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Tese Michele Fagundes.pdf - Caunesp

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Introdução<br />

A aquicultura é uma atividade com maior representatividade na produção de<br />

proteína de origem animal, que gera receita de milhões de dólares para vários países<br />

(Bezerra et al., 2008). Desde 1970, esta atividade vem crescendo com média de 9,2% ao<br />

ano, superando a produção de outros animais que cresce apenas 2,8% ao ano (Assad,<br />

2004).<br />

Atualmente o Brasil é considerado o país com maior potencial para o<br />

desenvolvimento da aquicultura no mundo, pelo clima quente o ano todo, na maior parte<br />

do país, a abundância de recursos hídricos, as grandes safras de grãos e a grande<br />

diversidade de espécies com potencial para criação, dentre as quais se destaca o pintado<br />

(Pseudoplatystoma corruscans) e o cachara (Pseudoplatystoma fasciatum) (Rotta e<br />

Gonda, 2004).<br />

O pintado pertence à família dos Siluriformes e é amplamente conhecido como<br />

surubim. É uma espécie nativa brasileira cujo cultivo encontra-se em franca expansão<br />

(Campos, 2005), embora sua produção ainda seja baixa, ao redor de 1245,5 toneladas,<br />

concentrada na região Centro-oeste (IBAMA, 2007). A espécie possui boas<br />

características zootécnicas (Gonçalves e Carneiro, 2003), atingindo 2,0 kg/ano, tamanho<br />

estabelecido pelo mercado consumidor (Campos, 2005). Sua carne é considerada<br />

produto nobre, tanto pelo sabor como pela ausência de espinhos intramusculares, sabor<br />

pouco acentuado e baixo teor de gordura (Sato et al., 1997).<br />

O pintado é um peixe de hábito alimentar noturno (Agostinho et al., 2004), e<br />

durante o dia permanece em repouso no fundo do rio ou dos ambientes de criação<br />

(Campos, 2005). Estudo realizado por <strong>Fagundes</strong> e Urbinati (2008) mostrou que tanto a<br />

exposição à luz contínua quanto à escuridão parecem afetar negativamente a resposta de<br />

estresse no pintado.<br />

São poucos os estudos avaliando o efeito da luminosidade ou do fotoperíodo em<br />

respostas de estresse em peixes. Em geral, esses estudos abordam outros aspectos da<br />

criação. Alguns estudos foram realizados com relação à intensidade luminosa<br />

(Stefansson et al., 1993; Duray et al., 1996; Pereira, 2001; Freiden et al., 2006), com<br />

cores (Loukashkin e Grant, 1959; Heichenbach-Klinke, 1982; Volpato, 2000; Barcellos<br />

et al., 2009) e fotoperíodo (Reynalte-Tataje et al., 2002; Trotter et al., 2003; Bezerra et<br />

al., 2008) a fim de avaliar possíveis consequências na criação de peixes.<br />

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