Tese Michele Fagundes.pdf - Caunesp
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dados do IBAMA (2007), a produção ainda é baixa, com cerca de 1245,5 toneladas,<br />
concentrada na região Centro-oeste.<br />
Pelas características apresentadas, o pintado merece atenção quanto ao<br />
conhecimento de suas exigências fisiológicas, nutricionais, comportamentais e<br />
ambientais, a fim de viabilizar sua criação. Embora estudos sobre a nutrição (Machado,<br />
1999; Martinho et al., 2002a,b; Martino et al., 2005; Noffs et al., 2009), alimentação<br />
(Guerreiro Alvarado, 2003), genética (Revaldaves et al., 2005), reprodução (Sato et al.,<br />
1997; Brito e Bazzoli, 2003), crescimento (Arslan et al., 2009) e manejo (Moraes e<br />
Bidinotto, 2000; Lima et al., 2006; <strong>Fagundes</strong> e Urbinati, 2008) venham sendo<br />
desenvolvidos, ainda há necessidade de se conhecer melhor suas características<br />
fisiológicas para que os prejuízos causados pelas técnicas de criação possam ser<br />
minimizados.<br />
2. O manejo na aquicultura e seus efeitos na fisiologia dos peixes<br />
Durante o processo de criação, os peixes são constantemente submetidos a<br />
diferentes procedimentos de manejo e variações ambientais, que alteram o equilíbrio<br />
orgânico e podem levar a inibição do crescimento, falhas na reprodução e resistência<br />
reduzida a alguns patógenos (Wenderlaar Bonga, 1997), com consequente prejuízo para<br />
o produtor. Com isso, existe um crescente interesse na busca de soluções que permitam<br />
minimizar os danos causados pelo manejo, já que os procedimentos considerados<br />
adversos aos peixes são inevitáveis durante todas as fases de produção.<br />
2.1. Mecanismo de estresse em peixes<br />
O estresse pode ser definido como uma condição na qual o equilíbrio fisiológico<br />
dinâmico, ou homeostase, de um determinado organismo é perturbado ou influenciado<br />
por um estímulo intrínseco ou extrínseco, denominado estressor (Pickering, 1981).<br />
Recentemente, tem-se verificado que os principais mecanismos do controle<br />
neuroendócrino de resposta de estresse em peixes são comparáveis aos existentes em<br />
mamíferos e outros animais terrestres, apesar de muitas reações serem típicas do grupo<br />
(Barton, 2000).<br />
Segundo Barton e Iwama (1991), os peixes têm uma capacidade natural de<br />
responder fisiologicamente aos estressores, para controlar o distúrbio imposto.<br />
Entretanto, quando os mecanismos de respostas são forçados, além de seus limites<br />
normais, a resposta do corpo pode ser deletéria à saúde do animal. A exposição aos<br />
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