 40'20'' W alt. 1000m, 1 Mar. 1998 (fl.), A. Rapini 514 (NY, SPF); Rio Vermelho: 

Pedra Menina, Fazenda Vargem do Anjo, Morro do Espigão do Meio, 18° 06'56'' S, 43° 06'55'' W, 13 Out. 1984 

(fl.), M. Meguro CFCR5398* (CEPEC, RB, SP, SPF); Pedra Menina, Morro do Ambrósio, 14 Jul. 1984 (fl.), E. 

Varanda CFCR4474 (K, RB, SP, SPF); Pedra Menina, Fazenda da Vargem Angélica, Morro da Virada da Mata 

Virgem, 14 Out. 1984 (fl.), M. Meguro CFCR5498 (MBM, SP, SPF); Santana do Riacho: estrada Santana do 

Riacho-Lapinha, 19° 04' S, 43° 42' W alt. 1090m, 4 Mar. 1998 (fl.), A. Rapini 596 (CTES, SPF, W); São Gonçalo 

do Rio Preto: P. E. do Rio Preto, 18° 05' S, 43° 20' W, 17 Nov. 1999 (fl.), J.A. Lombardi 3400 (BHCB, K); P. E. 

do Rio Preto, trilha do camping ao areal do Córrego da Lapa, Mirante do Veado, 18° 07' S, 43° 21' W, 20 Fev. 

2002 (fl.), J.A. Lombardi 4593 (BHCB, K). 

Ditassa fasciculata está restrita aos campos rupestres de Minas Gerais, sendo comum no 

Planalto de Diamantina. Caracteriza-se por suas pequenas folhas, estreitamente elípticas, 

congestamente dispostas em ramos laterais bastante curtos, dando a impressão de serem 

fasciculadas. Suas flores exalam um forte odor fétido. A corona é carnosa com segmentos externos 

58


tripartidos e internamente sulcados. Em microscopia eletrônica de varredura é possível visualizar 

células epidérmicas “espinescentes” no ápice das partes subuladas da corona. (Fig. 17J) 

18. Ditassa glaziovii E.Fourn. in Martius, Fl. bras. 6(4): 250, 1885 (‘glaziovi’). Tipo: [Brasil, São 

Paulo, Campos de Bocaina], [10 Set. 1879] (fl.), A.F.M. Glaziou 11200 (holótipo P!; isótipos B, K!). 

Figuras 4 F, 18 A-D, 31 D, 34 E, 35 H. 

Trepadeira; ramos volúveis, suberosos na base, pubescentes; coléteres interpeciolares presentes. 

Pecíolo 3,0-8,0mm compr., pubescente; lâmina foliar 0,7-3,5 x 0,3-1,0cm, elíptica a oval- 

lanceolada, ápice agudo a acuminado, base cuneada a truncada, margem plana, esparsamente 

ciliada; pubescente em ambas as faces; nervação broquidódroma; coléteres presentes na base da 

lâmina foliar. Cimeiras umbeliformes ou dispostas fasciculadamente, subaxilares, 1-5 flores, antese 

gradativa; subsésseis; brácteas florais esparsamente pubescentes, margens lisas. Pedicelo 1,5- 

4,0mm compr., pubescente; sépalas 2,4-2,7 x 0,4-0,5mm, estreitamente lanceoladas, recurvas no 

ápice, pubescentes, margens glabras, coléteres axilares abaxiais presentes; corola rotácea a 

subcampanulada, creme, glabra na face abaxial; tubo inconspícuo, lobos 3,0-3,5 x 1,8-2,0mm, oval- 

lanceolados, papilosas na face adaxial. Corona composta; segmentos externos ca. 2,0mm x 0,8mm, 

pateliformes na base com porções livres espatuladas a ovais, margem denteada, apiculadas no 

ápice, delgados, unidos entre si na base; segmentos internos ca. 1,0mm compr., lanceolados, 

acuminados e inflexos no ápice, sólidos na base e compressos lateralmente, inseridos na base das 

anteras e unidos aos externos. Ginostégio ca. 1,2mm compr., cilíndrico, levemente estipitado; 

clavúncula com ápice cônico-mamilado, anel vertical. Anteras retangulares, asas mais longas que o 

dorso, dorso convexo, apêndice do conectivo orbicular, subereto. Corpúsculo 0,21-0,24 x 0,15- 

0,19mm, ovóide, menor que as polínias; caudículas ca. 0,10mm compr., sub-horizontais a curvas, 

planas, subtriangulares, membrana reticulada basal presente, inseridas lateralmente nas polínias; 

polínias 0,33-0,40 x 0,12-0,17mm, oblongas. Folículo 3,0-3,7cm compr., ovóide, porção seminífera 

verrucosa, velutino. 

Brasil (Ceará, Pernambuco, Bahia, Minas Gerais, São Paulo[?]). Campos rupestres e caatinga, 300- 

1100m.s.m. Coletada com flores de novembro a junho e com frutos em abril. 

Referências: Fontella-Pereira et al. 1989; Rapini et al. 2001. 

Espécimes examinados: BRASIL. BAHIA, s. mun.: margem da estrada Brumado - Livramento, 18km de Brumado, 

alt. 475m, 12 Dez. 1984 (fl.), H.M. Longhi-Wagner CFCR6726 (K, RB, SPF); 22km W de Morro do Chapéu, 

estrada para Irecê, 11° 29'33'' S, 41° 19'33'' W alt. 900m, 13 Jan. 1998 (fl.), A. Rapini 873 (SPF); BA 426, 29km 

NE de Morro do Chapéu, caminho para Vázea Nova, 11° 20' S, 41° 00' W alt. 800m, 17 Jan. 1997 (fl.), M.M. 

Arbo 7448 (CEPEC); km 7 estrada Juazeiro-Junco, 7 Jun. 1985(fl.), Fotius 4048 (K); Abaíra: Mendonça Daniel 

Abreu, 13° 14'59'' S, 41° 39'49'' W alt. 1050m, 24 Fev. 1992(fl.), B. Stannard H 51578 (INPA, SPF); Engenho de 

Baixo-Catolés, próximo ao Rio do Ribeirão, 13° 18' S, 41° 49' W alt. 950m, 20 Nov. 1992(fl.), W. Ganev 1510* 

(HUEFS, MO, SPF); Mendonça de Daniel Abreu, 13° 16' S, 41° 49' W alt. 1050m, 24 Fev. 1992(fl.), B. Stannard H 

51576 (HB, INPA, MBM, SPF); Bom Jesus da Lapa: Rio das Rãs, 13° 15'18'' S, 43° 25'05'' W alt. 450m, 15 Fev. 

1991(fl.), G. Hatschbach 55166 (CEPEC, MBM); Boninal: Nova Colina, 12° 42'06'' S, 41° 49'39'' W, 24 Nov. 

59


1985(fl.), G. Hatschbach 50150 (CEPEC, MBM, NY); Espigão Mestre: Extensive limestone outcrops 6km S of 

Cocos, and adjacent pastures, 13° 45'05'' S, 45° 45'05'' W alt. 520m, 16 Mar. 1972(fl.), W.R. Anderson 37034 

(IAN, NY, UB); Livramento do Brumado: 3-5km da cidade na estrada para Rio de Contas, 13° 38'55'' S, 41° 

50'26'' W alt. 600m, 12 Dez. 1988(fl.), R.M. Harley 27139 (BHCB, CEPEC, K, SPF); Manoel Vitorino: Rod. M. 

Vitorino/Jequie, BR-116, 14° 08'43'' S, 40° 14'33'' W alt. 300m, 9 Fev. 1985(fl.), A. Gentry 49985 (CEPEC, RB); 

Maracás: Faz. Tanquinho, 13° 26'28'' S, 40° 25'51'' W, s.d. (fl.), L. Paganucci 172 (ALCB, CEPEC); km 6 da Rod. 

Maracás - Contendas do Sincorá, 20 Abr. 1983 (fr.), A.M. Carvalho 1854 (B, CEPEC, RB); entre 6-7km da Rod. 

Maracás-Contendas do Sincorá, 25 Nov. 1986 (fl.), A. Chautems 149 (CEPEC); Morro do Chapéu: 16km SW de 

Morro do Chapéu, caminho para Utinga, 11° 38' S, 41° 16' W alt. 1030m, 28 Nov. 1992 (fl.), M.M. Arbo 5366 

(CTES, F, SPF); Mucugê: Serra Sincorá, 16 Fev. 1942 (fl.), R.L. Fróes 20212 (IAN, NY); Rio de Contas: 16km L da 

cidade na estrada para Jussiape, 13° 36' S, 41° 45' W alt. 620m, 25 Nov. 1988 (fl.), R.M. Harley 27003 (CEPEC, 

HB, SPF); Rio de Contas: Estrada Real, caminho para a Estrada Verde, 13° 34'44'' S, 41° 48'41'' W alt. 850m, 6 

Mar. 2002 (fl.), T.U.P. Konno 821 (SP); Seabra: Queimada Nova, 12° 25'07'' S, 41° 46'13'' W, 16 Jan. 1977 (fl.), 

G. Hatschbach 39541 (MBM); Senhor do Bonfim: 12Km ao N da cidade. BA-130 p/ Juazeiro, 2Km da Estiva, 10° 

23' S, 40° 10' W alt. 620m, 27 Fev. 1974 (fl.), R.M. Harley 16522 (CEPEC, K, RB); Serrinha: Faz. Mucambo, 11° 

39'51'' S, 39° 00'27'' W, s.d. (fl.) A.L. Costa s.n. (ALCB, CEPEC); Vitória da Conquista: Km 10 a 15 da Rod. 

Conquista/Anage, 14° 51'58'' S, 40° 50'22'' W, 22 Nov. 1972 (fl.), T.S. Santos 2493 (CEPEC, HUEFS, RB); CEARÁ, 

s. mun.: s.d., Fr. Allemão 991 (HAS, R); s.d. (fl.), Fr. Allemão 992 (HAS, P); MINAS GERAIS, Berilo: Lamarão, 

16° 57'06'' S, 42° 27'56'' W alt. 800m, 30 Nov. 1991 (fl.), M.G. Carvalho 834 (BHCB); Cristália: Fazenda Matão, 

16° 48'01'' S, 42° 51'44'' W alt. 600m, 28 Nov. 1991 (fl.), M.G. Carvalho 783 (BHCB); Grão Mogol: Vale do Rio 

Itacambiruçu, 16° 36' S, 42° 55' W alt. 650m, 12 Dez. 1989 (fl.), T.R.S. Silva CFCR12551 (RB, SPF); Medina: BR 

116, 16° 13'21'' S, 41° 28'37'' W, 13 Maio 1983 (fl.), G. Hatschbach 46326 (MBM); Medina: Rosa Cruz, 16° 13'21'' 

S, 41° 28'37'' W, 19 Fev. 1989 (fl.), G. Hatschbach 52702 (MBM, NY, UEC); Águas Vermelhas: Rod. BR 116, 15° 

44'50'' S, 41° 27'36'' W, 25 Nov. 1985 (fl.), G. Hatschbach 50022 (MBM); PERNAMBUCO, Alagoinha: Sítio Riacho, 

8° 27'59'' S, 36° 46'33'' W, 4 Mar. 1990 (fl.), I.C. Machado s.n. (UFP7809); Araripina: campos da estação 

experimental, 7° 34'34'' S, 40° 29'54'' W, 24 Jun. 1952 (fl.), D. Andrade-Lima 52 1080 (IPA, R); Santa Maria da 

Boa Vista: margem da PE 4 em direção à Jutaí, 8° 48'28'' S, 39° 49'32'' W, 29 Abr. 1971 (fl.), E.P. Heringer 371 

(IPA, RB). 

Ditassa glaziovii ocorre prinicipalmente na Bahia com limite sul ao norte da Cadeia do 

Espinhaço de Minas Gerais. Sua indicação para o São Paulo deve ser vista com certa cautela, já que 

existem incoerências nas etiquetas do material-tipo. 

Destaca-se por suas flores com sépalas patentes e recurvadas no ápice e pelos 

segmentos externos da corona denteados. A forma da corona sugere uma proximidade com 

Blepharodon com os segmentos externos e internos unidos entre si, mas não cimbiformes. O 

polinário também evidencia esse similaridade, com corpúsculo um tanto rombóide e as caudículas 

bem dilatadas. 

Rapini et al. (2001) corrige a grafia do epíteto específico para ‘glazioui’, baseando-se 

nos artigos 60.7 e 60.11 do ICBN. Contudo, adota-se aqui apenas a adição de um ‘i’, em atenção ao 

exemplo 10 do artigo 60.7. 

19. Ditassa gracilipes Schltr., Engl. Jahrb. 37: 612. 1906. Tipo: “Peru, inter frutices scandens 

prope Moyobamba, dep. Loreto, 1000-1400msm”, 10 Ago. 1904 (fl.), A. Weberbauer 4543 (lectótipo 

G!, designado por Konno & Fontella-Pereira [2004]; isolectótipo NY!; holótipo B, destruído). 

= Ditassa mattogrossensis Malme, Ark. Bot. 28A(5): 14, fig. 8 a . 1936. Tipo: [Brasil], “Matto Grosso, Ponte de 

Pedra”, Abr. 1918 (fl.), J.G. Kuhlmann 2262* [Comissão Rondon] (holótipo S!; isótipo R!). 

Figuras 5 A, 26 A-E, 31 E. 

Trepadeira; ramos volúveis, pubescentes; coléteres interpeciolares presentes. Pecíolo 1,5-4,0mm 

compr., pubescente; lâmina foliar 0,6-1,3 x 0,3-0,7cm, oblonga ou obovada, ápice mucronado, 

60


levemente emarginado, base aguda a cuneada, margem revoluta in sicco, ciliada a glabrescente; 

esparsamente pubescente sobre a nervura principal em ambas as faces; nervação broquidódroma; 

coléteres presente na base da lâmina foliar. Cimeiras umbeliformes, subaxilares, 2-5 flores, antese 

gradativa; pedúnculo até 2,0cm compr., glabro; brácteas florais glabras. Pedicelo 2,0-3,0mm 

compr., glabro; sépalas 1,0-1,1 x 0,7-0,9mm, ovais, glabras, margens ciliadas ou glabras, coléteres 

axilares abaxiais presentes; corola campanulada a rotácea, alva, glabras na face abaxial; tubo ca. 

0,2mm compr., lobos 2,2-2,4 x 1,0-1,3mm, oval-lanceolados, papilosa no ápice à pubescente na 

base na face adaxial. Corona composta; segmentos externos ca. 2,1-2,4mm x 0,5-0,7mm, oval- 

lanceoladas, longamente acuminados, por vezes discretamente tridentados, delgados, 

aparentemente livres entre si; segmentos internos 0,8-1,0mm x 0,3mm, lineares ou estreitamente 

oblongos, atenuados no ápice, inseridos na base das anteras. Ginostégio ca. 0,8mm compr., 

cilíndrico, séssil; clavúncula com ápice capitado, anel levemente oblíquo. Anteras retangulares, 

asas mais longas que o dorso, dorso subplano, apêndice do conectivo suborbicular, inflexo. 

Corpúsculo 0,20-0,22 x 0,11-0,13mm, ovóide, menor ou tão longo quanto às polínias; caudículas 

0,08-0,10mm compr., horizontais, planas, subtriangulares, membrana reticulada basal presente, 

inseridas lateralmente nas polínias; polínias 0,21-25 x 0,10-0,11mm, oblongas. 

Venezuela, Peru, Bolívia, Brasil (Pará, Mato Grosso). Cerrado, 100-1000m.s.m. Coletada com flores 

de março a junho , agosto e novembro. 

Referências: Konno & Fontella-Pereira 2004. 

Espécimes examinados: PERU, SAN MARTIN, Moyombamba: 10 Ago. 1904 (fl.), A. Weberbauer 4543 (NY); 

Ladera de Morro Calzada, 6° 02' S, 77° 03' W alt. 930 - 1000m, 5 Nov. 1996 (fl.), I. Sánchez Vega 8508 (F); 

Tarapoto: 6° 40' S, 76° 25' W, Ago. 1856 (fl.), R. Spruce 4824 (BR, P). 

BRASIL. PARÁ, Itaiutuba: estrada Santarém-Cuiabá, BR 163, km 794, Base aérea do Cachimbo, 4° 16'34'' S, 55° 

59'01'' W, 27 Abr. 1983 (fl.), I.L. do Amaral 1001 (K, MG, UB). MATO GROSSO, s.mun: 4km N of the Base camp 

of the expedition, ca. 270km N of Xavantina, close to Xavantina-São Félix road, 11 Jun. 1968 (fl.), J.A. Ratter 

1707 (K); ca. 5km W of km 264, Xavantina-Cachimbo road, 20 Mar. 1968 (fl.), D. Philcox 4588 (IAN, K, P, UB); 

Rio Turvo, ca. 210km N of Xavantina, 29 Maio 1966 (fl.), H.S. Irwin 16286 (MBM, MO, NY); 2km N of the Base 

Camp of the Expedition (Base Camp, c.270km N of Xavantina), 29 Maio 1968 (fl.), J.A. Ratter 1579 (IAN, K, NY, 

P); near the base camp of the expedition (Anglo-Brazilian Northern Mato Grosso Expedition) ca. 270km N of 

Xavantina, 4 Maio 1968 (fl.), J.A. Ratter 1276 (IAN, K, P, UB); Comodoro: Estrada para Fazenda Sartori, 14 Abr. 

1997 (fl.), G.F. Arbocz 3743 (ESA); Gaúcha do Norte: estrada Gaúcha do Norte-Paranatinga, 13° 30'30'' S, 53° 

17'50'' W, 28 Mar. 1997 (fl.), F.R. Dario 1118 (ESA, MBM, SPF); Nova Marilândia: Estrada entre a BR-364 e Nova 

Marilândia, ca. 2km da BR-364 (ca. 12km N, em linha reta, de Nova Marilândia), 14° 14' S, 56° 60' W, 18 Maio 

1997 (fl.), V.C. Souza 16347 (ESA); Vila Bela da Santa Trindade: BR 174, Km 391, 150Km de Vilhena, 15° 00'29'' 

S, 59° 57'02'' W, 19 Maio 1985 (fl.), A. Kaprovickas 40124 (CTES, HB). 

BOLÍVIA, Santa Cruz: Chiquititos, 2003 (fl.), J.R.I. Wood 20601 (K, SPF). 

Ditassa gracilipes era conhecida somente para o Peru e a Bolívia. Com a adição à 

sinonímia de Ditassa mattogrossensis Malme, passa a ocorrer também no Brasil. Ditassa gracilipes é 

umas das poucas espécies do gênero ocorentes no Brasil que se distribuem em longitudes superiores 

a 50 o W. Apesar do levantamento das coleções de Ditassa nos Neotrópicos não estar completa, pode- 

se afirmar que o limite sul de distribuição no Brasil é a borda Norte do Pantanal. A espécie não 

evidencia relacionamentos morfológicos claros com nenhuma outra espécie brasileira. 

61


20. Ditassa gracilis Hand.-Mazz., Denkschr. Mathem.-naturwiss. K. Akad. Wissensch. Wien. 61: 2. 

1910. Tipo: [Brasil], “prov. São Paulo, Rio Grande ad São Paulo Railway, 800m”, Wacket s.n. 

(holótipo W!; isótipos, C!, S!). 

= Ditassa farneyi Marquete & C. Valente, Rodriguésia 42-44(68-70): 16, est. 2. 1990-92. Tipo: [Brasil], 

“Estado do Rio de Janeiro, Município de Macaé, Pico do Frade”, 7 Fev. 1985, C. Farney 574 et al. (holótipo 

RB!). Syn. nov. 

Figuras 5 B, 16 I-M, 31 F. 

Trepadeira; ramos volúveis, bilateralmente pubescentes; coléteres interpeciolares presentes. 

Pecíolo 3,0-4,0mm compr., glabro; lâmina foliar 0,4-2,5 x 0,2-0,8cm, elíptica ou oblonga, ápice 

mucronado, base aguda ou cuneada, margem plana, ciliada; face adaxial esparsamente pubérula 

sobre a nervura principal, face abaxial glabra; nervação broquidódroma; coléteres presentes na 

base da lâmina foliar. Cimeiras umbeliformes, subaxilares, 2-5-flores, antese gradativa; pedúnculo 

até 3,0mm compr., glabro; brácteas florais glabras. Pedicelo 1,0-2,0mm compr., glabro; sépalas 

1,5-1,7 x 0,9mm, ovais, totalmente glabras, coléteres axilares abaxiais presentes; corola 

campanulada, alva, glabras na face abaxial; tubo ca. 0,3mm compr., lobos 1,6-1,8 x 1,2-1,3mm, 

oval-lanceolados, papilosos na face adaxial, somente nas laterais, porção central glabra. Corona 

composta; segmentos externos 1,2-1,4 x 0,6-0,8mm, oval-triangulares, ápice acuminado, levemente 

tridentado, internamente sulcados, delgados, unidos entre si na base; segmentos internos 0,4-0,7 x 

ca. 0,2mm, subulados, inseridos na base das anteras. Ginostégio 0,8-1,0mm compr., cilíndrico, 

séssil; clavúncula com ápice capitado, anel vertical. Anteras retangulares, asas mais longas que o 

dorso, dorso levemente convexo, apêndice do conectivo orbicular, levemente inflexo. Corpúsculo 

0,17-0,19 x 0,08-0,10mm, ovóide a oblongo, menor ou tão longo quanto às polínias; caudículas 0,04- 

0,06mm compr., horizontais, planas, subtriangulares, membrana reticulada basal presente, 

inseridas lateralmente nas polínias; polínias 0,19-0,21 x 0,08-0,10 mm, oblongas. Folículo 2,5-3,0cm 

compr., fusiforme, glabro. 

Brasil (São Paulo, Rio de Janeiro). Floresta pluvial atlântica, 800-1200m.s.m. Coletada com flores de 

setembro a abril e frutos em abril, novembro e dezembro. 

Referências: Malme 1936; Konno & Pinheiro 2005. 

Espécimes examinados: BRASIL. RIO DE JANEIRO, Nova Friburgo: R.Ecol. Mun. de Macaé de Cima, estrada de 

terra do Hotel São João para o Sítio dos Miller, 22° 22' S, 42° 33' W, 19 Jan. 1999 (fl.), L.O. Anderson 99-38 

(RB, UEC); SÃO PAULO, s. mun.: Estação de Campo Grande (via férrea São Paulo-Santos), na estação biológica, 

5 Out. 1961 (fl.), J. Mattos s.n. (HAS54177); Biritiba-Mirim: Estação Ecol. da Boracéia, 23° 42' S, 45° 52' W, 9 

Dez. 1983 (fl.), A. Custodio Filho 2054 (SP); Itanhaém: P. E. da Serra do Mar, Núcleo Curucutu, trilha do 

Mirante, 20 Dez. 1996 (fl./fr.), R.F.J. Garcia 992 (PMSP, UEC); Salesópolis: Boracéia, cabeceiras do Rio 

Guaratuba, 23° 31'56'' S, 45° 50'47'' W, 22 Nov. 1957 (fl./fr.), M. Kuhlmann 4283 (SP); P. E. da Serra do Mar, 

estrada intermediária km 45, 23° 38' S, 45° 41' W, 24 Abr. 2000 (fl./fr.), W. Foster 318 (ESA, UEC); Santo 

Amaro: Fazenda Curucutu, 23° 32'51'' S, 46° 38'10'' W, 2 Fev. 1950 (fl.), M. Kuhlmann 2296* (SP); Alto da Serra, 

23° 32'51'' S, 46° 38'10'' W, 7 Mar. 1921 (fl.), A. Gehrt s.n. (SP5359); São Paulo: Marsilac, Parque Estadual da 

Serra do Mar, Núcleo Curucutu, trilha do Campo, 23° 59'28'' S, 46° 44'36'' W, 12 Abr. 1996 (fl.), R.F.J. Garcia 

904 (HRCB, PMSP, SPF, UEC); 28 Mar. 1996 (fl.), G.M.P. Ferreira 63 (SPF, UEC); 23° 59' S, 46° 40' W alt. 800m, 

62


10 Abr. 2001 (fl.), F.T. Farah 2086 (ESA); F.T. Farah 2089 (ESA); alt. 800m, 11 Abr. 2001 (fl.), G.O. Romão 593 

(ESA, UEC); 23° 59'16'' S, 46° 44' W alt. 799m, 19 Set. 1998 (fl.), J.R. Pirani 4431 (SPF). 

Ditassa gracilis é uma das poucas espécies que ocorrem exclusivamente em formações 

de floresta. Caracteriza-se pelos ramos bilateralmente pubescentes, folhas oblongas a obovadas, 

por vezes nigrescentes “in sicco” e pelos lobos da corola adaxialmente papilosos a pubérulos 

somente nas laterais. 

Conhecida inicialmente apenas para a Serra do Mar no estado de São Paulo, com a 

inclusão de Ditassa farneyi Marquete & C. Valente na sinonímia, passa a ocorrer também no estado 

do Rio de Janeiro. Apesar de Silva & Valente (1990-92) relacionarem D. farneyi à D. bicolor, as 

diferenças neste caso são muito mais significativas que as semelhanças. Ao analisar o material de D. 

gracilis para a Flora Fanerogâmica do Estado de São Paulo (Konno & Pinheiro 2005), foi possível 

estabelecer sua relação com D. farneyi. 

21. Ditassa guilleminiana Decne. in De Candolle, Prodr. 8: 574. 1844. Tipo: “In Brasilia, [Rio de 

Janeiro], Corcovado”, s.d. (fl.), J.B.A. Guillemin 656 (holótipo P!). 

Figuras 5 C, 19 D-F, 31 G. 

Trepadeira; ramos volúveis, hirsuto-tomentosos; coléteres interpeciolares presentes. Pecíolo 3,0- 

5,0mm compr., híspido; lâmina foliar 1,2-4,6 x 0,4-2,1cm, lanceolada, elíptico-lanceolada ou 

ovado-elíptica, ápice acuminado a mucronado, base cuneada, margem revoluta in sicco; hirsuta em 


umbeliformes, subaxilares, 3-9 flores, antese gradativa; pedúnculo 0,2-1,0cm compr., híspido- 

tomentoso; brácteas florais hirsutas. Pedicelo com até 1,5cm compr., glabro; sépalas ca. 1,0 x 

0,5mm, oval-lanceoladas, hirsuto-tomentosas, margens glabras, coléteres axilares abaxiais 

presentes; corola subcampanulada a rotácea, alva, hirsuta na face abaxial; tubo 0,7-1,0mm, lobos 

ca. 2,0-2,5 x 0,9-1,1mm, lanceolados, levemente torcidos no ápice, pubescentes na face adaxial. 

Corona composta; segmentos externos ca. 0,2cm compr., linear-lanceolados, delgados, unidos 

entre si na base; segmentos internos 0,2-0,3cm compr., ovais, trilobados, com lobo central 

acuminado, fletido sobre o ápice do ginostégio, inseridos na base das anteras. Ginostégio ca. 

0,15cm compr., cilíndrico, séssil; clavúncula com ápice mamilado, anel levemente oblíquo. Anteras 

retangulares, asas mais longas que o dorso, dorso abaulado, apêndice membranáceo suborbicular, 

inflexo. Corpúsculo 0,18-0,19 x 0,09-0,10mm, ovóide, tão longo quanto às polínias; caudículas 0,07- 

0,08mm compr., curvas, cilíndricas, membrana reticulada basal ausente, inseridas lateralmente nas 

polínias; polínias 0,19-0,21 x 0,12-0,14mm ovóides a oblongas. Folículo 3,3-3,6cm compr., 

fusiforme, hirsuto-tomentoso. 

Brasil (Rio de Janeiro). Floresta pluvial atlântica (sem registro recentes) e restinga, do nível do mar 

até 100m. Coletada com flores em março e abril. 

63


Referências: Fournier 1885; Araújo 1950; Fontella-Pereira 1979 a . 

Espécimes examinados: BRASIL, sem localidade precisa: s.d., W.J. Burchell 2818 (P); s.d. (fl.), L. Riedel 603 

(NY); s.d. (fl.), Nihern 7 (NY, W). RIO DE JANEIRO, Casimiro de Abreu: próximo a Rio das Ostras, 22° 28'50'' S, 

42° 12'15'' W, 20 Mar. 1979 (fl.), G. Martinelli 5664 (CTES, RB, VEN); Barra de São João, a 2km de Barra de São 

João, 22° 35'22'' S, 41° 59'34'' W, 19 Mar. 1972 (fl.), D. Sucre 8709 (RB, SP); Macaé: Loteamento Lagomar, 22° 

22'15'' S, 41° 47'13'' W, 28 Abr. 1972 (fl.), D. Sucre 9012* (RB); Rio de Janeiro: Rio de Janeiro, Laranjeiras ao 

Cosme Velho, 13 Abr. 1870 (fl.), A.F.M. Glaziou 4095 (K, P); Morro Mundo Novo, 22° 58' S, 43° 15' W, s.d. (fl.), 

J.G. Kullmann s.n. (RB10212); Restinga da Tijuca, 29 Jun. 1947 (fl./fr.); O. Machado 39 (RB); Saquarema: 

Ipitangas, 29 Mar. 1989 (fl.), C. Farney 2291 (GUA, RB); R. Ecol. E. de Jacarepiá, na mata de restinga, próximo 

à Itaúna, 29 Out. 1991 (fl.), D.S.D. Araújo 9491 (GUA). 

Ditassa guilleminiana é morfologicamente muito semelhante à D. hispida, distinguindo- 

se pela estrutura geral da inflorescência mais delgada com pedúnculo podendo atingir 1,0cm compr. 

e principalmente pelo segmento interno da corona oblongos e lobados no ápice (vs. pedúnculo com 

até 0,3cm compr. e segmento interno da corona lineares em D. hispida). Estes caracteres, aliados à 

distribuição restrita da espécie em formações de restinga do estado do Rio de Janeiro, justificam o 

restabelecimento do táxon, considerado por Fontella-Pereira (1979 a ) um sinônimo de D. hispida. 

22. Ditassa hastata Decne. in De Candolle, Prod. 8: 575. 1844. Tipo: “In Brasilia, prov Piauhy” 

[rocky hashy places near Oeiras], [Maio 1839] (fl.), G. Gardner 2236 (holótipo K!; isótipos P!, F, G, 

K!, NY!, BM!). 

= Ditassa castellana Fontella & Valente, Loefgrenia 31: 1, pl. 1, fig. a-f. 1969. Tipo: “Brasil, Estado da 

Bahia, Mina Boquira, Morro Pelado”, 1 Abr. 1966 (fl.), A. Castellanos 25967 (holótipo HB!). 

= Ditassa maranhensis Fontella & C. Valente, Loefgrenia 31: 3, est. 2. 1969. Tipo: “Brasil, Estado do 

Maranhão, Município de Carolina, Chapeu”, 10 Ago. 1955 (fl.), A. Macedo 4032 (holótipo RB!; isótipos 

US2249044!, MO1712202). Syn. nov. 

Figuras 5 D, 18 E-G, 31 H, 35 I-J. 

Subarbusto, atingindo 2,0m alt.; ramos volúveis, suberosos na base, glabros; coléteres 

interpeciolares presentes. Pecíolo (0,5-)1,3-3,0cm compr., glabro; lâmina foliar 1,0-5,3 x 0,2- 

2,2cm, hastata a largamente ou estreitamente trulada na base, por vezes, triangular, ápice 

acuminado, base truncada ou obtusa, margem plana, esparsamente ciliada; glabra em ambas as 

faces; nervação actinódroma; coléteres presentes na base da lâmina foliar. Cimeiras 

corimbiformes, subaxilares, 2-10 flores, antese gradativa; pedúnculo 0,5-2,5cm compr., glabro; 

brácteas florais glabras. Pedicelo 2,0-7,0mm compr., glabro; sépalas 1,0-1,3 x 0,5-0,7mm, 

lanceoladas, totalmente glabras, coléteres axilares abaxiais presentes; corola sub-rotácea, alvo- 

esverdeada, glabra na face abaxial; tubo 0,3-0,5mm compr., lobos 2,2-3,0 x 1,0-1,3mm, oval- 

lanceolados, papiloso a pubérulo em direção a fauce na face adaxial. Corona composta; segmentos 

externos 3,0-3,5mm compr., ovais, longamente acuminados no ápice, sinuosos, delgados, unidos 

entre si na base; segmentos internos 0,8-2,0mm compr., subulados, fusiformes, falcados, curvos ou 

suberetos, dorsalmente depressos em direção ao ápice, bordos minutamente denteados, inseridos 

na base das anteras. Ginostégio 1,0-1,2mm compr., cilíndrico, séssil; clavúncula com ápice 

64


subcônico a globoso, anel levemente oblíquo. Anteras retangulares, asas mais longas que o dorso, 

dorso escutiforme, apêndice membranáceo suborbicular a subcordiforme, ereto. Corpúsculo 0,12- 

0,13 x 0,05-0,08mm, oblongo, menor que as polínias; caudículas 0,03-0,05mm compr., sub- 

horizontais a curvas, cilíndricas, membrana reticulada basal ausente, inseridas lateralmente nas 

polínias; polínias 0,16-0,21 x 0,06-0,09mm, oblongas a fusiformes. Folículo 2,5-3,5cm compr., 

fusiforme, glabro. 

Brasil (Rondônia, Tocantins, Maranhão, Piauí, Ceará, Paraíba, Pernambuco, Sergipe, Bahia, Goiás, 

Minas Gerais). Cerrado e caatinga, 200-1200m.s.m. Coletada com flores quase o ano todo e com 

frutos de dezembro a maio. 

Referências: Fournier 1885; Malme 1927; Fontella-Pereira et al. 1989; Rapini 2000b; Rapini et al. 2001. 

Espécimes examinados: BRASIL. BAHIA, s.mun.: 20km S de Xique-Xique, caminho para Santo Inácio, 11° 01' S, 

42° 43' W alt. 500m, 19 Jan. 1997 (fl.), M.M. Arbo 7499 (CEPEC, CTES); margem da Cachoeira Paulo Afonso, 4 

Mar. 1958 (fl.), D. Andrade-Lima 58-2891 (IPA, RB); Cachoeira de Santa Ana, acima de Joazeiro no Rio São 

Francisco, 1 Jul. 1912 (fl.), Lutz A 229 (R); Caetité: 1.5Km ao S de Brejinho das Ametistas, Serra Geral de 

Caetite, 14° 04'10'' S, 42° 28'30'' W alt. 900m, 11 Abr. 1980 (fl./fr.), R.M. Harley 21221 (CEPEC, K, MBM, NY, 

SPF); 2Km ao WS de Brejinho das Ametistas, alt. 900m, 15 Abr. 1983 (fr.), A.M. Carvalho 1775 (B, CEPEC, 

HUEFS, MBM); Casa Nova: 44Km ao SW da estrada Casa Nova/Remanso, 9° 09'43'' S, 40° 58'15'' W, 18 Out. 1990 

(fl.), A.F. Fierro 1995 (CEPEC, SPF); Feira de Santana: 7Km do entroncamento da BR-116 c/ BA-052, na estrada 

do Feijao, 12° 15' S, 39° 02' W, 7 Dez. 1992 (fl./fr.), L.P. Queiroz 2930 (ALCB, CEPEC, HUEFS, K, MBM); Gentio 

do Ouro: 1.5Km ao S de Sao Inacio, Rod. p/ Gentio do Ouro, 11° 25'44'' S, 42° 30'10'' W alt. 500m, 24 Fev. 1977 

(fl./fr.), R.M. Harley 18999 (CEPEC, K, MBM, NY, SPF); Serra do Açurua, arredores de Santo Inácio e a 9km N 

para Xique Xique, 11° 05' S, 42° 44' W alt. 500m, 27 Nov. 1992 (fl.), M.M. Arbo 5328 (CTES, G, HB, K, MBM, MO, 

SPF, W); Iaçu: Faz. Suibra, Morro do Gado bravo, 12° 43' S, 40° 07' W, 14 Mar. 1985 (fl.), L.R. Noblick 3697 

(ALCB, CEPEC, HUEFS); BR 046, 12° 46'02'' S, 40° 12'42'' W, 17 Jul. 1982 (fl.), G. Hatschbach 45075 (MBM); 

Igaporã: entre o trevo da BR 242 e Tanque Novo, 10-15 km N, 13° 46'24'' S, 42° 42'51'' W, 21 Jan. 1997 (fl.), G. 

Hatschbach 66024 (HB, MBM); BR-430, trevo p/ Tanque Novo, 13° 46'24'' S, 42° 42'51'' W alt. 1000m, 5 Abr. 1992 

(fl.), G. Hatschbach 56637 (CEPEC, K, MBM); Ipirá: 30km E of Ipirá along BA 052 to Feira de Santana, 12° 09'30'' 

S, 39° 44'14'' W alt. 280m, 2 Abr. 1976 (fl.), G. Davidse 11824 (MO, NY, SP); Livramento do Brumado: 10Km ao 

S da cidade, Rod. p/ Brumado, 13° 38'55'' S, 41° 50'26'' W, 26 Mar. 1991 (fl./fr.), G.P. Lewis 1893 (CEPEC, K); 3- 

6km da cidade para estrada para Rio de Contas, 13° 37' S, 41° 49' W alt. 600m, 5 Dez. 1988 (fl.), R.M. Harley 

27072 (BHCB, MBM, NY, RB, SPF); Monte Santo: 10° 27' S, 39° 20' W alt. 610m, 20 Fev. 1974 (fl.), R.M. Harley 

16427 (CEPEC, K, NY, RB); Morpará: caminho para a torre, 2km, 11° 30' S, 43° 16' W, 24 Jan. 2001 (fl.), M.L. 

Guedes 7863 (ALCB, CEPEC); Paulo Afonso: Cachoeira de Paulo Afonso, 9° 24'27'' S, 38° 13'20'' W, 18 Maio 1973 

(fl./fr.), A.P. Duarte 14145 (HB, RB); Riachão do Jacuípe: ca. 30km na estrada para Capim Grosso, 11° 48'25'' 

S, 39° 23'08'' W, 14 Mar. 1990 (fl.), A.M. Carvalho 2768 (CEPEC); Serrote Branco, 9° 42'01'' S, 40° 23'20'' W, 26 

Mar. 2000 (fl./fr.), M.R. Fonseca 1319 (ALCB, CEPEC, HUEFS); Rio de Contas: 2km antes do povoado de Mato 

Grosso na estrada para Rio de Contas, 13° 30' S, 41° 52' W alt. 1090m, 3 Fev. 1997 (fl.), R.M. Harley PCD5003 

(ALCB, HUEFS, K, SPF); ca. 8km NW of Barreiras, incomplete road to Santa Rita de Cássia, alt. 600m, 3 Mar. 

1971 (fl.), H.S. Irwin 31435 (MBM, NY, UB); Estrada Real, caminho para a Cachoeira do Rio Brumado, 13° 34'44'' 

S, 41° 48'41'' W alt. 870m, 6 Mar. 2002 (fl.), T.U.P. Konno 818 (SP); Estrada Real, 13° 32' S, 41° 57' W, 2 Jan. 

2000 (fl.), A.M. Giulietti 1651 (HUEFS, K); Serra do Marcelino, (serra da antena de TV), 13° 35' S, 41° 49' W alt. 

1020m, 18 Nov. 1996 (fl.), R.M. Harley PCD4458 (ALCB, HUEFS, SPF); Santo Inácio: 11° 06'52'' S, 42° 43'09'' W, 1 

Dez. 1980 (fl.), A. Furlan CFCR334 (G, HB, RB, SPF); Senhor do Bonfim: 49Km N da cidade, BA-130 estr. p/ 

Juazeiro, 10° 05' S, 40° 13' W alt. 500m, 26 Fev. 1974 (fl.), R.M. Harley 16364 (CEPEC, K, MBM, NY, RB, SPF); 

Tanquinho: 11° 59' S, 59° 39'06'' W alt. 200m, 15 Jan. 1997 (fl.), M.M. Arbo 7227 (CEPEC, CTES); CEARÁ, sem 

localidade precisa: s.d., Fr. Allemão 994 (HAS, R); s.d., A. Loefgren s.n. (R51309); Sobral: Serra da Andorinha, 

3° 41'10'' S, 40° 20'59'' W, 18 Jul. 1974 (fl.), A. Fernandes 2459 (RB); GOIÁS, s.mun.: 8km W of Monte Alegre, 

alt. 600 - 700m, 11 Mar. 1973 (fl.), W.R. Anderson 6869 (NY, RB, UB); Monte Alegre de Goiás: Serra do Atalaia, 

ca. 25km by road SW of Monte Alegre de Goiás, 13° 15'23'' S, 46° 54'02'' W, 12 Mar. 1973 (fl.), W.R. Anderson 

6914 (HB, NY); MARANHÃO, Carolina: Transamazonica Highway BR230 and BR010, Pedra Caída, 35km N of 

Carolina, 7° 19'58'' S, 47° 28'10'' W, 14 Abr. 1983 (fl.), E.L. Taylor 1228 (INPA, K, MG, NY); Chapéu, 10 Ago. 

1955 (fl.), A. Macedo 4032 (RB, SP); Loreto: ca. 30km SSE of Loreto, ca.1km W of house at Caldeirão, 7° 21' S, 

45° 04' W alt. 350m, 2 Maio 1962 (fl./fr.), G. Eiten 4496 (K, MO, SP, UB); MINAS GERAIS, Itacambira: 16° 58' S, 

43° 32' W alt. 1120m, 13 Nov. 2001 (fl.), A.M.G.A. Tozzi 2001 531 (UEC); Juramento: Serra do Catuni, ca. 1km 

de Pau d'Óleo em direção a Itacambira, 16° 50'53'' S, 43° 35'13'' W, 13 Mar. 1999 (fl.), A. Rapini 777 (K, SPF); 

65


Serra do Juramento, Rodovia Montes Claros - Itacambira, 17 Mar. 1997 (fl.), G. Hatschbach 66404 (BHCB, HB, 

MBM); Monte Azul: Serra do Espinhaço, 15° 09'18'' S, 42° 52'29'' W, 14 Mar. 1995 (fl.), G. Hatschbach 61852* 

(MBM); PARAÍBA, s.mun.: Serra do Araripe, Ago. 1921 (fl.), Luetzelbug 12535 (R); Esperança: Algodão, 7° 

01'59'' S, 35° 51'26'' W, 19 Jan. 1977 (fl.), P.C. Fevereiro 296 (RB); Nazarezinho: Olha d'Água do Frade, 6° 

54'57'' S, 38° 19'29'' W, 9 Jan. 2000 (fl.), P.C. Gadelha Neto 505 (JPB); Remígio: Pedra dos Caboclos, 6° 52'48'' 

S, 35° 59'28'' W, 10 Abr. 1977 (fl.), P.C. Fevereiro 390 (EAN, K); Teixeira: 7° 13'22'' S, 37° 15'15'' W, 9 Jul. 1994 

(fl.), A.M. Miranda 1886 (HST); PERNAMBUCO, Alagoinha: 4,5km SW da cidade em direção a Garanhus, 8° 

27'59'' S, 36° 46'33'' W alt. 620m, 13 Fev. 1991 (fl.), N.P. Taylor 1626 (HRCB, K, NY, UFP); Pedra: 8° 30' S, 36° 

56' W alt. 640m, 23 Ago. 1999 (fl.), A. Liebig 43 (PEUFR); Serra Talhada: Serra da Carnaubeira, Serrote 

Redondo, 22 Maio 1971 (fl.), E.P. Heringer 828 (IPA, R, RB, UB); Campus avançado da UFRPE, Serra dos 

Macacos, trilha de acesso ao Açude do Saco, 7° 59'10'' S, 38° 17'47'' W, 25 Fev. 1999 (fl.), M. Alves EBNN 1540 

(SP, UFP); PIAUÍ, sem localide precisa: s.d., G. Gardner 2236 (BM, K); s.d., Jobert 1070 (P); s.d., G. Gardner 

2241 (P); Batalha: Cachoeira do Urubu, 4° 01'30'' S, 42° 04'30'' W, 3 Abr. 2002 (fl.), A.S. Flores 919 (UEC); 

Brasileira: PARNA de Sete Cidades, Capão Mariano, 4° 07' S, 41° 42' W alt. 210m, 4 Abr. 2000 (fl.), M.E. 

Alencar 897 (TEPB, UEC); Oeiras: 7° 01'31'' S, 42° 07'52'' W, s.d., A.W. Schwacke 1070 (HAS, R); Pedro II: 

Buritizinho, APA da Serra da Ibiapaba, Caminho da Serra, 4° 25'29'' S, 41° 27'31'' W alt. 670m, 6 Abr. 2002 (fl.), 

M.E. Alencar 1548 (UEC); Piracuruca: Parque Nacional de Sete Cidades. Sítio do Camaleão, 3° 55'41'' S, 41° 

42'33'' W alt. 210m, 13 Jan. 2001 (fl./fr.), T.U.P. Konno 753 (SP, TEPB); PARNA de Sete Cidades, Sítio da Mão de 

6 Dedos, Segunda Cidade, 4° 06' S, 41° 41' W alt. 230m, 13 Jan. 2001 (fl.), M.E. Alencar 1136 (TEPB, UEC); 

Piripiri: PARNA de Sete Cidades, 3° 55'41'' S, 41° 42'33'' W, 30 Jan. 1981 (fl.), A. Kaprovickas 37211 (MBM); 

RONDÔNIA, Serra Nova: 9° 35'12'' S, 62° 44'50'' W alt. 720m, 17 Jul. 1991 (fl.), M.A. Figueiredo 323 (TEPB); 

SERGIPE, Canindé do São Francisco: Faz. Lagoa do Serrote, 9° 39'36'' S, 37° 47'22'' W, 11 Nov. 1999 (fl.), R.A. 

Silva 1249 (UFP); Faz. Poço Verde, 9° 33'23'' S, 37° 56'24'' W, 13 Abr. 2000 (fl./fr.), R.A. Silva 1454 (UFP); Faz. 

Jaburu, W, 19 Out. 1999 (fl.), R.A. Silva 1170 (UFP); Faz. Poço Verde, 24 Fev. 2000 (fl.), M.F. Sales 1013 (UFP); 

TOCANTINS, Babaçulândia: Rod. Belém - Brasília, 7° 12'02'' S, 47° 46'10'' W, 29 Mar. 1976 (fl.), G. Hatschbach 

38482 (MBM); Filadélfia: Serra de Jacouba, 7° 20'10'' S, 47° 29'25'' W, 2 Ago. 1964 (fl.), G.T. Prance 58538 (K, 

MO, NY). 

Ditassa hastata é uma espécie de amplamente distribuída pelo Nordeste brasileiro, 

comum na caatinga. Destaca-se por suas folhas membranáceas, hastadas ou truladas na base, que 

variam amplamente de largura, este caráter é único dentre as Ditassa. O caule é suberoso e o látex 

exala forte odor. 

Fontella-Pereira & Valente (1969b) descreveram Ditassa castellana e D. maranhensis, 

duas espécies muito afins a D. hastata. A delimitação destas espécies é baseada na forma da folha e 

dimensões dos segmentos externos da corona. Contudo, esses limites demonstraram ser muito 

tênues. Observações de campo demontraram que as variações na forma da lâmina foliar podem ser 

dar ao longo de um mesmo ramo, apresentando-se, por exemplo, largamente trulada nas folhas 

basais a quase lineares nas folhas mais jovens. Rapini et al. (2001) sinonimizou D. castellana em D. 

hastata. Neste trabalho adiciona-se D. maranhensis à sinonímia. 

23. Ditassa hispida (Vell.) Fontella, Bradea 3(2): 5. 1979. ≡ Asclepias hispida Vell., Fl. Flum. , 

Text. : 115. 1829 & Icones 3: 52. 1831. Tipo: Vellozo, Fl. Flum. Icones n. 52 (lectótipo, designado 

por Fontella-Pereira [1979]) 

= Ditassa klotzschii E.Fourn. in Martius, Fl. bras. 6(4): 247. 1885. Tipo: [Brasil], “Bahia ad Cruz de Casma” 

[Cruz das Almas], B. Luschnath 234 (holótipo LE!; isótipos W!, MO, BR! NY!). 

= Ditassa consanguinea Decne. in De Candolle, Prodr. 8: 575. 1844. Tipo: “In Brasilia Bahia, Apocynum 

micrantha”, P. Salzmann 330 (holótipo P!; isótipos G, K!, P![2]). 

= Ditassa rufescens Decne. in De Candolle, Prodr. 8: 574. 1844. Tipo: [Brasil, São Paulo], C.B. Gaudichaud 

in herb. imper. bras. n. 383 (lectótipo P!, designado por Fontella-Pereira [1979]). Outros síntipos: “In 

Brasiliae fruticetis prov. Minas Geraes”, s.d., L.Riedel (LE); “Bahia”, s.d., Lhostky (P). 

66


= Amphistelma ferrugineum E.Fourn. in Martius, Fl. bras. 6(4): 224. 1885. Tipo: [Brasil], “Rio de Janeiro”; 

A.F.M. Glaziou 4083 (holótipo P!; isótipo R!). 

= Ditassa fulva E.Fourn. in Martius, Fl. bras. 6(4): 245, tab. 69, fig. 1. 1885. Tipo: [Brasil], “in prov. 

Minarum”, Ackermann [1831] (lectótipo BR 849370!, designado por Konno & Fontella-Pereira [2004]). 

Outros síntipos: “In Brasilia meridionali”, F. Sellow 833, 1679 (B, destruídos, US?). 

= Ditassa riedelli E.Fourn. in Martius, Fl. bras. 6(4): 247. 1885. Tipo: [Brasil], “inter fruticeta pr. Ilheos. 

Bahia”, L. Riedel 308 (holótipo LE!). 

= Ditassa paranensis Malme, Ark. Bot. 21A(3): 13. 1927. Tipo: [Brasil, Paraná], “Jaguariahyba”, 15 Feb. 

1925, P. Dusén 16746 (holótipo S!). 

= Ditassa velutina E.Fourn. in Martius, Fl. bras. 6(4): 248. 1885. Tipo: [Brasil], “in prov. Minarum”, Widgren 

39 [in herbarium martii 1945] (holótipo BR!). 

=Metastelma hirsutum Schltdl., Linnaea 14: 290, 1840, nom. nud. 

Figuras 5 E, 19 G-K, 31 I, 35 K. 

Trepadeira; ramos volúveis, hirsuto-tomentosos; coléteres interpeciolares presentes. Pecíolo 0,2- 

1,1cm compr., hirsuto; lâmina foliar 1,0-6,5 x 0,4-2,8cm, oval-lanceolada, ápice acuminado, base 

cuneada ou aguda, margem revoluta in sicco; hirsuta em ambas as faces; nervação broquidódroma; 

coléteres presentes na base da lâmina foliar. Cimeiras umbeliformes, subaxilares, 4-16 flores, 

antese gradativa; pedúnculo 1,0-3,0mm compr., tomentoso; brácteas florais hirsutas, ciliadas nas 

margens. Pedicelo 0,4-1,0cm compr., glabrescente; sépalas 0,7-1,2 x 0,6-0,8mm, oval-lanceoladas, 

hirsutas, margens glabras, coléteres axilares abaxiais presentes; corola sub-rotácea, alva, glabra na 

face abaxial; tubo 0,5-0,8mm compr., lobos 3,5-4 x 0,9-1,1mm, oval-lanceolados ou oblongos, 

pubescentes ou papilosos na face adaxial. Corona composta; segmentos externos ca. 2,8-3,0 x 

0,5mm, oval-lanceolados, longamente acuminados, delgados, unidos entre si na base; segmentos 

internos ca. 2,0-2,3 x 0,3mm, linear-lanceolados, inseridos na base das anteras. Ginostégio ca. 

2,0mm compr., cilíndrico, subséssil; clavúncula com ápice mamilado, anel vertical. Anteras 

subquadrangulares, asas mais longas que o dorso, dorso convexo; apêndice membranáceo 

suborbicular, inflexo. Corpúsculo 0,17-0,21 x 0,09-0,10mm, ovóide ou oblongo, tão longo quanto às 

polínias; caudículas 0,05-0,06mm compr., horizontais, planas, sub-retangulares, membrana 

reticulada basal presente, inseridas lateralmente nas polínias; polínias 0,17-0,20 x 0,08-0,10mm, 

ovóides a oblongas. Folículo 3,0-4,0cm compr., fusiforme, hirsuto-tomentoso. 

Guiana, Guiana Francesa, Brasil (Pará, Maranhão, Pernambuco, Paraíba, Bahia, Minas Gerais, 

Espírito Santo, Rio de Janeiro, São Paulo, Paraná, Rio Grande do Sul) e Argentina. Em formações de 

restinga, floresta pluvial atlântica, cerrado e caatinga, do nível do mar até 1200m. Coletada com 

flores de outubro a julho e frutos em janeiro, março e junho. 

Referências: Fournier 1885; Malme 1900; Fontella-Pereira et al. 1984; Fontella-Pereira et al. 1985; Fontella- 

Pereira et al. 1989; Fontella-Pereira et al. 1997; Konno 1997; Fontella-Pereira 1998; Rapini et al. 2001; Konno 

& Fontella-Pereira 2004; Konno & Wanderley 2004a. 

67


Espécimes examinados: GUIANA. BERBICE-CORENTYNE, Canje River, ca. 185Km from mouth of Canje, 5° 33' N, 

57° 40' W, 29 Out. 1989 (fl.), L.J. Gillespie 2557 (HB, K, US); DEMERARA-MAHAICA, Mahaica: Soesdyke-Linden 

Hwy from Timehri Airport to Kuru-Kuru Creek, 6° 25' N, 58° 15' W alt. 10 - 30m, 18 Mar. 1988 (fr.), W. Hahn 

3957a (NY, US); E. BERBICE-CORENTYNE, Digitima Savanna, Canje River, ca. 185km mouth of Caje, 5° 33' N, 

57° 40' W alt. 10 - 20m, 29 Out. 1989 (fl.), L.J. Gillespie 2557 (K). 

GUIANA FRANCESA. sem localidade precisa: s.d. (fl.), Sagot P 1145 (BM, GH, NY, P). 

BRASIL, sem localidade precisa: s.d. (fl.), Duboc s.n. (P); s.d. (fl.), A.F. Regnell s.n. (P); BAHIA, s.mun.: s.d. 

(fl.), P. Salzmann s.n. (K); s.d. (fl.), Luschnath 73 (BR, HAL); entre Ibiruçu e Maracás, 23 Jan. 1965 (fl.), E. 

Pereira 9648 (HB, M, R); Rodovia Jaquaquara a Rio Bahia, 7 Jul. 1979 (fl.), R.S. Pinheiro 1866 (CEPEC, RB); 

Caetité: Serra Geral de Caitité, ca. 3km from Caitité, road to Brejinhos das Ametistas. Campos gerais, 14° 05' 

S, 42° 29' W alt. 1000m, 10 Abr. 1980 (fl.), R.M. Harley 21188 (K, RB); Santa Cruz de Salinas: Arredores da BR 

251, 16° 00'21'' S, 41° 46'18'' W alt. 830m, 17 Maio 1999 (fl.), V.C. Souza 22793 (ESA); ESPÍRITO SANTO, Santa 

Teresa: cabeceira do Rio Bonito, terreno da Aeronáutica, Radar, 19° 56'08'' S, 40° 36'01'' W alt. 1030m, 12 Jun. 

2001 (fr.), L. Kollmann 3905 (MBML); Reserva Biológica de Nova Lombardia, estrada de Alto São Antônio, divisa 

da Tracomal, alt. 800m, 6 Fev. 2002 (fl.), L. Kollmann 5515 (MBML); MARANHÃO, Carema: 3° 15'12'' S, 44° 

23'40'' W, 11 Jan. 1950 (fl.), R.L. Fróes 25665 (IAN); MINAS GERAIS, s.mun.: s.d. (fl.), A. Saint-Hilaire B1 690 

(P); s.d. (fl.), A. Saint-Hilaire B2 2465 (P); Rod. BR-4, 60Km ao N da divisa Minas/Bahia, 25 Jun. 1965 (fl.), R.P. 

Belém 1199 (CEPEC, IAN, NY, UB); Serra do Espinhaço, Lapinha, ca. 20km N of Serro on road MG2 to 

Diamantina, 19° 34'13'' S, 43° 57'18'' W alt. 1200m, 25 Fev. 1968 (fl.), H.S. Irwin 20826 (MBM, NY, UB, UPS); 

Alto Caparaó: PARNA do Caparaó, Vale Verde. Floresta Aluvial, ao longo do Rio Caparaó, 20° 26' S, 41° 52'06'' 

W, 16 Fev. 2000 (fl.), V.C. Souza 23171 (ESA); Caldas: 21° 55'25'' S, 46° 23'10'' W, 16 Fev. 1878 (fl.), A.F. 

Regnell III 65 (HAS, K, M, P, R, S, UPS); Caparão: Parque Nacional de Caparão, 18° 45'28'' S, 44° 53'56'' W, 10 

Fev. 1973 (fl.), G. Hatschbach 31418 (HB, INPA, MBM, NY); Catas Altas: Serra do Caraça, 20° 04'29'' S, 43° 

24'27'' W, 1 Abr. 2000 (fl.), R.C. Mota 711 (BHCB); Grão Mogol: ca. 4km da cidade, estrada Grão Mogol - Porto 

Mandacarú, 16° 33'34'' S, 42° 53'23'' W, 10 Maio 1979 (fl.), V.F. Ferreira 772 (RB); Poços de Caldas: Mata da 

Colina, 21° 50'20'' S, 46° 33'53'' W, 17 Fev. 1981 (fl.), S.C. Pereira 849 (BHCB, UEC); Santa Bárbara: Serra do 

Caraça, 19° 57'34'' S, 43° 24'55'' W, 15 Fev. 2003 (fl.), J.R. Stehmann 3398 (BHCB); São Gonçalo do Rio Abaixo: 

19° 49'34'' S, 43° 21'44'' W, 21 Mar. 1992 (fl.), J.R. Stehmann s.n. (BHCB27684, HB74654); Estação Experimental 

de Peti (CEMIG), Mirante do Cruzeiro, 19° 49'34'' S, 43° 21'44'' W, 23 Abr. 2002 (fl.), J.A. Lombardi 4726 (BHCB, 

K); Viçosa: Campus da UFV, beira de mata atrás da Funarbe (supermercado), 20° 45'14'' S, 42° 52'55'' W, 12 

Mar. 1993 (fl.), M.F. Vieira 774 (VIC); PARÁ, Belém: 1° 27'21'' S, 48° 30'16'' W, 15 Nov. 1945 (fl.), J.Murça Pires 

637 (A, IAN); Capitão Poço: beira da estrada Matuti-Piri, 1° 44'47'' S, 47° 03'34'' W, 13 Jan. 1974 (fr.), E. 

Oliveira 6138 (MG); Maracanã: Ilha de Maiandeua, 0° 35'42'' S, 47° 34'55'' W, 30 Jan. 1988 (fl.), D.S.D. Araújo 

8500 (MG); PARANÁ, Jaguariaíva: 24° 15'04'' S, 49° 42'21'' W alt. 740m, 1 Abr. 1915 (fl.), P. Dusén 16961 (A, 

BM, K); Tibagi: Salto Conceição, Fazenda Monte Alegre. Mata primitiva às margens do rio Tibagi, 24° 30'34'' S, 

50° 24'49'' W, 3 Maio 1958 (fl.), G. Hatschbach 4565 (HB, MBM, MG); PARAÍBA, Areia: Lugares altos e frescos, 

incultos, Escola de Agronomia do nordeste, 6° 57'48'' S, 35° 41'30'' W, 18 Maio 1953 (fl.), J.C. de Moraes 712 

(IAN, MG); PERNAMBUCO, Garanhuns: Morro do Magano, 8° 53'25'' S, 36° 29'35'' W, 10 Jan. 1972 (fl.), M.B. 

Ferreira 1524 (HEPH); RIO DE JANEIRO, Nova Friburgo: Rio Bonito de Lumiar, 1 Mar. 2004 (fl.), R.C. Forzza 

2744 (RB, SPF); Rio de Janeiro: Rio de Janeiro, Morro do Cantagalo, 22° 59' S, 43° 12' W, Jun. 1887 (fl.), A.W. 

Schwacke s.n. (HAS54169); Vista Chinesa, 22° 58' S, 43° 18' W, E. Pereira 37 (RB); 10 Jan. 1942 (fl.), E. Pereira 

44 (MBM, RB); Santa Maria Madalena: Pedra Dubois, 21° 57'19'' S, 42° 00'29'' W, 22 Mar. 1955 (fl.), E. Pereira 

1298 (RB); Teresópolis: PARNA da Serra dos Órgãos, 22° 30' S, 42° 59' W, 9 Maio 1870 (fl.), A.F.M. Glaziou 4095 

a (HAS, R); SÃO PAULO, s.mun.: s.d. (fl.), W.J. Burchell 4687 (BR); 20 Mar. 1874 (fl.), Mosén 1468 (P); Caixa 

d'Água do Araça, 8 Jan. 1918 (fl.), F.C. Hoehne 1478 (A, B); Itaquera: P. Ecol. da APA do Carmo, 23° 32'51'' S, 

46° 38'10'' W, 22 Fev. 1995 (fl.), R.F.J. Garcia 615 (HRCB, PMSP); Itú: Mata do Governo, 23° 15'51'' S, 47° 17'57'' 

W, 7 Mar. 1934 (fl.), A. Gehrt s.n. (SP31610); São Paulo: São Paulo, Instituto de Botânica de São Paulo, 23° 

32'51'' S, 46° 38'10'' W, 15 Fev. 2001 (fl.), T.U.P. Konno 779* (SP); Araçá, 12 Fev. 1918 (fl.), F.C. Hoehne s.n. 

(SP1478); Instituto de Botânica de São Paulo, 21 Fev. 1976 (fl.), G. Davidse 10416 (NY, SP); 18 Fev. 1934 (fl.), 

O. Handro s.n. (SP74163); P. E. das Fontes do Ipiranga, 26 Fev. 1945 (fl.), W. Hoehne s.n. (HB, SPF11729); P. E. 

das Fontes do Ipiranga, 27 Fev. 1978 (fl.), M.M.R.F. de Melo 66 (HB, RB, SP); São Paulo, 23 Fev. 1913 (fl.), A.C. 

Brade 5682 (R, SP); São Paulo, estrada para Osasco, 23 Fev. 1918 (fl.), F.C. Hoehne s.n. (SP1478). 

Ditassa hispida se destaca das demais espécies do gênero pelo indumento hirsuto, 

distribuído por toda a planta. Fontella-Pereira (1979a) e Konno & Fontella-Pereira (2004) 

sinonimizaram várias espécies em D. hispida. Contudo, Ditassa guilleminiana apresenta um caráter 

único dentre as espécies hirsuto-tomentosas que são os segmentos internos da corona oblongos, 

sendo restabelecida neste tratamento. Em decorrência de sua ampla distribuição geográfica e das 

variações morfológicas presentes na espécie, especialmente quanto à inflorescência e corona, D. 

hispida é aqui tratada como um complexo de espécies. 

68


24. Ditassa imbricata E. Fourn. in Martius, Fl. bras. 6(4): 240. 1885. Tipo: [Brasil], “prope Rio de 

Janeiro”, s.d. (fl.), A.F.M. Glaziou 3728 (holótipo P!; isótipos C!, R!). 

Figuras 5 F, 23 E, 32 E, 34 F. 

Trepadeira; ramos ascendentes, pilosos sobre toda a superfície ou apenas bilateralmente; coléteres 

interpeciolares presentes. Pecíolo 0,5-1,5mm compr., glabro; lâmina foliar 3,0-9,5 x 1,5-3,5mm, 

obovada ou eventualmente elíptica, ápice obtuso, mucronado, base aguda, margem revoluta, 

ciliada; face adaxial esparsamente pubescente nas margens e nervura principal a glabrescente, face 

abaxial glabra; nervação broquidódroma; coléteres ausentes na base da lâmina foliar. Cimeiras 

umbeliformes, subaxilares, 1-3 flores, antese gradativa; pedúnculo 0,5-0,7mm compr., 

esparsamente hirsuto a glabrescente; brácteas florais glabras. Pedicelo 1,2-1,6mm compr., hirto ou 

glabro; sépalas 0,9-1,2 x 0,3-0,4mm, oval-lanceoladas, esparsamente pubescentes a glabras, 

margens glabras, coléteres axilares abaxiais presentes; corola campanulada a rotácea, alvacenta, 

glabra na face abaxial; tubo até 0,5mm compr., lobos (1,0-)1,4-1,7 x (0,5-)0,7-1,0mm, oval- 

lanceolados, papilosos na face adaxial. Corona composta; segmentos externos 1,2-1,4mm x 0,4- 

0,5mm, obovados, longamente acuminados e incurvados a sigmóides no ápice, delgados, unidos 

entre si na base; segmentos internos 0,7-0,8mm compr., laminares, filiformes, inflexos sobre o 

ginostégio, inseridos na base das anteras. Ginostégio 0,4-0,5mm compr., cilíndrico, séssil; 

clavúncula com ápice capitado, anel levemente oblíquo. Anteras subquadrangulares, asas mais 

longas que o dorso, dorso levemente convexo, apêndice membranáceo cordiforme, inflexo. 

Corpúsculo 0,10-0,19 x 0,04-0,06mm, oblongo, tão longo quanto às polínias; caudículas 0,04- 

0,07mm compr., sinuosas, cilíndricas, inseridas subapicalmente nas polínias; polínias 0,11-0,17 x 

0,03-0,04mm, oblongas a fusiformes. 

Brasil (Rio de Janeiro). Floresta pluvial atlântica, acima de 1000m.s.m. Coletada com flores em 

março, agosto e dezembro. 

Espécimes examinados: BRASIL. RIO DE JANEIRO, s.mun.: Serra dos Órgãos, 22° 27' S, 43° 00' W, s.d. (fl.) 

A.W. Schwacke 4637 (HAS); 15 Mar. 1888 (fl.), A.F.M. Glaziou 17140 (BR, IAN, K, NY, P); 8 Ago. 1869 (fl.), 

A.F.M. Glaziou 3728 (C, MG, P); Dez. 1897 (fl.), E. Ule 4294 (HAS, R); Santa Maria Madalena: Pedra das Flores, 

21° 57'19'' S, 42° 00'29'' W alt. 1200m, 4 Mar. 1934 (fl.), J. Santos Lima 13243 (RB). 

Ditassa imbricata caracteriza-se pelos ramos ascendentes e folhas diminutas dispostas 

imbricadamente ao longo do ramo. O indumento a difere de Ditassa mucronata, sendo apenas 

esparsamente pubescente sobre a nervura principal e margens na face adaxial e glabra na face 

abaxial (vs. totalmente pubescente na face adaxial e tomentosa na face abaxial). As flores em D. 

imbricata, D. mucronata e D. nitida são quase idênticas, principalmente pelos polinários com 

caudículas sinuosas, caráter que também as aproximam de D. aequicymosa. A identidade 

taxonômica de Ditassa imbricata é questionável, podendo vir a ser considerada como um sinônimo 

de D. mucronata, com a qual ocorre em simpatria. 

69


A ausência de registros recentes torna o táxon ao menos vulnerável, já que estaria 

ocorrendo em áreas protegidas (Parque Nacional da Serra dos Órgãos e Parque Estadual do 

Desengano). 

25. Ditassa insignis Farinaccio & Mello-Silva, Kew Bull. 59(1): 145. 2004. Tipo: “Brazil, Minas 

Gerais, São Roque de Minas, Parque Nacional da Serra da Canastra, morro após a nascente do rio 

São Francisco”, 19 Feb. 1997 (fl.), R. Romero et al. 3882 (holótipo SPF!; isótipos HUFU, K, MO, RB). 

Figuras 6 A, 31 J. 

Trepadeira; ramos volúveis, pubescentes unilateralmente; coléteres interpeciolares presentes. 

Pecíolo 3,5-6,0mm compr., adaxialmente pubérulo; lâmina foliar 1,7-6,5 x 1,0-2,5cm, elíptica, 

oblonga, às vezes oboval, ápice agudo, mucronado, base cuneada, margem plana, esparsamente 

ciliada; glabra em ambas as faces; nervação broquidódroma; coléteres presentes na base da lâmina 

foliar. Cimeiras umbeliformes, subaxilares, 8-15 flores, antese gradativa; pedúnculo 2,0-4,0mm 

compr., unilateralmente pubescente; brácteas florais glabras. Pedicelo 2,5-5,0mm compr., 

unilateralmente pubérulo a pubescente; sépalas 2,0-2,5 x 1,3-1,5mm, ovais, totalmente glabras, 

coléteres axilares abaxiais presentes; corola rotácea, alva, glabra na face abaxial; tubo 0,3-0,8mm 

compr., lobos 3,7-5,8 x 1,3-2,0mm, lanceoladas, barbelada junto a fauce, pubérulas a pubescentes 

em direção ao ápice na face adaxial. Corona composta; segmentos externos 3,5-5,7mm x 0,8- 

1,3mm, ovais, ápice longamente acuminado, delgados, unidos entre si na base; segmentos internos 

2,2-2,8mm x 0,4-0,5mm, estreitamente oblongos, inflexos, ápice agudo, inseridos na base das 

anteras. Ginostégio 1,8-2,0mm compr., cilíndrico, séssil; clavúncula com ápice capitado, anel 

vertical. Anteras retangulares, asas mais longas que o dorso, dorso convexo, apêndice 

membranáceo suborbicular, levemente inflexo. Corpúsculo 0,21-0,26 x 0,1-0,11mm, oblongo, 

menor que as polínias; caudículas 0,1-0,13mm compr., horizontais, pouco ascendentes, planas, sub- 

retangulares, membrana reticulada basal presente, inseridas lateralmente nas polínias; polínios 

0,32-0,40 x 0,11-0,16mm, oblongos a fusiformes. Folículo 3,0-5,5cm compr., fusiforme, tomentoso 

a velutino. 

Brasil (Minas Gerais: Serra da Canastra). Cerrado. 900-1300m.s.m. Coletada com flores de janeiro a 

julho e em setembro e novembro, frutos de maio a setembro. 

Referências: Farinaccio & Mello-Silva 2004 a , 2004b. 

Espécimes examinados: BRASIL. MINAS GERAIS, São Roque de Minas: PARNA Serra da Canastra, 3km da sede 

administrativa, 20° 14'43'' S, 46° 21'57'' W, 10 Maio 1995 (fl.), J.N. Nakajima 1021 (HUFU); torre de observação 

próximo ao Curral de Pedras, 14 Maio 1999 (fl./fr.), M.A. Farinaccio 294 (HRCB, HUFU, SPF); morro próximo à 

sede administrativa, 17 Mar. 1995 (fl.), R. Romero 1900 (HUFU, SPF); 18 Abr. 1992, N.M. Castro 313 (HUFU); 

morro após a nascente do Rio São Francisco, 19 Fev. 1997 (fl.), R. Romero et al. 3882* (HUFU, SPF); trilha para 

o Sítio João Domingos, 20 Mar. 1996 (fl.), R. Romero et al. 3346 (HUFU, SPF); morro próximo à nascente do Rio 

São Francisco, 20 Nov. 1998 (fl.), M.A. Farinaccio 166 (SPF); vale da nascente do Rio São Francisco, 21 Fev. 

1994 (fl.), J.N. Nakajima 161 (HUFU, SPF); guarita de São João Batista, 23 Ago. 1997 (fr.), R. Romero 4564 

70


(HUFU, SPF); morro atrás do centro de visitantes, 25 Set. 1995 (fl.), J.N. Nakajima 1336 (HUFU); Chapadão do 

Diamante, 29 Jun. 1997 (fl.), R. Romero 4357 (HUFU, SPF); morro antes da nascente do Rio São Francisco, 9 

Jan. 1998 (fl.), R. Romero 4850 (HUFU, SPF); serra atrás da nascente do Rio São Francisco, 9 Jul. 1996 (fr.), 

J.N. Nakajima 1875 (HUFU, SPF); torre de observação atrás do Curral de Pedras, 9 Jul. 1999 (fl.), M.A. 

Farinaccio 378 (SPF); M.A. Farinaccio 371 (SPF); trilha do córrega da fazenda, 16 Abr. 1997 (fl)., R. Romero 

4078 (SPF); 20° 15'33'' S, 46° 26'05'' W, 16 Mar. 2003 (fl.), M.A. Farinaccio 510 (SPF). 

Ditassa insignis foi recentemente descrita para o Parque Nacional da Serra da Canastra 

(MG). Sua morfologia a aproxima muito de D. lineares (Farinaccio & Mello-Silva 2004 a , 2004 b ), da 

qual difere por ter plantas mais robustas, flores maiores (lobos da corola 4,0-6,0mm vs. 2,5-4,0mm 

em D. lineares) e pelas inflorescências com mais de 10 flores (vs. até 6 em D. lineares). As folhas 

com nervuras secundárias retilínias a inserem no complexo de espécies afins a D. eximia. 

26. Ditassa itambensis Rapini, Kew Bull. 57(3): 575, fig. 4. 2002. Tipo: “Brasil, Minas Gerais, Santo 

Antônio do Itambé, Pico do Itambé”, 12 Fev. 1972 (fl./fr.), W.R. Andersson et al. 35888* (holótipo 

MBM!; isótipos HB, MO, NY, UB). 

Figuras 6 B, 31 K. 

Trepadeira; ramos volúveis, tomentosos; coléteres interpeciolares ausentes. Pecíolo 0,5-1,0cm 

compr., pubescente; lâmina foliar 1,5-5,0 x 1,0-3,0cm, largamente elíptica, ápice arredondado, 

mucronado, base obtusa a arredondada, margem revoluta; pubescente em ambas as faces; nervação 


4 flores, antese gradativa; pedúnculo 2,0-4,0mm compr., piloso; brácteas florais pilosas. Pedicelo 

ca. 1,0mm compr., piloso; sépalas 2,0-2,3 x 1,2mm, oval-lanceoladas, pilosas, margens 

esparsamente ciliadas, coléteres axilares abaxiais presentes; corola campanulada, alva, glabra na 

face abaxial; tubo ca. 1,0mm compr., lobos ca. 2,5 x 2,0mm, ovais, vilosas na face adaxial. Corona 

composta; segmentos externos ca. 1,3 x 1,0mm, largamente ovais, ápice apiculado, carnosos, livres 

entre si; segmentos internos diminutos a inconspícuos, inseridos na base das anteras. Ginostégio ca. 

1,5mm compr., subcônico, séssil; clavúncula com ápice subcônico, anel vertical. Anteras 

trapezoidais, asas mais longas que o dorso, dorso subplano, apêndice membranáceo obcordiforme, 

ereto. Corpúsculo 0,20-0,22 x 0,10-0,12mm, oblongo, menor ou tão longo quanto às polínias; 

caudículas ca. 0,05mm compr., horizontais, planas, retangulares, membrana reticulada basal 

presente, inseridas lateralmente nas polínias; polínias 0,22 x 0,09-0,10mm, oblongas. Folículo ca. 

3,8cm compr., fusiforme, pubescente. 

Brasil (Minas Gerais: Santo Antônio do Imbé). Campos rupestres, 1500-1600m.s.m. Coletada com 

flores em fevereiro e abril e com frutos em fevereiro. 

Referências: Rapini et al. 2001. 

Espécimes examinados: BRASIL. MINAS GERAIS, Santo Antonio do Imbé: Pico do Itambé, 12 Fev 1972 (fl./fr.), 

W.R. Anderson et al. 35888 (MBM); 18° 24'05'' S, 43° 19'02'' W alt. 1500m, 7 Abr. 1998 (fl.), V.C. Souza 21033 

(ESA, SPF). 

71


Ditassa itambensis faz parte do complexo de espécies relacionadas à D. tomentosa 

(vide Tabela 3). Apesar da grande semelhança com Ditassa longisepala, especialmente em relação 

às sépalas ultrapassando longamente o tubo da corola, destaca-se das demais espécies do complexo 

pelos pecíolos que podem chegar a 1,0cm compr. e pelo pedúnculo também mais alongado que o 

das demais espécies (com até 4,0mm compr. vs. geralmente menores que 2,0mm). 

27. Ditassa laevis Mart., Nov. Gen. Sp. Pl. 1: 53. 1824. Tipo: [Brasil], “habitat in adscensu montis 

Itambé do Mato dentro, Provinciae Minas Geraes”, s.d. (fl.), C.F.P. Martius s.n. (holótipo M!). 

Figuras 6 C, 20 D-G, 31 L. 

Subarbusto; ramos volúveis, pubérulo; coléteres interpeciolares presentes. Pecíolo 1,0-3,0mm 

compr., adaxialmente pubérulo; lâmina foliar 1,0-2,8 x 0,3-0,5cm, oblonga a estreitamente 

elíptica, ápice mucronado, base cuneada a arredondada, margem levemente revoluta, 

esparsamente ciliada; glabra em ambas as faces; nervação broquidódroma; coléteres presentes na 

base da lâmina foliar. Cimeiras glomeruliformes, subaxilares, 3-6 flores, antese gradativa; 

pedúnculo 0,5-1,0mm compr., unilateralmente pubescente; brácteas florais glabras. Pedicelo 1,0- 

1,3mm compr., unilateralmente pubescente; sépalas 1,3-1,5 x 0,9-1,1mm, ovais, totalmente 

glabras, coléteres axilares abaxiais presentes; corola campanulada, alvacenta, glabra na face 

abaxial; tubo 0,8-1,0mm compr., lobos 1,5-1,8 x ca. 1,0mm, oval-lanceolados, papiloso-pubérula 

nas laterais, porção mediana central até a base glabra na face adaxial. Corona composta; 

segmentos externos ca. 0,7-1,0 x 0,3mm, oblongos, ápice acuminado, recurvo na extermindade, 

delgados, unidos entre si na base; segmentos internos 0,4-0,5 x ca. 0,1mm, ligulados, inseridos na 

base das anteras. Ginostégio 0,8-1,0mm compr., cilíndrico, subséssil; clavúncula com ápice 

mamilado, anel oblíquo. Anteras retangulares, asas tão longas quanto o dorso, dorso convexo, 

apêndice membranáceo suborbicular, inflexo. Corpúsculo 0,16-0,20x0,08-0,10mm, oblongo, menor 

que as polínias; caudículas 0,05-0,07mm compr., horizontais, subcilíndricas, membrana reticulada 

basal discreta, inseridas lateralmente nas polínias; polínias 0,20-0,27x0,06-0,10mm, ovóides. 

Folículo imaturo, fusiforme, piloso. 

Brasil (Minas Gerais). Cerrado e campo rupestre, acima de 1000m.s.m. Coletada com flores de 

novembro a maio e frutos em abril. 

Referências: Decaisne 1844; Fournier 1885; Fontella-Pereira 1965; Fontella-Pereira et al. 1984b; Rapini et al. 

2001. 

Espécimes examinados: BRASIL. sem localidade precisa: s.d., Sellow s.n. (B); MINAS GERAIS, Barão de Cocais: 

Serra do Garimpo, 10km by road NW of Barão de Cocais, 19° 51' S, 43° 31' W, 4 Maio 1982 (fl.), N. Hensold 

CFCR3931 (RB, SPF); Caeté: Serra da Piedade, 19° 52'48'' S, 43° 40'11'' W, 20 Jan. 1970 (fl.), M.B. Ferreira 92 

(UB); Ibitipoca: Serra de Ibitipoca, 21° 33'46'' S, 43° 54'53'' W, 15 Maio 1970 (fl.), L. Krieger s.n. (CESJ9149, 

RB199084); Ouro Preto: Alto do Itacolomi, 20° 19' S, 43° 29' W, s.d. (fl.), L. Damazio 955 (HAS, OUPR); 

Itacolomi, s.d. (fl.), A.W. Schwacke s.n. (BHCB110); Fev. 1892 (fl.), E. Ule 2636 (HAS, R); 15 Fev. 1907 (fl.), 

J.S. Novaes s.n. (SP17954); 25 Fev. 1987 (fl.), T.S.M. Grandi 2409 (BHCB, BR); Ouro Preto: P. E. do Itacolomi, 

20° 17'15'' S, 43° 30'29'' W, 10 Mar. 1999 (fl.), H.C. de Souza 231* (OUPR); P. E. do Itacolomi, 5 Maio 1983 (fl.), 

J. Badini s.n. (OUPR26301); 6 Abr. 1986 (fl.), M. Peron s.n. (OUPR26824); 15 Maio 1983 (fl.), J. Badini s.n. 

72


(OUPR26287); Pico do Itacolomi, Ayruoca, 9 Fev. 1884 (fl.), A.F.M. Glaziou 15229 (K, P); Serra do Itacolomi, 14 

Nov. 1987 (fl.), J. Badini s.n. (OUPR, SPF128271); 18 Abr. 1981 (fl./fr.), J. Badini s.n. (OUPR25677); Serro 

Frio: Ayruoca, 18° 36'17'' S, 43° 22'46'' W, 22 Jan. 1886 (fl.), A.F.M. Glaziou 16258 (B, BR, HAS, K). 

Ditassa laevis é simpátrida à D. lineares, com a qual se assemelha no hábito e nas 

folhas, bem como no indumento dos lobos da corola que geralmente delimitam uma porção central 

glabrescente. Difere pelas flores menores em inflorescências congestas e pelos segmentos da corona 

tão longos quanto o ginostégio (vs. ultrapassando longamente o ginostégio em D. lineares). 

28. Ditassa lenheirensis Silveira, Fl. Serr. Min.: 20, tab. 6. 1908. Tipo: [Brasil], “in campis arenosis 

in Serra do Lenheiro prope urbem S. João d’El Rei, Minas”, Abr. 1896 (fl.), A. Silveira 277 (holótipo 

R). 

= Ditassa hoehnei Malme, Ark. Bot. 28A(5): 19, fig. 11. 1936. Tipo: [Brasil], “Minas Geraes, Campos altos do 

Turvo”, 24 Abr. 1926 (fl.), A. Gehrt 17482 (holótipo S!; isótipo SP17482!). 

Figuras 6 D, 21 A-E, 31 M, 34 G, 35 L. 

Trepadeira; ramos volúveis, unilateralmente pubescentes a glabrescentes; coléteres interpeciolares 

presentes. Pecíolo 3,0-8,0mm compr., pubérulo na face adaxial; lâmina foliar 1,0-3,8 x 0,5-1,8cm, 

elíptica, oblonga ou obovada, ápice mucronado, base cuneada ou aguda, margem revoluta, ciliada; 

face adaxial pubescente somente sobre a nervura principal e múcron a glabrescente, face abaxial 

glabra; nervação broquidódroma; coléteres presentes na base da lâmina foliar. Cimeiras 

glomeruliformes, subaxilares, com até 24 flores, antese gradativa; pedúnculo 0,5-2,0mm compr., 

glabro; brácteas florais ciliadas nas margens. Pedicelo 1,0-1,5mm compr., glabro; sépalas 1,0-1,2 x 

0,7-1,0mm, ovais, glabras, margens esparsamente ciliadas, coléteres axilares abaxiais presentes; 

corola campanulada, rósea ou rósea-alvacenta, glabra na face abaxial; tubo 0,5-0,7mm compr., 

lobos 2,2-2,5 x 1,0-1,2mm, oval-lanceolados, papilosos, glabros na porção central na face adaxial. 

Corona composta; segmentos externos 1,5-1,7mm x 0,5-0,6mm, ovais, longamente acuminados, 

delgados, livres entre si; segmentos internos 0,5-0,9mm x ca. 0,4mm, lanceolados a triangulares, 

laminares, levemente curvados no ápice, inseridos na base das anteras. Ginostégio ca. 0,5mm 

compr., subcônico, estipitado; clavúncula com ápice cônico, anel levemente oblíquo. Anteras 

retangulares a subquadrangulares, asas mais curtas que o dorso, dorso abaulado, apêndice do 

conectivo obcordiforme, ereto. Corpúsculo 0,18-0,21 x 0,06-0,08mm, estreitamente oblongo, 

menor que as polínias; caudículas 0,10-0,16mm compr., sinuosas, cilíndricas, inseridas lateralmente 

nas polínias; polínias 0,24-0,30 x 0,12-0,16mm, ovóides a clavadas. 

Brasil (Distrito Federal, Goiás, Bahia, Minas Gerais). Principalmente no cerrado, 800-1300m.s.m. 

Coletada com flores de março a outrubro e com frutos em abril e outubro. 

Referências: Rapini et al. 2001; Konno & Mezabarba 2004; Farinaccio & Mello-Silva 2004 a . 

73


Espécimes examinados: BRASIL. sem localidade precisa: s.d., M. Weddell 2576 (P); BAHIA, Jussiape: estrada 

para Capão de Volta ca. 8km de Jussiape, 13° 26'58'' S, 41° 30'42'' W alt. 1100m, 18 Maio 1999 (fl.), V.C. Souza 

22754 (ESA, SPF); Rio de Contas: Trilha da Capelinha, 13° 34'44'' S, 41° 48'41'' W alt. 1100m, 6 Mar. 2002 (fl.), 

T.U.P. Konno 814 (SP); DISTRITO FEDERAL, Brasília: Barragem do São Bartolomeu, Mata ciliar do córrego 

Papuda. Área de inundação, 15° 46'47'' S, 47° 55'47'' W, 15 Maio 1979 (fl.), E.P. Heringer 1408 (IBGE, NY, RB, 

UEC); Reserva Ecológica do IBGE, próximo ao laboratório da Divisão sde Estudos Ambientais (DIESA), 15° 56'30'' 

S, 47° 52'15'' W, 1 Jun. 1990 (fl.), M.A. Silva 975 (IBGE, RB, SP); estrada dos visitantes, 11 Jul. 1993, C. Proença 

852 (HB, UB); lado direito da estrada em direção ao portão, cerrado alto atrás do campo de futebol, ca. 500m 

da sede, alt. 1030m, 12 Maio 1998 (fl.), R. Marquete 2878 (HB, IBGE, RB); 15° 56'28'' S, 47° 52'05'' W, 25 Ago. 

1988 (fl.), M. Pereira Neto 34 (IBGE, R, RB); cerrado ao lado do Laboratório do DERPE, 6 Maio 1982 (fl.), B.A.S. 

Pereira 242 (IBGE, K, MO, US); GOIÁS, s.mun.: entre Paraíso e Cavalcanti, s.d. (fl.), L.E. Mello Filho 4326 (R); 

Alto Paraíso de Goiás: Chapada dos Veadeiros, Estrada para Teresina de Goiás, 14° 07'57'' S, 47° 30'36'' W, 11 

Out. 1979 (fl./fr.), E.P. Heringer 2471 (IBGE, K); Corumbá de Goiás: Serra dos Pirineus, ca. 15k N de Corumbá 

de Goiás, 15° 55'25'' S, 48° 48'31'' W alt. 1250 - 1300m, 14 Maio 1973 (fl.), W.R. Anderson 10217 (MBM, NY, R, 

UB, UPS); Planaltina: Rod. GO 118, 45km S de S. Gabriel de Goiás, 15° 27'10'' S, 47° 36'51'' W, 8 Maio 2000 (fl.), 

G. Hatschbach 70614 (MBM); São João da Aliança: Rodovia GO-12, 14° 42'20'' S, 47° 31'29'' W, 23 Maio 1975 

(fl.), G. Hatschbach 36712 (HB, MBM, NY, UEC); Água Fria de Goiás: Estação Repetidora da Telebrasília de 

Roncador, 14° 59'08'' S, 47° 47'03'' W alt. 1200m, 12 Jun. 1993 (fl.), G. Hatschbach 59324 (BR, HUEFS, MBM, 

NY); MINAS GERAIS, Buenópolis: ligação da BR 135 ao Proj. Curimataí, km 9, 17° 52'24'' S, 44° 10'48'' W alt. 

800m, 19 Maio 2001 (fl.), G. Hatschbach 72193 (MBM); Claro das Poções: BR 365, 17° 04'47'' S, 44° 12'31'' W, 15 

Jun. 1990 (fl.), G. Hatschbach 54315* (MBM); Felixlândia: Fazenda Santa Cruz, Mannesmann Florestal, 18° 

45'29'' S, 44° 53'56'' W, 19 Maio 1999 (fl.), A.A. Azevedo s.n. (BHCB47497); Formiga: Rodovia Formiga- 

Divinópolis, km 178, 20° 27'52'' S, 42° 25'35'' W alt. 920m, 22 Maio 1978 (fl.), H.F. Leitão Filho 7841 (MBM, MG, 

UEC); Itutinga: estrada Lavras-São João del Rey, afloramento a ca. 7km de Itutinga, 21° 17'53'' S, 44° 39'28'' W, 

22 Maio 1978 (fl.), A.O. Simões 830 (SPF, UEC); 25 Dez. 2002, J. Chaddad Jr. 181 B (ESA); Nova Lima: Morro do 

Chapéu, 19° 59'08'' S, 43° 50'48'' W, 1 Maio 1983 (fl.), T.S.M. Grandi 1373 (BHCB); Sabará: Cubango, 19° 53'11'' 

S, 43° 48'24'' W, 29 Abr. 1937 (fl.), Mello Barreto 7731 (R); Santana do Riacho: Serra do Cipó, próximo ao Rio 

Cipó, 18° 45' S, 43° 35' W, 27 Abr. 1993 (fl.), J.A. Lombardi 192 (BHCB, HB); São João del Rey: Serra do 

Lenheiro, 21° 08'08'' S, 44° 15'42'' W alt. 1300m, 25 Abr. 1957 (fl./fr.), E. Pereira 3147 (HB); São Roque de 

Minas: PARNA Serra da Canastra, Cachoeira dos Rolinhos, 20° 14'43'' S, 46° 21'57'' W, 21 Mar. 1996 (fl.), J.N. 

Nakajima 1666 (HUFU, SPF); São Tomé das Letras: Fazenda dos Correa, Paredão, 21° 43'20'' S, 44° 59'07'' W, 29 

Mar. 2002 (fl.), R.C. Forzza 2163 (CESJ, HB); Várzea da Palma: Serra do Cabral, Estrada para Joquim Felício, 

17° 35'53'' S, 44° 43'51'' W, 24 Maio 1982 (fl.), E.F. Almeida 273 (HRB, RB). 

Ditassa lenheirensis é uma espécie característica do cerrado. Apresenta flores róseas 

agrupadas em inflorescências glomeruliformes, exalando um odor melífero. As folhas com nervações 

secundárias numerosas e retinlíneas estabelecem seu relacionamento ao grupo de Ditassa eximia. 

29. Ditassa leonii Fontella & T.U.P. Konno, Bradea 8(47): 319, fig. 1. 2002. Tipo: “Brasil, Estado 

de Minas Gerais, Alto Caparaó, Parque Nacional, Arrozal”, 2300m.s.m., 9 Jan. 1999 (fl.), L. Leoni 

4089 (holótipo HB; isótipo GFJP). 

Figuras 6 E, 14 E-I, 31 N. 

Subarbusto ca. 1,0m alt.; ramos ascendentes, unilateralmente pubescentes; coléteres 

interpeciolares presentes. Pecíolo 2,0-4,0mm compr., esparsamente pubescente; lâmina foliar 0,8- 

4,0 x 0,5-1,9cm, obovada ou oblonga, ápice truncado a arredondado, mucronado, levemente 

emarginado, base atenuada ou cuneada, margem plana; glabra em ambas as faces; nervação 


7 flores, antese gradativa; pedúnculo 2,0-5,0cm compr., glabro; brácteas florais glabras. Pedicelo 

com até 1,4cm compr., glabro; sépalas ca, 2,0 x 1,5mm, ovais, totalmente glabras, coléteres 

axilares abaxiais ausentes; corola rotácea, alva, glabra na face abaxial; tubo ca. 1,0mm compr., 

lobos 3,5-4,0 x ca. 3,0mm, ovados, papilosas com a porção central basal glabra na face adaxial. 

74


Corona simples; segmentos prolongando-se em lobos livres, ca. 0,8mm compr., triangulares, 

carnosos, unidos entre si, pateliformes na base. Ginostégio ca. 1,5mm compr., cilíndrico, subséssil; 

clavúncula com ápice mamilado, anel vertical. Anteras subretangular, asas mais longas que o dorso, 

dorso abaulado, apêndice membranáceo suborbicular, subereto. Corpúsculo 0,30-0,39 x 0,15- 

0,19mm, ovóide, maior ou tão longo quanto às polínias; caudículas 0,95-1,23mm compr., 

horizontais, planas, sub-retangulares, membrana reticulada basal presente, inseridas lateralmente 

nas polínias; polínias 0,28-0,33 x 0,13-0,15mm ovóides a oblongas. 

Brasil (Minas Gerais, Espírito Santo). Campos de altitude, 1700-2300m.s.m. Coletada com flores de 

janeiro a abril. 

Espécimes examinados: BRASIL. ESPÍRITO SANTO, Iúna: PARNA do Caparaó, entre Terreirão e Arrozal, 18 Fev. 

2000 (fl.), V.C. Souza 23387 (ESA, SPF); MINAS GERAIS, Alto Caparaó: PARNA do Caparaó, Arrozal, 20° 26' S, 

41° 52'06'' W alt. 2300m, 9 Jan. 1999 (fl.), L.S. Leoni 4089* (GFJP, HB, SPF); Araponga: P.E. da Serra do 

Brigadeiro, Serra das Cabeças, Totem Deitado, 20° 40' S, 42° 31'15'' W alt. 1722m, 30 Jan. 2002 (fl.), A.N. 

Caiafa 207 (VIC); Serra das Cabeças. Platô da Serra, alt. 1723m, 14 Fev. 2001 (fl.), G.E. Valente 617 (HB, VIC); 

Caparaó: PARNA do Caparaó, Troqueira, 20° 31'23'' S, 41° 54'16'' W alt. 1900m, 5 Fev. 1985 (fl.), H.C. de Lima 

2551 (RB); alt. 2000m, 20 Mar. 1988 (fl.), R.F. Novelino s.n. (CESJ22366); Carangola: Serra da Gramma, 20° 

43'59'' S, 42° 01'46'' W, 19 Abr. 1935 (fl.), J.G. Kullmann 132 (VIC); São Bento: 13 Abr. 1933 (fl.), Mello Barreto 

982 (RB). 

Ditassa leonii assemelha-se à D. conceptionis, distinguindo-se pelas folhas maiores 

(podendo atingir 4,0cm compr. vs. folhas com até 2,0) e inflorescências longamente pedunculadas 

(maiores que 1,0cm x menores que 1,0cm). As duas espécies também ocorrem em altitudes em 

torno de 2000m.s.m., porém em serras distintas. Ditassa leonii tem registros mais frequentes para a 

Serra do Caparaó e arredores (Minas Gerais-Espírito Santo) e D. conceptionis na Serra da Mantiqueira 

(Rio de Janeiro-São Paulo). 

30. Ditassa linearis Mart., Nov. Gen. Sp. Pl. 1: 53. 1824. Tipo: [Brasil, Minas Gerais], “habitat in 

Morro de Villa Rica”, s.d. (fl.), C.F.P. Martius 807 (holótipo M!). 

= Ditassa hilariana E. Fourn. in Martius, Fl. bras. 6(4): 254. 1885. Tipo: “In Serra da Ibitipoca in Prov. 

Minarum”, s.d. (fl.), A. Saint- Hilaire [D-282] (holótipo P!). 

= Ditassa myrtilloides E.Fourn. in Martius, Fl. bras. 6(4): 251. 1885. Síntipos: [Brasil], “In Serra da Moeda”, 

F. Sellow 846 (B destruído, US n.v.); “ad Burem” [Bureca], s.d. (fl.), H.W. Schott 5382 (W!). Syn. nov. 

= Ditassa odorata K. Schum., Bot. Jahrb. 25(6): 21. 1898. Tipo: “In Brasilia civitate Minas Geraes in Serra de 

Ouro Preto 1500m alt.”, s.d. (fl.), A.W. Schwacke 9203 (lectótipo RB!, designado por Fontella-Pereira & 

Schwarz [1981]) 

= Ditassa saxatilis Silveira, Fl. Serr. Min.: 21. 1908. – Tipo: [Brasil], “in campis inter saxa in Serra do 

Papagaio, Minas”, Nov. 1897(fl.), A. Silveira 280 (holótipo R!). 

Figuras 6 F, 21 F-I, 31 O. 

Subarbusto; ramos volúveis ou prostrados, pubescentes por toda a superfície ou apenas 

lateralmente; coléteres interpeciolares presentes. Pecíolo 1,0-3,0mm compr., adaxialmente 

pubérulo a glabrescente; lâmina foliar 1,0-3,5(-5,5) x 0,1-0,4(-0,8)cm, linear a estreitamente 

75


oblonga ou elíptica, ápice mucronado, base atenuada ou cuneada, margem revoluta, ciliada; face 

adaxial esparsamente pubérula na base a glabrescente, face abaxial glabra; nervação 


2-6 flores, antese gradativa; pedúnculo 1,5-2,5mm compr., unilateralmente pubérulo; brácteas 

florais glabrescentes a glabras. Pedicelo 2,5-4,5mm compr., pubescente; sépalas 1,2-1,5 x 1,1- 

1,3mm, ovais, totalmente glabras, coléteres axilares abaxiais presentes; corola rotácea, alva, 

glabra na face abaxial; tubo 0,8-1,5mm compr., lobos 2,6-3,8 x 1,5-2,5mm, oval-lanceolados, 

papiloso-pubescentes, hirsuta na fauce, por vezes glabrescentes na porção central. Corona 

composta; segmentos externos 1,7-2,0mm compr., ovais, longamente acuminados, delgados, unidos 

entre si na base; segmentos internos 1,0-1,3mm compr., subulados, inseridos na base das anteras. 

Ginostégio 1,2-1,5mm compr., cilíndrico, séssil; clavúncula com ápice capitado a mamilado, anel 

vertical. Anteras retangulares, asas mais longas que o dorso, dorso abaulado, apêndice 

membranáceo cordiforme, inflexo. Corpúsculo 0,22-0,27 x 0,10-0,15mm, oblongo, menor que as 

polínias; caudículas 0,06-0,07mm compr., horizontais a ascendentes, planas, triangulares, 


0,14mm oblongas. Folículo 3,7-4,5cm compr., fusiforme, pubescente a glabrescente. 

Brasil (Minas Gerais). Cerrado. Entre 800-2000m.s.m. Coletada com flores de novembro a abril e 

frutos em fevereiro e maio. 

Referências: Decaisne 1844; Fournier 1885; Malme 1936; Fontella-Pereira & Schwarz 1981b; Fontella-Pereira et 

al. 1984b; Fontella-Pereira 1990; Rapini 2000b; Rapini et al. 2001. 

Espécimes examinados: BRASIL, sem localidade precisa: s.d. (fl.), L. Riedel 2759 (M, P); E. Warming herb. 

1838 (P); P. Claussen 127 (BR, P); MINAS GERAIS, s.mun.: s.d. (fl.), A. Saint-Hilaire B2 2269 (P); A. Saint- 

Hilaire B1 1160 (P); Serra do Espinhaço. 3.5 Km by road SW of Rio Jequití and Mendanha, 18° 06'37'' S, 43° 

31'42'' W alt. 880m, 14 Abr. 1973 (fl.), W.R. Anderson 8926 (INPA, R); Serra da Conceição (Serra Boa, encosta N 

do Monte Boa Vista, 16° 24' S, 45° 55' W, 6 Mar. 1982 (fl.), N. Hensold CFCR2891 (RB, SPF); Serra da Piedade, 

E. Warming 41 (BR); Serra da Piedade, Nov. 1915 (fl.), F.C. Hoehne 5926 (R); Serra da Piedade, ca. 35km E de 

Belo Horizonte near BR-31, 19° 50' S, 43° 40' W alt. 1800 - 2000m, 13 Jan. 1971 (fl.), H.S. Irwin 30237 (MBM, 

NY, UEC); Serra da Piedade, alt. 1570m, 27 Mar. 1957 (fl.), E. Pereira 2694 (RB); Belo Horizonte: Fecho do 

Funil, 19° 55'15'' S, 43° 56'16'' W alt. 1300m, 4 Nov. 1957 (fl.), L. Roth 16330 (CESJ, RB, SPF); Serra de Belo 

Horizonte, Contrafortes do Inficionado, 19° 55'15'' S, 43° 56'16'' W alt. 1620m, 10 Fev. 1927 (fl.), F.C. Hoehne 

s.n. (SP18511); Serra do Cural, Jun. 1949 (fr.), J. Vidal s.n. (R201387) Betim: Serra da Caveira, 19° 58'04'' S, 

44° 11'54'' W alt. 1600m, 11 Mar. 1945 (fl.), L.O. Williams 6219 (A, R); Brumadinho: Retiro das Pedras, 20° 05' 

S, 43° 59' W alt. 1400m, 15 Jan. 2002 (fl.), P.L. Viana 421 (BHCB); alt. 1400m, 20 Ago. 2001 (fl.), P.L. Viana 

151 (BHCB); 20° 08'36'' S, 44° 11'59'' W, 24 Abr. 1983 (fl.), R.C.F. Carvalho 77 (BHCB); 7 Mar. 2002 (fl.), A. 

Fonseca 190 (BHCB); 20° 08' S, 44° 13' W alt. 1400m, 12 Dez. 1988 (fl.), L.A. Martens 35 (SPF); Caeté: Serra da 

Moeda, Morro da Piedade, 19° 52'48'' S, 43° 40'11'' W, 24 Abr. 1990 (fl.), J.A. Paula s.n. (BHCB17928); Nov. 1915 

(fl.), F.C. Hoehne 5924* (SP); 19° 49' S, 43° 41' W alt. 1540m, 11 Jan. 1996 (fl.), V.C. Souza 10121 (BHCB, ESA, 

HUEFS, MBM, SPF); 12 Mar. 1988 (fl.), M.N. Braga 181 (BHCB); 19° 49' S, 43° 40' W alt. 1650m, 15 Jun. 1987 

(fl.), T.S.M. Grandi 2494 (BHCB); alt. 1600m, 23 Mar. 1986 (fl.), R. Mello-Silva CFCR9733 (RB, SPF); alt. 1700m, 

24 Fev. 1987 (fl.), D.C. Zappi CFCR10350 (SPF); 27 Fev. 1986 (fl.), T.S.M. Grandi 2217 (BHCB); 27 Fev. 1986 

(fl.), P.I.S. Braga 2217 (BHCB, RB); 6 Mar. 2002 (fl.), J.A. Lombardi 4633 (BHCB, K); Caraça: 20° 01'10'' S, 43° 

27'51'' W, Fev. 1885 (fl.), Gounelle 71 (P); Catas Altas: Serra do Caraça, Pico do Inficionado, 20° 04'29'' S, 43° 

24'27'' W alt. 2040m, 16 Fev. 2000 (fl.), M.F. Vasconcelos s.n. (BHCB52733); Diamantina: Rio das Pedras, 18° 

14'58'' S, 43° 36'01'' W, 27 Abr. 1892 (fl.), A.F.M. Glaziou 19632 (HAS, K, P, R); Ibitipoca: 21° 33'46'' S, 43° 

54'53'' W alt. 1700m, 24 Fev. 1977 (fl./fr.), L. Krieger s.n. (CESJ14540, ESA, RB199074, SPF); P. E. do Ibitipoca, 

Janela do Céu, 13 Nov. 2000 (fl.), R.B. Tostes s.n. (VIC25492); alt. 1700m, 24 Fev. 1977 (fl.), M.P. Coons 77 

278 (VIC); Caminho Três Arcos, 6 Dez. 1998 (fl.), S.M.I. Gajardo s.n. (HRCB30380); Morro da Cruz, campo 

altimontano, alt. 1650m, 8 Fev. 1996 (fl./fr.), L.G. Rodela Q2 29 (CESJ); Pico do Pião, alt. 1580 - 1600m, 13 

Maio 1970 (fl.), D. Sucre 6765 (RB, SP); alt. 1600m, 3 Nov. 1973 (fl.), L. Krieger s.n. (CESJ13254, RB199063); 

76


Itabira: Cauê, 19° 37'09'' S, 43° 13'37'' W, 12 Fev. 1934 (fl.), A.J. Sampaio 7007 (R); Itabirito: Rodovia dos 

Inconfidentes (BR, km 46, próximo ao restaurante Cabana de Serra, 20° 12'41'' S, 43° 50'24'' W alt. 1420m, 28 

Maio 1997 (fr.), A. Rapini 329 (BHCB, K, MBM, NY, R, SP, SPF); Lima Duarte: Parque Nacional da Serra de 

Ibitipoca, caminho para a Gruta da Cruz, 21° 50'33'' S, 43° 47'35'' W, 22 Fev. 2001 (fl.), A. Rapini 915 (SPF); P. 

E. do Ibitipoca, 21° 50'33'' S, 43° 47'35'' W, 20 Jan. 1986 (fl.), H.C. de Souza s.n. (BHCB11271, RB265862); 

Cachoeira da Fumaça, 20 Jan. 1987 (fl.), P.M. Andrade 880 (BHCB); Mariana: Alegria Sul, SAMARCO Mineração, 

20° 22'40'' S, 43° 24'58'' W, 27 Nov. 1996 (fl.), M.B. Rosshel 10 (HB, UFOP); Nova Lima: Capão Xavier, s.d. (fl.), 

E. Tameirão Neto 3448 (BHCB); 20° 02' S, 43° 58' W alt. 1474m, 13 Mar. 2001 (fl.), Pimentel M 60 (BHCB, K); 

Serra do Curral, 19° 59'08'' S, 43° 50'48'' W alt. 1300m, 30 Mar. 1945 (fl.), L.O. Williams 6392 (A, R); Ouro 

Preto: Campo da Caveira, 20° 17'15'' S, 43° 30'29'' W, 5 Jun. 1978 (fl.), J. Badini s.n. (OUPR24588); 8 Fev. 1973 

(fl.), J. Badini s.n. (OUPR20667); Falcão, 20 Mar. 1998 (fl.), A. Rapini 600 (K, MBM, MO, SPF); Serra de Ouro 

Preto, Fev. 1892 (fl.), E. Ule 2634 (R, RB); Sabará: 19° 53'11'' S, 43° 48'24'' W, Ladislau Netto 66 (BR, R); Santa 

Bárbara: Serra do Caraça, 19° 57'34'' S, 43° 24'55'' W, 22 Mar. 1957 (fl.), E. Pereira 2602 (RB); 20° 07' S, 43° 28' 

W alt. 1620m, 24 Maio 1997 (fr.), A. Rapini 314 (BHCB, F, G, RB, SP, SPF); São João del Rey: Serra de São José, 

21° 08'08'' S, 44° 15'42'' W, 7 Abr. 1921 (fl.), B. Lutz 59 (R); B. Lutz 58 (R). 

Ditassa linearis faz parte do complexo de espécies afins à D. eximia, sendo comumente 

encontrada nas serras ao redor de Ouro Preto. Apresenta hábito arbustivo, geralmente com ramos 

volúveis. Destaca-se pela presença de folhas lineares a oblongas com nervações secundárias 

retilíneas, porém não tão numerosas quanto em D. eximia. Os segmentos da corona longamente 

acuminados a relacionam com D. retusa e D. insignis. 

A inclusão de Ditassa myrtilloides na sinonímia é justificada pela presença nesta 

espécie de folhas estreitamente oblongas e segmentos externos da corona oval e longamente 

acuminados no ápice. Ditassa myrtilloides não pôde ser lectotipificada já que a coleção de Sellow 

não foi localizada. 

31. Ditassa longicaulis (E.Fourn.) Rapini, Bol. Bot. Univ. São Paulo 21(1): 278. 2003. ≡ Metastelma 

longicaule E. Fourn. in Martius, Fl. bras. 6(4): 210, 1885. Tipo: [Brasil], “in prov. Minarum, m. 

Novembri”, L. Riedel 857 (lectótipo LE!, aqui designado). Outro síntipo: Ibidem, J.F. Widgren 45 

(BR!, excluído = Ditassa tomentosa (Decne.) Fontella) 

Figuras 7 A, 29 F-I, 32 A. 

Trepadeira; ramos volúveis, velutinos a tomentosos; coléteres interpeciolares presentes. Pecíolo 

2,0-5,0mm compr., tomentoso; lâmina foliar 1,0-7,0 x 0,5-1,3cm, estreitamente elíptica a oblonga, 

ápice mucronado, base aguda a cuneada, margem fortemente revoluta; face adaxial pilosa a 

tomentosa, face abaxial hirsuto-tomentosa sobre a nervura central; nervação broquidódroma; 

coléteres presentes na base da lâmina foliar. Cimeiras glomeruliformes, subaxilares, 3-7 flores, 

antese gradativa; pedúnculo 0,5-1,0mm compr., hirsuto; brácteas florais hirtas, ciliadas nas 

margens. Pedicelo 1,2-1,5mm compr., hispido-tomentoso; sépalas 2,0-2,5 x 0,5-1,3mm, ovais, 

hirsutas, margens ciliadas, coléteres axilares abaxiais presentes; corola campanulada, creme, 

esparsamente hirsuta na face abaxial; tubo ca. 0,8-1,0mm compr., lobos 3,0-3,2 x 1,3-1,5mm, 

lanceolados a oval-lanceolados, pilosa a barbada em direção a fauce na face adaxial. Corona 

simples; segmentos ca. 2,0-2,7mm x 0,3mm, lineares, incurvados (sinuosos) no ápice, inseridos na 

base das anteras, levemente cuculados na base, delgados, unidos entre si na base; segmentos 

77


internos extremamente reduzidos a uma pequena prega inconspícua, inseridos na base das anteras, 

por vezes ausentes. Ginostégio 0,8-1,0mm compr., cônico, levemente estipitado; clavúncula com 

ápice capitado a subcônico, anel oblíquo. Anteras trapezoidais, asas tão longas quanto o dorso, 

dorso giboso, apêndice membranáceo suborbicular a obcordiforme, subereto. Corpúsculo 0,21-0,23 

x 0,08-0,09mm, estreitamente oblongo, tão longo quanto às polínias; caudículas 0,09-0,10mm 

compr., horizontais, planas, triangulares, plicadas, membrana reticulada basal ausente, inseridas 

lateralmente nas polínias; polínias 0,21-0,22mm x 0,07-0,08mm oblongas a fusiformes. Folículo ca. 

5cm, fusiforme, velutino. 

Brasil (Minas Gerais). Cerrado, 700-1200m.s.m. Coletada com flores de dezembro a janeiro e em 

abril e agosto e com frutos em abril. 


Espécimes examinados: BRASIL. MINAS GERAIS, Belo Horizonte: Abr. 1898 (fl./fr.), A. Silveira 296 (R); 

Diamantina: estrada para Gruta do Salitre e Distrito Extração, 18° 17' S, 43° 33' W, 9 Dez. 1992 (fl.), H.F. 

Leitão Filho 27562 (UEC); Sabará: 19° 53'11'' S, 43° 48'24'' W, Jan. 1916 (fl.), F.C. Hoehne 6743* (R); Serro: 

próximo a Pedro Lessa, 10. Ago. 1972 (fl.), G. Hatschbach 30151 (MBM). 

Ditassa longicaulis foi transferida por Rapini (2003) para o gênero Ditassa. Está 

relacionado ao complexo Ditassa tomentosa pela morfologia de suas folhas. Contudo, a presença de 

uma corona simples, sem vestígios de segmentos internos como geralmente ocorre em Ditassa 

tomentosa, demanda ainda análises mais profundas de todo o grupo, assim como a confirmação de 

seu posicionamento em Ditassa. 

32. Ditassa longisepala (Hua) Fontella & E. A. Schwarz, Bradea 3(22): 159. 1981. ≡ Metastelma 

longisepalum Hua, Bull. Herb. Boiss., ser. 2, 5(2): 97. 1905. Tipo: “In Brasilia, prov. Minarum; 

florest mense Martio”, L. Damazio 1362 (holótipo G; isótipo R!). 

= Metastelma cordatifolium Silveira, Fl. Ser. Min.: 14, pl. 4. 1908. Tipo: [Brasil, Minas Gerais], “in virgultis, 

aridis ac ferruginosis solis, in Morro S. Sebastião, prope Ouro Preto”, Nov. 1900 (fl.), A. Silveira 294 

(holótipo R!). 

Figuras 7 B, 29 J-N, 32 B. 

Trepadeira; ramos volúveis, tomentosos a velutinos; coléteres interpeciolares presentes. Pecíolo 

1,0-5,0mm compr., tomentoso; lâmina foliar 1,5-2,7 x 0,8-1,8cm, elíptica a oval, ápice mucronado, 

base obtusa, por vezes levemente cordada, margem fortemente revoluta; face adaxial pubérula, 

face abaxial pubescente sobretudo nas nervuras; nervação broquidódroma; coléteres presentes na 

base da lâmina foliar. Cimeiras glomeruliformes, subaxilares, 3-6 flores, antese gradativa; 

pedúnculo 2,0-2,5(-5,0)mm compr., tomentoso; brácteas florais tomentosas. Pedicelo ca. 1,0mm 

compr., tomentoso; sépalas 3,0-4,5 x 0,8-1,5mm, lanceoladas, longamente acuminadas, recurvas no 

ápice, tomentosas, margens ciliadas, coléteres axilares abaxiais presentes; corola campanulada, 

78


alvo-esverdeadas, glabra na face adaxial; tubo 1,5-2,0mm compr., lobos 2,8-3,0 x 2,5-2,8mm, 

largamente ovais, papilosa a pilosa em direção à fauce. Corona dupla ou simples; segmentos 

externos 1,5-1,8mm compr., ovais, longamente acuminados no ápice, incurvos, levemente carnosos, 

unidos entre si na base; segmentos internos apendiciformes, diminutos, inseridos na base das 

anteras, ou por vezes ausentes. Ginostégio 1,8-2,0mm compr., cilíndrico, séssil; clavúncula com 

ápice subgloboso, anel oblíquo. Anteras retangulares, asas mais longas que o dorso, dorso giboso, 

apêndice membranáceo obcordiforme, ereto. Corpúsculo 0,12-0,13 x 0,05-0,07mm, obovóide, tão 

longo quanto às polínias; caudículas 0,07-0,08mm compr., horizontais a ascendentes, planas, sub- 

retangulares, membrana reticulada basal presente, inseridas lateralmente nas polínias; polínias 0,12 

x 0,06mm, oblongas. Folículo 3,5-4,0cm compr., fusiforme, pubescente. 

Brasil (Minas Gerais: sul da Cadeia do Espinhaço). Campos rupestres, 900-1500m.s.m. Coletada com 

flores de fevereiro a maio, agosto e setembro e de novembro a dezembro e com frutos em maio e 

dezembro. 

Referências: Fontella-Pereira et al. 1984b; Rapini 2000b; Rapini et al. 2001. 

Espécimes examinados: BRASIL. MINAS GERAIS, Catas Altas: Serra do Caraça, trilha do Pico da Carapuça, 20° 

05' S, 43° 30' W alt. 1500m, 1 Dez. 1998 (fr.), A. Rapini 690 (BHCB, K, SPF); Itabirito: Pico do Itabirito, 20° 

15'12'' S, 43° 48'05'' W, 15 Fev. 1994 (fl.), W.A. Teixeira s.n. (BHCB26241); Pico do Itabirito, 20° 15'12'' S, 43° 

48'05'' W, 15 Fev. 1995 (fl.), W.A. Teixeira s.n. (BHCB, HB76092); Ouro Preto: Planalto do Itacolomi, 20° 19' S, 

43° 29' W, s.d. (fl.), L. Damazio 956 (HAS, OUPR); Cachoeira das Andorinhas, 20° 17'15'' S, 43° 30'29'' W, 30 Set. 

1982 (fl.), J. Badini s.n. (OUPR26137); Camarinhas, 20 Mar. 1998 (fl.), A. Rapini 614 (MBM, SPF); 21 Mar. 1976 

(fl.), J. Badini s.n. (OUPR22802); 26 Maio 1978 (fl./fr.), J. Fontella-Pereira 1071 (OUPR, RB6 Ago. 1980 (fl.), 

M.C. Valente s.n. (RB201605); Itacolomi, s.d. (fl.), J.S. Novaes s.n.* (SP17953); Manso, 11 Nov. 1943 (fl.), J. 

Badini s.n. (OUPR5082); Saramenha, 11 Nov. 1943 (fl.), s. col. s.n. (OUPR5083); Serra de Ouro Preto, s.d. (fl.), 

A.W. Schwacke s.n. (BHCB108); Serra de Ouro Preto, s.d. (st.), s.col. s.n. (R5914); Santa Bárbara: Serra do 

Caraça, caminho para a Grutoa do Padre Caio, 19° 57'34'' S, 43° 24'55'' W, 11 Set. 1990 (fl.), J.R. Stehmann s.n. 

(BHCB18832, HB). 

Ditassa longisepala faz parte do complexo de espécies afins à Ditassa tomentosa (vide 

Tabela 3). Da mesma forma que nas espécies afins, os segmentos internos da corona pode 

apresentar-se muito reduzido a ausente. Destaca-se pelas cimeiras glomeruliformes e pelas sépalas 

lanceoladas, recurvadas no ápice e que ultrapassam o comprimento do tubo da corola. 

33. Ditassa maricaensis Fontella & E. A. Schwarz, Atas Soc. Bot. Bras., Rio de Janeiro, 2 (18): 146. 

1984. Tipo: “Brasil, Estado do Rio de Janeiro, Maricá”, 23 Abr. 1978 (fl.), L. Krieger 15698 (holótipo 

RB!; isótipo CESJ15698!). 

Figuras 7 C, 22 E-H, 32 D. 


compr., pubérulo; lâmina foliar 0,6-2,5 x 0,3-1,2cm, oval-elíptica ou oval, ápice mucronado, base 

cuneada, margem revoluta, ciliada; face adaxial pubérulasobre a nervura principal, face abaxial 

pubérula; nervação broquidódroma; coléteres presentes na base da lâmina foliar. Cimeiras 

79


corimbiformes, subaxilares, com até 7 flores, antese gradativa; pedúnculo ca. 1,0mm compr., 

pubérulo; brácteas florais glabras. Pedicelo ca. 3,0mm compr., pubescente; sépalas ca. 1,5cm x 

1,0mm, oval-lanceoladas, pubescentes, margens glabras, coléteres axilares abaxiais presentes; 

corola campanulada a subrotácea, alva, pubérula na face abaxial; tubo 0,4-0,5mm compr., lobos ca. 

2,0 x 1,0mm, lanceolados, papilosa a pubescentes na face adaxial. Corona composta; segmentos 

externos ca. 0,2cm compr., linear-lanceolados, delgados, unidos entre si na base; segmentos 

internos ca. 0,1cm compr., subulados, inseridos na base das anteras. Ginostégio ca. 0,15cm compr., 

cilíndrico, séssil; clavúncula com ápice mamilado, anel vertical. Anteras retangular, asas mais 

longas que o dorso, dorso levemente abaulado, apêndice membranáceo suborbicular, inflexo. 

Corpúsculo 0,22-0,24 x 0,18-0,20mm, oblongo, tão longo quanto às polínias; caudículas 0,06- 

0,08mm compr., horizontais, planas, sub-retangulares, membrana reticulada basal presente, 

inseridas lateralmente nas polínias; polínias 0,22-0,24mm x ca. 0,12mm oblongas a obovóides. 

Folículo 2,8-4,3cm compr., fusiforme, glabrescente. 

Brasil (Rio de Janeiro: Maricá a Cabo Frio). Restinga arbustiva. Coletada com flores de julho a abril 

e frutos de agosto a dezembro. 

Referências: Fontella-Pereira et al. 1984a; Konno 1997; Konno et al. 2001. 

Espécimes examinados: BRASIL. RIO DE JANEIRO, Araruama: Lagoa Vermelha, 22° 56' S, 42° 20'35'' W, 13 Jul. 

1978 (fl.), D.S.D. Araújo 2147 (GUA); Massambaba, 22° 52'22'' S, 42° 20'35'' W, 11 Out. 1991 (fl.), A. Souza s.n. 

(R178075); Arraial do Cabo: Brejo do Espinho, 23° 56' S, 42° 14' W, 20 Dez. 1982 (fl./fr.), D.S.D. Araújo 5308 

(RB); Figueiras, Massambaba, 23° 56' S, 42° 11' W, 11 Out. 1991 (fl.), R. Marquete 420 (RB); Praia do Foguete, 

22° 57'58'' S, 42° 01'40'' W, 24 Ago. 1987 (fl./fr.), D.S.D. Araújo 7951 (GUA); R. Ecol. E. da Massambaba, terras 

da Álcalis, 22° 56' S, 42° 03' W, 13 Set. 1984 (fl.), D.S.D. Araújo 6418 (GUA); entre o Brejo do Mato e as salinas, 

próximo à torre de balizamento, 22° 56' S, 42° 03' W, 20 Nov. 1996 (fr.), D.S.D. Araújo 10508 (GUA); próximo à 

Lagoa Salgada, 25 Out. 1993 (fl.), J. Fontella-Pereira 3102 (RB); entre Brejo do Espinho e Lagoa Salgada, 27 

Out. 1993 (fl.), J. Fontella-Pereira 3190 (RB); 5 Fev. 1986 (fl.), J. Fontella-Pereira 2291 (RB); Cabo Frio: Cia 

Salinas Perynas, 22° 52'46'' S, 42° 01'07'' W, 13 Set. 1984 (fl.), D.S.D. Araújo 6401 (GUA); Brejo do Espinho, 20 

Dez. 1982 (fl.), D.S.D. Araújo 6308 (GUA); 7 Jan. 1986 (fl.), D.S.D. Araújo 7142 (RB); Maricá: 22° 55'10'' S, 42° 

49'07'' W, Jul. 1988 (fl.), A. Souza 2234 (R); 13 Nov. 1987 (fl./fr.), W. Ormond s.n. (R168720); 18 Dez. 1985 

(fl./fr.), D.S.D. Araújo 7107 (RB); 23 Abr. 1978 (fl.), L. Krieger s.n. (CESJ15698, RB199065); 15 Set. 1986 (fl.), 

O.J. Pereira 552 (R); 27 Set. 1988 (fl.), L.C. Giordano 474 (RB); 28 Nov. 1988 (fl.), A. Souza 2550 (R); 8 Ago. 

1984 (fl.), D.S.D. Araújo 6348 (GUA); Itaipuaçu, 22° 55'10'' S, 42° 49'07'' W, 10 Out. 1988 (fl.), A. Souza 2274 

(R); 17 Nov. 1988 (fl.), A. Souza 2527 (R); 7 Abr. 1988 (fl.), A. Souza 2074 (R); Saquarema: Área de Proteção 

Ambiental da Massambaba, 22° 55'12'' S, 42° 30'37'' W, 2 Mar. 1996 (fl.), T.U.P. Konno 473* (R, SP); Lagoa 

Vermelha, 22° 56' S, 42° 20'35'' W, 20 Out. 1988, D.S.D. Araújo 8630 (GUA); R. Ecol. E. de Jacarepiá, a 50m da 

ADEJA, 22° 55'12'' S, 42° 30'37'' W, 26 Out. 1993 (fr.), J. Fontella-Pereira 3155 (RB). 

Ditassa maricaensis está restrita às restingas do litoral do Estado do Rio de Janeiro. Em 

Maricá, localidade típica da espécie, a especulação imobiliária tem destruído as formações de 

restinga arbustiva. Contudo, a espécie ainda pode ser encontrada em áreas preservadas de dunas na 

região de Cabo Frio. Mello-Filho et al. (1992) classificam Ditassa maricaensis como uma espécie 

vulnerável, sugerindo a fiscalização efetiva das áreas de proteção onde ocorre como medidas 

conservacionista para a espécie. 

No aspecto vegetativo pode ser relacionada a D. subumbelata, diferindo apenas na 

distribuição do indumento (bilateral vs. sobre toda a superfície do ramo em D. maricaensis) e pelo 

pedúnculo bem mais alongado em D. subumbellata (3,0-7,0mm compr.). Ao contrário de Ditassa 

80


banksii, outra espécie típica das restingas fluminenses, as flores em D. maricaensis são alvo- 

amareladas e não exalam odorores. 

34. Ditassa mucronata Mart., Nov. Gen. Sp. Pl. 1: 52, est. 31, fig. 2. 1824. Tipo: [Brasil], “Habitat 

in alpestribus Morro de Villa Rica, Provinciae Minas Geraes”, Martius [n. 810 in shed., n. 157 na 

planta]” (holótipo M!). 

= Ditassa crassinervia Decne. in De Candolle, Prodr. 8: 577. 1844. Tipo: “In Brasilia, prov. Minas Geraes”, P. 

Claussen 363 (holótipo P!; isótipo G). 

= Ditassa montana Decne. in De Candolle, Prodr. 8: 576. 1844. Tipo: “In Brasilia, [near summit] Orgaos 

mont.”, [V.1837] (fl.), G. Gardner 529 (holótipo K!; isótipos NY!, US, BM!, F, G, P!; Foto, B!). 

Figuras 7 D, 23 F-I, 32 F. 

Trepadeira; ramos volúveis, tomentosos a velutinos; coléteres interpeciolares presentes ou 

inconspícuos. Pecíolo 1,5-2,0 mm compr., pubescente; lâmina foliar 10,0-11,0 x 1,0-3,0mm, 

estreitamente lanceolada, lanceolada ou elíptica, ápice mucronado, base cuneada, margem 

revoluta; pubescente na face adaxial, face abaxial pilosa sobre a nervura principal; nervação 


4-7 flores, antese gradativa; pedúnculo ca. 0,5 mm compr., hirsuto; brácteas florais pilosas, 

esparsamente ciliadas nas margens. Pedicelo 2,0-2,5 mm compr., hirsuto; sépalas 0,7-0,8 x 0,2-0,3 

mm, lanceolados ou estreitamente lanceolados, externamente hirtos e internamente pilosos, 

margens esparsamente ciliadas a glabras, coléteres axilares abaxiais presentes; corola rotácea, 

alvacenta, esparsamente hirsuta na face abaxial; tubo 0,2-0,3mm compr., lobos 1,0-1,2 x 0,6- 

0,7mm, ovados, pilosos na face adaxial. Corona composta; segmentos externos ca. 1,5 mm x. 0,5 

mm, ovados, ápice longamente acuminado, delgados, unidos entre si na base; segmentos internos 

ca. 0,8 x 0,2 mm, estreitamente oblongos, inseridos na base das anteras. Ginostégio ca. 1,0mm 

compr., cilíndrico, séssil; clavúncula com ápice mamilado, anel levemente oblíquo. Anteras 

retangular, asas mais longas que o dorso, dorso levemente convexo, apêndice membranáceo 

suborbicular, inflexo. Corpúsculo 0,13-0,15 x 0,05-0,08mm, elipsóide, menor ou tão longo quanto 

às polínias; caudículas 0,03-0,08 mm compr., sinuosas, cilíndricas, inseridas subapicalmente nas 

polínias; polínias 0,15-0,19 x 0,04-0,06mm, oblongas. Folículo 2,5-3,0cm compr., fusiforme, 

pubescente. 

Brasil (Minas Gerais, Rio de Janeiro, São Paulo). Floresta pluvial atlântica, campos de altitude e 

campos rupestres, 700-2000m.s.m. Coletada com flores de janeiro a outubro e com frutos de maio a 

agosto. 

Referências: Decaisne 1844; Fournier 1885; Malme 1936; Fontella-Pereira et al. 1984b; Fontella-Pereira & 

Paixão 1994; Fontella-Pereira et al. 1995; Rapini 2000b; Rapini et al. 2001. 

81


Espécimes examinados: BRASIL, sem localidade precisa: s.d., E. Warming herb. 1830 (P); MINAS GERAIS, 

s.mun.: s.d., A. Saint-Hilaire B1 580 (P); A. Saint-Hilaire B1 1102 (P); A. Saint-Hilaire B1 399 (P); Ackermann 

s.n. (BR); entre Cachoeira do Campo e Engenheiro Correia, 20° 20'30'' S, 43° 43' W alt. 1040m, 15 Abr. 1990 

(fl.), A.F. Tombolato 23409 (UEC); 27 Jun. 1968 (fl.), R.P. Belém 3731 (IAN, RB); Pico do Pião, [P.E. do 

Ibitipoca], 21° 43' S, 43° 45' W alt. 1350m, 14 Maio 1970 (fl.), D. Sucre 6805 (RB); Barbacena: 21° 13'33'' S, 43° 

46'25'' W, 28 Mar. 1964 (fl.), Z.A. Trinta 606 (HB); Barão de Cocais: Picha do cavalo, Mina Brucutu, CVRD, 19° 

53' S, 43° 26' W, 26 Mar. 2002 (fl.), Oliveira AM 71 (BHCB); Belo Horizonte: Serra da Moeda, Área da MBR, 19° 

55'15'' S, 43° 56'16'' W, 24 Fev. 1986 (fl.), M.A. Zurlo s.n. (OUPR4379); Brumadinho: Retiro das Pedras, 20° 

05'35'' S, 43° 59' W alt. 1400m, 21 Mar. 2002 (fl.), A. Fonseca 208 (BHCB); Caeté: Serra da Piedade, 19° 49' S, 

43° 40' W, 6 Mar. 2002 (fl.), J.A. Lombardi 4631 (BHCB, K); Caparaó: PARNA do Caparaó, 20° 31'23'' S, 41° 

54'16'' W alt. 1800m, 1 Abr. 1989 (fl.), L. Krieger s.n. (CESJ23655, SPF); caminho para o Pico da Bandeira, 10 

Fev. 1973 (fl.), G. Hatschbach 31438 (HB, MBM, NY); Vale Verde. Floresta Aluvial, ao longo do Rio Caparaó, 20° 

26' S, 41° 52'06'' W, 16 Fev. 2000 (fl.), V.C. Souza 23201 (ESA); Beira da estrada entre a Tronqueira e a entrada 

da trilha para a Cachoeira Bonita, 20° 26' S, 41° 52'06'' W, 21 Fev. 2000 (fl.), V.C. Souza 23584 (ESA); 

Tronqueira, alt. 1970m, 3 Mar. 2000, A. Rapini 882 (SPF); alt. 1200m, 4 Abr. 1996 (fl.), L.S. Leoni 3249 (HB); 

Caraça: Cruzeiro, 20° 01'10'' S, 43° 27'51'' W, 3 Abr. 1980 (fl.), Ferrari 443* (BHCB); 3 Abr. 1980, Tales 13 

(BHCB, HB); Catas Altas: caminho para a Cascatona, 20° 05' S, 43° 30' W alt. 1200m, 3 Dez. 1998 (fl.), A. 

Rapini 717 (BHCB, SPF); Reserva Particular Santuário do Caraça, 20° 04'29'' S, 43° 24'27'' W, 18 Jun. 2002 (fr.), 

T.M.A. Alves 39 (BHCB); Congonhas: 20° 30'16'' S, 43° 51'48'' W alt. 900m, 16 Mar. 1957 (fl.), E. Pereira 2368 

(HB, MBM, P); Divino: Fazenda Rochedo, 20° 36'52'' S, 42° 08'55'' W, 11 Mar. 1992 (fl.), L.S. Leoni 1798 (CEPEC, 

ESA, GFJP, RB); Ibitipoca: 21° 33'46'' S, 43° 54'53'' W alt. 1400m, 28 Fev. 1977 (fl.), L. Krieger s.n. (CESJ14607, 

ESA, RB); Ibitipoca: P. E. do Ibitipoca, Mata ciliar em cabeceira de drenagem, proximo à Gruto da Cruz, 21° 

33'46'' S, 43° 54'53'' W, 27 Fev. 1996 (fl.), L.G. Rodela Q15 132 (CESJ); Itabirito: Serra dos Inconfidentes, Pico 

do Itabirito, 20° 15'12'' S, 43° 48'05'' W, 29 Mar. 1994 (fl.), W.A. Teixeira s.n. (BHCB, HB76093); Lagoa Santa: 

19° 37'38'' S, 43° 53'23'' W, E. Warming 46 a (BR); Lavras: Serra de Lavras, 11km S de Lavras, caminho para 

poço Bonito, 21° 20' S, 45° 00' W, 11 Maio 1990 (fl.), M.M. Arbo 3885 (K, NY, RB, SPF); Lima Duarte: Conceição 

de Ibitipoca, Parque Nacional de Ibitipoca, entre o lago das Miragens e a Ponte de Pedra, 21° 50'33'' S, 43° 

47'35'' W, 22 Fev. 2001 (fl.), A. Rapini 912 (SPF); próximo à Prainha, 21° 43'08'' S, 43° 55'28'' W, 23 Fev. 1992, 

M. Eiterer 111 (CESJ); 25 Mar. 2001 (fl.), R.M. Castro 262 (CESJ, ESA); 25 Mar. 2001 (fl.), R.M. Castro 196 

(CESJ21° 33'46'' S, 43° 54'53'' W alt. 1400m, 28 Fev. 1977 (fl.), M.P. Coons 77 279 (VIC); 7 Mar. 1987 (fl.), L. 

Krieger s.n. (BHCB59880, CESJ21401, ESA); 21° 50'33'' S, 43° 47'35'' W, 30 Ago. 1987 (fl./fr.), J.R. Stehmann 

1024 (BHCB); Mariana: Faz. dos Macaquinhos, 20° 22'40'' S, 43° 24'58'' W, 4 Abr. 1974 (fl.), J. Badini s.n. 

(OUPR3725); Ouro Branco: Serra de Ouro Branco, 20° 30'19'' S, 40° 38'02'' W alt. 1180m, 16 Ago. 1998 (fl.), A. 

Rapini 664 (SPF); alt. 1100m, 17 Abr. 1957 (fl.), E. Pereira 2939 (HB, MBM); 20° 31'15'' S, 43° 41'31'' W, 28 Maio 

1997 (fl./fr.), A. Rapini 328 (NY, SP, SPF); Ouro Preto: Faz. do Tesoureiro, 20° 17'15'' S, 43° 30'29'' W, 14 Abr. 

1974 (fl.), J. Badini s.n. (OUPR21516); Santo Antônio do Leite, 20° 20' S, 43° 43' W, 19 Out. 2000 (fl.), N.M.F. 

da Silva 306 (RB); estrada Chapada-Santa Rita, próximo a Ponte Tabões, 20° 30' S, 43° 35' W, 20 Mar. 1998 (fl.), 

A. Rapini 605 (BHCB, K, MBM, MO, SPF, W); 20° 17'15'' S, 43° 30'29'' W, 28 Maio 1923 (fl.), J.B. Godoy s.n. 

(SP8411, SPF); 6 Ago. 1980 (fl.), M.C. Valente s.n. (RB261611); 6 Ago. 1980 (fl.), M.C. Valente s.n. (RB261626); 

Antônio Pereira, Córrego do Macaco, Alegria Sul, SAMARCO Min, 11 Abr. 1997 (fl.), M.B. Rosshel 509 (OUPR); 

Bico de Pedra, 24 Mar. 1973 (fl.), J. Badini s.n. (OUPR20709); Camarinhas, 20 Mar. 1998 (fl.), A. Rapini 611 (F, 

G, HB, SPF); Itacolomi, 31 Mar. 1973 (fl.), J. Badini s.n. (OUPR23345); Morro da Forca, Magalhães Coelho 1960 

(SP); s.d., A. Silveira 283 (R); Morro do Cruzeiro, 14 Abr. 1974 (fl.), J. Badini s.n. (OUPR3750); Santa Rita 

Durão, 21 Maio 1974 (fl.), J. Badini s.n. (OUPR24867); Saramenha, Estrada Real, ca. 1,2km da bifurcação Lavras 

Novas-Ouro Branco, sentido Lavras Novas, 27 Mar. 2001 (fl.), M. Groppo Jr. 658 (BHCB, K, SPF); Serra do 

Itacolomi, 21 Mar. 1998 (fl.), A. Rapini 612 (SPF); Três Moinhos, 9 Mar. 1997 (fl.), M.C.T.B. Messias s.n. 

(OUPR6735); Santa Bárbara: estrada para Santa Bárbara, 19° 57'34'' S, 43° 24'55'' W alt. 760m, 13 Abr. 1933 

(fl.), Mello Barreto 974 (A, R, RB); Santana do Riacho: Serra do Cipó, 19° 10'08'' S, 43° 42'52'' W, 1 Abr. 1972 

(fl.), M.B. Ferreira s.n. (HEPH37613); 28 Maio 1972 (fl.), J. Semir 2345 (SP); Serro: Serras do Serro, Set.1960 

(fl.), Mendes Magalhães 18331 (HB); São Cruz do Prata: 23 Mar. 1991 (fl.), M.C. Brugger s.n. (CESJ24715, ESA); 

São Tomé das Letras: 21° 43'20'' S, 44° 59'07'' W, 13 Jul. 1950 (fl./fr.), A.C. Brade 20478 (RB); Pico do Gavião, 

contrafortes sudoeste, alt. 1400m, 22 Fev. 1999 (fl.), R. Mello-Silva 1628 (RB, SP, SPF); Tiradentes: Serra de 

São José, 21° 06'37'' S, 44° 10'41'' W, E.A. Brina s.n. (BHCB39543); RIO DE JANEIRO s.mun.: Serra dos Órgãos, 

22° 27' S, 43° 00' W, Abr. 1841 (fl.), G. Gardner 5818 (BM, K, P); Nova Friburgo: Alto de Macaé, 22° 16'55'' S, 

42° 31'52'' W, 12 Mar. 1870 (fl.), A.F.M. Glaziou 4087 (HAS, P, R); 8 Abr. 1888 (fl.), A.F.M. Glaziou 17161 (K, 

P); 13 Abr. 1895 (fl.), E. Ule 3840 (HAS, R); R.Ecol. Mun. de Macaé de Cima, nascente do Rio das Flores, 

caminho para a Pedra Bicuda, 22° 22' S, 42° 33' W alt. 1450m, 19 Abr. 1989 (fl.), H.Q.B. Fernandes 2727 

(MBML, RB); Sítio Hum New Baccus, alt. 1100m, 2 Abr. 1989, C.M. Vieira 20 (RB); 8 Jun. 1989 (fr.), H.C. de 

Lima 3621 (FCAB, RB); Santa Maria Madalena: 21° 57'19'' S, 42° 00'29'' W, Jan. 1933 (fl.), J. Santos Lima 115 

(RB); Pedra Dubois, 22 Mar. 1955 (fl.), E. Pereira 1300 (RB); Teresópolis: Serra dos Órgãos, Maio 1837 (fl./fr.), 

G. Gardner 529 (BM, K); Campo das Antas, 27 Mar. 1883 (fl.), J. Saldanha 7356 (R); Teresópolis: Posse, Morro 

das antenas de TV, 22° 24'44'' S, 42° 57'56'' W, 10 Fev. 1968 (fl.), D. Sucre 2338 (RB); SÃO PAULO, Queluz: 

indicado como Rio de Janeiro, 22° 32'13'' S, 44° 46'26'' W, 30 Mar. 1887 (fl.), A.W. Schwacke 5495 (HAS). 

82


Ditassa mucronata forma juntamente com D. aequicymosa, D. imbricata e D. nitida um 

complexo de espécies que ocorrem em campos rupestres e florestas e são típicas pelos polinários 

com caudículas cilíndricas e sinuosas, inseridas subapicalmente nas polínias. Ditassa mucronata 

destaca-se pelas folhas de verde intenso, pubescente na face adaxial e pilosa na face abaxial e pela 

corola esparsamente hirsuta externamente. 

35. Ditassa nitida E. Fourn. in Martius, Fl. bras. 6(4): 241, pl. 67, fig. 1. 1885. Tipo: [Brasil], “Rio 

de Janeiro” [sommet du Morro Queimado, 18 jan 1879] (fl.), A.F.M. Glaziou 11193 [sphalm. 1193] 

(Holótipo P!; Isótipo NY!). 

Figuras 7 E, 23 J-N, 32 G. 

Trepadeira; ramos volúveis, velutinos; coléteres interpeciolares presentes ou inconspícuos. Pecíolo 

0,5-1,5 (-2,0) mm compr., pubérulo; lâmina foliar 0,6-1,7 x 0,3-1,0cm, oblonga ou elíptica, ápice 

arredondado, mucronado, por vezes emargindado, base cuneada ou obtusa, margem revoluta, 

ciliada; face adaxial pubescente somente na inserção com o pecíolo a glabrescente, face abaxial 

pubescente sobre a nervura principal a glabrescente; nervação broquidódroma; coléteres presentes 

na base da lâmina foliar. Cimeiras umbeliformes, subaxilares, 3-6 flores, antese gradativa; 

pedúnculo 0,5-1,0mm compr., pubescente; brácteas florais pubescentes. Pedicelo com até 1,0mm 

compr., pubescente; sépalas 1,1-1,3 x ca. 0,5mm, oval-lanceoladas, pubescentes, margens glabras, 

coléteres axilares abaxiais presentes; corola campanulada, alvacenta, pubescente na face abaxial; 

tubo ca. 0,6mm compr., lobos 1,3-1,5 x 0,8-0,9mm, oval-lanceolados, incano-papilosas na face 

adaxial. Corona composta; segmentos externos 1,3-1,6mm x 0,6-0,7mm, oblongos, tridentados no 

ápice, lobo central longamente acuminado, laterais bem menores, às vezes inconspícuos, delgados, 

unidos entre si na base; segmentos internos 0,7-0,9 x 0,2mm compr., estreitamente oblongos, 

inseridos na base das anteras. Ginostégio ca. 0,6mm compr., cilíndrico, séssil; clavúncula com ápice 

capitado, anel levemente oblíquo. Anteras quadrangulares, asas mais longas que o dorso, dorso 

subplano, apêndice membranáceo subcordiforme, levemente inflexo. Corpúsculo 0,14-0,16 x 0,05- 

0,06mm, elipsóide, menor que as polínias; caudículas 0,10-0,13mm compr., sinuosas, cilíndricas, 

inseridas subapicalmente nas polínias; polínias 0,17-0,18 x 0,05-0,06mm, oblongas, Folículo 2,7- 

3,2cm compr., fusiforme, pubérulo. 

Brasil (Espírito Santo, Rio de Janeiro). Floresta pluvial atlântica e floresta de tabuleiros, do nível do 

mar até 1500m. 

Referências: Araújo 1950. 

Espécimes examinados: BRASIL. ESPÍRITO SANTO, Castelo: Forno Grande, 20° 36'13'' S, 41° 11'05'' W, 12 Ago. 

1948 (fl.), A.C. Brade 19431 (RB); Castelo: Forno Grande, Rajão, 20° 36'13'' S, 41° 11'05'' W alt. 1200m, 15 Maio 

1949 (fl.), A.C. Brade 19837 (RB); Linhares: Reserva Florestal Vale do Rio Doce, 19° 23'28'' S, 40° 04'20'' W, 15 

Out. 1992 (fl.), G. Hatschbach 58130 (BR, CEPEC, MBM); Linhares: Reserva Florestal de Linhares, Canto 

Grande, Zona 2, 19° 23'28'' S, 40° 04'20'' W alt. 37m, 12 Mar. 1972 (fl.), D. Sucre 8635 (HB, RB); Linhares: 

Reserva Florestal de Linhares, 19° 23'28'' S, 40° 04'20'' W, 3 Fev. 1972 (fl.), D. Sucre 8407 (HB, RB); Reserva 

Florestal de Linhares, ao lado do manacial hídrico, na borda da mata, 19° 23'28'' S, 40° 04'20'' W, 22 Jun. 1990 

83


(fl./fr.), D.A. Folli 1147 (CVRD, HB, R); Linhares: Reserva Florestal de Linhares, Estrada Gávea, 19° 23'28'' S, 

40° 04'20'' W, 6 Ago. 1992 (fl.), G.L. Farias 563 (CVRD, HB); RIO DE JANEIRO, Parati: Faz. Parati-Mirim, 

propriedade Flumitur, 23° 13'04'' S, 44° 42'47'' W, s.d. (fl.), G.M. Barroso s.n. (CTES, RB186192, VEN); Rio de 

Janeiro: Morro Queimado, Parque Nacional da Tijuca, 22° 54'10'' S, 43° 12'27'' W alt. 650m, 12 Jan. 1978 

(fl./fr.), Maria Regina 10 (RB); Morro Queimado, 22° 54'10'' S, 43° 12'27'' W, 13 Jun. 1945 (fl.), P. Occhioni 120 

(RB, RFA); 11 Maio 1951 (fl.), P. Occhioni 1265* (RFA); Morro Queimado, 22° 54'10'' S, 43° 12'27'' W, 16 Out. 

1932 (fl.), A.C. Brade 12033 (R); Morro Queimado, 22° 54'10'' S, 43° 12'27'' W, 20 Set. 1960 (fl.), A.P. Duarte 

5295 (RB); Morro Queimado, 22° 54'10'' S, 43° 12'27'' W, 22 Jan. 1948 (fl.), A.C. Brade 18788 (RB); Morro 

Queimado, 22° 54'10'' S, 43° 12'27'' W alt. 630m, 22 Maio 1972 (fl.), D. Sucre 9148 (RB); Morro Queimado, 22° 

54'10'' S, 43° 12'27'' W alt. 680m, 24 Fev. 1972 (fl.), J. Almeida 1283 (RB); Morro Queimado, 22° 54'10'' S, 43° 

12'27'' W, 31 Jan. 1943 (fl.), E. Pereira 362 (HB); Morro Queimado, 22° 54'10'' S, 43° 12'27'' W, 8 Out. 1946 

(fl./fr.), A.P. Duarte 351 (RB); PARNA da Tijuca, Vista da Saudade, 22° 58' S, 43° 18' W, M.H. Vale 116 (R); 

PARNA da Tijuca, picada da Mesa do Imperador, próximo à base do Morro Queimado, 22° 58' S, 43° 18' W, 31 

Dez. 1956 (fl.), L.E. Mello Filho 1111 (R); Santa Maria Madalena: Serra do Imbé, Pedra da República, 22° 00' S, 

42° 00' W alt. 1500m, Abr. 1932 (fl.), A.C. Brade 11681 (R). 

Ditassa nitida foi recentemente reconhecida para o Estado do Espírito Santo e seus 

registros para o Estado do Rio de Janeiro estão, em grande parte, concentrados na área do Parque 

Nacional da Tijuca na cidade do Rio de Janeiro. Está relacionada à D. mucronata e D. imbricata 

principalmente pela morfologia floral, destacando-se destas pelas folhas glabrescentes em ambas as 

faces. Essas três espécies poderiam ser consideradas como sinônimas, mas diferem pela pubescência 

foliar mais intensa em D. mucronata e pelas folhas obovadas e diminutas em D. imbricata (vide 

comentários em D. mucronata). 

36. Ditassa obcordata Mart., Nov. Gen. Sp. Pl. 1: 53. 1824. Tipo: [Brasil], “Habitat in alpestribus 

graminosis districtus adamantum, Provinciae Minas Geraes”, C.F.P. Martius [160] (holótipo M!). 

= Ditassa myryantha Silveira, Fl. Serr. Min.: 20, 1908. Tipo: [Brasil], “In virgultis, locis siccis argilosisque, in 

Bello Horizonte, Apr. 1898, & in campis atque marginibus ex capoeira inter S. Luzia do Rio das Velhas & 

Ribeirão, Apr. 1905”, A. Silveira 279 (lectótipo R!, designado por Fontella-Pereira [1975]). Outros síntipos: 

[Brasil, Minas Gerais], “in Biribiry, prope Diamantina”, Mar. 1892, A.W. Schwacke [8173] in herb. 

Magalhães Gomes 3468 (RB!). 

= Ditassa niruri Decne. in De Candolle, Prodr. 8: 576. 1844. Tipo: “In Brasilia, prov. Sancti Pauli”, 

Gaudichaud in herb. Imp. Brasil. n. 73 (holótipo P!). 

Figuras 7 F, 24 E-G, 33 L, 34 H. 

Trepadeira; ramos volúveis, tomentosos em toda a volta ou bilateralmente; coléteres 

interpeciolares presentes. Pecíolo 2,5-3,0mm compr., unilateralmente pubescente; lâmina foliar 

7,0-10,0 x 5,0-7,0mm, oblonga, ápice mucronado, base atenuada, margem revoluta; esparsamente 

pubescente sobre a nervura e múcron a glabrescentes em ambas as faces; nervação broquidódroma; 

coléteres inconspícuos ou ausentes na base da lâmina foliar. Cimeiras umbeliformes, subaxilares, 2- 

10-flores, antese gradativa; pedúnculo 1,0-1,2mm compr., glabrescente; brácteas florais glabras. 

Pedicelo 2,0-3,6mm compr., glabro; sépalas 0,8-1x0,6mm, oblongas ou lanceoladas, totalmente 

glabras, coléteres axilares abaxiais presentes; corola sub-rotácea, alvacenta, glabrescente a glabra 

na face abaxial; tubo 0,2-0,3mm compr., lobos 1,4-2,5 x 0,9-1,1mm, oblongos ou ovados, papilosos 

a pubescentes na face adaxial. Corona composta; segmentos externos 1,0-1,5 x 0,3-0,4mm, oval- 

lanceolados ou linear-lanceolados, delgados, unidos entre si na base; segmentos internos 0,5- 

84


0,6x0,1-0,2mm, lanceolados, inseridos na base das anteras. Ginostégio ca. 1,0mm compr., 

cilíndrico, séssil a subséssil; clavúncula com ápice mamilado, anel levemente oblíquo. Anteras 

quadrangular, asas mais longas que o dorso, dorso convexo, apêndice membranáceo suborbicular, 

inflexo. Corpúsculo 0,14-0,18 x 0,07-0,1mm, ovóide, menor que as polínias; caudículas 0,04- 

0,07mm compr., horizontais a ascendentes, planas, triangulares, membrana reticulada basal 

presente, inseridas lateralmente nas polínias; polínias 0,20-0,24x0,08-0,11mm oblongas. Folículo 

2,5-4,0cm compr., fusiforme, glabro. 

Brasil (Rondônia, Bahia, Distrito Federal, Minas Gerais, São Paulo). Preferencialmente no Cerrado, 

ocasionalmente em campos rupestres, 800-1300m.s.m. Coletada com flores de março a setembro e 

dezembro e com frutos em março e de julho a setembro. 

Referências: Decaisne 1844; Fournier 1885; Malme 1900; Malme 1936; Fontella-Pereira 1979 a ; Fontella-Pereira 

et al. 1989; Rapini 2000 b ; Rapini et al. 2001; Farinaccio & Mello-Silva 2004 a ; Konno & Mezabarba 2004; Konno & 

Fontella-Pereira 2004. 

Espécimes examinados: BRASIL. sem localidade precisa: s.d. (fl.), L. Riedel s.n. (P); BAHIA, Abaíra: Bem 

Querer, 13° 16' S, 41° 53' W alt. 1330m, 4 Mar. 1992 (fl.), B. Stannard H 51755 (BHCB, HB, SPF); Baixa da Onça, 

13° 18' S, 41° 45' W alt. 1000m, 30 Maio 1994 (fl.), W. Ganev 3261 (HUEFS, SPF); Catolés, encosta da Serra do 

Atalho, em frente às Quebradas, 13° 13' S, 41° 51' W alt. 1150m, 12 Abr. 1992 (fl.), W. Ganev 110 (HUEFS, 

MBM, SPF); Bem Querer, 13° 17' S, 41° 58' W alt. 1300m, 3 Set. 1992 (fl./fr.), W. Ganev 1011 (RB, SPF); Km 22 

da estrada Caetite/Bom Jesus da Lapa, 14° 04'10'' S, 42° 28'30'' W alt. 1100m, 18 Abr. 1983 (fl.), A.M. Carvalho 

1836 (B, CEPEC); Correntina: Fazenda Jatobá, 13° 00' S, 46° 45' W, 19 Jul. 1992 (fl./fr.), M.A. Silva 1528 

(IBGE); Jussiape: estrada para Capão da Volta, ca. 8km de Jussiape, 13° 26'58'' S, 41° 30'42'' W alt. 1100m, 18 

Maio 1999 (fl.), V.C. Souza 22756 (ESA, SPF); Mucugê: Rod. p/ Palmeiras, 13° 00'19'' S, 41° 22'15'' W, 18 Jun. 

1984 (fl.), G. Hatschbach 48029 (CEPEC, MBM, SPF); Piatã: estrada Piatã-Inúbia, 13° 04'33'' S, 41° 51'34'' W alt. 

1200m, 21 Maio 1999 (fl.), V.C. Souza 23012 (ESA, SPF); Estrada entre Piatã e Inúbia. Campos Gerais, 13° 05'06'' 

S, 41° 51'31'' W, 21 Maio 1999 (fl.), V.C. Souza 23031 (ESA); Rio de Contas: 4km N da cidade na estrada para 

Pico das Almas e o povoado de Mato Grosso, 13° 34'44'' S, 41° 48'41'' W alt. 1050m, 11 Dez. 1988 (fl.), R.M. 

Harley 27122 a (CEPEC, K, SPF); Rio do Pires: Capão da Mata de Zé do Amabica (Marques), caminho Outeiro- 

Marques, 13° 46' S, 42° 22' W alt. 1200m, 5 Ago. 1993 (fl.), W. Ganev 2017 (HUEFS, SPF); DISTRITO FEDERAL, 

Brasília: Escola Fazendária, 15° 46'47'' S, 47° 55'47'' W, 12 Maio 1978 (fl.), E.P. Heringer 531 (HEPH, IBGE, NY, 

RFA); Fazenda Água Limpa (UnB), 20 Maio 1981 (fl.), E.P. Heringer 18320 (IBGE, K, MO); Escola Fazendária, 22 

Jul. 1984 (fr.), B.A.S. Pereira 1125 (IBGE); 4 Abr. 1978 (fl.), E.P. Heringer 432 (HEPH, IBGE, RB, SP, UEC); 9 

Ago. 1976 (fl./fr.), J.A. Ratter 3421 (K, NY, UEC); Jardim Botânico de Brasília, 20 km de Brasília, 15° 52' S, 47° 

51' W alt. 1025 - 1150m, 14 Maio 1993 (fl.), A.E. Ramos 530 (HEPH); alt. 1070m, 18 Abr. 1996 (fl.), C. Proença 

1380 (UB); Reserva Ecológica do IBGE, 15° 56'28'' S, 47° 52'05'' W, 25 Maio 1988 (fl.), M.A. Silva 675 (IBGE, RB, 

UEC); 15° 56'30'' S, 47° 52'35'' W, 31 Mar. 1978 (fl.), E.P. Heringer 432A (HEPH, IBGE, MBM); MINAS GERAIS, A. 

Saint-Hilaire B1 1343 (P); Belo Horizonte: Jardim Botânico, 19° 55'15'' S, 43° 56'16'' W, 24 Maio 1933 (fl.), 

Mello Barreto s.n. (R95115); Buritizeiro: Chapada dos Gerais, BR 365, 25km S de Buritizeiro, 17° 21'04'' S, 44° 

57'44'' W alt. 850m, 19 Maio 2000 (fl.), G. Hatschbach 71327 (BHCB, MBM); Diamantina: Biribiri, 18° 10' S, 43° 

38' W, A.W. Schwacke 8173 (SP); Rio dos Cristais, 18° 14' S, 43° 44' W, 6 Jun. 1967 (fl.), A.P. Duarte 10442 

(RB); Grão Mogol: Torre Telemig, 16° 33'34'' S, 42° 53'23'' W alt. 1000m, 12 Jun. 1990 (fl.), G. Hatschbach 

54210 (MBM); Monte Azul: Serra do Espinhaço, 15° 09'18'' S, 42° 52'29'' W, 18 Abr. 1996 (fl.), G. Hatschbach 

65055 (MBM); Senador Modestino Gonçalves: Estação Ecológica Mata dos Ausentes, 17° 56'48'' S, 43° 13'30'' W, 

17 Jun. 1999 (fl.), Ferreira FA s.n. (OUPR8490); São Gonçalo do Abaeté: Varzeão, 18° 20'18'' S, 45° 50' W, 26 

Mar. 1980 (fl.), G. Hatschbach 42930 (MBM); São Roque de Minas: PARNA Serra da Canastra, Estrada São Roque 

de Minas-Sacramento, cerradão próximo a Área de Desenvolvimento Sacramento, 15 Maio 1999 (fl.), M.A. 

Farinaccio 304 (HRCB); São Roque de Minas: PARNA Serra da Canastra, Estrada São Roque de Minas - 

Sacramento, 20° 14'43'' S, 46° 21'57'' W, 21 Mar. 1998 (fl.), M.A. Farinaccio 140 (BHCB, CESJ, SPF); São 

Sebastião do Paraíso: Morro do Ferro, 20° 55'01'' S, 46° 59'29'' W, 24 Abr. 1945 (fl.), L.E. Mello Filho 278 (R); 

Unaí: Fazenda São Miguel (Grupo Votorantin), 15° 55' S, 46° 40' W alt. 950m, 8 Nov. 1996 (fl.), M.A. Silva 1711 

(IBGE); RONDÔNIA, Vilhena: 12° 40' S, 59° 54' W, 24 Abr. 1977 (fl.), U. Pastori 186 (RB); SÃO PAULO, Agudos: 

Fazenda Cia. Cervejaria Brahma, 22° 28'09'' S, 48° 59'15'' W, 20 Abr. 1999 (fl.), M.E.S. Paschoal 1913 (BAUR, 

HB); Agudos: Fazenda Cia. Cervejaria Brahma, 22° 28'09'' S, 48° 59'15'' W, 28 Abr. 1994 (fl.), A.P. Bertoncini 

176* (BAUR); Botucatu: ca. 5km de Vitoriana, Fazenda Gold Farm, 22° 48' S, 48° 17' W, 29 Abr. 1986 (fl.), 

85


L.R.H. Bicudo 1047 (BOTU, SP, UEC); Caieiras: 23° 21'51'' S, 46° 44'26'' W, 11 Abr. 1995 (fl.), W. Hoehne s.n. 

(RB, SPF13360); Santa Rita do Passa Quatro: ARIE Cerrado Pé de Gigante, 21° 36' S, 47° 34' W, 1 Abr. 1996 

(fl.), M.A. Batalha 1271 (SPF). 

Ditassa obcordata é uma espécie amplamente distribuída, especialmente pelo Planalto 

Central Brasileiro. Forma juntamente com Ditassa edmundoi e Ditassa warmingii um complexo de 

espécies comentado acima. Distingue-se das demais espécies do complexo por suas folhas glabras ou 

pubérulas somente sobre a nervura e flores com pedicelos e cálices hirsutos (Konno & Fontella- 

Pereira 2004). 

37. Ditassa oberdanii Fontella & Alvarez, Novon 8: 239. 1998. Tipo: “Brazil. Espírito Santo: Santa 

Teresa, Rio Saltinho, 500m”, 26 Abr. 1984 (fl.), R.M. Pizziolo 22 (holótipo MBML!; isótipo HB!). 

Figuras 8 A, 18 H-J, 32 I. 

Trepadeira; ramos volúveis, hirsuto-tomentosos; coléteres interpeciolares presentes ou 

inconspícuos. Pecíolo 3,0-8,0 (10,0) mm compr., adaxialmente hirsuto; lâmina foliar 3,0-7,2 x 0,4- 

1,3cm, estreitamente lanceolada, ápice acuminado, base aguda ou cuneada, margem revoluta; face 

adaxial esparsamente pubescente ou glabrescente, face abaxial com pilosidade esparsa apenas 

sobre as nervuras; nervação broquidódroma; coléteres presentes na base da lâmina foliar. Cimeiras 

umbeliformes, subaxilares, 3-6 flores, antese gradativa; pedúnculo 1,0-2,0mm compr., hirsuto- 

tomentoso; brácteas florais pilosas, ciliadas nas margens. Pedicelo 2,0-4,0mm compr., hirsuto; 

sépalas 1,8-2,5 x 0,9-1,5mm, oval-lanceoladas, hirsutas, margens ciliadas, coléteres axilares 

abaxiais presentes; corola campanulada, alva, glabra na face abaxial; tubo 0,8-1,0mm compr., lobos 

4,0-5,0 x 1,0-1,3mm, linear-lanceolados, levemente torcidos, pubescente na face adaxial. Corona 

composta; segmentos externos 3,0-3,2mm x 0,1-0,3mm, filiformes, delgados, livres entre si; 

segmentos internos 3,5-4,0mm x 0,2-0,3mm, semelhantes aos externos porém um pouco maiores, 

incurvados no ápice, inseridos na base das anteras e unidos aos externos. Ginostégio ca. 1,6-2,0mm 

compr., cilíndrico, séssil; clavúncula com ápice cônico, anel vertical. Anteras retangulares, asas 

mais longas que o dorso, dorso subplano, apêndice do conectivo suborbicular, ereto. Corpúsculo 

0,17-0,19 x 0,11-0,15mm, ovóide, menor que as polínias; caudículas ca. 0,04-0,09mm compr., 

sinuosas, subcilíndricas, inseridas lateralmente nas polínias; polínias 0,23-0,24 x 0,08-0,10mm, 

oblongas a fusiformes. 

Brasil (Espírito Santo: Santa Teresa). Floresta pluvial atlântica, acima de 500m.s.m. Coletada com 

flores em março e abril. 

Espécimes examinados: BRASIL. ESPÍRITO SANTO, Santa Teresa: estrada de terra para a Reserva Santa Lúcia, 

ca. 700m do acesso, 19° 56'08'' S, 40° 36'01'' W, 1 Mar. 2002 (fl.), T.U.P. Konno 811 (SP); estrada de Santa 

Leopoldina, 26 Mar. 2002 (fl.), L. Kollmann 5665* (MBML, R, SP); Rio Saltinho, alt. 500m, 26 Abr. 1984 (fl.), 

R.M. Pizziolo 22 (HB, MBML). 

86


Ditassa oberdanii foi registrada, até o momento, somente para as matas do município 

de Santa Teresa, Espírito Santo. Apresenta flores morfologicamente muito semelhantes à Ditassa 

oxyphylla, com os segmentos da corona externos e internos filiformes, bastante alongados, 

entremeando-se no ápice, e polinários com caudículas sinuosas. As folhas, por outro lado, são 

maiores (com até 7,0cm compr vs. 3,0-4,0cm em D. oxyphylla) e pubescentes somente sobre as 

nervuras da face abaxial (vs. inteiramente pilosa). 

38. Ditassa obscura (E.Fourn.) Farinaccio & T.U.P. Konno, Novon [inéd.]. ≡ Metastelma obscurum 

E.Fourn. in Martius, Fl. bras. 6(4): 208. 1885. Tipo: [Brasil], “in prov. Minarum in Serra de Araxa”, 

A. St. Hilaire C1- 449* (holótipo P!). 

Figura 8 B, 25 A-E, 32 J. 

Trepadeira; ramos volúveis, tomentosos; coléteres interpeciolares presentes. Pecíolo 2,0-7,0mm 

compr., tomentoso; lâmina foliar 2-4,7 x 0,6-1,5cm, elíptica a obovada, discolor, ápice agudo, 

mucronado, base cuneada, margem fortemente revoluta; face adaxial tomentosa, face abaxial 

pubescente; nervação broquidódroma; coléteres presentes na base da lâmina foliar. Cimeiras 

umbeliformes, subaxilares, 5-10 flores, antese gradativa; pedúnculo 0,3-1,0mm compr., tomentoso; 

brácteas florais tomentosas. Pedicelo 0,3-0,5mm compr., tomentoso; sépalas 1,7-2,0 x 0,5-0,6mm, 

lanceoladas a ovais, tomentosas, margens ciliadas, coléteres axilares abaxiais presentes; corola 

subcampanhulada, alva ou creme, glabra na face abaxial; tubo 0,7-0,8mm compr., lobos 1,5-2,0 x 

0,7-0,95mm, ovais, barbelada na base, no restante incano-serícea na face adaxial. Corona simples; 

segmentos externos 0,64-0,8mm x 0,35-0,4mm, oblongos a ovais, inteiros, ápice cuspidado, 

apiculado a unguiculado, delgados, unidos entre si na base; segmentos internos inconspícuos. 

Ginostégio 0,8-1,1mm compr., cilíndrico, séssil; clavúncula com ápice capitado, anel levemente 

oblíquo. Anteras retangulares, asas mais longas que o dorso, dorso giboso, apêndice membranáceo 

subcordiforme, ereto. Corpúsculo 0,07-0,12 x 0,05-0,06mm, obovóide, menor que as polínias; 

caudículas 0,03-0,05mm compr., horizontais, planas, sub-retangulares, membrana reticulada basal 

presente, inseridas lateralmente nas polínias; polínias 0,14-0,16mm x 0,05-0,07mm, oblongas. 

Folículo 3,8-4,0cm compr., ovóide, hirsuto. 

Brasil (Minas Gerais: Serra da Canastra e de Araxá). Cerrad, 1000-1300m.s.m. Coletada com flores 

em abril, maio e novembro e com frutos em abril e maio. 

Referências: Farinaccio & Mello-Silva 2004 a . 

Espécimes examinados: BRASIL. MINAS GERAIS, São Roque de Minas: PARNA Serra da Canastra, Rio do Peixe, 

próximo a área de desenvolvimento São Roque de Minas, 20° 14'43'' S, 46° 21'57'' W, 14 Maio 1999 (fl./fr.), M.A. 

Farinaccio 281 (HRCB, HUFU, SPF); 20° 15'28'' S, 46° 24'56'' W alt. 1289m, 17 Mar. 2003 (fl.), M.A. Farinaccio 

514 (SPF); Chapadão da Zagaia de frente para a Serra das Sete Voltas, após a torre de observação, 18 Out. 1997 

(fl.), R. Romero 4770 (HUFU, SPF); Córrego dos Passageiros, 19 Abr. 1997 (fl./fr.), R. Romero 4179 (HUFU, 

SPF); base do morro próximo a sede administrativa, 19 Nov. 1995 (fl.), J.N. Nakajima 1483 (HUFU, SPF); 

87


margens do Rio São Francisco, 20 Abr. 1994 (fl.), R. Romero 967 (HUFU, SPF); Córrego das Lavras, 17 Mar. 2003 

(fl.), M.A. Farinaccio 516 (SPF) . 

Fontella-Pereira (1979 b ) incluiu Metastelma obscurum na sinonímia de Ditassa 

tomentosa. Contudo, analisando as coleções-tipo de todos os táxons que compõem a lista de 

sinônimos de D. tomentosa, nota-se que Metastelma obscurum apresenta flores proporcionalmente 

menores que o das demais espécies. Juntamente com outras evidências vegetativas, presentes em 

coleções da Serra da Canastra, propõe-se o restabelecimento do nome M. obscurum, transferindo-o 

para Ditassa. Esta nova combinação é apresentada por Farinaccio & Konno (dados não publicados). 

Ditassa obscura ocorre somente nas Serras de Araxá e da Canastra no sudoeste de Minas 

Gerais. As folhas nesta espécie apresentam coloração verde intensa na face adaxial e a superfície 

destacadamente bulada. 

39. Ditassa oxyphylla Turcz., Bull. Soc. Nat. Moscou 21(1): 260, 1848. Tipo: “Brasil, Bahia, 

Jacobina, Moritiba”, [1842] (fl.), J.S. Blanchet 3639 [G-DC 325](holótipo P!; isótipos G, K!, BR! BM!). 

= Ditassa lanceolata Decne. in De Candolle, Prodr. 8: 576. 1844, p.p. Tipo: “In Peruvia”, s.d., Mathews 

2064 (lectótipo P!, designado por Fontella-Pereira & Silva [1973]). Outro síntipo: “Brasilia, prov Bahia 

Cachoeira”, s.d., Blanchet 325 (G, P!; excluído = Ditassa oxyphylla Turcz.) 

= Nematuris volubilis Turcz., Bull. Soc. Nat. Moscou 21(1): 254. 1848. ≡ Enslia volubilis (Turcz.) Karsten, Fl. 

Columb. 2: 117, pl. 162, fig. 1. 1866. Gonolobus volubilis (Turcz.) Vail, Bull. Torrey Bot. Club 26(8): 428. 

1899. Ampelanus volubilis (Turcz.) Dugand, Caldasia 9(45): 404. 1966. Tipo: “Prope Porto Cabello 

Columbiae”, s.d. (fl.), Funcke 796 (holótipo LE; isótipos G, P!, K!). 

Figuras 8 C, 18 K-M, 32 K, 34 I. 


compr., pubescente; lâmina foliar 3,3-4,2 x 0,5-0,9cm, obovado-alongada, oval-lanceolada, 

elíptica, estreito-lanceolada, ápice acuminado ou mucronado, base cuneada ou aguda, margem 

revoluta; pilosa em ambas as faces; nervação broquidódroma; coléteres presentes na base da 


3,0mm compr., pubescente; brácteas florais esparsamente pilosas e ciliadas. Pedicelo 2,0-4,0mm 

compr., pubescente; sépalas 2,5-3,0 x 0,5-0,8mm, lanceolados ou oval-lanceolados, pubescentes, 

margens glabras, coléteres axilares abaxiais presentes; corola rotácea, alva, pubescente na face 

abaxial; tubo 0,5-1,0mm compr., lobos 2,0-3,0 x 0,7-0,8mm, oblongo-lanceolados, levemente 

torcidos, pubescentes na base, acima desta pubérulos, nas margens e na parte mediana subglabros 

ou muito curtamente papilosos, na parte superior pubérulo-papilosos na face adaxial. Corona 

composta; segmentos externos 2,8-3,0mm x 0,1-0,2mm, filiformes ou sublineares, base ligeiramente 

alargada, delgados, inseridos exteriormente ao tubo da corola e internamente ligados aos 

segmentos internos; segmentos internos 2,0-2,5mm x 0,1-0,2mm, filiformes ou sublineares, 

inseridos na base das anteras, unidos aos externos. Ginostégio 1,2-1,3mm compr., cilíndrico, 

subséssil; clavúncula com ápice mamilado, anel oblíquo. Anteras retangulares ou subretangulares, 

88


asas mais longas que o dorso, dorso convexo; apêndice membranáceo suborbicular, subereto. 

Corpúsculo 0,17-0,22 x 0,06-0,08mm, oblongo, menor que as polínias; caudículas 0,06-0,09mm 

compr., sinuosas, cilíndricas, inseridas subapicalmente nas polínias; polínias 0,23-0,28mm x 0,06- 

,08mm, oblongas a fusiformes. Folículo 3,5-5,0cm compr., fusiforme, tomentoso a velutino. 

Venezuela e Brasil (Pernambuco, Alagoas, Sergipe, Bahia). Floresta pluvial tropical na Venezuela e 

em “brejos de altitude” e caatinga no Brasil, entre 120-2200m.s.m. Coletada com flores o ano 

inteiro e frutos de maio a agosto. 

Referências: Fontella-Pereira & Silva 1973; Fontella-Pereira et al. 1989. 

Espécimes examinados: VENEZUELA. Rio Macarao (Hoya de), alt. 1200m, Nov. 1970 (fl.), G. Morillo 95 (VEN); 

ARAGUA, Cata: Redoma at Cata Beach (8-9 km from); SW towards Cuyaga, 10° 29' N, 68° 42' W alt. 400m, 29 

Set. 1985 (fl.), B. Holst 2299 (NY, VEN); Choroní: Choroní, Camino al hacienda Sta Barbara, alt. 500m, 2 Jan. 

1980 (fl.), A. Alston 231 (VEN); BARINAS, Carretera Barinitas - Santo Domingo, 17-55 km de Barinitas, 9 Maio 

1993 (fl.), G. Morillo 11081 (MER, MERF); CARABOBO, Palito près de Puerto Cabello1, Dez. 1843 (fl.), J. Linden 

1543 (BM, P); DISTRITO FEDERAL, Caracas (canales de electricidad); 1-6 km este de Los Tanques de Camuri 

Grande, alt. 700 - 800m, Jul. 1973 (fl.), G. Morillo 3351 (VEN); El Papelón, Cerro El Avila, alt. 1500m, 10 Out. 

1972 (fl.), B. Manara 251 (VEN); Cerro El Avila, vertiente Sur, El Vigia, arriba de Los Venados, 10° 32' N, 66° 53' 

W alt. 1570m, 12 Set. 1991 (fl.), W. Meier 415 (MERF); Cordillera de La Costa, NO de Caracas, ruta Loas 

Castillitos- El Rincon, 13 Mar. 1971 (fl.), G. Morillo 725 (VEN); Río de Macarao, entre la entrada a la misma y el 

vivero del MAC, alt. 1000m, 27 Jan. 1971 (fl.), G. Morillo 238 (VEN); Cotiza cerca Caracas, alt. 1400m, 9 Set. 

1921, H. Pittier 11953 (VEN); Cuenca del Rio Macarao, 10° 15' N, 67° 00' W alt. 1200m, Nov. 1970 (fl.), G. 

Morillo 95 (RB, VEN); MIRANDA, Agua Amarillo desvio de la carretera que una Laguneta de los Teques, 10° 26' 

N, 66° 53' W, 18 Nov. 1973 (fl.), R. Montes 426 (VEN); San Pedro de Los Altos. El Garabato. Qdo de Maturín, 10° 

26' N, 66° 53' W alt. 1600m, 28 Mar. 1980 (fl.), A. Alston 235 (VEN); Quebrada Manzanares (a largo de); 

afluente de la Quebrada Baruta, arriba de la Urb. Alto Prado, 10° 26' N, 66° 53' W alt. 1300m, 8 Out. 1980 (fl.), 

J. Steyermark 123591 (VEN); MONAGAS, El Paramo, NE of Las Delicias, NE of Caripe, alt. 1200 - 1450m, 13 Abr. 

1945 (fl.), J. Steyermark 36157 (VEN); MÉRIDA, Carretera entre Estanquez y Paramo Las Colorados, Via 

Ganagua, alt. 550 - 560m, 10 Out. 1979 (fl.), G. Morillo 8097 (MERF); TRUJILLO, Carretera La Puerta-Timotes; 

8-9 km al N de frontera de Mérida, alt. 2100 - 2200m, 17 Out. 1993 (fl.), G. Morillo 11129 (MERF); Campo Elias: 

Boconó y Campo Elias (14 km entre), 7 Abr. 1989 (fl.), G. Morillo 10562 (MERF). 

BRASIL. ALAGOAS, Pão de Açúcar: Morro do Pão de Açúcar, 10 jun. 1981 (fl.), D. Andrade-Lima 63* (SP). 

BAHIA, Barra do Choça: 7Km ao SE de Sao Sebastiao. Estr. Sao Sebastiao/Barra do Choca, 14° 52'52'' S, 40° 

34'46'' W, 21 Nov. 1978 (fl.), S.A. Mori 11268 (CEPEC, K, NY, RB); Conceição da Feira: a SE da Barragem de 

Bananeiras. Vale dos Rios Paraguacu/Jacuipe, 12° 32' S, 39° 05' W alt. 120m, 16 Jul. 1980 (fl.), Grupo Pedra do 

Cavalo 374 (ALCB, CEPEC, HUEFS, NY, RB); Jacobina: Morro do Cruzeiro, 11° 10'50'' S, 40° 31'06'' W, 13 Jul. 

1998 (fl.), L.P. Félix 8515 (HST); Jequié: 4Kma E da cidade. Chacara Provisao, 13° 51'27'' S, 40° 05'01'' W, 6 

Maio 1979 (fl.), S.A. Mori 11850 (CEPEC, K, NY, RB); Miguel Calmon: Arredores da cidade, 11° 25' S, 40° 36' W, 

16 Jun. 1985 (fr.), L.R. Noblick 3881 (CEPEC, HST, HUEFS); Milagres: A W da cdade. Morro Nossa Senhora dos 

Milagres, 12° 52'12'' S, 39° 51'32'' W alt. 600m, 6 Mar. 1977 (fl.), R.M. Harley 19455 (CEPEC, K, MBM, NY, RB, 

SPF); Piritiba: 11° 43' S, 40° 33' W, 31 Maio 1980 (fl.), L.R. Noblick 1832 (CEPEC, HUEFS, NY); PERNAMBUCO, 

Buíque: estrada Buíque-Catimbau, 8° 37'30'' S, 37° 09'15'' W alt. 790m, 10 Jul. 1995 (fl.), K. Andrade 119 (K, 

PEUFR); Floresta: Inajá, Reserva Biológica de Serra Negra, 8° 36'04'' S, 38° 34'07'' W, 20 Jul. 1995 (fr.), A. 

Laurêncio 92 (K, PEUFR); 26 Ago. 1994 (fr.), M.F. Sales 324 (K, PEUFR); 4 Jun. 1995 (fl./fr.), A. Laurêncio 75 

(K, PEUFR); 4 Jun. 1995 (fl.), M.F. Sales 620 (K, PEUFR); 8 Mar. 1995 (fl.), G.M. de Sousa 62 (K, PEUFR); 8 Mar. 

1995 (fl.), M.F. Sales 538 (K, PEUFR); 8 Maio 1995 (fl.), E. Menezes 34 (K, PEUFR); 9 Mar. 1995 (fl.), M.J.N. 

Rodal 487 (K, PEUFR); 9 Mar. 1995 (fl.), A.B. Marcon 20 (K, PEUFR); 29 Maio 1971 (fr.), E.P. Heringer 962 (R, 

RB); Gravatá: 3 Set. 1994 (fl.), M.F.O. Pires 3 (PEUFR, UEC); Gravatá: Serra das Russas, 8° 12'04'' S, 35° 33'53'' 

W, 26 Ago. 1966 (fl.), I. Carvalho 1 (IPA, RB); estrada Pombos - Gravatá, ca. 16 km de Gravatá . Próximo ao 

Restaurante Colina, 8° 10' S, 35° 30' W, 20 Jul. 2002 (fl.), V.C. Souza 28911 (ESA); Pesqueiro: Serra do 

Ororubá, Faz. São Francisco, 8° 21'28'' S, 36° 41'47'' W alt. 1080m, 27 Jun. 1995 (fl.), M. Correia 263 (UFP); 

Quipapa: Engenho Pelado, 8° 49'40'' S, 36° 00'42'' W, 12 Jul. 1950 (fr.), C.G. Leal 245 (RB, SP); Triunfo: 

arredores da cidade, 7° 50'17'' S, 38° 06'06'' W, 10 Fev. 1969 (fl.), G. Mariz 419 (UFP); 10 Mar. 1995 (fl.), A.M. 

Miranda 2158 (HST); Triunfo: Lagoa Nova, 28 Mar. 1995 (fl.), L.P. Félix 7079 (HST); SERGIPE, Indiaroba: 2-3 

km na rodovia para Estância, 11° 31'09'' S, 37° 30'42'' W, 18 Ago. 1995 (fl.), G. Hatschbach 63185 (BHCB, HB, 

MBM). 

89


Ditassa oxyphyla é uma espécie de distribuição geográfica disjunta entre o norte da 

Venezuela e o Nordeste do Brasil. Apresenta problemas de identidade com Ditassa lanceolata, 

Ditassa caucana e Ditassa mastigophora, que devem ser analisados mais detalhadamente, para uma 

delimitação mais clara. 

Quanto à Ditassa lanceolata as questões são de ordem nomenclatural. Esta espécie foi 

descrita por Decaisne (1844) baseada nas coleções Mathews 2064 (P!) do Peru e Blanchet 325 (P!) do 

Brasil (Bahia). Turczaninow (1848) descreveu D. oxyphylla também fundamentado em um coleção de 

Blanchet 3639 (P!, G) da Bahia. Ao avaliar esses materiais-tipo, verificou-se que o número 325, 

atribuído à coleção de Blanchet, é referente ao registro no Herbário De Candolle (G-DC) e ambas as 

coleções dizem respeito a um mesmo material. 

Fontella-Pereira & Silva (1973) promoveram a tipificação de D. lanceolata, escolhendo 

Mathews 2064 como lectótipo por estar em conformidade com o protólogo. De fato, a coleção 

Blanchet 3639 (= G-DC 325) não corresponde à descrição de D. lanceolata e deve ser formalmente 

excluído de sua coleção-tipo, evitando que D. oxyphylla venha a ser considerada um nome 

supérfluo (vide ICBN art. 52). 

40. Ditassa pauciflora Decne. in De Candolle, Prodr. 8: 577. 1844. Tipo: “In Guiana angl., Piraro, 

[1842] (fl.), R. Schomburgk 359 (lectótipo K!, designado por Konno & Wanderley [2004]; 

isolectótipos, BM!, G n.v., P!). Outro síntipo: Guiana, [1839] (fl.), R. Schomburgk 770(BM!, G, K!, 

P!) 

Figuras 8 D, 28 A-E, 32 L. 

Subarbusto, atingindo 2,0m de alt.; ramos volúveis, tomentosos; coléteres interpeciolares 

presentes. Pecíolo ca. 1,5mm compr., tomentoso; lâmina foliar 0,8-1,5 x 0,1-0,3cm, oblonga, ápice 

mucronado, base arredondada a truncada, margem revoluta; pilosa em ambas as faces; nervação 


1-3 flores, antese gradativa; pedúnculo até 0,5mm compr., piloso; brácteas florais glabrescentes a 

glabras. Pedicelo 2,0-3,0mm compr., piloso; sépalas 1,2-1,3 x 0,7mm, oval-lanceoladas, 

esparsamente pilosas a glabrescentes, margens glabras, coléteres axilares abaxiais presentes; corola 

campanulada, alva, glabra na face abaxial; tubo ca. 0,5mm compr., lobos 2,3-2,5 x 0,7-0,9mm, 

oval-lanceolados, adaxialmente pilosos na porção mediana e papilosos nas laterais. Corona 

composta; segmentos externos ca. 2,0 x 0,5mm, laminares, lanceolados a oblongos, atenuados no 

ápice, delgados, unidos entre si na base; segmentos internos ca. 1,0 x 0,6mm, oval-lanceolados, 

levemente conduplicados, inseridos na base das anteras. Ginostégio 1,3-1,4mm compr., cilíndrico, 

séssil; clavúncula com ápice capitado, anel levemente oblíquo. Anteras retangulares, asas mais 

longas que o dorso, dorso convexo, apêndice membranáceo suborbicular, inflexo. Corpúsculo 0,18- 

0,20 x 0,10-0,12mm, ovóide, menor que as polínias; caudículas 0,07-0,10mm compr., horizontais, 

planas, triangulares, membrana reticulada basal presente, inseridas lateralmente nas polínias; 

polínias 0,22-0,25 x 0,11-0,12mm, oblongas a obovóides. 

90


Guiana e Brasil (Roraima). Campos amazônicos, até 100m.s.m. Coletada com flores em junho e 

outubro. 

Referências: Konno & Wanderley 2004a. 

Espécimes examinados: BRASIL. RORAIMA, Along Boa Vista-BV 8 road (BR 174). Km 76. By Uraricoera River, 3° 

25' N, 61° 00' W alt. 136m, 8 Out. 1977 (fl.), L. Coradin 543 (IAN); Boa Vista: 2° 49'11'' N, 60° 40'24'' W, Jun. 

1912 (fl.), J.G. Kullmann 609* (RB). 

Ditassa pauciflora é uma espécie amazônica conhecida apenas pelas quatro coleções 

aqui examinadas. Sua ocorrência no Brasil está restrita aos campos do estado de Roraima. Parece 

estar estreitamente relacionada a Ditassa endoleuca Schltr., que é comum no Peru e Equador. 

41. Ditassa pedunculata Malme, Ark. Bot. 28A(5): 17, fig. 10. 1936. Tipo: “Minas Geraes: loco non 

indicato”, 31 Jan. 1921 (fl.), F.C. Hoehne s.n. [sphalm. Hoehne 5235] (holótipo S!; isótipo SP5235!). 

Figuras 8 E, 21 J-M, 33 A. 

Subarbusto, atingindo 1,5m alt.; ramos volúveis, unilateralmente pubescentes; coléteres 

interpeciolares presentes. Pecíolo 1,5-3,0(-5,0)mm compr., glabro; lâmina foliar 1,4-2,8(-4,5) x 0,4- 

1,0(-1,6)mm, elíptica, oblonga, obovada, ápice mucronado ou emarginado-mucronado, base aguda a 

cuneada, margem revoluta; glabra em ambas as faces; nervação broquidódroma; coléteres 


gradativa; pedúnculo 0,4-1,0(-1,5)cm compr., unilateralmente pubescente; brácteas florais glabras. 

Pedicelo 2,0-4,0mm compr., unilateralmente pubescente; sépalas 0,9-1,2(-1,6) x 1,3-1,6mm, ovais 

ou oval-lanceoladas, glabras, margem esparsamente ciliada, coléteres axilares abaxiais presentes; 

corola sub-rotácea a campanulada, alvacenta ou creme, glabra na face abaxial; tubo 0,5-0,6mm 

compr., lobos 2,3-2,8 x 1,2-1,5mm, oval-lanceolados, pilosa na face adaxial com tricomas agrupados 

nas lateraise na fauce, porção central do lobo papilosa. Corona composta; segmentos externos 1,6- 

2,0mm x 0,9-1,2mm, levemente cuculados, ovais, trilobados,lobos acuminados, o central mais 

alongado que os laterais, delgados, unidos entre si na base; segmentos internos 1,2-1,5mm x ca. 

0,3mm, ultrapassando o ginostégio em compr., laminares, planos, inteiros, atenuados no ápice, 

retos a levemente inflexos, inseridos na base das anteras. Ginostégio ca. 1,0mm compr., cilíndrico, 

séssil; clavúncula com ápice capitado, anel levemente oblíquo. Anteras quadrangulares, asas mais 

longas que o dorso, dorso convexo, apêndice membranáceo orbicular a subcordiforme, inflexo. 

Corpúsculo 0,25-0,28 x 0,11-0,13mm, elipsóide a oblongo, tão longo quanto às polínias; caudículas 

ca. 0,10mm compr., sinuosas, cilíndricas, inseridas subapicalmente às polínias; polínias 0,25-0,27 x 

0,07-0,09mm, oblongas a fusiformes. Folículo 2,5-3,0cm compr., fusiforme, piloso. 

Brasil (Minas Gerais: sul da Cadeia do Espinhaço). Campo rupestre, 1500-2100m.s.m. Coletada com 

flores de janeiro a abril, agosto e novembro e, com frutos em agosto. 

91



Espécimes examinados: BRASIL. MINAS GERAIS, Entre Rios de Minas: Fazenda da Pedra Branca, 20° 40'15'' S, 

44° 03'56'' W, 29 Jan. 1977 (fl.), M.P. Coons 77-357 (VIC); Itabirito: Pico do Itabirito, 20° 15'12'' S, 43° 48'05'' W, 

1 Mar. 1994 (fl.), W.A. Teixeira s.n.* (BHCB24106, HB74642); ca. 50km SE de Belo Horizonte, alt. 1750m, 11 

Fev. 1968 (fl.), H.S. Irwin 19811 a (BR, K, MBM, MG, R, UB); Moeda: Serra da Moeda, entrada pela BR 040, 20° 

19'59'' S, 44° 03'10'' W, 15 Ago. 1998 (fl./fr.), A. Rapini 652 (SPF); 20° 18' S, 43° 58' W alt. 1500m, 15 Nov. 1987 

(fl.), V.C. Furtado s.n. (BHCB11491, HB); Passa Quatro: Campo do Muro, 22° 24'32'' S, 44° 54'45'' W alt. 2100m, 

4 Abr. 1995 (fl.), I. Koch 440 (UEC). 

Ditassa pedunculata é a única espécie do complexo de D. eximia que apresenta 

inflorescências com pedúnculo atingindo até mais de 1,0cm compr., associadas a uma corona com 

segmentos externos tripartidos. Os registros não são muito frequentes e a espécie está restrita ao 

sul da Cadeia do Espinhaço em Minas Gerais. 

42. Ditassa pohliana E.Fourn. in Martius, Fl. bras. 6(4): 244. 1885. Tipo: [Goiás], “inter Chapada & 

Agua [Fria ou Tuge]”, s.d. (fr.), J.E.B. Pohl [3253] (holótipo W!; isótipo BR! NY!). 

Figuras 8 F, 13 F-J, 33 B, 35 M. 

Trepadeira; ramos volúveis, velutinos a lanosos, glaucos; coléteres interpeciolares presentes ou 

inconspícuos. Pecíolo 2,0-6,0mm compr., velutino; lâmina foliar 0,9-3,5(-4,3) x 0,2-1,1cm, elíptica 

ou oblonga, ápice mucronado, base obtusa a cuneada, margem revoluta; face adaxial velutina, face 

abaxial incano-tomentosa a velutina; nervação broquidódroma; coléteres presentes na base da 

lâmina foliar. Cimeiras umbeliformes, subaxilares, raramente opostas, 4-8 flores, antese gradativa; 

pedúnculo 1,5-4,0mm compr., piloso; brácteas florais pilosas. Pedicelo 2,5-6,0mm compr., híspido; 

sépalas 1,0-1,3 x 0,3-0,6mm, triangulares a lineares, hirsuto-tomentosas, margens glabras, 

coléteres axilares abaxiais ausentes; corola rotácea, alva, hirsuta na face abaxial; tubo ca. 0,3mm 

compr., lobos 1,7-2,0 x 0,8-1,0mm, oval-lanceolados, pubescentes na face adaxial. Corona 

composta; segmentos externos 0,4-0,6mm x 0,3-0,4mm, oblongos, dorsalmente côncavos, 

arredondados a truncados no ápice, carnosos, unidos entre si na base; segmentos internos 0,2- 

0,3mm x 0,1mm, subulados, por vezes reduzidos a pequenos apêndices, inseridos abaixo do dorso 

das anteras e unidos aos externos. Ginostégio ca. 1mm compr., cilíndrico, séssil; clavúncula com 

ápice levemente capitado, anel vertical. Anteras subquadrangulares, asas mais longas que o dorso, 

dorso convexo, apêndice membranáceo suborbicular, inflexo. Corpúsculo 0,15-0,20 x 0,07-0,11mm, 

ovóide, menor que as polínias; caudículas 0,05-0,07mm compr., horizontais, planas, triangulares, 


0,11mm, elipsóides. Folículo ca. 2,5cm compr., fusiforme, tomentoso. 

Brasil (Bahia, Goiás, Minas Gerais). Campos rupestres e caatinga, 600-1500m.s.m. Coletada com 

flores de abril a julho. Coletas com frutos não foram datadas. 

92


Referências: Fontella-Pereira et al. 1989; Rapini 2000 b ; Rapini et al. 2001. 

Espécimes examinados: BRASIL. BAHIA, Abaíra: caminho Marques-Boa Vista, estrada abandonada da furna, 13° 

20' S, 41° 49' W alt. 1100m, 27 Abr. 1994 (fl.), W. Ganev 3150 (HUEFS, SPF); caminho Lambedor-Roncadão, 13° 

18' S, 41° 50' W alt. 1150m, 27 Jul. 1992 (fl.), W. Ganev 753 (G, HUEFS, SPF); Catolés, Mata do Bem Querer, 

Tanque do Garimpo, 13° 16' S, 41° 53' W alt. 1480m, 14 Maio 1992 (fl.), W. Ganev 254 (F, HUEFS, SPF); Miguel 

Calmon: 11° 25'44'' S, 40° 35'42'' W, 14 Jul. 1991 (fl.), A.M. Miranda 319 (HST); Morro do Chapéu: 16Km ao SW 

da cidade, Rod. p/ Utinga, alt. 980m, 1 Jun. 1980 (fl.), R.M. Harley 22961 (CEPEC, K, MBM, NY, SPF); base do 

Morrao, alt. 1050m, 16 Jul. 1979 (fl.), G. Hatschbach 42379 (CEPEC, MBM); estrada para Utinga, ca. 8 km de 

Morro do Chapéu. 11° 38'17'' S, 41° 09'30'' W alt. 950m, 18 Jul. 2001 (fl.), V.C. Souza 26422 (ESA); estrada para 

Utinga, ca. 16km após o trevo, 11° 33' S, 41° 09'22'' W alt. 1000m, 4 Maio 2001 (fl.), T.U.P. Konno 797 (SP); 

Mucugê: Rod. p/ Palmeiras, 13° 00'19'' S, 41° 22'15'' W, 18 Jun. 1984 (fl.), G. Hatschbach 48026 (CEPEC, K, 

MBM); Rio de Contas: Arredores da cidade, 13° 34'44'' S, 41° 48'41'' W, 15 Maio 1983 (fl.), G. Hatschbach 46405 

(CEPEC, HUEFS, MBM); 16 Jun. 2000 (fl.), R.M. Harley 53696* (HUEFS); estrada para a Faz. Brumadinho, 24 Abr. 

2004 (fl.), T.U.P. Konno 856 (CEPEC). GOIÁS, s.mun.: s.d. (fr.), J.E.B. Pohl 3253 (BR, NY, W). MINAS GERAIS, 

Congonhas: 20° 30'16'' S, 43° 51'48'' W, s.d. (fl.), A.F.M. Glaziou 15230 (K, P); Cristália: Rodovia para Grão 

Mogol, 16° 48'01'' S, 42° 51'44'' W, 15 Maio 1988 (fl.), G. Hatschbach 52040 (MBM); Grão Mogol: 16° 33'34'' S, 42° 

53'23'' W alt. 950m, 12 Jun. 1990 (fl.), G. Hatschbach 54159 (BR, HUEFS, MBM, UB); Estrada para Josenópolis, 

17 Jul. 1998 (fl.), G. Hatschbach 67968 (MBM); Rodovia para Cristália, 22 Abr. 1978, G. Hatschbach 41399 

(MBM); Vale do Ribeirão das Mortes, alt. 950m, 24 Maio 1987 (fl.), J.R. Pirani CFCR10890 (NY, RB, SPF); Monte 

Azul: Serra do Espinhaço, 15° 09'18'' S, 42° 52'29'' W, 18 Abr. 1996 (fl.), G. Hatschbach 65000 (MBM); 

Turmalina: ca. 10km da cidade de Turmalina, estrada Virgem da Lapa - Turmalina, 17° 17'08'' S, 42° 43'48'' W, 

11 Maio 1979 (fl.), V.F. Ferreira 784 (RB); Águas Vermelhas: BR 116, 15° 44'50'' S, 41° 27'36'' W, 16 Jun. 1986 

(fl.), G. Hatschbach 50430 (MBM). 

Ditassa pohliana destaca-se pela pilosidade incano-velutina das folhas, especialmente 

em sua face abaxial. A morfologia da corona é semelhante à de Ditassa crassifolia, mas as duas 

espécies são bem distintas vegetativamente. 

A descrição original de D. pohliana não aborda as estruturas florais, fato confirmado 

com o exame da coleção-tipo que apresenta somente frutos. Rapini et al.(2001) foi o primeiro a 

redescrever a espécie após Fournier (1885). Contudo, as ilustrações apresentadas pelo autor, 

baseadas em Pirani et al. CFCR10890, não evidenciam claramente os caracteres relacionados na 

descrição. Com isso, a espécie é aqui redescrita, bem como ilustrada, de forma completa. 

43. Ditassa retusa Mart., Nov. Gen. Sp. Pl. 1: 53. 1824. Tipo: [Brasil], “habitat in adscensu Serra do 

Caraça, provinciae Minas Geraes”, s.d. (fl.), C.F.P. Martius [herb. fl. bras. 938] (holótipo M!). 

Figuras 9 A, 26 F-J, 33 C, 35 N. 

Trepadeira; ramos volúveis, bilateralmente pubescentes; coléteres interpeciolares presentes. 

Pecíolo 5,5-7,0mm compr., adaxialmente pubescente; lâmina foliar 1,0-3,5 x 0,4-1,5cm, obovada 

ou elíptica, ápice mucronado ou retuso-mucronado, base aguda, margem plana, ciliada; face 

adaxial pubérula somente sobre a nervura, ou glabra em ambas as faces; nervação broquidódroma; 

coléteres presentes na base da lâmina foliar. Cimeiras umbeliformes, subaxilares, 3-9 flores, antese 

gradativa; pedúnculo 2,0-3,0mm compr., glabro; brácteas florais glabras. Pedicelo 3,0-5,5mm 

compr., glabro; sépalas ca. 1,0 x 1,3mm, ovais, totalmente glabras, coléteres axilares abaxiais 

presentes; corola subcampanulada, alva, glabra na face abaxial; tubo ca. 0,5mm compr., lobos ca. 

3,0 x 1,5mm, oval-lanceolados ou suboblongos, papilosos na face adaxial, somente nas laterais, 

porção mediana central glabra. Corona composta; segmentos externos 2,5 x 0,5mm, oblongos, 

93


tridentados, lobo central longamente acuminado e ondulado no ápice, delgados, unidos entre si na 

base; segmentos internos 1,3mm compr., subulados, inseridos na base das anteras. Ginostégio ca. 

1,5mm compr., cilíndrico, séssil; clavúncula com ápice levemente capitado, anel vertical. Anteras 

retangulares, asas mais longas que o dorso, dorso convexo, apêndice membranáceo suborbicular, 

inflexo. Corpúsculo 0,25-0,27 x 0,11-0,13mm, ovóide, menor que as polínias; caudículas 0,07- 


inseridas lateralmente nas polínias; polínias 0,37-0,40 x 0,15-0,17mm, oblongas. Folículo 3,5-5,5cm 

compr., ovóide, velutino. 

Brasil (Bahia, Minas Gerais, São Paulo). Campos rupestres e cerrado, 300-1800m.s.m. Coletada com 

flores de outubro a julho e com frutos de maio a outubro e fevereiro. 

Referências: Decaisne 1844; Fournier 1885; Fontella-Pereira et al. 1984b; Fontella-Pereira et al. 1989; 

Fontella-Pereira et al. 1995; Rapini 2000 b ; Rapini et al. 2001. 

Espécimes examinados selecionados: BRASIL. BAHIA, Abaíra: Campo de Ouro Fino, 13° 15' S, 41° 54' W alt. 

1600 - 1700m, 27 Fev. 1992 (fl.), P.T. Sano H 52358 (MBM, SP, SPF); Catolés, estrada para Serrinha e Bicota, 

13° 17'34'' S, 41° 50'54'' W, 20 Abr. 1998 (fl.), L.P. Queiroz 5037 (HUEFS, K); Andaraí: trilha Andaraí-Lençóis, 

arredores de Andaraí, 12° 48'26'' S, 41° 19'53'' W, 3 Jun. 1995 (fl.), F. França 1203 (ALCB, CEPEC, HUEFS); 

Campo Formoso: Água Preta, Estrada Alagoinhas-Minas do Mimoso km 15, 10° 22' S, 4° 11'09'' W alt. 1050m, 26 

Jun. 1983 (fl.), L. Coradin 6075 (CEN, K, NY, RB); Jacobina: Serra do Tombador, 11° 05'13'' S, 40° 40'21'' W alt. 

730m, 2 Jul. 1996 (fl.), R.M. Harley PCD3295 (ALCB, HUEFS, K, SPF); Lençóis: Serra da Chapadinha, 

Chapadinha, 12° 27'54'' S, 41° 25'17'' W alt. 750m, 30 Jun. 1995 (fl./fr.), M.L. Guedes PCD2046 (ALCB, CEPEC, 

HUEFS, SPF); Livramento do Brumado: estrada entre Livramento do Brumado e Rio de Contas. Bica da Cíntia, 

13° 36' S, 41° 48' W alt. 900m, 26 Abr. 1999 (fl.), F. França 2689 (HUEFS); Morro do Chapéu: Cachoeira do 

Ferro Doido, 11° 33' S, 41° 09'22'' W alt. 950m, 4 Maio 2001 (fl.), T.U.P. Konno 796* (SP); Mucugê: estrada 

Mucugê-Guiné, a 5km de Mucugê, 13° 00'19'' S, 41° 22'15'' W, 7 Set. 1981 (fr.), A. Furlan CFCR1936 (K, SPF); 

Palmeiras: 15Km ao NW Lencois, meio e acima rampa do Pai Inacio. Ao N Rod. Seabra/Itaberaba, 12° 21'44'' S, 

41° 33'32'' W alt. 1100m, 24 Maio 1980 (fr.), R.M. Harley 22490 (CEPEC); Piatã: Serra do Atalho, estrada Piatã- 

Inúbia, ca. 25km NW de Piatã, 13° 04'48'' S, 41° 55'59'' W alt. 1450m, 23 Fev. 1994 (fl.), P.T. Sano CFCR14466 

(ESA, F, K, NY, SPF); Rio de Contas: Caminho para o Pico das Almas, Vale do Queiroz, 13° 34'44'' S, 41° 48'41'' 

W alt. 1700m, 7 Mar. 2002 (fl.), T.U.P. Konno 826 (SP). MINAS GERAIS, Botumirim: estrada Botumirim- 

Barrocão, ca. 3km de Adão Colares, 16° 52'20'' S, 43° 00'39'' W alt. 970m, 30 Set. 1997 (fl.), A. Rapini 365 (NY, 

SPF, UB); Caeté: Serra da Piedade, 19° 49'03'' S, 43° 40'27'' W alt. 1620m, 27 Maio 1997 (fl.), A. Rapini 322 

(SPF); Caraça: caminho da Capelinha, 20° 01'10'' S, 43° 27'51'' W, 5 Abr. 1980 (fl.), Tales 6 (BHCB, HB); 

Conceição do Mato Dentro: Estrada Santana do Riacho - Serro, km 155, próximo à ponte do Rio Santo Antônio, 

5 Jul. 1996 (fr.), V.C. Souza 11757 (BHCB, ESA, HUEFS); Cunha Magalhães: Rio Jequitinhonha, 18° 04'17'' S, 43° 

28'16'' W, 16 Nov. 1971 (fl.), G. Hatschbach 28062 (MBM); Datas: km 451 da Rod. Datas-Sêrro, 18° 33'38'' S, 43° 

38'18'' W alt. 1050m, 1 Mar. 1998 (fl.), A. Rapini 502 (SPF); Diamantina: estrada para Biribiri, arredores da 

Cachoeira dos Cristais, 18° 14'58'' S, 43° 36'01'' W alt. 1150m, 29 Nov. 2000 (fl.), T.U.P. Konno 703 (SP); 

Gouveia: BR 259, ca. km 509, próximo à linha de alta tensão, 18° 27'16'' S, 43° 44'27'' W, 13 Mar. 2002 (fl.), 

T.U.P. Konno 837 (SP); Grão Mogol: atrás da cidade, 16° 33'34'' S, 42° 53'23'' W, 13 Abr. 1981 (fl.), I. Cordeiro 

CFCR832 (RB, SPF); 20 Abr. 1978 (fl.), G. Hatschbach 41225 (MBM); Córrego Escurona, 16° 35' S, 42° 57' W alt. 

800m, 26 Maio 1988 (fl.), Bidá A CFCR11959 (HUEFS, RB, SPF); Itabira: 19° 37'09'' S, 43° 13'37'' W, P. Claussen 

hfb 1377 4 (P); Itabirito: Rod. dos Inconfidentes (BR 365), km 46, próximo ao Restaurante Cabana da Serra, 20° 

12'43'' S, 43° 50'24'' W alt. 1300m, 17 Ago. 1998 (fl.), A. Rapini 677 (MO, SPF); Itacambira: Serra de Itacambira, 

3,5km de Itacambira em direção a Juramento, 17° 03'53'' S, 43° 18'32'' W, 14 Mar. 1999 (fl.), A. Rapini 786 (F, 

G, SPF); Itambé do Mato Dentro: 19° 24'52'' S, 43° 19'16'' W, 27 Maio 1990 (fl.), J.R. Stehmann s.n. 

(BHCB18008); Joaquim Felício: Serra do Cabral, 17° 42'29'' S, 44° 11'31'' W, 16 Maio 1999 (fl.), V.C. Souza 

22452 (ESA, SPF); Mariana: Faz do Gualaxo, 20° 22'40'' S, 43° 24'58'' W, 5 Jun. 1972 (fl./fr.), M.A. Lisboa s.n. 

(OUPR3210); Mato Verde: Serra do Mandaçaia, na estrada para Montezuma, 15° 23'50'' S, 42° 51'59'' W alt. 

1100m, 17 Mar. 1994 (fl.), C.M. Sakuragui CFCR15164 (ESA, K, SPF); Moeda: Serra da Moeda, km 2 da estrada 

para Moeda, 20° 18' S, 43° 58' W alt. 1500m, 15 Nov. 1987 (fl.), VCFM s.n. (BHCB, HB); Nova Lima: Morro do 

Chapéu, 19° 59'08'' S, 43° 50'48'' W alt. 1250m, 31 Jan. 1982 (fl.), T.S.M. Grandi 932 (BHCB, HB); Ouro Preto: 

Falcão, 20° 17'15'' S, 43° 30'29'' W, 17 Out. 2000 (fr.), N.M.F. da Silva 288 (RB); Riacho dos Machados: Serra da 

Bocaina, km 400 da BR 251, próximo a torre da Telemig, 16° 00'22'' S, 43° 02'58'' W, 10 Mar. 1999 (fl.), A. 

Rapini 727 (BHCB, SPF, UEC); Rio Vermelho: Pedra Menina, Morro do Ambrósio, 18° 06'56'' S, 43° 06'55'' W, 14 

94


Jul. 1984 (fr.), A. Furlan CFCR4475 (K, SP, SPF); Santa Bárbara: Serra do Caraça, estrada Belo Horizonte-Santa 

Bárbara, trilha da Gruta, 19° 55' S, 43° 28' W alt. 1800m, 11 Set. 1990 (fl.), A.F. Fierro 1638 (SPF); Santana do 

Pirapama: Serra do Cipó, Fazenda Inhame (Serra Mineira), 18° 55' S, 43° 54' W, 21 Mar. 1982 (fl.), J.R. Pirani 

CFSC8024 (RB, SP); Santana do Riacho: Serra do Cipó, MG 010, km 116, beira do Rio Santo Antônio, 19° 10'08'' 

S, 43° 42'52'' W, 19 Abr. 1981 (fl.), L. Rossi CFSC7259 (NY, RB, SP, SPF); São Gonçalo do Rio Abaixo: Estação 

Experimental de Peti - CEMIG, Mirante do Cruzeiro, 23 Abr. 2002 (fl.), J.A. Lombardi 4727 (BHCB); São Gonçalo 

do Rio Preto: P. E. do Rio Preto, próximo ao Córrego da Lapa, 18° 05' S, 43° 20' W, 15 Jun. 2002 (fl.), J.A. 

Lombardi 4878 (BHCB); São Tomé das Letras: arredores, 21° 43'20'' S, 44° 59'07'' W, 22 Mar. 1987 (fl.), G. 

Hatschbach 51478 (MBM); Tiradentes: Serra de São José, 21° 06'37'' S, 44° 10'41'' W, s.d. (fl./fr.), E.A. Brina 

s.n. (BHCB39544); SÃO PAULO, Brotas: Fazenda Rochedo, 22° 17'03'' S, 48° 07'36'' W, 6 Maio 1992 (fl.), J.A. 

Lombardi 55 (BHCB). 

Ditassa retusa é uma espécie de ampla distribuição geográfica, presente ao longo de 

toda a Cadeia do Espinhaço do sul da Bahia até Minas Gerais. Rapini et al. (2001) destaca sua 

ocorrência para Mato Grosso com base na coleção Irwin et al. 16286 (NY, MBM, MO) que trata-se na 

verdade de um exemplar de Ditassa gracilipes Schltr. Sua presença no estado de São Paulo é 

comprovada por duas coleções Silva 289 (SP) e Lombardi 53 (BHCB). Habita formações de cerrado e 

campo rupestre. 

Ditassa retusa também faz parte do complexo de espécies com nervuras secundárias 

retilínias. É facilmente reconhecida no campo por sua floração intensa. Está mais relacionada à 

Ditassa lineares e D. insignis pela presença dos segmentos da corona longamente acuminados. Em 

Ditassa retusa os segmentos externos da corona podem ainda apresentar-se sinuosos no ápice e os 

lobos da corola são glabros na porção mediana central. 

44. Ditassa sobradoi (Morillo) Liede, Novon 7: 44. 1997. ≡ Cynanchum sobradoi Morillo, Ernstia 4: 

13, fig. 3C. 1981. Tipo: “Venezuela, Território Federal Amazonas: matorral (bana) 2km NE de San 

Carlos de Río Negro, carretera San Carlos-Solano”, 1º57’N, 66º58”W, G. Morillo et al. 3896 (holótipo 

VEN!). 

Figura 9 B. 

Trepadeira; ramos volúveis, glabros; coléteres interpeciolares presentes. Pecíolo com até 6,0mm 

compr., glabro; lâmina foliar 2,5-6,5 x 0,5-3,0cm, obovada, oblonga, elíptica ou estreitamente 

elíptica a linear, ápice agudo ou arredondado, mucronado, por vezes emarginado, base cuneada ou 

truncada, margem levemente revoluta in sicco; glabra em ambas as faces; nervação broquidódroma; 

coléteres presentes na base da lâmina foliar. Cimeiras umbeliformes, axilares, por vezes opostas, 

divaricadas, 4-9 flores, antese simultânea; pedúnculo com até 7,0mm compr., crasso, pubérulo a 

glabrescente; brácteas florais glabras. Pedicelo 1,0-2,3mm compr., glabro; sépalas ovais a 

largamente ovais, totalmente glabras, coléteres axilares abaxiais presentes; corola campanulada, 

alva, creme-esverdeadas ou róseo-alvacenta, glabra na face abaxial; tubo ca. 1,0mm compr., lobos 

oval-lanceolados, densamente pilosos da porção mediana até a base pubescente no ápice e nas 

laterais. Corona composta; segmentos externos laminares, lateralmente compressos e 

conduplicados, acuminados no ápice, por vezes denteados, levemente carnosos, livres entre si; 

segmentos internos apendiciformes, subulados, inseridos na base das anteras e unidos aos externos. 

95


Ginostégio cilíndrico, séssil; clavúncula com ápice rostrado, truncado a levemente lobado no ápice 

ou capitado, anel oblíquo. Anteras retangulares a subtrapezoidais, asas mais longas que o dorso, 

dorso subplano a convexo, apêndice membranáceo oval ou suborbicular, ereto a inflexo. Corpúsculo 

elipsóide ou oblongo, menor que as polínias; caudículas horizontais, planas, triangulares, membrana 

reticulada basal presente, inseridas lateralmente nas polínias; polínias oblongas. Folículo com até 

7,0cm compr., fusiforme, glabro. 

Faz parte do conjunto de representantes amazônicos do gênero, ocorrente nas savanas 

e campinas arenosas. Forma juntamente com Ditassa buntingii e Ditassa franciscoi um grupo 

simpátrido, bastante homogêneo em sua morfologia. Inicialmente descrito por Morillo (1989) em 

Cynanchum, a espécie foi transferida para Ditassa pela nítida presença de uma corona em dois 

segmentos (Liede & Meve 1997). 

A uniformidade morfológica exibida por esses três táxons se reflete tanto no aspecto 

vegetativo geral (folhas coriáceas, glabras) quanto na organização floral (infl. parciais compostas 

por um par de cimeiras umbeliformes divaricadas; corona com segmentos externos achatados 

lateralmente). As discontinuidades que levam ao reconhecimento independente desses taxa por 

Morillo (1989), i.e. forma da lâmina foliar e ápice da clavúncula, estão aqui sendo tratadas como 

limitantes de variedades. 

1. Folhas oblongas a largamente elípticas. 

Chave para as variedades de Ditassa sobradoi 

2. Ápice da clavúncula longamente rostrado .................................................. var. sobradoi 

2. Ápice da clavúncula cônico ................................................................... var. buntingii 

1. Folhas estreitamente elípticas ................................................................ var. franciscoi 

44a. var. sobradoi 

Figuras 27 A-D, 33F. 

Trepadeira; ramos volúveis, glabros. Pecíolo 2,0-5,0mm compr.; lâmina foliar 2,5-6,5 x 0,5-3,0cm, 

obovada, oblonga, elíptica ou estreitamente elíptica. Cimeiras 5-8 flores; pedúnculo 1,0-7,0mm 

compr., pubérulo a glabrescente; brácteas florais glabras. Pedicelo 1,5-2,0mm compr., glabro; 

sépalas 1,0-1,2 x 0,6-1,0mm; lobos da corola 3,5-4,0 x 1,8-2,0mm. Corona com segmentos externos 

2,3-2,5mm compr.; segmentos internos ca. 1,0mm compr. Ginostégio 3,0-4,0mm compr.; 

clavúncula com ápice rostrado, truncado a levemente lobado no ápice. Corpúsculo 0,30 x 0,13- 

0,15mm; caudículas 0,07-0,12mm compr.; polínias 0,43-0,48 x 0,17-0,23mm. Folículo ca. 7,0cm 

compr. (Morillo 1989). 

96


Venezuela e Brasil (Roraima, Amazonas). Savana, campo rupestre amazônico, mata de terra firme, 

50-1200m.s.m. Coletada com flores de janeiro a junho e em setembro. As coleções examinadas não 

apresentavam frutos. 

Referências: Morillo 1997. 

Espécimes examinados: VENEZUELA. AMAZONAS, Atabapo: La Esmeralda; 5 km N of village, 3° 10' N, 65° 33' W 

alt. 106m, 9 Fev. 1954 (fl.), Coomes D 386 (VEN); Rio Negro: San Carlos (10 km NE of) (ca. 20 km S of 

confluence of Rio Negro & Brazo Casiquiare), 1° 56' N, 67° 03' W alt. 120m, 24 Abr. 1979 (fl.), R. Liesner 6930 

(VEN). 

COLÔMBIA, Vaupes: along Rio Vaupés at Circasia, 13 Set. 1976 (fl.), J.L. Zarucchi 2035 (INPA). 

BRASIL. AMAZONAS, s. mun.: 18 Fev. 1984 (fl.), I.L. Amaral 1631* (INPA); 20 Fev. 1984 (fl.), A.S. Tavares 107 

(INPA); Serra Aracá, southern extrimity of northern plateau of Serra Araca. Shrub forest, 0° 51' N, 63° 21' W 

alt. 1200m, 15 Fev. 1984 (fl.), G.T. Prance 29078 (MG, UB); Barcelos: 0 49 N, 63 17 W alt. 100m, Jul. 1985 

(fl.), O. Huber et al. 10754 (INPA); RORAIMA, s.mun.: estrada Manaus-Caracaraí, km 350, N of Rio Brancinho, 

18 Nov. 1977 (fl.), W.C. Steward et al. 84 (INPA); 0 05 S, 60 40 W, 14 Jun. 1985 (fl.), I. Cordeiro et al. 10 

(INPA). 

44b. var. buntingii (Morillo) T.U.P. Konno, stat. nov. ≡ Cynanchum buntingii Morillo, Ernstia 51: 2. 

1989; Ditassa buntingii (Morillo) Liede, Novon 7: 44. 1997. Tipo: “Venezuela, Territorio Federal 

Amazonas, 11km E de Maroa, 125m”, Steyermark & Bunting 102813 (holótipo VEN!). 

Figuras 27 I-N, 33 D. 

Trepadeira; ramos volúveis, glabros. Pecíolo 3,0-6,0mm compr.; lâmina foliar 3,2-6,5 x 1,2-4,0cm, 

obovada, oblonga ou elíptica. Cimeiras 5-9 flores; pedúnculo 5,0-12,0mm compr. Pedicelo 1,5- 

2,3mm compr.; sépalas 1,2-1,3 x 0,8-1,1mm; lobos da corola 3,0-3,4 x 1,4-1,8mm. Corona com 

segmentos externos 1,5-2,0mm compr.; segmentos internos 0,5-0,7mm compr. Ginostégio ca. 

2,0mm compr.; clavúncula com ápice capitado. Corpúsculo 0,25-0,30 x 0,11-0,14mm; caudículas 

ca. 0,07mm compr.; polínias 0,40-0,43 x 0,15-0,18mm. Folículo 6,0-7,0cm compr.. 

Venezuela e Brasil (Amazonas). Formações campestres da Amazônia, 120-1400m.s.m. Coletada com 

flores em janeiro, fevereiro, maio, junho, agosto, outubro e novembro e com frutos em junho. 


Espécimes examinados: VENEZUELA. Yavita: Yavita, Alto Orinoco, alt. 128m, 22 Jan. 1942 (fl.), L.O. Williams 

13897 (VEN); AMAZONAS, Maroa (1 km E of); Río Guainía, alt. 120 - 140m, 25 Nov. 1953 (fl.), B. Maguire 36410 

(MO, NY). 

BRASIL. AMAZONAS, s. mun.: Nova Prainha, 10 Ago. 1976 (fl.), C.D.A. Mota s.n.* (INPA61277); Serra do Aracá, 

0 51 N, 63 22 W alt. 1200-1400m, 19 Fev. 1984 (fl.), G.T. Prance et al. 29164 (INPA); estrada Terra Preta km 2, 

branch of Manaus-Manacapuru, 5km from Cacau Pirera, 18 Jun 1975 (fl./fr.), G.T. Prance et al. 23479 (INPA); 

rodovia Manaus-Caracaraí, BR 174, km 130, 13 Nov. 1973 (fl.), C.C. Berg et al. P19509 (INPA); 17 Fev. 1974 

(fl.), W.C. Steward et al. P20332 (INPA); 26 Maio 1974 (fl.), W. Rodrigues et al. 9355 (INPA); 4 Out. 1977 (fl.), 

J. Ramos 739 (INPA); km 125, 12 Fev. 1979 (fl.), J. Murça Pires 16697 (MG); Rodovia do Estanho, entre os km 

795-790 da Transamazônica, 26 Out. 1979 (fl.), G. Vieira et al. 176 (INPA); Presidente Figueiredo: rodovia 

Manaus-Caracaraí, BR 174, km 115, 29 Jun. 1985 (fl.), O. Huber 10676 (INPA, SP). 

97


44c. var. franciscoi (Morillo) T.U.P. Konno, stat. nov. ≡ Cynanchum franciscoi Morillo, Ernstia 51: 

3. 1989. Ditassa franciscoi (Morillo) Liede, Novon 7: 44. 1997. Tipo: “Venezuela, Territorio Federal 

Amazonas: Dept. Rio Negro, Norte de Serrania de Unturan, 300-350m”, s.d., Guanchez 860 (holótipo 

VEN!; isótipo TFA). 

Figuras 27 E-H, 33 E. 

Trepadeira; ramos volúveis, pubérulos a glabros. Pecíolo 1,0-1,5mm compr.; lâmina foliar 2,4-5,6 x 

0,2-0,5cm, linear a estreitamente oblonga ou elíptica. Cimeiras 4-5 flores; pedúnculo 4,0-8,0mm 

compr.. Pedicelo 1,0-1,5mm compr.; sépalas 1,0-1,4 x 0,8-1,3mm, lobos da corola 2,5-3,2 x 1,5- 

2,0mm. Corona com segmentos externos 1,5-1,7mm compr.; segmentos internos ca. 0,7mm compr. 

Ginostégio 1,4-2,0mm compr.; clavúncula com ápice capitado a levemente rostrado. Corpúsculo 

0,32-0,35 x 0,10-0,13mm; caudículas ca. 0,10mm compr.; polínias 0,40-0,50 x 0,13-0,18mm. 

Folículo ca. 5,5cm compr. (Morillo 1989). 

Colômbia, Venezuela e Brasil (Amazonas). Formações campestres amazônicas, mata de Igapó e 

savana, 100-1250m.s.m. Coletada com flores em fevereiro, de abril a junho e novembro. 


Espécimes examinados: VENEZUELA, AMAZONAS, Samariapo (25 km S of); toward Río Sipapo, alt. 125m, 29 

Jun. 1975 (fl.), A. Gentry 14622 (MO, NY). 

COLÔMBIA, VAUPÉS, Mitú and vicinity, lower Rio Kubiyú, 1° 00' N, 70° 55' W, s.d., J.L. Zarucchi 2230* (INPA, 

VEN); Bassin del l'Amazone, Rio Cubiyu, affluent du Rio Vaupes Comisaria del Vaupes, 9 Nov. 1952 (fl.), H. 

Humbert 27313 (P, VEN). 

BRASIL, AMAZONAS, s. mun.: Serra do Aracá, 0 51 N, 63 22 W alt. 1150-1250m, 10 Fev. 1984 (fl.), A.S. Tavares 

39 (INPA); 20 Fev. 1984 (fl.), A.S. Tavares et al. 100 (INPA); Humaitá: estrada Humaitá-Jacarecanga, km 62, 7 

45 S, 62 32 W, 17 Jun. 1982 (fl.), L.O.A. Teixeira et al. 1196 (INPA); BR 230 a 94km de Humaitá, Reserva 

Indígena dos Tenharim, 6 55 S, 62 15 W, 13 Abr. 1985 (fl.), C.A.C. Ferreira 5470 (INPA); Manaus: Ponta Negra, 

3° 06'07'' S, 60° 01'30'' W, 30 Maio 1961 (fl.), W. Rodrigues 2657 (INPA, RB); Manicoré: BR 230, 110km ao L de 

Humaitá, rio Marmelos entre a rodovia e a cachoeira do Paricá, 7 50 S, 62 15 W, 15 Abr. 1985 (fl.), C.A.C. 

Ferreira 5577 (INPA). 

45. Ditassa subumbellata Malme, Ark. Bot. 28A(5): 16. 1936. Tipo: [Brasil, Estado do Rio de 

Janeiro], “Rio de Janeiro, Praia do Leblon”, Set. 1915 (fl.), F.C. Hoehne s.n. [sphalm. 25110] 

(holótipo S!; isótipo SP25110!). 

Figuras 9 C, 22 I-L, 33 G. 

Trepadeira; ramos volúveis, unilateralmente pubescentes; coléteres interpeciolares presentes. 

Pecíolo 2,0-3,0mm compr., adaxialmente pubescente; lâmina folilar 1,2-2,8 x 0,6-1,1cm, elíptica 

ou oblonga, ápice mucronado, base arredondada ou cuneada, margem revoluta, ciliada; glabra em 

ambas as faces, pubescência esparsa na inserção com o pecíolo; nervação broquidódroma; coléteres 


gradativa; pedúnculo 3,0-7,0mm compr., unilateralmente pubescente a glabrescente; brácteas 

florais glabras. Pedicelo 3,5-5,0mm compr., glabro; sépalas 0,9-1,0 x 0,7-0,8mm, ovais, totalmente 

98


glabras, coléteres axilares abaxiais ausentes; corola levemente campanulada a rotácea, alva, glabra 

na face abaxial; tubo ca. 0,5mm compr., lobos 1,5-1,7 x 1,0-1,1mm, oval-lanceolados, incano- 

papilosas na face adaxial. Corona composta; segmentos externos 1,2-1,5 x 0,4-0,5mm, oval- 

lanceolados, longamente acuminados, ápice inflexo encobrindo o ginostégio, internamente sulcado 

(cuculado?) na base, delgados, unidos entre si na base; segmentos internos 0,30-0,40 x 0,10- 

0,15mm, laminares, planos, oblongos (linguiforme), arredondados no ápice, inseridos na base das 

anteras. Ginostégio ca. 0,5mm compr., cilíndrico, séssil; clavúncula com ápice semigloboso, anel 

levemente oblíquo. Anteras retangulares, asas mais longas que o dorso, dorso convexo, apêndice 

membranáceo orbicular, inflexo. Corpúsculo 0,18-0,190 x 0,08-0,10mm, oblongo, menor que as 

polínias; caudículas 0,04-0,06mm compr., horizontais, subcilíndricas, inseridas lateralmente nas 

polínias; polínias 0,21-0,23mm x 0,09-0,11mm, oblongas. 

Brasil (Rio de Janeiro: Rio de Janeiro). Floresta pluvial atlântica e restinga, até 800m.s.m. Coletada 

com flores em março, abril e setembro. 

Espécimes examinados: BRASIL. RIO DE JANEIRO, Rio de Janeiro: Pedra da Gávea, 22° 54'10'' S, 43° 12'27'' W 

alt. 800m, 22 Mar. 1931 (fl.), A.C. Brade 11022* (R); Pico da Tijuca, 22° 58' S, 43° 18' W, 14 Abr. 1962 (fl.), 

Z.A. Trinta 138 (HB, R). 

Ditassa subumbellata é conhecida, até o presente, somente para o Município do Rio de 

Janeiro (RJ), onde sua ocorrência também é rara. Apesar de ter sido registrada para o Parque 

Nacional da Tijuca, sua preservação não está assegurada. A ausência de coletas nos últimos 40 anos 

pode ser um reflexo do impacto causado pela expansão urbana da cidade do Rio de Janeiro ao longo 

do litoral e em direção às encostas. Portanto, Ditassa subumbellata foi inserida na lista de espécies 

ameaçadas de extinção no Município do Rio de Janeiro (Fontella-Pereira & Konno 2000). 

46. Ditassa succedanea Rapini, Bol. Bot. Univ. São Paulo 21(2): 278. 2003. = Ditassa subulata 

Silveira, Fl. Serr. Min.: 19. 1908, non Ditassa subulata J. R. Johnston. Tipo: [Brasil], “in siccis atque 

saxosis locis camporum ex Serra da Treituba, Minas”, Abr. 1897 (fl.), A. Silveira 278 (holótipo R!). 

Figuras 9 D, 20 H-K, 33H. 

Trepadeira; ramos volúveis, unilateralmente pubescentes; coléteres interpeciolares presentes. 

Pecíolo 0,5-1,0cm compr., adaxialmente pubescente; lâmina foliar 2,0-5,3 x 0,7-2,0cm, elíptica, 

oblonga ou obovada, ápice agudo a arredondado, por vezes retuso, mucronado, base cuneada, 

margem revoluta in sicco, esparsamente ciliada a glabrescente; glabra em ambas as faces, 

pubescência esparsa na inserção com o Pecíolo; nervação broquidódroma; coléteres presentes na 

base da lâmina foliar. Cimeiras umbeliformes, subaxilares, 3-5 flores, antese gradativa; pedúnculo 

1,0-3,0mm compr., unilateralmente pubérulo; brácteas florais glabras. Pedicelo 2,0-3,0mm compr., 

glabro; sépalas 1,5-2,3 x 1,2-1,5mm, ovais, glabras, margens esparsamente ciliadas, coléteres 

axilares abaxiais presentes; corola campanulada a sub-rotácea, alva ou róseo-alvacenta, glabra na 

face abaxial; tubo ca. 1,0mm compr., lobos 3,0-4,0 x 1,5-2,0mm, ovais ou oval-lanceolados, 

pubérulas junto à fauce, papilosas no restante da face adaxial. Corona composta; segmentos 

99


externos 2,0-3,5 x 1,0-1,3mm, oblongos a espatulados; denteados a longamente acuminados no 

ápice, delgados, unidos entre si na base; segmentos internos 1,0-2,0 x 0,5-0,6mm, lanceolados, 

inseridos na base das anteras. Ginostégio ca. 1,0mm compr., cilíndrico, séssil; clavúncula com ápice 

capitado, anel vertical. Anteras retangulares, asas mais longas que o dorso, dorso convexo, 

apêndice membranáceo orbicular, inflexo. Corpúsculo 0,20-0,24 x 0,12-0,18mm, oblongo, menor 

que as polínias; caudículas 0,10-0,12mm compr., horizontais a ascendentes, planas, subtriangulares, 


0,20mm, oblongas. Folículo 3,5-4,0cm compr., ovóide, velutino. 

Brasil (Bahia, Minas Gerais). Campos rupestres, 900-1300m.s.m. Coletada com flores de janeiro a 

agosto e frutos de maio a setembro. 

Referências: Rapini 2000b; Rapini et al. 2001. 

Espécimes examinados: BRASIL. BAHIA, Rio de Contas: 5Km NW da cidade. Serra das Almas, 13° 34'44'' S, 41° 

48'41'' W alt. 1200m, 21 Mar. 1980 (fl.), S.A. Mori 13502 (CEPEC, K, NY, RB); MINAS GERAIS, Diamantina: 

Estrada para Biribiri, Cachoeira dos Cristais, 18° 14'58'' S, 43° 36'01'' W alt. 1150m, 13 Mar. 2002 (fl.), T.U.P. 

Konno 846* (SP); Gouveia: 18° 27'16'' S, 43° 44'27'' W, 3 Jun. 1985 (fl./fr.), F. Barros 1065 (SP); Grão Mogol: 

margens do córrego a saída da cidade na estrada para o Rio Ventania, 16° 33'34'' S, 42° 53'23'' W alt. 900m, 25 

Fev. 1986 (fl.), J. Semir CFCR9632 (RB, SPF); Itacambira: Serra Nova, 16km de Itacambira em direção a 

Juramento, 17° 03'53'' S, 43° 18'32'' W, 13 Mar. 1999 (fl.), A. Rapini 781 (SPF); Joaquim Felício: Serra do 

Cabral, 17° 48' S, 44° 18' W, 24 Mar. 2000 (fl.), L.R. Lima 106 (CTES, K, SPF); Mato Verde: Serra do Mandaçaia, 

estrada para Montezuma, 15° 23'03'' S, 42° 46'27'' W alt. 1100m, 17 Mar. 1994 (fl.), N.L. Menezes CFCR15164 

(SPF, UB); Poços de Caldas: Morro São Domingos, 21° 47'16'' S, 46° 33'41'' W, 21 Maio 1988 (fl.), J.T. Motta 

1256 (MBM); Rio Pardo de Minas: Estrada Serranopolis/Rio Pardo de Minas. Cadeia do Espinhaço, Serra Deus Me 

Livre, 15° 36'35'' S, 42° 32'23'' W, 13 Maio 1998 (fl.), R.C. Forzza 793 (CEPEC, SPF); Rio Vermelho: ramal cicinal 

à direita da estrada para a vila de Pedra Menina, trilha para o alto da Serra do Ambrósio, 18° 09' S, 42° 58' W 

alt. 940m, 1 Ago. 2000 (fl.), P. Fiaschi 406 (SPF); São João da Chapada: ca. 3km N of São João da Chapada, 

18° 05'18'' S, 43° 44'33'' W alt. 1200m, 24 Mar. 1970 (fl.), H.S. Irwin 28284 (HB, K, UB); São João del Rey: Serra 

do Lenheiro, 21° 08'08'' S, 44° 15'42'' W, 19 Abr. 1888 (fl.), A.F.M. Glaziou 17145 (HAS, K, P, R); São Tomé das 

Letras: na cidade ao fim da Rua João Batista Neves, 21° 43'20'' S, 44° 59'07'' W alt. 1300m, 21 Fev. 1999 (fl.), 

R. Mello-Silva 1599 (BHCB, K, MBM, MO, RB, SP, SPF, W); Tiradentes: Serra de São José, 21° 06'37'' S, 44° 

10'41'' W alt. 1000m, 20 Set. 1989 (fr.), R .V. Alves 725 (RB). 

Avaliações criterioras do trabalho de Silveira (1908) esbarram, por vezes, no lastimável 

estado da grande maioria de seus materiais-tipo, alguns já destruídos, depositados no herbário R. 

No caso de Ditassa subulata a existência de um homônimo anterior, Ditassa subulata Johnston, fez 

com que Rapini (2003) a renomeasse como Ditassa succedanea, como parte integrante de seus 

estudos na Cadeia do Espinhaço (Rapini et al. 2001). 

Do material-tipo de Ditassa succedanea (Silveira 278 [R]), em péssimo estado de 

conservação, foi possível resgatar uma flor e alguns fragmentos de folha para exame. 

Vegetativamente, é possível estabelecer seu relacionamento com o grupo formado por Ditassa 

eximia e afins. Este grupo como já enfatizado, é típico pelas nervuras secundárias numerosas 

dispostas quase que perpendicularmente em relação à nervura principal da folha. 

A flor também a correlaciona com este grupo. A conformação da corona varia 

discretamente entre os espécimes. Os segmentos externos são obovados a espatulados, acuminados, 

ultrapassando o ginostégio. Essa conformação a aproxima de Ditassa eximia, que é notória pelos 

segmentos internos de sua corona [vide comentário na espécie]. Nenhum dos materiais, contudo, 

100


apresentou segmentos longamente acuminados como o presente no tipo. Isto nos leva a 

correlacioná-la também a Ditassa retusa, especialmente quando agregamos as folhas de ápice 

retuso, ocasionalmente presentes em D. succedanea. 

Rapini et al. (2001) atribuíram a uma extensa lista de coleções o nome Ditassa 

succedanea, incluindo materiais somente com frutos. Os folículos nas espécies do no complexo de 

D. eximia são quase invariavelmente ovais, longamente acuminados e velutinos e não favorecem a 

distinção entre espécies. 

47. Ditassa tatei Gleason & Moldenke, Bull. Torrey Bot. Club 18: 456. 1931. Tipo: [Venezuela], 

“Esmeralda”, [6 Out. 1928] (fl.), Tate 199 (holótipo NY!). 

Figuras 10 A, 28 F-I, 33 I. 

Subarbusto; ramos escandentes ou volúveis, pubescentes em toda a superfície ou apenas 

unilateralmente; coléteres interpeciolares presentes. Pecíolo 0,8-1,0mm compr., glabro; lâmina 

foliar 8,0-23,0 x 1,0-2,0mm, estreitamente oblonga (linear), ápice obtuso, mucronado, base 

cuneada, margem revoluta in sicco, esparsamente ciliada; glabra em ambas as faces; nervação 


2-4 flores, antese gradativa; pedúnculo 1,0-2,0mm compr., glabro; brácteas florais glabras; 

persistentes ao longo da raque. Pedicelo 0,6-1,0mm compr., glabro; sépalas 0,7-0,8 x 0,5-0,6mm, 

ovais, totalmente glabras, coléteres axilares abaxiais presentes; corola campanulada, alva, glabra 

na face abaxial; tubo ca. 0,5mm compr., lobos 1,4-1,5 x 0,6-0,8mm, ovais, pubescentes ao longo 

das margens, porção central do lobo glabra na face adaxial. Corona composta; segmentos externos 

ca. 0,9mm x 0,6mm, ovais, agudos no ápice, por vezes tripartidos, delgados, unidos entre si na 

base; segmentos internos 0,8mm x 0,3mm, oblongos, tão longos quanto o ginostégio, inteiros, 

planos, inseridos na base das anteras. Ginostégio 1,0-1,2mm compr., cilíndrico, séssil; clavúncula 

com ápice capitado, anel vertical. Anteras retangulares, asas mais longas que o dorso, dorso 

levemente pronunciado, apêndice membranáceo orbicular, eretos. Corpúsculo 0,12-0,13 x 0,07- 

0,08mm, obovóide, menor que as polínias; caudículas ca. 0,05mm compr., horizontais, planas, 

triangulares, membrana reticulada basal presente, inseridas lateralmente nas polínias; polínias ca. 

0,15 x 0,08mm, oblongas. 

Venezuela, Guiana e Brasil (Roraima, Amazonas). Savanas e campos amazônicos, 100-1600m.s.m. 

Coletada com flores e frutos durante quase todo o ano. 


Espécimes examinados selecionados: VENEZUELA: Mount Auyan-Tepui, Dez. 1937 (fl.), G.H.H. Tate 1119 (NY); 

Esmeralda: Prope Esmeralda, ad flumen brenoco, Dez. 1853 (fl.), R. Spruce 3226 (NY); AMAZONAS: Pie del 

Duida, Jan 1969 (fl./fr.), M. Fariñas 483 (NY, VEN); Alto Orinoco: on Esmeralda ridge, alt. 130 - 200m, 20 Set. 

1957 (fl./fr.), B. Maguire 41566 (NY); alt. 150 - 200m, 23 Mar. 1953, B. Maguire 34665 (NY); La Esmeralda, 9 

Nov. 1966 (fl./fr.), R. Campos 1 (VEN); Atabapo: Serranía del Parú (Aroko), 4° 33' N, 65° 31' W alt. 710m, 5 

101


Out. 1979 (fl./fr.), O. Huber 4361 (VEN); Esmeralda: ad flumen Orinoco, 3° 20' N, 65° 30' W, Dez. 1853 (fl.), R. 

Spruce 3226 (BM, BR, K, NY); Rio Orinoco, 3° 10' N, 65° 35' W, 8 Out. 1928 (fl.), Luetzelbug 22979 (R); 

Luetzelbug 22749* (R); BOLIVAR: Gran Sabana: km 147-148 S of El Dorado, alt. 1220m, 16 Mar. 1974 (fl./fr.), 

A. Gentry 10539 (MBM); Sabana aledana al Salto Cama, km 114 entre La Ciudadela y Santa Elena de Uairen, 25 

Dez. 1975 (fl.), B. Trujillo 13570 (NY); a lo largo del Arautá-parú, alrededores del km 148 al sur de El Dorado, 

alt. 1350 - 1400m, 20 Dez. 1970 (fl.), J. Steyermark 104144 (VEN); Heres: Sabana de Topopo, W margin of 

lower Río Caroni opposite Arekuna, 6° 30' N, 62° 55' W alt. 450m, 20 Ago. 1983 (fl.), G.T. Prance 28356 (NY, 

VEN); Luepa: Luepa (NE of); vicinity of road camp 150 at km 150 in valley of savanna of Rio Uarama, bellow 

Uarama-tepui, alt. 1220m, 24 Abr. 1960 (fl./fr.), J. Steyermark 600 (NY, UPS, VEN); Piar: Guayaraca, btw 

escarpment and Rio Guayaraca, souterhn base of Auyan-tepui, 5° 44' N, 62° 32' W alt. 950m, Nov. 1982 (fl.), G. 

Davidse 22778 (VEN); San Ignacio Yuruarí, Sabana abierta en arbustal sobre banco de arena en la región del Rio 

Yuruanó inferior, ca. 5km W de S. Ignacio Yuruaní., 5° 00' N, 61° 11' W alt. 850m, 12 Jun. 1985 (fl.), O. Huber 

10447 (HB, INPA, NY, VEN); Sifontes: Kavanayen, cerca del aeropuerto, Out. 1986 (fl.), A. Fernandez 3214 

(VEN); confluencia Yurunaní-Karaunín (aprox. 2-3 km al NNW de), 5° 14' N, 61° 00' W alt. 950 - 1000m, 4 Set. 

1986 (fl.), O. Huber 11742 (VEN). 

GUIANA: Kamarang River, Wenamu Trail, Samwarakna-tipu, alt. 1100m, 10 Nov. 1951 (fl.), B. Maguire 32556 

(K); Pakaraima Mts, Mt Aymatoi, 5° 55' N, 61° 00' W alt. 1150m, 15 Out. 1981 (fl.), P.J.M. Maas 5676 (NY, VEN). 

BRASIL. AMAZONAS, s.mun: Summmit of Central Massif of Serra Aracá, 0° 51' N, 63° 17' W alt. 1000m, 16 Jul. 

1985 (fl.), G.T. Prance 29597 (INPA); Summit of Central Massif of Serra Aracá, 0° 51' N, 63° 17' W alt. 1000 - 

1100m, 17 Jul. 1985 (fl.), G.T. Prance 29652 (INPA, K, SP); Serra Aracá, south side of North Mountain, 0° 54' N, 

63° 21' W alt. 1200m, 12 Fev. 1984 (fl.), G.T. Prance 29011 (INPA); Serra Aracá, 1° 00' S, 63° 00' W alt. 600m, 

31 Jan 1978 (fl.), N.A. Rosa 2333 (MG); Barcelos: Platô da Serra Aracá, parte Se da Serra Norte, 0° 51' N, 63° 

22' W alt. 1150 - 1250m, 14 Fev. 1984 (fl.), I.L. do Amaral 1562 (INPA); RORAIMA, s.mun.: Upper plateau and 

summit of Serra Tepequem, 3° 46' N, 61° 40' W alt. 1500m, 16 Fev. 1967 (fl.), G.T. Prance 4424 (INPA, MG, R); 

Alto Alegre: Serra de Tapequém. South and east side of plateau between, 3° 50' N, 61° 40' W alt. 800 - 1100m, 

23 Dez. 1987 (fl.), M.J.G. Hopkins 1003 (INPA, K, NY). 

Ditassa tatei reúne plantas volúveis com folhas estreitamente oblongas a obovadas. Os 

segmentos externos da corona podem apresentar-se inteiros ou tripartidos no ápice. Da mesma 

forma que as demais espécies que ocorrem no Norte do Brasil, sua distribuição é restrita à áreas se 

solos arenosos em formações campestres ou ao longo de cursos d’água. Não estabelece relação 

direta com nenhuma das espécies aqui tratadas. 

48. Ditassa taxifolia Decne. in De Candolle, Prodr. 8: 578. 1844. ≡Cynachum taxifolium (Decne.) R. 

Holm., Fieldiana, Bot., 28: 509. 1953. Tipo: “In Guiana anglica, Roraima”, [1839-40] (fl.), R. 

Schomburgk 1043 (holótipo K!; isótipos G, P!, BM!). 

= Ditassa liesneri Morillo, Ernstia 51: 9. 1989. Tipo: “Venezuela: T.F. Amazonas, Dpto. Atabapo, slopes of 

Cerro Marahuaca, Rio Yameduaka arriba, stream bank”, 3º38’N, 65º28’W, 1225m.s.m., 18 Fev. 1985, R.L. 

Liesner 17613 (holótipo VEN; isótipo MO, NY!). Syn. nov. 

Figuras 10 B, 28 J-M, 33 J. 

Erva 30-40cm alt.; ramos eretos ou cespitosos, pubescentes a glabrescentes; coléteres 

interpeciolares ausentes. Pecíolo 1,0-2,0mm compr., glabro; lâmina foliar 0,6-2,7 x 0,15-0,25cm, 

estreitamente oblongo, ápice agudo, mucronado, base aguda ou cuneada, margem revoluta, ciliada; 

glabra em ambas as faces; nervação camptódroma; coléteres ausentes na base da lâmina foliar. 

Cimeiras umbeliformes, subaxilares, 3-5 flores, antese gradativa; pedúnculo 3,5-9,0mm compr., 

pubescente em toda a superfície ou unilateralmente; brácteas florais glabras. Pedicelo 1,5-2,0mm 

compr., pubescente; sépalas 1,0-1,5 x 0,6-0,9mm, ovais a oval-lanceoladas, glabrescentes, margens 

glabras, coléteres axilares abaxiais presentes; corola campanulada, alvacenta a avinosada, glabra 

na face abaxial; tubo 0,2-0,3mm compr., lobos 1,5-1,8 x 0,7-0,8mm, oblongos, papilosos na face 

adaxial. Corona composta; segmentos externos 1,3-1,7 x 0,4-0,6mm, oval-lanceolados, longamente 

102


acuminados no ápice, internamente sulcados na porção mediana, delgados, unidos entre si na base; 

segmentos internos 0,2-0,3 x ca. 0,2mm, subretangulares, emarginados no ápice [lobados no ápice], 

menores que o ginostégio, por vezes apendiciformes, inseridos na base das anteras. Ginostégio 0,7- 

0,8mm compr., cilíndrico, séssil; clavúncula com ápice capitado, anel vertical. Anteras 

retangulares, asas mais longas que o dorso, dorso convexo, apêndice membranáceo bilobado a 

truncado no ápice, inflexo. Corpúsculo 0,14-0,15 x 0,06-0,07mm, elipsóide, menor que as polínias; 

caudículas 0,05-0,07mm compr., horizontais, planas, retangulares, membrana reticulada basal 

presente, inseridas lateralmente nas polínias; polínias 0,17-0,19 x 0,07-0,09mm, oblongas. Folículo 

2,5-2,8cm compr., fusiforme, glabro. 

Venezuela, Guiana, Brasil (Roraima, Amazonas) e Bolívia. Savanas e campos amazônicos, entre 400- 

2000m.s.m. Coletada com flores durante quase todo o ano e frutos de setembro a abril. 


Espécimes examinados selecionados: VENEZUELA. Esmeralda Ridge, 6 Out. 1928 (fl.), G.H.H. Tate 199 (NY); 

Rio Cuquenám, 5° 00' N, 61° 30' W, Dez. 1909 (fl.), E. Ule 8741 (K, MG); AMAZONAS, Serrania Yutaje, Rio 

Manapiare, Cerro Yutaje, lefthand fork of Cano Yutaje, alt. 1300 - 1400m, 15 Fev. 1953 (fl.), B. Maguire 35243 

(NY); BOLIVAR, M. Roraima, SW-facing slopes between base of mountain at Quebrada Ka-hua-parú and Glycon 

swamp, alt. 1220 - 1980m, 1 Out. 1944 (fl./fr.), J. Steyermark 59023 (NY); Margén del rio Yuruari, aprox. 200- 

210 km S de El Dorado, 6° 00' N, 62° 00' W alt. 850m, 15 Fev. 1980 (fl./fr.), G. Morillo 8171 (RB, VEN); 

Chimantá massif, Torono-tepui; along banks of Caño Mojado, E of N escarpment, below upper falls, alt. 1895 - 

1910m, 20 Fev. 1955 (fl.), J. Steyermark 950 (F, NY, VEN); Between Caju, Rio Quino, and richt fork of 

headwaters of Rio Cotinga, alt. 750m, 25 Dez. 1954 (fl.), B. Maguire 40366 (NY, RB); Gran Sabana: Salto del 

Aponguao, 42.5 km al NE de la Misión de Santa Teresita de Kavanayén, alt. 1130 - 1220m, 22 Fev. 1978 (fl.), J. 

Steyermark 115608 (MO, VEN); Piar: Macizo del Chimantá, Sector centro-noreste del Chimantá-tepui, 5° 18' N, 

62° 09' W alt. 2000m, Jan 1983 (fr.), O. Huber 8921 (VEN); Roscio: Rio Arabopó; aprox. 10 km al SW del Ueitepui 

(Cerro el sol), 4° 56' N, 60° 41' W alt. 1100m, 21 Jan 1985 (fl./fr.), O. Huber 9988 (VEN); Suruape, alt. 

850m, 9 Abr. 1989 (fl.), C.F. Delascio 14046 (VEN). 

GUIANA, sem localidade precisa: s.d. (fl./fr.), R. Schomburgk 1043 (K); s.d. (fl./fr.), R. Schomburgk 597 (BM, 

P). POTARO-SIPARUNI: Pakaraima Mtns; upper Ireng River; river bank and river bed 1 Km N of Cipo settlement, 

4° 48' N, 60° 02' W alt. 610m, 13 Out. 1994 (fl.), P. Mutchnick 30 (INPA, US). 

BRASIL. AMAZONAS, s.mun.: Igarapé Canã, margem, na areia, 4° 40' N, 60° 25' W, Set. 1927 (fl./fr.), 

Luetzelbug 21504 (R); RORAIMA, s.mun.: Rio Quino, vale do rio, em campos arenosos e serranos, s.d. (fl./fr.) 

Luetzelbug 21357 (R); Rio Quino, Igarapé Meopim, Set. 1927, Luetzelbug 21536 (R); Rio Quino, vale do rio, nos 

barrancos arenosos úmidos, Out. 1927 (fl.), Luetzelbug 21419 (R); Uiramutã: Cachoeira Urucá, 4° 35' N, 60° 12' 

W alt. 500m, 28 Dez. 2000 (fl./fr.), V.F. Kinupp 1523* (INPA). 

BOLÍVIA. SANTA CRUZ, Velasco: Parque Noel Kempff, 14° 31' S, 66° 44' W alt. 750m, 10 Abr. 2002 (fl.), J.R. 

Wood 18232 (K, SPF); 14 Nov. (fl.), J.R. Wood 19958 (K, SPF). 

Ditassa taxifolia ocorre nas Serras do extremo norte do Amazonas, estendendo-se pelos 

campos do Planalto das Guianas. Cresce sobre solo arenoso entre 400-2000m.s.m. 

São ervas com 30-40cm de alt., as folhas estreitamente lanceoladas, oblíquo- 

ascendentes e com margem revoluta. Essas características poderiam justificar sua inclusão em 

Minaria. Contudo, os segmentos externos da corona são nitidamente unidos entre si, o que não é um 

tendência em Minaria. Da mesma forma que muitas outras Metastelmatinae neotropicais, o 

posicionamento filogenético de Ditassa taxifolia ainda não foi estabelecido em bases moleculares. 

Assim, torna-se prematuro afirmar que as espécies de hábito ereto do Planalto das Guianas são da 

mesma linhagem que Minaria. 

103


Morillo (1989) descreve Ditassa liesneri, indicando sua afinidade com Ditassa taxifolia. A 

diferença entre as duas espécies reside em variações nas dimensões de caracteres florais. Ditassa 

liesneri apresenta sépalas e lobos da corola com ca. 0,7mm compr. (vs. sépalas com 1,0-1,5mm 

compr. e lobos da corola com ca. 1,5mm compr. em D. taxifolia) e segmentos externos da corona 

com ápice obtuso e tão longos quanto o ginostégio (vs. segmentos externos da corona com ápice 

longamente acuminado e mais longos que o ginostégio em D. taxifolia). 

Por outro lado, a comparação entre os tipos revela grande similaridade vegetativa, 

tanto em relação ao formato das folhas (estreitamente elípticas a lineares), quanto à distribuição 

do indumento (pubescente sobre toda a superfície do ramo). Em ambas as espécies as 

inflorescências parciais cimosas são subaxilares e nitidamente pedunculadas (3,5-9,0mm compr.). 

49. Ditassa tomentosa (Decne.) Fontella, Bol. Mus. Bot. Mun. Curitiba 39: 1. 1979. ≡ Metastelma 

tomentosum Decne. in De Candolle, Prodr. 8: 514. 1844. Tipo: “In Brasilia, prov. Rio de Janeiro, in 

silvis arenosis apertisque”, s.d. (fl.), Vauthier 40 (holótipo P!). 

= Metastelma venosum Decne. in De Candolle, Prodr. 8: 514. 1844. Tipo: “In Brasilia, prov. Sancti Pauli”, 

s.d. (fl.), herb. Imper. Brasil. 384 (holótipo P!). 

= Metastelma tomentosum var. warmingii E.Fourn. in Martius, Fl. bras. 6(4): 208. 1885. Tipo: [Brasil], “in 

prov. Minarum in Serra da Gamba”, 3 Maio 1866, Warming in Herbarium Eug. Warming n. 1840/1 (lectótipo 

C, designado por Fontella-Pereira [1979]). Outros síntipos: “Prope Rio de Janeiro, in apice montis 

Queimado, aprili floriferum”, s.d., A.F.M. Glaziou 4094(HAS, IAN, K, R), [1879], 9508(BR); in Brasilia 

austro-orientali”, s.d., Sellow 5699 (B?). 

= Metastelma tomentosum var. obovatum E.Fourn. in Martius, Fl. bras. 6(4): 208. 1885. Tipo: [Brasil, Minas 

Gerais], “In Serra da Piedade inter saxa & virgulta, 4000’ alt., Januario & Februario”, (fl.), E. Warming 

[82](holótipo C!; isótipo, P!). 

= Ditassa fallax E.Fourn. in Martius, Fl. bras. 6(4): 248. 1885. Tipo: [Brasil], “in prov. S. Paulo”, s.d. (fl.), 

W.J. Burchell 4731-7 (lectótipo K!, designado por Fontella-Pereira [1979]; isolectótipos P!, BR![2]). Outros 

síntipos: Ibidem, s.d., W.J. Burchell 4676 (K); s.d., A. Saint-Hilaire s.n. (P); s.d., F. Sellow 707 (B!). 

= Ditassa venosa Decne. ex E.Fourn. in Martius, Fl. bras. 6(4): 249. 1885. Tipo: “Brasilia absque loco 

speciali”, s.d. (fl.), C.F.P. Martius [174] (holótipo M!). 

= Metastelma heterodontum Silveira, Fl. Ser. Min. : 13, t. 4. 1908. Tipo: [Brasil, Minas Gerais], “in itinere 

ad Marianna”, [Ouro Preto], Maio 1893 (fl.), J.B. Godoy in herb. Magalhães Gomes 934 (lectótipo SP!, aqui 

designado). Outros síntipos: “In silvis in Serra da Treituba (Abr. 1896) et in Serra do Lenheiro, Minas 

Gerais, Alv. Silveira (Abr. 1897); in Serra Ibitipoca, Abr. 1897, Henrique Magalhães”, herb. Silveira 293 (R!). 

Figuras 10 C, 29 O-R, 33 K, 34 J, 35 O-P. 

Trepadeira; ramos volúveis, tomentosos a velutinos; coléteres interpeciolares presentes ou 

inconspícuos. Pecíolo ca. 2,0-7,0mm compr., tomentoso; lâmina foliar 1,5-6,0 x 0,3-3,3cm, 

obovada, oblonga ou elíptica, ápice mucronado, base aguda ou cuneada, margem revoluta; pilosa a 

tomentosa em ambas as faces; nervação broquidódroma; coléteres presentes na base da lâmina 

foliar. Cimeiras umbeliformes, subaxilares, 3-9 flores, antese gradativa; pedúnculo 1,0-2,0mm 

compr., tomentoso; brácteas florais pilosas e ciliadas. Pedicelo 1,0-3,0mm compr., tomentoso; 

104


sépalas 1,5-2,5 x 0,4-0,6mm, oval-lanceoladas, hirsutas, margens ciliadas, coléteres axilares 

abaxiais ausentes; corola subcampanulada, alva ou alvo-esverdeada, glabra na face abaxial; tubo 

1,0-1,5mm compr., lobos 3,0-4,7 x 0,8-1,2mm, estreitamente ovais, pubescentes na face adaxial. 

Corona composta ou simples; segmentos externos ca. 1,0 x 0,5mm, ovais ou oval-triangulares, 2-3 

denticulados no ápice, delgados, livres entre si; segmentos internos reduzidos a pequenas projeções 

inseridas entre as asas da antera, por vezes ausentes. Ginostégio 1,3-1,5mm compr., cilíndrico, 

séssil; clavúncula com ápice capitado, anel levemente oblíquo. Anteras retangulares ou 

subretangulares, asas mais longas que o dorso, dorso convexo, apêndice membranáceo oval, ereto. 

Corpúsculo 0,17-0,19 x 0,09-0,10mm, oblongo ou ovóide, maior que as polínias; caudículas 0,04- 


inseridas lateralmente nas polínias; polínias 0,11-0,12x0,07-0,09mm, elipsóides a ovadas. Folículo 

5,0-6,3cm compr., fusiforme, velutino. 

Brasil (Distrito Federal, Minas Gerais, Rio de Janeiro, São Paulo, Paraná). Cerrado, floresta pluvial 

atlântica, 500-2100m.s.m. Coletada com flores durante quase todo o ano e com frutos de abril a 

setembro. 

Referências: Founier 1885; Fontella-Pereira 1979 b ; Fontella-Pereira et al. 1984; Fontella-Pereira et al. 1985; 

Fontella-Pereira 1998; Rapini et al. 2001; Konno & Mezabarba 2004. 

Espécimes examinados: BRASIL, sem localide precisa: s.d., Sellow 707 (B); DISTRITO FEDERAL, Brasília: 15° 

46'47'' S, 47° 55'47'' W alt. 1100m, 10 Jul. 1976 (fl.), P.H. Davis 60070 (MBM, UEC); Brasília: ca. 25km NW da 

cidade, alt. 900m, 12 Maio 1966 (fl.), H.S. Irwin 15797 (NY, R, UPS); ca. 35km E of Brasília, alt. 700 - 1000m, 

21 Ago. 1964 (fr.), H.S. Irwin 5412 (HB, NY); Mata ciliar do Rio Acampamento, 30 Maio 1960 (fl./fr.), J.C. 

Gomes 1032 (HB, RB); Sítio do Ipê, 4 Out. 1989 (fl.), V.F. Ferreira 4272 (GUA); Reserva Ecológica do IBGE, 15° 

56'30'' S, 47° 52'15'' W, 20 Jul. 1981 (fl.), E.P. Heringer 7199 (IBGE, K, MG, MO, UEC, US); Reserva Ecológica do 

IBGE, beira da mata ciliar das cabeceiras do córrego Taquara, 23 Jun. 1983 (fl.), B.A.S. Pereira 588 (IBGE, K, 

MO, US); Reserva Ecológica do IBGE, Fazenda Água Limpa, UnB, próximo a nascente do córrego Taquara, 

margem da mata ciliar, 6 Ago. 1990 (fl./fr.), M.A. Silva 998 (IBGE, RB, VEN); Taguatinga, mata vizinha ao 

Estádio Serejão, 15° 46'47'' S, 47° 55'47'' W, 19 Maio 1980 (fl.), E.P. Heringer 4820 (IBGE); MINAS GERAIS, 

s.mun.: 1845, Widgren 380 (BR, K, S, UPS); 13 Abr. 1861 (fl.), A.F. Regnell I 283 (NY, R, S); subida para Agulhas 

Negras, alt. 2100m, 16 Ago. 1969 (fl./fr.), D. Sucre 5780 (RB); Serra da Piedade, Nov. 1915, F.C. Hoehne 5930 

(R); Antônio Carlos: 21° 19'05'' S, 43° 44'48'' W, 9 Abr. 1986 (fl.), L. Krieger 21188 (RB); Barbacena: 21° 13'33'' 

S, 43° 46'25'' W, s.d., L. Damazio 1571 (OUPR, RB); 21 Jun. 1878 (fl.), A.F.M. Glaziou 9508a (HAS, P, R); 28 

Mar. 1964 (fl.), Z.A. Trinta 625 (HB, R); Caeté: Serra da Piedade, 19° 52'48'' S, 43° 40'11'' W, Nov. 1915 (fl.), 

F.C. Hoehne s.n. (SP25117); Cambuquira: 21° 51'08'' S, 45° 17'45'' W, 18 Abr. 1947 (fl.), L.E. Baesm s.n. 

(RB60391); Carangola: Serra da Gramma, 20° 43'59'' S, 42° 01'46'' W, 19 Abr. 1935 (fl./fr.), J.G. Kullmann 126 

(VIC); Caraça: 20° 01'10'' S, 43° 27'51'' W, Gounelle s.n. (P); Caxambu: Matas de jacaré, 21° 58'38'' S, 44° 55'57'' 

W alt. 1000m, 13 Jun. 1957 (fl.), G.F.J. Pabst 4102 (HB); Descoberto: Reserva Biológica da Represa do Grama, 

21° 27'35'' S, 42° 58'03'' W, 20 Abr. 2002 (fl.), R.C. Forzza 2178 (CESJ, HB, SPF); Jaboticatubas: Serra do Cipó, 

25 Km ao Norte, 19° 30'49'' S, 43° 44'42'' W, 18 Jan. 1972 (fl.), G. Hatschbach 28821 (INPA, MBM); Joaquim 

Felício: Serra do Cabral, Bocaina, 17° 45'27'' S, 44° 10'20'' W alt. 920m, 5 Jul. 1985 (fr.), M.G.L. Wanderley 788 

(SP); Ouro Preto: 20° 17'15'' S, 43° 30'29'' W, s.d. (fl.), L. Damazio 1639 (RB); 5 Ago. 1980, M.C. Valente s.n. 

(RB201602); Cachoeira das Andorinhas, 21 Mar. 1979 (fl.), J. Badini s.n. (OUPR24973); Camarinhas, 20 Mar. 

1998, A. Rapini 616 (BHCB, G, K, MO, SPF, W); Chapada, 26 Maio 1980 (fl.), J. Badini s.n. (OUPR25450); 29 Abr. 

1974, J. Badini s.n. (OUPR21540); Itacolomi, 15 Abr. 1973 (fl.), J. Badini s.n. (OUPR23177); Lavras Novas, Santa 

Teresinha, 20° 28'41'' S, 43° 33' W alt. 1164m, 18 Abr. 2003 (fl.), J.A. Lombardi 5243 (BHCB); Saramenha, L. 

Damazio 963 (OUPR); Serra de Lavras Novas, 26 Maio 1980 (fl.), J. Badini s.n. (OUPR25451); Serra do Frazão, 26 

Nov. 1974, J. Badini s.n. (OUPR21933); Paraisópolis: 22° 33'15'' S, 45° 46'48'' W, 14 Abr. 1927, F.C. Hoehne s.n. 

(SP); Pouso Alegre: Capão do Meio, 22° 13'42'' S, 45° 56'11'' W, 4 Maio 1927 (fl.), F.C. Hoehne s.n. (SP19387); 

Poços de Caldas: Mata da Colina, 21° 50'20'' S, 46° 33'53'' W, 31 Mar. 1981 (fl.), J. Semir 935 (BHCB, UEC); 

Morro São Domingos, 21° 47'16'' S, 46° 33'41'' W, 30 Mar. 1964 (fl.), Mueker 352 (R); Morro do Ferro, 8 Mar. 1983 

(fl.), H.F. Leitão Filho 2032 (BHCB, UEC); Santa Rosália, 21 Maio 1981 (fl.), K. Yamamoto 1013 (UEC); 30 Mar. 

1981 (fl.), J. Semir 907 (UEC); Sacramento: 19° 51'55'' S, 47° 26'24'' W, L. Damazio 1484 (RB); Santa Bárbara: 

105


estrada para Santa Bárbara, KM 67. Serra Congo Socco, 12 Abr. 1933 (fl.), Mello Barreto 950 (RB); Santa 

Bárbara: Serra do Caraça, 19° 57'34'' S, 43° 24'55'' W, 17 Abr. 1933 (fl.), Mello Barreto s.n. (R95135); Santa 

Rita de Ibitipoca: 23° 33'46'' S, 43° 54'53'' W, 19 Abr. 1987 (fl.), L. Krieger s.n. (CESJ21403, ESA RB); Sussuí: 

alt. 1000m, 24 Abr. 1957 (fl.), E. Pereira 3119 (HB, RB); Viçosa: estrada Viçosa - Porto Firme, a 10km da ponte 

sobre o Rio Piranga, 20° 45'14'' S, 42° 52'55'' W, 20 Maio 1978 (fl.), J. Fontella-Pereira 1011 (CTES, RB, VEN); 

PARANÁ, Arapoti: Rio das Perdizes, 24° 09'28'' S, 49° 49'36'' W, 6 Abr. 1970 (fl.), G. Hatschbach 24115 (MBM, 

NY); Bocaiúva do Sul: Bom Jesus, 25° 12'22'' S, 49° 06'54'' W alt. 900m, 15 Abr. 1959 (fl.), G. Hatschbach 5624 

(B, K, MBM); Jaguariaíva: Rio Capivari, 24° 15'04'' S, 49° 42'21'' W alt. 900m, 14 Abr. 1962 (fl.), G. Hatschbach 

9073 (HB, MBM); estrada do Sertão, 4 Dez. 1964 (fl.), G. Hatschbach 11958 (MBM, RB); Paredão da Santa, 13 

Nov. 1971 (fl.), G. Hatschbach 35473 (MBM, SP); Rio Cinco Reis, 5km S de Jaguariaíva, 16 Out. 1966 (fl.), J.C. 

Lindeman 3066 (K, RB); Serra de Furnas, 3 Dez. 1964 (fl.), G. Hatschbach 11930 (MBM, RB); Piraí do Sul: Faz. 

das Almas, 24° 31'34'' S, 49° 56'55'' W, 21 Mar. 1968 (fl.), G. Hatschbach 18821 (MBM); Rio Branco do Sul: Serra 

do Caeté, 25° 11'24'' S, 49° 18'51'' W, 27 Mar. 1979 (fl.), 42203 (B, MBM, NY); RIO DE JANEIRO, Itatiaia: PARNA 

do Itatiaia, estrada para Macieiras, 22° 23' S, 44° 40' W alt. 1100m, 15 Ago. 1969 (fl.), D. Sucre 5761 (RB); 

Maromba para Macieiras, alt. 1200 - 1400m, 29 Maio 1969 (fl./fr.), D. Sucre 5179 (CTES, K, RB, VEN); Retiro, 

alt. 1400m, 20 Out. 1900 (fl.), P. Dusén 2066 (S); Macaé: Pico do Frade de Macaé, 22° 14' S, 42° 07' W alt. 

1200m, 16 Abr. 1985 (fl.), G. Martinelli 10696 (RB); Rio de Janeiro: Rio de Janeiro, Morro Queimado, 22° 

54'10'' S, 43° 12'27'' W, 1879 (fl.), A.F.M. Glaziou 9508 (BR); 17 Abr. 1870 (fl.), A.F.M. Glaziou 4094 (HAS, IAN, 

K, R); PARNA da Tijuca, Vista Chinesa, 22° 58' S, 43° 18' W, 10 Set. 1971 (fl.), D. Sucre 7661 (RB, VEN); 

Caminho da Pedra do Conde, Areião, alt. 550m, 11 Abr. 1967 (fl.), H.F. Martins s.n. (GUA4826, RB277652); 

Teresópolis: 22° 24'44'' S, 42° 57'56'' W, A. Frazão s.n. (RB8741); Faz. Imbuhy, alt. 1500m, 19 Out. 1929 (fl.), 

A.C. Brade 9747 (R); SÃO PAULO, s.mun.: Serra da Bocaina, 22° 45' S, 44° 45' W, 26 Abr. 1957 (fl.), A.C. Brade 

20744 (RB); Itú: Mata do Governo, 23° 15'51'' S, 47° 17'57'' W, 8 Maio 1924 (fl.), F.C. Hoehne s.n. (SP9707); Mogi 

das Cruzes: Villa S. Geraldo, 23° 31'22'' S, 46° 11'18'' W, 5 Abr. 1938 (fl.), G. Hashimoto 64 (RB); Serra Negra: 

alto da Serra, caminho para a torre, 22° 36'44'' S, 46° 42'02'' W alt. 1100m, 3 Abr. 1993 (fl.), O. Yano 18672 

(SP); São José do Barreiro: Serra da Bocaina, Alta Guiana, 22° 38'42'' S, 44° 34'40'' W alt. 1600m, 6 Abr. 1985 

(fl.), C. Farney 680 (K, MO, NY, RB); São José dos Campos: rodovia São José dos Campos-Caraguatatuba, 23° 

10'46'' S, 45° 53'13'' W, 29 Abr. 1966 (fl.), J. Mattos 13625 (HB, SP); São Paulo: São Paulo, 23° 32'51'' S, 46° 

38'10'' W, 29 Maio 1947 (fl.), W. Hoehne s.n. (SP312388, SPF); Dez. 1917, F.C. Hoehne s.n. (SP4142); Cerqueira 

César, 23° 32'51'' S, 46° 38'10'' W, 24 Abr. 1933 (fl.), W. Hoehne s.n. (K, NY, SPF10064); São Paulo, Interlagos, 

23° 32'51'' S, 46° 38'10'' W, 29 Maio 1947 (fl.), W. Hoehne s.n. (SPF13753); Instituto de Botânica de São Paulo, 

23° 32'51'' S, 46° 38'10'' W, 21 Mar. 2001 (fl.), T.U.P. Konno 780* (SP); Parque do Estado, 23° 32'51'' S, 46° 38'10'' 

W, 25 Abr. 1944 (fl.), W. Hoehne s.n. (SPF13754); P. E. das Fontes do Ipiranga, 1 Jun. 1977 (fl.), M.S.F. 

Silvestre 62 (HB, MBM, SP, UEC); 2 Maio 1931 (fl.), O. Handro s.n. (SP27502); 30 Fev. 1978 (fl.), L.B. Noffs 50 

(HB, SP). 

Ditassa tomentosa é comumente encontrada em áreas de cerrado, florestas estacionais 

e floresta atlântica. Os exemplares ocorrentes em bordas de mata, evidenciam folhas mais 

delicadas e maiores em comprimento. É tipica, nesta espécie, a corola, cujo tubo é tão longo 

quanto os lobos ou até maior, lobos estes sempre eretos. 

Fontella-Pereira (1979 b ) embasa a nova combinação no exame de tipos nomenclaturais, 

contudo não justifica a transferência genérica. Esta transferência é aqui aceita, mas demanda uma 

avaliação crítica mais profunda. A presença de segmentos internos da corona, que embasaria a 

classificação desta espécie em Ditassa, é muito sutil, podendo apresentar-se ausentes ou atrofiados 

em várias das populações analisadas. Por conseguinte, a corona composta típica de Ditassa não 

demonstra ser um caráter estável para ser aplicado na classificação. 

50. Ditassa warmingii E.Fourn. in Martius, Fl. bras. 6(4): 212. 1885. Tipo: [Brasil, Minas Gerais], 

“inter Caxueirinha & Olhos d’Água”, [25 Abr. 1866], Warming [47, herb. Eug. Warming 1829] 

(lectótipo C!, designado por Konno & Fontella-Pereira [2004]). Outro síntipo: “In prov. Minarum pr. 

Lagoa Santa in silvis inter Caxueirinha & Contagem”, [25 Abr. 1866], Warming [47 p.p.] (BR!). 

Figuras 10 D, 24 H-K, 32 H. 

106


Trepadeira; ramos volúveis, pubescentes a velutinos; coléteres interpeciolares presentes. Pecíolo 

0,5-2,0mm compr., pubescente; lâmina foliar (5,0-) 7,0-14,0 x (2,5-) 4,0-6,0 (-8,0)mm, elíptica, 

suborbicular, oval ou obovada, ápice mucronado, base obtusa ou arredondada, margem revoluta in 

sicco; pilosa a vilosa em ambas as faces; nervação broquidódroma; coléteres presentes na base da 


0,3mm compr., pubescente; brácteas florais pubescentes. Pedicelo 1,0-3,0mm compr., pubescente; 

sépalas 0,7-0,8 x 0,3-0,5mm, ovais, pubescentes, margens ciliadas, coléteres axilares abaxiais 

presentes; corola sub-rotácea, alva, esparsamente pubescente na face abaxial; tubo 0,2-0,3mm 

compr., lobos 1,4-1,6 x 0,5-0,6mm, oval-lanceolados, incano-papilosos na face adaxial. Corona 

composta; segmentos externos ca. 1,0 x 0,4mm, ovais, longamente acuminados, delgados, unidos 

entre si na base; segmentos internos ca. 0,5 x 0,1mm, subulados, inseridos na base das anteras. 

Ginostégio ca. 1,0mm compr., cilíndrico, séssil; clavúncula com ápice mamilado, anel levemente 

oblíquo. Anteras subretangulares, asas mais longas que o dorso, dorso convexo, apêndice 

membránáceo suborbicular, inflexo. Corpúsculo 0,15-0,18 x 0,07-0,09mm, oblongo, menor que as 

polínias; caudículas ca. 0,04-0,06mm compr., horizontais, planas, triangulares, membrana 

reticulada basal presente, inseridas lateralmente nas polínias; polínias 0,20-0,24 x 0,08-0,11mm, 

elipsóides a oblongas. Folículo 3,0-3,7cm compr., fusiforme, pubescente. 

Brasil (São Paulo, Minas Gerais). Cerrado, 600-800m.s.m. Coletada com flores de abril a junho e 

frutos em junho. 

Referências: Konno & Fontella-Pereira 2004; Konno & Pinheiro 2005. 

Espécimes examinados selecionados: BRASIL. sem localidade precisa: E. Warming herb. 1831 (P); SÃO PAULO, 

Anelândia: 22° 07'35'' S, 47° 39'47'' W, 24 Abr. 1984 (fl.), S.N. Pagano 506 (HRCB); Araraquara: Tamoio, 

Fazenda Tamoio ca. 12 km W of village of Tamoio, 21° 55' S, 48° 10' W, 21 Jun. 1961 (fr.), G. Eiten 3122 (SP); 

Botucatu: ca. 5km de Vitoriana, Fazenda Gold Farm, 22° 48' S, 48° 17' W, 10 Jun. 1986 (fl./fr.), L.R.H. Bicudo 

1221 (BOTU, HB, SP, UEC); Brotas: perto de Itirapina, 22° 17'03'' S, 48° 07'36'' W, 4 Abr. 1962 (fl.), s.col. s.n. 

(RB313773); Corumbataí: 22° 13'12'' S, 47° 37'33'' W, 27 Abr. 1990 (fl.), Monteiro R s.n. (HRCB11776); Itirapina: 

Abr. 1913, F.R.N. Toledo 551 (P, RB); ao longo da rodovia São Paulo-São Carlos, 10km E da cidade de Itirapina, 

22° 16' S, 47° 44' W alt. 800m, 4 Abr. 1962 (fl.), I. Mimura 354 (K, NY, SP); Estação Experimental do IAC, 22° 

15'10'' S, 47° 49'22'' W, 6 Abr. 1977 (fl.), H.F. Leitão Filho 4674* (UEC); Moji-mirim: 22° 25'55'' S, 46° 57'28'' W, 

22 Maio 1927 (fl.), F.C. Hoehne s.n. (SP20463); Santa Rita do Passa Quatro: A.R.I.E. Cerrado Pé de Gigante, 

21° 40' S, 47° 38' W, 2 Jun. 1996 (fl.), M.A. Batalha 1371 (SP). 

Ditassa warmingii é taxonomicamente relacionada a Ditassa obcordata, sendo 

facilmente confundida, diferindo contudo pela pilosidade conspícua em ambas as faces da lâmina 

foliar. Sua ocorrência simpátrida com Ditassa obcordata, provavelmente nos levará a tratar este 

táxon como uma variedade. 

Apesar de ter sido descrita com base em uma coleção de Minas Gerais, registros 

recentes são feitos apenas para o Estado de São Paulo. Ocorre em formações de cerrado. 

107


Figura 11. Estruturas morfológicas diagnósticas para as espécies de Ditassa ocorrentes no Brasil: A-G. Ditassa 

banksii: A. detalhe do hábito; B. inflorescência parcial; C. flor; D. detalhe do ginostégio com a corona; E. 

antera em vista lateral com segmentos da corona; F. clavúncula; G. folículo. (A-F: Konno 611 [R], G: Konno 

754[SP]). 

108


Figura 12. Estruturas morfológicas diagnósticas para as espécies de Ditassa ocorrentes no Brasil: A-D. Ditassa 

burchellii burchellii: A. inflorescência parcial; B. flor; C. detalhe do ginostégio com a corona; D. clavúncula. E- 

F: Ditassa burchellii vestita: E. flor; F. detalhe do ginostégio. G-J. Ditassa congesta: G. detalhe do ramo; H. 

flor, I. ginostégio; J. clavúncula. (A-D: Konno 807 [R]; E-F: Hastchbach 12497[HB]; G: Harley 20162 [RB]; H-J: 

Miranda 1507 [PEUFR]). 

109


Figura 13. Estruturas morfológicas diagnósticas para as espécies de Ditassa ocorrentes no Brasil: A-E. Ditassa 

capillaris: A. detalhe do ramo; B. flor; C. detalhe do ginostégio com a corona; D. antera em vista lateral com 

segmentos da corona; E. clavúncula. F-J: Ditassa pohliana: F. detalhe do ramo; G. flor fechada; H. flor aberta 

evidenciando o ginostégio; I. antera em vista lateral com segmentos da corona; J. clavúncula. (A-E: Konno 798 

[CEPEC]; F: Hastchbach 54159 [HUEFS]; G-J: Konno 797 [CEPEC]). 

110



conceptionis: A. flor; B. detalhe do ginostégio com a corona; C. antera em vista lateral com segmentos da 

corona; D. clavúncula. E-I: Ditassa leonii: E. detalhe do ramo; F. flor; G. ginostégio; H. clavúncula; I. polinário 

(A-D: Konno 741 [SP]; E-I: Leonii 4089 [HB]). 

111


Figura 15. Estruturas morfológicas diagnósticas para as espécies de Ditassa ocorrentes no Brasil: A-F. Ditassa 

dardanoi: A. detalhe do ramo; B. flor; C. detalhe do ginostégio com a corona; D. antera em vista lateral com 

segmentos da corona; E. clavúncula; F. polinário (A-F: Duarte 7403 [SP]). 

112



bicolor: A. flor; B. ginostégio com a corona; C. antera em vista lateral com segmento interno da corona; D. 

clavúncula. E-H: Ditassa duartei: E. detalhe do ramo; F. flor; G. flor aberta evidenciando o ginostégio e a 

corona; H. clavúncula. I-M. Ditassa gracilis: I. detalhe do ramo; J. flor; K. ginostégio com a corona; L. antera 

em vista lateral com segmentos da corona; M. clavúncula. (A-D: Vianna 1560 [GUA]; E-H: Duarte 9769 [HB]; I: 

Kuhlmann 4283 [SP]; J-L: Alves 1923 [SP]). 

113



cordeirona: A. detalhe do ramo; B. flor; C. ginostégio com a corona; D. antera em vista lateral com segmentos 

da corona; E. clavúncula. F-K: Ditassa fasciculata: F. detalhe do ramo; G. folhas congestas em ramos curtos; H. 

flor; I. ginostégio; J. antera em vista lateral com segmento interno da corona; K. clavúncula. (A-E: Hatschbach 

54943 [MBM]; F: Konno 836 [SP]; G-K: Konno 702 [SP]). 

114



glaziovii: A. detalhe do ramo; B. flor; C. ginostégio com a corona; D. clavúncula. E-G: Ditassa hastata: E. flor; 

F. ginostégio com a corona; G. clavúncula. H-J. Ditassa oberdanii: H. flor; I. ginostégio com a corona; J. 

clavúncula com polinário. K-M. Ditassa oxyphylla: K. flor; L. ginostégio com a corona; M. clavúncula. (A-D: 

Konno 821 [SP]; E-G: Konno 753 [SP]; H-J: Kollmann 5665 [SP]; K-M: Scardino 374 [HUEFS]). 

115


Figura 19. Estruturas morfológicas diagnósticas para as espécies de Ditassa ocorrentes no Brasil: A-C. Ditassa 

blanchetii: A. flor; B. ginostégio com a corona; C. clavúncula. D-F: Ditassa guilleminiana: D. flor; E. ginostégio 

com a corona; F. clavúncula. G-J. Ditassa hispida: G. detalhe do ramo; H. flor; I. ginostégio com a corona; J. 

antera em vista lateral com segmentos da corona; K. clavúncula. (A-C: Silva 1505 [CEPC]; D-F: Sucre 9012 [RB]; 

G-K: Konno 779 [SP]). 

116



eximia: A. flor; B. ginostégio com a corona; C. clavúncula com polinários. D-G: Ditassa laevis: D. flor; E. 

ginostégio com a corona; F. antera em vista lateral com segmento interno da corona; G. clavúncula. H-K. 

Ditassa succedanea: H. detalhe do ramo; I. flor; J. ginostégio com a corona; K. clavúncula. (A-C: Konno 840 

[SP]; D-G: Souza 231 [OUPR]; H-K: Konno 846 [SP]). 

117



lenheirensis: A. detalhe do ramo; B. flor; C. ginostégio com a corona; D. antera com segmento interno da 

corona; E. clavúncula. F-I: Ditassa linearis: F. flor; G. ginostégio com a corona; H. antera em vista lateral com 

segmento interno da corona; I. clavúncula com polinário. J-M. Ditassa pedunculata: J. flor; K. ginostégio com a 

corona; L. antera em vista lateral com segmentos da corona; M. clavúncula. (A-E: Konno 814 [SP]; F-I: Williams 

6219 [R]; K-M: Irwin 19811 [MBM]). 

118



crassifolia: A. flor; B. ginostégio com a corona; C. antera em vista lateral com segmentos da corona; D. 

clavúncula. E-H: Ditassa maricaensis: E. detalhe do ramo; F. flor; G. antera em vista lateral com segmentos da 

corona; H. clavúncula com polinário. I-L. Ditassa subumbellata: I. flor; J. ginostégio com a corona; K. antera 

em vista lateral com segmento interno da corona; L. clavúncula. (A-D: Queiroz 3219 [HUEFS]; E: Souza 2527 

[R]; F-H: Konno 472 [R]; I-L: Brade 11022 [RB]). 

119



aequicymosa: A. detalhe do ramo; B. flor; C. ginostégio com a corona; D. clavúncula. E. Ditassa imbricata: 

detalhe do ramo. F-I: Ditassa mucronata: F. flor; G. ginostégio com a corona; H. antera em vista lateral com 

segmentos da corona; I. clavúncula. J-N. Ditassa nitida: J. detalhe do ramo; K. flor; L. ginostégio com a 

corona; M. antera em vista lateral com segmentos da corona; N. clavúncula. (A: Konno 696 [SP]; B-D: Duarte 

6535 [RB]; E: Ule 4294 [R]; F-I: Belém 3731 [RB]; J: Pereira 302 [RB]; K-N: Mello Filho 1111 [R]). 

120



edmundoi: A. detalhe do ramo; B. flor; C. ginostégio com a corona; D. clavúncula. E-G: Ditassa obcordata: E. 

flor; F. ginostégio com a corona; G. clavúncula. H-K. Ditassa warmingii: H. detalhe do ramo; I. flor; J. 

ginostégio com a corona; K. clavúncula. (A-D: Pereira 5433 [HB]; E-G: Batalha 1371 [SP]; H: Mimura 354 [SP]; I- 

K: Monteiro sn. [HRCB 11776]). 

121



obscura: A. detalhe do ramo; B. flor; C. antera em vista frontal; D. polinário; E. folículo. (A: Romero 4770 

[SPF]; B-E: Farinaccio 273 [SPF]). Prancha gentilmente cedida por M.A. Farinaccio. 

122



gracilipes: A. detalhe do ramo; B. flor; C. ginostégio com a corona; D. antera em vista lateral com segmentos 

da corona; E. clavúncula. F-J: Ditassa retusa: F. detalhe do ramo; G. flor; H. ginostégio com a corona; I. antera 

em vista lateral com segmentos da corona; J. clavúncula. (A: Arbocz 3743 [ESA]; B-E: Kuhlmann 2262 [R]; F: 

Harley 53341 [HUEFS]; G-J: Konno 796 [SP]). 

123


Figura 27. Estruturas morfológicas diagnósticas para as Ditassa sobradoi e variedades: A-D. Ditassa sobradoi 

sobradoi: A-A’. variação foliar; B. flor; C. ginostégio com a corona; D. clavúncula. E-H: Ditassa sobradoi 

franciscoi: E-E’. variação foliar; F. flor; G. ginostégio com a corona; H. clavúncula com polinário. I-N: Ditassa 

sobradoi buntingii: I. folha; J. detalhe do ramo; K. flor; L. ginostégio com a corona; M. clavúncula com 

polinário; N. folículo. (A: Amaral 1631 [INPA]; A’, B-D: Huber 10754 [INPA]; E-H: Rodrigues 2757 [INPA]; E’: 

Tavares 100 [INPA]; I-J: Rodrigues 9355 [INPA]; K-L: Pires 16697 [MG]; M: Mota sn. [INPA61277]; N: Prance 

23479 [INPA]). 

124



pauciflora: A. detalhe do ramo; B. flor; C. ginostégio com a corona; D. antera em vista lateral com segmentos 

da corona; E. clavúncula. F-I: Ditassa tatei: F. flor; G. ginostégio com a corona; H. antera em vista lateral com 

os segmentos da corona; I. clavúncula. J-M. Ditassa taxifolia: J. detalhe do ramo; K. flor; L. ginostégio com a 

corona; M. clavúncula. (A-E: Kuhlmann 609 [RB]; F-I: Amaral 1562 [INPA]; J: Luetzelburg 21419 [R]; K-M: 

Luetzelburg 21357 [R]). 

125



cipoensis: A. folha em vista abaxial; B. flor; C. ginostégio com a corona; D. antera em vista lateral com 

segmento interno da corona; E. clavúncula. F-I: Ditassa longicaulis: F. folha em vista abaxial; G. flor; H. 

ginostégio com a corona; I. clavúncula. J-N. Ditassa longisepala: J. folha em vista abaxial; K. flor; L. ginostégio 

com a corona; M. antera em vista lateral com segmentos da corona; N. clavúncula. O-R: Ditassa tomentosa: O. 

folha em vista abaxial; P. flor; Q. ginostégio com a corona; R. clavúncula. (A: Rapini 546 [SPF]; B-E: 

Hatschbach 31597 [MBM]; F: Hatschbach 30151 [MBM]; G-I: Hoehne 6743 [R]; J: Damazio 956 [OUPR]; K-N: 

Novaes sn. [SP17953]; O. Farney 680 [RB]; P-R. Konno 780 [SP]). 

126


Figura 30. Fotomicrografias em microscopia ótica das espécies de Ditassa ocorrentes no Brasil: A. Ditassa 

aequicymosa; B. Ditassa banksii; C. Ditassa bicolor; D. Ditassa blanchetti; E. Ditassa burchellii var. burchellii; 

F. Ditassa burchellii var. vestita; G. Ditassa capillaris; H. Ditassa cipoensis; I. Ditassa conceptionis; J. Ditassa 

congesta; K. Ditassa cordeiroana; L. Ditassa crassifolia; M. Ditassa dardanoi; N. Ditassa duartei; O. Ditassa 

edmundoi. (A. Konno 695 [SP]; B. Konno 611 [R]; C. Almeida 1262 [SP]; D. Duarte 6704 [SP]; E. Konno 807 [SP]; 

F. ????; G. Konno 798 [SP]; H. Vidal II-6002 [R]; I. Konno 741 [SP]; J. Saint-Hilaire B1-709 [P]; K. Hatschbach 

54943 [MBM]; L. Black 50-8719 [IAN]; M. Andrade-Lima 71-6382 [SP]; N. Duarte 9769 [RB]; O. Pereira 5433 

[HB]). Escalas 50µm. 

127


Figura 31. Fotomicrografias em microscopia ótica dos polinários das espécies de Ditassa ocorrentes no Brasil: A. 

Ditassa emmerichii; B. Ditassa eximia; C. Ditassa fasciculata; D. Ditassa glaziovii; E. Ditassa gracilipes; F. 

Ditassa gracilis; G. Ditassa guilleminiana; H. Ditassa hastata; I. Ditassa hispida; J. Ditassa insignis; K. Ditassa 

itambensis; L. Ditassa laevis; M. Ditassa lenheirensis; N. Ditassa leonii; O. Ditassa linearis. (A. Gardner 3328 

[K]; B. Konno 840 [SP]; C. Meguro CFCR5498 [SP]; D. Ganev 1510 [HUEFS]; E. Kuhlmann 2262 [R]; F. Kuhlmann 

2296 [SP]; G. Sucre 9012 [RB]; H. Hatschbach 61452 [MBM]; I. Konno 779 [SP]; J. Romero 3882 [SPF]; K. 

Anderson 3588 [MBM]; L. Souza 231 [OUPR]; M. Hatschbach 54315 [MBM]; N. Leoni 4089 [HB]; O. Hoehne 5924 

[SP]). Escalas 50µm. 

128



Ditassa longicaulis; B. Ditassa longisepala; C. Ditassa megapotamica; D. Ditassa maricaensis; E. Ditassa 

imbricata; F. Ditassa mucronata; G. Ditassa nitida; H. Ditassa warmingii; I. Ditassa oberdanii; J. Ditassa 

obscura; K. Ditassa oxyphylla; L. Ditassa pauciflora. (A. Hoehne 6743 [R]; B. Novaes s.n. [SP17953]; C. Smith 

9462 [R]; D. Konno 473 [R]; E. Ule 4294 [R]; F. Ferrari 443 [BHCB]; G. Occhioni 1265 [RFA]; H. Leitão Filho 4674 

[UEC]; I. Kollman 5665 [SP]; J. Saint-Hilaire C1-449 [P]; K. Andrade-Lima 63 [SP]; L. Kuhlmann 609 [R]). Escalas 

50µm. 

129



Ditassa pedunculata; B. Ditassa pohliana; C. Ditassa retusa; D. Ditassa sobradoi var. buntingii; E. Ditassa 

sobradoi var. franciscoi; F. Ditassa sobradoi var. sobradoi; G. Ditassa subumbelata; H. Ditassa succedanea; I. 

Ditassa tatei; J. Ditassa taxifolia; K. Ditassa tomentosa; L. Ditassa obcordata. (A. Teixeira s.n. [BHCB24106]; B. 

Harley 53969 [HUEFS]; C. Konno 796 [SP]; D. Mota s.n. [INPA61277]; E. Zaruchi 2203 [INPA]; F. Amaral 1631 

[INPA]; G. Brade 11022 [R]; H. Konno 846 [SP]; I. Luetzelburg 22749 [R]; J. Kinupp 1523 [INPA]; K. Konno 780 

[SP]; L. Bertoncini 176 [BAUR]). Escalas 50µm. 

130


Figura 34. Fotomicrografias em microscopia eletrônica de varredura dos polinários e ginostégio de espécies de 

Ditassa ocorrentes no Brasil: A-K. Polinários: A. Ditassa aequicymosa; B. Ditassa burchellii; C. Ditassa 

cordeiroana; D. Ditassa eximia; E. Ditassa glaziovii; F. Ditassa imbricata; G. Ditassa lenheirensis; H. Ditassa 

obcordata; I. Ditassa oxyphylla; J. Ditassa tomentosa; K. Ditassa rotundifolia; L. ginostégio de Ditassa 

fasciculata. (A. Konno 695 [SP]; B. Konno 807 [SP]; C. Hatschbach 54943 [MBM]; D. Konno 840 [SP]; E. Konno 

821 [SP]; F. Ule 4294 [R]; G. Konno 814 [SP]; H. Heringer 432 [SP]; I. Scardino 374 [HUEFS]; J. Konno 780 [SP]; 

K. Guedes PCD291 [ALCB]; L. Konno 702 [SP]). 

131


Figura 35. Algumas espécies de Ditassa ocorrentes no Brasil: A-B. Ditassa aequicymosa; C. Ditassa banksii; D. 

Ditassa capillaris; E. Ditassa conceptionis; F-G. Ditassa eximia; H. Ditassa glaziovii; I-J. Ditassa hastata; K. 

Ditassa hispida; L. Ditassa lenheirensis; M. Ditassa pohliana; N. Ditassa retusa; O-P. Ditassa tomentosa. (A-C, D- 

F, I, K, M-P: fotos de T. Konno; D, H, J, L: fotos gentilmente cedidas por S.Liede e U. Meve) 

132


4. NOTAS TAXONÔMICAS ADICIONAIS 

4.1. TÁXONS DE POSICIONAMENTO INCERTO 

4.1.1. Ditassa divaricata Turcz., Bull. Soc. Imp. Nat. Moscou 25(2): 317. 1852. Tipo: “Guiana 

Brittanica, 1837, R. Schomburgk 770 (LE). 

Distribuição geográfica: Guiana. 

Ditassa divaricata poderia ser considerada como um nome supérfluo para Ditassa 

pauciflora Decne. Turcznaninow (1852) afirma que o material por ele examinado nada se assemelha 

à Ditassa pauciflora, descrita por Decaisne (1844). Isso pode ser aferido pela comparação das 

descrições originais. O espécime analisado por Turczaninow apresenta pedúnculo alongado e 

segmentos externos da corona com o dobro do comprimento do ginostégio. Ditassa pauciflora, 

segundo de Decaisne (1844), não apresenta um pedúnculo distinto e os segmentos externos da 

corona igualam o ginostégio em comprimento. Como as coleções de Robert e Richard Schomburgk 

para as Guianas têm numerações bem complexas (Dam 2002), sem um exame do holótipo de D. 

divaricata não é possível esclarecer com propriedade a identidade do táxon. Desta forma, é 

preferível tratá-lo como um táxon incerto. 

4.1.2. Ditassa dolichoglossa Schltr. in Pilger, Notizbl. Bot. Gart. Berlin 6(55): 176. 1914. Tipo: 

“Brasilien, In der Catinga bei Remanso, im Staate Bahia”, 300m.s.m., [Dez. 1906], E. Ule 7154. 

(holótipo HBG n.v.; isótipos K!, G!). 

Figura 36 K-L 

Espécie conhecida somente pela coleção-tipo, proveniente da Bahia. A morfologia floral 

é semelhante à Ditassa oxyphylla quanto aos segmentos da corona, longamente acuminados e 

enovelados no ápice. Vegetativamente destaca-se pela indumento dos ramos um tanto canescentes 

e pela forma das folhas que sugere certa relação com Ditassa glaziovii. 

Apesar de sua inclusão em Ditassa ser sustentada pela morfologia de suas flores, o 

material tipo da espécie em K contém um folículo como fragmento. Esse folículo é atípico em 

Ditassa, apresentando-se recoberto por projeções estipiformes, comuns em Matelea Aubl. e 

Schubertia Mart.. 

Devido à inexistência de outras coleções, não é possível avaliar a veracidade deste 

padrão de folículo para a espécie. Desta forma, Ditassa dolichoglossa é aqui tratada como um táxon 

de posicionamento duvidoso. 

4.1.3. Ditassa rufinervia Silveira, Fl. Ser. Min.: 22. 1908. Tipo: “Brasil, Minas Gerais, Santos 

Dumont, Dores do Paraibuna”, Maio 1896, Magalhães in herb. Silveira 276 (holótipo R, destruído). 

Ferreira (2000) na revisão do gênero Macroditassa, sugere que Ditassa rufinervia possa 

constituir-se em um sinônimo de Macroditassa lagoensis, baseando-se na análise da descrição e 

ilustração apresentados por Silveira (1908). A coleção tipo de Ditassa rufinervia foi destruída e 

nenhum isótipo foi localizado. Portanto, isto nos impede de definir de forma mais acurada a posição 

do táxon. 

133


Figura 36: Estruturas morfológicas diagnósticas para as espécies de Ditassa ocorrentes no Brasil: A-E. Ditassa 

rotundifolia: A. detalhe do ramo; B. flor; C. ginostégio com a corona; D. antera em vista lateral com segmentos 

da corona; E. clavúncula. F-J: Ditassa megapotamica: F. detalhe do ramo; G. flor; H. ginostégio com a corona; 

I. segmento da corona em vista lateral; J. segmento da corona em vista interna. K-L: Ditassa dolichoglossa: K. 

flor; L. ginostégio com a corona. (A -E: Sobral 7606 [HUEFS]; F-J: Santos 2682 [RB]; K-L: Ule 7154 [K]). 

134


4.2. Táxons excluídos 

4.2.1. Ditassa abortiva E. Fourn. (= Minaria cordata (Turcz.) T.U.P.Konno & Rapini). Vide Parte II 

desta tese. 

4.2.2. Ditassa acerosa Mart. (basiônimo de Minaria acerosa (Mart.) T.U.P.Konno & Rapini). Vide 

Parte II desta tese. 

4.2.3. Ditassa adnata E. Fourn. (basiônimo de Macroditassa adnata (E. Fourn.) Malme). Vide Malme 

1927. 

4.2.4. Ditassa arianeae Fontella & E. A. Schwarz (basiônimo de Macroditassa melantha subsp. 

arianeae (Fontella & E.A. Schwarz) Fontella & T.U.P. Konno ). Vide Fontella-Pereira & 

Konno 2002. 

4.2.5. Ditassa aristata E. Fourn. (basiônimo de Tassadia aristata (E. Fourn.) Fontella). Vide 


4.2.6. Ditassa barbata (Turcz.) E. Fourn. (= Macroditassa laurifolia (Decne.) Fontella). Vide 

Ferreira 2000. 

4.2.7. Ditassa blepharodontoides Schltr. (= Blepharodon glaucescens (Decne.) Fontella). Vide 


4.2.8. Ditassa bifurcata Rapini (basiônimo de Minaria bifurcata (Rapini) T.U.P.Konno & Rapini). 

Vide Parte II desta tese. 

4.2.9. Ditassa cordata var. abortiva (E. Fourn.) Fontella (= Minaria cordata (Turcz.) T.U.P.Konno & 

Rapini). Vide Parte II desta tese. 

4.2.10. Ditassa cordata var. virgata (E. Fourn.) Fontella (= Minaria cordata (Turcz.) T.U.P.Konno & 


4.2.11. Ditassa cucullata E. Fourn. (basiônimo de Macroditassa lagoensis var. cucullata (E. Fourn.) 

Fontella & M.V. Ferreira). Vide Fontella-Pereira & Ferreira 1998. 

4.2.12. Ditassa decussata Mart. (basiônimo de Minaria decussata (Mart.) T.U.P.Konno & Rapini). 

Vide Parte II desta tese. 

4.2.13. Ditassa diamantianensis Fontella (basiônimo de Minaria diamantinensis (Fontella) 

T.U.P.Konno & Rapini). Vide Parte II desta tese. 

4.2.14. Ditassa ditassoides (Silveira) Fontella (= Minaria ditassoides (Silveira) T.U.P.Konno & 


4.2.15. Ditassa ericoides Decne. (= Minaria acerosa (Mart.) T.U.P.Konno & Rapini). Vide Parte II 


4.2.16. Ditassa glaucescens Decne. (basiônimo de Blepharodon glaucescens (Decne.) Fontella). Vide 


4.2.17. Ditassa grandiflora E. Fourn. (basiônimo de Macroditassa grandiflora (E. Fourn.) Malme). 

Vide Malme 1936. 

4.2.18. Ditassa grazielae (Fontella & Marquete) Rapini (= Minaria grazielae (Fontella & Marquete) 


135


4.2.19. Ditassa hemipogonoides E. Fourn. (basiônimo de Minaria hemipogonoides (E. Fourn. ) 


4.2.20. Ditassa inconspicua Rapini (= Minaria polygaloides (Silveira) T.U.P.Konno & Rapini). Vide 


4.2.21. Ditassa lagoensis E. Fourn. (basiônimo de Macroditassa lagoensis (E. Fourn.) Malme var. 

lagoensis). Vide Malme 1936 e Ferreira 2000. 

4.2.22. Ditassa lourteigiae Fontella (basiônimo de Minaria lourteigiae (Fontella) T.U.P.Konno & 


4.2.23. Ditassa magisteriana Rapini (basiônimo de Minaria magisteriana (rapini) T.U.P.Konno & 


4.2.24. Ditassa manicata Decne. (basiônimo de Bleparodon manicatum (Decne.) Fontella). Vide 

Fontella-Pereira 1989b. 

4.2.25. Ditassa megapotamica (Spreng.) Malme, Bull. Soc. Bot. Genève, sér. 2, 3: 270, 1911. 

≡Oxypetalum megapotamicum Spreng. Tipo: “Rio Grande”, [F. Sellow s.n.] (holótipo B?). 

Figuras 32 C, 36 F-J. 

Distribuição geográfica: Argentina, Brasil (Paraná, Santa Catarina, Rio Grande do Sul) e 

Uruguai. 

Espécimes examinados selecionados: ARGENTINA. CORRIENTES, Bonpland: 30° 05' S, 57° 45' W, 15 

Jan. 1908, E.L. Ekman 409 (NY); BRASIL. PARANÁ, Faz. Reserva, 85km SO de Guarapuava, faixa 

arbustiva na margem do Rio Reserva, alt. 1000m, 18 Mar. 1967, J.C. Lindeman 5005 (RB); Palmas: Sete 

Butieiros, 26° 29'03'' S, 51° 59'26'' W, 20 Nov. 1972, G. Hatschbach 30754 (HB, MBM, SPF); RIO GRANDE 

DO SUL, Agudo: Cerro Agudo, 29° 38'43'' S, 53° 14'24'' W, IX.1985, M. Sobral 4304 (ICN); Barracão: 27° 

40'18'' S, 51° 27'38'' W, 23 Out. 1985, J.R. Stehmann 699 (ICN); Bom Jesus: 28° 40'04'' S, 50° 25' W, 15 

Jan. 1942, B. Rambo s.n. (PACA9723); Canela: Caracol, 29° 21'56'' S, 50° 48'56'' W, 15 Fev. 1953, K. 

Emrich s.n. (PACA52799); Guaporé: 28° 50'44'' S, 51° 53'25'' W, 8 Out. 1971, E.P. Santos 2682 (R, RB); 

Montenegro: Pareci, 29° 41'19'' S, 51° 27'40'' W, 7 Jul. 1949, B. Rambo s.n. (B, PACA42415); Osório: 

Cerro do Umbú, 29° 53'12'' S, 50° 16'11'' W, 31 Dez. 1934, B. Rambo s.n. (PACA1543); Quaraí: Cerro de 

Jaraú, 30° 23'15'' S, 56° 27'05'' W, 28 Set. 1984, B. Irgang s.n. (ICN92815); São Francisco de Paula: 29° 

26'53'' S, 50° 35'01'' W, Fev. 1948, B. Rambo s.n. (B, PACA36172); SANTA CATARINA, Calmon: 26° 

35'59'' S, 51° 05'50'' W, 15 Mar. 1910, P. Dusén 9322 (A, BM, K); Chapecó: Faz. Campo São Vicente, 24 

km W of Campo Erê, 27° 05'47'' S, 52° 37'06'' W, 26 Dez. 1956, L.B. Smith 9462 (NY, R, US); Lajes: 

Passo do Socorro, 27° 48'58'' S, 50° 19'34'' W alt. 900m, 1 Nov. 1963, R. Klein 4427 (RB); São Joaquim: 

28° 17'38'' S, 49° 55'54'' W, 2 Fev. 1957, J. Mattos 5893 (PACA); Xanxerê: Chapecozinho, 26° 52'37'' S, 

52° 24'15'' W alt. 800m, 29 Dez. 1963, Reitz 16494 (RB). URUGUAI, s.loc: s.d., A. Saint-Hilaire C2 2335 

(P); RIVERA, Cunapirú: 31° 08' S, 55° 40' W, 12 Jan. 1941, B. Rambo s.n. (PACA4296); SAN JOSÉ, Serra 

Mahoma, 35° 00' S, 56° 40' W, 11 Out. 1970, A. Kaprovickas 16257 (MBM); SORIANO, Juan Jackson, 

Sta. Elena, X.1939, P.E. Gallinal 4292 (NY). 

Ditassa megapotamica foi originalmente descrita em Oxypetalum e, 

efetivamente, reúne um conjunto de caracteres típicos deste gênero (folhas cordadas e 

lobos da corola longamente acuminados, torcidos e reflexos). A presença de um apêndice 

nos segmentos da corona fez com Malme (1911) transferisse a espécie para Ditassa. Este tipo 

de apêndice, por outro lado, é bastante comum em Oxypetalum, podendo ser observado, p. 

ex., em O. erectum Mart.. Contudo, pode-se considerar, ainda que preliminarmente, um 

melhor posicionamento de D. megapotamica em Melinia Decne.(D.J. Goyder, com. pess.), 

gênero afim à Oxypetalum, já que o ápice da clavúncula é apenas cônico e não rostrado. 

4.2.26. Ditassa melantha Silveira (= Macroditassa melantha (Silveira) Rapini). Vide Rapini 2000 a . 

136


4.2.27. Ditassa micromeria Decne. (basiônimo de Minaria micromeria (Decne.) T.U.P.Konno & 


4.2.28. Ditassa monocoronata Rapini (basiônimo de Minaria monocoronata (Rapini) T.U.P.Konno & 


4.2.29. Ditassa oblongifolia Malme (= Minaria cordata (Turcz.) T.U.P.Konno & Rapini). Vide Parte II 


4.2.30. Ditassa parva (Silveira) Fontella (= Minaria parva (Silveira) T.U.P.Konno & Rapini). Vide 


4.2.31. Ditassa passerinoides Mart. (= Minaria decussata (Mart.) T.U.P.Konno & Rapini). Vide Parte 

II desta tese. 

4.2.32. Ditassa polygaloides Silveira (basiônimo de Minaria polygaloides (Silveira) T.U.P.Konno & 


4.2.33. Ditassa reflexa E. Fourn. (= Macroditassa laurifolia (Decne.) Fontella). Vide Ferreira 2000. 

4.2.34. Ditassa refractifolia K.Schum (basiônimo de Minaria refractifolia (K. Schum.) T.U.P.Konno & 


4.2.35. Ditassa rotundifolia (Decne.) Baill. ex K. Schum. in Engl. & Prantl, Naturl. Pflanzenfam. 

4(2): 242. 1895. Araújo, Rodriguésia 13(25): 78, fig. 59. 1950 ≡Metastelma rotundifolia 

Decne. in De Candolle, Prodr. 8: 515. 1844. Husnostia rotundifolia (Decne.) E. Four. in 

Martius, Fl. bras. 6(4): 211, fig. 56. 1885. Tipo: “in Brasilia, prov. Bahia, Jacobina”, [1857], 

J.S. Blanchet 3640 (holótipo G n.v.; isótipos P!, K!, BR!). 

Figuras 34 K, 36 A-E. 

Distribuição geográfica: Brasil (Pernambuco, Sergipe, Bahia). 

Espécimes examinados selecionados: BRASIL. BAHIA, Barra da Estiva: 9Km ao S da cidade. Ao NW 

Serra do Ouro, a W da Rod. p/ Ituaçu, 13° 37'34'' S, 41° 19'37'' W alt. 1300 - 1500m, 24 Mar. 1980, R.M. 

Harley 20878 (CEPEC, K, NY, SPF); Caeté-Açu: Serra da Larguinha, ca. 2km NE of Caeté-Açu (Capão 

Grande), 12° 36' S, 41° 29' W alt. 1400m, 25 Maio 1980, R.M. Harley 22643 (K, MBM, NY, SPF); 

Carnaúba: ABR. 1994, M. Sobral 7606 (HUEFS, ICN); Jacobina: entrada da cidade, 11° 10'50'' S, 40° 

31'06'' W, 24 Abr. 1999, R.C. Forzza 1342 (SPF); Lençóis: 14Km ao NW Lençois. Serra dos Lençois, 12° 

33'47'' S, 41° 23'24'' W alt. 700 - 1000m, 22 Maio 1980, R.M. Harley 22334 (CEPEC, K, NY, RB, SPF); 

Morro do Chapéu: 16Km ao SW Rod. Morro do Chapéu/Utinga, 11° 33' S, 41° 09'22'' W alt. 980m, 1 

Jun. 1980, R.M. Harley 22977 (CEPEC, K, MBM, NY, SPF); PERNAMBUCO, Brejo Madre de Deus: Faz. 

Buriti, 8° 08'45'' S, 36° 22'16'' W, 25 Maio 1995, G.M. de Sousa 111 (K, PEUFR); Buíque: Serra do 

Catimbau, 8° 37' S, 37° 10' W, 19 Jun. 1994, A.M. Miranda 1780 (HST, IPA); SERGIPE, Itabaiana: Serra 

de Itabaiana, 10° 43'11'' S, 37° 25'31'' W alt. 620m, 11 Jul. 1962, D. Andrade-Lima 62 4100 (IPA, RB). 

Decaisne (1844) ao descrever Metastelma rotundifolia não percebeu a presença 

de um pequeno apêndice abaixo do dorso das anteras. É morfologicamente distinta de todas 

as demais espécies do gênero, o que certamente motivou Fournier (1885) a descrever o 

gênero Husnostia. A presença da corona em dois segmentos foi primeiramente relatada por 

Baillon (1891), “... squamae interiore haud nulla...”, sugerindo sua transferência para 

Ditassa. Esta combinação foi efetivada por Schumann (1895). A corola internamente glabra e 

a corona lateralmente compressa, aliada à morfologia do polinário com corpúsculo linear e 

caudículas fortemente sinuosas, corroboram o restabelecimento do gênero Husnostia. Por 

outro lado, sem um entendimento do relacionamento filogenético do táxon com os demais 

137


que compõem o gênero Ditassa, torna-se prematuro o resgate deste gênero monotípico. Por 

conseguinte, optou-se mantê-lo à parte neste tratamento taxonômico. 

4.2.36. Ditassa scalaris K. Schum. ex Ule, Bot. Jahrb. 11: 428. 1908, nom. nud. 

4.2.37. Ditassa semirii (Fontella) Rapini (= Minaria semirii (Fontella) T.U.P.Konno & Rapini). Vide 


4.2.38. Ditassa silveirae Fontella (= Hemipogon hemipogonoides (Malme) Rapini). Vide Fontella- 

Pereira & Schwarz 1983, Rapini et al. 2001 e Rapini 2003. 

4.2.39. Ditassa virgata E.Fourn. (= Minaria cordata (Turcz.) T.U.P.Konno & Rapini). Vide Parte II 


4.3. LISTA DAS ESPÉCIES EXTRA-BRASILEIRAS DO GÊNERO DITASSA 

1. Ditassa acerifolia Lasser & Maguire, Brittonia, 7: 86. 1950. 

2. Ditassa albiflora Schltr., Bot. Jahrb. Syst. 37: 611. 1906. 

3. Ditassa albonerva (R. Holm) Morillo, Ernstia 3(2): 63. 1993. 

4. Ditassa anderssonii Morillo, Ernstia 4(1/2): 5. 1994. 

5. Ditassa angustifolia Decne. in A. DC., Prod. 8: 575. 1844. 

6. Ditassa apiculata Rusby non K. Schum., Bull. New York Bot. Gard. 4: 412. 1907. 

7. Ditassa auyantepuiensis (Steyerm.) Morillo, Ernstia 51: 7 1989. 

8. Ditassa ayangannensis Morillo, Ernstia 3(2): 64 1993. 

9. Ditassa carnevalii (Morillo) Morillo, Ernstia 51: 7 1989. 

10. Ditassa caucana Pittier, Contrib. U. S. Natl. Herb. 13: 99. 1910. 

11. Ditassa ciliata (Moldenke) Morillo, Ernstia 51: 7 1989. 

12. Ditassa colellae (Morillo) Morillo, Ernstia 51: 7 1989. 

13. Ditassa crassa Schltr., Bot. Jahrb. Syst. 37: 611. 1906. 

14. Ditassa duidae Gleason, Bull. Torrey Bot. Club. 58: 459. 1931. 

15. Ditassa endoleuca Schltr., Bot. Jahrb. 37: 612. 1906. 

16. Ditassa fiebrigii Malme, Ark. Bot. 28A (5): 22. 1936. 

17. Ditassa foldatsii Morillo, Ernstia 51: 7 1989. 

18. Ditassa gillespieae Morillo, Ernstia 1(3): 110 1991. 

19. Ditassa jahnii (Morillo) Liede, Novon 7: 44. 1997. 

20. Ditassa julianii (Morillo) Morillo, Ernstia 51: 9 1989. 

21. Ditassa lanceolata Decne. in A. DC., Prod. 8: 576. 1844. 

22. Ditassa liesneri Morillo, Ernstia 51: 9 1989. 

23. Ditassa lindemanii Morillo, Anales Jard. Bot. Madrid 47(2): 351. 1989. 

24. Ditassa lisae Morillo, Ernstia 3(3/4): 144. 1994. 

25. Ditassa longiloba Benth. Pl. Hartw. : 215. 1845. 

26. Ditassa macarenae Morillo, Caldasia 17(82/85): 415. 1995. 

27. Ditassa mandonii Rusby, Descr. S. Am. Pl. : 97. 1920. 

28. Ditassa mastigophora Suesseng., Mitt. Bot. Staatssamml. Munchen, Heft 1: 9 . 1950. 

29. Ditassa mexicana T. S. Brandegee, Univ. Calif. Publ. Bot. 10: 414. 1924. 

30. Ditassa micromeriifolia Daniel, Asp. fl. : 14 . 1939. 

31. Ditassa multinervia (Morillo) Morillo, Ernstia 51: 9 1989. 

32. Ditassa obovata (R. Holm) Morillo, Ernstia 51: 9 1989. 

33. Ditassa oliva-estevae Morillo, Ernstia 51: 9 1989. 

138


34. Ditassa ottohuberi Morillo, Novon, 2(1): 30. 1992. 

35. Ditassa perijensis Morillo, Ernstia 1(3): 110 1991. 

36. Ditassa peruviana Morillo, Ernstia 51: 11 1989. 

37. Ditassa racemosa Britton, Bull. Torrey Bot. Club, 25(9): 498. 1898. 

38. Ditassa roraimensis Schltr., Notizbl. Bot. Gart. Berlin 6(55): 176. 1914. 

39. Ditassa schlechteri Macbride, Publ. Field Mus. Nat. Hist., Bot. Ser., 11: 34 1931. 

40. Ditassa sillensis Morillo, Ernstia 3(2): 65 1993. 

41. Ditassa sipapoana Morillo, Ernstia 51: 11 1989. 

42. Ditassa subalpina Schltr., Feddes Repert. 13(27/29): 439. 1914. 

43. Ditassa subulata J. R. Johnston, Proc. Amer. Acad. Arts 40: 694. 1905. 

44. Ditassa sucrensis (R. W. Holm) Morillo, Ernstia 3(2): 66 1993. 

45. Ditassa surinamensis Morillo, Anales Jard. Bot. Madrid 47(2): 351. 1989/1990 

46. Ditassa tamayoi Morillo, Ernstia 1(3): 111. 1991. 

47. Ditassa venamensis Morillo, Ernstia 51: 12 1989. 

48. Ditassa verticillata Morillo, Novon 2(1): 31. 1992. 

49. Ditassa weberbaueri Schltr., Bot. Jahrb. Syst. 37: 613. 1906. 

50. Ditassa xeroneura Schltr., Bot. Jahrb. Syst. 37: 614. 1906. 

139 

V. Referências Bibliográficas 

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143 

ANEXO I: Lista de Coletores em Ditassa R.Br. 

Relação dos acrônimos: Ditassa aequicymosa E.Fourn. (DAEQ), Ditassa banksii Schult. (DBAN), Ditassa bicolor 

Decne. (DBIC), Ditassa blanchetii Decne. (DBLA), Ditassa burchellii Hook.& Arn. var. burchellii (DBUB), Ditassa 

burchellii var. vestita (Malme) Fontella (DBUV), Ditassa capillaris E.Fourn. (DCAP), Ditassa cipoensis (Fontella) 

Rapini (DCIP), Ditassa conceptionis Fontella (DCCP), Ditassa congesta E.Fourn. (DCGT), Ditassa cordeiroana 

Fontella (DCOR), Ditassa crassifolia Decne. (DCRA), Ditassa dardanoi T.U.P.Konno (DDAR), Ditassa 

dolichoglossa Schltr. (DDOL), Ditassa duartei Fontella & T.U.P.Konno (DDUA), Ditassa edmundoi Fontella & 

C.Valente (DEDM), Ditassa emmerichii Fontella (DEMM), Ditassa eximia Decne. (DEXI), Ditassa fasciculata 

E.Fourn. (DFAS), Ditassa glaziovii E.Fourn. (DGLA), Ditassa gracilipes Schltr. (DGLP), Ditassa gracilis Hand.- 

Mazz. (DGCL), Ditassa guilleminiana Decne. (DGUI), Ditassa hastata Decne. (DHAS), Ditassa hispida (Vell.) 

Fontella (DHIS), Ditassa insignis Farinaccio (DINS), Ditassa itambensis Rapini (DITA), Ditassa laevis Mart.(DLAE), 

Ditassa lanceolata Decne. (DLAN), Ditassa lenheirensis Silveira (DLEN), Ditassa leonii Fontella & T.U.P.Konno 

(DLEO), Ditassa linearis Mart. (DLIN), Ditassa longicaulis (Decne.) Rapini (DLGL), Ditassa longisepala (Hua) 

Fontella & E.A.Schwarz (DLGS), Ditassa maricaensis Fontella & E.A.Schwarz (DMAR), Ditassa megapotamica 

Malme (DMEG), Ditassa montana Decne. (DMON), Ditassa mucronata Mart.(DMUC), Ditassa nitida E.Fourn. 

(DNIT), Ditassa obcordata Mart. (DOBC), Ditassa oberdanii Fontella & Alvarez (DOBE), Ditassa obscura 

Farinaccio & Konno (DOBS), Ditassa oxyphylla Turcz. (DOXY), Ditassa pauciflora Decne. (DPAU), Ditassa 

pedunculata Malme (DPED), Ditassa pohliana E.Fourn. (DPOH), Ditassa retusa Mart.(DRET), Ditassa rotundifolia 

(Decne.) Baill. ex K.Schum. (DROT), Ditassa sobradoi (Morillo) Liede var. sobradoi (DSOB), Ditassa sobradoi var. 

buntingii (Morillo) Liede (DBUN), Ditassa sobradoi var. franciscoi (Morillo) Liede (DFRA), Ditassa subumbellata 

Malme (DSUB), Ditassa succedanea Rapini (DSUC), Ditassa tatei Gleason & Moldenke (DTAT), Ditassa taxifolia 

Decne. (DTAX), Ditassa tomentosa (Decne.) Fontella (DTOM), Ditassa warmingii E.Fourn. (DWAR). 

Agra, M.F.: 1428 (DCRA), JPB4293 (DCRA). Aguiar, L.: 144 (DBUB). Alcantara, J.H.: 94 (DBAN). Alencar, M.E.: 897 (DHAS), 

1136 (DHAS), 1548 (DHAS). Allemão, Fr.: 991 (DGLA), 992 (DGLA), 993 (DCAP), 994 (DHAS). Almeida, E.F.: 273 (DLEN). 

Almeida, J.: 1262 (DBIC), 1283 (DNIT). Alston, A.: 231 (DOXY), 235 (DOXY). Alves, M.: 227 (DBUB), EBNN 1540 (DHAS). Alves, 

R Maio : 725 (DSUC). Alves, T.M.A.: 39 (DMUC). Amaral, I.L. do: 1001 (DGLP). Amorim, A.M.: 952 (DBLA), 1784 (DRET), 2967 

(DRET). Anderson, L.O.: 99-38 (DGCL). Anderson, W.R.: 6869 (DHAS), 6914 (DHAS), 8351 (DRET), 8926 (DLIN), 10217 (DLEN), 

35888 (DITA – Tipo), 36111 (DCIP), 36416 (DCAP), 36466 (DCAP), 37034 (DGLA). Andrade, K.: 119 (DOXY), 121 (DCAP). 

Andrade-Lima, D.: 50-502 (DCRA), 52-1042 (DBLA), 52-1047 (DBLA), 52-1080 (DGLA), 58-2891 (DHAS), 62-4100 (DROT), 66-8 

(DCRA), 71-6382 (DDAR), 78-9062 (DBLA), 79-9575 (DDAR), ICN34114 (DBUB). Andrade, P.M.: 880 (DLIN). Araújo, D.S.D.: 40 

(DBAN), 238 (DBLA), 1538 (DBIC), 1545 (DBUB), 2147 (DMAR), 3285 (DBAN), 3481 (DBAN), 3505 (DBAN), 4665 (DBAN), 5042 

(DBAN), 5106 (DBUB), 5295 (DBAN), 5308 (DMAR), 6308 (DMAR), 6348 (DMAR), 6401 (DMAR), 6418 (DMAR), 6439 (DBAN), 6512 

(DBAN), 7107 (DMAR), 7111 (DBAN), 7112 (DBAN), 7141 (DBAN), 7142 (DMAR), 7147 (DAEQ), 7189 (DRET), 7715 (DEXI), 7831 

(DBUB), 7951 (DMAR), 8097 (DBLA), 8317 (DCRA), 8361 (DBAN), 8500 (DHIS), 8514 (DBAN), 8630 (DMAR), 9282 (DBUB), 9283 

(DBUB), 9491 (DHIS), 10508 (DMAR). Arbo, M.M.: 3885 (DMUC), 4116 (DEXI), 4446 (DRET), 4585 (DEXI), 5328 (DHAS), 5366 

(DGLA), 7227 (DHAS), 7448 (DGLA), 7499 (DHAS). Arbocz, G.F.: 3743 (DGLP). Arzivenco, L.: ICN4527 (DBUB), ICN42211 

(DBUB), ICN42322 (DBUB), ICN42712 (DBUB). Atala, F.: 102 (DEXI), 235 (DEXI). Azevedo, A.A.: BHCB47497 (DLEN). Aymard, 

G.: 6034 (DTAT), 6159 (DTAT). Badini, J.: OUPR2030 (DAEQ), OUPR3725 (DMUC), OUPR3750 (DMUC), OUPR3751 (DMUC), 

OUPR3652 (DMUC), OUPR5082 (DLGS), OUPR5083 (DLGS), OUPR20667 (DLIN), OUPR20709 (DMUC), OUPR20790 (DRET), 

OUPR21516 (DMUC), OUPR21528 (DMUC), OUPR21540 (DTOM), OUPR21933 (DTOM), OUPR22082 (DLGS), OUPR23177 (DTOM), 

OUPR23345 (DMUC), OUPR24549 (DAEQ), OUPR24550 (DAEQ), OUPR24674 (DRET), OUPR24973 (DTOM), OUPR25677 (DLAE), 

OUPR24588 (DLIN), OUPR24867 (DMUC), OUPR25450 (DTOM), OUPR25451 (DTOM), OUPR26137 (DLGS), OUPR26287 (DLAE), 

OUPR26301 (DLAE), SPF128271 (DLAE). Baems, L.E.: RB60391 (DTOM). Baptista, L.R.: ICN28064 (DBUB). Barreto, K.D.: 2165 

(DBUB), 2655 (DBUB). Barros, F.: 1065 (DSUC), 2769 (DAEQ), 2801 (DEXI). Barros Lima.: 66-8 (DCRA). Barroso, G.M.:


RB186192 (DNIT). Batalha, M.A.: 1271 (DOBC), 1371 (DWAR), 1445 (DWAR). Bastos, O.J.: CESJ42462 (DBUB). Baumgratz, 

J.F.: 192 (DCRA). Bautista, H.P.: 1567 (DCRA), PCD 3424 (DROT), UMS 301 (DRET). Belém, R.P.: 232 (DBLA), 1199 (DHIS), 

2088 (DCRA), 3731 (DMUC), 3773 (DOBE). Bernacci, L.C.: 417 (DBUB), 1314 (DBUB). Bertoncin, A.P.: 176 (DOBC). Bicudo, 

L.R.H.: 1047 (DOBC), 1221 (DWAR). Bidá, A.: CFCR 11959 (DRET). Black, G.A.: 50-8681 (DCRA), 50-8714 (DCRA). Blanchet: 

35 (DBLA), 1606 (DCRA). Botelho, M.: 72 (DBAN), 445 (DBAN), 535 (DBUB), 543 (DBAN). Brade, A.C.: 5681 (DBUB), 5682 

(DHIS), 5685 (DBUV), 9747 (DTOM), 10601 (DBIC), 10627 (DBIC), 10647 (DBUB), 11022 (DSUB), 11681 (DNIT), 12033 (DNIT), 

13471 (DFAS), 15341 (DEXI), 15480 (DBAN), 17321 (DBUB), 18788 (DNIT), 19431 (DNIT), 19837 (DNIT), 20403 (DSUC), 20478 

(DMUC), 20744 (DTOM). Braga, M.N.: 181 (DLIN). Braga, P Jan. S.: 2217 (DLIN), 2387 (DBAN), 2389 (DBAN). Brazão, J.E.M.: 

183 (DCAP). Brina, E.A.: BHCB39543 (DMUC), BHCB39544 (DRET). Brugger, M.C.: 24715 (DMUC). Bueno, O.: 2315 (DBUB), 

2870 (DBUB), 2926 (DBUB). Burchell, W.J.: 2794 (DBUB), 2818 (DGUI), 4687 (DHIS). Busolin, A.: 166 (DBUB). Cabral, E.: 621 

(DBUB). Cabrera, A.L.: 6460 (DBUB). Caiafa, A.N.: 207 (DLEO). Camargo: 3083 (DBUB), 3139 (DBUB). Campos Porto, P.: 969 

(DCRA), 2163 (DAEQ). Campos, R.: 1 (DTAT). Carauta, J.P.P.: 5287 (DBUB). Cardona, T.: 2273 (DTAX). Cardoso, J.: 135 

(DBAN). Carnevali, G.: 523 (DLAN), 602 (DLAN), 2866 (DBUB). Carvalho, A.M.: 1534 (DCAP), 1564 (DBUB), 1775 (DHAS), 1836 

(DOBC), 1854 (DGLA), 2768 (DHAS), 2950 (DRET), 6543 (DCOR). Carvalho, I.: 1 (DOXY). Carvalho, M.G.: 465 (DCOR), 538 

(DCOR), 783 (DGLA), 834 (DGLA). Carvalho, R.C.F.: 77 (DLIN). Castellanos, A.: 23545 (DBAN), 25967 (DHAS). Castro, N.M.: 

313 (DINS), CFSC 6949 (DEXI). Castro, R.M.: 196 (DMUC), 262 (DMUC). Cavalcante, P.: 1168 (DBUB), 1240 (DEDM). Cervi, 

A.C.: 2609 (DBUB), 4073 (DEDM), 4279 (DBUB), 6692 (DBUB). Chaddad Jr., J.: 181B (DLEN). Chautems, A.: 149 (DGLA). 

Claussen, P.: 127 (DLIN), hfb 13774 (DRET). Coomes, D.: 386 (DSOB). Coons, M.P.: 77-278 (DLIN), 77-279 (DMUC), 77-357 

(DPED). Coradin, L.: 543 (DPAU), 6075 (DRET). Cordeiro, I.: 2210 (DRET), CFCR 504 (DFAS), CFCR 785 (DSUC), CFCR 832 

(DRET), CFCR 8978 (DCOR), CFCR 9288 (DFAS), CFCR 10017 (DCOR). Correia, M.: 263 (DOXY). Costa, A.: 533 (DCRA), 561 

(DBAN). Costa, F.N.: 160 (DEXI), 175 (DAEQ). Costa, J.: 51 (DCRA). Custodio Filho, A.: 2054 (DGCL). Dalpiaz, S.: ICN115277 

(DBUB). Damazio, L.: 955 (DLAE), 956 (DLGS), 959 (DAEQ), 963 (DTOM), 1484 (DTOM), 1571 (DTOM), 1635 (DAEQ), 1639 

(DTOM). Dario, F.R.: 1118 (DGLP). Davidse, G.: 4687 (DTAT), 4823 (DTAT), 10416 (DHIS), 11824 (DHAS), 11899 (DRET), 22778 

(DTAT), 26515 (DSOB), 26546 (DSOB). Davis, P.H.: 60070 (DTOM). Delascio, C.F.: 9328 (DSOB), 11910 (DTAT), 14046 (DTAX). 

Duarte, A.P.: 44 (DBUB), 351 (DNIT), 2472 (DEXI), 4170 (DBAN), 5200 (DBAN), 5295 (DNIT), 6527 (DEXI), 6545 (DAEQ), 6683 

(DCRA), 6704 (DBLA), 6848 (DBLA), 7403 (DDAR - Tipo), 7881 (DFAS), 9060 (DEXI), 9709 (DEXI), 9769 (DDUA – Tipo), 10442 

(DOBC), 14145 (DHAS). Dusén, P.: 618 (DCCP), 4105 (DOBC), 9105 (DEDM), 9322 (DMEG), 16961 (DHIS), 2066 (DTOM), 2740 

(DEDM). Eiten, G.: 3122 (DWAR), 4496 (DHAS), 6284 (DBIC). Eiterer, M.: 111 (DMUC). Ekman, E.L.: 407 (DBUB), 409 (DMEG). 

Emrich, K.: 28 (DBUB), PACA35883 (DMEG)PACA35988 (DBUB), PACA37198 (DMEG), PACA52799 (DMEG). Esteves, G.L.: 909 

(DCRA), 1871 (DCRA), 1906 (DBLA). Fabris, L.C.: 407 (DBLA). Farah, F.T.: 2086.2089 (DGCL). Farias, G.L.: 563 (DNIT). 

Farinaccio, M.A.: 140 (DOBC), 166 (DINS), 281 (DOBS), 294 (DINS), 304 (DOBC), 371 (DINS), 436 (DCIP). Fariñas, M.: 483 

(DTAT). Farney, C.: 222 (DBAN), 574 (DGCL – Tipo de D.farneyi), 680 (DTOM), 2279 (DBAN), 2291 (DHIS). Félix, L.P.: 2144 

(DCRA), 2996 (DCRA), 3990 (DCRA), 7079 (DOXY), 8515 (DOXY). Fernandes, A.: 2459 (DHAS), 9797 (DCAP). Fernandes, 

H.Q.B.: 2727 (DMUC). Fernandez, A.: 1653 (DTAT), 3214 (DTAT). Ferrari: 443 (DMUC). Ferreira, G.M.P.: 63 (DGCL). 

Ferreira, M.B.: 92 (DLAE), 1524 (DHIS), HEPH37613 (DMUC). Ferreira, M.C.: 767 (DCRA). Ferreira, F.A.: OUPR8490 (DOBC). 

Ferreira, V.F.: 218 (DCCP), 707 (DCOR), 772 (DHIS), 784 (DPOH), 1155 (DBUB), 3368 (DBIC), 3709 (DEXI), 4272 (DTOM), 

MAC7148 (DCRA). Ferrucci, S.: 232 (DEDM). Fevereiro, P.C.: 296 (DHAS), 390 (DHAS). Fiaschi, P.: 166 (DCOR), 191 (DSUC), 

323 (DEXI), 406 (DSUC), 924 (DBUB). Fiebrig, K.: 4701 (DBUB), 5937 (DBUB). Fierro, A.F.: 1638 (DRET), 1995 (DHAS). 

Figueiredo, M.A.: 323 (DHAS). Flerg, M.: ICN35813 (DBUB). Flores, A.S.: 919 (DHAS). Folli, D.A.: 1147 (DMUC), 1934 (DBLA). 

Fonseca, A.: 190 (DLIN), 208 (DMUC). Fonseca, M.R.: 1319 (DHAS). Fontella-Pereira, J.: 244 (DBAN), 245 (DBAN), 407 

(DBAN), 410 (DBAN), 413 (DBAN), 433 (DBAN), 1011 (DTOM), 1026 (DBUB), 1071 (DLGS), 1072 (DAEQ), 1073 (DAEQ), 1135 

(DRET), 2291 (DMAR), 3102 (DMAR), 3155 (DMAR), 3179 (DBAN), 3190 (DMAR), 3360 (DBAN), 3869 (DBAN). Forzza, R.C.: 519 

(DFAS), 613 (DSUC), 667 (DFAS), 793 (DSUC), 1112 (DRET), 1171 (DRET), 1282 (DRET), 1314 (DRET), 1342 (DROT), 1469 

(DFAS), 1506 (DAEQ), 2163 (DLEN), 2178 (DTOM), 2581 (DDAR). Foster, W.: 318.318 (DGCL). Fotius: 4048 (DGLA). França, F.: 

1203 (DRET), 1284 (DRET), 1608 (DCAP), 2122 (DCAP), 2689 (DRET), 3444 (DRET). Frazão, A.: RB8741 (DTOM). Freire: 559 

(DBAN), 668 (DBUB), R95192 (DBAN). Friderichs, K.: PACA25363 (DBUB). Fróes, R.L.: 11731 (DBLA), 20212 (DGLA), 25665 

(DHIS), 27849 (DCRA), 30772 (DBLA), 30776 (DBLA). Furlan, A.: 3251 (DEXI), CFCR 241 (DCAP), CFCR 334 (DHAS), CFCR 711 

(DRET), CFCR 1936 (DRET), CFCR 3249 (DRET), CFCR 4475 (DRET), CFCR 4521 (DRET), CFSC 7214 (DEXI), CFSC 8444 (DEXI). 

Furtado, V.C.: BHCB11491 (DPED). Gadelha Neto, P.C.: 505 (DHAS). Gajardo, S.M.I.: HRCB30380 (DLIN). Gallinal, P.E.: 4292 

(DMEG). Ganev, W.: 110 (DOBC), 254 (DPOH), 753 (DPOH), 812 (DRET), 1011 (DOBC), 1429 (DCAP), 1510 (DGLA), 2017 

144


(DOBC), 2578 (DCAP), 3012 (DRET), 3150 (DPOH), 3261 (DOBC), 3534 (DRET). Garcia, J.G.: 563 (DBAN). Garcia, R.F.J.: 615 

(DHIS), 904 (DGLC), 992 (DGCL). Gardner: 529 (DMUC), 1356 (DBLA), 2236 (DHAS), 2241 (DHAS), 3328 (DEMM), 5818 (DMUC). 

Garófalo, B.: 1219 (DTAT), 1222 (DTAT). Gehrt, A.: 3262 (DAEQ), SP5359 (DGCL), SP31610 (DHIS). Gentry, A.: 10539 (DTAT), 

14622 (DFRA), 49985 (DGLA). Gibbs, P.E.: 5102 (DAEQ), 5202 (DAEQ). Gillespie, L.J.: 2557 (DHIS). Giordano, L.C.: 474 

(DMAR). Giulietti, A.M.: 1651 (DHAS), CFCR 1211 (DCAP), CFCR 2295 (DFAS), CFCR 7688 (DSUC), CFCR 9854 (DCOR), PCD 3252 

(DRET). Glaziou: 43 (DBAN), 854 (DBUV), 1017 (DBUB), 2092 (DBAN), 2687 (DBUB), 3728 (DMON), 4087 (DMUC), 4094 (DTOM), 

4095 (DGUI), 4095a (DHIS), 9508 (DTOM), 9508a (DTOM), 9687 (DBUB), 9928 (DCAP), 9930 (DHAS), 11197 (DHAS), 11200 

(DGLA), 11202 (DBLA), 14085 (DTAX), 14093 (DOBC), 15229 (DLAE), 15230 (DPOH), 15232 (DAEQ), 16258 (DLAE), 17139 

(DGCL), 17140 (DMON), 17145 (DSUC), 17161 (DMUC), 17702 (DPED), 19632 (DLIN), 19642 (DEXI). Godoy, J.B.: SP8411 

(DMUC). Góes, D.C.: 99 (DBIC), 535 (DBIC – Tipo de D.fontellae). Gomes, J.C.: 908 (DCRA), 1032 (DTOM). Gomes, J.M.L.: 899 

(DBAN). Gomes, L.: 2 (DCRA). Gounelle: 71 (DLIN). Grandi, T.S.M.: 932 (DRET), 1064 (DAEQ), 1373 (DLEN), 2225 (DAEQ), 

2217 (DLIN), 2409 (DLAE), 2494 (DLIN). Groppo Jr., M.: 658 (DMUC). Grupo Pedra do Cavalo: 374 (DOXY). Guedes, M.L.: 424 

(DCAP), 635 (DRET), 956 (DCRA), 4926 (DCRA), 7359 (DCRA), 7863 (DHAS), PCD 291 (DROT), PCD 716 (DCRA), PCD 2046 

(DRET), ALCB38002 (DCRA). Hahn, W.: 3957a (DHIS). Handro, O.: SP27502 (DTOM), SP74163 (DHIS). Harley, R.M.: 16364 

(DHAS), 16426 (DCAP), 16427 (DHAS), 16522 (DGLA), 16722 (DCAP), 16776 (DCAP), 17552 (DBLA), 18736 (DLIN), 18999 (DHAS), 

19421 (DCAP), 19455 (DOXY), 19925 (DRET), 20085 (DRET), 20162 (DCGT), 20878 (DROT), 21188 (DHIS), 21221 (DHAS), 22033 

(DCRA), 22334 (DROT), 22490 (DRET), 22643 (DROT), 22687 (DRET), 22774 (DRET), 22863 (DRET), 22961 (DPOH), 22972 

(DRET), 22977 (DROT), 25817 (DRET), 26454 (DCAP), 26390 (DRET), 50185 (DCAP), 53341 (DRET), 27001 (DCAP), 27003 

(DGLA), 27072 (DHAS), 27122a (DOBC), 27139 (DGLA), 27740 (DCAP), CFCR 6269 (DFAS), PCD 3295 (DRET), PCD 4458 (DHAS), 

PCD 5003 (DHAS). Hashimoto, G.: 64 (DTOM). Hassler, E.: 1753 (DBUB), 3903 (DBUB), 8843 (DBUB), 9010 (DBUB), 11132 

(DBUB). Hatschbach, G.: 218 (DEDM), 2755 (DBUV), 4515 (DBUV), 4565 (DHIS), 5624 (DTOM), 6771 (DEDM), 7605 (DBUV), 7805 

(DBUV), 9073 (DTOM), 11930 (DTOM), 11958 (DTOM), 12096 (DEDM), 14122 (DBUB), 15707 (DEDM), 18007 (DEDM), 21239 

(DEDM), 12497 (DBUV), 14112 (DBUV), 16190 (DBUV), 18821 (DTOM), 24051 (DBUV), 24115 (DTOM), 27756 (DFAS), 28062 

(DRET), 28076 (DFAS), 28821 (DTOM), 30185 (DFAS), 30754 (DMEG), 31124 (DEDM), 31184 (DBUB), 31418 (DHIS), 31438 

(DMUC), 31597 (DCIP), 34292 (DBUB), 35473 (DTOM), 36432 (DEXI), 36527 (DBUB), 36534 (DEXI), 36712 (DLEN), 38482 (DHAS), 

39541 (DGLA), 40997 (DBUB), 41225 (DRET), 41325 (DCOR), 41399 (DPOH), 41474 (DRET), 42203 (DTOM), 42218 (DBUV), 42379 

(DPOH), 42889 (DCOR), 42930 (DOBC), 44672 (DEXI), 45075 (DHAS), 46205 (DBUB), 46326 (DGLA), 46405 (DPOH), 47689 

(DCGT), 47973 (DRET), 48026 (DPOH), 48029 (DOBC), 48880 (DBUB), 50022 (DGLA), 50105 (DCAP), 50150 (DGLA), 50155 

(DCAP), 50430 (DPOH), 50942 (DRET), 510?5 (DEXI), 51478 (DRET), 52021 (DCOR), 52040 (DPOH), 52702 (DGLA), 53066 (DEXI), 

54159 (DPOH), 54210 (DOBC), 54330 (DEDM), 54315 (DLEN), 54943 (DCOR), 55065 (DCAP), 55166 (DGLA), 56420 (DBUB), 56637 

(DHAS), 56722 (DRET), 58130 (DNIT), 59324 (DLEN), 61852 (DHAS), 63071 (DCRA), 63185 (DOXY), 64896 (DEXI), 65000 (DPOH), 

65055 (DOBC), 65863 (DCAP), 66024 (DHAS), 66404 (DHAS), 66466 (DFAS), 67162 (DFAS), 67347 (DFAS), 65129 (DCAP), 67968 

(DPOH), 67994 (DCOR), 69461 (DFAS), 70614 (DLEN), 71327 (DOBC), 72193 (DLEN). Henkel, T.W.: 772 (DTAX). Hensold, N.: 

CFCR 2891 (DLIN), CFCR 3931 (DLAE), CFSC 8557 (DEXI). Heringer, E.P.: 371 (DGLA), 432 (DOBC), 432A (DOBC), 531 (DOBC), 

828 (DHAS), 962 (DOXY),1408 (DLEN), 2471 (DLEN), 4820 (DTOM), 6209 (DEXI), 7199 (DTOM), 18320 (DOBC), 22172 (DEXI). 

Hind, D.J.N.: 28 (DCAP), PCD 3140 (DRET). Hoehne, F.C.: 1478 (DHIS), 5924 (DLIN), 5926 (DLIN), 5930 (DTOM), 6743 (DTOM), 

6801(DAEQ), SP249 (DTOM), SP1478 (DHSI), SP1530 (DHIS), SP1793 (DTOM), SP4142 (DTOM), SP5235 (DPED),SP9707 (DTOM), 

SP17482 (DLEN), SP18507 (DAEQ), SP18511 (DLIN), SP19387 (DTOM), SP19387 (DTOM), SP20023 (DTOM), SP20463 (DWAR), 

SP25083 (DBAN), SP25104 (DCCP), SP25113 (DBAN), SP25117 (DTOM), SP25119 (DSUB), SP28827 (DBUV), SPF17062 (DBUV). 

Hoehne, W.: 5710 (DBAN), 5850 (DBAN), MBM91441 (DBUV), SP312388 (DTOM), SPF10064 (DTOM), SPF11052 (DBUV), 

SPF11729 (DHIS), SPF13360 (DOBC), SPF13753 (DTOM) SPF13754 (DTOM). Holst, B.: 2299 (DOXY). Hopkins, M.J.G.: 1003 

(DTAT). Huber, O.: 4361 (DTAT), 5696 (DSOB), 5697 (DSOB), 7280 (DTAT), 7471 (DTAT), 7847 (DTAT), 8921 (DTAX), 9988 

(DTAX),9644 (DTAT), 9677 (DTAT), 9698 (DTAT), 9885 (DTAT), 10447 (DTAT), 11742 (DTAT). Humbert, H.: 27313 (DFRA). 

Irgang, B.: 326 (DBUB), ICN92815 (DMEG). Irwin, H.S.: 5412 (DTOM), 15797 (DTOM), 16286 (DGLP), 19811a (DPED), 20682 

(DEXI), 20826 (DHIS), 23515 (DCOR), 23566 (DCOR), 27083 (DRET), 27727 (DRET), 27896 (DFAS), 28284 (DSUC), 29248 (DAEQ), 

30237 (DLIN), 31435 (DHAS). Jardim, J.G.: 395 (DBLA). Jobert: 1070 (DHAS). Joly, A.B.: 239 (DEXI), 1359 (DEXI), 1393 

(DRET), 1799 (DEXI), 1926 (DEXI), 2191 (DEXI), 2413 (DEXI), 2440 (DEXI), 2450 (DEXI), 2567 (DEXI). Jørgensen, P.: 4710 

(DBUB). Jost, T.: 326 (DCRA), 380 (DCRA). Kaprovickas, A.: 14912 (DBUB), 16257 (DMEG), 17976 (DBUB), 22865 (DBUB), 

37211 (DHAS), 37728 (DBUB), 40124 (DGLP), 41170 (DBUB). Kawasaki, M.L: 1022 (DCOR), 1139 (DEXI), C.FCR 8370 (DCOR). 

Kinupp, V.F.: 1523 (DTAX). Kirizawa, M.: 3035 (DEXI). Kitakawa, A.Y.: 5 (DSUC), 6 (DFAS). Klein, R.: 382 (DBUV), 4427 

145


(DMEG), 7255 (DBUB). Klein, V.L.G.: 219 (DBAN), 267 (DBAN), 774 (DBIC). Koch, I.: 440 (DPED), 668 (DRET). Kollmann, L.: 

3190 (DOBC), 3905 (DHIS), 5515 (DHIS). Konno, T.U.P.: 462 (DBAN), 464 (DBAN), 466 (DBAN), 473 (DMAR), 611 (DBAN), 695 

(DAEQ), 696 (DEXI), 703 (DRET), 740 (DCCP), 741 (DCCP), 753 (DHAS), 754 (DBAN), 771 (DBAN), 779 (DHIS), 780 (DTOM), 786 

(DAEQ), 796 (DRET), 797 (DPOH), 798 (DCAP), 799 (DCRA), 807 (DBUB), 811 (DOBE), 814 (DLEN), 818 (DHAS), 819 (DCAP), 821 

(DGLA), 826 (DRET), 836 (DFAS), 837 (DRET), 840 (DEXI), 846 (DSUC), 849 (DEXI), 856 (DPOH). Koyama, T.: 7377 (DTAT). 

Kral, R.: 72142 (DTAT), 72574 (DSUC). Krieger, L.: 10670 (DEXI), 14540 (DLIN), 14607 (DMUC), 21188 (DTOM), 21401 (DMUC), 

21403 (DTOM), BHCB59880 (DMUC), BHCB63587 (DEXI), CESJ8647 (DLIN), CESJ9149 (DLAE), CESJ9749 (DRET), CESJ13006 

(DEDM), CESJ13254 (DLIN), CESJ15698 (DMAR), CESJ23655 (DMUC), RB198326 (DEDM), RB199084 (DLAE), RB199063 (DLIN), 

RB199065 (DMAR), RB199073 (DLIN), RB199074 (DLIN). Kuhlmann, J.G.: 126 (DTOM), 132 (DLEO), 609 (DPAU), 2262 (DGLP), 

RB10212 (DGUI), VIC2537 (DBUB). Kuhlmann, M.: 4283 (DGCL). Kummrow, R.: 1513 (DEDM), 2182 (DEDM), 2220 (DEDM), 3129 

(DEDM). Ladislau Netto: 66 (DLIN). Lanna Sobrinho, J.P.: 1750 (DBUB). Lasser, T.: 1707 (DTAT), 1894 (DTAT). Laurêncio, 

A.: 15 (DCAP), 75 (DOXY), 92 (DOXY), 322 (DCAP). Leal, C.G.: 73 (DCRA), 129 (DBLA), 245 (DOXY). Leitão Filho, H.F.: 2032 

(DTOM), 4674 (DWAR), 7841 (DLEN), 9407 (DBUB), 27475 (DFAS), 27562 (DLGL). Leoni, L.S.: 1798 (DMUC), 3249 (DMUC), 4089 

(DLEO). Lewis, G.P.: 1893 (DHAS). Liebig, A.: 43 (DHAS). Liesner, R.: 6197 (DSOB), 6930 (DSOB), 8828 (DSOB), 19313 (DTAT), 

19722 (DTAT), 23750 (DTAT), 24080 (DTAX). Lima, H.C de.: 488 (DEXI), 720 (DDAR), 2551 (DLEO), 3621 (DMUC). Lima, L.R.: 

106 (DSUC). Lindeman, J.C.: 3066 (DTOM), 5005 (DMEG). Linden, J.: 1543 (DOXY). Lisboa, M.A.: OUPR3210 (DRET). 

Loefgren, A.: 838 (DDAR), R51309 (DHAS). Lombardi, J.A.: 55 (DRET), 163 (DFAS), 192 (DLEN), 718 (DEXI), 1247 (DRET), 3400 

(DFAS), 3697 (DRET), 4290 (DSUC), 4593 (DFAS), 4631 (DMUC), 4633 (DLIN), 4635 (DRET), 4726 (DHIS), 4727 (DRET), 4878 

(DRET), 5243 (DTOM). Longhi-Wagner, H.M.: CFCR 6726 (DGLA). Luceño, M.: EBNN 61 (DCRA), EBNN 283 (DRET). 

Luetzelburg: 12535 (DHAS), 21357 (DTAX), 21419 (DTAX), 21504 (DTAX). Luschnath, B.: 73 (DHIS). Lutz, A.: 229 (DHAS). 

Lutz, B.: 58 (DLIN), 59 (DLIN). Lyra-Lemos, R.P.: 319 (DCRA), 336 (DCRA), 387 (DCRA), 1500 (DCRA), 1526 (DCRA), 1661 

(DCRA), 2506 (DCRA), MAC7402 (DCRA). Maas, P.J.M.: 5676 (DTAT). Macedo, A.: 4032 (DHAS). Machado, I.C.: UFP7809 

(DGLA). Machado, O.: 39 (DGUI), RB71255 (DBAN). Magalhães Coelho: 1960 (DMUC), SP28575 (DAEQ). Maguire, B.: 32556 

(DTAT), 34665 (DTAT), 35111 (DTAX), 35243 (DTAX), 36410 (DBUN), 37636 (DSOB), 40287 (DTAT), 40366 (DTAX), 41566 

(DTAT), 46175a (DTAX). Malme, G.O.A.: (DBUB). Mamede, M.C.H.: CFCR 3391 (DRET). Manara, B.: 251 (DOXY). Mandon, G.: 

354 (DLAN). Marcon, A.B.: 20 (DOXY). Maria Regina: 10 (DNIT). Mariz, G.: 419 (DOXY). Markgraf: 3793 (DBAN). Marquete, 

R.: 118 (DBAN), 420 (DMAR), 2878 (DLEN). Martan, L.: 258 (DBUB). Martens, L.A.: 35 (DLIN). Martinelli, G.: 4242 (DEXI), 

4823 (DEXI), 5148 (DRET), 5664 (DGUI), 5687 (DBAN), 5826 (DCOR), 5922 (DFAS), 9131 (DEXI), 9192 (DRET), 10696 (DTOM). 

Martins, H.F.: 282 (DBAN), GUA4826 (DTOM), GUA6329 (DBAN), RB260717 (DBAN), RB277652 (DTOM). Martius: HFB 974 

(DRET), HFB 976 (DBAN). Mathews: 2064 (DLAN). Mattos, J.: 3585 (DBUB), 5113 (DMEG), 5690 (DMEG), 5893 (DMEG), 6647 

(DMEG), 6677 (DBUB), 13625 (DTOM), 20671 (DBUB), 21860 (DBUB), 22240 (DBUB), 22470 (DBUB), 22800 (DBUB), 25067 

(DBUB), 26093 (DBUB), 26137 (DBUB), 31142 (DBUB), HAS54177 (DGCL). Meguro, M.: CFCR 5398 (DFAS), CFCR 5498 (DFAS). 

Meier, W.: 415 (DOXY). Mello Barreto: 145 (DAEQ), 950 (DTOM), 974 (DMUC), 982 (DLEO),1113 (DAEQ), 1120 (DEXI), 7731 

(DLEN), R95115 (DOBC), R95129 (DMUC), R95134 (DTOM), R95135 (DTOM). Mello Filho, L.E.: 278 (DOBC), 1111 (DNIT), 4326 

(DLEN), 4407 (DCRA), 815 (DBAN). Mello Silva, R.: 1599 (DSUC), 1628 (DMUC), 1744 (DSUC), CFCR 9733 (DLIN).Mello e Neto, 

A.: R95239 (DBUB). Melo, E.: 486 (DBLA), 2990 (DRET), PCD 30 (DROT). Melo, G.A.R.: VIC10294 (DEXI). Melo M.M.R.F. de.: 

66 (DHIS). Mendes Magalhães: 17352 (DFAS), 18165 (DEXI), 18331 (DMUC), 18352 (DCOR). Menezes, E.: 34 (DOXY). Menezes, 

N.L.: 397 (DEXI), 6320 (DRET), CFCR 7688 (DSUC), CFCR 15164 (DSUC), CFSC 6320 (DRET). Messias, M.C.T.B.: OUPR6735 

(DMUC). Mimura, I.: 354 (DWAR). Miranda, C.A.B.: 143 (DCRA), 319 (DPOH), 1507 (DLAN), 1530 (DBLA), 1780 (DROT), 1886 

(DHAS), 2158 (DOXY). Miyagi, P.H.: 486 (DBUV). Monteiro, R.: HRCB11776 (DWAR). Montes, R.: 426 (DOXY). Moraes, J.C. 

de.: 712 (DHIS). Moreira Filho, H.: MBM179906 (DEDM). Mori, S.A.: 9452 (DCAP), 9949 (DCAP), 11268 (DOXY), 11850 (DOXY), 

11955 (DCRA), 12391 (DRET), 13502 (DSUC), 13932 (DCRA), 14052 (DCRA), 14080 (DCRA), 14171 (DCRA). Morillo, G.: 95 

(DOXY), 238 (DOXY), 725 (DOXY), 3351 (DOXY), 5374 (DSOB), 7909 (DTAT), 7946 (DTAT), 7986 (DTAT), 8097 (DOXY), 8171 

(DTAX), 8183 (DTAX), 9500 (DTAX), 9569 (DTAX), 9591 (DTAT), 10562 (DOXY), 11081 (DOXY), 11129 (DOXY). Mosén: 1468 

(DHIS). Mota, R.C.: 711 (DHIS), 775 (DAEQ),1802 (DEXI), 1811 (DFAS). Motta, J.T.: 1256 (DSUC), 2218 (DEDM). Moura, L.S.: 

459 (DEXI). Moura, O.T.: 651 (DBLA), 760 (DCRA), JPB23636 (DCRA). Mueker: 352 (DTOM). Mutchnick, P.: 30 (DTAX). 

Nakajima, J.N.: 161 (DINS), 1021 (DINS), 1336 (DINS), 1483 (DOBS), 1666 (DLEN), 1875 (DINS). Nic Lughadha, E.: H 53341 

(DRET). Nihern: 7 (DGUI). Noblick, L.R.: 1832 (DOXY), 3697 (DHAS), 3881 (DOXY), 4459 (DCRA). Noffs, L.B.: 50 (DTOM). 

Novaes, J.S.: SP17953 (DLGS), SP17954 (DLAE). Novelino, R.F.: CESJ22366 (DLEO). Occhioni, H.: 184 (DEXI), 120 (DNIT), 

202 (DEXI), 1509 (DBIC), 4231 (DBAN), 4697 (DBAN), 6391 (DBAN), 6895 (DBAN), 7132 (DBUB), 8055 (DCCP), 8333 (DBAN), 8771 

146


(DBUB). Oliveira, A.M.: 71 (DMUC). Oliveira, E.: 6138 (DHIS). Oliveira, F.: 1297 (DCRA). Oliveira, J.D.P.: CFCR 6561 (DCOR). 

Orlandi, R.P.: 683 (DRET). Ormond, W.: 165 (DBAN), R168720 (DMAR). Pabst, G.F.J.: 4102 (DTOM), 4429 (DBUB), 8992 

(DBAN), 9067 (DBAN). Pagano, S.N.: 506 (DWAR). Paganucci, L.: 172 (DGLA). Palacios: 4050B (DBAN). Paschoal, M.E.S.: 1890 

(DBUB), 1913 (DOBC). Passos, L.: PCD 5041 (DCAP). Pastori, U.: 186 (DOBC). Paula, J.A.: 1297 (DCRA), 3595 (DCRA), 

BHCB7356 (DRET), BHCB17928 (DLIN). Pedersen, T.M.: 7014 (DBUB). Pedrini, A.G.: GUA18451 (DBAN). Peixoto, A.L.: 824 

(DBAN), 1621 (DCAP). Pereira, B.A.S.: 242 (DLEN), 588 (DTOM),1125 (DOBC). Pereira, C.: 302 (DBLA). Pereira, E.: 37 (DHIS), 

44 (DHIS), 65 (DBIC), 132 (DBAN), 362 (DNIT), 389 (DMON), 1229 (DBIC), 1298 (DHIS), 1300 (DMUC), 1687 (DEXI), 2368 (DMUC), 

2579 (DAEQ), 2602 (DLIN), 2694 (DLIN), 2806 (DRET), 2828 (DEXI), 2850 (DRET), 2889 (DEXI), 2891 (DAEQ), 2939 (DMUC), 3119 

(DTOM), 3147 (DLEN), 3991 (DBIC), 3991a (DBIC), 5433 (DEDM - Tipo), 7276 (DRET), 8290 (DEDM), 8787 (DBUB), 9648 (DHIS), 

RB5881 (DCCP). Pereira, M.C.A.: 719 (DEXI). Pereira Neto, M.: 34 (DLEN). Pereira, O.J.: 552 (DMAR), 1047 (DBLA), 1795 

(DBLA), 1895 (DBAN), 2315 (DBAN), 3526 (DCRA). Pereira, S.C.: 849 (DHIS). Peron, M.: OUPR26824 (DLAE). Philcox, D.: 4588 

(DGLP). Pignal, M.: H 242 (DCRA). Pimentel, M.: 60 (DLIN). Pinheiro, F.: 85 (DBAN). Pinheiro, R.S.: 1866 (DHIS). Pinto, 

G.C.P.: 29883 (DCRA). Pirani, J.R.: 1076 (DBAN), 2247 (DSUC), 2282 (DRET),4291 (DCOR), 4431 (DGCL), CFCR 2544 (DFAS), 

CFCR 9123 (DCOR), CFCR 10890 (DPOH), CFCR 11471 (DCAP), CFCR 13169 (DCAP), CFSC 8024 (DRET), CFSC 8080 (DEXI), CFSC 

11906 (DCIP), CFSC 12082 (DEXI), CFSC 12195 (DEXI), H 51374 (DCAP). Pires, F.S.: CFCR 10473 (DEXI). Pires, J.M.: 637 

(DHIS), 16697 (DBUN). Pires, M.F.O.: 3 (DOXY). Pittier, H.: 11953 (DOXY). Pizziolo, R.M.: 22 (DBOE), 46 (DBUB), 49 (DBUB). 

Porto, M.L.: ICN7987. Prance, G.T.: 4424 (DTAT), 28356 (DTAT), 28473 (DTAT), 29078 (DSOB), 29652 (DTAT), 58538 (DHAS). 

Proença, C.: 852 (DLEN), 1380 (DOBC). Queiroz, L.P.: 591 (DRET), 873 (DCRA), 1146 (DDAR), 2632 (DCAP), 2930 (DHAS), 3219 

(DCRA), 5037 (DRET), 5338 (DCAP), HUEFS51525 (DRET). Rambo, B.:PACA33 (DBUB), PACA1543 (DMEG), PACA3128 (DBUB), 

PACA4296 (DMEG), PACA9723 (DMEG), PACA31649 (DBUB), PACA36172 (DMEG), PACA38893 (DBUB), PACA39027 (DBUB), 

PACA39215 (DBUB), PACA39686 (DBUB), PACA40091 (DBUB), PACA40523 (DBUB), PACA41706 (DBUB), PACA42415 (DMEG), 

PACA45129 (DBUB), PACA45989 (DBUB), PACA46084 (DBUB), PACA46703 (DBUB), PACA51769 (DBUB), PACA63063 (DBUB), 

PACA63601 (DBUB), SP50959 (DBUB). Ramírez, N.: 782 (DTAT), 842 (DTAT), 4436 (DTAT), 4438 (DTAT). Ramos, A.E.: 530 

(DOBC). Rapini, A.: 304 (DAEQ), 314 (DLIN), 315 (DAEQ), 318 (DCCP), 322 (DRET), 324 (DRET), 328 (DMUC), 329 (DLIN), 347 

(DCOR), 366 (DCOR), 376 (DSUC), 378 (DFAS), 391 (DAEQ), 365 (DRET), 380 (DRET), 463 (DEXI), 479 (DFAS), 481 (DSUC), 502 

(DRET), 503 (DFAS), 514 (DFAS), 546 (DCIP), 570 (DEXI), 582 (DRET), 596 (DFAS),600 (DLIN), 605 (DMUC), 611 (DMUC), 612 

(DMUC), 614 (DLGS), 615 (DAEQ), 616 (DTOM), 652 (DPED), 664 (DMUC),677 (DRET), 690 (DLGS), 717 (DMUC), 719 (DAEQ), 727 

(DRET), 756 (DCOR), 777 (DHAS), 781 (DSUC), 785 (DCOR),786 (DRET), 793 (DFAS), 817 (DAEQ), 827 (DCIP), 828 (DAEQ), 837 

(DCCP), 851 (DFAS), 853 (DFAS), 854 (DCOR), 857 (DCAP), 873 (DGLA),882 (DMUC), 912 (DMUC), 915 (DLIN). Ratter, J.A.: 

1276 (DGLP), 1579 (DGLP), 1707 (DGLP), 3421 (DOBC). Regnell, A.F.: I-283 (DTOM), III-64 (DLAN), III-65a-e (DHIS), III-1696 

(DOBC). Reitz: 625 (DBUB), 3254 (DBUB), 8478 (DBUV), 8578 (DBUV), 16494 (DMEG). Ribeiro, A.J.: ALCB27445 (DCRA). 

Riedel: 51 (DRET), 57 (DRET), 603 (DGUI), 604 (DBAN), 1975 (DBUB), 2759 (DLIN). Rizzini, C.T.: 44 (DBUB). Rocha, E.S.F.: 

1056 (DBAN). Rocha, R.F.A.: 553 (DCRA). Rodal, M.J.N.: 487 (DOXY). Rodela, L.G.: Q2-29 (DLIN), Q15-132 (DMUC). 

Rodrigues, S.M.: 19 (DCRA). Rodrigues, W.: 2657 (DFRA). Rohr, A.: PACA25363 (DBUB). Rojas, T.: 2480 (DBUB), 3527 

(DBUB), 11652 (DBUB). Romão, G.O.: 593 (DGCL). Romero, R.: 967 (DOBS), 1900 (DINS), 3346 (DINS), 3882 (DINS), 4179 

(DOBS), 4357 (DINS), 4564 (DINS), 4770 (DOBS), 4850 (DINS). Roque, N.: PCD 4527 (DCAP). Rosa, N.A.: 2333 (DTAT). Rosshel, 

M.B.: 10 (DLIN), 509 (DMUC). Rossi, L.: CFCR 1112 (DSUC), CFCR 3325 (DEXI), CFSC 7259 (DRET). Roth, L.: CESJ16330 (DLIN), 

CESJ16331 (DAEQ). Ruiz-Teran, L.: 11231 (DTAX). Sagot, P.: 1145 (DHIS). Saint-Hilaire, A.: B1-399 (DMUC), B1-580 (DMUC), 

B1-690 (DHIS), B1-942 (DRET), B1-943 (DRET),B1-1102 (DMUC), B1-1160 (DLIN), B1-1343 (DOBC), B1-1458 (DCAP),B2-2269 

(DLIN), B2-2457 (DBUB), B2-2465 (DHIS), C1-297 (DBUB), C2-1769 (DBUB), C2-2335 (DMEG), C2-2457 (DBUB). Sakuragui, C.M.: 

CFCR 15164 (DRET). Saldanha, J.: 7356 (DMUC). Sales, M.F.: 324 (DOXY), 538 (DOXY), 620 (DOXY), 1013 (DHAS). Salino, A.: 

3132 (DRET). Salzmann: K (DCRA), R95289 (DCRA). Sampaio, A.J.: 7007 (DLIN), 7009 (DAEQ). Sánchez Vega, I.: 8508 (DGLP). 

Sano, P.T.: 780 (DFAS), CFCR 14466 (DRET), H52358 (DRET). Santos, E.P.: 2682 (DMEG). Santos Lima, J.: 115 (DMUC), 1324 

(DMON). Santos, N.N.A.: HUEFS10056 (DRET). Santos, T.S.: 2493 (DGLA), 2521 (DCAP), 2663 (DCRA). Sazima, M.: 18945 

(DEXI). Schinini, A.: 26815 (DBUB). Schomburgk, R.: 359 (DPAU), 597 (DTAX), 770 (DPAU), 1043 (DTAX). Schneider, S.: 

170(DBAN). Schreiner: HAS54162 (DCAP), R95242 (DCAP). Schultz, A.R.: ICN30589 (DBUB). Schwacke, A.W.: 463 (DMON), 

1070 (DHAS), 1095 (DCAP), 2021 (DBUB), 5495 (DMUC), 6982 (DBUB), 7128 (DBAN), 8173 (DOBC), 9203(DLIN), BHCB108 (DLGS), 

BHCB110 (DLAE), HAS54108 (DBAN), HAS54169 (DHIS). Sellow: 4620 (DMEG). Semir, J.: 907 (DTOM), 935 (DTOM), 2024 (DEXI), 

2345 (DMUC), 2370 (DEXI), 3908 (DEXI), 4108 (DEXI), CFCR 9632 (DSUC). Silva, A.F.: 341 (DBAN), 397 (DEXI), 459 (DEXI). Silva, 

J.G.: 563 (DBAN). Silva, J.M.: 69 (DEDM), 1111 (DEDM), 3544 (DEDM). Silva, J.S.: 289 (DRET). Silva, L.A.M.: 456 (DCRA), 762 

147


(DCRA), 1505 (DBLA), 2998 (DCRA). Silva, L.G.S.: 2 (DCRA). Silva, M.A.: 675 (DOBC), 975 (DLEN), 998 (DTOM),1528 (DOBC), 

1711 (DOBC). Silva, M.F.F. da: 184 (DCRA). Silva, M.M.: 68 (DCRA), 79 (DRET). Silva, N.M.F.: 80 (DBUB), 288 (DRET), 306 

(DMUC). Silva, N.T. da: 142 (DCRA). Silva, R.A.: 1170 (DHAS), 1249 (DHAS), 1454 (DHAS). Silva, T.R.S.: CFCR 12551 (DGLA). 

Silveira, A.: 283 (DMUC), R102527 (DAEQ). Silvestre, M.S.F.: 62 (DTOM). Simão-Bianchini, R.: CFCR 12821 (DRET), CFSC 

12758 (DEXI). Simões, A.O.: 830 (DLEN). Smith, H.H.: 1675 (DLAN). Smith, L.B.: 6086 (DBUB), 6776 (DEXI), 9462.11459 

(DMEG). Soares, Z.F.: 284 (DBUB). Sobral, M.: 4304 (DMEG), 7606 (DROT). Soeiro, R.: 85 (DCRA). Sohn, J.: 1095 (DCAP). 

Sousa, G.M. de: 62 (DOXY), 111 (DROT), 353 (DCRA), 363 (DCRA). Souza, A.: 451X (DBAN), 676 (DBAN), 838 (DBAN), 1503 

(DBAN), 1692 (DBAN), 1926 (DBAN), 1934 (DBAN), 1944 (DBAN), 2074 (DMAR), 2115 (DBAN), 2234 (DMAR), 2274 (DMAR), 2504 

(DBAN), 2527 (DMAR),2530 (DBAN), 2550 (DMAR), R160996 (DBAN), R161058 (DBAN), R178075 (DMAR). Souza, H.C. de: 231 

(DLAE), BHCB11271 (DLIN), RB265862 (DLIN). Souza, J.P.: 2172 (DAEQ), 2181 (DFAS), 2195 (DEXI), 2205 (DEXI). Souza, V.C.: 

257 (DCOR), 502 (DCRA), 3360 (DAEQ), 3366 (DEXI), 3432 (DEXI), 3435 (DEXI), 8313 (DEXI), 10121 (DLIN), 11611 (DEXI), 11630 

(DEXI), 11757 (DRET),16347 (DGLP), 20964 (DRET), 21033 (DLGS), 22172 (DEXI), 22452 (DRET),22601 (DSUC), 22754 (DLEN), 

22756 (DOBC), 22793 (DHIS), 23012 (DOBC), 23031 (DOBC), 23171 (DHIS), 23201 (DMUC), 23387 (DLEO), 23584 (DMUC), 25438 

(DRET), 26422 (DPOH), 28277 (DCOR), 28404 (DEXI), 28494 (DEXI), 28614 (DEXI), 28911 (DOXY). Spruce, R.: 3226 (DTAT), 

4276 (DLAN), 4824 (DGLP). Stannard, B.: H 51576 (DGLA), H 51578 (DGLA), H 51755 (DOBC), CFCR 6306 (DFAS). Staviski, 

M.N.R.: 1014 (DCRA). Stehmann, J.R.: 699 (DMEG), 1024 (DMUC), 2292 (DRET), 2824 (DFAS), 3398 (DHIS), BHCB18008 (DRET), 

BHCB18832 (DLGS), BHCB27684 (DHIS), BHCB28349 (DRET), HB74654 (DHIS), HB76096 (DRET). Steyermark, J.: 484 (DTAX), 

950 (DTAX), 600 (DTAT), 36157 (DOXY), 59023 (DTAX), 60486 (DTAX), 74688 (DTAX), 75993 (DTAX), 104144 (DTAT), 104164 

(DTAT), 111310 (DTAT), 112375 (DTAX), 115608 (DTAX), 123591 (DOXY). Strang, H.E.: 336 (DBIC). Sucre, D.: 695 (DAEQ), 

2338 (DMUC), 2589 (DBUB), 3842 (DBAN), 3947 (DBAN), 5094 (DBAN), 5179 (DTOM), 5761 (DTOM), 5780 (DTOM), 6765 (DLIN), 

6805 (DMUC), 7290 (DBAN), 7661 (DTOM), 8034 (DBAN),8407 (DNIT), 8635 (DNIT), 8709 (DGUI), 8853 (DBUB),9012 (DGUI), 

9148 (DNIT). Tales: 6 (DRET), 13 (DMUC). Tamashiro, J.Y.: 17368 (DAEQ), 17563 (DEXI). Tamayo, T.: 3049 (DTAT). Tameirão 

Neto, E.: 3448 (DLIN). Tate, G.H.H.: 183 (DTAX), 1119 (DTAT). Taylor, E.L.: 1228 (DHAS). Taylor, N.P.: 1626 (DHAS). 

Teixeira, W.A.: BHCB24106 (DPED), BHCB24246 (DRET), BHCB26241 (DLGS), HB74642 (DPED), HB76092 (DLGS), HB76093 

(DMUC), HB76095 (DRET). Tillett, S.S.: 45107 (DTAX), 45526 (DTAX), 45698 (DTAX). Toledo, F.R.N.: 551 (DWAR). Tomaz 

Silva, N.: 142 (DCRA). Tombolato, A.F.: 23409 (DMUC). Torrend, C.: 68 (DCRA). Tostes, R.B.: VIC25492 (DLIN). Tozzi, 

A.M.G.A: 2001-459 (DCOR), 2001-531 (DHAS). Trinta, Z.A: 138 (DSUB), 606 (DMUC), 625 (DTOM). Tschá, M.: 639 (DCAP). Ule, 

E.: 429 (DMON), 1166 (DBUB), 1167 (DBUB), 1846 (DHAS), 2634 (DLIN), 2636 (DLAE), 3840 (DMUC), 7154 (DDOL), 8741 (DTAX), 

RB56892 (DLIN). Usteri, A.: SP15748 (DTOM). Vale, M.H.: 116 (DNIT). Valente, G.E.: 617 (DLEO). Valente, M. C.: RB201602 

(DTOM), RB201605 (DLGS), RB201610 (DTOM), RB201611 (DMUC), RB201612 (DAEQ), RB201619 (DAEQ), RB201621 (DAEQ). 

RB201626 (DMUC). Varanda, E.: CFCR 4474 (DFAS), SP199341 (DFAS). Vasconcelos, M. F.: BHCB50832 (DRET), BHCB52409 

(DAEQ), BHCB52733 (DLIN). Vauthier, M.: 10 (DBUB). Venturi, S.: 42 (DBUB). Viana, B.F.: 82 (DCRA). Viana, G.: 69 (DROT). 

Viana, P.L.: 151 (DLIN), 421 (DLIN), 592 (DAEQ). Vianna, M.C.: 1560 (DBIC), 1885 (DBAN). Vidal, J.: 6002 (DTOM), I 51 

(DMON), II 6039 (DEXI), II 6047 (DTOM). Vieira, C.M.: 20 (DMUC). Vieira, M.F.: 707 (DBUB), 774 (DHIS), 815 (DBUB), 820 

(DBUB), 841 (DBUB). Vimercat, J.M.: 273 (DBUB). Vitta, F.A.: CFSC 11778 (DEXI). Wanderley, M.G.L.: 788 (DTOM), 1385 

(DFAS). Warming, E.: 41 (DLIN), 46a (DMUC), herb.1830 (DMUC), herb.1831 (DWAR), herb.1838 (DLIN), herb.1841 (DBAN). 

Weberbauer: G (DGLP). Weddell, M.: 2576 (DLEN). Werff van der, H.: 8113 (DRET). Widgren.: 41 (DGUI), 379 (DHIS), 380 

(DTOM). Williams, L.O.: 6101 (DBUB), 6219 (DLIN), 6392 (DLIN), 6978 (DEXI),13897 (DBUN). Xena, N.: 311 (DTAX). 

Yamamoto, K.: 1013 (DTOM). Yano, O.: 18672 (DTOM). Zappi, D.C.: CFCR 10350 (DLIN), CFCR 10629 (DFAS), CFCR 12052 

(DCOR). Zarucchi,, J.L.: 2203 (DFRA), 2230 (DFRA). Zurlo, M.A.: OUPR4379 (DMUC), OUPR26658 (DMUC). Sem coletor: R5914 

(DLGS), R5922 (DAEQ), R95091 (DEXI), RB313773 (DWAR). 

148


149 

ANEXO II: Tabelas complementares


Tabela 1: Ocorrência de floração e frutificação nas espécies de Ditassa ao longo do ano. Legenda: 

- presença de flores; - presença de frutos. 

Táxons jan fev mar abr maio jun jul ago set out nov dez 

Ditassa aequicymosa 

Ditassa banksii 

Ditassa bicolor 

Ditassa blanchetii 

Ditassa burchellii var. burchellii 

Ditassa burchellii var. vestita 

Ditassa capillaris 

Ditassa cipoensis 

Ditassa conceptionis 

Ditassa congesta 

Ditassa cordeiroana 

Ditassa crassifolia 

Ditassa dardanoi 

Ditassa duartei 

Ditassa edmundoi 

Ditassa eximia 

Ditassa fasciculata 

Ditassa glaziovii 

Ditassa gracilipes 

Ditassa gracilis 

Ditassa guilleminiana 

Ditassa hastata 

Ditassa hispida 

Ditassa imbricata 

Ditassa insignis 

Ditassa itambensis 

Ditassa laevis 

Ditassa lenheirensis 

Ditassa leonii 

Ditassa linearis 

Ditassa longicaulis 

Ditassa longisepala 

Ditassa maricaensis 

Ditassa mucronata 

Ditassa nitida 

Ditassa obcordata 

Ditassa oberdanii 

Ditassa obscura 

Ditassa oxyphylla 

Ditassa pauciflora 

Ditassa pedunculata 

Ditassa pohliana 

Ditassa retusa 

Ditassa sobradoi var. sobradoi 

Ditassa sobradoi var. buntingii 

Ditassa sobradoi var. franciscoi 

Ditassa subumbellata 

Ditassa succedanea 

Ditassa tatei 

Ditassa taxifolia 

Ditassa tomentosa 

Ditassa warmingii 

150


Tabela 2. Distribuição das espécies de Ditassa pelos Estados do Brasil. 

Táxons R A A R P A T M P C R P P A S B M M G D M E R S P S R 

O C M R A P O A I E N B E L E A T S O F G S J P R C S 

Ditassa aequicymosa X 

Ditassa banksii X X X 

Ditassa bicolor ? ? X 

Ditassa blanchetii X X X X X X ? 

Ditassa burchellii var. burchellii X X X X X X X X X 

Ditassa burchellii var. vestita X X X X 

Ditassa capillaris X X X X X ? 

Ditassa cipoensis X 

Ditassa conceptionis X X X 

Ditassa congesta X X 

Ditassa cordeiroana X 

Ditassa crassifolia X X X X X X X X 

Ditassa dardanoi X X X 

Ditassa duartei X 

Ditassa edmundoi X 

Ditassa emmerichii X 

Ditassa eximia X 

Ditassa fasciculata X 

Ditassa glaziovii X X X X ? 

Ditassa gracilipes X X 

Ditassa gracilis X X 

Ditassa guilleminiana X 

Ditassa hastata ? X X X X X X X X X X ? ? 

Ditassa hispida X X X X X X X X X X 

Ditassa imbricata ? X 

Ditassa insignis X 

Ditassa itambensis X 

Ditassa laevis X 

Ditassa lenheirensis X X X X 

Ditassa leonii X X 

Ditassa linearis X 

Ditassa longicaulis X 

Ditassa longisepala X 

Ditassa maricaensis X 

Ditassa mucronata X X X X 

Ditassa nitida X X 

Ditassa obcordata ? X X X X X X X 

Ditassa oberdanii X 

Ditassa obscura X 

Ditassa oxyphylla X X X 

Ditassa pauciflora X 

Ditassa pedunculata X ? 

Ditassa pohliana X X 

Ditassa retusa X X X 

Ditassa sobradoi var. sobradoi X ? 

Ditassa sobradoi var. buntingii X ? 

Ditassa sobradoi var. franciscoi X ? 

Ditassa subumbellata X 

Ditassa succedanea X X 

Ditassa tatei X X 

Ditassa taxifolia X X 

Ditassa tomentosa X X X X X 

Ditassa warmingii X 

151


152

Ditassa R.Br. no Brasil - CNCFlora - Jardim Botânico do Rio de ...

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