30.04.2013 Views

pobreza e bem-estar em moçambique: segunda avaliação ... - SARPN

pobreza e bem-estar em moçambique: segunda avaliação ... - SARPN

pobreza e bem-estar em moçambique: segunda avaliação ... - SARPN

SHOW MORE
SHOW LESS

You also want an ePaper? Increase the reach of your titles

YUMPU automatically turns print PDFs into web optimized ePapers that Google loves.

o custo, por cada região, necessário para cobrir os mínimos requisitos calóricos quando se<br />

consumir um cabaz alimentar que os pobres da região realmente consom<strong>em</strong>. 8<br />

2.5.1 Calorias Mínimas Requeridas<br />

De acordo com a abordag<strong>em</strong> do custo das necessidades básicas, as linhas de <strong>pobreza</strong><br />

alimentar estão ligadas à noção das necessidades alimentares básicas, que, por seu turno,<br />

estão tipicamente associadas aos requisitos energéticos mínimos. 9 Os requisitos<br />

energéticos variam dependendo da idade, sexo, nível de actividade física, o peso do<br />

corpo, o estado de gravidez, e o estado de amamentação. Visto que o IAF não inclui<br />

dados adequados sobre os níveis de actividades físicas ou o peso do corpo, estimamos os<br />

requisitos calóricos usando a idade e o sexo, <strong>b<strong>em</strong></strong> como estimativas do Censo de 1997<br />

sobre a proporção de mulheres grávidas e a amamentar. Calorias mínimas requeridas de<br />

pessoas moderadamente activas classificados por características d<strong>em</strong>ográficas foram<br />

obtidos da Organização Mundial da Saúde (OMS 1985). 10 A média de requisitos per<br />

capita numa dada região vária com a composição média do agregado familiar nessa<br />

região. Por ex<strong>em</strong>plo, uma região com uma maior proporção de crianças na população<br />

requer menos calorias per capita que regiões com uma proporção mais alta de adultos de<br />

média idade, uma vez que as crianças têm tipicamente menos necessidades calóricas.<br />

Tanto no IAF 1996-97 como no IAF 2002-03, a média diária dos requisitos calóricos por<br />

pessoa por dia era de aproximadamente 2150 kilocalorias <strong>em</strong> cada uma das 13 regiões de<br />

linhas de <strong>pobreza</strong>.<br />

Para converter as quantidades físicas do consumo alimentar do agregado familiar de<br />

gramas para kilocalorias, foram usadas algumas fontes diferentes. Como todas as fontes<br />

contém informações de alguns dos mesmos produtos alimentares básicos, tal como<br />

cereais básicos, e algumas destas fontes t<strong>em</strong> valores ligeiramente contraditórios para o<br />

conteúdo calórico de produtos específicos (por causa de diferenças nos próprios produtos<br />

alimentares, diferenças de medições, ou outras razões), foi necessário estabelecer uma<br />

ordenação de preferências para as diferentes fontes. Em ord<strong>em</strong> decrescente de<br />

preferência, as fontes aqui usadas foram: o Ministério da Saúde de Moçambique<br />

(Ministério da Saúde 1991); uma tabela alimentar da Tanzânia compilada pela<br />

Wageningen Agricultural University (West, Pepping e T<strong>em</strong>alilwa 1988); uma tabela<br />

alimentar de África Oriental, Central e Austral (West et al. 1987); a base de dados da<br />

8 É claro que o cabaz típico dos pobres pode conter mais ou menos calorias que os requisitos para essa<br />

região. Este cabaz é então proporcionalmente ajustado para cima ou para baixo até dar exactamente os<br />

requisitos calóricos preestabelecidos, e os custos deste cabaz, ajustado a preços específicos da região,<br />

determinam a linha de <strong>pobreza</strong> alimentar para aquela região.<br />

9 É de consenso geral o facto de que as calorias/energia alimentar é apenas uma das componentes da<br />

nutrição humana, e que o consumo adequado de outros nutrientes, tais como proteínas, ferro, vitamina A, e<br />

outros, são também essenciais para uma vida saudável e activa. Contudo, como muitos inquéritos<br />

desenhados para múltiplos propósitos, a informação sobre o consumo alimentar no IAF não é<br />

suficient<strong>em</strong>ente detalhada para permitir estimar o consumo e a absorção de outros nutrientes. O uso de<br />

necessidades energéticas apenas, está também <strong>b<strong>em</strong></strong> estabelecido na literatura sobre a medição da <strong>pobreza</strong><br />

(Greer e Thorbecke 1986; Ravallion 1994, 1998; Deaton 1997).<br />

10 As mesmas calorias mínimas requeridas foram utilizadas <strong>em</strong> 1996-97. Os valores utilizados pod<strong>em</strong> ser<br />

encontrados <strong>em</strong> MPF/UEM/IFPRI (1998).<br />

7

Hooray! Your file is uploaded and ready to be published.

Saved successfully!

Ooh no, something went wrong!