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32 Diário <strong>Económico</strong> Sexta-feira 8 Janeiro 2010<br />
PUBLICIDADE & MEDIA<br />
TECNOLOGIA<br />
Operadora TMN disponibiliza “Widgets”<br />
para o telemóvel<br />
A TMN acaba de anunciar o lançamento de um novo conjunto de ‘widgets’<br />
gratuitos para telemóvel. Com as aplicações adaptadas aos telemóveis,<br />
os clientes da operadora da Portugal Telecom poderão aceder no ecrã<br />
do seu telefone a conteúdos habitualmente acedidos através da Internet.<br />
Desde notícias de futebol a outras modalidades, como notícias<br />
de economica, oportunidades de emprego, notícias locais, breaking news<br />
ou até resultados dos Jogos Santa Casa.<br />
O que as marcas têm de fazer<br />
para escapar à crise em 2010<br />
Da banca à ecologia, a Landor traçou o cenário para oito áreas de actividade diferentes.<br />
Margarida Henriques<br />
margarida.henriques@economico.pt<br />
Quais são as principais tendências<br />
para 2010? De que forma vão<br />
afectar as marcas? Foi a estas<br />
questões que os analistas da consultora<br />
de ‘branding’ Landor responderam,<br />
traçando o cenário<br />
para este ano em oito áreas.<br />
Na banca a confiança perdeuse<br />
e há uma percepção negativa.<br />
As marcas devem manter a cultura<br />
local, criando empatia em cada<br />
ponto de contacto com o cliente e<br />
tornando-se essenciais. Mas, na<br />
opinião de Carlos Coelho, presidente<br />
da Ivity Brand Corp, primeiro<br />
têm de recuperar a confiança,<br />
e isso só é possível com<br />
marcas mais conservadoras, onde<br />
há pouco espaço para a inovação.<br />
Ou, como diz Pedro Dionísio,<br />
membro do comité científico do<br />
Marketing Futurecast Lab do<br />
GIEM-ISCTE, “é fundamental<br />
retomar contacto humano, de<br />
flexibilização da oferta em função<br />
Carlos Coelho,<br />
presidente da Ivity<br />
Brand Corp<br />
considera que<br />
abancatemser<br />
mais<br />
conservadora,<br />
deixando pouco<br />
espaço para<br />
a inovação.<br />
Pedro Dionísio,<br />
do Marketing<br />
Futurecast Lab<br />
defende que na<br />
aviação há espaço<br />
para ‘niche<br />
tributes’ serviços<br />
diferenciadores<br />
em determinados<br />
nichos de mercado.<br />
MARCA<br />
Fanta lança promoção ‘online’<br />
eTesteFantológico<br />
O objectivo da promoção Fun Fanta é convidar os portugueses<br />
adivertirem-seeaentraremnoespírito da marca. Daí que o prémio seja<br />
a oferta de cartões para o Fun Center, do Colombo. A mecânica é simples:<br />
todos os dias, os primeiros 10 concorrentes a responderem ao Teste<br />
Fantológico são os premiados, recebendo ainda uma previsão para 2010.<br />
Mas para sabem a que horas podem participar na promoção<br />
os concorrentes têm de ser amigos da marca no Hi5 ou no Facebook.<br />
de necessidades e contextos. É<br />
nas marcas conservadoras que há<br />
mais oportunidades”.<br />
As marcas que apostam nos<br />
media sociais têm de aprender a<br />
lidar com internautas que se escondem<br />
e são mais selectivos nos<br />
conteúdos. Vai haver cada vez<br />
mais interacção pessoa a pessoa<br />
em tempo real. As empresas devem<br />
envolver o consumidor com<br />
um diálogo relevante. O marketing<br />
viral é uma forma eficaz para<br />
fazer passar uma mensagem, e<br />
Pedro Dionísio acrescenta ainda a<br />
grande importância da recomendação<br />
num contexto ‘consumer<br />
to consumer’.<br />
Na aviação só há uma tendência:<br />
sobrevivência. As transportadoras<br />
fazem cada vez mais parcerias<br />
com empresas de outros países<br />
para partilharem serviços e<br />
programas de lealdade, reduzindo<br />
os custos. Com isto diminuem os<br />
pontos de contacto com os clientes,devendoaexpressãodamarca<br />
ser maximizada sempre que pos-<br />
sível. O ‘site’ pode ser um elemento<br />
bastante diferenciador – aliás,<br />
Carlos Coelho considera que este é<br />
um ‘must’ vital. Mas não concorda<br />
que as marcas tenham menos<br />
importância – “há menos marcas<br />
mas mais fortes”, diz. O professor<br />
do ISCTE recorda que “há lugar<br />
para ‘niches tributes’, isto é características/serviços<br />
diferenciados<br />
para determinados nichos”.<br />
No design há uma tendência<br />
para a homogeneidade e as empresas<br />
têm de ter atenção para se<br />
manterem fiéis aos seus traços<br />
mais distintivos. Neste contexto<br />
começa a surgir um estilo de design<br />
propositadamente feio, como<br />
forma de chamar a atenção.<br />
“Houve uma democratização do<br />
design e no futuro vai ser mais difícil,<br />
mais complexo e terá de se<br />
procurar a diferenciação”, confirma<br />
Carlos Coelho.<br />
Omercadomundialdeprodutos<br />
“verdes” vai continuar a crescer<br />
e por isso a sustentabilidade é<br />
uma tendência que as marcas e<br />
“Fun Fanta” é o nome da nova<br />
promoção ‘online’ da marca.<br />
Paulo Figueiredo<br />
O sector da aviação vai assistir<br />
à diminuição do número de marcas.<br />
empresas devem abraçar. Os<br />
consumidores querem produtos<br />
que ofereçam um benefício sustentável,<br />
a um preço justo, de<br />
empresas responsáveis. Segundo<br />
Pedro Dionísio, “a sua concretização<br />
plena é apenas uma questão<br />
de tempo”<br />
A crise financeira fez com que<br />
os consumidores procurassem<br />
mais valores do que valor. A responsabilidade<br />
social é um factor<br />
de compra importante e muitas<br />
empresas vão ser ainda mais específicas<br />
nas causas que apoiam.<br />
A redução do poder de compra<br />
e o aumento das compras racionais<br />
levam ao regresso a um dos<br />
princípios básicos do marketing<br />
na alimentação e bebidas: grandes<br />
produtos fazem grandes marcas.<br />
“É o regresso ao domínio das<br />
marcas”, comenta o presidente<br />
da Ivity Brand Corp. Pedro Dionísio<br />
recorda que “estes produtos<br />
são dificilmente dispensáveis,<br />
mas há lugar para diferentes<br />
abordagens de preço”. ■