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Tese Michele Fagundes.pdf - Caunesp

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aumentavam em um ciclo de 24 horas, os peixes se tornavam mais agressivos e<br />

estressados, em relação a peixes expostos a redução do número de horas de luz. Sob<br />

períodos mais longos de exposição à luz, os peixes apresentavam atividade natatória<br />

mais intensa, maior agressividade e níveis mais elevados de cortisol (Almazán-Rueda et<br />

al., 2005).<br />

Salaro et al. (2006) avaliaram o crescimento de trairão (Hoplias lacerdae) na<br />

ausência de luz, e não observaram efeitos no desempenho produtivo dos alevinos,<br />

enquanto Luz e Portella (2002) observaram 100% de sobrevivência nos animais<br />

mantidos a baixa intensidade luminosa. Já piracanjubas (Brycon orbignyanus)<br />

mostraram efeitos positivos da luz sobre a sobrevivência dos peixes (Reynalte-Tataje et<br />

al., 2002).<br />

Alguns autores têm utilizado diferentes cores em pesquisas com peixes. Volpato<br />

e Barreto (2001) testaram efeito da luz azul, verde e branco em tilápia-do-nilo<br />

(Oreochromis niloticus) e observaram que na luz azul os peixes apresentaram as<br />

menores concentrações de cortisol.<br />

Estudo recente com jundiá (Barcellos et al., 2009) avaliou se a cor dos tanques e<br />

disponibilidade de abrigos poderia afetar a resposta de estresse em alevinos e concluiu<br />

que a adaptação de 10 dias em tanques brancos e azuis não afetou a resposta do cortisol<br />

a um estressor agudo, mas a cor do tanque combinada com a presença de um abrigo<br />

pode reduzir tanto a magnitude quanto a duração da resposta de liberação do cortisol.<br />

Em estudo com sardinha do Pacífico (Sardinops caerulea), os efeitos da cor<br />

ambiente foram associados a mudanças na formação de cardumes, reação de alarme e<br />

atração por cores (Loukashkin e Grant, 1959). Larvas de tambaqui criadas em tanques<br />

de cor verde claro apresentaram sobrevivência de 50% a mais que as criadas em tanques<br />

de cor marrom escuro, sob condições estressantes (Pereira, 2001). Segundo o mesmo<br />

autor, a influência da cor do tanque ou incubadora pode minimizar o canibalismo de<br />

larvas de matrinxãs. Weingartner e Zaniboni-Filho (2004) testaram a sobrevivência de<br />

larvas de pintado amarelo em tanques brancos e pretos e não observaram diferenças na<br />

sobrevivência em ambas as cores.<br />

O pintado é um peixe de hábito alimentar noturno (Agostinho et al., 2004), e<br />

durante o dia torna-se quieto e permanece no fundo do rio ou dos ambientes de criação<br />

(Campos, 2005). Estudo prévio indicou que tanto a exposição à luz contínua quanto ao<br />

escuro parecem afetar negativamente o pintado (<strong>Fagundes</strong> e Urbinati, 2008).<br />

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