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SEXTA-FEIRA, 8DEJANEIRO2010|Nº4792<br />
PREÇO (IVA INCLUÍDO): CONTINENTE 1,60 EUROS<br />
Conheça os<br />
bancos com<br />
os ‘spreads’ mais<br />
baixos no crédito<br />
à habitação<br />
Para contrariar a subida dos juros, o melhor é<br />
começar a renegociar o ‘spread’ do seu contrato<br />
à habitação. O Diário <strong>Económico</strong> mostra-lhe<br />
quais são os bancos que cobram menos.<br />
DIRECTOR ANTÓNIO COSTA DIRECTOR EXECUTIVO BRUNO PROENÇA DIRECTORA-ADJUNTA CATARINA CARVALHO<br />
SUBDIRECTORES FRANCISCO FERREIRA DA SILVA E PEDRO SOUSA CARVALHO<br />
Mulheres mandam na economia<br />
Poder Leonor Beleza<br />
explica como concilia<br />
carreira e vida doméstica.<br />
Mercado Elas dominam a<br />
maior parte das decisões<br />
de compras quotidianas.<br />
O ministro dos Assuntos Parlamentares, em entrevista,<br />
diz que o Governo não aceita uma “inversão de papéis”.<br />
O Governo afirma que não admite “imposições<br />
dos programas que não passaram<br />
nas eleições”. As palavras são de Jorge Lacão,<br />
numa entrevista a publicar amanhã<br />
na íntegra no <strong>Económico</strong>. As declarações<br />
Finanças vão fazer<br />
‘roadshow’ para<br />
vender dívida<br />
pública à China<br />
O Ministério das Finanças, através do IGCP, está à<br />
procura de novos investidores para comprar dívida<br />
pública portuguesa, com um ‘roadshow’ na Ásia. ➥ P7<br />
Accionistas e gestão<br />
da Cimpor arrasam<br />
OPA dos brasileiros<br />
A gestão da Cimpor, liderada por<br />
Bayão Horta (na foto), e os<br />
accionistas da cimenteira com<br />
assento no conselho de<br />
administração arrasaram com a<br />
OPA dos brasileiros da CSN que<br />
classificaram como “hostil,<br />
irrelevante e perturbadora”. ➥ P24<br />
Estratégia O que fazem as<br />
empresas para conquistar<br />
estas consumidoras.<br />
Governo garante que<br />
vai liderar negociação<br />
do pacto para o défice<br />
surgem depois do PSD ter enviado uma<br />
carta ao ministro onde dá indicações de<br />
que pode viabilizar o Orçamento e até<br />
aceitar as obras públicas, desde que o Governo<br />
corte no défice. ➥ P4A6<br />
▲ PSI 20<br />
▼ IBEX 35<br />
▼ FTSE 100<br />
▲ Dow Jones<br />
▼ Euro<br />
▼ Brent<br />
ECONOMIA<br />
Fisco alerta para riscos<br />
de corrupção<br />
nos seus serviços<br />
O plano anti-corrupção da DGCI identificou<br />
ainda riscos de suborno, tráfico de<br />
influência e abuso de poder. ➥ P8<br />
MERCADOS<br />
BES foi a única cotada<br />
a sobreviver à fuga dos<br />
investidores da bolsa<br />
Os negócios na bolsa de Lisboa registaram<br />
uma quebra de 25% no ano passado. O BES<br />
foi a excepção no PSI 20. ➥ P34<br />
CONSULTÓRIO FISCAL<br />
GRANDE<br />
REPORTAGEM<br />
Submarinos<br />
aumentam<br />
défice em<br />
500 milhões<br />
0,96%<br />
-0,46%<br />
-0,06%<br />
0,13%<br />
-0,92%<br />
-0,46%<br />
➥ P20 A 22<br />
8.763,93<br />
12.166,30<br />
5.526,72<br />
10.587,21<br />
1,4314<br />
81,50<br />
Coloque as suas questões em www.economico.pt<br />
As respostas<br />
aos leitores<br />
na página 10
2 Diário <strong>Económico</strong> Sexta-feira 8 Janeiro 2010<br />
A NÃO PERDER<br />
08.01.10<br />
■ O primeiro submarino encomendado<br />
em 2004 chega a Portugal já no início da<br />
Primavera, anunciou o ministro da Defesa<br />
ao <strong>Económico</strong>. A entrega implica um<br />
aumento da despesa este ano de 500<br />
milhões, o preço total do Tridente. ➥ P6<br />
■ Vacinação de todas as grávidas contra<br />
a gripe A é o alerta lançado pela Direcção<br />
Geral de Saúde, que considera as futuras<br />
mães o grupo prioritário com maior risco<br />
de desenvolver complicações graves se<br />
contrair o vírus H1N1. ➥ P12<br />
■ Sócrates vai hoje ao Parlamento para<br />
defender a proposta de lei do Governo que<br />
permite o casamento entre pessoas do<br />
mesmo sexo. Uma decisão inédita, que no<br />
PS se vê como um sinal a enviar a Cavaco<br />
Silva. ➥ P14<br />
■ A ASAE foi declarada inconstitucional<br />
pela segunda vez num acórdão do Tribunal<br />
da Relação de Lisboa. Em causa volta a<br />
estar a transformação pelo Governo deste<br />
organismo em polícia criminal sem<br />
autorização do Parlamento. ➥ P15<br />
■ Jerónimo Martins é a maior retalhista<br />
portuguesa no ‘ranking’ mundial, apesar<br />
de a Sonae continuar a liderar em<br />
território nacional. No plano internacional<br />
aJMestáem94ºlugareaSonae<br />
Distribuição na 140ª posição. ➥ P27<br />
■ Efacec, Brisa e empresas construtoras<br />
portuguesas estão atentas ao investimento<br />
de cerca 60 mil milhões que o Brasil vai<br />
fazer no Campeonato do Mundo de Futebol<br />
em 2014 e nos Jogos Olímpicos em 2016.<br />
Uma oportunidade a não perder. ➥ P28<br />
■ BES foi a única cotada a registar uma<br />
variação positiva de acções negociadas em<br />
2009, ano em que a praça lisboeta<br />
negociou menos 25% do que em 2008. Ao<br />
transaccionar 530 milhões de títulos, o<br />
BES, pelo contrário, subiu 9%. ➥ P34/35<br />
■ BPI emitiu mil milhões de dívida sob a<br />
forma de obrigações hipotecárias com<br />
maturidade de cinco anos. É a primeira<br />
instituição financeira portuguesa a entrar<br />
na onda europeia de emissões de ’covered<br />
funds’ registada esta semana. ➥ P36<br />
■ A Hermès tomou conta do centro<br />
comercial das Amoreiras com uma acção<br />
destinada a democratizar o uso do lenço<br />
de seda - os famosos ‘carrés’ da marca<br />
francesa. Um estilista explicou as várias<br />
formas de uso. ➥ P39<br />
SOCIEDADE ABERTA<br />
Marta Rebelo<br />
Jurista<br />
Diálogo orçamental<br />
O ano novo começa ao som de foguetório político.<br />
Se esta fase termina em apoteose, com um espectáculo<br />
de fogo de artifício de encher o olho, só em Fevereiro<br />
saberemos. Por enquanto, só assistimos ao artifício.<br />
O mote: o orçamento do Estado para 2010.<br />
O “período orçamental” teve início no princípio da<br />
semana, com a entrega da missiva do ministro dos<br />
Assuntos Parlamentares, Jorge Lacão, aos partidos da<br />
oposição – Verdes excluídos –, propondo um diálogo<br />
pré-orçamental para uma orçamentação “cooperante”.<br />
E parece já haver resposta social-democrata ao repto do<br />
governo: na Comissão Parlamentar de Orçamento e<br />
Finanças, na quarta-feira, PS e PSD aprovaram o adiamento<br />
da discussão em especialidade da extinção do<br />
pagamento especial por conta e mais duas propostas, até<br />
à entrega da proposta de orçamento e discussão da mesma.<br />
Relevância deste momento de concordância? Como<br />
apontava o PCP, antes do Natal a oposição em bloco<br />
obrigou o governo a conformar-se com decisões parlamentares<br />
de índole orçamental – como a extinção do<br />
pagamento especial por conta, lá está -, ao mesmo<br />
tempo que se aprovava o orçamento redistributivo.<br />
A imposição foi substituída pelo diálogo?<br />
José Sócrates não cairá por causa<br />
de uma maioria meramente relativa.<br />
O PS e o governo fazem, obviamente, o seu papel.<br />
Quando foi indicado para a formação do executivo, José<br />
Sócrates teve iniciativa semelhante. Convidou todos os<br />
partidos a participar na sua composição, para os co-responsabilizar<br />
posteriormente, pela omissão participativa.<br />
Ao contrário da especulação corrente, não acredito em<br />
provocação de eleições antecipadas, logo que os períodos<br />
orçamental e eleitoral – com a eleição do Presidente da<br />
República – permitam tal manobra ao primeiro-ministro.<br />
Aliás, esta leitura das coisas revela uma subvalorização da<br />
capacidade de encaixe e adaptação de Sócrates. Se é<br />
comum dizer-se que nenhum governo minoritário caiu<br />
por causa de um orçamento, julgo que se tornará igualmente<br />
vulgar dizer que José Sócrates não caiu por causa<br />
de uma maioria meramente relativa. Porque sabe<br />
relativizar as coisas, e não vive no absolutismo dos dias.<br />
Já o papel do PSD exige maior ponderação. Manuela<br />
Ferreira Leite poderá deixar como legado o diálogo e<br />
cooperação orçamental com o PS? Depois do que disse e<br />
faz, em área da sua especialidade, poderá Ferreira Leite<br />
deixar esta marca? E as demais “tendências” socialdemocratas,<br />
que contam espingardas e passam lustro ao<br />
arsenal, querem iniciar um novo reinado limitadas por<br />
um diálogo que pode ensurdecer? O que vale é que<br />
nestas coisas os partidos são iguais a si próprios: na antecipação<br />
do congresso, pensa-se em tudo menos nas<br />
consequências de decisões que extravasem a disputa<br />
imediata do poder. Pedro Passos Coelho sabe disso, e<br />
mantém-se calado. José Sócrates conhece esta verdade<br />
melhor que ninguém, e dá as suas cartas. E assim se<br />
eclipsa a primeira líder partidária da história política<br />
portuguesa. ‘Touché’. ■<br />
AFRASE<br />
“Não abdicaremos de nenhuma<br />
das medidas que apresentamos<br />
no nosso plano anti-crise”<br />
—Aguiar Branco,líder da bancada do PSD.<br />
Foi com esta afirmação proferida na tribuna do<br />
Parlamento que Aguiar Branco começou o seu discurso<br />
com o objectivo de encetar as negociações com o<br />
Governo para o Orçamento de Estado de 2010. ➥ P4/5<br />
Daniel Amaral<br />
Economista<br />
O défice maldito<br />
Confesso a fraqueza. Esta história do défice apavora-me.<br />
De tal modo que, um dia destes, espalhei sobre a secretária<br />
as estatísticas disponíveis, sentei-me ao computador,<br />
abri o ‘excel’ e coloquei a mim próprio este desafio: como<br />
é que se chega a 3% em 2013? Ponto de partida (2009):<br />
o PIB é de €162.184 milhões, as receitas de 43,6%, as despesas<br />
de 51,6% e o défice de 8%. Ponto de chegada<br />
(2013): o PIB é de €181.418 milhões, tendo implícitos um<br />
crescimento de 5% e um deflator de 6,5%.<br />
Comecemos com as receitas. Primeiro, assumi que<br />
todas as rubricas cresceriam em linha com o crescimento<br />
do PIB, estabilizando a actual carga fiscal. Depois, abri<br />
uma excepção: o IVA, actualmente de 20%, regressaria<br />
aos 21% anteriores. Tudo ponderado, as receitas de 2013<br />
subiriam ligeiramente, atingindo os 44% do PIB.<br />
No caso das despesas, admiti que seriam todas congeladas<br />
ao nível de 2009, com duas excepções: as despesas de<br />
capital e os juros. As despesas de capital, que incluem o<br />
investimento, cresceriam também em linha com o crescimentodoPIB;eosjuros,funçãodadívidanoperíodoanterior,<br />
seriam em cada ano o que resultasse da aplicação de<br />
uma taxa idêntica à de 2009. O ganho seria aqui substancial:<br />
as despesas em 2013 cairiam para 47,8% do PIB.<br />
Tomando como bom o raciocínio anterior, os cálculos<br />
são agora fáceis de fazer: o défice, igual à diferença entre<br />
receitas e despesas, seria em 2013 de 3,8% do PIB. A frustração<br />
é total. Repare-se: mesmo assumindo um crescimentorazoável,oaumentodoIVAeocongelamentoda<br />
generalidade das despesas – isso não chega! Precisamos<br />
de mais €1.500 milhões para atingir os malditos 3%.<br />
Como sair disto?<br />
Vejamos. Admitir mais crescimento é irrealista, e<br />
aumentar os impostos seria um suicídio político. Temos<br />
de voltar às despesas – não para as congelar, porque já<br />
o fizemos, mas para ir além disso. Deixo três cenários<br />
possíveis: 1) Dispensar 8% dos trabalhadores da função<br />
pública ou baixar os salários na mesma proporção; 2)<br />
Cortar 4% em todas as prestações sociais; 3) Ir ao “prego”<br />
e vender os poucos anéis que ainda existam. Querem<br />
fazer o favor de escolher?<br />
Estou em estado de choque. Que pensarão disto os<br />
políticos? E a população em geral? Quais são as<br />
alternativas? ■<br />
d.amaral@netcabo.pt<br />
QUE SOLUÇÕES? *<br />
Crescimento possível…<br />
7<br />
4<br />
1<br />
0<br />
-2<br />
-5<br />
2007<br />
Variação (%) Em % do PIB<br />
08<br />
09<br />
10<br />
11<br />
PIB real<br />
PIB nominal<br />
12<br />
13<br />
35<br />
2007<br />
* O PIB de 2012 e 2013 e as restantes projecções assumidas são da responsabilidade do autor.<br />
Do crescimento não poderemos esperar grande coisa, pelo menos para já. Restam-nos um ajuste nas receitas,<br />
através do IVA, e um “ataque” impiedoso às despesas. Drama insanável: mesmo com o congelamento<br />
das despesas ao nível de 2009, o défice em 2013 ainda estará em 3,8%.Não basta manter: é preciso<br />
cortar - nos salários, nos subsídios, nas pensões…<br />
Fontes: Banco de Portugal, Eurostat.<br />
45<br />
O NÚMERO<br />
…e “ataque” às despesas<br />
55 Despesas públicas<br />
Receitas públicas<br />
08<br />
09<br />
Défice orçamental<br />
60%<br />
Um estudo do Boston Consulting<br />
Group conclui que o poder de<br />
decisão de mercado está nas<br />
mãos das mulheres. Até na<br />
escolha de carros 60% das<br />
decisões já são delas. Mas<br />
Leonor Beleza põe água na<br />
fervura: “Quanto ao poder<br />
[político] que têm, isso já é outra<br />
conversa”, diz. ➥ P20/21<br />
10<br />
11<br />
12<br />
13
Paulo Alexandre Coelho<br />
A FACE VISÍVEL<br />
OU HÁ ACORDO<br />
OU HÁ ACORDO<br />
Só há uma alternativa em matéria de Orçamento do Estado:<br />
ou há acordo ou há acordo. A proposta do PSD para um pacto de regime,<br />
pressupondo um plano de médio prazo de combate ao défice externo,<br />
poderia ser subscrita por qualquer economista com um coeficiente<br />
mínimo de lucidez. O mesmo economista lúcido explicará<br />
que a aplicação deste acordo implicará decisões difíceis e comportará<br />
seguramente cortes na despesa e mais sacrifícios para os portugueses.<br />
Visto de cima, um pacto de regime é fácil de fundamentar; no detalhe,<br />
medida a medida, tem custos políticos. A questão é a de saber<br />
se PS e PSD estão disponíveis para os suportar?<br />
Esta semana, a ministra da Educação questionou o facto de 83% dos professores terem<br />
sido avaliados com Bom no último ano lectivo. Segundo as regras de avaliação em vigor,<br />
5% dos professores podem ser avaliados com Excelente, 20% com Muito Bom<br />
e os restantes com Bom, Regular ou Irregular. Mas, a maioria é “corrida”, de forma<br />
rotineira, a Bom. Para o sindicalista Mário Nogueira a única coisa que se pode concluir<br />
de um número elevado de bons é que esses professores “são assíduos, cumprem<br />
o serviço e frequentam as acções de formação a que estão obrigados”, pelo que<br />
não devem ser discriminados relativamente aos classificados com Muito Bom<br />
ou Excelente. Utilizando uma linguagem automobilística, o Bom é, portanto, o que<br />
cumpre os mínimos e o Muito Bom ou Excelente o que liga os máximos. Desde que tenha<br />
critérios transparentes, é natural, que a avaliação os distinga, sob pena de se estimular<br />
amedianiaeocomodismo.Senavida,muitasvezesoóptimoéinimigodobom,<br />
na avaliação dos professores o bom tende a ser inimigo do excelente.<br />
PUB<br />
Miguel Coutinho<br />
miguel.coutinho@economico.pt<br />
O BOM É INIMIGO DO EXCELENTE<br />
“Os pais devem<br />
manter os filhos<br />
longe dos<br />
computadores.<br />
Acredito que<br />
as crianças não<br />
devem sequer<br />
mexer-lhes”,<br />
Nicholas Carr<br />
Em entrevista<br />
à Sábado, o escritor<br />
e conferencista<br />
defende que o modo<br />
de pensar promovido<br />
pelo convívio com<br />
ainternetecomas<br />
redes sociais retira<br />
capacidades<br />
de concentração, de<br />
análise e de pensar<br />
com profundidade.<br />
Imagina-se o que<br />
pensará do<br />
Magalhães…<br />
Sexta-feira 8 Janeiro 2010 Diário <strong>Económico</strong> 3<br />
EDITORIAL<br />
Para que servem os<br />
planos anti-corrupção?<br />
A Direcção-Geral dos Impostos<br />
já entregou ao Tribunal de<br />
Contas o plano de prevenção<br />
da corrupção. A DGCI responde<br />
assim à exigência da<br />
instituição que fiscaliza e<br />
controla a aplicação de dinheiros<br />
públicos, identificando<br />
riscos de tráfico de influências,<br />
peculato, suborno e<br />
abuso de poder. O documento<br />
identifica e sistematiza riscos<br />
de corrupção específicos,<br />
como na atribuição de benefícios<br />
fiscais ou em inspecções,<br />
em que sejam beneficiados<br />
contribuintes onde o<br />
funcionário da DGCI, familiaresouamigostenhaminteresses<br />
particulares. Riscos<br />
que também existem na venda<br />
de bens penhorados, através<br />
de esquemas que permitam<br />
a venda a alguém prédeterminado,<br />
assim como na<br />
falsificação de datas de entrada<br />
de processos, criação de<br />
documentação fraudulenta<br />
ou venda de informações<br />
confidenciais. O plano da<br />
DGCI refere ainda a necessidade<br />
de controlar acções potencialmente<br />
fraudulentas de<br />
antigos trabalhadores do fisco<br />
que utilizem influências junto<br />
de antigos colegas para obter<br />
informações confidenciais ou<br />
decisões que favoreçam a sua<br />
actividade privada. O plano<br />
referequeocombateàcorrupção<br />
no fisco é um processo<br />
longo, árduo e interminável.<br />
A questão é que, mais do que<br />
planos, são necessárias medidas<br />
concretas que previnam<br />
a existência de actos de corrupção,<br />
o que só é possível<br />
através de punições exemplares<br />
para todos os que prevaricarem.<br />
Sem isso, o plano servirá<br />
apenas para mostrar serviço<br />
a uma opinião pública<br />
chocada com o processo Face<br />
Oculta e responder às exigências<br />
de Guilherme d’Oliveira<br />
Martins. ■
4 Diário <strong>Económico</strong> Sexta-feira 8 Janeiro 2010<br />
DESTAQUE<br />
DESTAQUE ORÇAMENTO DO ESTADO PARA 2010<br />
Jorge Lacão responde<br />
ao PSD: o programa<br />
do PS é que interessa<br />
Continua o debate sobre o acordo para Orçamento para 2010. Ao Diário<br />
<strong>Económico</strong>, Aguiar-Branco mostrou abertura nas obras públicas.<br />
Catarina Madeira<br />
e Márcia Galrão<br />
catarina.madeira@economico.pt<br />
O PSD viabiliza o Orçamento do<br />
Estado para 2010, mas quer que<br />
o PS reduza o défice. Os socialdemocratas<br />
aceitam também as<br />
obras públicas, desde que isso<br />
não afecte o endividamento. No<br />
dia em que o PSD disse por carta<br />
o que quer, o ministro dos assuntos<br />
parlamentares lembrou<br />
em entrevista ao Diário <strong>Económico</strong><br />
a publicar amanhã que<br />
não se pode fazer uma “inversão<br />
de papéis” e que o Executivo<br />
parte com o seu programa para a<br />
mesa negocial e não aceita “imposições<br />
dos programas que não<br />
passaram nas eleições”.<br />
Apesar da oposição às grandes<br />
obras ter sido sempre um<br />
ponto de diferenciação do PSD<br />
de Manuela Ferreira Leite, ao<br />
Diário <strong>Económico</strong>, José Pedro<br />
Aguiar-Branco mostra alguma<br />
abertura para permitir que estes<br />
investimentos sejam incluídos<br />
no OE/2010. “Mais do que estar<br />
a analisar esta ou aquela obra<br />
pública, há uma equação que se<br />
traduz nestes pontos [inverter o<br />
crescimento do endividamento<br />
externo, corrigir o desequilíbrio<br />
das contas públicas e conferir<br />
total transparência no que respeita<br />
às responsabilidades financeiras<br />
actuais e futuras assumidas<br />
pelo Estado]”, explicou ao<br />
Diário <strong>Económico</strong> José Pedro<br />
Aguiar Branco. Apontado o caminho<br />
de que o PSD não abdica,<br />
e que está na carta enviada ontem<br />
a Jorge Lacão (as cartas dos<br />
outros partidos também foram<br />
ontem enviadas), é ao Governo<br />
que compete governar, portanto<br />
“éoGovernoquedevedizerse<br />
nesta equação – a que se junta o<br />
combate ao desemprego com o<br />
apoio às PME – tem condições<br />
para aprovar um plano que, incluindo<br />
tudo isto, inclua também<br />
as obras públicas que constam<br />
do seu programa de Governo”,<br />
acrescenta. Caso contrário,<br />
“há aqui uma parcela da equação<br />
que falta”.<br />
Coincidência ou não, ontem o<br />
ministro da Obras Públicas entrou<br />
em cena para dizer que a<br />
prioridade do Governo é o aeroporto,<br />
que espera que as porta-<br />
gens nas SCUTS sejam uma realidade<br />
dentro de poucos meses e<br />
revelar que o orçamento do ministério<br />
deverá sofrer um corte<br />
de 10% a 12%. Este corte referse<br />
apenas ao “orçamento próprio<br />
do ministério, via<br />
PIDDAC”, esclareceu fonte oficial<br />
das Obras Públicas ao DE.<br />
De acordo com a mesma fonte,<br />
esta contenção de despesas revelada<br />
por António Mendonça<br />
não coloca em causa qualquer<br />
dos investimentos em obras pú-<br />
A CARTA DO PSD<br />
“Inverter a trajectória<br />
de crescimento<br />
galopante do<br />
endividamento<br />
externo”<br />
“Corrigir a trajectória<br />
de desequilíbrio<br />
insustentável nas<br />
contas públicas”<br />
“Conferir uma total<br />
transparência no que<br />
respeita às Contas<br />
Públicas”<br />
(prioridades que o Orçamento do<br />
Estado deve assumir, de acordo<br />
com o ofício enviado pelo líder<br />
parlamentar do PSD ao ministro<br />
dos Assuntos Parlamentares)<br />
blicas previstos por este Governo.<br />
“O programa de investimentos<br />
públicos mantém-se<br />
inalterado”, assegurou a mesma<br />
fonte das Obras Públicas.<br />
Ontem em Paris, o primeiroministro<br />
voltou a defender que o<br />
Governonãopodegovernarcom<br />
dois orçamentos: “Quem não<br />
quer negociar diz que o outro não<br />
quer negociar. Eu quero negociar<br />
mas coloco as coisas de uma forma<br />
muito simples”, acrescentando,<br />
porém, que a prioridade<br />
do Execitivo não é o défice. O<br />
primeiro-ministro repondeu<br />
ainda ao presidente do BPI - que<br />
apresentou um estudo sobre finanças<br />
públicas que identificava<br />
um aumento das responsabilidades<br />
do Estado - dizendo que a<br />
culpadacriseédabanca,que<br />
sustentou o endividamento.<br />
Depois de ter enviado a todos<br />
os grupos parlamentares uma<br />
carta a convidar os partidos para<br />
um diálogo prévio ao Orçamento,<br />
Jorge Lacão recebeu ontem todas<br />
as respostas. Pelo sentido das palavras<br />
dos vários grupos, ficou<br />
patente que as negociações poderão<br />
ter um desfecho mais positivoàdireitadoqueàesquerda.O<br />
PSDquerumentendimentoalém<br />
do Orçamento de 2010, a médio<br />
prazo, o que foi bem recebido<br />
pelo Governo. Pedro Silva Pererira<br />
recordou ontem que “no início<br />
desta legislatura o Governo convidou<br />
todos os partidos com assento<br />
parlamentar para o diálogo<br />
tendoemvistaagarantiadecondições<br />
de governabilidade para<br />
toda a legislatura” e por isso<br />
mostrou-se satisfeito com esta<br />
posição do PSD.<br />
Ontem, no plenário, e perante<br />
acusações de negociações secretas<br />
como partido do Governo,<br />
o PSD disse que este não será<br />
“mais um Orçamento limiano” e<br />
garantiu que não vai deixar cair<br />
nenhuma das propostas do plano<br />
anti-crise apresentado pelo<br />
partido. “Muito se tem falado de<br />
pactos e de acordos secretos”,<br />
começou Aguiar Branco, visivelmente<br />
incomodado, “o PSD<br />
toma sempre as suas decisões<br />
tendo em conta o interesse nacional,<br />
guia-nos o sentido de<br />
responsabilidade. O grupo parlamentar<br />
do PSD não se deixará<br />
condicionar”. ■Com NMS, ER<br />
Futuro presidente do<br />
PSD tem de dar aval<br />
Na oposição a Ferreira Leite,<br />
dentro do PSD, as opiniões são<br />
unânimes. A actual direcção tem<br />
legitimidade para negociar com o<br />
Governo compromissos<br />
económico futuros, desde que o<br />
objectivo seja o interesse nacional<br />
e não a viabilização deste<br />
Executivo. No entanto qualquer<br />
novo líder terá todo o poder para<br />
rectificar os acordos assumidos<br />
por Ferreira Leite, garantem os<br />
apoiantes de Passo Coelho, único<br />
candidato assumido à liderança.<br />
Ângelo Correia diz mesmo que, a<br />
definição de um plano plurianual<br />
terá de ser “ratificada pela futura<br />
direcção”. O histórico do PSD<br />
admitequeesteacordoentreos<br />
dois maiores partidos pode<br />
condicionar a próxima direcção,<br />
mas conclui lacónico: “A vida é<br />
feita de condicionamentos”.<br />
Também Miguel Relvas defende<br />
que as negociações entre PS e<br />
PSD não podem ser “um mero<br />
acordo partidário” e tal como<br />
Nogueira Leite diz que qualquer<br />
entendimento terá de ter como<br />
objectivo o interesse do país. O<br />
economista diz mesmo que seja<br />
qual for a próxima liderança não<br />
fugirá à prioridade agora<br />
assumida de controlar as contas<br />
públicas. C.M.<br />
Direita di<br />
CDS e PSD lutam para negociar<br />
Orçamento para 2010.<br />
Catarina Madeira e<br />
Márcia Galrão<br />
catarina.madeira@economico.pt<br />
Na oposição, PSD e CDS iniciaram<br />
ontem uma luta para ver<br />
quem vai liderar à direita a negociação<br />
com o Governo do Orçamento<br />
do Estado para 2010. Com<br />
a esquerda em segundo plano,<br />
depois de PCP e BE demonstrarem<br />
que não vão aceitar negociar<br />
se não houver alterações de políticas,<br />
os partidos da direita disputam<br />
a dianteira na hora de impor<br />
condições para dar os seus<br />
votos ao PS.
PONTOS-CHAVE<br />
José Sócrates e<br />
Nicolas Sarkozy<br />
Por volta do meio-dia de<br />
ontem, o primeiro-ministro<br />
português dizia, em Paris,<br />
que o país “não pode viver<br />
com dois orçamentos”.<br />
OPSDfezontemum<br />
conjunto de exigências<br />
para viabilizar o OE para 2010.<br />
Os social-democratas enviaram<br />
ao Governo uma carta onde<br />
querem uma redução do défice.<br />
sputa protagonismo<br />
Ontem mesmo no plenário, os<br />
líderes parlamentares do PSD e<br />
do CDS protagonizaram uma<br />
discussão acesa quanto à legitimidade<br />
negocial de cada um.<br />
Depois de Pedro Mota Soares ter<br />
acusado o PSD de estar a fazer<br />
“negociações secretas” com o<br />
PS, Aguiar-Branco criticou a<br />
“atitude enciumada” dos populares<br />
e acusou-os de estarem a<br />
tentar condicionar as posições<br />
doPSD.Edeixouaironia:“oCDS<br />
é que fez negociações em suites<br />
de hotel com Queijo Limiano”,<br />
lembrou numa referência directa<br />
ao orçamento de António Guterresaprovadocomovotofavorável<br />
de Daniel Campelo.<br />
Ao Diário <strong>Económico</strong>, Aguiar-<br />
O Governo vai ter de lidar<br />
com mais uma despesa no<br />
Orçamento deste ano. Na<br />
Primavera chega o primeiro<br />
submarino que implica um<br />
despesa de 0,3% do PIB.<br />
POOL New/Reuters Paulo Alexandre Coelho<br />
Paula Nunes<br />
Silva Pereira no<br />
Conselho de Ministros<br />
Já depois das 13h, o ministro<br />
da Presidência garantia que<br />
o Governo está aberto a um<br />
diálogo construtivo com a<br />
oposição.<br />
Branco justificou o posicionamento<br />
do seu partido nestas negociações<br />
com a responsabilidade<br />
acrescida “do único partido<br />
que é uma verdadeira alternativa<br />
ao PS, sozinho temos mais deputados<br />
do que o resto de toda a<br />
oposição junta”. E esclareceu que<br />
apesar dos pontos em comum<br />
que existem com o CDS, os dois<br />
partidos têm “posicionamentos e<br />
responsabilidades diferentes”.<br />
Depois de meses em que toda<br />
a oposição assumiu a liderança<br />
no debate parlamentar unindose<br />
para fazer frente ao Governo,<br />
o Orçamento do Estado para<br />
2010 vem pôr a descoberta as<br />
divergências entre esquerda e<br />
direita.■<br />
Aguiar Branco recusa<br />
“orçamento limiano”<br />
Mais tarde, cerca das 15h, era a vez de o<br />
líder parlamentar do PSD afirmar que<br />
este não será “um orçamento limiano”.<br />
Esquerda critica<br />
políticas de direita<br />
Na esquerda, o aproximar do<br />
Governo ao PSD e CDS na hora de<br />
negociar condições para<br />
aprovação do Orçamento do<br />
Estado, está a ser visto como a<br />
provadequeestePSdeSócrates<br />
vai manter uma linha de rumo<br />
económico centrada em políticas<br />
“de direita”. Isso mesmo fez<br />
questão de lembrar Bernardino<br />
Soares, do PCP, que deixou já no ar<br />
a ideia de que dificilmente os<br />
comunistas vão encontrar<br />
condições para chegar a acordo<br />
com o PS em matéria orçamental<br />
Com uma dívida elevada<br />
abraços,oGovernoparte<br />
este mês para a China para<br />
tentar convencer<br />
os investidores asiáticos<br />
a comprar dívida portuguesa.<br />
Sexta-feira 8 Janeiro 2010 Diário <strong>Económico</strong> 5<br />
PEC actual perdeu<br />
actualidade<br />
em quatro meses<br />
Eduardo Catroga pede acordo<br />
para a actualização do<br />
documento.<br />
Pedro Romano<br />
e Margarida Peixoto<br />
pedro.romano@economico.pt<br />
A última actualização do Programa<br />
de Estabilidade e Crescimento<br />
foi feita em Janeiro pelo<br />
Governo e o seu conteúdo foi revisto<br />
pelo mesmo Executivo<br />
logo em Maio. Mas qualquer semelhança<br />
entre os pressupostos<br />
macroeconómicos traçados há<br />
umanoeoverdadeirocenário<br />
com que o Executivo se vai deparar<br />
é pura coincidência.<br />
As contas são fáceis de fazer.<br />
Num ano, a estimativa para o<br />
crescimento em 2009 passou de -<br />
0,8% para -3%, o investimento<br />
caiu de -0,9% para -15,2% e a<br />
taxa desemprego ganhou mais<br />
0,5 pontos percentuais (ver quadros<br />
ao lado). Números que se estendem<br />
à maioria dos outros indicadores<br />
e que, de uma assentada,<br />
puseram em causa todo o cenáriosobreoqualrepousavao<br />
plano plurianual de consolidação<br />
das contas públicas nacionais.<br />
A retoma também será mais<br />
lenta. O desemprego, por exemplo,<br />
deverá continuar a crescer até<br />
2011, ao contrário da expectativa<br />
do Governo, que apontava para<br />
uma descida suave já em 2010.<br />
Números que deixam desactualizadas<br />
as metas inscritas no<br />
documento e que vão obrigar a<br />
redefinir objectivos e a elencar<br />
novas medidas de contenção<br />
orçamental. Para já, a Comissão<br />
Europeia acredita que em 2011 a<br />
dívida pública vai atingir os<br />
91% do PIB, impulsionada por<br />
défices elevados (e crescentes),<br />
juros altos e um crescimento<br />
económico anémico.<br />
Para dar a volta à situação,<br />
Eduardo Catroga sugere um entendimento<br />
entre “os partidos do<br />
arco da governação: PS, PSD e<br />
CDS-PP”. E explica: “Os partidos<br />
têm obrigação de deixar querelas<br />
eencontraumrumoalémda<br />
questão das finanças públicas”.<br />
O ex-ministro das Finanças sublinha<br />
que “à boleia da actualização<br />
do Programa de Estabilidade e<br />
Crescimento”, deve ser firmado<br />
um pacto que estabeleça não só os<br />
princípios de reestruturação das<br />
finanças públicas, mas também<br />
“da carga fiscal, do sistema de justiça,<br />
da Educação, concorrência e<br />
qualidade dos investimentos públicos”.<br />
No âmbito da redução do<br />
endividamento, Catroga é mais<br />
concreto: “deveria ser estabelecido<br />
um plafond de despesa no máximo<br />
de 42% do PIB”, defende. ■<br />
DÉFICE 2009<br />
-2,2%<br />
Em Janeiro, o Governo apontava<br />
para um défice orçamental de<br />
2,2% em 2009. Agora, o valor já<br />
ronda os 8% do PIB, um número<br />
que vai obrigar a cortes de<br />
despesa ou aumento de impostos<br />
nos próximos anos.<br />
DÍVIDA PÚBLICA 2009<br />
69,7%<br />
A previsão para a dívida pública<br />
do Governo está 7,7 pontos<br />
percentuais abaixo da projecção<br />
da Comissão Europeia. E, para<br />
2011, o diferencial entre os dois<br />
valores escala para 21,1 pontos<br />
percentuais.<br />
DESEMPREGO 2009<br />
8,5%<br />
Em Janeiro, o Governo ainda<br />
esperava um agravamento do<br />
desemprego ligeiro, descendo já<br />
em 2010. Agora, é certo que o<br />
desemprego terá ultrapassado os<br />
9% em 2009 e que deverá subir<br />
até 2011 (9%, segundo a CE).<br />
RECESSÃO 2009<br />
-0,8%<br />
O rombo no PIB em 2009 foi bem<br />
maior do que o esperado pelo<br />
Governo (em torno dos 3%) e a<br />
retoma também será muito mais<br />
moderada. O que significa menos<br />
receita a entrar e mais despesas<br />
em prestações sociais.
6 Diário <strong>Económico</strong> Sexta-feira 8 Janeiro 2010<br />
DESTAQUE ORÇAMENTO DO ESTADO PARA 2010<br />
Submarino chega<br />
na Primavera e soma<br />
500 milhões ao défice<br />
Defesa confirma chegada do primeiro submarino em Março/Abril. Adiar a entrega<br />
do equipamento militar não está em cima da mesa, garante o ministro.<br />
Margarida Peixoto<br />
margarida.peixoto@economico.pt<br />
Dentro de dois a três meses<br />
chegam mais 500 milhões de<br />
euros para acrescentar ao déficequeestánovalormais<br />
alto dos últimos 23 anos. O<br />
primeiro submarino encomendado<br />
pelo Governo navegará<br />
em mar português já no<br />
início da Primavera, garantiu<br />
o ministro da Defesa, ao Diário<br />
<strong>Económico</strong>.<br />
“O Tridente [o primeiro<br />
submarino] chegará a Portugal<br />
entre Março e Abril deste ano e<br />
o segundo submarino chegará<br />
em 2011”, afirmou Augusto<br />
Santos Silva. O ministro da<br />
Defesa garantiu que o novo<br />
equipamento militar, encomendado<br />
em 2004 pelo Governo<br />
de Santana Lopes e Paulo<br />
Portas, “tem missão atribuída”,<br />
faz parte de um “conceito<br />
de estratégia militar”, mas que<br />
“não é público”.<br />
Emboraacompradossubmarinos<br />
tenha sido decidida há<br />
duas legislaturas, as regras da<br />
Comissão Europeia ditam que<br />
o gasto seja registado como<br />
despesa no ano em que o bem é<br />
colocado à disposição do Governo,<br />
independentemente do<br />
modelo de pagamento até poder<br />
ser desfasado no tempo.<br />
Ou seja, a despesa de 2010<br />
vai ter de contar com mais<br />
500 milhões de euros, um<br />
rombo financeiro violento,<br />
depois de Portugal ter fechado<br />
2009 com um défice de cerca<br />
de8%edesetercomprometidoacorrigi-loparamenos<br />
de 3% até 2013.<br />
Assumindo as estimativas<br />
da Comissão Europeia para o<br />
produto interno bruto, o impacto<br />
é de 0,3 pontos percentuais<br />
a mais no défice orçamental<br />
– uma dificuldade extra<br />
num ano em que as três<br />
agências de rating internacionais<br />
que avaliam a dívida da<br />
República já avisaram que<br />
queriam ver sinais do caminho<br />
para a consolidação. Caso contrário,<br />
a notação da dívida<br />
portuguesa desce, provocando<br />
um aumento do preço do financiamento<br />
público e, por<br />
arrasto, das empresas e das famílias.<br />
Adiar a entrega do submarino<br />
também não faz parte dos<br />
planos do consórcio vendedor.<br />
“Não vemos qualquer razão<br />
para adiar a entrega”, garantiu<br />
SUBMARINO<br />
500 milhões<br />
É o preço do primeiro submarino,<br />
que terá de ser inscrito como<br />
despesa assim que o bem for<br />
colocado à disposição do<br />
Governo, o que deverá acontecer<br />
entre Março e Abril.<br />
DÉFICE<br />
“Se estamos hoje<br />
a prever qualquer<br />
utilização do<br />
submarino que<br />
não seja militar,<br />
a resposta é não”,<br />
disse Santos<br />
Silva, sobre<br />
a possibilidade<br />
de revenda.<br />
8% do PIB<br />
É a estimativa da Comissão<br />
Europeia para o défice de 2009,<br />
um valor que o ministro das<br />
Finanças já disse ser uma boa<br />
previsão. Até 2013 o Governo<br />
terá de diminuir o buraco nas<br />
contas públicas para menos de<br />
3% do produto interno bruto. Em<br />
2010, o Governo já deverá dar<br />
sinais de redução do défice.<br />
Nathalie Schaer, responsável<br />
de comunicação da HDW. Nem<br />
anular a compra: “a entrega do<br />
primeiro submarino não está a<br />
ser reconsiderada”, disse ao<br />
Diário <strong>Económico</strong>. Aliás, o<br />
submarino “já está produzido e<br />
está a fazer os testes finais de<br />
mar, ficando pronto para entrega<br />
nos próximos meses”,<br />
acrescentou Nathalie Schaer.<br />
E se o submarino for revendido<br />
assim que chegar?<br />
Nos últimos meses surgiram<br />
rumores de que Portugal poderia<br />
estar a considerar a revenda<br />
do submarino assim que chegasse.<br />
A ideia seria anular na<br />
medida do possível parte do<br />
impacto da compra nas contas<br />
públicas. “Se estamos hoje a<br />
prever qualquer utilização do<br />
submarino que não seja militar,<br />
a resposta é não”, disse<br />
Santos Silva, evitando, contudo,<br />
desmentir claramente a hipótese.<br />
“Hoje a questão não se<br />
coloca, vamos cumprir os dois<br />
contratos a que nos vinculámos:<br />
um de compra e outro de<br />
contrapartidas”, disse apenas,<br />
explicando, porém, que não<br />
pode saber hoje o que acontecerá<br />
amanhã.<br />
No entanto, o Diário <strong>Económico</strong><br />
apurou que nos trabalhados<br />
de preparação do Orçamento<br />
do Estado para 2010<br />
ainda não foi dada qualquer<br />
indicação para incluir esta<br />
nova despesa.<br />
Ainda assim, fonte oficial da<br />
Comissão Europeia explicou<br />
que a forma de contabilização<br />
dos bens adquiridos deverá ser<br />
respeitada, e que a única flexibilidade<br />
admitida está no Pacto<br />
de Estabilidade e Crescimento,<br />
“na sua aplicação, nos prazos<br />
de vários anos agora propostos<br />
pela Comissão e aprovados<br />
pelo Conselho”. Isto quer dizer<br />
que o défice pode ficar acima<br />
de 3% nos próximos anos, mas<br />
deverá ter uma tendência de<br />
descida assim que a retoma<br />
deixar de estar em risco.<br />
O Instituto Nacional de Estatísticas<br />
recusou comentar<br />
qualquer possibilidade de reavaliar<br />
os métodos de contabilizaçãodacompradossubmarinos,<br />
sublinhando que a sua<br />
“missão é traduzir estatisticamente<br />
os factos ocorridos”.<br />
Também o Ministério das Finanças<br />
recusou qualquer comentário<br />
sobre o impacto desta<br />
compra no défice. ■<br />
Serviços continuam<br />
atrasados para o OE<br />
Os serviços da administração<br />
pública continuam atrasados no<br />
calendário de preparação do<br />
Orçamento do Estado. De acordo<br />
com o ponto de situação<br />
publicado ontem ao final do dia<br />
pela Direcção Geral do<br />
Orçamento, continuam a existir<br />
277 serviços (de um total de 662)<br />
que ainda não submeteram o seu<br />
orçamento individual no sistema<br />
central. Este passo deveria ter<br />
sido concluído até ao dia 22 de<br />
Dezembro e é fundamental para<br />
elaborar o documento final, que<br />
deverá ser entregue na<br />
Assembleia da República no<br />
último dia do prazo legal: 26 de<br />
Janeiro. A consequência será<br />
trabalho extra nos últimos dias.
David Moir/Reuters<br />
O primeiro submarino chega numa<br />
altura em que o Governo tem de<br />
reduzir o défice público.<br />
O IGCP já deu a conhecer que até<br />
Março vai financiar-se em 6,5 mil<br />
milhões de euros.<br />
António de Albuquerque<br />
antonio.albuquerque@economico.pt<br />
O ministério das Finanças, através<br />
do Instituto de Gestão da Tesouraria<br />
e do Crédito Público<br />
(IGCP) está à procura de novos<br />
investidores para comprar dívida<br />
pública portuguesa. Desta<br />
feita, vai realizar um ‘roadshow’<br />
junto de investidores asiáticos e<br />
que passará por Pequim, Tóquio,<br />
Seul, Singapura, Hong Kong e<br />
Taipé.<br />
O marketing do país, que<br />
passa por dar a conhecer aos investidores<br />
(bancos centrais,<br />
bancos e seguradoras e fundos<br />
de pensões) os principais fundamentais<br />
da economia nacional e,<br />
sobretudo, das políticas económicas<br />
para a consolidação das<br />
contas públicas nacionais vai<br />
decorrer na última semana de<br />
Janeiro. Precisamente na mesma<br />
semana, até terça-feira dia 26,<br />
em que o Governo está obrigado<br />
a apresentar o OE de 2010.<br />
O objectivo desta iniciativa é<br />
claro e consiste em diversificar<br />
os investidores internacionais de<br />
dívida pública portuguesa, como<br />
referiu Alberto Soares, presidente<br />
do Instituto ao Diário <strong>Económico</strong>.<br />
“Queremos promover os<br />
nossos produtos financeiros junto<br />
de novos investidores e que,<br />
neste momento, estão pouco representados<br />
nas nossas operações”,<br />
referiu. No ano passado,<br />
os mercados asiáticos representaram<br />
apenas 3% do total de dívida<br />
emitida pelo IGCP, o que<br />
contrasta com o mercado europeu<br />
que representa 84%. Uma<br />
situação que as autoridades nacionais<br />
querem agora melhorar<br />
aumentando a penetração naqueles<br />
mercados quando, por<br />
exemplo, a China dispõe de reservas<br />
financeiras avaliadas em<br />
biliões de dólares e é desde há alguns<br />
anos o principal tomador<br />
de títulos de dívida pública<br />
americana. Um ponto que o<br />
mesmo responsável destaca ao<br />
referir que os “países asiáticos<br />
têm uma capacidade financeira<br />
muito elevada”.<br />
Um outro aspecto que obriga a<br />
esta diversificação de mercados<br />
também se prende com o facto do<br />
mercado dos países desenvolvidos<br />
estar ‘inundado’ de títulos de<br />
dívida pública. Com o rebentar<br />
da crise financeira no Verão de<br />
2008, todos os países foram obrigados<br />
a recorrer ao endividamento<br />
público para financiar os<br />
vários pacotes anti-crise. As facilidades<br />
de liquidez por parte do<br />
Sexta-feira 8 Janeiro 2010 Diário <strong>Económico</strong> 7<br />
Finanças vão<br />
à China para<br />
financiar<br />
dívida pública<br />
BCE permitiram também aos<br />
bancos europeus investir massivamente<br />
em dívida pública. Os<br />
bancos foram financiados por<br />
parte da autoridade monetária a<br />
quase custo zero, e comprar divida<br />
com uma renumeração interessante<br />
e sem risco foi para eles<br />
um excelente negócio.<br />
Entretanto, o IGCP deu a conhecer<br />
o seu programa de emissãodedívidaparaopróximotrimestre<br />
e não para todo o ano<br />
como é habitual, dado ainda não<br />
estar em vigor o Orçamento de<br />
Estado de 2010. Para já, informou<br />
que vai realizar várias operações,<br />
incluindo dois a três leilões<br />
e uma nova linha de Obrigações<br />
do Tesouro para se financiar<br />
em 5,5 a 6,5 mil milhões de<br />
euros. Recorde-se que, segundo<br />
as últimas previsões da Comissão<br />
Europeia, a dívida pública<br />
portuguesa deverá situar-se em<br />
77,4% da riqueza produzida<br />
(PIB) em 2009, tendo em atenção<br />
um défice de 8%. Um valor<br />
que poderá ser superior, dado<br />
que o segundo orçamento rectificativo<br />
aprovado no Parlamento<br />
inscreveu um limite de endividamento<br />
global (endividamento<br />
referenteaodéficeeparaliquidação<br />
de financiamentos vencidos)<br />
na ordem dos 15 mil milhões<br />
de euros. ■<br />
CHINA<br />
Reservas colossais<br />
No ano passado, as reservas<br />
monetárias daquele país estavam<br />
avaliadas em 2.273 mil milhões<br />
de dólares. E se os excedentes na<br />
BTC se aproximarem novamente<br />
dos 10% do PIB, isto significa que<br />
o total poderá crescer mais 543<br />
mil milhões de euros em 2018 ao<br />
actual câmbio.<br />
PREVISÕES PARA A DÍVIDA<br />
85,9%<br />
A OCDE prevê que a dívida<br />
pública portuguesa cresça para<br />
85,9% do PIB este ano. A<br />
confirmar-se esta previsão desta<br />
organização o peso da dívida<br />
ficará acima da média dos países<br />
da zona euro (84,4%).
8 Diário <strong>Económico</strong> Sexta-feira 8 Janeiro 2010<br />
ECONOMIA<br />
Fisco alerta para<br />
riscos de corrupção<br />
nos serviços<br />
Plano anti-corrupção da DGCI identificou ainda riscos<br />
de suborno, tráfico de influência e abuso de poder.<br />
Lígia Simões<br />
ligia.simoes@economico.pt<br />
A DGCI admite que por vezes<br />
pode não investigar contribuintes<br />
que deveriam ser inspeccionados<br />
e que esta prática pode<br />
resultar de um acto de corrupção.<br />
A possibilidade da existência<br />
deste crime é assumida pelo<br />
Fisconoseuplanodecombateà<br />
corrupção, onde o serviço do<br />
Estado que gere mais dinheiro<br />
deixa uma solução: identificar<br />
os contribuintes que sistematicamente<br />
ficam próximos dos<br />
critérios de selecção, mas que<br />
não são escolhidos como alvo de<br />
inspecção.<br />
O Fisco alerta para o risco de<br />
corrupção na selecção de contribuintes,<br />
nomeadamente através<br />
do acesso a informação privilegiada<br />
relacionada com critérios e<br />
parâmetros que dão origem às<br />
inspecção.<br />
Além da corrupção, o plano<br />
de gestão de riscos de corrupção<br />
e infracções conexas (PGRCIC,)<br />
a que o Diário <strong>Económico</strong>, identifica<br />
outros riscos: tráfico de<br />
influência, peculato, suborno e<br />
abuso de poder. São as áreas da<br />
cobrança, venda de bens penhorados,<br />
realização de actos<br />
inspectivos, registo de entrada<br />
de documentos e selecção de<br />
recursos humanos que exigem<br />
maiores cuidados do Fisco e<br />
onde deverão ser aplicadas medidas<br />
preventivas.<br />
No documento - já entregue<br />
ao Conselho de Prevenção da<br />
Corrupção (CPC) – são apontadas<br />
várias áreas onde se impõe<br />
“reduzir as oportunidades de acções<br />
delituosas, clarificar as zonas<br />
cinzentas de actuação, aumentar<br />
os níveis de controlo social<br />
e consolidar uma cultura anti-corrupção”.<br />
No plano são identificados<br />
riscos de corrupção ao nível da<br />
atribuição de benefícios fiscais,<br />
tramitação processual e na inspecção<br />
a contribuintes. No primeiro<br />
caso, o Fisco alerta para<br />
benefícios concedidos irregularmente,<br />
propondo o reforço<br />
dos procedimentos internos de<br />
controlo e verificação dos pres-<br />
FUNCIONÁRIOS<br />
11.052<br />
Total de recursos humanos da<br />
DGCI dispersos por 25 serviços<br />
centrais (direcções de serviços),<br />
21 direcções de finanças e 344<br />
serviços de finanças.<br />
RECEITA FISCAL<br />
Venda de bens<br />
penhorados, inspecção,<br />
cobrança e<br />
conflitos de interesses<br />
de funcionários<br />
são algumas das<br />
áreas que preocupa<br />
Azevedo Pereira,<br />
director geral dos<br />
Impostos.<br />
31 mil milhões<br />
Para 2009, previam-se receitas<br />
de 43 mil milhões. No primeiro<br />
rectificativo baixou para 35 mil<br />
milhões e o segundo prevê agora<br />
31 mil milhões, uma nova queda<br />
de 13%.<br />
supostos da sua atribuição.<br />
Considera que só as medidas de<br />
“detecção precoce” evitarão a<br />
“propagação de comportamentos<br />
corruptos”.<br />
Identifica como outros riscos<br />
potenciais, o “erro intencional”<br />
na tramitação processual para a<br />
anulação do acto em sede de<br />
contencioso administrativo ou<br />
judicial. Para a minimização de<br />
eventuais erros, é proposto a implementação<br />
de melhorias no<br />
controlo através dos sistemas informáticos.<br />
O plano da DGCI<br />
aponta ainda riscos de “falsificação<br />
e manipulação“ de datas de<br />
registo de entrada de processos.<br />
Ao nível da inspecção o cenárionãoémelhor.Oriscodecorrupção<br />
estende-se aos próprios<br />
actos inspectivos, onde se pretende<br />
afastar “correcções excessivas<br />
tendo em vista a possibilidade de<br />
negociação e de vantagens”. Para<br />
o efeito, sugere-se o reforço de<br />
supervisão dos actos inspectivos<br />
pelos chefes de equipa.<br />
Canais internos para denúncia<br />
O poder discricionário dos trabalhadores<br />
dos impostos em<br />
determinadas situações não é<br />
isento de críticas. Além da área<br />
inspectiva, estende-se à análise<br />
de contencioso administrativo e<br />
à resposta a pedidos de contribuintes.<br />
Para controlar os riscos<br />
potenciais de corrupção, a DGCI<br />
sugere algumas medidas: rotatividade<br />
de pessoal para garantir<br />
que as relações de supervisão<br />
não se tornem demasiado próximas<br />
e criação de canais de comunicação<br />
interna para relato<br />
de eventual envolvimento de<br />
superiores hierárquicos em<br />
condutas corruptas.<br />
Também a venda de bens penhorados<br />
foi alvo de escrutínio.<br />
O Fisco alerta aqui para a ”sobreavaliação<br />
deliberada” do<br />
bem, potenciando a não realizaçãodavendaeaconsequente<br />
evolução para a negociação particular<br />
(venda a terceiro predeterminado).<br />
Uma área que, segundo<br />
a DGCI, exigirá o controlo<br />
e fiscalização dos peritos avaliadores<br />
para evitar crimes de tráfico<br />
de influência. ■<br />
Mais 1.150 reformados no Estado<br />
Mais 1.154 funcionários públicos irão reformar-se em Fevereiro, o que<br />
significa um aumento de 243 funcionários aposentados face ao mesmo<br />
mês do ano passado, revelam as listas da Caixa Geral de Aposentações<br />
(CGA) publicadas todos os meses no Diário da República. Na lista<br />
publicada ontem, referente a Fevereiro, verifica-se que o maior número de<br />
aposentados ocorre no Ministério da Educação, com mais de 300<br />
funcionários a saírem do activo. Em segundo, a Saúde, com 170.<br />
OLIVEIRA MARTINS TEM ESTADO A RECEBER OS PLANOS DE<br />
DGCItemequeex-fu<br />
Funções na actividade privada<br />
potenciam riscos.<br />
Lígia Simões<br />
ligia.simoes@economico.pt<br />
A saída de pessoal para o sector<br />
privado merece especial referência<br />
no plano anti-corrupção<br />
do Fisco. É aqui apontado que os<br />
antigos trabalhadores depois de<br />
se desvincularem da Administração<br />
Pública (essencialmente<br />
pela aposentação) iniciam funções<br />
no sector privado, em actividades<br />
que lhes estavam vedadas<br />
pelo regime de incompatibilidades<br />
dos funcionários pú-<br />
blicos (como a advocacia e consultoria).<br />
“Esta situações podem<br />
potenciar riscos como o<br />
uso de know-how adquirido na<br />
organização, para obter vantagem<br />
na actividade privada”,<br />
alerta a DGCI. Destaca ainda a<br />
“eventual influência junto dos<br />
antigos colegas para tomar decisões<br />
que favoreçam a actividade<br />
privada e de transmitir informações<br />
confidenciais”. E<br />
alerta para a angariação de<br />
clientes utilizando informações<br />
obtidas a partir da DGCI.<br />
Como medidas para suprimir<br />
as insuficiências do sistema de<br />
controlo, o plano anti-corrup-
EURO<br />
face ao dólar<br />
1,4316<br />
PETRÓLEO<br />
valor em dólares<br />
81,69<br />
COMBATE À CORRUPÇÃO DOS VÁRIOS SERVIÇOS DO ESTADO<br />
TAXA EURIBOR<br />
a seis meses<br />
0,989<br />
AGENDA DO DIA<br />
● O INE vai divulgar o índice de<br />
custos de construção de habitação<br />
nova e Índice e as estatísticas do<br />
comércio internacional de<br />
Novembro.<br />
● Vão ser publicadas a taxa de<br />
desemprego nos Estados Unidos.<br />
ncionários usem informação interna<br />
ção fixa a necessidade de ser comunicado<br />
superiormente eventuais<br />
tentativas de influência.<br />
Para mitigar este tipo de riscos, a<br />
DGCI recorda que existe uma<br />
política de sanções em caso de<br />
violação do dever de sigilo, tendo<br />
sido já adoptadas medidas<br />
como a remoção de privilégios<br />
de acesso aos sistemas informáticos<br />
em caso de terminar o vínculo<br />
laboral.<br />
Os alertas para riscos de corrupção<br />
abrangem ainda a acumulação<br />
com funções privadas,<br />
nomeadamente pela utilização<br />
de recursos públicos no exercício<br />
da actividade privada, o exercí-<br />
Fisco identifica riscos<br />
de tomada de decisões<br />
e transmissão de<br />
informações<br />
confidenciais que<br />
favoreçam o sector<br />
privado.<br />
cio de actividades não autorizadas<br />
e pelo tratamento privilegiado<br />
de contribuintes. Nesta área<br />
são várias as medidas sugeridas:<br />
centralizar os registos de todos<br />
os pedidos de acumulação de<br />
funções privadas numa base de<br />
dados informática; rever anualmente<br />
as aprovações de acumulação<br />
de funções privadas e controlar<br />
regular e aleatoriamente os<br />
pedidos autorizados de acumulação<br />
com funções privadas.<br />
Melhorar o processo de detecção<br />
de violações do dever de<br />
sigilo dos trabalhadores da<br />
DGCI é o caminho apontado no<br />
plano anti-corrupção do Fisco.<br />
Paulo Alexandre Coelho<br />
OConselhodePrevenção<br />
da Corrupção (CPC), que<br />
funciona junto do<br />
Tribunal de Contas,<br />
determinou que fosse<br />
enviado pelas entidades<br />
públicas um plano<br />
de prevenção de<br />
corrupção até ao final<br />
de 2009.<br />
A entidade liderada, por<br />
Guilherme d’Oliveira<br />
Martins, já recebeu 500<br />
planos, faltando cerca de<br />
200. Um dos recebidos é o<br />
do Fisco, o organismo do<br />
Estado que gere mais<br />
dinheiros públicos. Sobre<br />
este tema, o Fisco alerta<br />
para os riscos na área<br />
de cobrança que levam<br />
à apropriação indevida<br />
de dinheiros públicos:<br />
a falta de depósito<br />
bancário de valores<br />
cobrados e a falta<br />
de contabilização<br />
e respectivo depósito<br />
de eventual sobra são<br />
alguns dos riscos.<br />
O suborno nas cobranças<br />
coercivas através<br />
das prescrições dolosas é<br />
também aqui<br />
identificado.<br />
Também ao nível da progressão<br />
na carreira e nomeações<br />
para cargos o Fisco são identificados<br />
alguns riscos: a manipulação<br />
dos procedimentos e métodos<br />
de selecção para garantir a<br />
nomeação de um amigo, membro<br />
da família ou colega. E ainda<br />
a nomeação de membros do júri<br />
que garantam a selecção de determinados<br />
candidatos e a falsificação<br />
de habilitações ou currículo.<br />
Entre as medidas adoptar<br />
nestaáreaésugeridaainclusão<br />
nos relatórios do júri de informações<br />
sobre eventuais conflitos<br />
de interesses em relação aos<br />
candidatos. ■<br />
Sexta-feira 8 Janeiro 2010 Diário <strong>Económico</strong> 9<br />
OUTROS RISCOS<br />
1<br />
Conflito<br />
de interesses<br />
Riscos de corrupção de<br />
trabalhadores do Fisco que podem<br />
envolver um ganho financeiro real<br />
ou potencial é um dos riscos<br />
identifacados. Além disso, o<br />
tratamento privilegiado de um<br />
familiar ou amigo, o favorecimento<br />
de um contribuinte, no qual o<br />
trabalhador, familiar ou amigo<br />
tenha algum interesse particular é<br />
também identificado.<br />
2<br />
Dádivas e outros<br />
benefícios<br />
Este tipo de benefícios pode<br />
apresentar algum risco de<br />
corrupção dado terem potencial<br />
de “afectar a imparcialidade e a<br />
integridade” dos funcionários da<br />
DGCI que só podem aceitar<br />
objectos promocionais de<br />
reduzido valor. Em causa está a<br />
influência de contribuintes para<br />
obter um tratamento favorável ou<br />
ignorarem disposições<br />
regulamentares. A DGCI também<br />
admite existirem suspeitas de<br />
decisões parciais.<br />
3<br />
Sistemas<br />
de informação<br />
São identificados inúmeros riscos<br />
de corrupção: a introdução ou<br />
alteração de dados, a criação de<br />
de documentação fraudulenta<br />
para fornecimento a terceiros, o<br />
acesso remoto a terceiros aos<br />
sistemas aplicacionais da DGCI e<br />
acompartilhadesenhasde<br />
utilizadores. A cópia electrónica<br />
de dados dos sistemas de<br />
informação e o seu fornecimento<br />
não autorizado a outras entidades<br />
é outra das possibilidades.<br />
4<br />
Atendimento<br />
presencial<br />
Também não está imune a riscos<br />
de corrupção o atendimento<br />
presencial na DGCI assegurado<br />
pelos Serviços de Finanças,<br />
Direcções de Finanças e Lojas de<br />
Cidadão. O plano alerta para a<br />
“aceitação ou solicitação de<br />
dinheiro para dar um tratamento<br />
favorável a um utente”, bem como<br />
para a divulgação de informações<br />
confidenciaisdeumclientepara<br />
fins não autorizados. É sugerida a<br />
rotatividade de trabalhadores com<br />
relação directa com os utentes.
10 Diário <strong>Económico</strong> Sexta-feira 8 Janeiro 2010<br />
ECONOMIA<br />
HUNGRIA<br />
Comissão pronunciou-se sobre<br />
o regime do ‘group interest box’<br />
Foi recentemente conhecida a decisão da Comissão Europeia<br />
relativamente ao enquadramento do regime húngaro do ‘group interest<br />
box’ como auxílio estatal. Este regime permite, por regra, a dedução de<br />
50% do montante líquido dos juros recebidos de empresas participadas e,<br />
em determinadas circunstâncias, a dedução da totalidade dos juros pagos.<br />
Neste contexto, a Comissão considerou o regime como auxílio do Estado<br />
na medida em que não é acessível à generalidade das empresas húngaras.<br />
As obrigações<br />
declarativas dos Fundos<br />
de Investimento<br />
Os Fundos de Investimento Mobiliários e Imobiliários (FI’s)<br />
constituídos sob a forma de patrimónios autónomos assumem<br />
a qualidade de sujeitos passivos de IRC e de IVA, estando<br />
sujeitos a um conjunto de obrigações declarativas perante<br />
a administração tributária, as quais devem ser asseguradas<br />
pelas respectivas sociedades gestoras.<br />
O cumprimento destas obrigações declarativas tem suscitado<br />
inúmeras questões dada a especificidade do regime fiscal<br />
aplicável aos fundos e a aparente inadaptação das actuais<br />
obrigações declarativas a esse regime.<br />
Este facto tem justificado, por exemplo, o entendimento<br />
da administração tributária segundo o qual os FI’s não se encontram<br />
abrangidos pela obrigação de entrega da declaração<br />
Modelo 22, ainda que não se enquadrem no âmbito da dispensa<br />
de entrega dessa declaração, sendo a entrega do IRC<br />
dos fundos assegurada pela submissão de declaração de retenções<br />
na fonte.<br />
Contudo, no que respeita à entrega da declaração anual<br />
continuam a colocar-se inúmeras dúvidas quanto ao seu<br />
preenchimento.<br />
O regime fiscal aplicável aos Fundos<br />
de Investimento baseia-se no facto<br />
de a totalidade dos rendimentos ser<br />
tributada autonomamente ou por retenção<br />
na fonte a taxas finais como se de pessoas<br />
singulares se tratasse.<br />
A este propósito, importa fazer referência à mais recente<br />
orientação da administração tributária veiculada no final do<br />
passado mês de Julho, a qual, para além de ter sido emitida<br />
no limite do prazo previsto para a entrega dessa declaração,<br />
veio originar questões adicionais face às já existentes, ao<br />
prever que, para além dos anexos de IVA e Imposto do Selo<br />
aplicáveis, os FI’s se encontram ainda obrigados a entregar<br />
também o anexo F – Benefícios Fiscais, no âmbito do IRC.<br />
De acordo com esse entendimento, os FI’s deverão preencher<br />
os quadros 032 e 033 desse anexo, os quais, respeitando<br />
a rendimentos isentos, se encontram dirigidos para o preenchimento<br />
por sujeitos passivos que beneficiam de isenção<br />
totalouparcialdeIRC.<br />
Ora, o regime fiscal aplicável aos FI’s baseia-se no facto<br />
de a totalidade dos seus rendimentos ser tributada autonomamente<br />
ou por retenção na fonte a taxas finais como se de<br />
pessoas singulares se tratasse, não fazendo sentido que o reporte<br />
de rendimentos pelos FI’s possa ser equiparado ao de<br />
outros sujeitos passivos que beneficiam de isenção de IRC,<br />
como é o caso dos fundos de capital de risco ou dos fundos<br />
de investimento imobiliário em recursos florestais. ■<br />
www.kpmg.pt<br />
Os não residentes vão receber juros<br />
indemnizatórios de liquidações adicionais.<br />
NÃO RESIDENTES<br />
Se um imóvel nos Açores, detido por uma empresa<br />
de Lisboa, receber a prestação de serviços de uma<br />
empresa do Porto, o local de tributação é o local do imóvel.<br />
Juros indemnizatórios a pagar pela<br />
Administração Fiscal<br />
Foi recentemente divulgado um acórdão do Supremo Tribunal<br />
Administrativo que concluiu pela obrigatoriedade da Administração Fiscal<br />
em proceder ao pagamento de juros indemnizatórios a favor de sujeitos<br />
passivos relativamente a liquidações adicionais de retenções na fonte<br />
de IRC a não residentes. Isto, sempre que sejam aplicáveis as disposições<br />
de um Acordo de Dupla Tributação e a prova de isenção total ou parcial<br />
da obrigação de efectuar retenção na fonte.<br />
Consultório fiscal<br />
Uma empresa de Lisboa tem um imóvel nos Açores e quer<br />
fazer obras pela B com sede no Porto: qual o IVA aplicável?<br />
As operações sujeitas a IVA que<br />
se considerem efectuadas nas<br />
Regiões Autónomas dos Açores<br />
e da Madeira são tributadas às<br />
taxas reduzidas de 5%, 8% e<br />
14% (respectivamente taxa reduzida,<br />
intermédia e normal).<br />
Para efeitos da localização<br />
das operações, refere o Decreto-Lei<br />
n.º 347/85, de 23 de<br />
Agosto, relativamente à aplicação<br />
das taxas de IVA nas Regiões<br />
Autónomas, que “as operações<br />
tributáveis considerarse-ão<br />
localizadas no Continente<br />
ou nas Regiões Autónomas<br />
dos Açores e da Madeira, de<br />
acordo com os critérios estabelecidos<br />
pelo artigo 6.º do Código<br />
do Imposto sobre o Valor<br />
Acrescentado, com as devidas<br />
adaptações.”<br />
Deste modo, atendendo a que<br />
para algumas prestações de serviços<br />
foram estabelecidos critérios<br />
de localização espacial que<br />
se afastam da regra geral de tributação<br />
na sede do prestador do<br />
serviço, importará identificar<br />
qual o critério utilizado nas<br />
prestações de serviços sobre<br />
bens imóveis.<br />
Ora, relativamente às prestações<br />
de serviços sobre bens<br />
imóveis, o local de tributação<br />
das mesmas para efeitos do IVA<br />
é o local onde se situa o imóvel.<br />
Deste modo, a presente prestação<br />
de serviços estará sujeita a<br />
IVA à taxa de 14%, independentemente<br />
da localização da<br />
sede do prestador ou do adquirente,<br />
pelo que a empresa B de-<br />
Nas prestações<br />
de serviços sobre<br />
bens imóveis, o local<br />
de tributação para<br />
efeitos de IVA<br />
éolocalondesesitua<br />
o imóvel.<br />
Às sextas-feiras, as respostas<br />
da KPMG aos leitores<br />
do Diário <strong>Económico</strong>.<br />
Paulo Alexandre Coelho<br />
verá liquidar IVA a esta taxa.<br />
Havendo alteração do objecto<br />
social de uma empresa que<br />
pertence ao RETGS e que tem<br />
prejuízos, essa alteração poderá<br />
ser impeditiva da dedução dos<br />
prejuízos fiscais no Grupo?<br />
Ao regime de dedução dos<br />
prejuízos fiscais apurados por<br />
sociedades que integrem o Regime<br />
Especial de Tributação dos<br />
Grupos de Sociedades (RETGS)<br />
aplica-se, regra geral, o estatuído<br />
no artigo 47.º do Código do<br />
IRC conjugado com o artigo 65.º<br />
do mesmo Código.<br />
Deste modo, quando se verificar,<br />
no final do exercício em<br />
que seria efectuada a dedução<br />
dos prejuízos, que ocorreu a<br />
modificação do objecto social<br />
da sociedade em relação ao<br />
exercício em que os mesmos foram<br />
apurados, os prejuízos deixam<br />
de poder ser utilizados.<br />
Existem, no entanto, excepções<br />
em casos especiais de reconhecido<br />
interesse económico,<br />
mas, para tal, deverá a sociedade<br />
apresentar um requerimento,<br />
ao Ministro das Finanças, a<br />
solicitar a manutenção desses<br />
prejuízos.<br />
Se o requerimento em apreço<br />
não for apresentado ou se for<br />
indeferido, os prejuízos fiscais<br />
apurados pela sociedade e passíveis<br />
de reporte na esfera do<br />
Grupo não poderão ser utilizados<br />
devendo, consequentemente,<br />
os prejuízos fiscais do<br />
RETGS ser ajustados em conformidade.<br />
■
PUB<br />
Francisco Sarsfield Cabral<br />
Estreia dia 09/01 às 12 horas com:<br />
Dr. Mário Soares<br />
D. Manuel Clemente<br />
RES PUBLICA.<br />
O NOVO PROGRAMA DA RENASCENÇA.<br />
Todos os Sábados, o jornalista Francisco Sarsfield Cabral<br />
recebe convidados muito especiais para debater a história,<br />
os desafios, as mudanças e as perspectivas do país nestes<br />
100 anos da República Portuguesa. www.rr.pt<br />
Nada a declarar<br />
RES PUBLICA<br />
Música e informação dia-a-dia.
12 Diário <strong>Económico</strong> Sexta-feira 8 Janeiro 2010<br />
POLÍTICA<br />
Grávidas sem vacina são<br />
maior preocupação das<br />
autoridades de saúde<br />
Em dois meses cerca de 320 mil portugueses já foram imunizados contra<br />
a gripe A. Vacinação vai ser alargada a novos grupos na próxima semana.<br />
Catarina Duarte<br />
e Susana Represas<br />
catarina.duarte@economico.pt<br />
Dois meses passados desde o início<br />
da vacinação contra a gripe A,<br />
o grande cavalo de batalha continuamaserasgrávidas,ogrupo<br />
prioritário que maior risco tem<br />
de desenvolver complicações<br />
graves se contrair o vírus H1N1,<br />
mas também aquele que mais<br />
tem resistido à vacinação. “Se tivéssemos<br />
de eleger uma missão,<br />
seria neste momento vacinar todas<br />
as grávidas”, disse a subdirectora-geral<br />
da Saúde ao Diário<br />
<strong>Económico</strong>.<br />
Graça Freitas não revelou<br />
quantas grávidas já foram vacinadas<br />
em Portugal, mas admite<br />
que a vacinação deste grupo<br />
prioritário está aquém do desejado.<br />
Para isso, “contribuiu a associação<br />
infeliz das mortes fetais<br />
comasgrávidasvacinadas”,lamenta<br />
Graça Freitas. “Nos países<br />
nórdicos a vacinação em todos os<br />
grupos correu muito bem. Nos<br />
países do sul da Europa houve<br />
menor adesão, o que se prende<br />
com questões culturais”, acrescentou<br />
ainda a subdirectora-geraldaSaúde.<br />
Portugal já recebeu 470 mil<br />
doses de vacinas da gripe A, do<br />
total dos seis milhões encomendadas<br />
ao laboratório GlaxoSmithKline,<br />
70% das quais já foram<br />
administradas, anunciou<br />
ontem o director-geral da Saúde,<br />
Francisco George.<br />
De acordo com o balanço da<br />
Direcção Geral da Saúde, até 5 de<br />
Janeiro foram administradas nos<br />
Do total das<br />
vacinas já<br />
disponíveis em<br />
Portugal, 70%<br />
já foram<br />
administradas,<br />
disse ontem<br />
Francisco George.<br />
Europa faz ponto da situação da gripe A<br />
Já no âmbito da presidência<br />
espanhola da Comissão Europeia,<br />
que começa hoje, os responsáveis<br />
pelas entidades de saúde dos vários<br />
Estados-membros vão reunir-se nos<br />
próximos dias em Cáceres para<br />
fazer um ponto da situação da gripe<br />
A e das campanhas de vacinação.<br />
Nesta reunião será também<br />
debatido o rumo a dar ao excedente<br />
de vacinas que alguns países neste<br />
momento acumulam, como é o caso<br />
de França, disse ontem Francisco<br />
George. Contudo, o director-geral<br />
da Saúde recusa-se a dizer que vão<br />
sobrar vacinas em Portugal. Até<br />
porque, as vacinas têm uma<br />
validade de três anos, logo nem<br />
sequer se põe em causa esgotar-se<br />
o seu prazo, disse Francisco George,<br />
frisando que “as pessoas continuam<br />
a ter vantagens em vacinar-se”, até<br />
porque “este vírus não vai<br />
desaparecer”.<br />
centros de saúde 261.129 vacinas,<br />
correspondentes à imunização de<br />
247.499 cidadãos, uma vez que<br />
foram dadas 13.630 segundas doses<br />
a crianças de idade inferior a<br />
10 anos e a doentes imuno-deprimidos.<br />
Ou seja, Francisco George<br />
estima que 320 mil portugueses já<br />
tenham sido vacinados contra o<br />
H1N1, dos quais 73.750 são crianças<br />
até aos 12 anos. Os dados da<br />
campanha de vacinação indicam<br />
ainda que já foram vacinadas 35<br />
mil crianças até aos dois anos.<br />
Os portugueses aproveitaram<br />
asemanaentreoNataleoAno<br />
Novo para vacinar os filhos, revelou<br />
também Graça Freitas, tendo<br />
sido administradas nos dias 28 e<br />
29 de Dezembro mais de 10 mil<br />
vacinas.<br />
Na conferência de balanço da<br />
vacinação, Francisco George informou<br />
também que a vacinação<br />
vai ser alargada já na próxima semana<br />
a novos grupos. Os jovens<br />
de 30 anos é o grupo mais provável,<br />
contudo, ao Diário <strong>Económico</strong><br />
Graça Freitas disse que essa<br />
solução ainda não está “completamente<br />
tomada”.<br />
Inicialmente as autoridades<br />
de saúde definiram três grupos<br />
alvo. O primeiro, que arrancou a<br />
26 de Outubro, incluiu grávidas<br />
com patologia associada e os<br />
profissionais de primeira linha<br />
que desempenhavam funções<br />
essenciais, em especial os profissionais<br />
de saúde. Seguiu-se, a<br />
2deNovembro,avacinaçãode<br />
todas as grávidas saudáveis no<br />
segundo e terceiro trimestre de<br />
gravidez e mais profissionais<br />
imprescindíveis. A 16 de Novembro<br />
a campanha foi alargada<br />
ao grupo B, com prioridade<br />
para as crianças com idade entre<br />
os 6 meses e os 2 anos e no dia 21<br />
de Dezembro foi alargada ao<br />
grupo C com prioridade para as<br />
crianças até aos 12 anos. Esta<br />
fase estava prevista apenas para<br />
depois de Janeiro, mas com as<br />
remessas disponíveis, a pouca<br />
adesão dos grupos de risco anteriores<br />
e o facto de já só ser necessária<br />
uma dose para a imunização<br />
ser eficaz, ficaram disponíveis<br />
mais vacinas pelo que se<br />
antecipou o processo. ■<br />
CASOSDEGRIPE<br />
O número de doentes com gripe<br />
diminuiu nas últimas semanas.<br />
Semana Casos observados<br />
com sintomas gripais<br />
9 a 15/11 19.903<br />
16 a 22-11 27.121<br />
23 a 29-11 27.169<br />
30-11 a 6-12 20.506<br />
7a13-12 14.518<br />
14 a 20-12 10.221<br />
21 a 27-12 6.419<br />
28-12a3-01 4.811<br />
Fonte: Direcção Geral de Saúde<br />
VACINASDAGRIPEA<br />
320 mil<br />
As autoridades de saúde<br />
estimam que 320 mil<br />
portugueses já foram vacinados<br />
contra a gripe A. Destes, 73.750<br />
são crianças até aos 12 anos.<br />
MORTES POR H1N1<br />
81<br />
A gripe A já matou 81 pessoas<br />
em Portugal, das quais 11 não<br />
apresentavam factores de risco.<br />
CONSELHO DA EUROPA INVES<br />
QUATRO PERGUNTAS A...<br />
GRAÇA FREITAS<br />
Subdirectora-geral da Saúde<br />
“Tudo depende<br />
do comportamento<br />
do vírus”
Moura Guedes assistente no Face Oculta<br />
A jornalista Manuela Moura Guedes foi admitida como assistente no<br />
processo Face Oculta, mais de um mês depois de ter apresentado esse<br />
pedido. O objectivo de Moura Guedes é “auxiliar o Ministério Público na<br />
procura da verdade”, disse à agência Lusa a antiga pivô do Jornal<br />
Nacional da TVI, suspenso na vésperas das eleições legislativas de<br />
Setembro de 2009. O processo investiga uma alegada rede de tráfico de<br />
influências e envolve várias empresas com participação do Estado.<br />
TIGA EVENTUAIS PRESSÕES DAS FARMACÊUTICAS SOBRE A OMS NA GRIPE A<br />
Ainda é cedo para baixar a<br />
guarda porque o vírus da gripe<br />
A continua activo, diz a<br />
subdirectora-geral da Saúde.<br />
Para já, Graça Freitas, fala<br />
apenas de cenários, mas tudo<br />
indica que no próximo ano a<br />
vacina contra a gripe sazonal já<br />
inclua o H1N1.<br />
A vacina sazonal do próximo<br />
Inverno já vai incluir a<br />
estirpe do vírus H1N1?<br />
Sim vai incluir. Mas não<br />
sabemos ainda como se vai<br />
processar a vacinação. Pode ser<br />
uma única vacina trivalente que<br />
inclua os dois vírus sazonais<br />
mais o vírus da gripe A (H1N1)<br />
ou então duas vacinas, ou seja,<br />
a vacina sazonal mais a vacina<br />
da gripe A. A recomendação<br />
virá da Organização Mundial de<br />
Saúde, que deverá emitir o<br />
pareceremMarço.Neste<br />
momento a comissão da OMS<br />
está a estudar o<br />
comportamento do vírus, que<br />
até ao momento tem estado<br />
bastante estável.<br />
Se for necessária apenas<br />
uma vacina trivalente o que<br />
vai acontecer ao stock de<br />
vacinas da gripe A que<br />
sobrarem?<br />
“O vírus continua<br />
a circular, embora<br />
com menor<br />
intensidade”,<br />
diz a subdirectorageral<br />
da Saúde.<br />
AGENDA DO DIA<br />
● Parlamento vota quatro leis sobre<br />
casamento homossexual.<br />
● Eleições directas para o presidente<br />
e delegados do PS Madeira.<br />
● Coimbra promove debate sobre<br />
transformações na Justiça.<br />
● Reunião inaugural da Presidência<br />
espanhola da Comissão Europeia.<br />
Quero ressalvar que neste<br />
momento estamos sempre a<br />
falar de cenários. Mas se o vírus<br />
dominante não mudar, o vírus<br />
em circulação no próximo<br />
Inverno será em tudo<br />
semelhante ao H1N1, pelo que<br />
as vacinas que temos podem<br />
ser aplicadas. Mas queria frisar<br />
que está tudo dependente<br />
do comportamento do vírus.<br />
Como está a correr a<br />
vacinação nos outros países<br />
da Europa?<br />
Nos países nórdicos está a<br />
correr bem em todos os grupos.<br />
Nos países do sul da Europa<br />
Sexta-feira 8 Janeiro 2010 Diário <strong>Económico</strong> 13<br />
Nacho Doce/Reuters<br />
A assembleia do Conselho<br />
da Europa vai investigar<br />
presumíveis pressões dos<br />
‘lobbies’ farmacêuticos<br />
na sequência da eclosão<br />
da pandemia da gripe A.<br />
Em causa estarão dúvidas<br />
sobreseaOrganização<br />
Mundial de Saúde terá<br />
declarado uma falsa<br />
pandemia em Abril de<br />
2009. Segundo o “Le<br />
Soir” ‘online’, a<br />
presidente da Comissão<br />
de Saúde daquela<br />
organização, Thérèse<br />
Snoy, terá informado<br />
ontem os respectivos<br />
companheiros de equipa<br />
que o Conselho da Europa<br />
acaba de lançar um<br />
inquérito sobre a<br />
eventual tentativa<br />
de influência das<br />
companhias.<br />
houve menor adesão, o que se<br />
deve a questões culturais.<br />
É cedo para afastar<br />
a prevenção? O vírus<br />
continua activo?<br />
Claro que sim. O vírus continua a<br />
circular, embora com menor<br />
intensidade. Até porque não<br />
sabemos se vamos voltar a ter<br />
uma onda pandémica nas<br />
próximas semanas ou mesmo no<br />
Verão, como aconteceu em 1957.<br />
As medidas de prevenção devem<br />
manter-se, bem como a vacinação<br />
dos grupos prioritários, incluindo<br />
as grávidas que são um grupo de<br />
maior risco. ■ C.D
14 Diário <strong>Económico</strong> Sexta-feira 8 Janeiro 2010<br />
POLÍTICA<br />
MEDICAMENTOS<br />
Secretário de Estado quer unidose<br />
implementada num máximo de dois meses<br />
O secretário de Estado da Saúde, Óscar Gaspar quer que num prazo<br />
máximo de dois meses esteja implementada a venda de medicamentos<br />
em unidose, na sequência do actual “processo negocial” com os parceiros,<br />
de quem tem sentido “abertura”. A Autoridade Nacional do Medicamento<br />
(Infarmed) avançou ontem à agência Lusa que nenhuma farmácia<br />
hospitalar ou de oficina em Portugal aderiu à venda de medicamentos em<br />
unidose, seis meses após a entrada em vigor da lei que a institui.<br />
Fontão de Carvalho foi vereador da<br />
Câmara Municipal de Lisboa.<br />
COMISSÃO CONTRA A CORRUPÇÃO VAI TER UM SITE PARA RECOLHER CONTRIBUTOS<br />
JUSTIÇA<br />
Sócrates assume defesa de<br />
casamento gay no Parlamento<br />
Esquerda parlamentar aprova diploma do Governo e deixa de fora a adopção.<br />
Susana Represas e Márcia Galrão<br />
susana.represas@economico.pt<br />
O primeiro-ministro José Sócrates<br />
vai hoje ao Parlamento defender<br />
pessoalmente a proposta de<br />
lei do Governo que permite o casamento<br />
entre pessoas do mesmo<br />
sexo. Uma decisão inédita e<br />
aplaudida pela bancada parlamentar<br />
do PS, que considera ser<br />
um sinal enviado a Belém de que<br />
esta é uma lei para aprovar.<br />
Em entrevista ao Diário <strong>Económico</strong>,<br />
o ministro dos Assuntos<br />
Parlamentares, Jorge Lacão, justificaapresençadeSócratesnaAR<br />
com o facto de se tratar “de uma<br />
questão civilizacional muito importante”,<br />
para o país. Recordese<br />
que esta tem sido uma das<br />
grandes bandeiras socialistas.<br />
Com o secretário-geral socialista<br />
no plenário, a Assembleia da República<br />
vota hoje quatro diplomas<br />
sobre esta matéria, um tema que<br />
tem dominado a actualidade nos<br />
últimos meses e que até à última<br />
horatemsidoalvodemuitasdivergências,<br />
entre Governo, posi-<br />
ção e nos corredores do PS.<br />
Certoéquetodaaesquerda<br />
parlamentar vai aprovar o diploma<br />
do Governo para permitir o<br />
casamento civil entre pessoas do<br />
mesmo sexo. Também garantido<br />
está o chumbo dos diplomas do<br />
PEV e do BE que além de legalizarem<br />
o casamento, permitem a<br />
adopção por casas dos mesmo<br />
sexo. Estes diplomas vão ser rejeitados<br />
com os votos contra do PSD<br />
eCDS-PPedoPS.Noentanto,<br />
esta questão não foi nada pacifica<br />
dentro da bancada liderada por<br />
Francisco Assis. A direcção impôs<br />
disciplina de voto aos deputados<br />
socialistas, a pedido do próprio<br />
primeiro-ministro, mas o facto<br />
de muitos deputados considera-<br />
rem que a questão da adopção é<br />
também uma discriminação levou<br />
a alguns pedidos de excepção.<br />
Ontem Assis aceitou sete pedidos,<br />
todos justificados pelo líder<br />
da bancada, mas até à hora de fecho<br />
desta edição, não havia decisão<br />
sobre os outros dois pedidos<br />
das deputadas Jamila Madeira e<br />
Catarina Marcelino. O Diário<br />
<strong>Económico</strong> apurou, no entanto,<br />
que o líder da bancada deverá optar<br />
por não os conceder, evitando<br />
assim maior mal estar dentro do<br />
grupo parlamentar. A disciplina<br />
de voto acabou por ser aceite pelos<br />
deputados do PS, por se tratar<br />
de uma matéria assumida em<br />
campanha eleitoral e não de<br />
consciência.<br />
O BE anunciou que aceita a<br />
proposta do Governo, mas garante<br />
que não vai abdicar da questão<br />
da adopção e espera que no futuro<br />
venha a ser consagrado. O PCP<br />
votará a favor do diploma do Governo,<br />
mas abster-se-á nos diplomas<br />
do BE e PEV. O CDS rejeita<br />
no seu programa modificações à<br />
natureza jurídica do casamento. ■<br />
Leitura da sentença dos administradores da<br />
EPUL acusados de peculato adiada ‘sine die’<br />
A leitura da sentença do caso que envolve o ex-vereador da Câmara de<br />
Lisboa Fontão de Carvalho e quatro ex-administradores da Empresa<br />
Pública de Urbanização de Lisboa (EPUL), marcada para hoje, foi adiada<br />
‘sine die’. O ex-vereador e ex-vice-presidente da Câmara de Lisboa e os<br />
quatro ex-administradores da EPUL - Eduarda Mapoleão, Aníbal Cabeça,<br />
Arnaldo João e Luisa Amado são acusados de co-autoria do crime de<br />
peculato. O Ministério Público pediu a condenação dos cinco arguidos.<br />
Paulo Alexandre Coelho<br />
A comissão parlamentar eventual que vai acompanhar a luta contra a corrupção vai disponibilizar uma página<br />
na Internet, aberta a contributos dos cidadãos. A proposta foi defendida ontem pelo presidente da comissão,<br />
Vera Jardim, e aceite por todos os grupos parlamentares. Sobre as audições que a comissão vai realizar, o PSD<br />
apresentou uma proposta para ouvir 27 representantes de instituições e personalidades, uma lista que deverá<br />
integrar vários representantes do sector da Justiça.<br />
Jorge Lacão justifica a<br />
presença de Sócrates<br />
com o facto de esta<br />
ser uma questão<br />
“civilizacional”<br />
O que pode fazer<br />
Cavaco Silva<br />
Com aprovação certa no<br />
Parlamento, o diploma segue<br />
depois para o Presidente da<br />
República. Aqui o casamento entre<br />
pessoas do mesmo sexo pode ter<br />
três destinos: ou é promulgado, ou<br />
vetado ou enviado para o Tribunal<br />
Constitucional. Até agora, Cavaco<br />
apenas se pronunciou sobre o<br />
assunto para dizer que está<br />
concentrado noutros problemas.<br />
Frase que teve várias<br />
interpretações. Uns consideraram<br />
que é um sinal de que o diploma<br />
não vai passar o crivo de Belém,<br />
outros, acham que estas palavras<br />
mostram que a lei passará sem<br />
problema. Constitucionalistas<br />
defendem que este diploma pode<br />
ser constitucional, e aqui volta a<br />
haver divergências. Há quem diga<br />
que essa ilegalidade se deve à<br />
exclusão da adopção, outros acham<br />
que o casamento é só para sexos<br />
diferentes. S.R.<br />
COLUNA VERTEBRAL<br />
Claques<br />
JOÃO PAULO GUERRA<br />
O PS decidiu introduzir na<br />
agenda política uma questão<br />
fracturante para fracturar a<br />
“coligação negativa” da direita<br />
edaesquerdacontraoGoverno,damesmaformaqueaesquerdaàesquerdadoPSlança<br />
questões fracturantes para<br />
quebrar o bloco central. Mas<br />
agora é o próprio PS que está<br />
fracturado na matéria agendada<br />
sobre legalização do casamento<br />
entre pessoas do mesmo<br />
sexo.EquesoluçãoéqueoPS<br />
usa para tentar remendar a<br />
fractura? A solução é de gesso e<br />
consiste na imposição da disciplina<br />
de voto.<br />
A imposição da disciplina de<br />
voto pelo PS é tão ilegítima<br />
como a concessão da liberdade<br />
de voto pelo PSD. Os deputados,<br />
embora eleitos à lista, não<br />
são propriamente corpos<br />
amorfos e acéfalos que fazem o<br />
quelhesmandamoscérebros<br />
dos partidos em nome da conveniência,<br />
da táctica ou sequer<br />
da fidelidade partidária. A fidelidade<br />
é um sentimento horrível<br />
que será próprio dos animais.<br />
O que é próprio dos homenséalealdade.Eoprimeiro<br />
dever da lealdade de cada homemécomasuaprópriaconsciência.<br />
Os partidos não são<br />
donos dos votos dos deputados,<br />
sobretudo em matérias que envolvam<br />
a consciência individual.<br />
Eotempoemqueuns<br />
senhores de jaquetão preto e<br />
cabeças lustrosas de brilhantina<br />
diziam todos em coro “muito<br />
bem” ao discurso do chefe<br />
morreu em 1974. Só que, pelos<br />
vistos, ficou mal enterrado.<br />
De maneira que cada vez que<br />
um deputado fura o sentido<br />
único e obrigatório de voto imposto<br />
pela direcção do partido<br />
isso constitui uma vitória da<br />
democracia e da liberdade.<br />
Com a canga da disciplina de<br />
voto, o Parlamento poderia reduzir-se<br />
à conferência de líderes,<br />
onde cada um dos presentes<br />
levaria no bolso os votos da<br />
claque partidária. Ou, melhor<br />
dizendo, da clique que decide<br />
como vão votar os eleitos pelo<br />
povo. ■<br />
joaopaulo.guerra@economico.pt
REFORMA<br />
Sindicato quer prisão preventiva para os<br />
crimes com pena de prisão superior a 3 anos<br />
O Sindicato dos Magistrados do Ministério Público (SMMP) defende o<br />
regresso ao regime penal que permitia a prisão preventiva para todos os<br />
crimes com pena de prisão superior a três anos, contra os actuais cinco.<br />
Esta e outras sugestões foram ontem divulgadas em Lisboa pelo SMMP,<br />
quando faltam poucos dias para o Governo entregar ao Conselho<br />
Consultivo da Justiça as propostas de correcção dos Códigos Penal (CP) e<br />
do Processo Penal (CPP), revistos em 2007.<br />
Tribunal da<br />
Relação volta a<br />
dizer que ASAE é<br />
inconstitucional<br />
Primeiro caso ainda aguarda decisão superior<br />
e novo processo vai para o Constitucional.<br />
Susana Represas<br />
susana.represas@economico.pt<br />
O Tribunal da Relação de Lisboa<br />
considerou, pela segunda vez,<br />
que a Autoridade de Segurança<br />
Alimentar e Económica (ASAE)<br />
é inconstitucional. Em causa<br />
estáatransformaçãoporparte<br />
do Governo deste organismo em<br />
polícia criminal, matéria legislada<br />
em 2007 sem autorização<br />
da Assembleia da República.<br />
A primeira decisão deste tribunal<br />
foi revelada em Julho do<br />
ano passado, e de acordo com<br />
fonte judicial o processo ainda<br />
está em fase de recurso, aguardando<br />
uma decisão do Tribunal<br />
Constitucional. No acórdão publicado<br />
recentemente, em Dezembro,<br />
os juízes da 9ª Secção<br />
Criminal da Relação de Lisboa<br />
consideram que entre as atribuições<br />
da ASAE, criada por decreto-lei<br />
do Governo em Dezembro<br />
de 2005, foi-lhe atribuída<br />
a competência e os poderesdeórgãoeautoridadedepolícia<br />
criminal que prevê, nomeadamente,<br />
o direito de uso e<br />
porte de arma ao pessoal de inspecção<br />
da ASAE. Neste contexto,<br />
a actuação da ASAE enqua-<br />
A primeira decisão<br />
do tribunal da<br />
Relação foi tomada<br />
em Julho, mas o<br />
processo aguarda<br />
a decisão do Tribunal<br />
Constitucional.<br />
dra-se no conceito constitucional<br />
de “forças de segurança”.<br />
Tendo em conta este quadro legal,<br />
o tribunal refere que este<br />
diploma do Governo está ferido<br />
de inconstitucionalidade orgânica,<br />
porque viola a reserva de<br />
lei da Assembleia da República.<br />
Aocontráriodoqueacontece<br />
com as restantes entidades com<br />
poderes de polícia criminal (SP,<br />
GNR, PJ e SEF) que foram legisladas<br />
no Parlamento ou com a<br />
sua autorização, neste caso, os<br />
deputados não foram ouvidos<br />
sobre as mudanças.<br />
Ao que o Diário <strong>Económico</strong><br />
conseguiuapurar,estaéasegunda<br />
decisão sobre casos concretos,<br />
em que tenha sido requerida<br />
esta ilegalidade, e este caso<br />
deverá seguir para o Tribunal<br />
Constitucional, uma vez que o<br />
recurso do Ministério Público é<br />
obrigatório. Esta questão já tinha<br />
sido defendida por vários juristas,<br />
no entanto, esta lei só poderá<br />
vir a ser definitivamente inconstitucional<br />
se os conselheiros<br />
considerarem, em três casos<br />
concretos, que o diploma viola a<br />
Constituição.<br />
Este segundo caso em que é<br />
levantada a ilegalidade da ASAE<br />
refere-se a um julgamento no tribunal<br />
criminal de Loures, em<br />
que o arguido foi acusado pela<br />
prática de um crime de exploração<br />
ilícita de jogo. Em primeira<br />
instância, o arguido foi condenado<br />
a 180 dias de prisão, substituídos<br />
por multa. Mas perante o recurso<br />
para a segunda instância, a<br />
Relação de Lisboa decidiu “declarar<br />
nulo o julgamento”, ordenando<br />
por isso a sua repetição.<br />
No acórdão decidido em Julho o<br />
caso referia-se a um processo do<br />
tribunal de Almada, por um crime<br />
de exploração ilícita de um<br />
jogo de fortuna ou azar. A arguida,<br />
que vendia “raspadinhas” e<br />
foi condenada em Novembro de<br />
2008 a uma pena de 90 dias de<br />
prisão, igualmente substituída<br />
por uma pena de multa. O julgamento<br />
também foi anulado.<br />
Até agora, estas decisões judiciais<br />
não afectaram a actividade<br />
da ASAE, tutelada pelo Ministério<br />
da Economia e da Inovação. ■<br />
As temperaturas vão baixar nos<br />
próximos dias.<br />
Em 2009, a ASAE, presidida por<br />
António Nunes (na foto), fez 1230<br />
detenções, o dobro do que tinha<br />
feito no ano anterior.<br />
O QUE PODE ACONTECER<br />
● O Tribunal Constitucional pode<br />
decretar com força obrigatória<br />
geral a inconstitucionalidade ou a<br />
ilegalidade de qualquer norma,<br />
desde que tenha julgado essa<br />
questão em três casos concretos.<br />
● Algumas entidades podem<br />
requerer directamente ao TC a<br />
inconstitucionalidade de uma<br />
norma: o Presidente da República<br />
e da Assembleia da República, o<br />
Provedor de Justiça, o primeiroministro<br />
e o PGR.<br />
● A Constituição dá essa hipótese<br />
a um décimo dos deputados da AR,<br />
das Assembleias regionais, ou os<br />
presidentes dos Governos<br />
regionais, que podem pedir que o<br />
TC declare, de forma definitiva, a<br />
ilegalidade de normas.<br />
● Para cada caso concreto<br />
qualquer tribunal pode considerar<br />
que uma norma viola a<br />
Constituição. No caso da ASAE,<br />
qualquer cidadão, a quem tenha<br />
sido instaurado um processo, pode<br />
recorre a tribunal, dizendo que a<br />
ASAE não podia aplicar sanções,<br />
porque o diploma em que se baseia<br />
é inconstitucional. O tribunal pode<br />
aceitar e a questão pode chegar ao<br />
último recurso.<br />
MAU TEMPO<br />
Sexta-feira 8 Janeiro 2010 Diário <strong>Económico</strong> 15<br />
Protecção civil aconselha população<br />
a proteger-se do frio nos próximos dias<br />
O Instituto de Meteorologia prevê uma diminuição acentuada das<br />
temperaturas nos próximos dias, principalmente nas regiões do interior<br />
do país. Como precaução, a Protecção Civil aconselha a população a ter<br />
alguns cuidados para enfrentar as temperaturas baixas, como utilizar<br />
várias camadas de roupa em vez de uma única peça de tecido grosso.<br />
Ventilar as casas quando se utilizam lareiras ou braseiras é outra<br />
recomendação que a Protecção Civil deixa aos portugueses.<br />
PUB<br />
AUTORIDADE DA CONCORRÊNCIA<br />
AVISO<br />
João Paulo Dias<br />
1. Nos termos e para os efeitos previstos no artigo 33.º da Lei nº 18/2003, de<br />
11 de Junho, faz-se público que a Autoridade da Concorrência recebeu, em 4<br />
de Janeiro de 2010, com produção de efeitos em 5 de Janeiro de 2010, uma<br />
notificação prévia de uma operação de concentração de empresas, realizada<br />
ao abrigo do disposto no artigo 9.º do referido diploma.<br />
2. A operação de concentração em causa consiste na aquisição, pelo Eng.º José<br />
Joaquim Morais Rocha (“Eng.º Morais Rocha”), do controlo exclusivo da Terminal<br />
Multiusos do Beato – Operações Portuárias, S.A. (“TMB”), através do reforço<br />
da participação minoritária que, directa e indirectamente, já detém nesta<br />
sociedade, passando a deter a maioria das acções representativas do seu<br />
capital social.<br />
3. Actividades das empresas envolvidas:<br />
• Eng.º Morais Rocha – pessoa individual que, através das sociedades que<br />
controla (a Sodiap – Sociedade de Armazenagem e Distribuição, S.A. (“Sodiap”),<br />
a Cargo Terminal – Sociedades de Transportes, S.A., a J.J.M.R. – Sociedade<br />
Agrícola, Lda., a J.J.M.R. – Imobiliária, Lda.), se dedica, nomeadamente, às<br />
seguintes actividades: armazenamento, transporte e distribuição; transporte<br />
rodoviário de mercadorias; produção de vinhos; e compra e venda de imóveis.<br />
Este accionista detém, ainda, directamente e através da Sodiap, uma participação<br />
minoritária na TMB.<br />
• TMB – sociedade de direito português, titular da Concessão do Direito de<br />
Exploração do Terminal Multiusos do Beato, em regime de serviço público,<br />
de que é concedente a Administração do Porto de Lisboa. A TMB presta<br />
serviços de movimentação portuária de carga contentorizada, de carga geral<br />
fraccionada e de granéis sólidos, no Porto de Lisboa.<br />
4. Quaisquer observações de terceiros interessados sobre a operação de<br />
concentração em causa devem ser remetidas à Autoridade da Concorrência,<br />
no prazo de 10 dias úteis, indicando a Ccent. 1/2010 – Morais Rocha/TMB,<br />
por via postal ou fax, para o seguinte endereço:<br />
Autoridade da Concorrência<br />
Avenida de Berna, 19<br />
1050-037 Lisboa<br />
Telefone: (351) 217 902 000 - Fax: (351) 217 902 095<br />
Horário de expediente: das 9.30 às 12.30 e das 14.30 às 17.30 horas<br />
O Director do Departamento de Controlo de Concentrações<br />
António Ferreira Gomes
16 Diário <strong>Económico</strong> Sexta-feira 8 Janeiro 2010<br />
MUNDO<br />
Zapatero quer um ‘Pacto<br />
de estabilidade’ para<br />
a política económica<br />
O presidente do governo espanhol quer transformar a agenda de Lisboa numa<br />
política vinculativa, com metas e sanções por incumprimento.<br />
Luís Rego, em Madrid<br />
luis.rego@economico.pt<br />
Um dos últimos refúgios da soberania<br />
nacional na política económica<br />
foi ontem à noite atacado<br />
pelo actual presidente semestral<br />
do Conselho Europeu. José Luís<br />
Rodrigues Zapatero quer que a<br />
UE “transforme a próxima estratégia<br />
de Lisboa até 2020 num<br />
pacto de estabilidade”, com<br />
“metas vinculativas” e sanções<br />
por incumprimento, mas “desta<br />
feita para a política económica<br />
nacional”, incluindo políticas<br />
sectoriais como a energia, a investigação<br />
ou emprego.<br />
“Há uma absoluta necessidade<br />
dedarumnovocarácteràestratégia<br />
de Lisboa, para 2020, com<br />
medidasdeincentivoemedidas<br />
correctoras em torno dos objectivos<br />
de política económica, que<br />
estão bem delineados”, disse Zapatero<br />
num encontro com alguns<br />
jornalistas de Bruxelas. “É preciso<br />
criar metas para as universidades,<br />
para os empresários, para os<br />
investigadores” (…)“soubemos<br />
fazê-lo com o Pacto de Estabilidade<br />
e agora saberemos fazê-lo<br />
paraoutrosâmbitos.Istosehouver<br />
vontade política”, rematou.<br />
Otemaserádiscutidonumalmoço<br />
de trabalho hoje em Madrid<br />
entre o líder espanhol, o<br />
presidente da Comissão, Durão<br />
Barrosoeonovopresidentepermanente<br />
do Conselho, Herman<br />
VanRompuy.Eserátemadedebate<br />
ao nível dos líderes dos 27<br />
numa reunião extraordinária no<br />
próximo dia 11 em Bruxelas, destinadaàeconomiaeemprego<br />
para que, já na cimeira de Março,<br />
a estratégia esteja sobre carris.<br />
Esta discussão tem ‘barbas’.<br />
Tanto na génese da agenda de Lisboa<br />
em 2000, como em 2005 na<br />
revisão da estratégia, fracassaram<br />
todasastentativasdecriarmecanismos<br />
vinculativos para que as<br />
orientações, como elevar o orçamento<br />
nacional de I&D para 3%<br />
do PIB ou cumprir a meta de emprego<br />
em 70%, ou muitas outras<br />
metas para a educação, fossem<br />
obrigatórias. A estratégia terminou<br />
num rotundo falhanço porque,<br />
sem pressão de Bruxelas, os<br />
O presidente da<br />
Comissão, Durão<br />
Barroso, explica agora<br />
que em 2005 os líderes<br />
não quiseram ir mais<br />
longe na criação<br />
de instrumentos<br />
vinculativos que desse<br />
‘dentes’ a Lisboa.<br />
“É preciso criar<br />
metas para as<br />
universidades,<br />
para os<br />
empresários,<br />
para os<br />
investigadores”,<br />
disse ontem o líder<br />
espanhol, José<br />
Luís Zapatero.<br />
Estados não as aplicaram e as duas<br />
crises económicas anularam<br />
qualquer margem orçamental<br />
para empreender as reformas estruturais<br />
subjacentes ao plano definido<br />
sob comando de António<br />
Guterres em Lisboa.<br />
OpresidentedaComissão,<br />
Durão Barroso, explica agora que<br />
em 2005 os líderes expressamente<br />
não quiseram ir mais longe na<br />
criação de instrumentos vinculativos<br />
que desse ‘dentes’ a Lisboa.<br />
O resultado, nas palavras de<br />
Zapatero que esteve presente nesse<br />
processo de revisão, foi continuar<br />
com “recomendações genéricas e<br />
avaliações generosas de Bruxelas à<br />
política económica da UE, sem<br />
impacto na opinião pública”. O líder<br />
espanhol diz que “não vou dizerjáqualdevemserasconsequências<br />
por incumprimento.<br />
Esseéodebatequevamoster”.A<br />
quem cabe definir essas “medidas<br />
correctivas é à Comissão Europeia.<br />
Eulimito-meapôrotemana<br />
mesa”, explica o líder espanhol.<br />
As resistências far-se-ão sentir<br />
nas capitais mais reticentes à<br />
perda de soberania nacional,<br />
como Londres que conseguiu recentemente<br />
diluir os projectos de<br />
regulação europeia para o sector<br />
financeiro, mantendo um travão<br />
de segurança sobre o ascendente<br />
da supervisão europeia na sua<br />
City. Os Estados já foram chamados<br />
a entregar a instâncias europeias<br />
a sua política monetária,<br />
cambial e virão a política orçamental<br />
cair debaixo de um controlo<br />
apertado do Pacto de Estabilidade,<br />
que fixa um limite de<br />
3% do PIB para o défice anual.<br />
Mas tanto Zapatero como Barroso<br />
estão confiantes que os tempos<br />
hoje são outros e que agora talvez<br />
passe. “A crise financeira criou um<br />
novo contexto. Foi a resposta coordenada<br />
da zona euro que salvou o<br />
nosso sistema financeiro. Por outro<br />
lado, se a Europa quer progredir<br />
com as actuais características da<br />
globalização económica tem de<br />
unir-se, o resto é perder tempo. E<br />
por último, as consequências da recessão<br />
fazem com que os países que<br />
estavam mais reticentes estejam<br />
hoje mais abertos, e os outros nunca<br />
estiveram tão entusiastas”. ■<br />
Madrid recebe<br />
hoje Barroso<br />
Hoje haverá uma primeira reunião<br />
de trabalho entre o presidente da<br />
Comissão Europeia, Durão<br />
Barroso,eosdoispresidentesda<br />
UE, o rotativo e o permanente.<br />
Para a vice-presidente do governo<br />
espanhol, Fernandez de la Vega,<br />
“estanãoéahorade<br />
protagonismos mas sim de ser<br />
eficaz. O que temos de falar é dos<br />
problemas que afectam os<br />
cidadãos, o resto é por em prática<br />
o que existe no Tratado. Como?<br />
Falando muito, com uma certeza:<br />
há espaço para todos, há espaço<br />
de sobra”. Porém, diz-se<br />
“consciente que a cooperação vai<br />
ser complicada, mas essa vai ser<br />
a base do funcionamento da UE.<br />
É preciso procedimentos claros<br />
que não ofereçam duvidas”.<br />
FRIO POLAR CHEGA À PENÍN<br />
Coabitaçã<br />
O potencial de atrito é grande<br />
na representação externa<br />
da UE.<br />
Luís Rego, em Madrid<br />
luis.rego@economico.pt<br />
O palco está montado para<br />
um semestre atribulado em<br />
Bruxelas com a presidência<br />
espanhola a assumir em plena<br />
força os comandos da União<br />
Europeia, apesar de agora ter<br />
de partilhar estas funções<br />
com os novos cargos de liderança<br />
europeia criados pelo<br />
Tratado de Lisboa. O perigo,<br />
alertam analistas, é que sendo<br />
esta a primeira presidência<br />
deumanovaera,seráomolde<br />
para o futuro e qualquer<br />
conflito ou menorização do
SULA IBÉRICA NO FIM DE SEMANA<br />
Casaco russo de Berlusconi causa polémica<br />
As controvérsias não deixam de perseguir o primeiro-ministro italiano.<br />
Ao apresentar-se sorridente em público, pela primeira vez sem as<br />
ligaduras que escondiam os ferimentos que sofreu no mês passado,<br />
todas as atenções se voltaram para o facto de estar a usar um casaco<br />
com insígnias russas que lhe foi oferecido pelo seu grande amigo<br />
Vladimir Putin. Para os detractores do governante, Berlusconi não tem<br />
em conta os atropelos aos direitos humanos na Rússia.<br />
AGENDA DO DIA<br />
● Gala da Presidência espanhola da<br />
União Europeia, em Madrid<br />
● Inicia-se a Tradexpo, em Paris,<br />
evento dedicado à apresentação de<br />
produtos que vão marcar as<br />
tendências dos próximos anos.<br />
● Têm início a Exposição<br />
Internacional de Barcos, em Londres.<br />
o difícil no topo da União Europeia<br />
papel do novo figurino de<br />
Lisboa pode condicionar a<br />
agilidade da representação<br />
externadaUE.<br />
“Seremos uma fábrica de<br />
ideias e de propostas que poremos<br />
à disposição”, explica<br />
José Luis Zapatero, presidente<br />
do governo espanhol, num<br />
encontro com a imprensa de<br />
Bruxelas. Mas Maria Teresa<br />
Fernandez de la Vega, vicepresidente<br />
do governo espanhol,<br />
garante que “a presidência<br />
rotativa vai continuar a<br />
assumir o seu papel, é natural<br />
que o faça”.<br />
Nos buracos negros, criados<br />
pelo Tratado de Lisboa na representação<br />
externa, tudo<br />
está em aberto. Quem representaaUEnacimeiracoma<br />
“A presidência<br />
rotativa vai continuar<br />
a assumir o seu<br />
papel, é natural<br />
que o faça”, disse<br />
Maria Fernandez<br />
de la Vega, vicepresidente<br />
do governo<br />
espanhol.<br />
América Latina? Van Rompuy,<br />
o belga que preside em permanência<br />
o Conselho Europeu,<br />
ou Rodriguez Zapatero,<br />
que detém a presidência rotativa.<br />
No G20, o problema é o<br />
mesmo. O secretário de Estado<br />
dos Assuntos Europeus,<br />
Diego Lopez Garrido, explica<br />
que o líder espanhol “estará<br />
presente enquanto Zapatero<br />
ou seja como presidente do<br />
governoespanhol[quetem<br />
agora lugar no G20] e presidenterotativodaUE”.Neste<br />
momento isto é apenas mais<br />
um chapéu para o espanhol,<br />
mas nas próximas presidências<br />
será mais uma cadeira<br />
para o líder belga, húngaro e<br />
sucessivamente: exactamente<br />
o que se queria evitar com a<br />
criação do cargo de presidente<br />
permanente.<br />
Zapatero reconhece que “a<br />
UE se tem focalizado demasiado<br />
sobre os aspectos institucionais<br />
o que provocou inquietude<br />
junto dos cidadãos”.<br />
Mas o seu programa não se<br />
coíbe de tentar exercer influência<br />
fora do âmbito definido<br />
pelo Tratado, o que poderá<br />
reacender esse debate.<br />
Um quadro do Conselho<br />
europeu disse ao Diário <strong>Económico</strong><br />
que “não há nenhuma<br />
diferença entre o programa<br />
semestral espanhol e um<br />
qualquer programa semestral<br />
anterior”, pois toca em todas<br />
as áreas com o “mesmo grau<br />
de ambição”.<br />
O potencial de atrito é<br />
Sexta-feira 8 Janeiro 2010 Diário <strong>Económico</strong> 17<br />
SusanaVera/Reuters<br />
A vizinha Espanha já<br />
sente a vaga de frio polar.<br />
Os primeiros nevões<br />
caíram em dez regiões<br />
espanholas, que estão<br />
desdeamanhãdeontem<br />
em alerta laranja. Na zona<br />
central de Espanha várias<br />
estradas foram cortadas e<br />
inundações provocaram<br />
vários graves problemas<br />
em Málaga e Cádiz.<br />
E os termómetros vão<br />
continuar a descer, com a<br />
a meteorologia a prever<br />
temperaturas nos 15 graus<br />
negativos em algumas<br />
regiões espanholas, como<br />
é o caso de Castela e Leão.<br />
enorme em matérias tão sensíveis<br />
como a habitual representação<br />
externa da UE, onde<br />
Catherine Ashton é a nova alta<br />
representante que presidirá ao<br />
conselho dos ministros dos<br />
negócios estrangeiros e será<br />
vice presidente da CE. Estará<br />
teoricamente acima da presidência<br />
semestral a cargo do<br />
experiente chefe de diplomacia<br />
espanhol, Miguel Angel<br />
Moratinos. O espanhol já reconheceu<br />
que o seu papel será<br />
mais de coordenação que de<br />
concorrência mas tem sido<br />
muito activo a trabalhar no<br />
‘quintal’ de Ashton impondo a<br />
metadeAbrilparaqueoserviço<br />
de acção externa da UE<br />
tenha já designados 300 diplomatas.<br />
■
18 Diário <strong>Económico</strong> Sexta-feira 8 Janeiro 2010<br />
MUNDO<br />
RADAR MUNDO<br />
1<br />
Alemanha<br />
Divergências fragilizam<br />
coligação de Berlim<br />
Cristina Krippahl, na Alemanha<br />
Cristina.Krippahl@economico.pt<br />
A coabitação entre os conservadores<br />
da CDU e os liberais<br />
do FDP está a ser mais díficl do<br />
que o esperado. Primeiro foi o<br />
despedimento prematuro de<br />
um ministro, em Setembro,<br />
salpicado com uma operação<br />
que correu mal no Afeganistão.<br />
Depois a polémica instalada<br />
entre os parceiros da coligaçãodeCDU,CSUeFDPem<br />
redor de um corte da carga<br />
fiscal dos contribuintes. Agora<br />
é o chamado caso ‘Steinbach’<br />
queameaçaapazinternade<br />
um governo que – na opinião<br />
dos observadores – teve um<br />
começo muito acidentado.<br />
A deputada democratacristã,<br />
Erika Steinbach, é a<br />
presidente da Federação dos<br />
3<br />
Deportados, uma associação<br />
que representa os 15 milhões<br />
de alemães - e seus descendentes<br />
- forçados a abandonar<br />
os territórios no Leste da Europa<br />
que o país perdeu após a<br />
Segunda Guerra Mundial. Na<br />
sua maioria, os membros desta<br />
liga são já os filhos e netos<br />
dos injustiçados, mas o grupo<br />
continua a ter expressão política<br />
forte na Baviera. Por isso<br />
está em posição de reivindicar<br />
ser representado por<br />
Steinbach na direcção de uma<br />
nova fundação germano-polaca,<br />
dedicada a construir um<br />
museu-memorial às vítimas<br />
das deportações.<br />
Trata-se de um cenário rejeitado<br />
pela Polónia, já que a<br />
deputada é famosa pelas suas<br />
constantes exigências de indemnização<br />
para os deportados<br />
alemães – que a lei alemã,<br />
de resto, exclui - e por se<br />
ter recusado a reconhecer<br />
a fronteira<br />
germano-polaca há<br />
vinte anos, na vota-<br />
6<br />
5<br />
1<br />
7<br />
2<br />
Tobias Schwarz / Reuters<br />
çãoparaoefeitonoParlamento<br />
Federal.Onovoministrodos<br />
Negócios Estrangeiros, Guido<br />
Westerwelle (FDP), apostado<br />
na normalização das relações<br />
sempre complicadas com o vizinho<br />
no Leste, pronunciou-se<br />
categoricamente contra a presença<br />
de Steinbach, de modo<br />
que as negociações para o arranque<br />
dos trabalhos se entraram<br />
num longo impasse.<br />
Esta semana, Erika Steinbach<br />
mostrou-se pela primeira vez<br />
disposta a renunciar pessoalmente<br />
à direcção desde que sejam<br />
cumpridas duas condições.<br />
Por um lado, se a sua federação<br />
obtiver um maior peso<br />
na fundação, e se o governo<br />
alemão prescinda do seu direito<br />
de veto nas nomeações para este<br />
grémio. Caso contrário, a liga<br />
insistirá em nomear Steinbach.<br />
A proposta suscitou ontem<br />
enorme indignação na<br />
imprensa polaca, que<br />
acusa a deputada de<br />
‘chantagear’ Varsóvia<br />
e Berlim. ■<br />
4<br />
4 China<br />
Acordo de comércio livre com a ASEAN<br />
O impulso para a unificação<br />
económica dos continentes<br />
continua vivo. A China e os<br />
países da Associação de Nações<br />
do Sudoeste Asiático<br />
(ASEAN) estabeleceram ontem<br />
uma zona de comércio livre,<br />
representando um volume de<br />
negócios na ordem dos 3,13<br />
biliões de euros.<br />
Na cerimónia de assinatura<br />
do acordo, o vice-secretáriogeral<br />
da ASEAN, Pushpanathan<br />
Sundram, notou que o acordo<br />
representa “um marco histórico<br />
nacooperaçãoentreaChinaeas<br />
nações” da Associação.<br />
A partir de agora, as tarifas<br />
médias aplicadas pela China aos<br />
produtos dos países da ASEAN é<br />
reduzida de 9,8 para 0,1%, enquanto<br />
que estes países baixam<br />
2 Iemen<br />
Terrorista enfrenta prisão perpétua<br />
Os EUA não tencionam ser caridosos<br />
para com Umar Farouk<br />
Abdulmutallab, o nigeriano que<br />
tentou fazer explodir no Dia de<br />
Natal um avião que fazia a ligaçãoentreaHolandaeosEUA<br />
com um explosivo escondido na<br />
roupa interior. O júri federal<br />
norte-americano acusou-o oficialmente<br />
de seis crimes, incluindo<br />
o de tentativa premeditada<br />
de homicídio.<br />
3 Espanha<br />
Líder histórico<br />
da ETA condenado<br />
a cinco anos<br />
O carismático dirigente da<br />
organização separatista basca<br />
ETA e antigo deputado regional<br />
José Antonio Urrutikoetxea,<br />
conhecido como “Josu<br />
Ternera”, foi ontem condenado<br />
àreveliaacincoanosdeprisão<br />
pelo Tribunal de Paris. O seu<br />
filho, Egotiz, recebeu a pena<br />
de quatro anos de cadeia,<br />
por “associação com<br />
objectivos terroristas”.<br />
A condenação surgiu apesar<br />
do paradeiro de ambos ser<br />
desconhecido desde 2002.<br />
Em Abril de 2008 vários meios<br />
de comunicação noticiaram<br />
que o etarra, que cumprirá<br />
este ano os 60 anos de idade,<br />
teria voltado a assumir a<br />
liderança da organização<br />
terrorista.<br />
as suas tarifas sobre os produtos<br />
chineses de 12,8 para 0,6%. E<br />
até 2015 as tarifas do Cambodja,<br />
Laos, Myanmar e Vietname sobre<br />
os bens importados da China<br />
desçam para zero.■<br />
CONSUMIDORES<br />
1,9 mil milhões<br />
É o número total de habitantes<br />
abrangidos pela nova zona de<br />
comércio livre, a maior do mundo<br />
entre países em vias de<br />
desenvolvimento. Do total, 1,4 mil<br />
milhões residem na China.<br />
“As acusações que Umar<br />
Abdulmutallab enfrenta poderão<br />
fazê-lo ficar na prisão<br />
durante toda a vida”, disse o<br />
Procurador-Geral dos Estados<br />
Unidos, Eric Holder.Para além<br />
de homicídio, o terrorista falhado<br />
também é acusado de<br />
tentar usar uma arma de destruição<br />
massiva, tentativa<br />
propositada de destruir um<br />
avião, colocação de um dispositivo<br />
destrutivo, e ainda posseeusodeumaarmadefogo<br />
paralevaracaboumcrime<br />
violento.<br />
Entretanto, o vice-primeiro-ministro<br />
do Iémen para a<br />
Defesa e Segurança, Rashad al-<br />
Alimi, revelou que a informação<br />
mais recente “indica que<br />
Umar Farouk se juntou à al-<br />
Qaeda na capital britânica de<br />
Londres”, só se tendo deslocado<br />
ao Iémen depois de se ter<br />
tornado terrorista.■
OBAMA TRANSFORMA-SE EM MODELO PUBLICITÁRIO<br />
As medidas de segurança tomadas<br />
recentemente para aumentar<br />
a protecção contra atentados<br />
estão a criar fortes divisões entre<br />
os países europeus, com a<br />
maioria a acreditar que os passageiros<br />
já sofrem uma autêntica<br />
odisseia para conseguirem<br />
entrar a bordo dos aviões.<br />
Enquanto a Itália se juntou ao<br />
Reino Unido e à Holanda na instalação<br />
de detectores de corpo<br />
inteiro nos seus aeroportos, os<br />
outros países têm uma opinião<br />
diferente.<br />
ParaasecretáriadeEstado<br />
belga dos Transportes, Etienne<br />
Schouppe, as novas medidas de<br />
segurança são “excessivas”, em<br />
particular porque os requerimentos<br />
já existentes nos aeroportos<br />
europeus já são “restritos<br />
que cheguem”.<br />
As críticas belgas encontram<br />
eco em Espanha, enquanto que<br />
aAlemanhaeaFrançafazem<br />
depender a sua aceitação dos<br />
detectores do cumprimento das<br />
regras europeias, nomeadamente<br />
de que estes não coloquem<br />
riscos para a saúde, que<br />
aumentemasegurançaeque<br />
Lucas Jackson/Reuters<br />
A marca Weatherproof utilizou, sem autorização da Casa Branca, uma imagem de Barack Obama, durante a sua<br />
visita a Pequim e onde o presidente usava o casaco da marca. O anúncio foi colocado em pleno Times Square e<br />
mostra Obama com a muralha da China como fundo, numa foto da agência Associated Press. A Casa Branca já demonstrou<br />
desagrado e deu ordem para que o anúncio fosse retirado até ao final do dia de ontem.<br />
França de luto com morte de Séguin.<br />
6 França<br />
Político histórico<br />
Philippe Séguin<br />
morre aos 66 anos<br />
O cenário político francês ficou<br />
mais pobre. Ontem, Philippe<br />
Séguin, presidente do Tribunal<br />
de Contas e figura de<br />
referência para o partido UMP<br />
do presidente Nicolas Sarkozy,<br />
faleceu vítima de uma paragem<br />
cardíaca, aos 66 anos de idade.<br />
A morte de Séguin, antigo<br />
ministro que foi o líder da<br />
campanha contra o Tratado<br />
europeu de Maastricht, deu<br />
origem a demonstrações de<br />
luto por parte de todos os<br />
quadrantes políticos.<br />
Para Sarkozy, Séguin foi “uma<br />
das grandes figuras e das<br />
grandes vozes da nossa vida<br />
nacional”. Já o primeiroministro<br />
François Fillon,<br />
visivelmente emocionado,<br />
disse que o país perdeu uma<br />
“das suas mais belas vozes<br />
políticas”. O ex-primeiroministro<br />
socialista Lionel<br />
Jospin mostrou-se “triste”,<br />
enquanto o ex-presidente<br />
Jacques Chirac expressou a<br />
sua “infinita tristeza”.<br />
7 Egipto<br />
Coptas revoltam-se<br />
após homicídio<br />
em massa<br />
A paz religiosa volta a estar<br />
ameaçada no Egipto. Milhares<br />
de coptas (cristãos egípcios)<br />
saíram ontem às ruas das<br />
cidades do Sul do país e<br />
envolveram-se em confrontos<br />
com a polícia, depois de na<br />
quarta-feira um carro com<br />
atacantes muçulmanos ter<br />
morto a tiros de metralhadora<br />
seis membros da sua fé e um<br />
guarda de segurança, que<br />
saíam da missa de Natal na<br />
diocese de Nagaa Hammadi,<br />
revelou o bispo local. As<br />
autoridades suspeitam que a<br />
retaliação poderá estar na<br />
origem da violação de uma<br />
rapariga muçulmana por um<br />
homem cristão na mesma<br />
cidade, no passado mês de<br />
Novembro.<br />
Bruxelas anunciou ontem as empresas que ganharam os contratos.<br />
5<br />
Bélgica<br />
Concorrente europeu do GPS<br />
2014<br />
O sistema de navegação satélite europeu Galileu, potencial concorrente<br />
do GPS, deve estar operacional em 2014, três anos após o previsto.<br />
Bruxelas anunciou ontem que a empresa que irá fabricar os 14 satélites<br />
será a alemã OHB, num contrato avaliado em 566 milhões de euros. A<br />
francesa ArianaSpace será responsável por lançar os satéliteseaitaliana<br />
ThalesAleniaSpace fica responsável pelos serviços de apoio técnico.<br />
5 Bélgica<br />
‘Scanners’ de corpo inteiro dividem europeus<br />
não afectem os direitos dos indivíduos<br />
analisados.<br />
A oposição aos detectores é<br />
mais pronunciada no Parlamento<br />
Europeu, que está a colocar à<br />
venda os seis aparelhos que<br />
comprou em 2005, uma vez que<br />
os parlamentares aprovaram em<br />
2008 uma lei que proibia o seu<br />
uso no espaço europeu. Os deputados<br />
ficaram indignados<br />
quando souberam que a sua instituição<br />
já tinha comprado os<br />
dispositivos sem o seu conhecimento,<br />
por 750 mil euros cada<br />
um. ■<br />
Sexta-feira 8 Janeiro 2010 Diário <strong>Económico</strong> 19<br />
DR<br />
Mau tempo volta<br />
a parar Eurostar<br />
A Eurostar, cujos comboios<br />
ligam a Europa Continental ao<br />
Reino Unido através do Túnel<br />
sob o Canal da Mancha,<br />
anunciou novamente a<br />
suspensão dos seus serviços,<br />
depois de um dos seus<br />
comboios ter ficado<br />
imobilizado no meio do túnel,<br />
deixando 236 passageiros<br />
imobilizados nas profundezas<br />
do canal durante duas horas.<br />
A empresa explicou a situação<br />
com “problemas de tracção”<br />
que terão sido sentidos pelo<br />
comboio depois das<br />
temperaturas no local terem<br />
descidoparaos18graus<br />
debaixo de zero. A Eurostar<br />
avisa que o mau tempo vai<br />
levar a que o seu serviço seja<br />
“limitado” nos próximos dias.<br />
Inventado sutiã<br />
anti-rugas<br />
Sutiãs que são capazes de<br />
reduzir as marcas dos anos ou<br />
que mudam de dimensão<br />
conforme a temperatura do<br />
corpo encontram-se entre as<br />
novas roupas interiores que<br />
vão ser apresentadas na<br />
exposição de ‘lingerie’ de<br />
Paris, que começa este mês.<br />
No evento será ainda<br />
apresentada a marca de roupa<br />
interior ‘Milkshake’, feita com<br />
um tecido composto por<br />
proteínas de leite que contém<br />
dez aminoácidos que hidratam<br />
a pele.<br />
Honduras não cede<br />
à pressão dos EUA<br />
O presidente hondurenho<br />
Roberto Micheletti afirmou<br />
ontem que não irá ceder às<br />
pressões de Washington para<br />
que se demita antes do<br />
candidato eleito, Porfírio Lobo,<br />
tomar posse no próximo dia<br />
27. “A sucessão constitucional<br />
diz que eu tenho que estar no<br />
poder até 27 de Janeiro. Não<br />
vou sair se não existir um acto<br />
legal que me permita retirar<br />
(…) não vou mudar só porque<br />
me vêm pressionar”, disse.<br />
Usar ‘burca’ pode<br />
custar 750 euros<br />
O governo francês espera levar<br />
a votos depois de Março uma<br />
lei que determina que todas as<br />
mulheres que usem a ‘Burca’<br />
islâmica (vestido que cobre a<br />
totalidade do corpo das<br />
mulheres, incluindo os olhos e<br />
a boca), terão que pagar uma<br />
coima de 750 euros. É ainda<br />
prevista a aplicação de uma<br />
pena “agravada” para quem<br />
“obrigue” uma mulher a usar<br />
este tipo de traje religioso.
20 Diário <strong>Económico</strong> Sexta-feira 8 Janeiro 2010<br />
DESTAQUE2<br />
REPORTAGEM O MERCADO FEMININO EMERGENTE<br />
A OCUPADA PRESIDENTE DO INSTITUTO CHAMPALIMAUD, LEONOR BELEZA, FAZ COMPRAS NAS PAUSAS DO TRABALHO<br />
Mulheres já estão ao comando da<br />
Além de serem quase metade dos trabalhadores, elas é que decidem a maior parte das compras. Um merc<br />
Mafalda de Avelar<br />
mafalda.avelar@economico.pt<br />
Sãoasmulheresquetêmactualmente<br />
as rédeas da economia.<br />
Esta é uma frase polémica, mas<br />
facilmente explicada pelos autores<br />
do estudo ‘Women Want<br />
More’, Kate Sayre e Michael Silverstein<br />
do Boston Consulting<br />
Group que concluem que o poder<br />
de decisão de mercado está nas<br />
mãos delas. Mais, a grande maioria<br />
das empresas ainda não se deu<br />
conta do mercado emergente que<br />
este target constitui.94% das decisões<br />
de compra de artigos para<br />
a casa são tomadas por mulheres,<br />
92% das férias, em 91% dos casos<br />
é a mulher que escolhe a casa e<br />
60% das escolhas dos carros são<br />
delas também. Os homens nem<br />
decidem os bens electrónicos:<br />
51% são decisões delas.<br />
As mulheres controlam 64%<br />
das ‘despesas da casa’ e o seu poder<br />
económico está a aumentar<br />
de forma galopante, dizem Sayre<br />
e Silverstein ao Diário <strong>Económico</strong>.<br />
Este crescimento explica-se,<br />
também, porque as mulheres engordam<br />
diariamente as estatísticas<br />
como força laboral e o seu poder<br />
enquanto consumidoras aumenta<br />
nessa proporção. O fenó-<br />
meno mereceu a capa desta semana<br />
da revista ‘The Economist’,<br />
quechamaaestaa“revoluçãosilenciosa<br />
do mundo rico: as mulheres<br />
estão gradualmente a tomarcontadoslocaisdetrabalho”.<br />
Dentro de uns meses, as<br />
mulheres ultrapassam os 50% da<br />
força de trabalho norte americana<br />
tornando-se a grande classe<br />
activa. Um fenómeno que também<br />
acontece cá. Segundo o INE<br />
(3º trimestre de 2009), existem<br />
2,3 milhões de mulheres em cerca<br />
de 5 milhões de trabalhadores<br />
activos. Ou seja, quase metade.<br />
Dessas, 466 mil têm formação<br />
superior, o que ultrapassa o número<br />
de homens com canudo<br />
(309 mil). Apesar de as mulheres<br />
ganharem na formação -, perdem<br />
na atribuição de funções<br />
enquanto quadros superiores.<br />
Existem 43 mil executivos contra<br />
32 mil executivas, o que justifica<br />
o facto de os homens ganharem<br />
em média mais do que as mulheres.<br />
Esta tendência económica<br />
tem sido acompanhada de perto<br />
na política, como explica Leonor<br />
Beleza, ex-ministra da Saúde e<br />
actual presidente da Fundação<br />
Champalimaud. Esta mulher<br />
gere milhões na maior fundação<br />
Como mercado,<br />
as mulheres<br />
representam<br />
uma oportunidade<br />
eumpotencial<br />
superior à China<br />
e Índia juntas<br />
portuguesa, também tem procupações<br />
enquanto consumidora.<br />
“Venho , por exemplo, muitas<br />
vezes aqui comprar novos livros”,<br />
diz, num centro comercial<br />
pertodaFundação.Dadaasua<br />
vida ocupada, esta é uma mulher<br />
que reparte essas funções com o<br />
marido.<br />
Leonor Beleza, que foi a a segunda<br />
mulher a ser nomeada<br />
para um cargo ministerial em<br />
Portugal, faz uma ponte da economia<br />
para a política e diz que “já<br />
O poder das mulheres fez esta semana a capa da Economist e da Time e teve<br />
direitoaumgrandeartigodefundonaHarvardBusinessReview(aocentro).<br />
nãoháGovernoqueseprezeque<br />
não tenha mulheres com funções<br />
ministeriais”. “Quanto ao poder<br />
que têm, isso é outra conversa”,<br />
atira, esclarecendo que em Portugal<br />
estamos, hoje, ainda, muito<br />
distantes das realidades internacionais<br />
que dão conta do aumento<br />
do poder das mulheres.<br />
“Quando fui Ministra tive que lutar<br />
para não ser chamada Ministro”,<br />
recorda a ex-ministra.<br />
As coisas mudaram mesmo.<br />
“Frau Europa – Angela Merkel<br />
tem mais poder que qualquer outra<br />
mulher na Europa” é a capa da<br />
Time desta semana. Lá dentro,<br />
Cherie Blair, mulher de Tony<br />
Blair, escreve um artigo. Em “A<br />
mudança que necessitamos” diz<br />
que a prosperidade dos países depende<br />
do sucesso que tem a aproveitar<br />
os talentos das mulheres.<br />
Os dados mais recentes indicam<br />
que à política devemos<br />
acrescentar o poder feminino na<br />
economia. As mulheres são responsáveis<br />
por ¾ de todas as despesas<br />
de consumo, segundo um<br />
estudo da Goldman Sachs. Para<br />
os consultores do Boston Consulting<br />
Group (BCG) “globalmente<br />
elas controlam cerca de 13,9 biliões<br />
de euros das despesas anuais<br />
deconsumoeestenúmeropode
Ilustração: Tiago Albuquerque<br />
ESTE SUPLEMENTO FAZ PARTE INTEGRANTE DO DIÁRIO ECONÓMICO Nº4792 E NÃO PODE SER VENDIDO SEPARADAMENTE | 08 JANEIRO 2010<br />
finanças pessoais<br />
Alugar um cofre num<br />
banco custa entre 21 euros<br />
e 666 euros por ano.<br />
Pág. IV<br />
Saiba quais são<br />
os principais riscos<br />
de investimento para 2010.<br />
Pág. VI<br />
A bolsa portuguesa entrou<br />
noanonovocomganhos.<br />
O BPI lidera as valorizações.<br />
Pág. VIII<br />
Conheça os bancos com os ‘spreads’<br />
mais baixos no crédito à habitação<br />
Os juros já começaram a subir. Para muitas famílias a única forma de fintar o aumento das taxas<br />
Euribor passa por tentar renegociar com os bancos o valor dos ‘spreads’. O esforço compensa já<br />
que os ‘spreads’ podem variar entre os 0,6% e os 3,7%. Págs. II-III
II FINANÇAS PESSOAIS | Diário <strong>Económico</strong> Sexta-feira 8 Janeiro 2010<br />
TEMA DE CAPA : COMO BAIXAR A PRESTAÇÃO DO SEU CRÉDITO À HABITAÇÃO<br />
‘SPREAD’<br />
O valor do ‘spread’ resulta<br />
principalmente de três<br />
variáveis: rácio<br />
financiamento/ garantia, ou<br />
seja, o montante pedido<br />
face ao valor de avaliação<br />
do imóvel. Quanto mais<br />
baixo for este rácio mais<br />
baixo será o seu ‘spread’.<br />
Os bancos têm vindo a<br />
baixar este rácio e<br />
actualmente a maioria não<br />
aceita rácios superiores a<br />
80%; da taxa de esforço,<br />
istoé,opesodetodosos<br />
seus empréstimos no<br />
rendimento do agregado<br />
familiar; e, finalmente,<br />
depende na maioria dos<br />
casos da subscrição de<br />
produtos adicionais, como<br />
cartões de crédito ou<br />
seguros.<br />
Saiba quais são os bancos<br />
com o melhor ‘spread’<br />
As taxas Euribor subiram, pela primeira vez em mais de um ano, em Dezembro.<br />
Com a subida das taxas, o ‘spread’ vai começar apesar cada vez mais no orçamento<br />
em 2010. Conheça as instituições que praticam os custos mais vantajosos.<br />
MARTA MARQUES SILVA<br />
marta.marquessilva@economico.pt<br />
“Taxas Euribor voltam a descer em todos os prazos”. Durante<br />
mais de 120 dias consecutivos a notícia repetiu-se.<br />
Apesar disso, a euforia dos portugueses não parecia diminuir.<br />
Em jeito de confissão, nenhum outro assunto foi<br />
capaz de mobilizar tantos ‘clicks’ no site do “Diário <strong>Económico</strong>”<br />
em 2009 como este. Afinal, qualquer descida<br />
diária era tida como augúrio de mais uns euros na carteira<br />
à data da próxima revisão. Razão válida e suficiente.<br />
Um cenário que pertence já ao passado. Pela primeira vez<br />
desde Setembro de 2008 a média mensal das taxas Euribor<br />
subiu, em Dezembro, em relação ao mês anterior.<br />
Embora esta subida não tenha efeitos imediatos para<br />
quem revê a prestação em Janeiro, ou mesmo em Fevereiro,<br />
ela marca o início de uma nova tendência já esperada<br />
pelomercado–odeaumentodosindexantesmaisutilizados<br />
no crédito à habitação em Portugal. Um assunto<br />
que toca a muitos. Em Portugal existem cerca de 2,1 milhões<br />
de famílias com crédito à habitação, das quais mais<br />
de 90% estão sujeitas às variações da taxa de juro.<br />
Se em relação ao aumento dos juros pouco ou nada haverá<br />
a fazer, o mesmo não se aplica ao factor ‘spread’. Os juros<br />
pagos no empréstimo para a casa resultam do indexante<br />
acrescido do ‘spread’, ou seja, em termos simplistas, a<br />
margem de lucro do banco. E, se do lado dos indexantes,<br />
2009 ficou marcado pelos mínimos históricos, os<br />
‘spreads’ conheceram uma realidade inversa. Desde finais<br />
de 2008 os ‘spreads’ máximos sofreram um aumento considerável<br />
– cerca de 1% – e, embora os bancos justifiquem<br />
este aumento com as dificuldades de acesso ao crédito, a<br />
verdade é que este coincidiu com a descida das taxas Euribor.<br />
Ou seja, a queda histórica do indexante mais do que<br />
compensou o aumento dos ‘spreads’ praticados nos novos<br />
contratos. Senão repare: imagine um crédito contratado<br />
em Novembro de 2008, indexado à Euribor a seis meses e<br />
com um ‘spread’ de 1%. A taxa em vigor na altura seria de<br />
6,18% (média da Euribor em Outubro acrescida de 1% de<br />
‘spread’). Agora imagine um crédito contratado em Novembro<br />
de 2009, com o mesmo indexante mas com 2% de<br />
‘spread’. A taxa de juro seria de 3,02%. Ou seja, embora o<br />
‘spread’ fosse o dobro, o valor total da taxa era menos de<br />
metade face à negociada há um ano. Traduzindo em euros,<br />
no primeiro caso a prestação mensal – para um crédito<br />
de 150 mil euros a 30 anos – era de 917 euros, enquanto<br />
no segundo seria de 634 euros.<br />
E assim, bancos e clientes viveriam felizes, não fosse<br />
2009 ter sido um ano de excepção. Com a subida das ta-<br />
Quanto mais baixo o rácio de financiamento<br />
– valor do empréstimo/ valor<br />
do imóvel – mais baixo o ‘spread’ praticado<br />
pela banca. Assim, num crédito<br />
de 100 mil euros para a compra de<br />
uma casa avaliada em 200 mil euros,<br />
os ‘spreads’ mais baixos, de acordo<br />
com o simulador da Deco Proteste,<br />
são oferecidos pela Caixa Galicia<br />
(0,75%) e pelo Santander (0,9%). Já<br />
os mais elevados pertencem ao Finibanco<br />
(3,4%) e Montepio (2,3%).<br />
Quando o rácio de financiamento é<br />
mais elevado os bancos fazem-se<br />
pagar por isso já que aumenta<br />
também o risco de financiamento.<br />
Assim, num empréstimo de 150 mil<br />
euros para um imóvel no valor de 200<br />
mil euros, os ‘spreads’ mais baixos do<br />
mercado sobem para 0,95% e 1,05%<br />
do Santander e Caixa Galicia,<br />
respectivamente. Enquanto os mais<br />
altos fixam-se agora em 3,4% e 2,8%<br />
do Finibanco e Crédito Agrícola.<br />
xas de juro, os ‘spreads’ prometem começar a pesar no<br />
orçamento. No caso de as taxas Euribor voltarem a atingir<br />
um valor idêntico ao registado em finais de 2008 – na ordem<br />
dos 5% – o crédito contratado em Novembro deste<br />
ano, com um ‘spread’ de 2%, resultaria numa prestação<br />
de 1.016 euros. Ou seja, mais 100 euros mensais face ao<br />
crédito com ‘spread’ de 1%.<br />
Razões mais do que suficientes para uma leitura atenta dos<br />
‘spreads’ actualmente comercializados pelas instituições<br />
bancárias. O valor mínimo dos ‘spreads’ varia entre os<br />
0,6% na Caixa Galicia e os 1,5% no Finibanco, podendo<br />
atingir – com bonificação através da subscrição de produtos<br />
– os 0,35%, possíveis no Santander, Barclays, BBVA e Caixa<br />
Galicia (ver tabela). Importante salientar que, em caso de<br />
subscrição de produtos adicionais, os bancos estão agora<br />
obrigados a apresentar-lhe a TAER (Taxa Anual Efectiva<br />
Revista), que deverá reflectir todos os custos associados ao<br />
seu empréstimo, incluindo a contratação destes produtos<br />
(ver página seguinte). Já os ‘spreads’ máximos praticados<br />
pelos bancos atingem os 3,7% no Crédito Agrícola, com o<br />
valor mais baixo a pertencer à Caixa Galicia, com 1,35%.<br />
Portanto, compare o seu ‘spread’ com a oferta do mercado<br />
e, se achar que consegue melhor, comece por pedir<br />
a revisão junto do seu banco – uma opção sem custos<br />
para o cliente. Se não ficar satisfeito, repita o processo<br />
junto da concorrência. ■<br />
OS ‘SPREADS’ PRATICADOS PELO MERCADO<br />
‘Spreads’ máximos e mínimos. E ainda ‘spreads’ mínimos após bonificação máxima.<br />
Máx. Mín. Mín. c/ bonificação<br />
CAIXA GALICIA 1,35 0,6 0,35<br />
BBVA 1,8 0,95 0,35<br />
BARCLAYS 2 0,85 0,35<br />
BANCO POPULAR 2,2 1,1 0,5<br />
BANIF 2,2 0,85 N/D<br />
DEUTSCHE BANK 2,2 0,9 0,45<br />
BPI 2,25 1,35 0,8<br />
SANTANDER 2,3 0,7 0,35<br />
MONTEPIO 2,5 0,9 0,7<br />
BCP E ACTIVOBANK7 2,8 1,3 1,1<br />
CGD 3,25 0,85 N/D<br />
BANCO BEST 3,3 0,8 N/D<br />
BES 3,3 1,2 0,8<br />
FINIBANCO 3,4 1,5 N/D<br />
CRÉDITO AGRÍCOLA 3,7 1,3 0,95<br />
Fonte: Deco Proteste<br />
NÍVEL BAIXO DE FINANCIMENTO EXEMPLO INTERMÉDIO<br />
MAIOR NÍVEL DE FINANCIAMENTO<br />
Nem todos os bancos concedem<br />
crédito quando o rácio de<br />
financiamento é superior a 80%.<br />
Neste caso o rácio atinge os 90% –<br />
crédito de 180 mil euros para compra<br />
de um imóvel avaliado em 200 mil. Os<br />
‘spreads’ mais baixos são, neste<br />
exemplo, praticados pelo Santander<br />
(1,5%) e pelo Banco Popular (1,8%).<br />
No extremo oposto do mercado estão<br />
o Crédito Agrícola e o Finibanco, com<br />
‘spreads’ de 3,4%.<br />
50% 90%<br />
75%
Tumbleweed Tiny House Company<br />
»Qual será o ‘spread’praticado pelos bancos para comprar a casa mais pequena do mundo?<br />
Custa 40 mil dólares, já vem totalmente equipada e tem como característica curiosa o facto de ser<br />
acasamaispequenadomundo.ConcebidapeloarquitectoJayShaffer,estacasatema<br />
particularidade de ser mais pequena do que a maioria das casas de banho, mas tem todas as<br />
comodidades básicas de um lar. Mais de 500 pessoas já decidiram comprar uma casa com estas<br />
características.<br />
Sexta-feira 8 Janeiro 2010 Diário <strong>Económico</strong> | FINANÇAS PESSOAIS III<br />
Quatro dicas a ter em<br />
conta para conseguir<br />
baixar os seus custos<br />
Algumas informações úteis sobre<br />
como pode negociar com os bancos<br />
ALEXANDRA BRITO<br />
alexandra.brito@economico.pt<br />
1<br />
FAÇAOTRABALHODECASAENEGOCEIE<br />
Apesar da época de ‘spreads’ muito baixos (perto<br />
de 0%) fazer parte do passado, nada impede<br />
que os consumidores não tentem negociar com o seu<br />
banco o ‘spread’ mais baixo possível. Para conseguir<br />
convencer as instituições bancárias os consumidores<br />
podem usar vários argumentos. O primeiro passo a dar<br />
é fazer uma prospecção pelos vários bancos e ver qual é<br />
a instituição que oferece o valor mais baixo. Se já tiver<br />
um crédito à habitação poderá usar o argumento de que<br />
existem no mercado outras instituições com ‘spreads’<br />
mais vantajosos para pressionar o seu banco a baixarlhe<br />
o ‘spread’.<br />
2<br />
CONTRATAÇÃO DE OUTROS PRODUTOS<br />
FINANCEIROS NEM SEMPRE COMPENSA<br />
Outra forma de conseguir um ‘spread’ mais<br />
atractivo poderá passar pela contratação de outros produtos<br />
ou serviços no seu banco– como um seguro de<br />
saúde ou um PPR. No entanto, esta solução poderá não<br />
ser muito vantajosa e acabar por lhe custar mais euros.<br />
Para facilitar estes cálculos, foi criada no ano passado a<br />
Taxa Efectiva Revista (TAER). Esta taxa é apresentada a<br />
todos os clientes sempre que é proposta a subscrição de<br />
produtos adicionais. Esta taxa incorpora os custos dos<br />
produtos que o consumidor tem de subscrever para obter<br />
a redução do ‘spread’. Desta forma, o consumidor<br />
saberá se a subscrição desses produtos financeiros representa<br />
ou não uma vantagem.<br />
Ao utilizar a nova taxa TAER poderá<br />
verificar se a contratação de outros produtos<br />
financeiros para conseguir baixar o valor do<br />
spread é, realmente, vantajosa.<br />
3<br />
MUDANÇA SEM CUSTOS PARA O CLIENTE<br />
Até há pouco tempo, alguns bancos cobravam<br />
uma determinada comissão pela renegociação<br />
do ‘spread’. Mas desde 2008, a lei proíbe os bancos de<br />
cobrarem comissões na renegociação dos créditos. As<br />
instituições que exijam aos seus clientes uma comissão<br />
por este serviço passaram a estar sujeitas a multas que<br />
variam entre os 750 euros e 750 mil euros. A mesma legislação<br />
também veio impedir que os bancos exigissem<br />
a subscrição de outros produtos nos pedidos de renegociação<br />
dos ‘spreads’.<br />
4<br />
BANCOS MAIS LIMITADOS NA ALTERAÇÃO<br />
UNILATERAL DOS ‘SPREADS’<br />
A legislação mais recente veio reforçar os direitos<br />
dos consumidores no campo da negociação dos<br />
‘spreads’. Para evitar situações em que os consumidores<br />
eram confrontados com propostas dos bancos para<br />
aumentar os ‘spreads’, baseadas no argumento de incumprimento<br />
de condições por parte dos clientes<br />
acordadas há largos anos, a nova lei proíbe os bancos<br />
de poderem aumentar o ‘spread’, depois de decorrido<br />
um ano após o incumprimento, por parte do cliente. ■
IV FINANÇAS PESSOAIS | Diário <strong>Económico</strong> Sexta-feira 8 Janeiro 2010<br />
SERVIÇOS BANCÁRIOS<br />
O VALOR DOS COFRES EM SEIS BANCOS DIFERENTES<br />
CGD<br />
O banco disponibiliza<br />
cofres de várias dimensões.<br />
O serviço não<br />
existe em todos os balcões.<br />
O preço mínimo é<br />
41 euros anuais. Já o<br />
cofre mais caro comporta<br />
um custo anual<br />
de 300 euros.<br />
SANTANDER<br />
Á semelhança do que<br />
acontece em outros<br />
bancos, o aluguer dos<br />
cofres no Santander<br />
têm a duração de um<br />
ano. O custo depende<br />
da tipologia dos cofres,<br />
sendo que os preços variam<br />
entre os 33 e os<br />
666 euros (mais IVA).<br />
BANIF<br />
O banco tem disponíveis<br />
5.500 cofres em<br />
todo o país. Também<br />
aqui o aluguer é feito<br />
anualmente e o custo<br />
mínimo é de 21 euros,<br />
para o cofre de dimensões<br />
mais reduzidas.<br />
Alugar um cofre no banco<br />
custa entre 21 e 666 euros<br />
Além dos custos de aluguer esteja atento aos valores exigidos de caução e às comissões de visita ao cofre.<br />
ALEXANDRA BRITO<br />
alexandra.brito@economico.pt<br />
No filme ‘Identidade Desconhecida’, o<br />
actor Matt Damon dá corpo à história de<br />
um homem que é recuperado do mar,<br />
com vida, mas sem memória. E é num<br />
cofre de um banco suíço que a sua personagem<br />
vai encontrar os seu bens mais<br />
preciosos:oseunomeeamorada.Na<br />
verdade, um cofre pode ter muitas finalidades<br />
mas guarda quase sempre algo de<br />
valioso para quem o aluga.<br />
Em Portugal a generalidade dos bancos<br />
portugueses disponibiliza aos seus clientes<br />
o aluguer destas caixinhas de segurança. O<br />
Diário <strong>Económico</strong> questionou oito bancos a<br />
operar em Portugal sobre este tipo de serviços.<br />
A saber: CGD, BCP, BES, BPI, Santander,<br />
Montepio, Banif e o Barclays. Destes,<br />
apenas o BPI e o BES não responderam.<br />
Contas feitas, no conjunto dos dados disponibilizados<br />
pelas seis instituições que<br />
responderam, alugar um cofre em Portugal<br />
pode variar entre os 21 euros (mais IVA) e os<br />
666 euros (mais IVA) por ano. Os valores<br />
BCP<br />
O banco disponibiliza<br />
paratodososclienteso<br />
aluguer de cofres.<br />
Existem seis tipologias<br />
diferentes, com preços<br />
que variam entre os<br />
47,50eos250euros<br />
anuais. A comissão de<br />
visitaéde5euros.<br />
MONTEPIO<br />
Também neste caso, o<br />
banco disponibiliza cofres<br />
apenas em alguns<br />
balcões. O Montepio<br />
temcofresdequatro<br />
dimensões diferentes,<br />
cujo preço varia entre<br />
os35eos125euros<br />
(mais IVA).<br />
BARCLAYS<br />
A instituição tem dois<br />
tiposdecofre:onormal,<br />
disponível em várias<br />
agências do banco,<br />
ouocofreparaos<br />
clientes premier (que<br />
está disponível 24 horaspordia).Ocusto<br />
varia entre os 50 e os<br />
480 euros por ano.<br />
variam consoante a instituição mas sobretudo<br />
dependendo da dimensão dos cofres.<br />
Há cofres desde tamanho S– com capacidade<br />
de volume de 10 decimetros cúbicos<br />
(dm3)– até ao tamanho XL (com um volume<br />
na ordem dos 1000 dm3). Mas este serviço<br />
não está disponível em todos os balcões<br />
dos bancos. A estratégia usada pela<br />
generalidade das instituições passa por<br />
Por norma, os bancos exigissem<br />
uma caução que varia entre os 80<br />
eos200euros<br />
disponibilizar cofres nas regiões onde há<br />
uma maior procura, tendo como preocupação<br />
garantir que em todo o país este serviço<br />
é disponibilizado.<br />
Mas o que guardam os clientes nestas caixinhas<br />
de segurança? “Nós próprios não sabemos”,<br />
refere fonte da CGD. E adianta:<br />
“Poderíamos eventualmente pedir um levantamento<br />
estatístico. Mas não o temos.<br />
O que está dentro de um cofre é uma questão<br />
totalmente pessoal e privada”.<br />
Aconfidencialidadeeasegurançasão,<br />
aliás, as duas características mais importantes<br />
para quem procura um cofre de um<br />
banco. No caso do Montepio Geral, o acesso<br />
ao cofre é feito com o acompanhamento de<br />
um funcionário do banco. “O cliente tem<br />
uma chave e o banco tem outra. O cofre só<br />
abre com as duas chaves”, explica fonte do<br />
Montepio Geral. Mas o modo de acesso difere<br />
de banco para banco. No caso do<br />
Barclays, por exemplo, a instituição disponibiliza<br />
dois tipos diferentes de cofres. No<br />
Arnd Wiegmann / Reuters<br />
Com excepção do Barclays, as<br />
restantes instituições não notam um<br />
aumento da procura dos portugueses<br />
por este tipo de serviços.<br />
caso dos cofres para os clientes ‘premier’–<br />
que estão disponíveis para os clientes 24<br />
horas por dia– o acesso é feito, não só atravésdechavespróprias,mastambéméexigida<br />
a utilização de um cartão de acesso específico<br />
com PIN de segurança.<br />
Apesar da generalidade das instituições<br />
consultadas pelo Diário <strong>Económico</strong> não ter<br />
registado um aumento da procura em Portugal,<br />
o Barclays refere o contrário: “O forte<br />
crescimento do Barclays nos últimos anos,<br />
não só em termos de rede de distribuição<br />
como também em termos de número de<br />
clientes, justifica um aumento dos clientes<br />
que acede ao serviço cofre de aluguer”.<br />
Se está interessado em alugar um cofre<br />
num banco esteja, no entanto, atento aos<br />
custos adicionais. É que além da anuidade,<br />
a generalidade das instituições exige ainda<br />
uma caução que varia entre os 80 euros e os<br />
200 euros. Além disso, alguns bancos cobram<br />
ainda uma comissão por cada visita<br />
queoclientesfaçaaocofre.■
PUB
VI FINANÇAS PESSOAIS | Diário <strong>Económico</strong> Sexta-feira 8 Janeiro 2010<br />
CONSULTÓRIO DO INVESTIDOR<br />
Ainflação<br />
earetirada<br />
dos programas<br />
de estimulo<br />
às economias são<br />
alguns dos riscos<br />
de investimento<br />
para este ano.<br />
Quais são os grandes riscos para 2010?<br />
O consultório do investidor explica-lhe quais são as principais ameaças<br />
para a evolução dos seus investimentos durante os próximos 12 meses<br />
ENVIE AS SUAS PERGUNTAS PARA CONSULTORIODOINVESTIDOR@ECONOMICO.PT<br />
económica a que<br />
estamos a assistir resulta da re-<br />
recuperação<br />
R:A<br />
cuperação da actividade indus-<br />
trial, na sequência de um abrandamento<br />
exagerado em 2008, derivado de uma<br />
também exagerada expectativa de quebra<br />
de procura para o início de 2009, e da continuada<br />
aplicação de medidas de política<br />
fiscal e monetária a todos os títulos extraordinárias.<br />
Estas últimas resultaram<br />
numa substituição do consumo privado<br />
por investimento e gastos públicos. Um<br />
dos grandes riscos para os mercados financeiros,<br />
e para a economia em geral, resulta<br />
da incerteza quanto ao comportamento<br />
do sector privado quando inevitavelmente<br />
o sector público lhe começar a<br />
devolver a responsabilidade de gerar o<br />
crescimento da procura agregada. Outro<br />
riscoéasubidadastaxas das obrigações à<br />
medida que terminem os programas de injecção<br />
de liquidez através da compra de títulos<br />
de dívida (”quantitative easing”).<br />
Outro risco é a resposta das autoridades, e<br />
dos mercados, ao inevitável ressurgimento<br />
da inflação, que se prevê que ultrapasse os<br />
3% na Europa e nos Estados Unidos no<br />
primeiro trimestre do ano, essencialmente<br />
devido à subida de preços das ‘commodities’.<br />
O cenário central da Schroders é, no<br />
entanto, de crescimento económico moderado,<br />
actuação cuidadosa das autoridades<br />
monetárias e fiscais, continuado cres-<br />
cimento dos resultados das empresas e um<br />
baixo custo de oportunidade para o investimento<br />
(baixas taxas de juro) ao longo do<br />
próximo ano, dando assim suporte aos<br />
mercados financeiros.<br />
NUM CENÁRIO DE RETOMA<br />
ECONÓMICA, QUAIS SÃO AS ACÇÕES<br />
QUE COSTUMAM TER MELHOR<br />
PERFORMANCE?<br />
são as acções de<br />
sectores de actividade mais cícli-<br />
R:Tipicamente<br />
cos, ou seja, as mais influenciadas<br />
pelo aumento de receitas que acompanha<br />
o aumento de actividade económica.<br />
No entanto, esta definição é insuficiente<br />
para definir uma estratégia de investimento,<br />
já que todos os investidores profissionais<br />
conhecem este fenómeno e fazem subir<br />
os preços destas acções antes dos resultados<br />
se começarem a materializar. É absolutamente<br />
necessário ser capaz de avaliar<br />
a capacidade de geração de lucro de<br />
uma empresa no futuro, quando comparada<br />
com o preço a que transaccionam hoje<br />
as acções representativas do seu capital.<br />
Ao fazê-lo podemos descobrir situações<br />
em que as acções de algumas das empresas<br />
que potencialmente beneficiarão mais<br />
desta recuperação poderão já ter subido<br />
demasiado, e que paradoxalmente se encontram<br />
excelentes oportunidades em<br />
sectores menos cíclicos cujas empresas<br />
valorizaram menos. É por estas razões que<br />
recomendamos vivamente aos investidores<br />
particulares que recorram aos serviços<br />
de gestores profissionais para a selecção<br />
dos títulos específicos que compõem as<br />
suas carteiras. Uma das formas mais eficaz<br />
de o fazer é através da subscrição de um<br />
fundo de investimento cuja equipa de gestão<br />
tenha já dado provas da sua capacidade<br />
para o fazer de forma consistente.<br />
TENHO CERCA DE CINCO MIL EUROS<br />
DISPONÍVEIS PARA INVESTIR. TENDO<br />
EM CONTA QUE É UM MONTANTE<br />
PEQUENO QUAL É A MELHOR FORMA<br />
DE O APLICAR?<br />
melhor forma é dividi-lo por<br />
várias aplicações diferentes por R:A<br />
forma a diversificar o risco do<br />
seu investimento. Seguramente que todos<br />
os investimentos que vai seleccionar têm<br />
uma rendibilidade esperada positiva, mas<br />
ela não será constante em todos os dias,<br />
semanasoumeses.Emcadaumdestespequenos<br />
períodos a rendibilidade efectivamente<br />
registada em cada investimento por<br />
vezes será mais alta que a rendibilidade esperada,<br />
outra mais baixas, e inclusivamente<br />
algumas vezes será negativa. Se<br />
aplicar todo o seu dinheiro num único investimento<br />
sentirá toda esta variância de<br />
rendibilidades em torno da média. No en-<br />
Raj Patidar /Reuters<br />
tanto, se dividir o seu investimento por<br />
classes de activos diferentes, as diferentes<br />
oscilações de cada uma tenderão a anularse<br />
em parte, reduzindo assim a amplitude<br />
das variações do valor de mercado dos<br />
seus activos ao longo do tempo em que<br />
mantiver os seus investimentos, mas mesmo<br />
assim produzindo a mesma rendibilidade<br />
médio a prazo. Ter menos risco e a<br />
mesma rendibilidade é um dos poucos - ou<br />
mesmo o único - “almoço grátis” que<br />
existe no mundo financeiro.<br />
QUAL É O HORIZONTE TEMPORAL<br />
ADEQUADO PARA UM INVESTIMENTO<br />
NUM FUNDO DE ACÇÕES E NUM<br />
FUNDO DE OBRIGAÇÕES?<br />
horizonte normalmente recomendado<br />
para um investi- R:O<br />
mento 100% em acções é de 10<br />
anos, e de cinco para um investimento<br />
numa carteira dita mista entre acções e<br />
obrigações. Estes são os períodos nos<br />
quais existe uma confiança estatística suficientemente<br />
alta de que a rendibilidade<br />
esperada desses investimentos se materialize<br />
independentemente do momento<br />
em que o investimento seja feito. ■<br />
O consultório é uma parceria entre<br />
o Diário <strong>Económico</strong> e a Schroders.
OPINIÃO<br />
MANUEL ARROYO<br />
Director de Investimentos da JP Morgan AM para a Peninsula Ibérica<br />
Balanço de 2009 e perspectivas para este ano<br />
Sexta-feira 8 Janeiro 2010 Diário <strong>Económico</strong> | FINANÇAS PESSOAIS VII<br />
Este ano as rentabilidades esperadas deverão ser menores do que em 2009. Ainda assim, há muitas oportunidades para aproveitar.<br />
Após um início terrível, 2009 acabou por<br />
ser um bom ano para os mercados financeiros:<br />
praticamente todos os activos têm<br />
gerado uma rentabilidade positiva, desde<br />
os títulos da dívida pública de países desenvolvidos<br />
até às acções dos mercados<br />
emergentes.<br />
Na Europa, os títulos de dívida pública revalorizaram-se<br />
5%, ao passo que as obrigações<br />
empresariais registaram, provavelmente,<br />
o seu melhor ano de várias décadas<br />
(ou mesmo de toda a história) com<br />
subidas que variaram entre pouco mais de<br />
10% (as emissões de empresas de maior<br />
qualidade) até quase 70% dos títulos com<br />
pior classificação de crédito. Após os históricos<br />
desajustes ocorridos em 2008, o<br />
último ano serviu para que muitos destes<br />
PUB<br />
mercados regressassem à normalidade e<br />
as valorizações ajustaram-se para níveis<br />
mais de acordo com a situação económica.<br />
Dentro das acções, os intervalos são<br />
ainda mais amplos: o mercado desenvolvido<br />
com pior desempenho foi o japonês,<br />
com uma rentabilidade que não chega aos<br />
7%, o grosso dos mercados (Portugal, Espanha,<br />
França, Alemanha, Estados Unidos,<br />
etc.) têm recuperado entre 20% e<br />
mais de 40%, e os que realmente se têm<br />
destacado têm sido os mercados emergentes.<br />
Por exemplo, a Rússia eoBrasil<br />
fecharam 2009 com uma revalorização de<br />
130%, ( o primeiro com uma subida desde<br />
Março de quase 200%) - há que ter em<br />
conta que durante o primeiro trimestre do<br />
ano todos estes mercados caíram.<br />
O mercado deu a volta em Março por várias<br />
razões, mas principalmente por duas:<br />
começaram a surgir dados macroeconómicos<br />
melhores que os descontados pelos<br />
analistas, e as empresas publicaram resultados<br />
que também surpreenderam pela<br />
positiva. A tendência prolongou-se pelo<br />
resto do ano. O futuro é ainda incerto,<br />
mas, na nossa opinião, há vários factores<br />
que nos convidam a sermos optimistas: há<br />
uma maior clareza quanto ao cenário económico,<br />
as empresas não terão problemas<br />
em manter as despesas controladas, é<br />
pouco provável que soframos uma subida<br />
significativa da inflação no curto prazo<br />
(logoveremosnolongoprazo)eéprovável<br />
que os Bancos Centrais mantenham as taxas<br />
de juros baixas até o ano ir bem avan-<br />
CFDs. Seja rápido<br />
<br />
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<br />
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<br />
<br />
Os CFD’s são produtos alavancados e representam um elevado nível de risco podendo-se incorrer em perdas superiores ao depósito inicial.<br />
çado. Todos estes factores são favoráveis a<br />
que a carteira assuma risco, além de que<br />
há que ter em conta que, apesar das revalorizações<br />
verificadas desde o início do<br />
ano, as valorizações ainda não estão ajustadas.<br />
Existem oportunidades no mercado<br />
de obrigações com as emissões de empresas<br />
de pior qualidade (’high yield’), em dívida<br />
de países emergentes, em obrigações<br />
convertíveis e também em acções, sobretudo<br />
em mercados emergentes da Ásia,<br />
cujas economias estão mais expostas à retoma<br />
da economia. 2010 será um ano mais<br />
complicado que 2009, no qual as rentabilidades<br />
esperadas são menores e iremos sofrer<br />
maior volatilidade e, até mesmo, alguma<br />
tomada de mais-valias, mas o balanço<br />
deveria ser positivo. ■
VIII FINANÇAS PESSOAIS | Diário <strong>Económico</strong> Sexta-feira 8 Janeiro 2010<br />
BOLSA NA SEMANA<br />
Bolsa portuguesa<br />
entra em 2010<br />
com o pé direito<br />
Notícias e ‘researchs’ animam os títulos das empresas<br />
do índice de referência na primeira semana do ano.<br />
ALEXANDRA BRITO<br />
alexandra.brito@economico.pt<br />
Nem sempre ano novo significa vida<br />
nova. Para a felicidade de muitos investidores,<br />
a bolsa parece estar a seguir a mesma<br />
tendência verificada em 2009. No ano<br />
passado, o PSI 20 encerrou com ganhos<br />
de 33%, naquele que foi o melhor ano<br />
desde 1997. 2010 parece também estar a<br />
ser auspicioso para quem investe em acções<br />
portuguesas: desde o início do ano e<br />
atémeiodasessãodeontem,oPSI20<br />
avançava mais de 2%, com 19 títulos a<br />
valorizar.<br />
No topo das valorizações está o BPI, com<br />
ganhos neste período de 7%, seguido pela<br />
EDP Renováveis (4,9%) e pelo BCP<br />
(4,65%). À hora de fecho da edição, ape-<br />
PSI20AVANÇAMAISDE2%EM2010<br />
São 19 as empresas que registam ganhos este ano<br />
8700<br />
8650<br />
8600<br />
8550<br />
8500<br />
8450<br />
8400<br />
31-12-2009<br />
Fonte: Bloomberg<br />
Fernando Ulrich<br />
Presidente do BPI<br />
BPI lidera ganhos na<br />
semana e avança 7%<br />
(Valores em pontos)<br />
07-01-2010<br />
A melhor performance da semana<br />
pertence ao banco liderado por<br />
Fernando Ulrich. O BPI apresenta<br />
ganhos de 7% desde o início do ano. Uma<br />
tendência que foi interpretada como um<br />
movimento de recuperação do título. “ A<br />
subida do BPI prende-se com a subida geral<br />
do sector financeiro na Europa. A isto<br />
acresce o facto do BPI ainda não ter<br />
recuperado dos mínimos como o BES e o<br />
BCP haviam feito. Estamos perante uma<br />
recuperação mais tardia”, referiu um<br />
operador à Reuters. Ontem, a instituição foi<br />
alvo de recomendação em alta pelo KBW.<br />
ASEMPRESASEMDESTAQUE<br />
nas a Portugal Telecom teimava manterse<br />
em terreno vermelho este ano.<br />
A semana começou bem, com várias empresas<br />
cotadas a serem alvo de subida de<br />
recomendações ou de preços-alvo.<br />
Como foi o caso de Cofina, Impresa, BPI,<br />
PT ou EDP.<br />
Alémdisso,oanonovotrouxetambém<br />
notícias importantes sobre as empresas<br />
cotadas. A Altri, por exemplo, anunciou<br />
que a sua produção de pasta de papel atingiu<br />
um nível recorde em 2009. Do sector<br />
do papel para a energia, a EDP Renováveis<br />
também se destacou com a expectativa de<br />
que a empresa está bem posicionada para<br />
ganhar um concurso de energia eólica no<br />
Reino Unido, em parceria com a Sea<br />
Energy. Ainda no mesmo sector, a Galp<br />
também esteve no centro das atenções,<br />
com a notícia avançada pelo Diário <strong>Económico</strong><br />
no início da semana de que a Petrobras<br />
terá retomado as negociações com<br />
a italiana ENI para adquirir a sua posição<br />
de 33% na Galp. A notícia levou a empresa<br />
liderada por Ferreira de Oliveira a disparar<br />
mais de 4% na sessão de terça-feira. Do<br />
lado da banca também houve novidades.<br />
O BPI anunciou ontem que vai fazer uma<br />
emissão de obrigações hipotecárias no<br />
valor de mil milhões de euros. Isto depois<br />
da CGD também ter divulgado que está a<br />
preparar uma emissão de mil milhões de<br />
euros. A Jerónimo Martins subiu para máximos,<br />
graças a relatórios de ‘research’<br />
positivos. ■<br />
Zeinal Bava<br />
Presidente da PT<br />
PT não consegue<br />
fintar quedas<br />
A Portugal Telecom não começou o<br />
ano com o pé direito. Desde o início<br />
da semana, e até meio da sessão de<br />
ontem, a operadora acumulava perdas<br />
ligeiras de 0,31%, sendo o único título do<br />
PSI 20 que neste período se encontrava no<br />
vermelho. E nem mesmo um research<br />
positivo, elaborado pela Morgan Stanley,<br />
contribuiu para que a empresa liderada por<br />
Zeinal Bava fintasse as quedas. A Morgan<br />
Stanley subiu o preço-alvo da operadora<br />
dos 9,20 euros para os 9,70 euros,<br />
mantendo a recomendação de ‘equalweight’<br />
para o título.<br />
Dario Pignatelli/Bloomberg<br />
>>MATÉRIAS-PRIMAS<br />
EM MÁXIMOS<br />
Janeiro começou com uma<br />
nova chuva de máximos para<br />
o sector das ‘commodities’. O<br />
frio que se faz sentir está a<br />
levar ao aumento da procura<br />
de petróleo– que esta semana<br />
voltou a cotar acima dos 80<br />
dólares, o valor mais elevado<br />
dos últimos 14 meses– e de<br />
outras matérias-primas<br />
ligadas à agricultura, como é<br />
o caso dos cereais e do sumo<br />
de laranja. Também a<br />
borracha tocou os níveis mais<br />
elevados dos últimos 30<br />
anos, com as expectativas de<br />
uma maior procura por parte<br />
da indústria automóvel.<br />
NÚMERO DA SEMANA<br />
12.000<br />
Este foi o número de pedidos de ajuda de famílias portuguesas endividadas que a<br />
Deco recebeu em 2009. Um número representa um aumento de 50% face aos<br />
pedidos registados em 2008 pelo gabinete de apoio ao sobreendividado da<br />
associação de defesa dos consumidores. No total, os 12 mil pedidos de ajuda<br />
resultaram na abertura de 2812 processos de acompanhamento. Os números<br />
espelham a crise económica que afecta o país, onde o aumento do desemprego tem<br />
sido uma constante. Segundo a Deco, em regra, as famílias que pedem ajuda à<br />
instituição têm entre cinco e 10 créditos e o total de encargos com empréstimos<br />
pessoais ultrapassa muitas vezes os 100 mil euros. Outro dado curioso tem a ver<br />
com o facto do problema do sobreendividamento afectar não tanto as classes mais<br />
baixas, mas sobretudo as famílias de classe média/média-alta, com rendimentos<br />
mensais superiores a dois mil euros.
EUROLIST BY EURONEXT. ACÇÕES<br />
Última Var. Var. Máx. Mín. Quant. Máx. Mín. Divid. Data Divid. Comport.<br />
Valor Mobiliário Data cotação % sessão sessão transcc. do ano do ano Ex-dív yeld% anual%<br />
Compartimento A<br />
B.COM.PORTUGUES 07-01-2010 0.90 0.01 0.90 0.90 0.88 18,510,648 1.08 0.56 0.02 16-04-2009 1.91 5.21<br />
B.ESPIRITO SANTO 07-01-2010 4.89 0.14 2.95 4.89 4.73 2,125,534 5.34 2.65 0.16 26-03-2009 3.37 3.94<br />
BANCO BPI SA 07-01-2010 2.30 0.02 0.70 2.31 2.27 761,658 2.57 1.34 0.07 04-05-2009 2.92 7.83<br />
BRISA 07-01-2010 7.43 0.08 1.02 7.44 7.28 814,066 7.44 4.26 0.31 30-04-2009 4.22 2.37<br />
CIMPOR SGPS 07-01-2010 6.50 0.07 1.06 6.50 6.43 1,549,555 6.55 3.00 0.19 12-06-2009 2.88 0.05<br />
EDP 07-01-2010 3.14 0.01 0.45 3.14 3.12 5,906,134 3.22 2.34 0.14 14-05-2009 4.48 0.55<br />
EDP RENOVAVEIS 07-01-2010 6.94 -0.07 -0.93 7.00 6.89 916,882 7.83 5.11 0.00 0.00 5.58<br />
GALP ENERGIA 07-01-2010 12.61 0.04 0.28 12.70 12.48 1,222,937 12.95 7.54 0.23 22-10-2009 1.83 4.10<br />
J MARTINS SGPS 07-01-2010 7.47 0.46 6.56 7.49 7.01 3,166,187 7.08 3.01 0.11 06-05-2009 1.57 0.36<br />
PORTUGAL TELECOM 07-01-2010 8.45 -0.06 -0.72 8.53 8.44 2,608,591 8.69 5.48 0.57 24-04-2009 6.76 -0.09<br />
ZON MULTIMEDIA 07-01-2010 4.50 0.05 1.21 4.50 4.41 547,935 5.01 3.58 0.16 27-05-2009 3.60 2.47<br />
Compartimento B<br />
SONAE INDUSTRIA 07-01-2010 2.75 0.07 2.46 2.76 2.65 966,403 2.86 1.15 0.00 16.61 4.23<br />
SONAECOM SGPS 07-01-2010 2.00 0.00 -0.20 2.03 1.99 403,942 2.15 1.00 0.00 0.00 3.83<br />
MOTA ENGIL 07-01-2010 3.95 -0.05 -1.15 4.00 3.94 420,903 4.53 2.10 0.11 15-05-2009 2.75 1.45<br />
SEMAPA 07-01-2010 7.94 0.16 2.06 7.96 7.74 246,068 8.95 5.65 0.25 23-04-2009 3.28 0.26<br />
PORTUCEL 07-01-2010 2.04 0.00 -0.05 2.05 2.00 848,592 2.13 1.31 0.10 06-04-2009 5.13 3.34<br />
SONAE 07-01-2010 0.91 0.01 1.34 0.92 0.89 6,418,985 0.98 0.43 0.03 20-05-2009 3.34 3.22<br />
BANIF-SGPS 07-01-2010 1.30 -0.01 -0.76 1.31 1.29 106,034 1.54 0.95 0.06 22-04-2009 4.67 4.80<br />
SONAE CAPITAL 07-01-2010 0.82 -0.01 -1.20 0.83 0.82 121,88 1.00 0.41 0.00 0.00 0.00<br />
REN 07-01-2010 3.03 -0.01 -0.23 3.03 3.01 114,068 3.25 2.75 0.17 27-04-2009 5.44 1.20<br />
MARTIFER 07-01-2010 3.69 0.06 1.65 3.74 3.58 231,144 4.59 2.53 0.00 0.00 8.68<br />
GRUPO MEDIA CAP 06-01-2010 4.15 - - - - - 5.00 2.00 0.23 09-04-2009 5.54 -0.48<br />
SAG GEST 07-01-2010 1.33 0.01 0.76 1.34 1.32 7,464 1.59 0.90 0.02 10-11-2008 1.53 1.54<br />
TEIXEIRA DUARTE 07-01-2010 1.07 - - 1.07 1.04 340,044 1.26 0.41 0.00 1.71 2.29<br />
FINIBANCO SGPS 07-01-2010 1.62 0.02 1.25 1.62 1.60 8,696 2.14 1.43 0.00 4.29 4.58<br />
ALTRI SGPS SA 07-01-2010 4.22 0.05 1.22 4.26 4.09 1,548,171 4.25 1.50 0.00 2.00 4.33<br />
TOYOTA CAETANO 05-01-2010 4.16 - - - - - 7.32 4.00 0.07 26-05-2009 1.68 0.00<br />
Compartimento C<br />
BENFICA-FUTEBOL 07-01-2010 2.61 0.11 4.40 2.61 2.52 4,872 3.55 1.70 0.00 0.00 -1.96<br />
COFINA SGPS 07-01-2010 1.16 0.01 0.87 1.16 1.13 124,079 1.19 0.45 0.00 4.21 8.49<br />
COMPTA 07-01-2010 0.41 0.01 2.50 0.41 0.40 851 0.46 0.36 0.00 0.00 0.00<br />
CORTICEIRA AMORI 07-01-2010 0.99 -0.01 -1.00 1.00 0.98 86,795 1.05 0.54 0.00 6.74 6.38<br />
ESTORIL SOL N 22-09-1998 8.91 - - - - - 0.00 0.00 0.22 16-05-2007 2.47 0.00<br />
ESTORIL SOL P 05-01-2010 7.31 - - - - - 9.88 6.15 0.00 4.54 -0.95<br />
F RAMADA INVEST 07-01-2010 0.89 -0.01 -1.11 0.89 0.88 4,404 0.98 0.57 0.00 0.00 -0.11<br />
FISIPE 06-01-2010 0.18 - - - - - 0.20 0.09 0.00 0.00 12.50<br />
FUT.CLUBE PORTO 07-01-2010 1.28 -0.02 -1.54 1.28 1.28 11 1.75 1.25 0.00 0.00 -1.52<br />
GLINTT 07-01-2010 0.87 0.01 1.16 0.87 0.86 151,037 1.03 0.60 0.00 0.00 -3.37<br />
IBERSOL SGPS 07-01-2010 9.30 0.05 0.54 9.31 9.10 5,542 10.00 5.51 0.05 22-05-2009 0.60 0.43<br />
IMOB GRAO PARA 07-01-2010 3.65 - - 3.65 3.65 280 3.82 2.33 0.00 0.00 0.00<br />
IMPRESA SGPS 07-01-2010 1.83 -0.05 -2.66 1.95 1.82 1,116,378 2.30 0.56 0.00 0.00 5.03<br />
INAPA-INV.P.GEST 07-01-2010 0.69 0.03 4.55 0.70 0.65 3,182,117 0.73 0.23 0.00 0.00 3.13<br />
LISGRAFICA 07-01-2010 0.08 - - 0.08 0.08 400 0.12 0.06 0.00 0.00 0.00<br />
NOVABASE SGPS 07-01-2010 4.33 0.01 0.23 4.35 4.31 16,717 5.06 3.21 0.00 0.00 -2.70<br />
OREY ANTUNES 04-01-2010 1.71 - - - - - 2.90 1.66 0.11 30-04-2009 6.43 0.00<br />
PAP.FERNANDES 28-01-2009 2.66 - - - - - 2.66 2.66 0.00 0.00 0.00<br />
REDITUS SGPS 07-01-2010 7.29 -0.18 -2.41 7.47 7.25 9,338 8.00 5.83 0.00 0.00 1.77<br />
S.COSTA 07-01-2010 1.27 0.04 3.25 1.28 1.21 1,258,873 1.34 0.48 0.03 27-05-2009 2.52 3.36<br />
S.COSTA-PREF 18-09-2009 1.16 - - - - - 1.16 1.16 0.15 27-05-2009 12.93 0.00<br />
SPORTING 07-01-2010 1.22 -0.06 -4.69 1.22 1.22 27 1.52 1.01 0.00 0.00 -0.78<br />
SUMOL COMPAL 07-01-2010 1.47 - - 1.47 1.46 301 1.63 1.26 0.00 0.00 0.00<br />
VAA VISTA ALEGRE 05-01-2010 0.11 - - - - - 0.14 0.07 0.00 0.00 0.00<br />
VAA-V.ALEGRE-FUS 05-01-2010 0.08 - - - - - 0.10 0.05 0.00 0.00 14.29<br />
VAA-V.ALEGRE-FUS 05-01-2010 0.08 - - - - - 0.10 0.05 0.00 0.00 14.29<br />
Compartimento Estrangeiras<br />
BANCO POPULAR 07-01-2010 0.00 0.15 2.66 5.79 5.63 3,677 7.58 3.23 0.46 12-01-2009 8.13 9.51<br />
BANCO SANTANDER 07-01-2010 0.00 -0.01 -0.08 11.96 11.84 14,161 11.98 3.94 0.64 01-08-2009 5.37 3.01<br />
E.SANTO FINANC N 06-01-2010 0.00 - - - - - 15.20 9.01 0.25 25-05-2009 1.67 -1.32<br />
E.SANTO FINANCIA 07-01-2010 0.00 0.01 0.07 15.20 15.15 4,001 15.49 9.92 0.25 25-05-2009 1.68 2.29<br />
PAPELES Y CARTON 06-01-2010 0.00 - - - - - 4.25 2.45 0.03 16-01-2009 0.87 4.55<br />
SACYR VALLEHERM 06-05-2009 0.00 - - - - - 7.95 7.55 0.57 31-10-2008 7.17 0.00<br />
As cotações do PSI 20, dos índices internacionais e dos seus respectivos componentes podem ser acompanhadas em: www.diarioeconomico.com<br />
Última cotação – Corresponde na grande maioria dos títulos, à cotação de fecho da última sessão, a menos que seja indicada outra data. Preços indicados em euros; Variação absoluta e percentual – diferença entre<br />
a última cotação e o fecho da sessão imediatamente anterior em que o título transaccionou; Dividendo – valor bruto, indicado em euros e respectiva data a partir da qual a aquisição do título deixou de dar direito<br />
ao pagamento do dividendo; Dividend Yield – Rendimento do dividendo, que resulta da divisão do último dividendo pago pela cotação; Comportamento anual – variação percentual da cotação em relação ao último<br />
preço do ano anterior. Compartimento A – Capitalização bolsista superior a 1.000 milhões de euros; Compartimento B – Capitalização bolsista entre 150 milhões e 1.000 milhões de euros; Compartimento C –<br />
Capitalização bolsista inferior a 150 milhões de euros; Compartimento Estrangeiras – Emitentes estrangeiras.<br />
BPI<br />
PREÇO-ALVO<br />
2,50¤<br />
PT<br />
AS ÚLTIMAS RECOMENDAÇÕES<br />
COTAÇÃO ACTUAL<br />
2,278¤<br />
POTENCIAL<br />
10%<br />
COMPRAR Os analistas da Keefe, Bruyette & Woods (KBW) subiram o preçoalvo<br />
para o BPI dos 1,90 euros para os 2,50 euros, elevando também a<br />
recomendação de ‘underperform’ para ‘market perform’<br />
PREÇO-ALVO<br />
COTAÇÃO ACTUAL<br />
POTENCIAL<br />
9,7¤ 8,49¤ 14%<br />
‘EQUAL-WEIGHT’ Os analistas da Morgan Stanley subiram o preço-alvo para os<br />
títulos da operadora dos 9,20 euros para os 9,70 euros, tendo mantido a<br />
recomendação de ‘equal-weight’.<br />
COFINA<br />
PREÇO-ALVO<br />
1,45¤<br />
COTAÇÃO ACTUAL<br />
1,13¤<br />
POTENCIAL<br />
28%<br />
COMPRAR O Millennium Investment banking subiu o preço-alvo para a cofina<br />
de 1 euro para os 1,45 euros e elevaram a recomendação de ‘reduzir’ para<br />
‘comprar’.<br />
MÉDIAS DOS PREÇOS-ALVO<br />
EMPRESAS ‘TARGET’<br />
ALTRI 3,54<br />
BANCO BPI 2,49<br />
BCP 1,29<br />
BES 9,37<br />
BRISA 7,76<br />
CIMPOR 4,76<br />
EDP 3,89<br />
GALP ENERGIA 13,94<br />
EDP RENOVÁVEIS 7,37<br />
J. MARTINS 5,43<br />
MOTA-ENGIL 4,23<br />
PORTUCEL 2,47<br />
PT 7,38<br />
REN 3,24<br />
SEMAPA 11,03<br />
S. INDÚSTRIA 3,01<br />
SONAE SGPS 1,31<br />
SONAECOM 3,38<br />
T. DUARTE -<br />
ZON MULTIMÉDIA 8,05<br />
Metodologia: O preço-alvo médio é<br />
calculado tendo em conta as avaliações de<br />
sete casas de investimento: BPI, CaixaBI,<br />
ESR, BCP, Lisbon Brokers, Banif e UBS.<br />
Sexta-feira 8 Janeiro 2010 Diário <strong>Económico</strong> | FINANÇAS PESSOAIS IX<br />
JOSÉ SANTOS TEIXEIRA<br />
Presidente da Optimize<br />
2010: Ano 1 da<br />
grande mutação<br />
O mundo mudou.<br />
Depois da sociedade de consumo<br />
podemos agora estar perante<br />
uma nova sociedade.<br />
O início de um novo ano é sempre o<br />
momento de algumas reflexões e<br />
tomadas de decisão estratégicas.<br />
E 2010, o primeiro ano após-crise, é<br />
particularmente significativo por uma<br />
razão simples mas de importantes<br />
consequências: Para além duma crise,<br />
vivemos o início de uma grande<br />
mutação a nível mundial.<br />
Alguns dirão que é sempre assim. Mas<br />
os historiadores da Economia situam<br />
nesta crise o revelador da terceira<br />
grande mutação dos últimos tempos.<br />
A primeira foi o nascimento nos finais<br />
do séc. XIX da sociedade industrial.<br />
A segunda foi a entrada depois da 2ª<br />
guerra mundial na sociedade de<br />
consumo.<br />
Finalmente a que vivemos, e que<br />
confundimos com a crise que a tornou<br />
mais visível, é uma sociedade onde a<br />
necessidade de poupar, mais e melhor,<br />
se vai impor de maneira mais visível.<br />
Poupar o quê?<br />
Em princípio tudo:<br />
1 – Poupar recursos naturais que não<br />
são infinitos: Água, energias,<br />
matérias-primas tanto agrícolas como<br />
metais, entre outros. Com efeito,<br />
apesar do insucesso de Copenhaga,<br />
nãoháamínimadúvidaquenão<br />
podemos continuar a consumir,<br />
desregradamente, os bens de que<br />
somos usufrutuários, nesta nossa<br />
breve passagem pela Terra.<br />
2 – Poupar em despesa pública que<br />
supera em muito as receitas dos<br />
impostos, o que vai ter como<br />
consequência um custo que já é<br />
insuportável do serviço da dívida<br />
pública. Os nossos ‘ratings’ (Estado e<br />
bancos) vão diminuir e assim as taxas<br />
de juro aumentar.<br />
3 – Poupar para a reforma e para fazer<br />
face ao menor reembolso público das<br />
despesas de saúde. Aumentando a<br />
nossa esperança de vida um trimestre<br />
em cada ano, vamos viver mais velhos,<br />
logo com a impossibilidade crescente<br />
de fazer pagar pelos mais novos<br />
(nossos filhos e netos) o custo da nossa<br />
sobrevivência.<br />
Contrariamente ao que poderão<br />
pensar, “as ameaças” acima<br />
constituem excelentes oportunidades<br />
de investimento. Estou bastante<br />
positivo para a sociedade de poupança<br />
em que vamos entrar.<br />
Mas deixo uma reflexão: Não basta<br />
poupar para investir em “rendimento<br />
garantido, porque baixo”. Há que<br />
juntar uma estratégia correcta de<br />
investimento, a qual compreenderá<br />
uma percentagem significativa de<br />
acções.<br />
Bons rendimentos em 2010. ■
X FINANÇAS PESSOAIS | Diário <strong>Económico</strong> Sexta-feira 8 Janeiro 2010<br />
BOLSAS INTERNACIONAIS<br />
EUA - Dow Jones Industrial Indices Internacionais<br />
Título Última Var.<br />
Cot. $ %<br />
ALCOA INC 16.5 -2.77<br />
WALT DISNEY CO 31.76 -0.19<br />
KRAFT FOODS INC 28.88 -0.31<br />
PROCTER & GAMBLE 60.4 -0.74<br />
AMER EXPRESS CO 41.45 0.34<br />
GENERAL ELEC CO 16.32 5.63<br />
COCA-COLA CO 55.94 -0.69<br />
AT&T 27.45 -0.58<br />
BOEING CO 61.73 3.26<br />
HOME DEPOT INC 28.95 0.59<br />
MCDONALD'S CORP 62.27 1.33<br />
THE TRAVELERS CO 48.38 0.92<br />
BANK OF AMERICA 17.04 3.97<br />
HEWLETT-PACKARD 52.37 0.36<br />
3M COMPANY 82.95 -0.86<br />
EUA - Nasdaq<br />
Título Última Var.<br />
Cot. $ %<br />
APPLE INC 210.86 -0.05<br />
COGNIZANT TECH 45.96 -2.89<br />
INTUIT INC 30.32 -0.2<br />
PRICELINE COM 216 -1.41<br />
ADOBE SYS 37.07 -1.46<br />
CITRIX SYSTEMS 42.63 -0.16<br />
INTUITIVE SURG 311 -0.27<br />
PATTERSON COS 29.02 1.15<br />
AUTOMATIC DATA 42.37 -0.31<br />
DELL INC 14.75 1.17<br />
J.B. HUNT TRAN 33.03 0.24<br />
QUALCOMM INC 48.29 1.45<br />
AUTODESK INC 25.47 0.51<br />
DISH NETWORK A 20.77 0.34<br />
JOY GLOBAL INC 56.91 0.3<br />
QIAGEN N.V. 22.63 0.04<br />
ALTERA CORP 22.25 -0.89<br />
DIRECTV A 33.86 1.32<br />
KLA TENCOR 36.48 0.3<br />
RSCH IN MOTION 65.21 -0.29<br />
APPLIED MATL 14.02 -0.99<br />
EBAY INC 23.29 -0.89<br />
LIFE TECH CORP 51.56 -1.64<br />
ROSS STORES 46 4.21<br />
AMGEN 55.68 -1.95<br />
ELECTRONIC ART 17.94 -1.32<br />
LIBERTY INTER A 11.52 0.7<br />
STARBUCKS CORP 23.35 -0.3<br />
AMAZON COM 129.88 -1.79<br />
EXPRESS SCRIPTS 87.98 1.53<br />
LINEAR TECH 30.26 -0.75<br />
SEARS HOLDING 97.78 10.03<br />
APOLLO GROUP 65.26 2.45<br />
EXPEDITORS 34.37 -0.38<br />
LOGITECH INTL 17.55 -0.96<br />
SIGMA ALDRICH 50.51 -0.2<br />
ACTIVISIN BLIZRD 11.02 -2.13<br />
EXPEDIA 24.39 -0.85<br />
LAM RESEARCH 39.24 -0.48<br />
SANDISK CORP 30.31 -3.56<br />
BED BATH BEYOND 42.84 9.2<br />
FASTENAL CO 46.2 1.03<br />
MATTEL INC 19.91 2.1<br />
STAPLES INC 24.78 0.81<br />
BAIDU INC ADS 405.4 -1.69<br />
FISERV INC 48.99 -0.89<br />
MICROCHIP TECH 28.35 -0.46<br />
STERICYCLE INC 54.62 -0.02<br />
BIOGEN IDEC 52.84 -1.1<br />
FLEXTRONICS 7.18 -1.24<br />
EUA - Standard & Poors 100<br />
Título Última Var.<br />
Cot. $ %<br />
ALCOA INC 16.5 -2.77<br />
CVS CAREMARK CRP 33.25 2.12<br />
JOHNSON&JOHNSON 63.77 -1.06<br />
PROCTER & GAMBLE 60.4 -0.74<br />
APPLE INC 210.86 -0.05<br />
CHEVRON 79.39 -0.3<br />
JPMORGAN CHASE 44.08 0.36<br />
PHILIP MORRIS 49.15 0.47<br />
ABBOTT LABS 54.32 0<br />
DU PONT CO 34.31 0.79<br />
KRAFT FOODS INC 28.88 -0.31<br />
QUALCOMM INC 48.29 1.45<br />
AMER ELEC PWR 35.08 0.54<br />
DELL INC 14.75 1.17<br />
COCA-COLA CO 55.94 -0.69<br />
REGIONS FINANCL 6.12 7.94<br />
ALLSTATE CP 30.7 -0.71<br />
WALT DISNEY CO 31.76 -0.19<br />
LOCKHEED MARTIN 74.01 -3.27<br />
RAYTHEON CO 51.48 1.48<br />
AMGEN 55.68 -1.95<br />
DOW CHEMICAL CO 31 -0.06<br />
LOWES COMPANIES 23.54 2.44<br />
SPRINT NEXTEL 4.01 -1.96<br />
AMAZON COM 129.88 -1.79<br />
DEVON ENERGY 75.57 -1.11<br />
MASTERCARD CL A 252.12 -1.35<br />
SCHLUMBERGER LTD 69.03 0.33<br />
AVON PRODUCTS 31.14 -2.66<br />
EMC CORP 17.67 -1.06<br />
MCDONALD'S CORP 62.27 1.33<br />
SARA LEE CORP 12.14 -1.38<br />
AMER EXPRESS CO 41.45 0.34<br />
ENTERGY CP 80.57 -0.84<br />
MEDTRONIC INC 45.67 0.75<br />
SOUTHERN 32.7 -1.03<br />
BOEING CO 61.73 3.26<br />
EXELON CORP 48.32 -0.1<br />
METLIFE INC 37.75 0.61<br />
AT&T 27.45 -0.58<br />
BANK OF AMERICA 17.04 3.97<br />
FORD MOTOR CO 11.51 1.23<br />
3M COMPANY 82.95 -0.86<br />
TARGET CORP 50.2 1.09<br />
BAXTER INTL INC 58.84 1.29<br />
FRPRT-MCM GD 85.49 -2.08<br />
ALTRIA GROUP 19.98 -0.55<br />
TIME WARNER INC 28.69 -1.14<br />
BAKER HUGHES INC 45.67 -0.37<br />
FEDEX CORP 82.88 -1.15<br />
Reino Unido - Footsie 100<br />
Título Última Var.<br />
Cot. £ %<br />
ANGLO AMERICAN 2863 -0.68<br />
BT GROUP 142.5218 -1.24<br />
3I GROUP 288.4 1.34<br />
PETROFAC 997.5725 -1<br />
SHIRE 1232 0.33<br />
ASSOC.BR.FOODS 831.28 2.26<br />
CADBURY 773.8276 0.58<br />
IMPERIAL TOBACCO 1950 0.78<br />
PRUDENTIAL 631.3 -2.63<br />
STANDARD LIFE 210.5 -2.55<br />
ADMIRAL GROUP 1153.55 -0.77<br />
Título Última Var.<br />
Cot. $ %<br />
UNITED TECH CP 70.38 0.27<br />
CATERPILLAR INC 59.83 0.67<br />
INTL BUS MACHINE 129.83 -0.13<br />
MERCK & CO 37.66 0<br />
VERIZON COMMS 31.76 -0.5<br />
CISCO SYSTEMS 24.33 -0.37<br />
INTEL CORP 20.38 -2.02<br />
MICROSOFT CP 30.27 -1.62<br />
WAL-MART STORES 53.37 -0.37<br />
CHEVRON 79.39 -0.3<br />
JOHNSON&JOHNSON 63.77 -1.06<br />
PFIZER INC 18.54 -0.32<br />
EXXON MOBIL 69.74 -0.4<br />
DU PONT CO 34.31 0.79<br />
JPMORGAN CHASE 44.08 0.36<br />
Título Última Var.<br />
Cot. $ %<br />
MILLICOM INTL 79.18 0.66<br />
SEAGATE TECH 18.19 -1.09<br />
BMC SOFTWARE 40 -0.4<br />
FLIR SYSTEMS 32.85 0.15<br />
MARVELL TECH GP 21.18 -2.04<br />
SYMANTEC CORP 18.23 -0.71<br />
BROADCOM CORP 31.26 -0.76<br />
FIRST SOLAR 141.88 1.33<br />
MICROSOFT CP 30.27 -1.62<br />
TEVA PHARM 57.75 0.96<br />
CA IN 22.86 0.44<br />
FOSTER WHEELR AG 33.2 0.73<br />
MAXIM INTEGRATED 19.58 -2.05<br />
URBAN OUTFITTER 34.15 -3.2<br />
CELGENE CORP 56.01 -0.67<br />
GENZYME 49.35 0.78<br />
MYLAN INC 18.15 -1.04<br />
VIRGIN MEDIA 17.1 -1.61<br />
CEPHALON INC 62.91 -0.65<br />
GILEAD SCI 44.63 -0.29<br />
NII HOLDINGS 37.83 1.83<br />
VODAFONE GROUP 22.26 -2.54<br />
CERNER CORP 89.98 -0.23<br />
GOOGLE 601.92 -1.04<br />
NETAPP INC 33.22 -0.39<br />
VERISIGN INC 24.54 -0.77<br />
CHECK PT SFTWRE 34.02 0.06<br />
GARMIN LTD 31.07 -2.97<br />
NVIDIA CORP 18.49 -2.07<br />
VERTEX PHARM 41.85 -0.43<br />
CH ROBINSON WW 56.71 -1.1<br />
HOLOGIC INC 14.99 -0.13<br />
NEWS CORP A 13.95 -1.76<br />
WRNER CHIL PLC A 28.61 0.7<br />
COMCAST CORP A 16.97 2.11<br />
HENRY SCHEIN 53.44 -0.02<br />
ORACLE CORP 24.22 -0.98<br />
WYNN RESORTS 67.66 1.05<br />
COSTCO WHOLESAL 59.46 -0.9<br />
ILLUMINA INC 32.7 1.49<br />
O REILLY AUTO 38.34 -0.13<br />
XILINX INC 24.5 -1.57<br />
CISCO SYSTEMS 24.33 -0.37<br />
INFOSY TECH ADR 54.89 -2.17<br />
PAYCHEX INC 31.19 0.45<br />
DENTSPLY INTL 35.46 0.91<br />
CINTAS CORP 26.42 0<br />
INTEL CORP 20.38 -2.02<br />
PACCAR INC 38 0.64<br />
YAHOO! INC 16.7 -2.74<br />
Título Última Var.<br />
Cot. $ %<br />
MONSANTO CO 85.7 -0.66<br />
TEXAS INSTRUMENT 25.61 -0.23<br />
BANK NY MELLON 28.78 2.2<br />
GENERAL DYNAMICS 69.3 0.09<br />
MERCK & CO 37.66 0<br />
UNITEDHEALTH GP 32.64 2.67<br />
BRISTOL MYERS SQ 25.24 0.08<br />
GENERAL ELEC CO 16.32 5.63<br />
MORGAN STANLEY 33.02 1.76<br />
UNITED PARCEL B 57.52 -0.57<br />
BURL NTHN SANTA 98.77 -0.13<br />
GILEAD SCI 44.63 -0.29<br />
MICROSOFT CP 30.27 -1.62<br />
US BANCORP 24.35 2.7<br />
CITIGROUP 3.65 0.27<br />
GOOGLE 601.92 -1.04<br />
NIKE INC CL B 65.84 0.97<br />
UNITED TECH CP 70.38 0.27<br />
CATERPILLAR INC 59.83 0.67<br />
GOLDM SACHS GRP 177.55 1.89<br />
NTL OILWELL VARC 46.96 -1.26<br />
VERIZON COMMS 31.76 -0.5<br />
COLGATE PALMOLIV 82.66 -0.8<br />
HALLIBURTON CO 32.32 -0.25<br />
NORFOLK SOUTHERN 52.35 -1.69<br />
WALGREEN CO 36.69 -0.08<br />
COMCAST CORP A 16.97 2.11<br />
HOME DEPOT INC 28.95 0.59<br />
NEWS CORP A 13.95 -1.76<br />
WELLS FARGO & CO 29.02 3.24<br />
CAP ONE FINAN 42.24 3.5<br />
H J HEINZ CO 42.46 -0.4<br />
NYSE EURONEXT 26.24 1.31<br />
WILLIAMS COMPS 22.35 -1.06<br />
CONOCOPHILLIPS 52.72 -0.55<br />
HONEYWELL INTL 40.78 0.87<br />
ORACLE CORP 24.22 -0.98<br />
WAL-MART STORES 53.37 -0.37<br />
COSTCO WHOLESAL 59.46 -0.9<br />
HEWLETT-PACKARD 52.37 0.36<br />
OCCIDENTAL PETE 82.69 -0.96<br />
WEYERHAEUSER CO 44.31 -0.92<br />
CAMPBELL SOUP CO 33.12 -1.28<br />
INTL BUS MACHINE 129.83 -0.13<br />
PEPSICO INC 61 -0.59<br />
EXXON MOBIL 69.74 -0.4<br />
CISCO SYSTEMS 24.33 -0.37<br />
INTEL CORP 20.38 -2.02<br />
PFIZER INC 18.54 -0.32<br />
XEROX CORP 8.55 -0.12<br />
Título Última Var.<br />
Cot. £ %<br />
CARNIVAL 2150 -0.51<br />
INTL POWER 311.284 -1.33<br />
PEARSON 866.9097 -0.4<br />
SMITHS GROUP 1002 -1.96<br />
AGGREKO 939.99 0.86<br />
CENTRICA 276.4311 -1.47<br />
INMARSAT 686.5 -2.14<br />
RECKIT BNCSR GRP 3270 0.31<br />
SMITH&NEPHEW 633.6266 0.08<br />
AMEC 814.8965 0.68<br />
CAIRN ENERGY 355.2 2.51<br />
Último Var. Var. Máx. Mín. Fecho Var. VS Máx. Data Mín. Data<br />
Índice Mercado valor pontos % ano ano ano ant. ano ant.% hist. máx. hist. histór. Mín. hist.<br />
PSI 20 Portugal 8763.93 83.63 0.96 8717.27 8475.45 8463.85 3.545431453 15080.99 09 MAR 2000 2910.63 14 JAN 1993<br />
PSI Geral Portugal 3000.18 24.92 0.84 2975.26 2944.83 2902.26 3.373922392 4419 17 JUL 2007 842.31 22 NOV 1995<br />
PSI 20 Total Return Portugal 14524.92 138.61 0.96 14447.58 14046.8 14027.58 3.545444047 21023.84 17 JUL 2007 6673.98 23 OCT 2002<br />
Dow Jones Ind. Ave. EUA 10577.38 3.7 0.03 10604.97 6469.95 10428.05 1.432003107 14164.53 09 OCT 2007 388.2 17 JAN 1955<br />
Nasdaq Composite EUA 2291.77 -9.32 -0.41 2314.07 1265.52 2269.15 0.99684904 5132.52 10 MAR 2000 276.6 01 OCT 1985<br />
FTSE 100 R. Unido 5526.72 -3.32 -0.06 5536.48 5410.82 5412.88 2.103131789 6950.6 30 DEC 1999 986.9 23 JUL 1984<br />
Xetra-Dax Alemanha 6019.36 -14.97 -0.25 6058.02 5974.43 5957.43 1.039542219 8151.57 13 JUL 2007 931.18 29 JAN 1988<br />
CAC 40 França 4024.8 7.13 0.18 4028.34 3950.61 3936.33 2.247524979 6944.77 04 SEP 2000 893.82 29 JAN 1988<br />
IBEX 35 Espanha 12166.3 -56.2 -0.46 12240.5 6702.6 11940 1.895309883 16040.4 09 NOV 2007 1861.9 05 OCT 1992<br />
AEX Holanda 340.55 -0.93 -0.27 343.59 336.96 335.33 1.556675514 703.18 05 SEP 2000 69.14 10 NOV 1987<br />
BEL 20 Bélgica 2590.68 -5.75 -0.22 2601.17 2521.73 2511.62 3.147769169 4759.01 23 MAY 2007 1039 02 SEP 1992<br />
Nikkei 225 Japão 10681.66 -49.79 -0.46 10791.04 10608.14 0 0 38915.87 29 DEC 1989 85.25 06 JUL 1950<br />
Hang Seng Hong Kong 22269.45 -147.22 -0.66 22514.79 21689.22 21872.5 1.814835981 31958.41 30 OCT 2007 58.61 31 AUG 1967<br />
DJ Stoxx 50 Pan-europeu 2617.88 0.53 0.02 2627.83 2590.29 2578.92 1.51070991 5219.96 28 MAR 2000 925.95 05 OCT 1992<br />
DJ Euro Stoxx 50 Pan-europeu 3007.34 -2.32 -0.08 3025.6 2974.86 2966.24 1.385592535 5522.42 07 MAR 2000 920.65 05 OCT 1992<br />
FTSE Eurotop 300 Pan-europeu 1060.15 -0.86 -0.08 1064.36 1045.54 1045.76 1.376032742 1709.12 05 SEP 2000 645.5 09 MAR 2009<br />
FTSE Eurotop 100 Pan-europeu 2257.86 -2.51 -0.11 2269.81 2232.85 2233.67 1.082971075 3969.76 05 SEP 2000 1384.52 09 MAR 2009<br />
Euronext 100 Pan-europeu 697.76 -0.51 -0.07 700.25 686.37 683.76 2.047502048 1147.84 12 OCT 2000 419.49 12 MAR 2003<br />
Next 150 Pan-europeu 1448.93 7.9 0.55 1441.03 1393.36 1386.24 4.52230494 2028.18 19 JUL 2007 514.28 12 MAR 2003<br />
S&P 500 EUA 1138.27 1.13 0.1 1126.48 666.92 1115.1 2.077840552 1576.06 11 OCT 2007 132.93 23 NOV 1982<br />
Bovespa Brasil 70383.8 -345.53 -0.49 70936.59 68587.16 68588.41 2.617628838 73920.38 29 MAY 2008 4575.69 11 SEP 1998<br />
Índices Sectoriais - Dow Jones Stoxx Europa<br />
Último Var. Var. Máx. Mín. Fecho Var. VS Máx. Data Mín. Data<br />
Índice valor pontos % ano ano ano ant. ano ant.% hist. máx. hist. histór. Mín. hist.<br />
Automovel 243.60 -0.11 -0.05 244.26 236.32 235.83 3.29 433.20 01 NOV 2007 83.34 07 OCT 1992<br />
Banca 232.10 1.65 0.72 231.18 222.36 221.27 4.89 541.27 20 APR 2007 86.87 26 AUG 1992<br />
Recursos Básicos 527.35 0.87 0.17 527.48 502.18 497.98 5.90 836.75 19 MAY 2008 84.85 19 OCT 1992<br />
Ind. Quimica 465.75 -1.56 -0.33 471.15 462.95 463.06 0.58 530.59 06 JUN 2008 95.76 05 OCT 1992<br />
Construção 283.65 -0.54 -0.19 284.35 277.16 277.56 2.19 481.57 04 JUN 2007 77.54 19 OCT 1992<br />
Energia 340.78 2.25 0.66 339.83 332.30 330.54 3.10 472.65 13 JUL 2007 85.58 25 AUG 1992<br />
Serviços Financeiros 239.66 0.77 0.32 240.64 233.88 232.87 2.92 508.91 21 FEB 2007 80.51 01 SEP 1992<br />
Alimentação e bebidas 298.06 -2.04 -0.68 308.20 299.70 304.28 -2.04 337.56 01 NOV 2007 92.66 05 OCT 1992<br />
Bens e serviços Industriais 254.96 1.43 0.56 253.65 247.81 246.69 3.35 416.99 11 FEB 2000 92.1 05 OCT 1992<br />
Seguros 155.89 -0.48 -0.31 157.03 152.37 151.43 2.95 473.67 27 NOV 2000 73.76 09 MAR 2009<br />
Media 159.74 -0.20 -0.13 161.67 159.34 159.15 0.37 783.64 10 MAR 2000 99.98 08 JAN 1992<br />
Cuidados Médicos 364.24 0.13 0.04 370.34 363.50 366.09 -0.51 523.48 27 NOV 2000 87.97 14 APR 1993<br />
Tecnologia 192.69 1.80 0.94 190.99 185.07 184.35 4.52 1230.61 06 MAR 2000 88.2 05 OCT 1992<br />
Telecomunicações 257.75 -4.10 -1.57 264.30 261.56 260.93 -1.22 1062.85 06 MAR 2000 79.37 05 OCT 1992<br />
Fornecedores de serv. Públicos 341.51 -2.40 -0.70 345.59 342.64 342.49 -0.29 563.68 08 JAN 2008 89.88 05 OCT 1992<br />
Reino Unido - Footsie 100<br />
Título Última Var. Título Última Var.<br />
Cot. £ %<br />
Cot. £ %<br />
INVENSYS 313.842 1.87<br />
ROYAL BANK SCOT 36.0621 -2.21<br />
SERCO GROUP 518.5 -1.71<br />
ANTOFAGASTA 1030.89 -1.45<br />
COBHAM 251.34 0.44<br />
INTERTEK GROUP 1237 -1.04<br />
ROYAL DTCH SHL A 1925.51 -0.21<br />
SCOT & STH ENRGY 1156.955 -1.45<br />
ALLIANCE TRUST 333.8 -0.39<br />
COMPASS GROUP 458.2 -1.57<br />
JOHNSON MATTHEY 1602.1 -0.25<br />
ROYAL DTCH SHL B 1852.5 -0.22<br />
STANDRD CHART BK 1596.79 0<br />
AUTONOMY CORP 1586.91 2.05<br />
CAPITA GROUP 722.05 -1.62<br />
KAZAKHMYS 1463 1.88<br />
REED ELSEVIER 503.0201 -1.08<br />
SEVERN TRENT 1072 -1.02<br />
AVIVA 403.6723 -1.66<br />
CABLE & WIRELESS 147.4298 0.27<br />
KINGFISHER 226.6 -0.09<br />
REXAM PLC 285.5 0.04<br />
THOMAS COOK GRP 240.2 0.17<br />
ASTRAZENECA 2909.95 1.23<br />
DIAGEO 1061.0424 0.66<br />
LAND SECS GROUP 660.66 0<br />
RIO TINTO 3619.69 0.11<br />
TULLOW OIL 1338 0.45<br />
BAE SYSTEMS 371.5 0.03<br />
MAN GROUP 324.76 1.99<br />
LEGAL & GENERAL 81.8533 2.12<br />
ROLLS ROYCE GP 499.1951 -0.97<br />
TESCO 412.87 -0.01<br />
BARCLAYS 312.76 2.77<br />
EURASIAN 955.34 0.41<br />
LIBERTY INTL 501 -1.09<br />
RANDGOLD RES. 5270 -1.03<br />
TUI TRAVEL 262.3579 0.23<br />
BRIT AM TOBACCO 2046.5616 0.62<br />
EXPERIAN 601 -0.66<br />
Espanha - IBEX 35<br />
Título Última Var.<br />
Cot. € %<br />
ABERTIS 15.95 -0.84<br />
ABENGOA 24.035 0.67<br />
ACS CONS Y SERV 36.2 -1<br />
ACERINOX 15 0.54<br />
ACCIONA SA 93.15 -0.53<br />
BBVA 13.05 -0.46<br />
BANKINTER 7.35 -1.08<br />
BOLSAS Y MER ESP 23.21 -1.09<br />
BANESTO 8.775 -0.85<br />
CRITERIA CAIXA 3.407 0.65<br />
ENDESA 22.91 -1.36<br />
ENAGAS 15.49 -0.71<br />
EBRO PULEVA 14.585 1.21<br />
FOMENTO DE CONST 31.24 0.35<br />
FERROVIAL 8.735 -0.52<br />
GAMESA 12.63 0.44<br />
GAS NATURAL 15.52 -0.03<br />
GRIFOLS 12.1 -0.86<br />
Suíça - SMI<br />
Título Última Var.<br />
Cot. CHF %<br />
ABB LTD N 20.77 1.32<br />
ACTELION HLDG 56.7 1.7<br />
ADECCO N 63 2.94<br />
CS GROUP AG 55.2 3.95<br />
HOLCIM N 82.4 0.18<br />
JULIUS BAER N 35.8 -1.16<br />
LONZA GRP AG N 77.35 1.18<br />
NESTLE SA 48.4 -1.14<br />
NOVARTIS N 53.8 -0.74<br />
RICHEMONT I 36.27 0.83<br />
ROCHE HOLDING AG 178 -0.84<br />
SGS N 1362 0.52<br />
SWATCH GROUP I 277.4 1.99<br />
LLOYDS BNK GRP 54.4878 4.29<br />
RSA INSRANCE GRP 126.7 0.56<br />
UNILEVER 1934.5953 -1.23<br />
BRITISH AIRWAYS 199.646 -0.6<br />
FRESNILLO 853 1.61<br />
LONMIN PLC 2101 0.53<br />
RESOLUTION 89.5 0.28<br />
UNITED UTIL GRP 491.8631 -1.49<br />
BG GROUP 1190.8558 2.45<br />
G4S 266.9 -0.37<br />
LOND STOCK EXCH 723.5 0.98<br />
SABMILLER 1841 0.77<br />
VEDANTA RES 2824 0.18<br />
BR LAND CO 456.64 0.17<br />
GLAXOSMITHKLINE 1297.94 -0.15<br />
MARKS & SP. 371.3858 -1.7<br />
SAINSBURY(J) 324.48 3.21<br />
VODAFONE GROUP 139.63 -2.6<br />
BHP BILLITON 2082.19 -0.43<br />
HAMMERSON 403.14 -1.77<br />
MORRISON SUPMKT 280.35 2.1<br />
SCHRODERS 1321.6 1.07<br />
WOLSELEY 1397.5559 3.6<br />
BUNZL 661.75 0.45<br />
HOME RETAIL 281.28 -1.16<br />
NATIONAL GRID 652.5 -2.25<br />
SCHRODERS NV 1062 0.57<br />
WPP PLC 615.5 0.65<br />
BP 617.83 0.63<br />
HSBC HOLDINGS 734.8491 -0.53<br />
NEXT 2058.6101 -2<br />
SAGE GROUP 230.1092 1.59<br />
WHITBREAD 1399.95 0.07<br />
BURBERRY GRP 600 0.59<br />
ICAP PLC 443.8264 2.09<br />
OLD MUTUAL 113.1795 -0.79<br />
SEGRO 343.94 0.03<br />
XSTRATA 1230.263 -0.85<br />
B SKY B 567.8069 -0.35<br />
INTERCONT HOTEL 903.6523 0.56<br />
Título Última Var.<br />
Cot. € %<br />
IBERDROLA 6.686 -0.64<br />
IBERIA LIN AER 2.03 0<br />
IBR RENOVABLES 3.336 0.21<br />
INDRA SISTEMAS 16.62 0.06<br />
INDITEX 43.04 -1.47<br />
MAPFRE 3.062 -0.29<br />
ARCELORMITTAL 33.44 1.77<br />
OBR HUARTE LAIN 19.26 -0.57<br />
BK POPULAR 5.798 1.83<br />
RED ELECTR CORP 37.58 -0.63<br />
REPSOL YPF 18.81 0.05<br />
BCO DE SABADELL 4.096 -0.1<br />
BANCO SANTANDER 11.92 -0.46<br />
SACYR-VALLE 8.515 1.39<br />
TELEFONICA 19.45 -0.99<br />
GEST TELECINCO 10.3 1.28<br />
TECNICAS REUN 42.635 1.34<br />
Título Última Var.<br />
Cot. CHF %<br />
SWISS LIFE HLDG 145.2 4.31<br />
SWISS REINSUR N 52.3 -1.04<br />
SWISSCOM N 393.7 -0.58<br />
SYNGENTA N 290.6 1.57<br />
SYNTHES 135 -0.74<br />
UBS AG N 16.58 0.3<br />
ZURICH FIN N 230.9 -1.37<br />
ZURICH FIN N 230.9 -1.37<br />
SYNGENTA N 290.6 1.57<br />
SYNTHES 135 -0.74<br />
UBS AG N 16.58 0.3<br />
ZURICH FIN N 230.9 -1.37<br />
ZURICH FIN N 230.9 -1.37<br />
Alemanha - Dax<br />
Título Última Var.<br />
Cot. € %<br />
ADIDAS AG 39.745 0.88<br />
FRESENIUS SE VZ 49.07 -0.87<br />
ALLIANZ SE 88.47 -1.15<br />
HENKEL AG&CO VZ 36.11 -1.53<br />
BASF SE 44.155 -0.66<br />
INFINEON TECH N 4.112 -1.65<br />
BAY MOT WERKE 33.1 0.88<br />
K+S AG 46.2 2.62<br />
BAYER N AG 54.3 -1.31<br />
LINDE 83.92 -0.62<br />
BEIERSDORF 45.7 -1.01<br />
MAN SE 55.1 0.22<br />
COMMERZBANK 6.723 4.12<br />
MERCK KGAA 66.05 2.1<br />
DAIMLER AG N 36.72 -1.42<br />
Itália - Mibtel<br />
Título Última Var.<br />
Cot. € %<br />
GENERALI ASS 18.91 0<br />
MEDIASET 5.685 -0<br />
MEDIOBANCA 8.83 0<br />
MEDIOLANUM 4.5075 0<br />
SAIPEM 24.5 -0<br />
SNAM RETE GAS 3.3875 0<br />
STMICROELEC.N.V 6.475 -0<br />
Holanda - AEX<br />
Título Última Var.<br />
Cot. € %<br />
DJ Euro STOXX 50 3007.34 -0.08<br />
AEX-Index 340.55 -0.27<br />
AEGON 4.878 2.03<br />
AHOLD KON 9.198 -2.19<br />
AIR FRANCE - KLM 11.95 0.97<br />
AKZO NOBEL 45.745 -1.62<br />
ARCELORMITTAL 33.415 1.84<br />
ASML HOLDING 24.115 -1.83<br />
BAM GROEP KON 7.572 0.77<br />
BOSKALIS WESTMIN 28.02 0.36<br />
CORIO 46.33 -1.16<br />
FUGRO 43.885 2.24<br />
França - CAC 40<br />
Título Última Var.<br />
Cot. € %<br />
ACCOR 37.8 -1.02<br />
AIR LIQUIDE 82.2 -0.12<br />
ALCATEL-LUCENT 2.627 1.98<br />
ALSTOM 52.13 0.31<br />
ARCELORMITTAL 33.415 1.84<br />
AXA 17.06 -1.13<br />
BNP PARIBAS 58.22 1.75<br />
BOUYGUES 37.16 -1.37<br />
CAP GEMINI 34.075 -1.05<br />
CARREFOUR 34.16 -1.13<br />
CREDIT AGRICOLE 13.255 0.04<br />
DANONE 42.75 -0.21<br />
DEXIA 4.9 0.95<br />
EADS 14.21 1<br />
EDF 41.17 -1.34<br />
ESSILOR INTERNAT 41.25 0.22<br />
FRANCE TELECOM 17.445 -1.25<br />
GDF SUEZ 30.085 -1.2<br />
L OREAL 78.08 0.27<br />
L.V.M.H. 79.99 1.14<br />
Título Última Var.<br />
Cot. € %<br />
METRO AG 41.42 -3.98<br />
DEUTSCHE BANK N 51.33 0.45<br />
MUENCH. RUECK N 108.05 0.23<br />
DEUTSCHE POST NA 14.125 -0.21<br />
RWE AG 68.1 -0.42<br />
DT BOERSE N 56.78 -1.76<br />
SALZGITTER 73.01 2.56<br />
DT LUFTHANSA AG 12.315 1.36<br />
SAP AG 34.105 2.65<br />
DT TELEKOM N 10.055 -1.9<br />
SIEMENS N 66.53 1.19<br />
E.ON AG NA 28.93 -0.82<br />
THYSSEN KRUPP 27.55 -0.29<br />
FRESENIUS MEDI 36.375 -0.63<br />
VOLKSWAGEN VZ 65.75 1.15<br />
Título Última Var.<br />
Cot. € %<br />
UNICREDIT 2.39 0<br />
TENARIS 15.82 0<br />
TERNA 2.935 0<br />
UBI BANCA 10.35 0<br />
UNICREDIT 2.39 0<br />
UNICREDIT 2.39 0<br />
Título Última Var.<br />
Cot. € %<br />
HEINEKEN 32.9 -1.39<br />
ING GROEP 7.6 2.38<br />
KONINKLIJKE DSM 34.735 -0.94<br />
KPN KON 11.83 -1.83<br />
PHILIPS KON 21 -0.57<br />
R.DUTCH SHELL A 21.505 -0.3<br />
RANDSTAD 38.08 2.92<br />
REED ELSEVIER 8.333 -1.47<br />
SBM OFFSHORE 14.565 -0.48<br />
TNT 21.985 -0.2<br />
TOMTOM N.V. 7.025 1.75<br />
UNIBAIL RODAMCO 154.8 -1.05<br />
Título Última Var.<br />
Cot. € %<br />
LAFARGE 60.38 -0.63<br />
LAGARDERE S.C.A. 28.06 -2.4<br />
MICHELIN 56.97 -0.35<br />
PERNOD RICARD 59.36 -1.07<br />
PEUGEOT 26.705 1.46<br />
PPR 84.96 0.31<br />
RENAULT 39.695 1.13<br />
SAINT-GOBAIN 38.64 -0.28<br />
SANOFI-AVENTIS 55.96 0.5<br />
SCHNEIDER ELECTR 81.05 -0.2<br />
SOCIETE GENERALE 51.31 2.78<br />
STMICROELECTRONI 6.467 -1.28<br />
SUEZ ENV 16.755 -0.24<br />
TECHNIP 52.85 3.36<br />
TOTAL 45.96 0.17<br />
UNIBAIL RODAMCO 154.8 -1.05<br />
VALLOUREC 133.85 0.41<br />
VEOLIA ENVIRON 24.155 1.17<br />
VINCI 40.85 0.04<br />
VIVENDI 21.11 -0.31<br />
Bélgica - Bel 20<br />
Título Última Var.<br />
Cot. € %<br />
DJ Euro STOXX 50 3007.34 -0.08<br />
BEL20 2590.68 -0.22<br />
ACKERMANS V.HAAR 53.22 -0.26<br />
BEKAERT 116.7 0<br />
BELGACOM 25.85 -1.93<br />
COFINIMMO-SICAFI 99.71 -0.2<br />
COLRUYT 169.85 -0.32<br />
DELHAIZE GROUP 54.55 -0.46<br />
DEXIA 4.9 0.95<br />
FORTIS 2.891 2.52<br />
Título Última Var.<br />
Cot. € %<br />
GBL 67.41 -0.22<br />
GDF SUEZ 30.085 -1.2<br />
AB INBEV 35.725 -1.71<br />
KBC GROEP 35.03 0.29<br />
MOBISTAR 46.295 -1.54<br />
NAT PORTEFEUIL D 37.54 -0.77<br />
OMEGA PHARMA 35.25 -0.25<br />
SOLVAY 76.79 1.57<br />
UCB 29.895 0.88<br />
Euronext - Euronext 100<br />
Título Última Var. Título Última Var.<br />
Cot. € %<br />
Cot. € %<br />
ACCOR 37.8 -1.02<br />
ADP 57.17 -0.02<br />
AEGON 4.878 2.03<br />
AHOLD KON 9.198 -2.19<br />
AIR FRANCE - KLM 11.95 0.97<br />
AIR LIQUIDE 82.2 -0.12<br />
AKZO NOBEL 45.745 -1.62<br />
ALSTOM 52.13 0.31<br />
ALCATEL-LUCENT 2.627 1.98<br />
ASML HOLDING 24.115 -1.83<br />
AXA 17.06 -1.13<br />
BELGACOM 25.85 -1.93<br />
B.COM.PORTUGUES 0.897 0.9<br />
B.ESPIRITO SANTO 4.89 2.95<br />
BNP PARIBAS 58.22 1.75<br />
BOUYGUES 37.16 -1.37<br />
BRISA 7.425 1.02<br />
BUREAU VERITAS 37.065 0.18<br />
CREDIT AGRICOLE 13.255 0.04<br />
CAP GEMINI 34.075 -1.05<br />
CARREFOUR 34.16 -1.13<br />
CASINO GUICHARD 61.13 -2.13<br />
CIMENTS FRANCAIS 75.3 -0.37<br />
NATIXIS 3.871 0.31<br />
CNP ASSURANCES 68.93 -1.5<br />
COLRUYT 169.85 -0.32<br />
CORIO 46.33 -1.16<br />
DANONE 42.75 -0.21<br />
DASSAULT SYSTEM 41.245 1.34<br />
DELHAIZE GROUP 54.55 -0.46<br />
DEXIA 4.9 0.95<br />
CHRISTIAN DIOR 75.03 0.83<br />
KONINKLIJKE DSM 34.735 -0.94<br />
EADS 14.21 1<br />
EDF 41.17 -1.34<br />
EDP 3.139 0.45<br />
EDP RENOVAVEIS 6.935 -0.93<br />
REED ELSEVIER 8.333 -1.47<br />
ERAMET 251.4 -1.18<br />
ESSILOR INTERNAT 41.25 0.22<br />
EUTELSAT COMM. 22.435 -0.22<br />
SODEXO 40.81 -2.84<br />
FORTIS 2.891 2.52<br />
EIFFAGE 41.815 1.27<br />
FRANCE TELECOM 17.445 -1.25<br />
GALP ENERGIA 12.61 0.28<br />
GBL 67.41 -0.22<br />
GDF SUEZ 30.085 -1.2<br />
HEINEKEN 32.9 -1.39<br />
HERMES INTL 92.69 -1.14<br />
Euronext - Next 150<br />
Título Última Var.<br />
Cot. € %<br />
IMPRESA SGPS 1.83 -2.66<br />
BULL 3.17 0<br />
LOGICA 1.37 3.24<br />
ALTEN 19.6 -0.38<br />
MANITOU BF 11.21 -1.58<br />
MARTIFER 3.69 1.65<br />
MAUREL ET PROM 13.1 -1.17<br />
AALBERTS INDUSTR 10.77 -0.51<br />
ACKERMANS V.HAAR 53.22 -0.26<br />
AGFA-GEVAERT 4.93 0<br />
ARKEMA 27.545 -0.76<br />
ALTRI SGPS SA 4.219 1.22<br />
APRIL GROUP 25.2 -1.18<br />
ARCADIS 16.45 0.12<br />
ASM INTERNATIONA 17.84 -2.35<br />
ATOS ORIGIN 34.58 -0.77<br />
BAM GROEP KON 7.572 0.77<br />
BARCO 30.25 -0.56<br />
BANCO BPI SA 2.302 0.7<br />
BEFIMMO-SICAFI 62.81 1.13<br />
BEKAERT 116.7 0<br />
BIC 50.39 0.36<br />
BINCKBANK 13.045 0.15<br />
BIOMERIEUX 83 2.48<br />
BANIF-SGPS 1.3 -0.76<br />
BONDUELLE 79.95 0.01<br />
BOSKALIS WESTMIN 28.02 0.36<br />
WESSANEN KON 4.155 -2<br />
CARBONE-LORRAINE 27.145 0.54<br />
SECHE ENVIRONNEM 61.02 0.69<br />
AREVA CI 375.8 0.21<br />
C F E 36.37 -0.9<br />
BENETEAU 11.48 -0.56<br />
CMB 22.24 0.45<br />
CLUB MEDITERRANE 13.415 1.05<br />
COFINIMMO-SICAFI 99.71 -0.2<br />
CIMPOR SGPS 6.5 1.06<br />
CRUCELL 14.39 -0.69<br />
CSM 19 1.2<br />
DERICHEBOURG 3.35 -0.71<br />
DRAKA HOLDING 13.495 -0.18<br />
EDF ENERG NOUV 38.2 0.41<br />
EULER HERMES 55.65 -0.62<br />
FAURECIA 17.45 2.02<br />
EURONAV 16.58 3.62<br />
EUROFINS SCIENT 40.625 -0.02<br />
EURAZEO 51.31 -1.33<br />
HAVAS 3.05 6.05<br />
EVS BROADC.EQUIP 48.03 2.17<br />
EXACT HOLDING 19.55 -0.86<br />
FAIVELEY 58.01 0<br />
FONC DES REGIONS 72.04 -1.56<br />
FUGRO 43.885 2.24<br />
RALLYE 25.83 -1.3<br />
STALLERGENES 59.9 0<br />
CGG VERITAS 16.98 4.36<br />
GROUP EUROTUNNEL 7.05 0.71<br />
LISI 35.01 0.03<br />
GIMV 37.4 -0.74<br />
GL EVENTS 17.3 0.35<br />
BOURBON 28.55 -1.31<br />
GRONTMIJ 18 2.56<br />
GEMALTO 29.39 -1.04<br />
GUYENNE GASCOGNE 63.18 -2.05<br />
DIETEREN 292.39 1.37<br />
IMTECH 20.28 2.68<br />
INGENICO 17.49 0<br />
IPSEN 39.38 0.66<br />
IPSOS 21.495 -0.07<br />
J MARTINS SGPS 7.47 6.56<br />
KARDAN NV 4.537 -1.8<br />
MEETIC 19.8 -0.5<br />
NEOPOST 58.02 0.05<br />
MERCIALYS 25.5 0<br />
M6-METROPOLE TV 18.775 1.93<br />
ICADE 70.5 -0.3<br />
ILIAD 87.41 -1.91<br />
IMERYS 42.55 -0.32<br />
ING GROEP 7.6 2.38<br />
ARCELORMITTAL 33.415 1.84<br />
JC DECAUX SA 19.08 9.03<br />
KBC GROEP 35.03 0.29<br />
KPN KON 11.83 -1.83<br />
LAFARGE 60.38 -0.63<br />
LAGARDERE S.C.A. 28.06 -2.4<br />
LEGRAND 20.445 0.39<br />
KLEPIERRE 28.565 -0.71<br />
L.V.M.H. 79.99 1.14<br />
MICHELIN 56.97 -0.35<br />
MOBISTAR 46.295 -1.54<br />
L OREAL 78.08 0.27<br />
PAGES JAUNES 7.51 -3.63<br />
PERNOD RICARD 59.36 -1.07<br />
PEUGEOT 26.705 1.46<br />
PHILIPS KON 21 -0.57<br />
PPR 84.96 0.31<br />
PORTUGAL TELECOM 8.451 -0.72<br />
PUBLICIS GROUPE 29.23 1.94<br />
RANDSTAD 38.08 2.92<br />
R.DUTCH SHELL A 21.505 -0.3<br />
RENAULT 39.695 1.13<br />
SAFRAN 14.405 -0.31<br />
SANOFI-AVENTIS 55.96 0.5<br />
SCHNEIDER ELECTR 81.05 -0.2<br />
SCOR SE 17.7 0.11<br />
SES 15.245 -0.23<br />
SUEZ ENV 16.755 -0.24<br />
VINCI 40.85 0.04<br />
SAINT-GOBAIN 38.64 -0.28<br />
SOCIETE GENERALE 51.31 2.78<br />
SOLVAY 76.79 1.57<br />
STMICROELECTRONI 6.467 -1.28<br />
THALES 34.795 1.24<br />
TECHNIP 52.85 3.36<br />
TF1 13.745 1.4<br />
TNT 21.985 -0.2<br />
TOTAL 45.96 0.17<br />
UCB 29.895 0.88<br />
UNIBAIL RODAMCO 154.8 -1.05<br />
UNILEVER CERT 21.815 -1.62<br />
VEOLIA ENVIRON 24.155 1.17<br />
VIVENDI 21.11 -0.31<br />
VALLOUREC 133.85 0.41<br />
WOLTERS KLUWER 15.545 -0.06<br />
WOLTERS KLUWER 15.545 -0.06<br />
Título Última Var.<br />
Cot. € %<br />
MOTA ENGIL 3.949 -1.15<br />
WENDEL 45.655 0.22<br />
NICOX 6.234 -1.69<br />
NEXITY 27.305 1.85<br />
NEXANS 58.2 1.31<br />
NIEUWE STEEN INV 14.67 0<br />
TEN CATE KON 18.98 0.53<br />
NUTRECO 39.13 -1.84<br />
NYRSTAR (D) 9.84 3.04<br />
OCE 8.6 0<br />
OMEGA PHARMA 35.25 -0.25<br />
MEDIQ 13 -0.61<br />
ORPEA 32.265 1.05<br />
PROLOGIS EUR PRP 4.65 -1.02<br />
PORTUCEL 2.044 -0.05<br />
PIERRE &VACANCES 55.09 0.71<br />
HAULOTTE GROUP 6.81 0.44<br />
REMY COINTREAU 36.495 2.21<br />
REN 3.029 -0.23<br />
RHODIA 13.8 0.36<br />
RHJ INTERN. 5.5 0<br />
TELEPERFORMANCE 23.64 1.03<br />
RUBIS 62.6 -1.67<br />
REXEL 10.75 0.47<br />
SAFT 34.65 0.67<br />
SBM OFFSHORE 14.565 -0.48<br />
SEB 40.18 0.48<br />
SECHILIENNE SIDE 27.5 -1.43<br />
SEMAPA 7.94 2.06<br />
SILIC 85.1 -0.33<br />
EUROCOM PROPERT 29.39 0.48<br />
SELOGER.COM 22.72 -0.35<br />
SLIGRO FOOD GP 23.01 -2.46<br />
SMIT INTERNA 60.55 0.1<br />
SONAECOM SGPS 2.002 -0.2<br />
SOITEC 11.29 2.59<br />
SONAE INDUSTRIA 2.75 2.46<br />
SOPRA GROUP 49.9 -0.1<br />
SPERIAN PROTEC 49.3 0.26<br />
SNS REAAL 4.653 1.22<br />
TEIXEIRA DUARTE 1.07 0<br />
GROUPE STERIA 22.63 -1.14<br />
TESSENDERLO 24.55 0.29<br />
THOMSON (EX:TMM) 1.069 7.65<br />
TELENET GRP HLDG 20.31 0.07<br />
TOMTOM N.V. 7.025 1.75<br />
TRANSGENE 20.53 -0.24<br />
TKH GROUP NV 14.33 -1.48<br />
UBISOFT ENTERT. 11.005 -0.68<br />
UMICORE 24.92 -0.72<br />
USG PEOPLE N.V. 13.98 0.68<br />
VASTNED RETAIL 47.21 0.28<br />
VILMORIN & Cie 85.92 -0.09<br />
VIRBAC 72.8 -1.49<br />
VALEO 26.8 2.7<br />
VOPAK 57.62 1.07<br />
SEQUANA 8.16 0.41<br />
WAVIN NV 1.789 -0.61<br />
WDP-SICAFI 34.78 0.23<br />
WERELDHAVE 67.1 -1.18<br />
SONAE 0.91 1.34<br />
ZODIAC AEROSPACE 30.17 2.79<br />
ZON MULTIMEDIA 4.499 1.21<br />
AMG 9.2 0.55<br />
PLASTIC OMNIUM 19.6 -0.36<br />
BETER BED 16.05 -2.85<br />
HEIJMANS 13.18 -0.3<br />
ACCELL GROUP 31.79 -2.18<br />
BRUNEL INTERNAT 26.15 -1.32<br />
E.SANTO FINANCIA 15.2 0.07<br />
SIPEF 36.65 -0.95<br />
THROMBOGENICS 15.84 0.19<br />
UNIT 4 AGRESSO 17.77 -2.9<br />
ALTRAN TECHN. 3.826 0.1<br />
AREVA CI 375.8 0.21
PUB
XII FINANÇAS PESSOAIS | Diário <strong>Económico</strong> Sexta-feira 8 Janeiro 2010<br />
FUNDOS DE INVESTIMENTO NACIONAIS<br />
BANIF EURO-TESOURARIA 7.2358 7.2354 Z<br />
BANIF PPA 6.655 6.6485 L<br />
BANIF EURO OBRIGAÇÕES TAXA FIXA 6.747 6.7485 S<br />
BANIF ACÇÕES PORTUGAL 5.0909 5.0806 A<br />
BANIF EURO ACÇÕES 1.9805 1.9738 P<br />
BANIF EURO OBRIGAÇÕES TAXA VAR 4.3603 4.3562 U<br />
BANIF IMOPREDIAL 7.3495 7.3462<br />
BANIF GESTÃO PATRIMONIAL 3.7894 3.7844 J<br />
BANIF GESTÃO ACTIVA 3.2855 3.2797 J<br />
BANIF EUROPA DE LESTE 3.8321 3.8305 F.Fundos<br />
BANIF AMÉRICA LATINA 4.2642 4.2285<br />
BANIF ÁSIA 3.9606 3.9574<br />
BANIF PROPERTY 1003.053 1002.955<br />
www.montepio.pt<br />
Informações 808 20 26 26<br />
Montepio Gestão de Activos Financeiros<br />
Montepio Accoes 106.6396 106.1901 -<br />
Montepio Accoes Europa 35.9475 35.8285 -<br />
Montepio Euro Telcos 52.3433 52.1453 -<br />
Montepio Euro Utilities 65.4516 64.888 -<br />
Montepio Monetario 66.8329 66.8327 -<br />
Montepio Obrigacoes 82.2173 82.2399 -<br />
Montepio Taxa Fixa 67.9203 67.8997 -<br />
Montepio Tesouraria 87.4396 87.4441 -<br />
Multi Gestao Mercados Emergentes 43.4578 43.2361 -<br />
Multi Gestao Equilibrada 43.4597 43.3628 -<br />
Multi Gestao Dinamica 29.4928 29.3858 -<br />
Multi Gestao Prudente 49.1118 49.0684 -<br />
imorendimento@imorendimento.pt Telef: 226 07 56 60<br />
Imorendimento II - FIIF 6,1463<br />
Gestimo - FIIF 8,6111<br />
Continental Retail - FIIF 5,0623<br />
Multipark - FIIF 4,4154<br />
Prime Value - FEIIF 5,9009<br />
Natura - FIIF 5,0655<br />
Historic Lodges - FIIF 4,9154<br />
Fundos de investimento<br />
Soc. Gestora/Fundo Último Valor Classe<br />
valor € ant. €<br />
BARCLAYS GLOBAL CONSERVADOR<br />
BARCLAYS GLOBAL MODERADO<br />
BARCLAYS FPR/E RENDIMENTO<br />
BARCLAYS PREMIER TESOURARIA<br />
BARCLAYS FPR/E<br />
BARCLAYS PREMIER OBRG EURO<br />
BARCLAYS PREMIER ACÇÕES PORTUG<br />
BARCLAYS FPA<br />
BARCLAYS GLOBAL ACÇÕES<br />
BARCLAYS GESTÃO DINÂMICA 100 -<br />
BARCLAYS GESTÃO DINÂMICA 300 -<br />
BARCLAYS GLOBAL DEFENSIVO<br />
7.8765<br />
11.1139<br />
12.1236<br />
9.9332<br />
13.2172<br />
10.3785<br />
13.1579<br />
16.9244<br />
10.684<br />
4.9628<br />
5.0865<br />
10.4757<br />
7.8833<br />
11.118<br />
12.1286<br />
9.934<br />
13.219<br />
10.3908<br />
13.1268<br />
16.8892<br />
10.672<br />
4.9604<br />
5.0844<br />
10.4781<br />
F.Fundos<br />
J<br />
X<br />
Z<br />
X<br />
S<br />
A<br />
L<br />
F.Fundos<br />
F.Fundos<br />
F.Fundos<br />
F.Fundos<br />
MILLENNIUM ACÇÕES PORTUGAL<br />
MILLENNIUM PRESTIGE CONSERVADO<br />
MILLENNIUM PRESTIGE MODERADO<br />
MILLENNIUM PRESTIGE VALORIZAÇÃ<br />
MILLENNIUM OBRIGAÇÕES<br />
MILLENNIUM TESOURARIA<br />
MILLENNIUM PPR/E<br />
MILLENNIUM RENDIMENTO IMOBILIÁ<br />
MILLENNIUM GESTÃO DINÂMICA<br />
MILLENNIUM REFORMA & RENDIMENT<br />
MILLENNIUM DISPONÍVEL<br />
MILLENNIUM EUROPA DUPLA OPORTU<br />
MILLENNIUM PREMIUM<br />
MILLENNIUM AFORRO PPR<br />
MILLENNIUM INVESTIMENTO PPR<br />
MILLENNIUM RENDIMENTO MENSAL<br />
MILLENNIUM PRUDENTE<br />
PORTFOLIO IMOBILIARIO<br />
GESTAO IMOBILIARIA *<br />
MILLENNIUM EQUILIBRADO<br />
BONANCA I *<br />
MILLENNIUM EUROFINANCEIRAS<br />
MILLENNIUM GLOBAL UTILITIES<br />
MILLENNIUM PRESTIGE 2015<br />
MILLENNIUM PRESTIGE 2025<br />
MILLENNIUM PRESTIGE 2035<br />
MILLENNIUM ACÇÕES AMÉRICA<br />
MILLENNIUM OBRIGAÇÕES MUNDIAIS<br />
MILLENNIUM CURTO PRAZO<br />
MILLENNIUM EUROCARTEIRA<br />
MILLENNIUM ACÇÕES MUNDIAIS<br />
15,8018<br />
7,0942<br />
6,7603<br />
6,9148<br />
5,1462<br />
5,872<br />
6,2457<br />
34,5864<br />
42,7471<br />
56,6857<br />
48,7924<br />
5,2296<br />
5,0257<br />
5,5737<br />
5,03<br />
3,7005<br />
5,5706<br />
8,7932<br />
5,323<br />
4,7839<br />
40,8064<br />
3,0541<br />
5,3784<br />
4,7348<br />
4,4141<br />
4,0673<br />
2,2649<br />
10,3971<br />
7,454<br />
9,4705<br />
7,6323<br />
15.8406<br />
7.0887<br />
6.7556<br />
6.9103<br />
5.1209<br />
5.361<br />
6.2503<br />
51.5056<br />
42.7834<br />
56.6857<br />
48.7615<br />
5.2289<br />
5.0247<br />
5.5784<br />
5.0321<br />
3.6855<br />
5.5706<br />
8.7926<br />
5.3228<br />
4.7839<br />
40.8064<br />
3.0431<br />
5.3678<br />
4.7348<br />
4.4141<br />
4.0673<br />
2.2733<br />
10.3476<br />
7.4487<br />
9.4414<br />
7.6323<br />
A<br />
J<br />
J<br />
J<br />
U<br />
F. Fundos<br />
X<br />
F. Fundos<br />
X<br />
Z<br />
F. Fundos<br />
C<br />
C<br />
C<br />
U<br />
J<br />
J<br />
P<br />
F<br />
J<br />
J<br />
J<br />
F<br />
U<br />
Z<br />
P<br />
F<br />
POPULAR VALOR<br />
POPULAR PPA<br />
POPULAR GLOBAL 25<br />
POPULAR GLOBAL 50<br />
POPULAR GLOBAL 75<br />
POPULAR ACÇÕES<br />
POPULAR EURO TAXA FIXA<br />
POPULAR TESOURARIA<br />
POPULAR IMOBILIÁRIO<br />
POPULAR PREDIFUNDO<br />
3.2287<br />
5.7601<br />
5.1516<br />
4.1397<br />
3.3243<br />
3.1356<br />
6.2984<br />
5.4279<br />
5.6833<br />
11.3897<br />
3.2402<br />
5.7505<br />
5.1477<br />
4.1293<br />
3.3109<br />
3.1492<br />
6.3014<br />
5.429<br />
5.6704<br />
11.3884<br />
B<br />
L<br />
J<br />
J<br />
J<br />
P<br />
S<br />
Z<br />
F.Fundos<br />
F.Fundos<br />
ALVES RIBEIRO - MÉDIAS EMPRESA<br />
ALVES RIBEIRO FPR/E<br />
72,24<br />
7,4251<br />
72.1299<br />
7.4169<br />
A<br />
X<br />
BIG CRESCIMENTO GLOBAL<br />
BIG MODERADO FF<br />
BIG VALORIZAÇÃO FF<br />
BIG SECTORES<br />
5,1379<br />
11,2603<br />
9,6022<br />
5,6421<br />
5.0936<br />
11.2537<br />
9.5833<br />
5.6259<br />
F<br />
J<br />
J<br />
J<br />
BBVA PPA - FUNDO ÍNDICE (PSI20<br />
BBVA MISTO<br />
BBVA BOLSA EURO<br />
BBVA MULTIFUNDO EQUILIBRADO<br />
BBVA CASH<br />
BBVA TAXA FIXA EURO<br />
BBVA LIQUIDEZ<br />
BBVA TAXA VARIÁVEL<br />
BBVA EXTRA 5 ACÇÕES<br />
BBVA IMOBILIÁRIO - FEI<br />
BBVA MULTIFUNDO ALTERNATIVO -<br />
FUNDO DE CAPITAL GARANTIDO IBE<br />
FUNDO DE CAPITAL GARANTIDO IBE<br />
6,3181<br />
4,2952<br />
2,6329<br />
4,9719<br />
9,1671<br />
8,2726<br />
4,9331<br />
4,6005<br />
5,0021<br />
5,6149<br />
5,6189<br />
6,5592<br />
6,0736<br />
6.2824<br />
4.3106<br />
2.6266<br />
4.9701<br />
9.157<br />
8.2735<br />
4.9327<br />
4.6001<br />
5.0024<br />
5.6228<br />
5.5918<br />
6.5585<br />
6.0736<br />
L<br />
B<br />
P<br />
J<br />
Z<br />
S<br />
Z<br />
U<br />
F. Fundos<br />
J<br />
F. Fundos<br />
F. Fundos<br />
F. Fundos<br />
Fundos de investimento<br />
Soc. Gestora/Fundo Último Valor Classe<br />
valor € ant. €<br />
BPI LIQUIDEZ<br />
BPI TESOURARIA<br />
BPI TAXA VARIAVEL<br />
BPI VIDA TAXA VARIAVEL<br />
BPI EURO TAXA FIXA<br />
BPI VIDA TAXA FIXA<br />
BPI OB. ALTO RENDIMENTO ALTO RISCO<br />
BPI UNIVERSAL FF<br />
BPI VIDA UNIVERSAL<br />
BPI GLOBAL<br />
BPI PORTUGAL<br />
BPI REESTRUTURACOES<br />
BPI EUROPA VALOR<br />
BPI EUROPA CRESCIMENTO<br />
BPI AMERICA<br />
BPI BRASIL<br />
BPI TECNOLOGIAS<br />
BPI SELECÇÃO<br />
BPI PLANO POUPANCA ACCOES<br />
BPI REFORMA ACÇOES PPR<br />
BPI REFORMA INVEST PPR<br />
BPI REFORMA SEGURA PPR<br />
BPI ÁFRICA<br />
BPI ALPHA<br />
6.96912<br />
7.1794<br />
6.28783<br />
5.86527<br />
12.54586<br />
6.63618<br />
7.38504<br />
6.29165<br />
7.08916<br />
5.86382<br />
14.91859<br />
6.97101<br />
16.8213<br />
11.55451<br />
3.91671<br />
9.13568<br />
0.96193<br />
4.54239<br />
16.12913<br />
6.72549<br />
13.11047<br />
12.68029<br />
6.01494<br />
5.11973<br />
BPN CONSERVADOR<br />
BPN OPTIMIZAÇÃO<br />
BPN VALORIZAÇÃO<br />
BPN ACÇÕES GLOBAL<br />
BPN TESOURARIA<br />
BPN DIVERSIFICAÇÃO - FEI<br />
BPN TAXA FIXA EURO<br />
BPN ACÇÕES EUROPA<br />
4,3743<br />
5,4874<br />
5,6753<br />
5,0456<br />
5,4959<br />
3,9865<br />
5,8735<br />
4,3705<br />
4.3737<br />
5.4793<br />
5.6481<br />
5.0113<br />
5.4955<br />
3.9859<br />
5.8846<br />
4.3478<br />
U<br />
G<br />
G<br />
G<br />
Z<br />
F. Fundos<br />
S<br />
P<br />
BPN IMONEGOCIOS 5.6609 5.6599 BPN IMOFUNDOS<br />
BPN REAL ESTATE 381.7337 388.3201 BPN IMOFUNDOS<br />
BPN IMOGLOBAL 884.3615 886.6782 BPN IMOFUNDOS<br />
BPN IMOMARINAS 106.8693 110.424 BPN IMOFUNDOS<br />
EUROREAL 212.6091 212.7541 BPN IMOFUNDOS<br />
CAIXAGEST CURTO 9.203 9.2009<br />
CAIXAGEST RENDIM 3.5034 3.6014<br />
CAIXAGEST TESOUR 9.8044 9.8206<br />
CAIXAGEST ACCOES EUROPA 7.5982 7.5752<br />
CAIXAGEST ACCOES PORTUGAL 14.7061 14.6858<br />
CAIXAGEST OBRIGACOES EURO 9.65 9.6429<br />
CAIXAGEST RENDA MENSAL 3.7725 3.8314<br />
CAIXAGEST ACCOES EUA 2.7878 2.7988<br />
CAIXAGEST ACCOES ORIENTE 5.4516 5.3305<br />
CAIXAGEST MOEDA 6.8431 6.8524<br />
CAIXAGEST ESTRATEGIA EQUILIBRADA 5.6864 5.6856<br />
CAIXAGEST PPA 13.8309 13.815<br />
CAIXAGEST OPTIMIZER 5.6208 5.6212<br />
CAIXAGEST MAXI SELECCAO 5.1383 5.1406<br />
CAIXAGEST MAXIPREM 2010 6.4253 6.4246<br />
RAIZ GLOBAL 4,7659 4.7532 G<br />
RAIZ EUROPA 3,7187 3.7063 P<br />
RAIZ TESOURARIA 7,6936 7.6932 Z<br />
RAIZ RENDIMENTO 6,189 6.1894 U<br />
RAÍZ POUPANÇA ACÇÕES 20,503 20.48 L<br />
RAÍZ CONSERVADOR 5,3556 5.3551 J<br />
RAÍZ VALOR IBÉRICO 10,7115 10.7048 F. Fundos<br />
FINIPREDIAL 8,8552 8.8543<br />
FINICAPITAL 6,1915 6.1845 P<br />
FINIRENDIMENTO 5,0737 5.0738 V<br />
PPA FINIBANCO 8,9975 8.9924 L<br />
FINIGLOBAL 6,3549 6.3486 B<br />
FINIBOND - MERCADOS EMERGENTES 11,769 11.7406 T<br />
FINIFUNDO ACÇÕES INTERNACIONAI 3,4334 3.4214 F<br />
IMOVEST 9,7731 9.7709<br />
MULTINVEST 4,9105 4.9103 B<br />
SANTANDER ACÇÕES AMÉRICA 3,0855 3.0879 F<br />
SANTANDER ACÇÕES EUROPA 3,9048 3.8927 P<br />
EURO-FUTURO TELECOM, MÉDIA E C 7,8717 7.8407 P<br />
EURO-FUTURO BANCA E SEGUROS 16,4114 16.3858 P<br />
EURO-FUTURO CÍCLICO 27,1452 27.0731 P<br />
MULTIOBRIGAÇÕES 5,2259 5.2271 U<br />
EURO-FUTURO ACÇÕES DEFENSIVO 27,2807 27.1404 P<br />
MULTITESOURARIA 10,808 10.8073 Z<br />
NOVIMOVEST 7,0048 7.0045<br />
LUSIMOVEST* 69,7456 69.6355<br />
MULTITAXA FIXA 11,574 11.5783 S<br />
SANTANDER ACÇÕES PORTUGAL 28,4206 28.3503 A<br />
POUPANÇA INVESTIMENTO FPR/E 17,3966 17.3768 X<br />
POUPANÇA SEGURA FPR/E 6,1045 6.1041 X<br />
ACÇÕES GLOBAL 3,9424 3.9362 F<br />
SANTANDER - PPA 35,035 34.9461 L<br />
MULTIBOND PREMIUM 4,9348 4.9348 U<br />
MULTI CURTO PRAZO 5,1387 5.1377 U<br />
POUPANÇA PREMIUM FPR/E 4,4565 4.4565 X<br />
MULTIPROTECÇÃO DINÂMICO 5,0925 5.0925 F. Fundos<br />
MULTIEQUILÍBRIO DINÂMICO 5,1595 5.1596 F. Fundos<br />
ES EMERGING MARK 118.06 118.31<br />
ES EURO BOND 1043.17 1051.55<br />
ES EUROPEAN EQUI 77.53 77.23<br />
ES GLOBAL BOND 162.14 162.03<br />
ES GLOBAL ENHANC 625.05 631.02<br />
ES GLOBAL EQUITY 81.96 81.94<br />
ES ACCOES AMERIC 6.6669 6.7034<br />
ES ACCOES EUROPA 10.1885 10.123<br />
ES ACCOES GLOAL 6.0359 6.0344<br />
ES AFRICA 4.0133 3.9939<br />
ES ALPHA 3 5.0571 5.0572<br />
ES BRASIL 5.2421 5.2479<br />
ES CAPITALIZACAO 9.3102 9.2976<br />
ES CAPITALIZACAO DINAMICA 4.9746 4.9678<br />
ES ESTRATEGIA ACTIVA 5.2017 5.2344<br />
ES ESTRATEGIA ACTIVA II 4.6483 4.6612<br />
ES MERCADOS EMER 6.3397 6.3539<br />
ES MOMENTUM 3.6571 3.6504<br />
ES MONETARIO 6.7995 6.7986<br />
ES OBRIGACOES EU 11.2039 11.2829<br />
ES OBRIGACOES GL 10.1734 10.1726<br />
ES PORTUGAL ACCO 6.9578 6.9408<br />
ES PPA 16.5109 16.4881<br />
ES PPR 15.2196 15.3282<br />
ES RENDA MENSAL 4.6996 4.6952<br />
ESPIRITO SANTO PLANO CRESCIMENTO 5.3609 5.3647<br />
ESPIRITO SANTO PLANO DINAMICO 4.2256 4.2183<br />
ESPIRITO SANTO PLANO PRUDENTE 5.4332 5.4341<br />
ESPIRITO SANTO RENDIMENTO 5.3283 5.3293<br />
Seguros de Investimento<br />
Seguro Gestora Valor patrimonial 07/01/10<br />
VICTORIA INVEST<br />
VICTORIA REFORMA VALOR<br />
ACÇÕES DINÂMICO<br />
IMOBILIÁRIO<br />
INTERNACIONAL ACÇÕES<br />
POUPANÇA<br />
PPR ACTIVO<br />
PPR ACTIVO ACÇÕES<br />
PPR AFORRO<br />
PPR GARANTIA<br />
PPR SEGURANÇA<br />
PPR 25% (2012)<br />
PPR/E VALOR REAL<br />
PPR/E 4,50% (2008)<br />
PPR/E 61%<br />
SELECÇÃO<br />
VICTORIA - SEGUROS DE VIDA<br />
VICTORIA - SEGUROS DE VIDA<br />
EUROVIDA<br />
EUROVIDA<br />
EUROVIDA<br />
EUROVIDA<br />
EUROVIDA<br />
EUROVIDA<br />
EUROVIDA<br />
EUROVIDA<br />
EUROVIDA<br />
EUROVIDA<br />
EUROVIDA<br />
EUROVIDA<br />
EUROVIDA<br />
EUROVIDA<br />
124,9428<br />
95,25724<br />
50,5248<br />
79,0775<br />
52,7866<br />
81,661<br />
78,6603<br />
61,7362<br />
53,3968<br />
66,7785<br />
77,3633<br />
59,0076<br />
79,5804<br />
66,1099<br />
75,1658<br />
74,6256<br />
Fundos PPR/PPE<br />
Soc. Gestora/Fundo Último Valor Classe<br />
valor € ant. €<br />
PPR BBVA 10,2429 10,2447 BBVA FUNDOS<br />
BBVA SOLIDEZ PPR 5,5051 5,5012 BBVA FUNDOS<br />
BBVA PROTECÇÃO 2015 5,4178 5,4161 BBVA FUNDOS<br />
BBVA PROTECÇÃO 2020 5,1097 5,1045 BBVA FUNDOS<br />
PPR/E -PATRIM.REFORMA PRUDENTE 1,3442 1,3441 S.G.F.<br />
PPR-PATRIM.REFORMA CONSERVADOR 6,5894 6,5908 S.G.F.<br />
PPR/E -PATRIM.REFORMA EQUILIBR 6,1598 6,1581 S.G.F.<br />
PPR/E -PATRIM.REFORMA ACÇÕES 5,3395 5,3374 S.G.F.<br />
F.P. SGF - EMPRESAS 9,3618 9,3613 S.G.F.<br />
SGF EMPRESAS PRUDENTE 5,6554 5,6567 S.G.F.<br />
F.P. PPR ACÇÕES DINÂMICO 5,1783 5,1796 S.G.F.<br />
F.P. PPR GARANTIDO 5,479 5,4801 S.G.F.<br />
PPR VINTAGE 9,5701 9,5672 ESAF-ESFP<br />
MULTIREFORMA 9,7728 9,7711 ESAF-ESFP<br />
F.P. ESAF - PPA 7,2537 7,2564 ESAF-ESFP<br />
MULTIREFORMA PLUS 5,5125 5,5077 ESAF-ESFP<br />
MULTIREFORMA ACÇÕES 5,9283 5,9027 ESAF-ESFP<br />
ES-MULTIREFORMA CAPITAL GARANT 5,133 5,134 ESAF-ESFP<br />
REFORMA EMPRESA 8,8397 9,2186 SANTANDER PENSÕES<br />
PPA VALORIS 8,2104 8,1874 AXA PORTUGAL<br />
MAXIMUS ACTIVUS 4,2528 4,2482 AXA PORTUGAL<br />
MAXIMUS MÉDIUS 4,7495 4,7303 AXA PORTUGAL<br />
MAXIMUS STABILIS 6,261 6,2679 AXA PORTUGAL<br />
PPR/E EUROPA 8,4804 8,4762 PENSÕESGERE<br />
VANGUARDA PPR 6,6417 6,6421 PENSÕESGERE<br />
HORIZONTE VALORIZAÇÃO 10,1745 10,1698 PENSÕESGERE<br />
PPR BNU/VANGUARDA 14,1631 14,1716 PENSÕESGERE<br />
PRAEMIUM "S" 14,2043 14,2069 PENSÕESGERE<br />
PRAEMIUM "V" 16,8857 16,8845 PENSÕESGERE<br />
HORIZONTE VALORIZAÇÃO MAIS 8,2053 8,1997 PENSÕESGERE<br />
HORIZONTE SEGURANÇA 8,7259 8,7311 PENSÕESGERE<br />
TURISMO PENSÕES 6,4021 6,8993 PENSÕESGERE<br />
CAIXA REFORMA ACTIVA 11,3546 11,3844 CGD PENSÕES<br />
CAIXA REFORMA VALOR 4,9153 4,9091 CGD PENSÕES<br />
REFORMA +<br />
Rentabilidades<br />
6,6624 6,2713 ALLIANZ-SGFP, SA<br />
Fundos do mercado monetário euro<br />
Ult 12 meses<br />
rend. anualizada<br />
Classe<br />
de risco<br />
Valor da UP **<br />
(Euro)<br />
F.I.M. CA Monetário<br />
F.I.M. Montepio Monetário<br />
1,32<br />
0,71<br />
*<br />
1<br />
5,0968<br />
66,8295<br />
Fundos de tesouraria Euro<br />
F.I.M. Banif Euro Tesouraria<br />
F.I.M. Barclays Tesouraria Plus<br />
F.I.M. BBVA Cash<br />
F.I.M. BPI Liquidez<br />
F.I.M. BPI Tesouraria<br />
F.I.M. BPN Tesouraria<br />
F.I.M. Caixagest Curto Prazo<br />
F.I.M. Caixagest Moeda<br />
F.I.M. Caixagest Tesouraria<br />
F.I.M. Postal Tesouraria<br />
F.I.M. Raiz Tesouraria<br />
F.I.M. MNF Euro Tesouraria<br />
F.I.M. Montepio Tesouraria<br />
F.I.M. Popular Tesouraria<br />
F.I.M. Santander MultiTesouraria<br />
2,43<br />
4,35<br />
2,73<br />
2,59<br />
1,70<br />
5,23<br />
-4,61<br />
-2,22<br />
-4,71<br />
2,33<br />
1,30<br />
5,27<br />
1,95<br />
1,14<br />
1,36<br />
1<br />
*<br />
2<br />
1<br />
1<br />
2<br />
2<br />
1<br />
2<br />
1<br />
1<br />
*<br />
1<br />
1<br />
1<br />
7,2250<br />
5,2513<br />
9,1395<br />
6,9701<br />
7,1820<br />
5,4920<br />
9,2402<br />
6,8742<br />
9,8597<br />
9,7433<br />
7,6920<br />
5,2997<br />
87,4191<br />
5,4266<br />
10,7989<br />
Fundos de obrigações taxa indexada euro<br />
Rend. anualizada<br />
Últimos Últimos<br />
Risco<br />
últimos<br />
Classe<br />
de<br />
12 meses 24 meses 2 anos risco<br />
F.I.M. Banif Euro Obrigações Taxa Variável<br />
F.I.M. BPI Taxa Variável<br />
F.I.M. BPN Conservador<br />
F.I.M. Caixagest Obrigações Mais<br />
F.I.M. Caixagest Renda Mensal<br />
F.I.M. Caixagest Rendimento<br />
F.I.M. Postal Capitalização<br />
F.I.M. Raiz Rendimento<br />
F.I.M. Esp. Santo Capitalização<br />
F.I.M. Esp. Santo Capitalização Dinâmica<br />
F.I.M. Esp. Santo Renda Mensal*<br />
F.I.M. Finirendimento<br />
F.I.M. Millennium Obrigações<br />
F.I.M. Millennium Obrigações Mundiais<br />
F.I.M. Millennium Premium<br />
F.I.M. Millennium Rendimento Mensal<br />
F.I.M. Montepio Obrigações<br />
F.I.M. Santander Multi Curto Prazo<br />
F.I.M. Santander MultiObrigações*<br />
3,02<br />
-3,28<br />
8,74<br />
11,24<br />
-4,33<br />
-11,09<br />
6,44<br />
2,80<br />
-1,67<br />
-6,60<br />
-0,36<br />
5,29<br />
-9,94<br />
-14,34<br />
1,94<br />
-3,95<br />
7,12<br />
1,34<br />
-1,30<br />
-6,38<br />
-9,53<br />
-16,65<br />
-0,38<br />
-8,20<br />
-10,39<br />
-0,94<br />
1,56<br />
-0,73<br />
-3,33<br />
0,15<br />
2,13<br />
-12,92<br />
-14,65<br />
-1,82<br />
-10,24<br />
-0,22<br />
-1,50<br />
-6,27<br />
5,16<br />
6,09<br />
12,21<br />
3,83<br />
3,71<br />
4,16<br />
3,09<br />
0,47<br />
1,70<br />
3,23<br />
1,45<br />
1,58<br />
6,45<br />
7,62<br />
5,00<br />
6,31<br />
4,95<br />
2,52<br />
4,46<br />
3<br />
3<br />
4<br />
*<br />
2<br />
2<br />
2<br />
1<br />
2<br />
2<br />
1<br />
2<br />
3<br />
3<br />
2<br />
3<br />
2<br />
2<br />
2<br />
* - O Fundo Barclays Obrigações Taxa Variável Euro incorporou por fusão o Fundo Barclays Renda Mensal<br />
* - O Fundo Esp. Santo Renda Mensal incorporou por fusão o Fundo Esp. Santo Renda Trimestral<br />
* - O Fundo Santander MultiObrigações incorporou por fusão o Fundo Santander Multibond Premium<br />
Fundos de obrigações taxa fixa euro<br />
F.I.M. Banif Euro Obrigações Taxa Fixa<br />
F.I.M. Barclays Premier Obrig. Euro<br />
F.I.M. BPI Euro Taxa Fixa<br />
F.I.M. BPN Taxa Fixa Euro<br />
F.I.M. Caixagest Obrigações Euro<br />
F.I.M. Esp. Santo Obrigações Europa<br />
F.I.M. Finifundo Taxa Fixa Euro<br />
F.I.M. Millennium Euro Taxa Fixa<br />
F.I.M. Millennium Obrigações Europa<br />
F.I.M. Montepio Taxa Fixa<br />
F.I.M. Popular Euro Obrigações*<br />
F.I.M. Santander Multi Taxa Fixa<br />
5,68<br />
9,78<br />
2,46<br />
3,84<br />
4,11<br />
8,13<br />
7,63<br />
5,78<br />
9,75<br />
3,07<br />
8,44<br />
9,38<br />
5,65<br />
7,55<br />
5,73<br />
5,66<br />
4,72<br />
8,09<br />
6,23<br />
5,24<br />
-7,35<br />
4,67<br />
3,19<br />
7,64<br />
4,83<br />
5,09<br />
5,51<br />
5,11<br />
5,03<br />
5,27<br />
4,13<br />
5,22<br />
10,00<br />
3,38<br />
3,12<br />
4,04<br />
2<br />
3<br />
3<br />
3<br />
3<br />
3<br />
2<br />
3<br />
3<br />
2<br />
2<br />
2<br />
*-OFundo Popular Euro Taxa Fixa incorporou por fusão o Fundo Popoular Rendimento e passou<br />
a designar-se por Popular Euro Obrigações<br />
Fundos de obrigações taxa fixa Intern.<br />
F.I.M. BPI Obrigações A.R.A.R. 31,06 0,54 8,34 3<br />
F.I.M. Esp. Santo Obrig. Global 3,89 5,73 6,00 3<br />
Fundos de acções nacionais<br />
F.I.M. Banif Acções Portugal<br />
F.I.M. Barclays Premier Acc. Portugal<br />
F.I.M. BPI Portugal<br />
F.I.M. Esp. Santo Portugal Accões<br />
F.I.M. Millennium Acções Portugal<br />
F.I.M. Santander Accões Portugal<br />
37,35<br />
43,79<br />
39,61<br />
45,25<br />
33,57<br />
47,17<br />
-21,12<br />
-21,26<br />
-16,28<br />
-14,68<br />
-18,12<br />
-18,26<br />
29,96<br />
28,80<br />
25,95<br />
27,71<br />
24,66<br />
28,64<br />
6<br />
6<br />
6<br />
6<br />
6<br />
6<br />
Fundos de acções da UE, Suíça e Noruega<br />
F.I.M. Banif Euro Acções<br />
F.I.M. BBVA Bolsa Euro<br />
F.I.M. BPI Europa Crescimento<br />
F.I.M. BPI Europa Valor<br />
F.I.M. BPN Acções Europa<br />
F.I.M. Caixagest Acções Europa<br />
F.I.M. Postal Acções<br />
F.I.M. Raiz Europa<br />
F.I.M. Esp. Santo Accões Europa<br />
F.I.M. Finicapital<br />
F.I.M. Millennium Eurocarteira<br />
F.I.M. Montepio Acções<br />
F.I.M. Montepio Acções Europa<br />
F.I.M. Popular Acções<br />
F.I.M. Santander Accões Europa<br />
13,10<br />
22,16<br />
17,01<br />
21,50<br />
25,51<br />
17,22<br />
17,14<br />
22,83<br />
25,35<br />
23,36<br />
26,52<br />
26,88<br />
19,02<br />
17,50<br />
21,49<br />
-23,88<br />
-16,65<br />
-16,39<br />
-21,88<br />
-13,28<br />
-21,97<br />
-22,28<br />
-14,11<br />
-15,13<br />
-20,38<br />
-20,99<br />
-17,70<br />
-17,06<br />
-18,38<br />
-19,59<br />
36,86<br />
33,26<br />
29,09<br />
33,76<br />
29,25<br />
29,56<br />
29,00<br />
27,89<br />
28,29<br />
26,21<br />
32,70<br />
27,89<br />
31,86<br />
31,42<br />
35,19<br />
6<br />
6<br />
6<br />
6<br />
6<br />
6<br />
6<br />
6<br />
6<br />
6<br />
6<br />
6<br />
6<br />
6<br />
6<br />
Fundos de acções da América do Norte<br />
F.I.M. BPI América<br />
F.I.M. Caixagest Acções EUA<br />
F.I.M. Esp. Santo Acções América<br />
F.I.M. Millennium Acções América<br />
F.I.M. Santander Acções América<br />
F.I.M. Santander Acções USA<br />
14,24<br />
6,75<br />
16,72<br />
17,90<br />
2,68<br />
14,46<br />
-15,46<br />
-15,15<br />
-17,30<br />
-11,71<br />
-17,11<br />
-13,97<br />
28,34<br />
31,56<br />
31,78<br />
28,98<br />
32,81<br />
33,11<br />
6<br />
6<br />
6<br />
6<br />
6<br />
6<br />
Fundos de acções sectoriais<br />
Rend. anualizada Risco Classe<br />
Últimos Últimos últimos de<br />
12 meses 24 meses 2 anos risco<br />
F.I.M. BPI Tecnologias 17,18 -15,39 27,53 6<br />
F.I.M. Millennium Euro Financeiras 26,26 -28,47 49,31 6<br />
F.I.M. Millennium Global Utilities 2,18 -18,08 26,12 6<br />
F.I.M. Montepio Euro Energy<br />
F.I.M. Montepio Euro Financial Service<br />
20,47<br />
19,54<br />
-14,74<br />
-26,78<br />
33,04<br />
48,35<br />
6<br />
6<br />
F.I.M. Montepio Euro Healhcare 15,56 -4,59 22,03 6<br />
F.I.M. Montepio Euro Telcos 13,18 -13,15 23,92 6<br />
F.I.M. Montepio Euro Utilities 12,40 -17,73 28,73 6<br />
F.I.M. Santander Euro Fut. Telecomunicações 10,39 -17,00 26,29 6<br />
F.I.M. Santander Euro Futuro Acções Defensivo 13,47<br />
F.I.M. Santander Euro Futuro Banca e Seguros 21,60<br />
-9,21<br />
-27,21<br />
26,81<br />
47,76<br />
6<br />
6<br />
F.I.M. Santander Euro Futuro Ciclico 24,05 -15,25 35,18 6<br />
Outros fundos de acções internacionais<br />
F.I.M. BPI África 15,43<br />
F.I.M. BPI Reestruturações 24,00<br />
F.I.M. BPN Acções Global 31,63<br />
F.I.M. Caixagest Acções Emergentes 42,50<br />
F.I.M. Caixagest Acções Japão -0,02<br />
F.I.M. Caixagest Acções Oriente 49,77<br />
F.I.M. Esp. Santo Acções Global 16,53<br />
F.I.M. Esp. Santo Mercados Emerg. 53,52<br />
F.I.M. Esp. Santo Momentum 19,63<br />
F.I.M. Finifundo Acções Internacionais 23,31<br />
F.I.M. Millennium Acções Japão -2,92<br />
F.I.M. Millennium Acções Mundiais 20,76<br />
F.I.M. Millennium Mercados Emergentes 52,85<br />
-5,64<br />
-13,91<br />
-16,85<br />
-19,20<br />
-9,74<br />
-21,30<br />
-18,35<br />
-15,97<br />
-21,58<br />
-16,78<br />
-16,59<br />
-14,46<br />
19,03<br />
34,13<br />
33,86<br />
21,10<br />
30,91<br />
31,57<br />
34,57<br />
26,17<br />
29,11<br />
20,80<br />
25,89<br />
33,64<br />
*<br />
5<br />
6<br />
6<br />
6<br />
6<br />
6<br />
6<br />
*<br />
6<br />
6<br />
6<br />
6<br />
Fundos mistos predom. obrigações<br />
F.I.M. BPN Optimização 13,87 -7,46 11,33 4<br />
F.I.M. Caixagest Estratégia Equilibrada 2,97 -1,48 2,91 2<br />
F.I.M. Santander Multinvest -2,14 -10,17 10,21 4<br />
Fundos mistos predominantemente acções<br />
F.I.M. BPN Valorização 22,75 -11,47 23,31 6<br />
F.I.M. Caixagest Estratégia Arrojada 5,92 -7,34 10,00 3<br />
F.I.M. Finiglobal 13,04 -7,07 11,00 4<br />
F.I.M. Popular Valor 12,68 -15,72 21,76 6<br />
Fundos poupança acções<br />
F.I.M. Banif PPA 37,39 -21,71 30,29 6<br />
F.I.M. Barclays FPA 45,63 -21,32 29,42 6<br />
F.I.M. BPI PPA 37,98 -16,88 25,99 6<br />
F.I.M. Caixagest PPA 33,95 -25,99 25,44 6<br />
F.I.M. Raiz Poupança Acções<br />
F.I.M. Esp. Santo PPA<br />
39,54<br />
48,82<br />
-14,39<br />
-13,98<br />
24,05<br />
27,99<br />
6<br />
6<br />
F.P. ESAF PPA 46,10 -13,96 26,55 6<br />
F.I.M. PPA Finibanco 31,00 -18,97 24,99 6<br />
F.P. PPA Acção Futuro 39,08 -18,04 26,47 6<br />
F.I.M. Millennium PPA 35,11 -17,80 24,59 6<br />
F.I.M. Popular PPA<br />
F.I.M. Santander PPA<br />
38,72<br />
42,12<br />
-20,58<br />
-21,36<br />
27,45<br />
28,46<br />
6<br />
6<br />
Fundos de fundos predominantem. obrig.<br />
F.I.M. Barclays Global Conservador 18,16 1,06 6,55 3<br />
F.I.M. Barclays Global Defensivo 2,61 1,07 1,34 1<br />
F.I.M. Caixagest Estratégia Dinâmica -2,55 -4,62 1,88 2<br />
F.I.M. Raiz Conservador 3,31 -1,86 2,31 2<br />
F.I.M. Finifundo Conservador 10,19 *<br />
F.I.M. Millennium Prestige Conservador 2,86 -5,20 6,61 3<br />
F.I.M. Multi Gestão Prudente 9,22 -3,80 6,47 3<br />
F.I.M. Popular Global 25 9,16 -4,91 6,49 3<br />
Fundos de fundos predominantem. acções<br />
F.I.M. Barclays Global Acções 29,79 -17,50 24,13 6<br />
F.I.M. Multi Gestão Dinâmica 15,70 -20,38 20,57 6<br />
F.I.M. Multi Gestão Mercados Emergentes 40,57 -18,50 26,14 6<br />
F.I.M. Popular Global 75 17,42 -13,97 17,74 5<br />
Fundos poupança reforma/educação<br />
CATEGORIA A - Entre 0% e 5% de Acções<br />
F.I.M. Barclays PPR Rendimento 8,72 0,57 4,01 2<br />
F.P. Solidez PPR 4,98 0,99 1,65 2<br />
F.I.M. BPI Reforma Segura PPR<br />
F.I.M. BPI Taxa Variável PPR<br />
2,77<br />
1,30<br />
-1,86<br />
-1,87<br />
2,46<br />
2,84<br />
2<br />
2<br />
F.P. PPR Garantia de Futuro 6,26 2,07 2,18 2<br />
F.P. PPR Praemium S 4,90 -1,84 3,01 2<br />
F.I.M. Santander Poupança Futura FPR* 4,30 -1,38 2,96 2<br />
F.P. SGF Patr. Ref. Conservador PPR 7,84 2,88 2,37 2<br />
CATEGORIA B - Entre 5% e 15% de Acções<br />
F.I.M. Millennium Aforro PPR 6,15 1,97 3,24 2<br />
F.P. PPR SGF Garantido 9,66 *<br />
CATEGORIA C - Entre 15% e 35% de Acções<br />
F.I.M. Barclays PPR 8,83 -1,19 5,13 3<br />
F.P. CVI PPR/E 14,93 0,28 8,72 3<br />
F.P. PPR BBVA<br />
F.I.M. Esp. Santo PPR<br />
12,52<br />
6,66<br />
-0,95<br />
2,34<br />
8,14<br />
4,27<br />
3<br />
2<br />
F.P. PPR 5 Estrelas 8,85 0,91 3,68 2<br />
F.P. PPR Platinium 10,82 -2,58 6,96 3<br />
F.I.M. Millennium Poupança PPR 7,08 -1,73 5,45 3<br />
F.P. PPR BNU Vanguarda 4,71 -4,04 6,97 3<br />
F.P. PPR Europa<br />
F.P. Vanguarda PPR<br />
9,83<br />
6,25<br />
3,60<br />
-2,52<br />
5,85<br />
5,51<br />
3<br />
3<br />
F.I.M. Santander Poupança Investimento FPR -0,79<br />
CATEGORIA D - Mais de 35% de Acções<br />
-7,61 7,43 3<br />
F.I.M. Barclays PPR Acções Life Path 2020 13,32 -10,14 13,16 4<br />
F.I.M. Barclays PPR Acções Life Path 2025 13,79 -10,70 14,17 4<br />
F.I.M. Millennium Investimento PPR Acções 7,75<br />
F.P. PPR Praemium V 6,54<br />
-5,35<br />
-4,31<br />
8,57<br />
8,76<br />
3<br />
3<br />
Outros fundos<br />
F.I.M. Barclays Premier Tesouraria 3,24 2,65 0,38 1<br />
F.I.M. Caixagest Accões Portugal 34,21 -24,74 25,31 6<br />
F.I.M. Raiz Global 14,54 -3,75 11,41 4<br />
F.I.M. Esp. Santo Monetário 2,12 2,32 0,23 1<br />
F.I.M. Finifundo Agressivo 20,53 *<br />
F.I.M. Finifundo Moderado 12,63 *<br />
F.I.M. Millennium Prestige Valorização 15,77 -9,11 17,20 5<br />
Fundos diversos<br />
F.I.M. Orey Acções Europa -19,65 -35,86 34,34 6<br />
Fundos de pensões abertos<br />
CATEGORIA A - Entre 0% e 5% de Acções<br />
F.P. Aberto Caixa Reforma Garantida 2022 -0,44 -2,75 11,38 4<br />
F.P. Aberto Caixa Reforma Prudente 2,58 *<br />
F.P. Aberto Horizonte Segurança 5,63 2,54 3,25 2<br />
F.P. Aberto SGF Empresas Prudente 9,07 2,95 2,84 2<br />
CATEGORIA B - Entre 5% e 15% de Acções<br />
F.P. Aberto Protecção 2015 2,84 0,34 5,92 3<br />
F.P. Aberto Caixa Reforma Activa 0,25 -3,53 3,39 2<br />
F.P. Aberto Esp.Sto Multireforma 12,11 2,15 3,81 2<br />
F.P. Aberto Futuro Clássico 5,58 1,91 2,43 2<br />
CATEGORIA C - Entre 15% e 35% de Acções<br />
F.P. Banif Previdência Empresas 2,87 -4,34 3,78 2<br />
F.P. Aberto BBVA PME’s 14,17 0,76 7,67 3<br />
F.P. Aberto Protecção 2020 2,19 -2,54 9,70 3<br />
F.P. Aberto Caixa Reforma Valor 5,79 -6,77 8,49 3<br />
F.P. Aberto Esp.Santo Multireforma Plus 12,73 -1,54 6,34 3<br />
F.P. Aberto VIVA 8,32 -2,12 5,29 3<br />
F.P. Aberto Horizonte Valorização 9,29 -2,23 7,30 3<br />
F.P. Aberto Turismo Pensões 10,60 -0,50 7,04 3<br />
CATEGORIA D - Mais de 35% de Acções<br />
F.P. Aberto Esp.Santo Multireforma Acções 48,46 *<br />
F.P. Aberto Horizonte Valorização Mais 13,85 -2,84 11,37 4<br />
Fonte: Euronext Lisboa e APFIPP<br />
Nota 1: As rentabilidades são as calculadas e divulgadas semanalmente pela<br />
Associação Portuguesa de Fundos de Investimento, Pensões e Patrimónios<br />
(APFIPP). Esta informação é actualizada nesta página na edição de cada quarta-feira,<br />
excepto quando seja especificado o contrário.
RENDIBILIDADE CALCULADA EM 31 DE DEZEMBRO 2009<br />
Fundos com acções e Fundos de obrigações e monetários<br />
Acçõesnacionais AcçõesdaUE,SuiçaeNor. MercadoMonetárioeuro<br />
Rendibilidade média Rendibilidade média Rendibilidade média<br />
50<br />
40<br />
30<br />
20<br />
10<br />
0<br />
-10<br />
-20<br />
AcçõesAméricadoNorte<br />
Rendibilidade média<br />
20<br />
15<br />
10<br />
5<br />
0<br />
-5<br />
-10<br />
-15<br />
OutrosFundosAcçõesInter.<br />
Rendibilidade média<br />
35<br />
30<br />
25<br />
20<br />
15<br />
10<br />
5<br />
0<br />
-5<br />
-10<br />
-15<br />
F.deFundosPredom.Acções<br />
PUB<br />
43,11<br />
12 meses<br />
-16,11<br />
24 meses<br />
-6,57<br />
Rendibilidade média<br />
35<br />
30<br />
25<br />
20<br />
15<br />
10<br />
5<br />
0<br />
-5<br />
-10<br />
-15<br />
-20<br />
18,25<br />
36 meses<br />
-9,65<br />
12 meses<br />
-12,75<br />
24 meses 36 meses<br />
34,73<br />
12 meses<br />
32,55<br />
-13,16<br />
24 meses<br />
-7,39<br />
36 meses<br />
-8,71<br />
12 meses<br />
-15,44<br />
24 meses 36 meses<br />
5,02<br />
60 meses<br />
-3,04<br />
60 meses<br />
2,83<br />
60 meses<br />
-0,78<br />
60 meses<br />
30<br />
25<br />
20<br />
15<br />
10<br />
5<br />
0<br />
-5<br />
-10<br />
-15<br />
-20<br />
26,53<br />
-9,50<br />
12 meses<br />
-16,55<br />
24 meses 36 meses<br />
AcçõesSectoriais<br />
Rendibilidade média<br />
25<br />
20<br />
15<br />
10<br />
5<br />
0<br />
-5<br />
-10<br />
-15<br />
MistosPredom.Acções<br />
Rendibilidade média<br />
20<br />
15<br />
10<br />
5<br />
0<br />
-5<br />
-10<br />
22,60<br />
12 meses<br />
-14,90<br />
24 meses 36 meses<br />
17,13<br />
12 meses<br />
-8,86<br />
24 meses<br />
-9,14<br />
-5,61<br />
36 meses<br />
0,87<br />
60 meses<br />
-0,50<br />
60 meses<br />
-0,45<br />
60 meses<br />
FundosdePoupançaAcções<br />
Rendibilidade média<br />
50<br />
40<br />
30<br />
20<br />
10<br />
0<br />
-10<br />
41,83<br />
-20<br />
-16,52<br />
12 meses 24 meses<br />
-7,11<br />
36 meses<br />
4,71<br />
60 meses<br />
1,0<br />
0,8<br />
0,6<br />
0,4<br />
0,2<br />
0,88<br />
0,0<br />
12 meses 24 meses<br />
36 meses<br />
Obrig.IndexadasEuro<br />
Rendibilidade média<br />
2<br />
1<br />
0<br />
-1<br />
-2<br />
-3<br />
-4<br />
-5<br />
-6<br />
1,41<br />
-3,72<br />
12 meses<br />
-5,48<br />
24 meses 36 meses<br />
Obrig.TaxaFixaEuro<br />
Rendibilidade média<br />
5<br />
4<br />
3<br />
2<br />
1<br />
0<br />
4,73<br />
12 meses<br />
4,48<br />
24 meses<br />
2,83<br />
36 meses<br />
60 meses<br />
-1,76<br />
60 meses<br />
1,82<br />
60 meses<br />
MistosPredom.Obrigações<br />
Rendibilidade média<br />
12<br />
10<br />
8<br />
6<br />
4<br />
2<br />
0<br />
-2<br />
-4<br />
-6<br />
10,17<br />
-5,67 -3,42<br />
12 meses 24 meses 36 meses<br />
-0,69<br />
60 meses<br />
Fonte: APFIPP<br />
Tesourariaeuro<br />
Rendibilidade média<br />
2,0<br />
1,5<br />
1,0<br />
0,5<br />
1,72<br />
0,0<br />
12 meses 24 meses<br />
36 meses<br />
Obrig.TaxaFixaIntern.<br />
Rendibilidade média<br />
20<br />
15<br />
10<br />
5<br />
0<br />
17,45<br />
3,32<br />
60 meses<br />
1,57 1,73<br />
-10<br />
12 meses 24 meses 36 meses 60 meses<br />
F.deFundosPredom.Obrig<br />
Rendibilidade média<br />
8<br />
7<br />
6<br />
5<br />
4<br />
3<br />
2<br />
1<br />
0<br />
-1<br />
-2<br />
-3<br />
7,42<br />
-1,08<br />
12 meses<br />
-2,11<br />
24 meses 36 meses<br />
0,90<br />
60 meses<br />
Sexta-feira 8 Janeiro 2010 Diário <strong>Económico</strong> | F I N A N Ç A S P E S S O A I S XIII<br />
FUNDOS DE INVESTIMENTO NACIONAIS<br />
PoupançaReforma<br />
Rendibilidade média<br />
10<br />
8<br />
6<br />
4<br />
2<br />
0<br />
-2<br />
9,08<br />
12 meses<br />
-0,80<br />
24 meses<br />
0,24<br />
36 meses<br />
FundosdeF.Mistos<br />
Rendibilidade média<br />
20<br />
15<br />
10<br />
5<br />
0<br />
-5<br />
19,91<br />
12 meses<br />
-6,10<br />
24 meses<br />
-3,63<br />
FundosPensõesAbertos<br />
Rendibilidade média<br />
10<br />
8<br />
6<br />
4<br />
2<br />
0<br />
-2<br />
9,01<br />
36 meses<br />
-1,87 -0,41<br />
12 meses 24 meses 36 meses<br />
1,95<br />
60 meses<br />
1,14<br />
60 meses<br />
2,21<br />
60 meses<br />
ADVERTÊNCIAS<br />
As informações contidas neste ficheiro foram elaboradas de<br />
acordo com os métodos de cálculo abaixo referidos, tendo em<br />
conta os dados transmitidos pelas Entidades Gestoras, pela<br />
Euronext Lisbon - Sociedade Gestora de Mercados Regulamentados,<br />
SA, e por outras entidades consideradas fiáveis.<br />
A APFIPP não se responsabiliza pela inexactidão ou deficiência<br />
dos dados que são transmitidos pelas entidades em<br />
causa, nem pelos resultados das análises ou classificações<br />
elaboradas tendo por base dados deficientes ou incorrectos.<br />
A APFIPP não se responsabiliza pela manipulação dos dados<br />
ou informações constantes do presente ficheiro efectuada<br />
por terceiros.<br />
A APFIPP não exclui a validade de outros métodos de cálculo<br />
para apuramento da rendibilidade ou volatilidade dos<br />
fundos identificados neste ficheiro ou para sua inclusão em<br />
classes de risco.<br />
As informações constantes deste ficheiro não consubstanciam<br />
qualquer tipo de aconselhamento a investidores o<br />
qual deverá ser prestado por entidades profissionais, nem<br />
dispensam a consulta de outra informação, designadamente<br />
o Boletim de Cotações da Euronext Lisbon Sociedade<br />
Gestora de Mercados Regulamentados S.A. e a publicada<br />
oficialmente pelas Entidades Gestoras ou pelas entidades<br />
encarregues da colocação e comercialização dos valores<br />
mobiliários em causa. As rendibilidades passadas dos fundos,<br />
não constituem garantia de rendibilidades futuras.<br />
A reprodução das informações constantes do presente ficheiro<br />
é da responsabilidade do seu utilizador que deverá dar conhecimento<br />
a quaisquer terceiros do teor destas advertências,<br />
sob pena de ficar responsável pelos prejuízos que da sua omissão<br />
vierem a resultar para a APFIPP ou para esses terceiros.<br />
COMISSÕES<br />
Não estão consideradas nos cálculos as comissões de subscrição<br />
e resgate, que variam de acordo com as condições estabelecidas<br />
no regulamento de gestão de cada fundo.<br />
FISCALIDADE<br />
Os valores das unidades de participação apresentados são<br />
líquidos de impostos. Nos Fundos Poupança Acções e nos<br />
Fundos Poupança Reforma/Educação não são considerados<br />
os benefícios fiscais estabelecidos para estes produtos.
XIV FINANÇAS PESSOAIS | Diário <strong>Económico</strong> Sexta-feira 8 Janeiro 2010<br />
FUNDOS DE INVESTIMENTO INTERNACIONAIS<br />
Fundos Internacionais<br />
Fundo Último<br />
valor€<br />
Divisa<br />
Fundo Divisa Valor<br />
AMERICAN SELECT-DEH EUR 9.74<br />
AMERICAN SELECT-DU USD 9.87<br />
EMERGING MARKET DEBT-DEH EUR 15.59<br />
EM MKT LOW DUR-DEH EUR 11.77<br />
EM MKT LOW DUR-DU USD 11.15<br />
EUROP BONDS-DE EUR 21.45<br />
EUROP SHORT-TERM BONDS-DE EUR 13.85<br />
EUROP SMALL CAP EQUITIES-DE EUR 10.64<br />
GLOBAL ASS.ALL.-DEH EUR 15.63<br />
GLOBAL ASS.ALL.-DU USD 18.34<br />
GLOBAL BONDS (EURO)-DE EUR 18.77<br />
GLOBAL BONDS (USD)-DU USD 26.81<br />
GLOBAL EM MKT EQUITIES-DEH EUR 22.64<br />
GLOBAL EM MKT EQUITIES-DU USD 30.75<br />
GLOBAL EM MKT SH-TERM BDS-DEH EUR 9.05<br />
GLOBAL EM MKT SH-TERM BDS-DU USD 9.68<br />
GLOBAL ENERGY EQUITIES-DEH EUR 20.13<br />
GLOBAL ENERGY EQUITIES-DU USD 25.64<br />
GLOBAL HGH YLD&EM-MKT EUR-DE EUR 17.72<br />
GLOBAL INNOVATION-DEH EUR 15.17<br />
GLOBAL INNOVATION-DU USD 10.25<br />
GREATER CHINA EQUITIES-DEH EUR 19.97<br />
GREATER CHINA EQUITIES-DU USD 28.69<br />
JAPANESE EQUITIES-DEH EUR 9.92<br />
JAPANESE EQUITIES-DJ EUR 6.57<br />
JAPANESE EQUITIES-DJ JPY 876.00<br />
NEW ASIA-PACIFIC DEH EUR 20.67<br />
NEW ASIA-PACIFIC DU USD 30.39<br />
PAN EUROP EQUITIES-DE EUR 11.54<br />
US EQUITIES-DEH EUR 14.61<br />
US EQUITIES-DU USD 11.53<br />
US MID AND SML CAP EQUITIES-DEH EUR 10.42<br />
US MID AND SML CAP EQUITIES-DU USD 14.32<br />
USD HIGH INCOME BONDS-DEH EUR 15.33<br />
USD HIGH INCOME BONDS-DU USD 15.85<br />
USD SHORT-TERM BONDS-DU USD 18.61<br />
WORLD EQUITIES-DEH EUR 14.50<br />
WORLD EQUITIES-DU USD 15.11<br />
PARVEST<br />
www.bnpparibas-am.com<br />
Número Verde 800 844 109<br />
PARVEST EURO PREMIUM EUR 103.46<br />
PARVEST ABS EUR 64.21<br />
PARVEST ABS RET CURR. 10 EUR 100.75<br />
PARVEST ABS RET EUROPE LS EUR 97.2<br />
PARVEST ABS RET EUROPEAN BOND EUR 107.69<br />
PARVEST ABSOLUTE RETURN<br />
GLOBAL BOND (USD) USD 104.55<br />
PARVEST ABS RET MULTI ASS. 4 EUR 102.86<br />
PARVEST ABS RET MULTI ASS. 4 (USD) USD 102.63<br />
PARVEST AGRICULTURE EUR 92.92<br />
PARVEST ASIA USD 304.39<br />
PARVEST ASIAN CONVERTIBLE BOND USD 339.41<br />
PARVEST AUSTRALIA AUD 695.01<br />
PARVEST DIVERSIFIED (DYNAMIC) EUR 183.43<br />
PARVEST BRAZIL USD 168.73<br />
PARVEST BRIC USD 158.94<br />
PARVEST CHINA USD 326.28<br />
PARVEST DIVERSIFIED (PRUDENT) EUR 126.55<br />
PARVEST CONVERGING EUROPE EUR 113.23<br />
PARVEST CREDIT STRATEGIES EUR 37.92<br />
PARVEST EMERGING MARKETS USD 349.84<br />
PARVEST EMERGING MARKETS BOND USD 306.68<br />
PARVEST EMERGING MKTS EUROPE EUR 154.08<br />
PARVEST ENHANCED EONIA 1 YEAR EUR 107.01<br />
PARVEST ENHANCED EONIA 6 MONTHS EUR 106.83<br />
PARVEST ENHANCED EONIA EUR 117.26<br />
PARVEST EONIA PREMIUM EUR 113.34<br />
PARVEST EURO BOND EUR 174.33<br />
PARVEST EURO CORP BD SUST DVP EUR 111.2<br />
PARVEST EURO CORPORATE BOND EUR 136.99<br />
PARVEST EURO EQUITIES EUR 118.91<br />
PARVEST EURO GOVERNMENT BOND EUR 299.11<br />
PARVEST EURO INFLATION-LINKED BD EUR 122.18<br />
PARVEST EURO LONG TERM BOND EUR 111.21<br />
PARVEST EURO MEDIUM TERM BOND EUR 156.95<br />
PARVEST EURO SHORT TERM BOND EUR 116.75<br />
PARVEST EURO SMALL CAP EUR 179.9<br />
PARVEST EUROPE ALPHA EUR 100.91<br />
PARVEST EUROPE DIVIDEND EUR 65.3<br />
PARVEST EUROPE FINANCIALS EUR 72.32<br />
PARVEST EUROPE GROWTH EUR 169.18<br />
PARVEST EUROPE LS30 EUR 65.45<br />
PARVEST EUROPE MID CAP EUR 376.34<br />
PARVEST EUROPE REAL ESTATE SEC. EUR 59.3<br />
PARVEST EUROPE SMALL CAP EUR 78.27<br />
PARVEST EUROPE SUSTAINABLE DVPT EUR 79.76<br />
PARVEST EUROPE VALUE EUR 117.07<br />
Fundo Último Divisa<br />
valor€<br />
PARVEST CORP BOND OPPORTUNITIES EUR 105.45<br />
PARVEST ENVIRONM OPPORTUNITIES EUR 98.23<br />
PARVEST EUROPEAN BOND EUR 290.95<br />
PARVEST EUROPEAN CONVERT BOND EUR 122.18<br />
PARVEST EUROPEAN HIGH YIELD BD EUR 104.32<br />
PARVEST EUROPEAN SM CONVERT BD EUR 106.62<br />
PARVEST FRANCE EUR 388.22<br />
PARVEST GERMAN EQUITIES EUR 79.05<br />
PARVEST GLOBAL BOND USD 42.36<br />
PARVEST GLOBAL BRANDS USD 248.74<br />
PARVEST GLOBAL CORPORATE BOND USD 116.53<br />
PARVEST GLOBAL ENVIRONNEMENT EUR 94.52<br />
PARVEST GLOBAL EQUITIES USD 120.25<br />
PARVEST GLOBAL HIGH YIELD BOND USD 115.04<br />
PARVEST GLOBAL INFL LKD BD EUR 114.59<br />
PARVEST GLOBAL RESOURCES USD 241.36<br />
PARVEST GLOBAL TECHNOLOGY USD 89.62<br />
PARVEST INDIA USD 168.34<br />
PARVEST JAPAN JPY 3053<br />
PARVEST JAPAN SMALL CAP JPY 3150<br />
PARVEST JAPAN YEN BOND JPY 20548<br />
PARVEST LATIN AMERICA USD 859.62<br />
PARVEST NEXT GENERATION EUR 113.29<br />
PARVEST RUSSIA USD 76.77<br />
PARVEST SHORT TERM (CHF) CHF 307.639<br />
PARVEST SHORT TERM (DOLLAR) USD 203.203<br />
PARVEST SHORT TERM (EURO) EUR 206.821<br />
PARVEST SHORT TERM (STERLING) GBP 195.359<br />
PARVEST SOUTH KOREA USD 85.98<br />
PARVEST STEP 90 EURO EUR 1308<br />
PARVEST SWITZERLAND CHF 554.32<br />
PARVEST TARGET RETURN PLUS (EURO) EUR 112.43<br />
PARVEST TARGET RETURN PLUS (USD) USD 217.12<br />
PARVEST TURKEY EUR 132.04<br />
PARVEST UK GBP 118.85<br />
PARVEST US DOLLAR BOND USD 395.61<br />
PARVEST US HIGH YIELD BOND USD 162.72<br />
PARVEST US MID CAP USD 109.33<br />
PARVEST US SMALL CAP USD 398.98<br />
PARVEST US VALUE USD 77.86<br />
PARVEST USA USD 70.93<br />
PARVEST USA LS30 USD 73.82<br />
BNP PARIBAS INSTICASH<br />
BNP PARIBAS INSTICASH CHF CHF 106.78<br />
BNP PARIBAS INSTICASH EUR EUR 115.429<br />
BNP PARIBAS INSTICASH GBP GBP 127.154<br />
BNP PARIBAS INSTICASH USD<br />
PARWORLD<br />
USD 116.862<br />
PARWORLD DYNALLOCATION EUR 104.9<br />
PARWORLD EMERGING STEP 80 (EURO) EUR 117.55<br />
PARWORLD GALATEA 2010 EUR 107.68<br />
PARWORLD QUAM 10 EUR 114.4<br />
PARWORLD QUAM 15 EUR 109.96<br />
PARWORLD TRACK COMMODITIES EUR 58.95<br />
PARWORLD TRACK CONTINENT EUROPE EUR 71.17<br />
PARWORLD TRACK JAPAN EUR 68.71<br />
PARWORLD TRACK NORTH AMERICA EUR 74.34<br />
PARWORLD TRACK UK EUR 68.91<br />
Fundo<br />
www.bnymellonam.com<br />
Divisa Valor<br />
BNY Mellon Global Funds, plc<br />
MELLON ASIAN EQUITY FUND A USD 0.000<br />
MELLON CONTINENTAL<br />
EUROPEAN EQUITY FUND A EUR 0.000<br />
MELLON EURO GOVERNMENT<br />
BOND INDEX TRACKER A EUR 93.315<br />
MELLON SMALL CAP EUROLAND FUND A EUR 0.000<br />
MELLON GLOBAL BOND FUND A USD 0.000<br />
MELLON GLOBAL EMERGING MARKETS FUND AUSD 125.360<br />
MELLON GLOBAL EQUITY FUND A USD 0.875<br />
MELLON EURO GLOBAL HIGH<br />
YIELD BOND FUND A EUR 0.000<br />
MELLON GLOBAL INTREPID FUND A USD 0.960<br />
MELLON EVOLUTION GLOBAL ALPHA FUND A EUR 107.240<br />
MELLON EMERGING MARKETS<br />
DEBT LOCAL CURRENCY FUND C EUR 1.222<br />
MELLON JAPAN EQUITY FUND A USD 0.000<br />
MELLON NIKKEI 225 STOCK<br />
INDEX TRACKER FUND A EUR 0.000<br />
MELLON PAN EUROPEAN EQUITY FUND A USD 1.068<br />
MELLON STERLING BOND FUND A USD 1.419<br />
MELLON UK EQUITY FUND A USD 0.000<br />
MELLONS&P500INDEXTRACKER FUND A USD 0.702<br />
MELLON EUROPEAN ETHICAL INDEX TRACKER AEUR 3.849<br />
MELLON US DYNAMIC VALUE FUND A USD 0.000<br />
MELLON U.S. EQUITY FUND A USD 0.000<br />
MELLON EUROLAND BOND FUND A EUR 1.091<br />
NEWTON AMERICAN FUND A USD 0.000<br />
NEWTON CONTINENTAL EUROPEAN FUND A USD 0.951<br />
NEWTON INTERNATIONAL BOND FUND A USD 1.611<br />
NEWTON INTERNATIONAL GROWTH FUND A USD 2.226<br />
NEWTON JAPAN FUND A USD 0.000<br />
NEWTON ORIENTAL FUND A USD 0.000<br />
NEWTON PAN-EUROPEAN FUND A USD 0.000<br />
Fundo Último Divisa<br />
valor€<br />
WestLB Mellon Compass Funds<br />
Fundo<br />
COMPASS FUND - EMERGING<br />
Divisa Valor<br />
MARKETS BOND FUND C EUR 14.76<br />
COMPASS FUND - LATIN AMERICA FUND C<br />
COMPASS FUND - GLOBAL<br />
EUR 28.8<br />
EMERGING MARKETS FUND C EUR 16.35<br />
COMPASS FUND - EURO BALANCED FUND C EUR 9.45<br />
COMPASS FUND - EURO BOND FUND C EUR 13.98<br />
COMPASS FUND - EURO EQUITY FUND C EUR 5.7<br />
COMPASS FUND - GLOBAL BOND FUND C EUR 12.05<br />
COMPASS FUND - EURO LIQUIDITY FUND C EUR 131.296<br />
COMPASS FUND - EUROPEAN CONVERTIBLE FUND CEUR<br />
COMPASS FUND - EASTERN<br />
9.08<br />
EUROPE DIVERSIFIED FUND C EUR 16.99<br />
COMPASS FUND - JAPANESE EQUITY FUND C EUR 3.59<br />
COMPASS FUND - GLOBAL HIGH YIELD BOND FUND CEUR 12.66<br />
COMPASS FUND - EURO HIGH YIELD BOND FUND CEUR 16.32<br />
COMPASS FUND - EURO CORPORATE BOND FUND CEUR 13.66<br />
COMPASS FUND - ABS FUND C EUR 102.793<br />
COMPASS FUND - QUANDUS EURO BOND FUND CEUR 11.04<br />
COMPASS FUND - EURO SMALL CAP EQUITY FUND CEUR 8.62<br />
CAAM Funds Class Classic S<br />
ARBITRAGE INFLATION EUR 107.7<br />
ASIAN GROWTH USD 23.42<br />
DYNARBITRAGE FOREX EUR 107.65<br />
DYNARBITRAGE VAR 4 (EUR) EUR 111.12<br />
DYNARBITRAGE VOLATILITY EUR 115.36<br />
EMERGING MARKETS USD 29.66<br />
EURO CORPORATE BOND EUR 14.54<br />
EURO QUANT EUR 6.63<br />
EUROPEAN BOND EUR 138.45<br />
GREATER CHINA USD 26.53<br />
Dexia Bonds Fundo Divisa Valor<br />
DB EMERGING MARKETS CCAP USD 1452.23<br />
DB EMERGING MARKETS ICAP USD 1513.29<br />
DB EMERGING MARKETS NCAP USD 1336.16<br />
DB EURO CCAP EUR 897.81<br />
DB EURO ICAP EUR 926.46<br />
DB EURO NCAP EUR 875.82<br />
DB EURO CONVERGENCE CCAP EUR 2460.42<br />
DB EURO CONVERGENCE ICAP EUR 2525.76<br />
DB EURO CONVERGENCE NCAP EUR 2402.15<br />
DB EURO CORPORATE CCAP EUR 5407.33<br />
DB EURO CORPORATE ICAP EUR 5502.45<br />
DB EURO CORPORATE NCAP EUR 107.52<br />
DB EURO GOVERNMENT CCAP EUR 1772.85<br />
DB EURO GOVERNMENT ICAP EUR 1823.53<br />
DB EURO GOVERNMENT NCAP EUR 1731.18<br />
DB EURO GOVERNMENT PLUS CCAP EUR 767.06<br />
DB EURO GOVERNMENT PLUS ICAP EUR 792.63<br />
DB EURO GOVERNMENT PLUS NCAP EUR 751.77<br />
DB EURO HIGH YIELD CCAP EUR 604.7<br />
DB EURO HIGH YIELD ICAP EUR 623.82<br />
DB EURO HIGH YIELD NCAP EUR 571.58<br />
DB EURO INFLATION LINKED CCAP EUR 130.02<br />
DB EURO INFLATION LINKED ICAP EUR 133.27<br />
DB EURO INFLATION LINKED NCAP EUR 127.62<br />
DB EURO LONG TERM CCAP EUR 5233.49<br />
DB EURO LONG TERM ICAP EUR 5423.87<br />
DB EURO LONG TERM NCAP EUR 5110.03<br />
DB EURO SHORT TERM CCAP EUR 1899.29<br />
DB EURO SHORT TERM ICAP EUR 1937.55<br />
DB EURO SHORT TERM NCAP EUR 1833.12<br />
DB EUROPE CCAP EUR 4444.17<br />
DB EUROPE ICAP EUR 4536.96<br />
DB EUROPE NCAP EUR 4365.97<br />
DB EUROPE CONVERTIBLE CCAP EUR 297.47<br />
DB EUROPE CONVERTIBLE ICAP EUR 305.66<br />
DB EUROPE CONVERTIBLE NCAP EUR 282.33<br />
DB EUROPE GOVERNMENT PLUS CCAP EUR 750.33<br />
DB EUROPE GOVERNMENT PLUS NCAP EUR 729.89<br />
DB GLOBAL HIGH YIELD CCAP EUR 120.84<br />
DB GLOBAL HIGH YIELD ICAP EUR 122.91<br />
DB GLOBAL HIGH YIELD NCAP EUR 117.46<br />
Fundo Último Divisa<br />
valor€<br />
DB INTERNATIONAL CCAP EUR 812.99<br />
DB INTERNATIONAL ICAP EUR 840.4<br />
DB INTERNATIONAL NCAP EUR 780.27<br />
DB MORTGAGES CCAP EUR 127.15<br />
DB MORTGAGES ICAP EUR 130.76<br />
DB MORTGAGES NCAP EUR 122.79<br />
DB TOTAL RETURN CCAP EUR 112.26<br />
DB TOTAL RETURN ICAP EUR 1139.71<br />
DB TOTAL RETURN NCAP EUR 108.49<br />
DB TREASURY MANAGEMENT CCAP EUR 3668.3<br />
DB TREASURY MANAGEMENT ICAP EUR 3708.89<br />
DB TREASURY MANAGEMENT NCAP EUR 3621.39<br />
DB USD CCAP USD 769.72<br />
DB USD ICAP USD 796.23<br />
DB USD NCAP USD 750.52<br />
DB USD GOVERNMENT CCAP USD 2875.82<br />
DB USD GOVERNMENT ICAP USD 2967.58<br />
DB USD GOVERNMENT NCAP USD 2806.7<br />
DB WORLD GOV PL CCAP EUR 101.12<br />
DB WORLD GOV PL ICAP EUR 103.24<br />
DB WORLD GOV PL NCAP EUR 99.2<br />
D EQ L ASIA PREM USD 16.56<br />
D EQ L AUSTRALIA AUD 733.9<br />
D EQ L BIOTECH USD 107.44<br />
D EQ L EMERG EUROPE EUR 59.84<br />
D EQ L EMERG MKTS EUR 489.12<br />
DEQLEMU EUR 68.33<br />
D EQ L EUR 50 EUR 451.62<br />
D EQ L EUROP EUR 615.45<br />
D EQ L EUROPE VALUE EUR 80.91<br />
D EQ L EURP ENG SECT EUR 145.62<br />
D EQ L EURP FIN SECT EUR 78.84<br />
D EQ L EURP HIGH DIV EUR 73.08<br />
D EQ L JAPAN JPY 12393<br />
D EQ L SPAIN EUR 89.09<br />
D EQ L SUST GREEN PLANET EUR 64.03<br />
D EQ L SUST WORLD EUR 141.38<br />
D EQ L UNITED KINGDOM GBP 231.81<br />
D EQ L WORLD USD 37.02<br />
Fundo Classe Valor<br />
ABS ATTIVO EUR 106.64<br />
ABS PRUDENTE EUR 107.98<br />
BOND CHF EUR 116.58<br />
BOND CHF EUR 134.54<br />
BOND CONVERTIBLE EUR 59.68<br />
BOND EMERGING MARKETS EUR 190.14<br />
BOND EMERGING MARKETS EUR 252.97<br />
BOND EUR LONG TERM EUR 158.08<br />
BOND EUR MEDIUM TERM EUR 294<br />
BOND EUR SHORT TERM EUR 136.96<br />
BOND GBP EUR 132.24<br />
BOND GBP EUR 108.1<br />
BOND HIGH YIELD EUR 136.95<br />
BOND INFLATION LINKED EUR 120.11<br />
BOND JPY EUR 97.89<br />
BOND JPY EUR 147.7<br />
BOND USD EUR 120.1<br />
BOND USD EUR 187.16<br />
CASH EUR EUR 110.88<br />
CASH USD EUR 90.37<br />
EQUITY BANKS EUR 45.04<br />
EQUITY CHINA EUR 87.86<br />
EQUITY CONSUMER DISCRETIONARY EUR 120.82<br />
EQUITY CONSUMER STAPLES EUR 112.41<br />
EQUITY CONSUMER STAPLES EUR 131.22<br />
EQUITY DURABLE GOODS EUR 108.96<br />
EQUITY EM.MKT EUR MID.EAST&AFRICA EUR 145.63<br />
EQUITY EMERGING MARKETS ASIA EUR 135.22<br />
EQUITY ENERGY & MATERIALS EUR 125.88<br />
EQUITY ENERGY & MATERIALS EUR 136.11<br />
EQUITY EURO EUR 82.58<br />
EQUITY EUROPE EUR 81.13<br />
EQUITY FINANCIAL EUR 49.68<br />
EQUITY GREAT BRITAIN EUR 50.57<br />
EQUITY GREAT BRITAIN EUR 64.96<br />
EQUITY HIGH TECH EUR 57.23<br />
EQUITY HIGH TECH EUR 48.22<br />
EQUITY INDUSTRIALS EUR 133.74<br />
Fundo Último Divisa<br />
valor€<br />
EQUITY INDUSTRIALS EUR 116.34<br />
EQUITY ITALY EUR 77.32<br />
EQUITY JAPAN EUR 74.13<br />
EQUITY JAPAN EUR 51.34<br />
EQUITY LATIN AMERICA EUR 366.08<br />
EQUITY NORTH AMERICA EUR 54.46<br />
EQUITY NORTH AMERICA EUR 85.9<br />
EQUITY OCEANIA EUR 155.15<br />
EQUITY OCEANIA EUR 162.24<br />
EQUITY PHARMA EUR 73.12<br />
EQUITY PHARMA EUR 61.06<br />
EQUITY SMALL CAP EUROPE EUR 370.63<br />
EQUITY TELECOMMUNICATION EUR 50.2<br />
EQUITY TELECOMMUNICATION EUR 45.41<br />
EQUITY UTILITIES EUR 104.95<br />
EQUITY UTILITIES EUR 92.27<br />
OBIETTIVO BILANCIATO EUR 221.71<br />
ORIZZONTE PROTETTO 12 EUR 114.96<br />
ORIZZONTE PROTETTO 24 EUR 118.64<br />
ORIZZONTE PROTETTO 6 EUR 110.79<br />
VALORE EQUILIBRIO EUR 106.58<br />
VALORE EQUILIBRIO EUR 114.62<br />
www.franklintempleton.com.pt<br />
Tel: +34 91 426 3600<br />
FRANKLIN BIOTECH DISCOVERY FD N (ACC) USD 8.19<br />
FRANKLIN EUROPEAN GRTH FD N (ACC) EUR 7.83<br />
FRANKLIN EUROPEAN S-M CAP GRTH FD N (ACC) EUR 17.53<br />
FRANKLIN GLOBAL GRTH FD N (ACC) USD 9.59<br />
FRANKLIN GLOBAL S-M CAP GRTH FD N (ACC) USD 17.84<br />
FRANKLIN HIGH YIELD (EURO) FD N (ACC) EUR 10.99<br />
FRANKLIN HIGH YIELD FD N (ACC) USD 12.85<br />
FRANKLIN INCOME FD N (ACC) USD 15.2<br />
FRANKLIN MUTUAL BEACON FD N (ACC) EUR 15.5<br />
FRANKLIN MUTUAL BEACON FD N (ACC) USD 22.38<br />
FRANKLIN MUTUAL EUROPEAN FD N (ACC) EUR 13.35<br />
FRANKLIN MUTUAL EUROPEAN FD N (ACC) USD 19.17<br />
FRANKLIN TECHNOLOGY FD N (ACC) USD 5.34<br />
FRANKLIN TECHNOLOGY FD N (ACC) EUR 3.71<br />
FRANKLIN TEMPLETON GB GRTH & VA FD N (ACC) USD 16.69<br />
FRANKLIN TEMPLETON JAPAN FD N (ACC) EUR 3.52<br />
FRANKLIN US EQUITY FD N (ACC) EUR 9.36<br />
FRANKLIN US EQUITY FD N (ACC) USD 13.52<br />
FRANKLIN US GOVERNMENT FD N (ACC) USD 12.86<br />
FRANKLIN US GOVERNMENT FD N (DIS) USD 9.51<br />
FRANKLIN US OPPORTUNITIES N (ACC) USD 13.46<br />
FRANKLIN US S-M CAP GRTH FD N (ACC) USD 9.54<br />
FRANKLIN US TOTAL RET FD N (DIS) USD 9.88<br />
FRANKLIN US ULT SHT TR BD FD N (DIS) USD 9.59<br />
TEMPLETON ASIAN GRTH FD N (ACC) USD 39.89<br />
TEMPLETON CHINA FD N (ACC) USD 23.38<br />
TEMPLETON EASTERN EUROPE FD N (ACC) EUR 24.74<br />
TEMPLETON EMERGING MARKETS BD FD N (ACC) USD 26.47<br />
TEMPLETON EMERGING MARKETS FD N (ACC) EUR 13.71<br />
TEMPLETON EMERGING MARKETS FD N (ACC) USD 19.75<br />
TEMPLETON EURO LIQ RES FD N (ACC) EUR 10.77<br />
TEMPLETON EUROLAND BD FD N (ACC) EUR 11.06<br />
TEMPLETON EUROLAND FD N (ACC) EUR 7.75<br />
TEMPLETON EUROPEAN FD N (ACC) USD 18.3<br />
TEMPLETON EUROPEAN FD N (ACC) EUR 12.67<br />
TEMPLETON EUROPEAN TOTAL RET FD N (ACC) EUR 10.23<br />
TEMPLETON GLOBAL BD FD N (ACC) EUR 11.71<br />
TEMPLETON GLOBAL (EURO) FD N (ACC) EUR 10<br />
TEMPLETON GLOBAL BALANCED FD N (ACC) EUR 10.52<br />
TEMPLETON GLOBAL BD (EURO) FD N (ACC) EUR 11.92<br />
TEMPLETON GLOBAL BD FD N (ACC) USD 23.25<br />
TEMPLETON GLOBAL EQUITY INCOME FD N (ACC) USD 10.36<br />
TEMPLETON GLOBAL FD N (ACC) USD 17.72<br />
TEMPLETON GLOBAL INCOME FD N (ACC) USD 13.38<br />
TEMPLETON GLOBAL SMLL COMPANIES FD N (ACC) USD 20.01<br />
TEMPLETON GLOBAL TOTAL RET FD N (ACC) USD 20.27<br />
TEMPLETON GRTH (EURO) FD N (ACC) EUR 8<br />
TEMPLETON KOREA FD N (ACC) USD 15.6<br />
TEMPLETON LATIN AMERICA FD N (ACC) USD 46.55<br />
TEMPLETON THAILAND FD N (ACC) USD 13.88<br />
TEMPLETON US DOLLAR LIQ RES FD N (ACC) USD 11.19<br />
TEMPLETON US VALUE FD N (ACC) USD 10.13
Fundos Internacionais<br />
Fundo Último Divisa<br />
valor€<br />
07-01-2010<br />
JF ASIA DI V.D USD USD 239.03<br />
JF ASIA EQ D USD USD 20.96<br />
JF ASIA PAC EX-JAP EQ DAAC EUR EUR 8.82<br />
JF CHINA D USD USD 37.04<br />
JF GR CH D USD USD 31.1<br />
JF HG KG D USD USD 27.49<br />
JF INDIA D USD USD 46.75<br />
JF JAP EQ DACC EUR EUR 3.49<br />
JF JAP EQ D USD USD 6.08<br />
JF PAC EQ DACC EUR EUR 6.01<br />
JF PAC EQ DACC USD USD 12.92<br />
JF SINGA D USD USD 37.12<br />
JF TAIWAN D USD USD 12.88<br />
JPM AME EQ DACC EUR EUR 6.25<br />
JPM AME EQ DACC EUR (HDG) EUR 6.13<br />
JPM EM MK DBT DACC EUR EUR 11.2<br />
JPMEMMKEQDACCEUR EUR 8.26<br />
JPM EMER MIDDLE EAST EQ D USD USD 19.72<br />
JPM EURO DY DACC USD USD 17.96<br />
JPM EURO LIQ RES DACC EUR EUR 108.59<br />
JPM EURO DY MEGA C DACC EUR EUR 8.38<br />
JPM EURO DY MEGA C DACC USD USD 9.83<br />
JPM EUROP EQ DACC USD USD 10.44<br />
JPM EUROP FOC DACC EUR EUR 7.88<br />
JPM EUROP FOC DACC USD USD 10.61<br />
JPM EUROP RECOV DACC EUR EUR 173.35<br />
JPM EUROP SEL EQ DACC EUR EUR 69.18<br />
JPM EUROP SEL EQ DACC USD USD 108.57<br />
JPM EUROP ST DIV DACC EUR EUR 94.61<br />
JPM GB BAL USD DACC USD USD 141.28<br />
JPM GB CAP APP DACC EUR EUR 99.21<br />
JPM GB CAP PRE DACC USD USD 114.74<br />
JPM GB CAP PRE EUR DACC EUR EUR 124.26<br />
JPM GB CAP PRE EUR DACC SEK (HDG) SEK 971.66<br />
JPM GB CONVS USD D USD USD 127.84<br />
JPM GB CONVS FUND EUR DACC EUR EUR 10.3<br />
JPM GB DY DACC EUR EUR 5.71<br />
JPM GB DY DACC EUR (HDG) EUR 4.88<br />
JPM GB EQ USD DACC EUR (HDG) EUR 5.86<br />
JPM GB FOC DACC EUR EUR 17.58<br />
JPM GB FOC DACC EUR (HDG) EUR 7.82<br />
JPM GB HY BD DACC EUR EUR 134<br />
JPM GB NAT RE DACC USD USD 11.37<br />
JPM GB T RE DACC EUR EUR 101.1<br />
JPM HIGH STAT MKT NT DACC EUR EUR 108.34<br />
JPM HIGH STAT MKT NT DACC USD (HDG) USD 145.51<br />
JPM HIGH US STEEP DACC EUR (HDG) EUR 8.18<br />
JPM JAP 50 EQ DACC JPY JPY 6277<br />
JPM JAP SEL EQ DACC JPY JPY 8621<br />
JPM RUSSIA DACC USD USD 10.7<br />
JPM US AG BD DACC USD USD 14.45<br />
JPMUSDYDACCEUR EUR 5.02<br />
JPM US DY DACC USD USD 11.84<br />
JPM US EQ DACC EUR (HDG) EUR 59.11<br />
JPM US EQ DACC USD USD 80.31<br />
JPM US SEL EQ DACC EUR (HDG) EUR 67.22<br />
JPM US SEL 130/30 DACC EUR (HDG) EUR 6.05<br />
JPM US SEL 130/30 DACC USD USD 8.53<br />
JPM US STRATEGIC GR DACC EUR (HDG) EUR 5.95<br />
JPM US VAL DACC EUR (HDG) EUR 5.93<br />
JPMF AME EQ D USD USD 9.36<br />
JPMF AME LC D USD USD 8.46<br />
JPMF EAST EUR EQ D EUR EUR 28.76<br />
JPMF EM EUR EQ D USD USD 39.54<br />
JPMF EM MKT EQ D USD USD 32.53<br />
JPMF EUR GB BAL FUND D EUR EUR 120.42<br />
JPMF EUROL EQ D EUR EUR 7.8<br />
JPMF EUROP CONVERG EQ D EUR EUR 23.86<br />
JPMF EUROP DY D EUR EUR 11.26<br />
JPMF EUROP EQ D EUR EUR 7.48<br />
JPMF EUROP SM CAP D EUR EUR 8.48<br />
JPMF EUROP STRAT GR D EUR EUR 6.95<br />
JPMF EUROP STRAT VAL D EUR EUR 10.97<br />
JPMF GERM EQ D-EUR EUR 2.43<br />
JPMF GB DY D USD USD 12.63<br />
JPMF GB EQ D USD USD 9.31<br />
JPMF GLB NA RE DACC EUR EUR 12.76<br />
JPMF LAT AM EQ D USD USD 46.21<br />
JPMF US ST GR D USD USD 5.21<br />
JPMF US ST VAL D USD USD 11.85<br />
JPM US TECH D EUR EUR 7.22<br />
Fundo Último Divisa<br />
valor€<br />
Fundo Divisa Valor<br />
ALPHA ADV. EUROPE FIXED INCOME B EUR 29.17<br />
AMERICAN FRANCHISE B EUR 17.69<br />
ASIAN EQUITY B EUR 23.49<br />
ASIAN PROPERTY B EUR 9.59<br />
COMMODITIES ACTIVE GSLE B EUR 13.8<br />
DIV. ALPHA PLUS VAR 400 EUR B EUR 24.64<br />
EMERG EUROP, M-EAST & AFRICA EQ B EUR 48.55<br />
EMERGING MARKETS DEBT B EUR 37.71<br />
EMERGING MARKETS DOMESTIC DEBT B EUR 21.5<br />
EMERGING MARKETS EQUITY B EUR 21.77<br />
EURO BOND B EUR 10.72<br />
EURO CORPORATE BOND B EUR 32.67<br />
EURO LIQUIDITY B EUR 11.8962<br />
EURO STRATEGIC BOND B EUR 28.74<br />
EUROPEAN CURR. HIGH YIELD BOND B EUR 12.62<br />
EUROPEAN EQUITY ALPHA B EUR 23.32<br />
EUROPEAN PROPERTY B EUR 15.8<br />
EUROPEAN SMALL CAP VALUE B EUR 31.61<br />
EUROZONE EQUITY ALPHA B EUR 6.5<br />
FX ALPHA PLUS RC 200 B EUR 25.09<br />
FX ALPHA PLUS RC 400 B EUR 24.43<br />
FX ALPHA PLUS RC 800 B EUR 23.05<br />
GLOBAL BOND B EUR 21.25<br />
GLOBAL BRANDS B EUR 34.4<br />
GLOBAL CONVERTIBLE BOND B EUR 21.48<br />
GLOBAL PROPERTY B EUR 12.33<br />
GLOBAL SMALL CAP VALUE B EUR 20.02<br />
GLOBAL VALUE EQUITY B EUR 21.67<br />
INDIAN EQUITY B EUR 18.79<br />
JAPANESE EQUITY ADVANTAGE B EUR 13.11<br />
JAPANESE VALUE EQUITY B EUR 5.37<br />
LATIN AMERICAN EQUITY B EUR 42.54<br />
SHORT MATURITY EURO BOND B EUR 16.9<br />
US EQUITY GROWTH B EUR 19.66<br />
US PROPERTY B EUR 21.3<br />
US SMALL CAP GROWTH B EUR 21.44<br />
US VALUE EQUITY B EUR 11.29<br />
USD LIQUIDITY B USD 12.5466<br />
+34 91 538 25 00<br />
www.pictetfunds.pt<br />
Fundo Divisa Valor<br />
PF(LUX)-ABSL RTN GLO DIV-R EUR 107.01<br />
PF(LUX)-AGRICULTURE-R EUR 126.35<br />
PF(LUX)-ASN EQ (EXJPN)-HR-EUR EUR 124.12<br />
PF(LUX)-ASN EQ (EXJPN)-R USD 159.96<br />
PF(LUX)-ASIAN EQ (EX-JAPAN)-R EUR 111.54<br />
PF(LUX)-ASN LCL CCY DBT-R USD 125.85<br />
PF(LUX)-BIOTECH-HR-R EUR 207.1<br />
PF(LUX)-BIOTECH-R USD 271.41<br />
PF(LUX)-BIOTECH-R EUR 188.64<br />
PF(LUX)-EASTERN EU-R EUR 318.83<br />
PF(LUX)-EM LCL CCY DBT-HR-EUR EUR 106.76<br />
PF(LUX)-EM LCL CCY DBT-R USD 158.66<br />
PF(LUX)-EM MKTS-HR-R EUR 365.75<br />
PF(LUX)-EM MKTS LDX-R USD 228.36<br />
PF(LUX)-EM MKTS-R USD 524.66<br />
PF(LUX)-EUR BDS-R EUR 376.18<br />
PF(LUX)-EUR CORP BDS-R EUR 146.43<br />
PF(LUX)-EUR GVT BDS-R EUR 115.15<br />
PF(LUX)-EUR HY-R EUR 147.4<br />
PF(LUX)-EUR INFL LK BDS-R EUR 109.47<br />
PF(LUX)-EUR LIQ-R EUR 133.55<br />
PF(LUX)-EUR SMT BDS-R EUR 120.03<br />
PF(LUX)-EUROLAND LDX-R EUR 89.52<br />
PF(LUX)-EU SUST EQ-R EUR 132.56<br />
PF(LUX)-EU LDX-R EUR 100.05<br />
PF(LUX)-EU EQ SEL-R EUR 398.45<br />
PF(LUX)-(EUR) SOV LIQ-R EUR 102.17<br />
PF(LUX)-GENERICS-HR-EUR EUR 94.65<br />
PF(LUX)-GENERICS-R USD 119.22<br />
PF(LUX)-GLO EM CCY-HR-EUR EUR 66.02<br />
PF(LUX)-GLO EM CCY-R USD 103.2<br />
PF(LUX)-GLO MEGATR SEL-R USD 134.47<br />
PF(LUX)-GLO EM DBT-HR-R EUR 181.89<br />
PF(LUX)-GLO EM DBT-R USD 238.88<br />
PF(LUX)-GLO MEGATREND SEL-R EUR 93.77<br />
Fundo Último Divisa<br />
valor€<br />
PF(LUX)-GREATER CHINA-R USD 345.63<br />
PF(LUX)-INDIAN EQ-R USD 358.84<br />
PF(LUX)-JPNL LDX-R JPY 8974.91<br />
PF(LUX)-JPN EQ SEL-HR-EUR EUR 52.53<br />
PF(LUX)-JPN EQ SEL-R JPY 7436.77<br />
PF(LUX)-JAPANESE EQ SELECTION-R EUR 55.78<br />
PF(LUX)-JPN EQ 130/30-R JPY 4337.96<br />
PF(LUX)-JAPANESE EQUITIES 130/30-R EUR 32.54<br />
PF(LUX)-JAPANESE MID-SMALL CAP-R EUR 57.99<br />
PF(LUX)-JPN SMID CAP-R JPY 7730.96<br />
PF(LUX)-LATAM LCL CCY DBT-R USD 120.16<br />
PF(LUX)-MID EAST AND NTH AFR-HR-R EUR 28.13<br />
PF(LUX)-MID EAST AND NTH AFR-R USD 44.91<br />
PF(LUX)-PAC (EXJPN) LDX-R USD 274.98<br />
PF(LUX)-PREMIUM BRANDS-R EUR 62.6<br />
PF(LUX)-RUSSIAN EQ-R USD 66.92<br />
PF(LUX)-SECURITY-R USD 98.3<br />
PF(LUX)-SMALL CAP EU-R EUR 444.22<br />
PF(LUX)-TIMBER-R USD 109.85<br />
PF(LUX)-US EQ-R USD 98.26<br />
PF(LUX)-US EQ GWTH SEL-HR-EUR EUR 76.23<br />
PF(LUX)-US EQ GWTH SEL-R USD 100.4<br />
PF(LUX)-USA LDX-R USD 90.46<br />
PF(LUX)-USD GVT BDS-R USD 495.83<br />
PF(LUX)-USD LIQ-R USD 128.69<br />
PF(LUX)-USD SMT BDS-R USD 120.08<br />
PF(LUX)-(USD) SOV LIQ-R USD 101.32<br />
PF(LUX)-TIMBER-R EUR 76.6<br />
PF(LUX)-US EQ VALUE SEL HR-R EUR 83.91<br />
PF(LUX)-US EQ VALUE SEL-R USD 118.43<br />
PF(LUX)-WATER-R EUR 118.87<br />
PF(LUX)-WORLD GOV BONDS-R EUR 112.6<br />
Pioneer P.F. - Global Changes EUR 45.26<br />
Pioneer P.F. - Global Defensive EUR 47.89<br />
Pioneer P.F. - Global Defensive CZK 893.14<br />
Pioneer P.F. - Global Defensive USD 8.39<br />
Pioneer P.F. - Global Defensive EUR 5.83<br />
Pioneer P.F. - Global Defensive EUR 5.54<br />
Pioneer P.F. - Global Defensive EUR 6.07<br />
Pioneer P.F. - Global Defensive EUR 5.69<br />
Pioneer P.F. - Global Defensive Plus USD 6.62<br />
Pioneer P.F. - Global Defensive Plus EUR 4.6<br />
Pioneer P.F. - Global Defensive Plus EUR 4.34<br />
Pioneer P.F. - Global Defensive Plus EUR 4.732<br />
Pioneer P.F. - Global Defensive Plus EUR 4.457<br />
Pioneer P.F. - Global Dynamic CZK 766.87<br />
Pioneer P.F. - Global Dynamic EUR 44.31<br />
Pioneer P.F. - Global Dynamic EUR 4.245<br />
Pioneer P.F. - Global Dynamic EUR 4.155<br />
Pioneer P.F. - Global Progressive CZK 595.49<br />
Pioneer P.F. - Global Progressive EUR 33.45<br />
Pioneer P.F. - Global Progressive EUR 3.34<br />
Pioneer P.F. - Global Progressive EUR 3.272<br />
www.schroders.pt<br />
SISF Swiss Equity A Acc 26.53 CHF<br />
SISF Taiwanese Equity A Acc 10.54 USD<br />
SISF US Dollar Bond A Acc 17.54 USD<br />
SISF UK Equity A Acc 2.63 GBP<br />
SISF US All Cap A Acc 92.61 USD<br />
SISF US Small & Mid-Cap Eq A Acc 132.63 USD<br />
SISF US Smaller Companies A Acc 65.98 USD<br />
SISF US Large Cap A Acc 62.91 USD<br />
SISF US Dollar Liquidity A Acc 105.42 USD<br />
SISF World Def 3 Monthly A Acc 81.72 EUR<br />
SISF EURO Government Liquidity A Acc 100.24 EUR<br />
SISF Global Managed Currency A Acc 102.97 USD<br />
SISF China Opps HKD A Acc 10.19 HKD<br />
SISF Glob Mgd Ccy EUR A Acc 102.34 EUR<br />
SISF Glob Mgd Ccy GBP A Acc 106.37 GBP<br />
SISF Asian Tot Ret EUR Hdg A Acc 117.13 EUR<br />
SISF Asian Conv Bd EUR Hdg A Acc 100.73 EUR<br />
SISF Asian Bond EUR Hg A Acc 98.18 EUR<br />
SISF Em Mk Dt Abs Ret EUR Hg A Acc 28.37 EUR<br />
SISF QEP Glb Act Val EUR Hdg A Acc 73.18 EUR<br />
SISF Global Conv Bd EUR Hdg A Acc 100.03 EUR<br />
SISF Glb Clim Chge Eq EUR Hg A Acc 8.06 EUR<br />
SISF Glbl High Yld EUR Hdg A Acc 26.27 EUR<br />
SISF Glbl Propty Sec EUR Hdg A Acc 95.86 EUR<br />
SISF Global Corporate Bond EUR Hdg A Acc121.23 EUR<br />
SISF Japanese Equity EUR Hdg A Acc 58.22 EUR<br />
SISF Strategic Bond EUR Hdg A Acc 119.79 EUR<br />
Sexta-feira 8 Janeiro 2010 Diário <strong>Económico</strong> | FINANÇAS PESSOAIS XV<br />
FUNDOS DE INVESTIMENTO INTERNACIONAIS<br />
Fundo Último Divisa<br />
valor€<br />
SISF US Dollar Bond EUR Hdg A Acc 119.14 EUR<br />
SISF US Small & Mid EUR Hg A Acc 87.79 EUR<br />
SISF US Large Cap EUR Hedged A Acc 84.4 EUR<br />
SISF Glob Mgd Ccy EUR Hdg A Acc 98.26 EUR<br />
SISF BRIC (Braz Ru In Ch) EUR A Acc 143.73 EUR<br />
SISF Emerging Asia EUR A Acc 15.92 EUR<br />
SISF Emerging Markets EUR A Acc 8.72 EUR<br />
SISF QEP Glob Act Value EUR A Acc 87.53 EUR<br />
SISF Glbl Clim Chge Eqty EUR A Acc 8.28 EUR<br />
SISF Global Equity Alpha EUR A Acc 83.23 EUR<br />
SISF Glbl Emgng Mkt Opps EUR A Acc 12.43 EUR<br />
SISF Global Energy EUR A Acc 24.67 EUR<br />
SISF Global Equity Yield EUR A Acc 70.41 EUR<br />
SISF QEP Global Quality EUR A Acc 80.23 EUR<br />
SISF Greater China EUR A Acc 25.34 EUR<br />
SISF Latin American EUR A Acc 36.07 EUR<br />
SISF Middle East EUR A Acc 7.17 EUR<br />
SISF Pacific Equity EUR A Acc 6.96 EUR<br />
SISF US Sml & Mid-Cap Eq EUR A Acc 91.99 EUR<br />
SISF US Large Cap EUR A Acc 43.81 EUR<br />
SISF Asian Local Ccy Bd SGD Hg A Acc 9.98 SGD<br />
SISF Asian Bond SGD Hg A Acc 9.35 SGD<br />
SISF China Opps SGD Hg A Acc 7.54 SGD<br />
SISF Glbl Clim Chge Eqty SGD A Acc 8.32 SGD<br />
SISF Glb Div Maximsr SGD A Acc 6.85 SGD<br />
SISF Glbl Emgng Mkt Opps SGD A Acc 12.69 SGD<br />
SISF Latin American SGD A Acc 72.59 SGD<br />
SISF Middle East SGD A Acc 6.51 SGD<br />
SISF Pacific Equity SGD A Acc 9.18 SGD<br />
SISF Glbl Inf Lkd Bd USD Hdg A Acc 24.71 USD<br />
SISF EURO Corporate Bd USD Hd A Acc 110.79 USD<br />
SISF Japanese Equity Alpha USD A Acc 9.18 USD<br />
SISF Japanese Large Cap USD A Acc 8.2 USD<br />
SISF Asian Equity Yield A Dis 13.83 USD<br />
SISF Asian Local Currency Bond A Dis 96.33 USD<br />
SISF Asian Bond A Dis 7.04 USD<br />
SISF Em Europe Debt Abs Ret A Dis 14.84 EUR<br />
SISF EURO Bond A Dis 7.89 EUR<br />
SISF European Div Maxmsr A Dis 58.05 EUR<br />
SISF European Equity Alpha A Dis 35.43 EUR<br />
SISF European Large Cap A Dis 125.61 EUR<br />
SISF European Equity Yield A Dis 8.7 EUR<br />
SISF EURO Equity A Dis 18.84 EUR<br />
SISF Emer Mkts Debt Abs Ret A Dis 14.15 USD<br />
SISF Emerging Europe A Dis 18.55 EUR<br />
SISF Emerging Markets A Dis 12 USD<br />
SISF European Smaller Companies A Dis 17.22 EUR<br />
SISF EURO Short Term Bond A Dis 4.49 EUR<br />
SISF EURO Government Bond A Dis 5.88 EUR<br />
SISF European Defensive A Dis 10.01 EUR<br />
SISF EURO Dynamic Growth A Dis 2.81 EUR<br />
SISF QEP Global Act Value A Dis 110.83 USD<br />
SISF Global Div Maximiser A Dis 5.67 USD<br />
SISF Global Equity A Dis 13.6 USD<br />
SISF Global Equity Yield A Dis 88.32 USD<br />
SISF Glbl High Yld A Dis 19.69 USD<br />
SISF Global Bond A Dis 7.49 USD<br />
SISF Global Smaller Cos A Dis 105.61 USD<br />
SISF Global Corporate Bond A Dis 5.46 USD<br />
SISF Hong Kong Dollar Bond A Dis 15.07 HKD<br />
SISF Italian Equity A Dis 20.84 EUR<br />
SISF Japanese Equity A Dis 561.34 JPY<br />
STS Consvtve Ptf EURO Sch MM A1 Acc 104.35 EUR<br />
SAS Agriculture Fund EUR Hdg A Acc 104.94 EUR<br />
SAS Commodity Fund GBP Hdg C Dis 111.62 GBP<br />
Fundo Divisa Valor<br />
SKANDIA GREATER CHINA EQUITY FUND USD 31.1801<br />
SKANDIA GREATER CHINA EQUITY FUND USD 16.0038<br />
SKANDIA GLOBAL BOND FUND EUR 11.7805<br />
SKANDIA GLOBAL BOND FUND USD 10.4416<br />
SKANDIA GLOBAL BOND FUND USD 14.7765<br />
SKANDIA GLOBAL EQUITY FUND USD 14.1979<br />
SKANDIA GLOBAL EQUITY FUND USD 13.5707<br />
SKANDIA US LARGE CAP GROWTH FUND USD 11.3423<br />
SKANDIA US LARGE CAP GROWTH FUND USD 10.6944<br />
SKANDIA PACIFIC EQUITY FUND USD 29.8196<br />
SKANDIA PACIFIC EQUITY FUND USD 28.6446<br />
SKANDIA EUROPEAN EQUITY FUND USD 14.4462<br />
SKANDIA EUROPEAN EQUITY FUND USD 13.7981<br />
SKANDIA JAPANESE EQUITY FUND EUR 10.8783<br />
SKANDIA JAPANESE EQUITY FUND USD 9.6793<br />
SKANDIA JAPANESE EQUITY FUND USD 9.3747<br />
SKANDIA SWEDISH EQUITY FUND SEK 12.0725<br />
SKANDIA SWEDISH BOND FUND SEK 15.1746<br />
SKANDIA EUROPEAN OPPORTUNITIES FUND USD 15.1977<br />
SKANDIA EUROPEAN OPPORTUNITIES FUND USD 12.7879<br />
Fundo Último Divisa<br />
valor€<br />
SKANDIA US ALL CAP VALUE FUND EUR 9.3906<br />
SKANDIA US ALL CAP VALUE FUND USD 10.46<br />
SKANDIA US VALUE FUND USD 9.7217<br />
SKANDIA US VALUE FUND EUR 7.1407<br />
SKANDIA US CAPITAL GROWTH FUND EUR 7.7368<br />
SKANDIA US CAPITAL GROWTH FUND USD 10.493<br />
SKANDIA TOTAL RETURN USD BOND FUND USD 10.8043<br />
SKANDIA TOTAL RETURN USD BOND FUND USD 13.6939<br />
SKANDIA TOTAL RETURN USD BOND FUND USD 10.3929<br />
SKANDIA USD RESERVE FUND USD 1.1111<br />
SKANDIA EMERGING MARKET DEBT FUND USD 10.0099<br />
SKANDIA EMERGING MARKET DEBT FUND GBP 10.4716<br />
SKANDIA EMERGING MARKET DEBT FUND EUR 11.4811<br />
SKANDIA EMERGING MARKET DEBT FUND USD 11.5412<br />
SKANDIA EMERGING MARKET DEBT FUND USD 14.6635<br />
SKANDIA EMERGING MARKET DEBT FUND USD 9.4078<br />
SKANDIA EMERGING MARKET DEBT FUND USD 12.0594<br />
SKANDIA HEALTHCARE FUND USD 9.3427<br />
SKANDIA HEALTHCARE FUND USD 8.9122<br />
www.sgam.com<br />
distribution@sggestion.fr<br />
A company of Amundi Group<br />
SGAM Fund - EQUITIES / CHINA EUR 17.06<br />
SGAM Fund - EQUITIES JAPAN SMALL CAP JPY 1065.62<br />
SGAM Fund - BONDS / WORLD SGD 58.77<br />
SGAM Fund - EQUITIES / LATIN AMERICA EUR 83.96<br />
SGAM Fund - MONEY MARKET / USD EUR 11.00<br />
SGAM Fund - EQUITIES / EUROLAND FINANCIAL USD 16.80<br />
SGAM Fund - BONDS / EUROPE HIGH YIELD USD 30.31<br />
SGAM Fund - EQUITIES / GLOBAL ENERGY EUR 13.08<br />
SGAM Fund - EQUITIES US CONCENTRATED COREEUR 15.93<br />
SGAM Fund - EQUITIES / EUROPE OPPORTUNITIESUSD 155.48<br />
SGAM Fund - EQUITIES / GLOBAL RESOURCES EUR 80.07<br />
SGAM Fund - MONEY MARKET / EURO USD 39.42<br />
SGAM Fund - EQUITIES / GOLD MINES EUR 22.48<br />
SGAM Fund - EQUITIES / EUROLAND CYCLICALS USD 26.09<br />
SGAM Fund - ABSOLUTE RETURN FOREX USD 154.54<br />
SGAM Fund - EQUITIES / EUROLAND USD 15.86<br />
SGAM Fund - EQUITIES / CONCENTRATED EUROPEUSD 39.55<br />
SGAM Fund - EQUITIES / ASIA<br />
PAC DUAL STRATEGIES EUR 7.42<br />
SGAM Fund - EQUITIES / JAPAN CONCENTRATEDUSD 73.04<br />
SGAM Fund - EQUITIES JAPAN SMALL CAP USD 11.47<br />
SGAM Fund - EQUITIES / JAPAN TARGET USD 17.92<br />
SGAM Fund - EQUITIES / JAPAN COREALPHA USD 81.24<br />
SGAM Fund - EQUITIES / JAPAN COREALPHA JPY 7545.22<br />
SGAM Fund-EQUITIES GLOBAL<br />
ENVIRONMENT OPPORTUNITIE EUR 45.29<br />
SGAM Fund - EQUITIES EUROPE EXPANSION USD 104.61<br />
SGAM Fund - EQUITIES US MULTI STRATEGIES EUR 15.15<br />
SGAM Fund - EQUITIES / EMERGING EUROPE USD 35.35<br />
SGAM Fund - BONDS EURO CORPORATE USD 33.41<br />
SGAM Fund - EQUITIES /US FOCUSED EUR 11.34<br />
SGAM Fund - EQUITIES US MID CAP GROWTH EUR 1154.91<br />
SGAM Fund - EQUITIES / US SMALL CAP VALUE EUR 11.42<br />
SGAM Fund - INDEX US EUR 74.05<br />
SGAM Fund - BONDS / CONVERGING EUROPE USD 42.96<br />
SGAM Fund - BONDS / EURO EUR 41.12<br />
SGAM Fund - EQUITIES<br />
CONCENTRATED EUROLAND USD 136.05<br />
SGAM Fund - EQUITIES / EUROLAND SMALL CAPUSD 211.83<br />
SGAM Fund - EQUITIES / EUROLAND VALUE USD 158.07<br />
SGAM Fund - BONDS/ OPPORTUNITIES USD 151.33<br />
SGAM Fund - BONDS / EUROPE EUR 39.06<br />
SGAM Fund - EQUITIES / US LARGE CAP GROWTHEUR 10.84<br />
SGAM Fund - EQUITIES US MID CAP GROWTH EUR 21.31<br />
SGAM Fund - BONDS US OPPORTUNISTIC CORE +USD 36.89<br />
SGAM Fund - BONDS / WORLD USD 42.12<br />
SGAM Fund - EQUITIES / GLOBAL EUR 19.74<br />
SGAM Fund - EQUITIES / GLOBAL<br />
EMERGING COUNTRIES EUR 6.97<br />
SGAM Fund - EQUITIES / EUROPE OPPORTUNITIESEUR 108.07<br />
SGAM Fund - EQUITIES / INDIA EUR 94.00<br />
SGAM Fund - EQUITIES / LATIN AMERICA EUR 83.96<br />
SGAM Fund - EQUITIES / EUROLAND CYCLICALS USD 1663.67<br />
SGAM Fund - BONDS / EURO INFLATION LINKED EUR 114.53<br />
A informação nos fundos WestLB Mellon<br />
Compass Funds é indicada sob<br />
“BNY Mellon Asset Management<br />
Fonte: Euronext Lisboa / Clientes<br />
Nota 1: Segundo a fiscalidade portuguesa, os fundos de investimento<br />
mobiliário nacionais são tributados na fonte. Por essa razão,<br />
as rentabilidades apresentadas são líquidas de impostos para<br />
participantes singulares. Inversamente, os fundos estrangeiros comercializados<br />
em Portugal não estão sujeitos à retenção na fonte,<br />
e portanto as rentabilidades apresentadas são brutas. Nestes fundos,<br />
é da responsabilidade dos participantes declarar à autoridade<br />
fiscal os rendimentos obtidos, que serão assim englobados na<br />
sua declaração de rendimentos.<br />
Nota 2: Os fundos internacionais estão ordenados por ordem alfabética,<br />
sem identificar se se trata de fundos de acções, obrigações<br />
ou outros.
finanças pessoais Propriedade<br />
OUTROS MERCADOS<br />
Câmbios e taxas de juro<br />
Dólar em alta com dados<br />
económicos fracos na Europa<br />
Ontem a moeda americana<br />
negociava em alta face ao<br />
euro, beneficiada pelo facto<br />
de terem sido divulgados<br />
dados económicos, mais<br />
fracos do que o esperado, na<br />
Alemanha e nos restantes<br />
países da Zona Euro. Contas<br />
feitas, à hora de fecho da<br />
edição, o euro caía 0,68%<br />
para os 1.4312 dólares. Ao<br />
mesmo tempo, o dólar também<br />
conseguiu fortalecerse<br />
perante o iene, em consequência<br />
das declarações do<br />
novo ministro das finanças<br />
japonês, ao afirmar que gostariadeveroieneaperder<br />
mais valor. Na sessão de ontem<br />
o dólar bateu o valor<br />
mais elevado face à moeda<br />
japonesa em quatro meses. ■<br />
LIBOR<br />
Prazo USD EUR GBP JPY CHF<br />
Overnight 0.175 0.27625 0.50875 0.11375 0.055<br />
1 semana 0.20813 0.3275 0.51063 0.13125 0.06333<br />
2 semanas 0.2225 0.3475 0.515 0.14281 0.075<br />
1 mês 0.23219 0.41375 0.515 0.15875 0.10667<br />
2 meses 0.24219 0.51375 0.5425 0.20125 0.17833<br />
3 meses 0.25 0.65 0.61188 0.26875 0.25167<br />
4 meses 0.28625 0.75813 0.69 0.35875 0.27667<br />
5 meses 0.34313 0.85625 0.76563 0.41625 0.3075<br />
6 meses 0.42563 0.9675 0.84313 0.475 0.33833<br />
7 meses 0.50375 1.01375 0.91375 0.525 0.39167<br />
8 meses 0.6075 1.06188 0.98625 0.565 0.44667<br />
9 meses 0.695 1.1075 1.055 0.60875 0.495<br />
10 meses 0.78 1.14375 1.12125 0.635 0.545<br />
11 meses 0.87 1.18563 1.1875 0.665 0.58833<br />
1 ano 0.96031 1.22125 1.25875 0.69375 0.63667<br />
Rentabilidades Internacionais<br />
Euribor 3 meses<br />
Últimas 30 sessões<br />
Euribor 6 meses<br />
Últimas 30 sessões<br />
Matérias-primas<br />
Brent* (USD/Barril) Londres<br />
Últimas 6 sessões 81.89<br />
Petrolíferas Londres<br />
BRENT Máx. Min. Fecho<br />
FEB0 82.05 81.05 81.89<br />
MAR0 82.58 81.58 82.49<br />
APR0 83.15 82.22 83.17<br />
MAY0<br />
JUN0<br />
83.74<br />
84.31<br />
82.81<br />
83.35<br />
83.8<br />
84.37<br />
JUL0 84.7 83.86 84.9<br />
AUG0 85.2 84.66 85.42<br />
GASOLEO Máx. Min. Fecho<br />
MAY2 0 0 91.32<br />
JUN2<br />
JUL2<br />
0<br />
0<br />
0<br />
0<br />
91.46<br />
91.6<br />
AUG2 0 0 91.75<br />
SEP2 0 0 91.89<br />
OCT2 0 0 92.03<br />
Petrolíferas Nova Iorque<br />
CRUDE Máx. Min. Fecho<br />
JAN7 63.00 61.70 61.55<br />
FEB7 64.20 62.95 62.77<br />
MAR7 65.05 63.84 63.71<br />
APR7 65.72 64.59 64.45<br />
MAY7<br />
JUN7<br />
66.35<br />
66.55<br />
65.98<br />
65.81<br />
65.06<br />
65.56<br />
JUL7 0.00 0.00 66.00<br />
GASOLEO Máx. Min. Fecho<br />
JUN0 0 0 65.99<br />
JUL0 0 0 65.87<br />
AUG0 0 0 65.75<br />
SEP0<br />
OCT0<br />
NOV0<br />
0<br />
0<br />
0<br />
0<br />
0<br />
0<br />
65.63<br />
65.51<br />
65.39 1180<br />
DEC0 65.9 65.6 65.26<br />
JAN1 0 0 65.15 1160<br />
Metais não ferrosos<br />
Base metal laminados 06/01/10<br />
1140<br />
07/01/10<br />
Cobre<br />
Latão 63/37<br />
6,476<br />
5,088<br />
6,488<br />
1120<br />
5,101<br />
Latão 67/33<br />
Latão 70/30<br />
5,238<br />
5,350<br />
5,251<br />
5,364 1100<br />
Latão 85/15 5,913 5,926<br />
Bronze 6,961 6,981<br />
1080<br />
Euribor 12 meses<br />
0,692<br />
0.989<br />
Últimas 30 sessões<br />
1,243<br />
EURIBOR<br />
EUA Japão R. Unido Alemanha França Itália<br />
O/N 5.23 0.45 5.17 -- -- --<br />
3 Meses 5.05 0.56 5.49 -- 3.81 --<br />
1 Ano -- 0.67 5.59 4.08 4.04 --<br />
2 Anos 4.59 0.83 5.46 4.04 4.06 4.1<br />
5 Anos 4.54 1.21 5.24 4.05 4.07 4.14<br />
10 Anos 4.65 1.66 4.97 4.08 4.13 4.3<br />
30 Anos 4.84 2.36 4.43 4.26 4.31 4.61<br />
Tx. desconto 6.25 0.75 .... .... .... ....<br />
Prime-rates 8.25 2.2 5.25 .... .... 7.125<br />
Prazo Última Anterior<br />
1 Semana 0,365 0,367<br />
1 Mês 0,448 0,45<br />
2 Meses 0,548 0,55<br />
3 Meses 0,692 0,694<br />
4 Meses 0,789 0,79<br />
5 Meses 0,881 0,884<br />
6 Meses 0,989 0,992<br />
7 Meses 1,028 1,031<br />
8 Meses 1,072 1,076<br />
9 Meses 1,121 1,126<br />
10 Meses 1,162 1,166<br />
11 Meses 1,202 1,205<br />
12 Meses 1,243 1,246<br />
Metais Londres<br />
Fixing Fixing Fecho<br />
manhã Tarde<br />
OURO 1130.25 1130.75 1130<br />
PRATA 1809 1789 1789<br />
PLATINA 1548 1542 1556<br />
PALADIO 426 423 422<br />
Metais LME Por Tonelada<br />
BID ASK<br />
COBRE 7587.0 87.5<br />
ALUMINIO 2302.0 03.0<br />
ZINCO 2617.5 18.0<br />
NIQUEL 18950 18955<br />
CHUMBO 17450/ 7500<br />
ESTANHO 1990.0 00.0<br />
ALUM. ALLOY 2125.0 30.0<br />
Oleaginosas Roterdão<br />
Produto Entrega Ontem Véspera<br />
SOJA<br />
contrato venda venda<br />
Mar10 435.4 444.7<br />
Apr10 427.8 437.7<br />
COLZA<br />
Jun10 425.8 436.5<br />
Feb10/Apr10 660 655<br />
May10/Jul10 665 668<br />
GIRASSOL<br />
Aug10/Oct10 670 675<br />
Jan10 990 1015<br />
Feb10/Mar10 995 1040<br />
COCO<br />
Apr10/Jun10 1010 1050<br />
MAR10 2307 0<br />
JUL10 2325 0<br />
PALMA BRUTA<br />
SEP10 2399 0<br />
Jan10 805 827.5<br />
Feb10 815 837.5<br />
Mar10 822.5 842.5<br />
Ouro* (USD/Onça) Londres<br />
Últimas 6 sessões 1130<br />
Euro dólar<br />
Últimas 30 sessões<br />
Taxas do euro<br />
1.4318<br />
Taxas irrevog. Taxas bilat.<br />
Moeda do euro indic. esc.<br />
Franco belga 40.3399 4.96982<br />
Marco alemão 1.95583 102.505<br />
Peseta 166.386 1.20492<br />
Franco francês 6.55957 30.5633<br />
Libra irlandesa 0.787564 254.560<br />
Lira italiana 1936.27 0.10354<br />
Franco luxemburguês 40.3399 4.96982<br />
Florim 2.20371 90.9748<br />
Xelim austríaco 13.7603 14.5696<br />
Escudo 200.482 –<br />
Markka finlandesa 5.94573 33.7187<br />
Dracma 340.750 0.588355<br />
Câmbios<br />
X por Cross<br />
Moeda 1 euro dólar<br />
Dólar dos EUA 1.4304 ---<br />
Dólar australiano 1.5611 1.091373043<br />
Lev da Bulgária 1.9558 1.367309843<br />
Dólar canadiano 1.4789 1.0339066<br />
Franco suíço 1.4832 1.036912752<br />
Coroa checa 26.37 18.43540268<br />
Coroa dinamarquesa 7.4411 5.202111298<br />
Coroa da Estónia 15.6466 10.93861857<br />
Libra esterlina 0.8996 0.628914989<br />
Dólar de Hong-Kong 11.093 7.755173378<br />
Forint da Hungria 270.3 188.9681208<br />
Coroa da Islândia 290 202.7404922<br />
Iene do Japão 133.5 93.33053691<br />
Won da Coreia do Sul 1623.5 1134.997204<br />
Litas da Lituânia 3.4528 2.413870246<br />
Lats da Letónia 0.7093 0.49587528<br />
Coroa norueguesa 8.198 5.731263982<br />
Dólar da N. Zelândia 1.9536 1.365771812<br />
Zloty da Polónia 4.1225 2.882060962<br />
Coroa sueca 10.212 7.139261745<br />
Dólar de Singapura 1.9993 1.397720917<br />
Coroa da Eslováquia 30.126 21.06124161<br />
Lira turca 2.1093 1.474622483<br />
Rand da África do Sul 10.5883 7.402335011<br />
Real brasileiro 2.4969 1.745595638<br />
Nota: Taxas de câmbio de referência do Banco<br />
Central Europeu, de cerca das 12:30 horas<br />
OT/Benchmark/MEDIP<br />
Prazo Cupão Maturidade Fecho Yield<br />
1 Ano 3.25 39644 99.002 4.045<br />
2 Anos 3.95 40009 99.922 3.979<br />
4 Anos 3.2 40648 97.007 4.015<br />
5 Anos 5 41075 104.46 4.031<br />
6 Anos 5.45 41540 107.96 4.027<br />
7 Anos 4.375 41806 101.88 4.067<br />
8 Anos 3.35 42292 94.67 4.099<br />
9 Anos 4.2 42658 100.255 4.161<br />
Agrícolas Londres<br />
CACAU Máx. Min. Fecho<br />
MAR0 2290 2249 2284<br />
MAY0 2298 2260 2290<br />
JUL0 2274 2235 2268<br />
SEP0 2229 2215 2234<br />
DEC0 2194 2183 2197<br />
MAR1 0 0 2162<br />
MAY1 0 0 2142<br />
AÇUCAR Máx. Min. Fecho<br />
MAR0 748 728 731.4<br />
MAY0 731.2 713.9 714.7<br />
AUG0 670.8 659 656<br />
OCT0 608.9 598 599.3<br />
DEC0 570 563 569.3<br />
MAR1 542.1 535.4 546.2<br />
MAY1 527.1 519.4 532.7<br />
Agrícolas Chicago<br />
MILHO Máx. Min. Fecho<br />
MAR0 424 414.5 421.75<br />
MAY0 434 425 432<br />
JUL0 442.5 434 440.75<br />
SEP0 445.5 439 444.75<br />
DEC0 449.25 442.5 448.75<br />
MAR1 459 452 458.25<br />
MAY1 465.25 460 464.25<br />
TRIGO Máx. Min. Fecho<br />
MAR0 568 556 567.25<br />
MAY0 580.25 568.25 579.75<br />
JUL0 590 578.25 589.5<br />
SEP0 602.75 593 602.75<br />
DEC0 624 614 625<br />
MAR1 640 638 645.75<br />
MAY1 647.75 646.25 653.25<br />
SOJA Máx. Min. Fecho<br />
JAN0 1052 1020 1050.5<br />
MAR0 1063 1027.25 1059<br />
MAY0 1067 1032 1063<br />
JUL0 1071 1036.75 1066.7<br />
Agrícolas Nova Iorque<br />
ALGODÃO Máx. Min. Fecho<br />
MAY0 94 51.38 74.73<br />
JUL0 100 51.72 75.25<br />
OCT0 91.75 64.73 74.77<br />
DEC0 100.5 53.87 74.86<br />
MAR1 94.5 61.89 76.24<br />
MAY1 78.02 68.05 76.87<br />
JUL1 80 73.5 77.5<br />
S.T. & S. F., Sociedade de Publicações Lda, Registo Comercial de Lisboa n.º 02958911033.<br />
Registo Diário <strong>Económico</strong> nº 112 371 Administração Rua Vítor Cordon, n.º 19, 1º, 1200 - 482 Lisboa Telefones 213 236 700<br />
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Marcos, 27B São Marcos 2735-521 Agualva - Cacém Distribuição Logista Portugal, Distribuição<br />
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mobiliário juro % cot. últ. cot. negoc. ant.<br />
OT-MAIO 5.85%10 5.85 20 MAY 2010 0 20 NOV 2009 0 105.8 0<br />
OT-JUN 5 1/7%11 5.15 15 JUN 2011 0 10 OCT 2008 0 104.48 0<br />
OT-SET 5 4/9%13 5.45 23 SEP 2013 0 31 DEC 2009 0 107.15 0<br />
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Título Taxa juro Montante Preço fecho Data cot. Cotação<br />
neg.(milh.) % v. nomin. anterior anterior<br />
CMOEIRAS93 4,375 41 99,11 2003-02-25 99,00<br />
CMSINTRA97 3,375 0<br />
CP-T.VR.95 2,795 0 2003-03-05 99,40<br />
EXPO9897.2 3,146 0 2001-07-12 99,90<br />
G.R.M...94 2,6875 0 2003-02-14 99,50<br />
GRA..1A.92 3,5625 0 2003-02-21 99,90<br />
GRA..1A.93 4,15 0 2002-11-06 100,00<br />
LISBOA.99 2,708 0<br />
LISNA.91-A 2,875 0 2003-03-06 97,00<br />
LISNA.91-B 2,875 0 2003-03-06 97,00<br />
LISNAVE.92 2,844 0 2003-03-07 96,92<br />
P.EXPO9897 2,739 0 2002-12-04 100,00<br />
RAA.96 3,0 0 2001-02-09 100,17<br />
RAM..96/06 2,656 0 1996-11-04 100,60<br />
RAM.01/16 3,381 0 2002-09-17 100,20<br />
RAM.1.S.97 2,713 0 1997-12-31 100,00<br />
RAM.2E 96 2,748 0 1997-12-31 100,00<br />
RAM.98 2,755 0 1999-06-30 100,00<br />
RAM.99 2,913 0<br />
SINTRA2S97 3,375 0<br />
Eurolist/Obrigações Diversas<br />
Título Taxa juro Montante Preço fecho Data cot. Cotação<br />
neg.(milh.) % v. nomin. anterior anterior<br />
BCPIEM0405 2,0 110 98,65 2003-03-07 98,59<br />
J.MART.W96 2,40625 72 97,76 2003-03-07 96,32<br />
CONTIN..95 3,5625 65 99,89 2003-03-06 99,91<br />
BCPICG1005 0,0 57 91,95 2003-02-26 91,68<br />
BCPA TEL00 0,0 49 93,72 2003-03-07 93,65<br />
BCPI7%1003 7,0 45 100,56 2003-02-21 100,80<br />
BCPICG33PL 0,0 37 93,56 2003-03-07 93,49<br />
BCPI IDJ04 6,25 25 103,47 2003-03-07 103,44<br />
BCPA TM 00 0,0 25 92,00 2003-03-07 91,92<br />
BPICSSEU00 0,0 19 98,86 2003-02-28 98,81<br />
BCPI IM 05 0,0 16 95,92 2003-02-27 96,08<br />
BPI CM1E00 0,0 15 95,40 2003-03-07 95,34<br />
BPI.CAZE01 0,0 15 100,95 2003-03-07 100,81<br />
BCPIEGLB01 0,0 13 93,50 2003-02-28 93,20<br />
BPI.CS2.01 0,0 13 100,74 2003-03-06 100,42<br />
BCPIAP0703 7,25 11 99,50 2003-03-07 99,47<br />
BCPIEUR.01 0,0 11 101,11 2003-03-07 101,07<br />
TOTMUND02 0,0 10 94,41 2003-03-07 94,35<br />
BPI.CSZE00 0,0 10 107,27 2003-03-07 107,27<br />
BPI.OBCS01 3,65 9 100,01 2003-03-06 100,00<br />
BPI CM4E00 0,0 6 95,01 2003-03-07 94,94<br />
CGDVERAC00 0,0 5 98,40 2003-03-05 98,40<br />
BPI.CSQ01 0,0 5 102,73 2003-03-07 102,66<br />
BCPIAP0803 7,25 5 99,91 2003-03-06 100,01<br />
BPI.CSRM02 0,0 5 100,02 2003-03-06 100,01<br />
BCPAISTX00 0,0 5 94,88 2003-03-03 94,69<br />
BCPA CGI99 0,0 5 94,21 2003-03-07 94,21<br />
BCPIAP0804 0,0 5 94,81 2003-03-07 94,76<br />
BCPIAP0704 0,0 3 94,99 2003-03-06 94,97<br />
SCP.RF0205 6,45 3 92,00 2003-03-06 92,00<br />
BSPPNI9M00 3,0 3 98,91 2003-02-28 98,81<br />
BCPA MED00 0,0 2 91,79 2003-02-27 91,54<br />
BPI.CSIM01 0,0 2 92,25 2003-03-07 92,12<br />
BPICSZE200 0,0 2 92,20 2003-03-07 91,10<br />
BCPIAP09037 7,25 1 100,28 2003-03-06 100,29<br />
BCPIAP0904 0,0 1 94,22 2003-03-06 94,24<br />
INPAR.9804 3,138 1 95,02 2003-03-06 95,50<br />
BPI CM3E00 0,0 1 95,18 2003-03-06 95,02<br />
BPIRF30003 4,0 1 99,78 2003-02-25 99,83<br />
CPPEUR.+01 0,0 1 102,50 2003-03-07 102,48<br />
ENG.WARR98 1,555 0 95,00 2003-02-26 92,75<br />
BCPI IDJ05 0,0 0 92,41 2003-03-07 92,38<br />
BSPBEURP01 0,0 0 102,81 2003-02-21 102,66<br />
PUB<br />
Eurolist Unidades de Participação<br />
Título Quant. Fecho Fecho<br />
transac. E Esc.<br />
EUROSUL 0 0<br />
M.ACC.EURO 0 0<br />
N.ECONOMIA 51 46,15 9252<br />
REDES C.98 100 49,01 9826<br />
SAUDELAZER 678 48,01 9625<br />
VALFUT2005 488 46,41 9304<br />
Eurolist - Titulos de Participação<br />
Título Taxa juro Montante Preço fecho Data cot. Cotação<br />
neg.(milh.) % v. nomin. anterior anterior<br />
B.MELLO.87 3,652 0 2003-03-07 95,00<br />
BFN.....87 3,564 0 2003-03-07 100,00<br />
BFN.2...87 2,958 0 2003-03-06 100,00<br />
BTA ....87 2,42559 0 2003-02-14 61,52<br />
CPP.....88 2,56908 0 2003-02-10 53,41<br />
CPP.....89 2,92688 0 58,51 2003-02-28 60,00<br />
PETROGAL93 3,9 0 2002-03-15 101,25<br />
Mercado s/ Cotações<br />
Título Data Últim. Var. Var % Quant. Máx. Mín. Comp.<br />
cot. ant. transac. ano ano anual<br />
Norvalor 27 OCT 2009 0 0 0 0 1.26 0.54<br />
Oliveira e Irmão 19 JUN 2001 0 0 0 0 0 0<br />
R.P. Centro Sul 07 DEC 2009 0 0 0 0 3.5 3.5<br />
Sopragol 16 AUG 2006 0 0 0 0 2.3 2.3<br />
Transinsular 18 AUG 2009 0 0 0 0 15.5 15.5<br />
Eurolist/Obrigações Diversas<br />
Título Taxa juro Montante Preço fecho Data cot. Cotação<br />
neg.(milh.) % v. nomin. anterior anterior<br />
SAL.CAE.99 3,233 69 97,41 2002-12-06 99,90<br />
BPI.CSP.99 0,0 47 97,25 2003-03-07 97,22<br />
BPSM-2E.95 3,5625 33 99,87 2003-03-06 99,87<br />
BFBCSFR.98 0,0 12 102,60 2003-03-07 102,60<br />
BSMTOP97.1 3,418 5 78,20 2003-03-07 78,20<br />
CISF.PSI99 0,0 4 95,59 2003-03-05 95,56<br />
BPIEURO04 0,0 3 96,68 2003-03-03 96,55<br />
BPICSBRA99 0,0 3 111,20 2003-02-28 110,35<br />
BPI-MULTI. 0,0 1 97,95 2003-03-07 97,90<br />
CIN...9904 3,444 0<br />
ADP.98.05 3,101 0 2003-03-05 100,00<br />
BPA.SUB.96 3,0625 0<br />
BTA.TOPS97 3,418 0 2003-02-17 80,00<br />
M.LEA.1E98 3,25 0<br />
M.LEA.2E98 3,125 0<br />
DBLEASIN94 3,0625 0 2003-02-27 99,00<br />
BCP.SUB.95 3,5 0 2003-02-27 98,50<br />
CR.1E.1S98 3,6875 0 2000-02-14 100,00<br />
V.ALEGRE05 3,291 0<br />
CCCAM...96 3,2738 0 2003-02-28 99,00<br />
B.MELLO95S 3,3125 0 2002-09-13 99,10<br />
BNC.SUB.97 3,5 0 2002-09-16 97,00<br />
BNCTXVAR99 3,343 0 2003-01-28 100,00<br />
FINANTIA95 3,1875 0 2002-11-18 98,50<br />
CHE.RM1.98 0,0 0 2002-11-12 100,62<br />
CHE.CG1.98 0,0 0 2000-03-24 103,80<br />
TECN.J/SUP 9,75 0 1996-02-27 100,00<br />
M.COMPA.98 3,337 0<br />
SODIM-TV97 3,5 0 2001-08-17 100,00<br />
GDL.TX.V98 2,731 0 2001-04-10 99,97<br />
SACOR M.97 3,125 0 2003-02-10 98,79<br />
CPP.TOPS97 3,418 0 2003-01-22 75,00<br />
IMO.98-1.E 2,9192 0 2001-01-11 99,90<br />
IMO.98-2.E 3,311 0 2002-01-25 97,02<br />
SECI/CMP95 2,75 0 2003-03-06 99,85<br />
BNU.SUB.98 3,375 0 2003-02-25 93,90<br />
HELLER981E 2,75 0<br />
BNU.1.E.9 0,0 0<br />
BSPE.EQU99 0,0 0 2003-03-07 101,37<br />
BSP.E.FU99 3,752 0 2003-02-28 82,78<br />
BII-1.S.95 2,875 0 2000-05-02 100,00<br />
CMP/97 2,932 0 1998-07-16 99,50<br />
CHE.CG2.98 0,0 0 2001-05-31 101,25<br />
MOT.COMP04 3,487 0<br />
BNUCXSUB97 3,3125 0 2002-12-31 97,61<br />
SONAEIM/98 3,049 0 2002-02-25 98,50<br />
BES.SUB.98 3,494 0 2001-11-16 99,58<br />
BFB-SUB.97 2,9375 0 2000-06-29 100,00<br />
BPI-O.C.94 3,909 0 2002-12-18 100,00<br />
BPI-C.Z.95 0,0 0<br />
BPI-C.Z.96 0,0 0<br />
BPI.PERP96 3,683 0 2003-01-07 99,00<br />
BPI.SUB.96 3,1875 0 2003-02-17 99,10<br />
BPIRF.5.00 4,4 0 2001-10-26 101,16<br />
MUNDICEN97 3,5625 0 2002-02-11 99,90<br />
BPIZEURO07 0,0 0 2003-03-05 101,09<br />
SOMAGUE/97 3,75 0 2003-03-06 100,00<br />
SOMA.WA.98 2,591 0 2003-01-15 67,25<br />
GAS POR.97 3,0 0 2001-11-12 99,60<br />
Jim Collins e Jerry Porras<br />
DE EXCELENTE A<br />
LÍDER<br />
Disponível em www.ECONOMICO.pt
economia<br />
ado em potência que as empresas ainda não aproveitam.<br />
subir até aos 19,5 biliões nos próximos<br />
cinco anos”. “Como mercado,<br />
as mulheres representam<br />
uma oportunidade superior à<br />
China e Índia juntas”. Segundo<br />
estimativas o PIB chinês deverá<br />
chegar aos 4,6 biliões de euros<br />
em2014eoIndianoaos1.2biliões.<br />
O rendimento das mulheres<br />
deverá atingir os 12,5 biliões de<br />
euros. Mais do dobro. Ou<br />
seja, como diz o BCG, “as<br />
mulheres representam a<br />
maior oportunidade de<br />
mercadodomundo”.<br />
Oportunidade Perdida?<br />
Para Silverstein e Sayre, da<br />
BCG, as empresas estão a fazer<br />
“um trabalho pobre” a<br />
aproveitar a oportunidade. Ainda<br />
não foram capazes de mudar o<br />
foco dos seus negócios para<br />
“prestação de serviços às mulheres”.<br />
Continuam focadas nos homens,<br />
dizem. Com base num inquérito<br />
a 12 mil mulheres, em 21<br />
países, de 40 locais diferentes e<br />
com diferentes níveis de rendimento<br />
e estilo de vida, os consultores<br />
da BCG concluíram que as<br />
mulheres não se sentem “servidas”.<br />
Ainda parecem sentir-se<br />
desvalorizadas no mercado e subestimadas<br />
no trabalho, dizem os<br />
consultores, acrescentando que<br />
“elas têm demasiadas solicitações<br />
e estão constantemente a<br />
gerir prioridades conflituantes:<br />
trabalho, casa e família.”<br />
Esta é uma questão importante,<br />
quando se fala de mulheres e<br />
economia. Para Rosália Amorim,<br />
autora do livro ‘O Homem<br />
certo para Gerir uma<br />
Empresa é uma<br />
Mulher’, a preparaçãopsico-<br />
Grande<br />
Reportagem<br />
lógica de uma<br />
mulher para<br />
não se autopenalizar<br />
por<br />
não estar com a<br />
família enquanto<br />
trabalha, é fundamental<br />
para o seu sucesso.<br />
Embora haja alguns progressostaiscomo“comprasonline<br />
ou locais para deixar as crianças<br />
nas grandes superfícies”, como<br />
aponta Rosalina Machado, o facto<br />
é que ainda existe um longo caminho<br />
para percorrer na satisfação<br />
das necessidades das mulheres,<br />
que muitas vezes tem que<br />
optar entre “carreira ou família”.<br />
E quando querem ambas nem<br />
sempre encontram bens e serviços<br />
que vivam “para o ritmo alucinantedoseudiaadia”.■<br />
Paula Nunes<br />
Fomosàscompras<br />
com Leonor Beleza,<br />
a presidente da Fundação<br />
Champalimaud<br />
e a segunda mulher<br />
asernomeadaparaum<br />
cargo Ministerial:<br />
foi ministra da Saúde<br />
de Cavaco Silva.<br />
Com uma vida<br />
profissional muito<br />
ocupada, o que a força<br />
a gerir a sua vida pessoal<br />
ao segundo,<br />
Leonor Beleza vive<br />
também o dilema comum<br />
no feminino de ‘família<br />
vs carreira.<br />
No que diz respeito<br />
ao consumo, Leonor<br />
Beleza até não é um<br />
bom exemplo: acaba<br />
por dividir as idas às<br />
compras com o marido.<br />
Casada, mãe e já avó,<br />
esta mulher continua<br />
a ter como grande causa<br />
da sua vida a defesa<br />
dos Direitos da Mulher.<br />
Apesar dos progressos.<br />
Negócios que têm<br />
a ganhar com elas<br />
Há seis indústrias que são “as de<br />
maior potencial para tirar proveito<br />
deste mercado, segundo o Boston<br />
Consulting Group. “Negócios onde<br />
as mulheres podem gastar mais: comida,<br />
ginástica, beleza e vestuário.<br />
Negócios onde as mulheres estão<br />
descontentes: serviços de saúde e<br />
serviços financeiros”. “As prioridades<br />
de compras das mulheres são diferentes<br />
das dos homens; e a mulheres<br />
estão mais focadas em adquirir<br />
bens e serviços que lhes aumentem<br />
a saúde, a educação e o bem-estar”,<br />
resume Sandra Lawson, autora<br />
do estudo “ Power of The Purse”<br />
com assinatura da Goldman Sachs.<br />
Na medida em que as mulheres estão<br />
a ganhar poder económico, político<br />
e social vamos assistir a uma<br />
mudança de gastos. “Na maior parte<br />
do mundo este fenómeno coincide<br />
com o crescimento da classe<br />
mediaecomoaumentodopoder<br />
de compra”. E aindústrias que podem<br />
beneficiar do fenómeno estas<br />
estão dligadas à comida, cuidados<br />
de saúde, cuidados infantis, educação,<br />
bens de consumo duradouros<br />
e serviços financeiros.<br />
O médico defende que é<br />
necessário o apoio do Estado<br />
para se ser mâe e trabalhadora<br />
Mafalda de Avelar<br />
Um dos grandes dilemas do momento<br />
é saber o que vai acontecer<br />
à nossa sociedade uma vez<br />
que tudo está a mudar com a<br />
entrada das mulheres no mundo<br />
do trabalho. O dilema “famila<br />
vc carreira”. Os prejudicados<br />
normalmente são os filhos. Mas<br />
existem mecanismo que podem<br />
contornar esta situação. Um Estado<br />
presente é um deles, como<br />
refere Mário Cordeiro, professor<br />
de pediatra e pai, em entrevista.<br />
Será que o mundo ocidental envelhecido<br />
vai sofrer ainda mais<br />
com esta ‘new wave de mulheres<br />
que não estão em casa a tratar<br />
das crianças; tão pouco têm<br />
como prioridade procriar?<br />
É natural assistirmos, ao longo<br />
dos tempos, a variações demográficas,<br />
associadas às variações<br />
sociais, económicas e políticas.<br />
O trabalho fora de casa<br />
não deveria ser incompatível<br />
com ter filhos. No país mais rico<br />
do Mundo, a Noruega, as mulheres<br />
detêm um enorme poder<br />
executivo, trabalham fora de<br />
casa mas é onde a natalidade é<br />
das mais elevadas do Mundo<br />
Ocidental e onde a maternidade<br />
é mais protegida. Pode-se ser<br />
trabalhadora e mãe, se o Estado<br />
garantir ambos direitos e cuidar<br />
devidamente das pessoas,<br />
com apoios de todo o tipo, desde<br />
que entenda que as crianças<br />
são um Bem familiar mas também<br />
social.<br />
Que impacto é que o stresse de<br />
uma mãe que trabalha entre 8 a<br />
12h por dia tem nas crianças?<br />
Obviamente que muito - quando<br />
se está extenuado e não se<br />
conseguiram graus de liberdade<br />
para uma vida satisfatória, o<br />
tempo que sobra é escasso e a<br />
disponibilidade quase nenhuma<br />
para cuidar de outros, sejam filhos<br />
ou cônjuges, familiares ou<br />
amigos. As pessoas sentem-se<br />
mais isoladas mas, paradoxalmente,<br />
têm menos tempo para<br />
estar sozinhas. E as crianças ficam<br />
“pobres de mãe” - há frequentemente<br />
um conflito de interessesentreamulhereamãe,<br />
com repercussões graves par as<br />
crianças.<br />
Será que uma família presente é<br />
o pilar de uma sociedade saudável?<br />
Sexta-feira 8 Janeiro 2010 Diário <strong>Económico</strong> 21<br />
ENTREVISTA MÁRIO CORDEIRO Doutor em pediatria<br />
“Família e trabalho<br />
não deviam ser<br />
incompatíveis”<br />
Diria que a manutenção do<br />
triângulo pai-mãe-filho, independentemente<br />
da forma de família<br />
que têm (junta, alargada,<br />
separada, reconstiutída, etc) é<br />
fundamental. Uma criança tem<br />
de sentir que tem pai e mãe<br />
afectivo e efectivo, sem que isso<br />
tenha a ver com a relação conjugal<br />
entre as pessoas. Visto assim,<br />
a família é, pois, o pilar da<br />
sociedade, e uma sociedade que<br />
não cuida da família nem das<br />
crianças é uma sociedade que<br />
está a praticar um suicídio.<br />
Muitos países, sobretudo no<br />
pós-Guerra, entenderam isso e<br />
são neste momento os mais desenvolvidos<br />
em termos económicos<br />
e sociais, e onde a democracia<br />
é de melhor qualidade -<br />
Portugal ainda tem um longo<br />
caminho a percorrer - e não<br />
basta frases cheias de promessas<br />
mas vazias de acção: enquanto<br />
não existir uma política global<br />
para a Infância e para a Família,<br />
tudo será mais difícil e não passará<br />
de verbo de encher. E então,<br />
sim, a própria lei é torpedeada<br />
por empregadores e patrões,<br />
as dificuldades aumentam,<br />
a incompatibilidade ente a<br />
mulher, a trabalhadora eamãe<br />
acontece, e o ónus cai - como<br />
sempre - em cima das mulheres,<br />
que para lá de serem injustiçadas<br />
ainda passam por culpadas<br />
de, ou serem más profissionais,<br />
ou não terem filhos. Há<br />
quedizer“não!”aesteestado<br />
de coisas, sob pena de ficarmos<br />
eternamente no marasmo do<br />
sub-desenvolvimento.■<br />
Mário Cordeiro<br />
diz que as<br />
mulheres<br />
continuam a ser<br />
necessárias junto<br />
dosfilhos, mas<br />
oEstadodeve<br />
proporcionar-lhe<br />
condições para<br />
poderem trabalhar.
22 Diário <strong>Económico</strong> Sexta-feira 8 Janeiro 2010<br />
REPORTAGEM O MERCADO FEMININO EMERGENTE<br />
Cartões<br />
de gasolina e<br />
de multibanco<br />
cor-de-rosa<br />
Bancos, petrolíferas e empresas de informática<br />
são algumas das que já se dirigem às mulheres.<br />
Mafalda de Avelar<br />
mafalda.avelar@economico.pt<br />
As empresas em Portugal não estão<br />
alheias ao mercado feminino,<br />
ou ao mercado que elas controlam.<br />
Da banca aos combustíveis<br />
as mulheres vão tendo produtos<br />
desenhados à sua medida. A Caixa<br />
Geral de Depósitos tem um<br />
cartão exclusivo para mulheres<br />
chamado “Caixa Woman”. É para<br />
as mulheres “activas, autónomas,<br />
independentes e urbanas,<br />
que exigem o máximo delas próprias,<br />
desempenhando em simultâneo<br />
uma série de papéis na<br />
sociedade difíceis de conciliar:<br />
serem mães, executivas, donas<br />
de casa e companheiras, com um<br />
grande envolvimento pessoal em<br />
todasassuasactividades”,como<br />
refere Maricéu Anjos, directoraadjunta<br />
da Direcção de Meios de<br />
Pagamento da Caixa.<br />
O Banif, outro banco, lançou o<br />
cartão Hello Kitty. Já no BES,<br />
“quem sabe, sabe e as mulheres<br />
clientes do BES é que sabem” é<br />
uma frase a que nos habituámos<br />
já “a ouvir no feminino”, como<br />
diz Rita Torres Batista, directora<br />
de marketing . Na indústria automóvel,<br />
a Volkswagen não nega<br />
que “cerca de 40% dos clientes<br />
Volkswagen são mulheres e esse<br />
O cartão da famosa personagem<br />
Hello Kitty foi a aposta do banco<br />
BANIF para conquistar o público<br />
feminino.<br />
peso tem vindo a aumentar” diz<br />
Ricardo Tomaz, Director de<br />
Marketing.<br />
Também num sector tradicionalmente<br />
masculino, na Galp,<br />
existe, desde 2002, um cartão –<br />
Fast Women- que “permitiu uma<br />
maior aproximação junto de um<br />
segmento cada vez mais relevante<br />
nos postos Galp”, diz uma fonte<br />
da petrolífera. À data, o segmento<br />
das mulheres com mais de<br />
25 anos representa cerca de 30%<br />
de uma base de dados de mais de<br />
1 milhão de cartões activos.<br />
Já no mundo das tecnologias a<br />
Microsoft detecta que “as mulheres<br />
procuram cada vez mais as<br />
novas tecnologias para as ajudaremnoseudiaadiamuitoexigente<br />
onde têm de desempenhar<br />
inúmeros papéis”, como refere<br />
Sofia Tenreiro, responsável pela<br />
divisão de Entretainment Devices.<br />
(Esta mulher, que trabalha<br />
numa empresa dirigida por outra<br />
mulher, Cláudia Goya, apesar de<br />
estar de licença da maternidade<br />
não deixou de responder às nossas<br />
questões).<br />
Segundo Sofia Tenreiro, a Microsoft<br />
tem-se “preocupando em<br />
lançar produtos que satisfaçam as<br />
necessidades cada vez mais exigentes<br />
das mulheres” porque reconhece<br />
também que as “Mulheresassumemumpapelcrucialno<br />
processo de decisão de aquisição<br />
de novos produtos para os restantes<br />
membros da família”.<br />
Para os autores do estudo “O<br />
que as mulheres querem”, essa<br />
preocupação em satisfazer o públicofemininoeoreconhecimento<br />
da importância das mulheres,<br />
enquanto decisoras de<br />
compra, é chave para o sucesso<br />
financeiro das empresas. Os dois<br />
consultores referem ao Diário<br />
Ecomómico que o progresso das<br />
mulheres e o aumento da sua influência<br />
económica é um fenómeno<br />
inevitável. A igualdade dos<br />
sexos está a aumentar à volta do<br />
mundo, conduzida pela educação<br />
e pelas oportunidades profissionais.<br />
Com o aumento da igualdade<br />
vem a maior participação<br />
no mercado de trabalho.<br />
As mulheres hoje em dia estão<br />
com mais à vontade económico e<br />
são clientes lucrativos. Estão dispostas<br />
a pagar mais na maioria<br />
dos bens e serviços. As empresas<br />
que conseguirem ir ao encontro<br />
das necessidades das mulheres<br />
podem esperar crescimento, fidelidade<br />
e ganhos. ■<br />
MARICÉU ANJOS TEM A SEU CARGO A GESTÃO DE UM CARTÃO FEMININO<br />
Maricéu Silveira é directora-adjunta de meios de pagamento na CGD. Diz que o<br />
cartão’Caixa Woman’ foi desenvolvido para as mulheres actuais: “Activas,<br />
autónomas, independentes e urbanas, que exigem o máximo delas próprias,<br />
desempenhando em simultâneo uma série de papéis na sociedade difíceis de<br />
conciliar, com um grande envolvimento pessoal em todas as suas actividades”<br />
Paula Nunes
PUB
24 Diário <strong>Económico</strong> Sexta-feira 8 Janeiro 2010<br />
EMPRESAS<br />
Accionistas e gestão<br />
da Cimpor unem-se<br />
para rejeitar OPA hostil<br />
A posição dos accionistas foi unânime na oposição à investida dos brasileiros<br />
da CSN. O preço baixo é apenas um dos argumentos utilizados para a rejeição.<br />
Nuno Miguel Silva<br />
e Bruno Proença<br />
nuno.silva@economico.pt<br />
Os accionistas da Cimpor representados<br />
no conselho de administração<br />
foram ontem unânimes<br />
em considerar “hostil” a OPA<br />
lançada pelo grupo brasileiro<br />
CSN. O chumbo à OPA do grupo<br />
brasileiro, que o Diário <strong>Económico</strong><br />
avançou em primeira mão na<br />
edição de ontem, foi assumido de<br />
forma unida por todos os membros<br />
do conselho de administração<br />
da cimenteira portuguesa. E<br />
em tons mais duros do que se<br />
previa inicialmente.<br />
A administração da Cimpor,<br />
presidida por Ricardo Bayão Horta,<br />
foi unânime em considerar a<br />
OPA da CSN contrária aos interesses<br />
da empresa, dos accionistas<br />
e dos diversos ‘stakeholders’.<br />
E o preço baixo não foi o único<br />
argumento utilizado para rejeitar<br />
a investida da CSN.<br />
Na prática, este chumbo em<br />
toda a linha dá muito poucas hipóteses<br />
de sucesso à CSN, obrigandoareveremaltaaofertase<br />
quiser garantir o controlo da cimenteira<br />
portuguesa. A unanimidade<br />
dos membros da administração,<br />
aliada à rejeição já assumida<br />
por accionistas com mais<br />
de 40% do capital da Cimpor, são<br />
um obstáculo muito difícil de ultrapassar.<br />
Contactada pelo Diário<br />
<strong>Económico</strong>, fonte oficial do grupo<br />
oferente apenas adiantou que<br />
“a CSN reitera que a sua proposta<br />
é aquela que traz mais valor para<br />
os accionistas e para o desenvolvimento<br />
futuro da Cimpor.”<br />
Além de adoptar uma posição<br />
de força, sem brechas, para rejeitar<br />
e considerar a OPA hostil, os administradores<br />
da Cimpor subscreveram<br />
um relatório, enviado ao final<br />
do dia de ontem para a CMVM –<br />
Comissão do Mercado de Valores,<br />
em que não pouparam as alegadas<br />
falhas e omissões do projecto de<br />
prospecto do anúncio preliminar<br />
de OPA lançada pela CSN.<br />
“A oferta anunciada pela CSN<br />
não foi solicitada pela Cimpor,<br />
nem previamente discutida ou<br />
sequer comunicada à Cimpor. O<br />
Conselho de Administração con-<br />
ACCIONISTAS<br />
Benjamin<br />
Steinbruch,<br />
presidente da<br />
CSN, está a sentir<br />
grandes<br />
dificuldades para<br />
conseguir êxito na<br />
OPA lançada a<br />
5,75 euros por<br />
acção da Cimpor.<br />
40% do capital<br />
Teixeira Duarte, Cinvest, Fundos<br />
do BCP e outros pequenos<br />
acionistas representantes de<br />
mais de 40% do capital da maior<br />
cimenteira nacional estão unidos<br />
contra o preço ofrecido na oferta<br />
os brasileiros da CSN.<br />
sidera-a hostil porque oportunística,<br />
irrelevante e perturbadora<br />
da actividade da empresa”, é<br />
uma das principais conclusões<br />
desse relatório da administração<br />
da cimenteira.<br />
Entre outras coisas, o documento<br />
em causa, de 64 páginas,<br />
diz que “a oferta subavalia significativamente<br />
a Cimpor”, mesmo<br />
em comparação com os principais<br />
‘players’ mundiais do sector; “não<br />
oferece um prémio aos accionistas<br />
da Cimpor”; além de que “comprometeria<br />
o desenvolvimento<br />
futuro da Cimpor”, designadamente<br />
aos efeitos, que já se começaram<br />
a sentir, de uma mais que<br />
provável deterioração do ‘rating’<br />
que o êxito da OPA implicaria.<br />
“O relatório identifica ainda as<br />
deficiências significativas dos<br />
projectos do prospecto e de<br />
anúncio de lançamento recebidos,<br />
uma vez que estes são incompletos<br />
e imprecisos, omitem<br />
informação legalmente exigida,<br />
não cumprem os requisitos legais<br />
quanto à qualidade da informação,<br />
são obscuros em todos os aspectos<br />
financeiros e, assim, impossibilitam<br />
o Conselho de Administração<br />
de adoptar uma posição<br />
esclarecedora sobre alguns<br />
dos termos da oferta”, aproveita<br />
a administração da Cimpor para<br />
arrasar a oferta da CSN.<br />
Conclusão: “o Conselho de<br />
Administração da Cimpor rejeita<br />
a oferta e recomenda aos seus accionistas<br />
que nela não vendam as<br />
suas acções”. Uma recomendação<br />
desde logo assumida pelos administradores<br />
da Cimpor que detêm<br />
títulos da cimenteira: Ricardo<br />
Bayão Horta; Luís Silva Barbosa;<br />
Vicente Árias Mosquera, José Manuel<br />
Fino; José Freire Arteta; Luís<br />
Sequeira Martins; António Carlos<br />
Varela; e Manuel Faria Blanc.<br />
A bola está agora duplamente<br />
do lado da CSN. Primeiro, tem de<br />
prestar esclarecimentos adicionais<br />
solicitados pela CMVM. Depois,<br />
tem de convencer a totalidade<br />
do conselho de administração,<br />
a grande maioria dos accionistas<br />
de referência e o mercado<br />
investidor em geral de que o<br />
preço oferecido pela Cimpor é<br />
justo. Ou revê a oferta em alta. ■<br />
ARGUMENTOS DA CIMPOR<br />
● O “oferente não indica as<br />
autorizações administrativas<br />
que condicionam o lançamento<br />
da oferta nem o prazo da oferta”.<br />
● A CSN “omite informação<br />
essencial acerca<br />
do financiamento da oferta<br />
e do seu impacto na situação<br />
financeira da Cimpor”.<br />
● O oferente “não concretiza<br />
os seus planos estratégicos<br />
para a Cimpor”.<br />
● A CSN “não identifica<br />
as pessoas com ela relacionadas”<br />
em termos de domínio de capital<br />
e participações qualificadas.<br />
● “O oferente prevê um conjunto<br />
de pressupostos desrazoáveis<br />
como potenciais fundamentos<br />
de revisão ou de revogação<br />
da oferta”.<br />
Ricardo Bayão Horta, presidente-<br />
-executivo da Cimpor, liderou<br />
a oposição à OPA da CSN.<br />
Empresa va<br />
Acções da Cimpor fecharam 13%<br />
acimadaofertadaCSN.<br />
Nuno Miguel Silva<br />
nuno.silva@economico.pt<br />
Os investidores continuam a<br />
considerar muito baixo o preço<br />
da Oferta Pública de Aquisição<br />
(OPA) lançado pela Companhia<br />
Siderúrgica Nacional (CSN) sobre<br />
a Cimpor no passado dia 18<br />
de Dezembro. Após o final da<br />
sessão de ontem da Euronext<br />
Lisbon, os investidores considera<br />
que a empresa vale mais 500<br />
milhões de euros do que o preço<br />
oferecido na operação anunciada<br />
pelo grupo brasileiro.<br />
Com o preço de fecho de ontem<br />
a igualar o máximo da cimenteira<br />
desde que a OPA está<br />
em curso, avaliando cada título<br />
da Cimpor em 6,5 euros, o mer-
cado acredita que a cimenteira<br />
portuguesa vale 4.368 milhões de<br />
euros. Um patamar de 504 milhões<br />
de euros acima do valor<br />
proposto pela CSN, estimado em<br />
3.864 milhões de euros, com base<br />
no preço de 5,75 euros por acção<br />
anunciado no registo preliminar<br />
da oferta do grupo presidido por<br />
Benjamin Steinbruch.<br />
No final da sessão bolsista de<br />
ontem, a Cimpor registava uma<br />
cotação 13% superior ao preço<br />
da OPA da CSN. Desde que a<br />
oferta foi lançada, a cimenteira<br />
já ganhou 19%, em comparação<br />
com os 5,46 euros em que a empresa<br />
havia fechado na sessão da<br />
véspera.<br />
Tudo isto são boas notícias<br />
para os investidores e para os accionistas<br />
da Cimpor, mas poderão<br />
obrigar a CSN a rever em alta<br />
a sua oferta.<br />
Governo aprova regulação da cogeração<br />
O Governo aprovou ontem o decreto-lei que regula a actividade de<br />
cogeração, processo de produção combinada de calor e electricidade, que<br />
se prevê que venha a gerar um reforço de produção eléctrica de 450<br />
megawatts até 2015. “Este processo “é típico de indústrias em que para<br />
os processos de fabrico são gerados processos de elevada intensidade de<br />
aquecimento que, depois, podem ser utilizadas como gerador de energia<br />
eléctrica”, disse Vieira da Silva, ministro da Economia.<br />
Também em termos de liquidez,<br />
o comportamento das acções<br />
da Cimpor é completamente<br />
diferente depois do lançamento<br />
da OPA por parte da CSN.<br />
Nos doze meses anteriores ao<br />
lançamento da operação do grupo<br />
brasileiro, a cimenteira nacional<br />
registou uma média de<br />
482 mil acções transaccionadas<br />
por cada sessão de bolsa. Uma<br />
realidade que mudou radicalmenteapartirde18deDezembro:<br />
desde essa data, a Cimpor<br />
passou a movimentar em bolsa<br />
uma média de 1,8 milhões de títulos<br />
por cada sessão.<br />
Uma média de transacções<br />
superior em 3,7 vezes, o que<br />
aliado à valorização do título,<br />
tem proporcionado fortes hipóteses<br />
de realização de mais-valias<br />
aos accionistas e investidores.<br />
■com P.L.<br />
VALORIZAÇAÕ<br />
Desde a oferta da CSN o valor de<br />
mercado da Cimpor cresceu 665<br />
milhões de euros. Ontem fechou<br />
nos 6,5 euros, valorizando 1,06%.<br />
7<br />
6<br />
5<br />
5,75 euros *<br />
17-12-2009<br />
* valor proposto pela OPA da CSN<br />
Fonte: Bloomberg<br />
João Paulo Dias<br />
le mais 500 milhões desde a OPA<br />
07-01-2010<br />
AGENDA DO DIA<br />
● EDP Renováveis conhece resultado<br />
do concurso para concessão de energia<br />
eólica ao largo da Escócia promovido<br />
pela Crown Estate.<br />
● Início da operação do “Tram-train”,<br />
metro do Porto, com António<br />
Mendonça, ministro das Obras Públicas.<br />
Sexta-feira 8 Janeiro 2010 Diário <strong>Económico</strong> 25<br />
CMVM notifica<br />
Camargo a<br />
esclarecer mercado<br />
Em causa estão as notícias da<br />
vontade de fusão com a Cimpor.<br />
Maria Teixeira Alves e<br />
Bruno Proença<br />
maria.alves@economico.pt<br />
A CMVM notificou ontem a Camargo<br />
Corrêa a prestar esclarecimentos<br />
ao mercado, depois de<br />
terem saído notícias de que a cimenteira<br />
brasileira estaria a estudar<br />
uma fusão com a Cimpor.<br />
As notícias do Diário <strong>Económico</strong><br />
e de outros jornais anunciaram<br />
que a Camargo se prepara<br />
para apresentar uma proposta<br />
de fusão com a Cimpor, mas abdicando<br />
do controlo da empresa<br />
portuguesa e contornando assim<br />
a obrigatoriedade de OPA.<br />
O regulador do mercado de<br />
capitais voltou a questionar a<br />
Camargo sobre rumores de interesse<br />
na Cimpor e exige agora<br />
esclarecimentos ao mercado urgentemente.<br />
A CMVM terá dado<br />
um prazo até segunda feira para<br />
os brasileiros revelarem se há<br />
negociações com accionistas,<br />
com quais, que tipo de operação<br />
estão a preparar e quando a pretendem<br />
anunciar.<br />
A Camargo está a estudar a<br />
resposta que irá dar à CMVM, até<br />
ao início da próxima semana.<br />
Há algumas semanas a<br />
CMVM tinha pedido esclarecimentos,<br />
sobre rumores de que a<br />
cimenteira estaria a estudar<br />
uma Oferta Pública de AquisiçãoconcorrenteàdaCSN.Na<br />
altura, a Camargo esclareceu<br />
que naquele momento não estava<br />
a estudar ou a preparar o lançamento<br />
de nenhuma OPA à<br />
Cimpor. Mas adiantava que<br />
“está atenta e interessada em<br />
estudar oportunidades de negócio<br />
com potencial para criar valor<br />
para a empresa”. Para por<br />
fim acrescentar que “neste sentido<br />
foram mantidas conversas<br />
informais com accionistas da<br />
Cimpor, tendo em vista identificar<br />
possíveis oportunidades de<br />
actuação conjunta, as quais, não<br />
estando definidas, não passariam<br />
pelo lançamento de qualquer<br />
OPA concorrente à que foi<br />
lançada [pela CSN]”.<br />
Segundo o Diário <strong>Económico</strong><br />
soube, desde que a guerra de<br />
poder entre accionistas estalou<br />
na Cimpor surgiram vários interessados<br />
na compra da cimenteira.<br />
Um deles, ainda antes<br />
da OPA da CSN, foi a Camargo<br />
Correa que propunha uma incorporação<br />
da Cimpor na em-<br />
presa brasileira. Mas a fusão implicava<br />
a diluição dos actuais<br />
accionistas da cimenteira portuguesa,<br />
e o banco de investimento<br />
que assessorava alguns<br />
dos accionistas da Cimpor considerou<br />
que não trazia mais valias<br />
para os accionistas da cimenteira,<br />
nem traziam a estabilidade<br />
accionista necessária à<br />
gestão. O BES Investimento<br />
acabou por assessorar a OPA da<br />
CSN sobre a Cimpor que está<br />
para ser registada na CMVM.<br />
As notícias de ontem dão<br />
conta de que a Camargo aposta<br />
agora na troca de participações<br />
para uma participação de cerca<br />
de 30% da Cimpor. Não se tratando<br />
de uma fusão no sentido<br />
formal do termo, mas antes<br />
uma troca de participações accionistas,<br />
onde os accionistas da<br />
Cimpor ficariam com uma pequenaparticipaçãonaempresa<br />
brasileira. A cimenteira brasileira<br />
parece admitir abdicar do<br />
controlo de gestão e a garantir<br />
um orgão de gestão português.<br />
Um dos potenciais vendedores<br />
(por troca de acções), seria a<br />
Lafarge, com 17%, revelou o<br />
Diário <strong>Económico</strong>. ■<br />
A Camargo Corrêa,<br />
liderada por Vítor<br />
Hallack, vai ter de<br />
esclarecer o<br />
mercado devido ao<br />
alegado interesse<br />
na Cimpor.
26 Diário <strong>Económico</strong> Sexta-feira 8 Janeiro 2010<br />
EMPRESAS<br />
AUTOMÓVEL<br />
Vendas da Critroën em Portugal<br />
derrapam 24,7%<br />
A Citroën registou uma quebra de 24,7% nas vendas de automóveis em<br />
Portugal. Apesar da queda, a fabricante francesa conseguiu aumentar a<br />
quota para 7,9%. Durante 2009, a Citroën comercializou um total de<br />
15.836 veículos, o que lhe permitiu ficar com o quarto lugar no ranking.<br />
“No mercado dos veículos comerciais ligeiros as dificuldades foram ainda<br />
maiores com o mercado a recuar 29,8%”, diz a fabricante. Ainda assim, a<br />
Citroën “conquistou a liderança do segmento com 5.394 unidades”.<br />
A companhia transportou 65 milhões<br />
de pessoas em 2009.<br />
BRUXELAS DÁ LUZ VERDE À KRAFT FOODS PARA COMPRAR BRITÂNICA CADBURY<br />
Hermínia Saraiva<br />
herminia.saraiva@economico.pt<br />
A primeira multa remonta a<br />
2005, mas quase cinco anos depois,<br />
o caso do cartel das farmacêuticos,<br />
uma das multas mais<br />
mediáticas da Autoridade da<br />
Concorrência, continua bem<br />
vivo. Ontem o Tribunal de Comércio<br />
de Lisboa confirmou<br />
parcialmente a decisão do regulador<br />
e reviu em baixa as multas<br />
aplicadas à Abbott, à Johnson &<br />
Johnson e à Menarini.<br />
“Não ficou provado que as<br />
farmacêuticas tenham causado<br />
dano ao Estado, que era uma das<br />
justificações dadas pela Autoridade<br />
da Concorrência [AdC]<br />
para aplicar multas tão elevadas”,<br />
diz o advogado de uma das<br />
empresas implicadas no cartel.<br />
É com base neste facto que o<br />
Tribunal determinou a redução<br />
das multas impostas pelo regular<br />
de 13,5 milhões de euros para<br />
5,07 milhões. A Abbott recebe a<br />
maior multa, sendo obrigada a<br />
pagar três milhões de euros,<br />
contra os sete milhões previstos<br />
inicialmente. No caso da Menarini<br />
a multa passa de 5,4 milhões<br />
para dois milhões de euros, enquanto<br />
que a Johnson & Johnson<br />
será obrigada a pagar 70 mil euros,<br />
contra os 658 mil iniciais.<br />
“É uma grande redução,<br />
sobretudo pelos termos em<br />
que foi feita e pelos termos do<br />
próprio acórdão que é violento<br />
para a AdC”, diz outro dos<br />
advogados ouvidos pelo Diário<br />
<strong>Económico</strong>.<br />
Em causa volta a estar a preparação<br />
dos processos por parte<br />
da AdC. “O Tribunal diz que os<br />
danos existiram, mas que a Adc<br />
AVIAÇÃO<br />
Ryanair transporta mais 13% de passageiros<br />
no ano passado<br />
No ano passado, a Ryanair transportou 65 milhões de passageiros, o que<br />
representa um acréscimo superior a sete milhões de passageiros (13%)<br />
em relação ao tráfego de 2008. Segundo um comunicado da empresa, o<br />
ano que terminou foi de “extraordinário crescimento”. A companhia<br />
continua a oferecer lugares a preço de saldo. A campanha em curso<br />
disponibiliza lugares a oito euros para viajar nas terças, quartas e quintasfeiras<br />
no final de Janeiro e em Fevereiro.<br />
A Comissão Europeia aprovou ontem o projecto de aquisição da britânica Cadbury pela Kraft Foods, dos Estados Unidos, por considerar<br />
que a operação não vai prejudicar significativamente a concorrência na União Europeia, disse em comunicado. “Em virtude das medidas<br />
correctivas propostas, considero que o projecto de aquisição não irá afectar negativamente a concorrência em qualquer mercado da Europa<br />
e que os consumidores não ficarão lesados”, refere a comissária da Concorrência, Neelie Kroes. A decisão está subordinada à venda<br />
das actividades polacas e romenas da Cadbury.<br />
Concorrência não prova em tribunal<br />
que farmacêuticas lesaram o Estado<br />
Tribunal de Comércio revê multas de 13,5 para 5,07 milhões ao cartel das farmacêuticas.<br />
O cartel das farmacêuticas<br />
é um dos<br />
processos herdados<br />
por Manuel<br />
Sebastião que tem<br />
prometido “blidar<br />
juridicamente os<br />
processos” para<br />
evitar derrotas em<br />
Tribunal.<br />
nãoosprovoucomodevia”,diz<br />
a mesma fonte, cosiderando que<br />
o regulador “tinha um caso tão<br />
fácil de provar que ficou inebriada<br />
pelo seu eventual sucesso”.<br />
A coima inicial, imposta pela<br />
equipa de Abel Mateus em 2005<br />
por manipulação de preços, era<br />
de 16 milhões de euros e envolvia<br />
aindaaBayereaRoche.Emcausa<br />
estavam os preços praticados<br />
na venda de tiras de reagentes<br />
num concurso do Centro HospitalardeCoimbraeumsegundo<br />
processo referente a 36 concursos<br />
públicos em 22 hospitais.<br />
Em 2008, depois do Tribunal<br />
de ter considerado nulo o processo<br />
de contra-ordenação, a<br />
Concorrência foi obrigada a rever<br />
alguns dos actos processuais,<br />
bem como o montante das<br />
multas. Com o processo refeito,<br />
a AdC reduziu o total de mul-<br />
Darren Staples/Reuters<br />
tas para 13,4 milhões de euros.<br />
A Bayer e a Roche retiraramse,<br />
entretanto do processo, tendo<br />
pago as multas aplicadas.<br />
Também a Johnson & Johnson<br />
optou por pagar a multa referente<br />
ao segundo processo, depois<br />
de ter colaborado com o regulador<br />
no caso dos 36 concursos,<br />
mas não desistiu de recorrer<br />
da decisão relativa ao Centro<br />
Hospital de Coimbra.<br />
Contactada, a Autoridade da<br />
Concorrência, agora presidida<br />
por Manuel Sebastião, não quis<br />
comentar a decisão do Tribunal.<br />
O cartel das farmacêuticas<br />
pode não ficar por aqui. A decisão<br />
do Tribunal de Comércio de<br />
Lisboa é ainda passível de recursoparaoTribunaldaRelação.<br />
Contactadas, as empresas<br />
dizem não ter ainda tomado uma<br />
decisão. ■
INTERNET<br />
Google e Hi5 foram as páginas mais<br />
visitadas pelos internautas em 2009<br />
O motor de busca Google foi o domínio da internet mais acedido em<br />
Portugal em 2009, enquanto a rede social Hi5 obteve o maior número de<br />
páginas visitadas e mais tempo de acesso, revelou ontem a Marktest. Mais<br />
de quatro milhões de portugueses acederam à Internet em 2009 a partir<br />
de casa, “o que corresponde a 97,8% dos internautas nacionais”, tendo<br />
cada utilizador despendido em média cerca de 15 minutos por dia online.<br />
Os sites google.pt e google.com lideraram a lista de domínios.<br />
Jerónimo Martins<br />
é a maior retalhista<br />
portuguesa no<br />
‘ranking’ mundial<br />
A Sonae Distribuição aparece 46 posições<br />
depois no ranking de 2010 da Deloitte.<br />
Marina Conceição<br />
marina.conceicao@economico.pt<br />
A Jerónimo Martins não é a<br />
maior retalhista em território<br />
nacional – onde a Sonae continua<br />
a liderar, mas é a maior<br />
empresa portuguesa do sector<br />
a nível mundial. A diferença<br />
está a consolidação com a<br />
operação polaca da Jerónimo<br />
Martins, que a faz destacar-se<br />
como a primeira empresa nacional<br />
no ‘ranking’ das maiores<br />
retalhistas do mundo, segundo<br />
um estudo anunciado<br />
este mês pela consultora Deloitte<br />
com base nos relatórios e<br />
contas de 2008.<br />
Numtotalde250empresas<br />
de retalho, a companhia Jerónimo<br />
Martins está em 94º lugar.<br />
Uma classificação baseada<br />
no volume de vendas de retalho<br />
alimentar e não-alimentar.<br />
Neste campo, a empresa liderada<br />
por Luís Palha da Silva registou<br />
uma facturação de 9.798<br />
mil de dólares (6,8 milhões de<br />
euros ao câmbio de ontem).<br />
A outra empresa portugue-<br />
‘RANKING’ DO RETALHO<br />
Wal-Mart lidera as vendas de<br />
forma destacada do Carrefour.<br />
Empresa Vendas de 2008*<br />
1 Wal-Mart Stores 279,3<br />
2 Carrefour 89<br />
3 MetroAG 68,9<br />
4 Tesco plc 67<br />
5 Schwarz Unternehmens 55,6<br />
6 The Kroger 52,9<br />
7 The Home Depot 49,5<br />
8 Costco Wholesale 49,3<br />
9 Aldi GmbH 45,9<br />
10<br />
....<br />
Target Co 43,7<br />
94 Jerónimo Martins 6,8<br />
140 Sonae Distribuição<br />
*em milhões de euros<br />
Fonte: Deloitte<br />
4,2<br />
sa que aparece no estudo da<br />
Deloitte éaSonaeDistribuição<br />
na 140º posição. A empresa de<br />
retalho do grupo de Paulo<br />
Azevedo alcançou um volume<br />
de vendas de 5.995 mil dólares<br />
(4,2 milhões de euros).<br />
Estas são as únicas empresas<br />
portuguesas de retalho<br />
presentes no estudo de 2010 da<br />
Deloitte, um ‘ranking’ que é<br />
liderado pela gigante norteamericana<br />
Wal-Mart, que<br />
atingiu uma facturação de<br />
401,2 milhões de dólares<br />
(279,3 milhões de euros).<br />
O segundo lugar é ocupado<br />
pela francesa Carrefour com<br />
uma grande discrepância para a<br />
Wal-Mart. O grupo que vendeu<br />
a operação portuguesa à Sonae<br />
Distribuição facturou 127.958<br />
mil dólares (89 milhões de euros)<br />
em 2008. Um lugar sólido<br />
que pode ficar em perigo com a<br />
dinâmica actual do mercado<br />
francês, já que ontem abriu uma<br />
nova cadeia de hipermercados<br />
de ‘hard disccount’ em França: o<br />
Priba, pertencente ao grupo Auchan<br />
– que detém em Portugal<br />
os hipermercados Jumbo e os<br />
supermercados Pão de Açúcar.<br />
Na terceira posição está a<br />
alemã Metro, dona da Media<br />
Markt e da grossista Makro,<br />
uma empresa que anunciou há<br />
um ano um exigente plano de<br />
reestruturação que implicará o<br />
corte de 5% da força de trabalho,<br />
ou seja, o despedimento<br />
de 15 mil trabalhadores. O objectivo<br />
é aumentar os lucros<br />
em 1,5 mil milhões de euros<br />
nos próximos três anos. Em<br />
2008, o seu volume de vendas<br />
foi de 99.004 mil dólares (68,9<br />
milhões de euros).<br />
Em quarto lugar aparece a<br />
britânica Tesco, que faz concorrência<br />
à Jerónimo Martins<br />
na Polónia. A retalhista britânica<br />
alcançou vendas de<br />
96.210 mil dólares (67 milhões<br />
de euros).<br />
O‘top’5terminacomaalemã<br />
Schwarz Unternehmens<br />
Treuhand que alcançou os<br />
79.924 mil dólares (55,6 milhões<br />
de euros). ■<br />
O fundo de pensões da PT vale<br />
cerca de três mil milhões de euros.<br />
Luis Palha da Silva lidera a maior<br />
retalhista portuguesa no mundo.<br />
TELECOMUNICAÇÕES<br />
Sexta-feira 8 Janeiro 2010 Diário <strong>Económico</strong> 27<br />
Fundo de pensões da Portugal Telecom<br />
com rendibilidade de 15% em 2009<br />
O fundo de pensões da Portugal Telecom (PT), gerido pelo Soares<br />
Carneiro, teve uma rendibilidade de 15% no ano passado, apurou o Diário<br />
<strong>Económico</strong>. O valor compara com mais de 20 pontos percentuais<br />
negativos em 2008 e é cerca do dobro do normal do fundo, que ronda<br />
os sete pontos. Segundo as primeiras estimativas a média do mercado<br />
terá sido da ordem dos 9% no ano passado. O fundo de pensões vale mais<br />
de três mil milhões de euros.<br />
Dona do Pingo Doce disparou 6,56% em bolsa<br />
A Jerónimo Martins (JM)<br />
disparou 6,56% para os 7,47<br />
euros na sessão bolsista de<br />
ontem. Uma cotação histórica<br />
desde Janeiro de 1999. A<br />
justificação para esta subida<br />
repentinaprende-secomanota<br />
de análise do Citigroup, que<br />
iniciou na quarta-feira a<br />
cobertura do título com um<br />
preço-alvo de oito euros,<br />
acompanhada da<br />
recomendação de “comprar”.<br />
Os especialistas do banco<br />
norte-americano consideram<br />
que os títulos da JM<br />
apresentam risco médio, uma<br />
vez que a sua “visibilidade<br />
operacional é a melhor no<br />
universo de empresas que<br />
acompanham”. Segundo o<br />
analista Miguel Albuquerque, da<br />
Lisbon Brokers, “a notoriedade<br />
da entidade que emitiu a nota e<br />
o preço alto que estima justifica<br />
esta subida galopante”, afirmou<br />
ao Diário <strong>Económico</strong>. Já outra<br />
fonte do mercado consultada,<br />
referiu que toda a melhoria da<br />
confiança do consumidor, da<br />
taxa de inflação e a dinâmica<br />
que o sector do retalho está a<br />
viver nos dias de hoje com a<br />
Kraft Foods e a Cadbury (com a<br />
UE a aprovar a compra) faz<br />
potenciar o valor das empresas<br />
que actual no mercado do<br />
retalho. M.C.<br />
7,5<br />
7,0<br />
6,5<br />
6,0<br />
10-12-2009<br />
Paulo Figueiredo<br />
As acções tiveram a maior subida<br />
desde Janeiro de 1999. O título<br />
terminou a sessão a valer 7,47€.<br />
Fonte: Bloomberg<br />
07-01-2010
28 Diário <strong>Económico</strong> Sexta-feira 8 Janeiro 2010<br />
EMPRESAS<br />
TELECOMUNICAÇÕES<br />
Telefónica multada na Argentina<br />
por abuso de posição dominante<br />
A espanhola Telefónica foi condenada uma multa de 19 milhões de euros<br />
por “abuso da posição dominante” na Argentina, avança a imprensa<br />
daquele país. As autoridades consideraram que a operadora não cumpriu<br />
uma notificação de participação na Telecom Italia porque, ao entrar no<br />
seu capital, aumentou a quota de mercado que é dividido entre Telefónica<br />
e Telecom Argentina, participada da Telecom Italia. Agora, as autoridades<br />
exigem que a Telefónica acelere o desinvestimento na Telecom Argentina.<br />
A primeira pedra da futura Escola<br />
Americana de Sintra é lançada hoje.<br />
CONSTRUÇÃO<br />
FDO investe oito milhões na construção<br />
da Escola Americana de Sintra<br />
Efacec, Brisa e construtoras<br />
atacam Mundial e olimpíadas<br />
avaliadas em 60 mil milhões<br />
Os grandes eventos desportivos no Brasil vão alavancar as oportunidades de<br />
investimento e as empresas portuguesas estão bem posicionadas, diz o BES.<br />
Cátia Simões<br />
catia.simoes@economico.pt<br />
O Campeonato do Mundo de<br />
Futebol de 2014 e os próximos<br />
Jogos Olímpicos, em 2016, que<br />
vão realizar-se no Brasil, são<br />
uma grande oportunidade de<br />
investimento para as empresas<br />
portuguesas naquele país.<br />
O investimento para os<br />
grandes eventos desportivos –<br />
estimado em 86 mil milhões de<br />
dólares (cerca de 60 mil milhões<br />
de euros) – “representa<br />
uma grande oportunidade de<br />
crescimento, não só para a economia<br />
brasileira mas também<br />
para a portuguesa”, conclui um<br />
documento do Espírito Santo<br />
Research.<br />
Contactado pelo Diário <strong>Económico</strong><br />
Artur Alves Pereira,<br />
um dos responsáveis pelo ‘research’,<br />
explica que “a copa e<br />
os jogos Olímpicos trazem<br />
grandes investimentos nas<br />
áreas de construção e infraestruturas<br />
e têm impacto no<br />
turismo”.<br />
Desta forma, o envolvimento<br />
de empresas portuguesas na<br />
preparação do país para os dois<br />
eventos “poderá representar<br />
um volume de negócios equivalentea0,2%doProdutoInterno<br />
Bruto (PIB)”, além da criação<br />
de “mais de cinco mil postos de<br />
trabalho entre 2010 e 2016”,<br />
acrescenta o mesmo estudo.<br />
A maior parte do investimento<br />
(35,4%) vai ser absorvido<br />
pelas estradas e ferrovias,<br />
devido à necessidade de construção<br />
de infra-estruturas, e<br />
construção ou modernização de<br />
instalações desportivas, que<br />
deverão receber cerca de 20,8%<br />
do investimento total.<br />
“As empresas de infra-estruturas,<br />
como a Efacec ou a<br />
Brisaeasempresasdeconstrução<br />
podem beneficiar com<br />
estes eventos” explica ao <strong>Económico</strong><br />
o economista António<br />
Nogueira Leite. Contudo, o especialista<br />
frisa que as vantagens<br />
para as empresas portuguesas<br />
deverão registar-se sobretudo<br />
“em função da presença<br />
que estas já têm no Brasil<br />
PALAVRA-CHAVE<br />
✽<br />
Lula da Silva,<br />
presidente<br />
brasileiro, frisou<br />
que a candidatura<br />
aos jogos<br />
Olímpicos deveria<br />
ser tratado como<br />
um “compromisso<br />
do estado<br />
brasileiro”.<br />
Infra-estruturas<br />
A realização destes dois eventos<br />
no Brasil vão gerar uma grande<br />
necessidade de infra-estruturas,<br />
que pode ser uma oportunidade<br />
para as empresas portuguesas.<br />
As estradas e caminhos de ferro<br />
vão absorver perto de 47% do<br />
totaldoinvestimentoprevisto:<br />
cercade33,4milmilhõesde<br />
dólares (23 mil milhões de euros).<br />
Ainda assim, é preciso reforçar<br />
as infra-estruturas básicas, como<br />
as redes energéticas.<br />
e dos seus parceiros locais.<br />
Sendo o Brasil uma economia<br />
muito desenvolvida e com<br />
‘players’ muito fortes nas áreas<br />
relacionadas com os eventos,<br />
como a construção ou as infra-<br />
-estruturas não serão precisas<br />
novas empresas.” Nogueira<br />
Leite defende que “as empresas<br />
portuguesas poderão ganhar<br />
através de parceiros locais<br />
credíveis e fortes”.<br />
Esta visão é partilhada nos<br />
Artur Alves Pereira. “Entrar no<br />
Brasil em parceria é a forma<br />
mais simples de realizar projectos<br />
desta envergadura”, diz.<br />
Mesmo as empresas que não<br />
queiram fazer o investimento<br />
directo nos eventos mas que já<br />
estejam neste país podem beneficiar.<br />
Nogueira Leite exemplificacomaPT–jáqueotráfegoda<br />
Vivo deverá aumentar – e a EDP,<br />
devido às grandes necessidades<br />
energéticas dos projectos.<br />
Luís Filipe Pereira, presidente<br />
da Efacec, que está presente<br />
no Brasil na área de infra-estruturas,<br />
garante que “existem<br />
grandes oportunidades para as<br />
empresas portuguesas e a Efacec<br />
pensa aproveitar as oportunidades<br />
e consolidá-las nas<br />
áreas de infra-estruturas”.<br />
Só na Copa do Mundo, a realizar-se<br />
em 12 cidades brasileiras,<br />
o investimento vai atingir<br />
cerca 48 mil milhões de euros,<br />
sobretudo em estradas e caminhos<br />
de ferro.“A experiência no<br />
Euro2004 constitui uma grande<br />
vantagem para as empresas<br />
portuguesas”, conclui Artur<br />
Alves Pereira.<br />
Uma visão partilhada por<br />
António Cunha Vaz. O presidente<br />
da Cunha Vaz & Associados,<br />
responsável pela comunicação<br />
institucional do Euro<br />
2004, diz que “a experiência<br />
pode resultar em parcerias<br />
com empresas brasileiras,<br />
criando-se oportunidades de<br />
negócio.” Além do investimento<br />
previsto para a Copa, a<br />
realização dos Jogos Olímpicos<br />
no Rio de Janeiro, em 2016,<br />
“implicará investimentos adicionais”,<br />
na ordem dos dez mil<br />
milhões de euros. ■<br />
A Fundação Escola Americana de Lisboa acabou de adjudicar à FDO<br />
Construções a construção das instalações da futura Escola Americana<br />
localizada em Sintra, numa intervenção orçada em oito milhões de euros.<br />
A empresa do Grupo FDO realizará a construção de todo o projecto<br />
educativo, estando previsto, entre outras estruturas, um pavilhão<br />
polidesportivo, um refeitório e um teatro, bem como a realização de<br />
arranjos exteriores. A primeira pedra do novo edifício é hoje lançada.<br />
Sacyr quer construir<br />
estádios no Brasil<br />
A espanhola Sacyr, que controla a<br />
portuguesa Somague, formou um<br />
consórcio com as empresas<br />
brasileiras Queiroz Galvão e<br />
Carioca Chistiani-Nielsen para<br />
apresentar uma proposta para a<br />
construção do estádio Arena das<br />
Dunas, em Natal. A proposta terá<br />
que ser apresentada até ao<br />
próximo dia 22 de Fevereiro.<br />
Também o grupo espanhol OHL<br />
deve entrar na corrida. Está<br />
também a decorrer o concurso<br />
para o estádio no Pernambuco e<br />
as propostas têm que ser<br />
apresentadas até ao dia 5 de<br />
Fevereiro. As obras vão arrancar<br />
durante o mês de Março. Para o<br />
Mundial de Futebol de 2014 o<br />
Brasil deverá construir cinco<br />
novos estádios – entre eles o de<br />
Natal – e realizar obras em alguns<br />
dosjáexistentes.C.S.<br />
A selecção brasileira de futebol<br />
vai jogar em casa no Campeonato<br />
do Mundo de 2014.<br />
EMPRESAS PORTUGUESAS QUE<br />
Efacec<br />
A empresa liderada por Luís<br />
Filipe Pereira (na foto) está<br />
presente na área de infras-<br />
-estruturas e vai beneficiar com a<br />
construção de estádios, ferrovias<br />
e estradas. A Efacec também<br />
admite ir a concursos de energia.
AVIAÇÃO<br />
Esayjet cancela voos de Portugal<br />
para o Reino Unido devido ao mau tempo<br />
Quatro voos da easyJet com partida de Faro e um a partir de Lisboa e<br />
destino ao Reino Unido foram ontem cancelados, na sequência das más<br />
condições climatéricas que continuam a afectar o território britânico. Os<br />
valores reportam-se a meio da tarde de ontem, sem que a empresa tenha<br />
divulgado o número de passageiros afectados. Estes cancelamentos<br />
acontecen depois da companhia de baixo custo ter deixado em Lisboa<br />
cerca de 150 passageiros que previam passar o fim de ano na Madeira.<br />
VÃO BENEFICIAR COM O MUNDIAL E AS OLIMPÍADAS<br />
Brisa<br />
A Brisa, liderada por Vasco de<br />
Mello (na foto), tem uma forte<br />
presença no Brasil nas autoestradas,<br />
infra-estruturas<br />
considerada prioritárias que<br />
vão captar grande parte do<br />
investimento previsto.<br />
Somague<br />
A Sacyr, dona da Somague,<br />
presidida por Machado do Vale<br />
(na foto), vai concorrer à<br />
construção de um estádio em<br />
Natal. Vão ser construídos cinco<br />
novos estádios e outros serão<br />
modernizados.<br />
AssusconcorrecomaJPSáCouto,HP<br />
eToshibaparaonovoMagalhães.<br />
Dylan Martinez / Reuters<br />
Portugal Telecom<br />
A Portugal Telecom, lidrerada<br />
por Zeinal Bava (na foto), tal<br />
como a EDP, vai beneficiar<br />
indirectamente com os grandes<br />
eventos desportivos com<br />
o aumento do consumo de<br />
comunicações e energia.<br />
TECNOLOGIA<br />
Sexta-feira 8 Janeiro 2010 Diário <strong>Económico</strong> 29<br />
Asus na corrida para o concurso do novo<br />
computador Magalhães<br />
A Asus anunciou ontem, tal como o DIário <strong>Económico</strong> avançou, que vai<br />
participar no concurso público que o Governo lançou para encontrar o<br />
substituto do Magalhães. O concurso é lançado ao abrigo do programa<br />
e-Escolinhas e tem como objectivo fornecer 250 mil computadores aos<br />
alunos e professores do primeiro ciclo do ensino básico em Portugal.<br />
“Estamos confiantes, pois fomos os criadores do conceito de netbook”,<br />
referiu Helder Bastos, Business Development Manager da Asus Portugal.<br />
Empresários<br />
acreditam<br />
no mercado<br />
As oportunidades de investimento<br />
no Brasil não estão<br />
dependentes destes eventos.<br />
Cátia Simões<br />
catia.simoes@economico.pt<br />
Apesar da importância de eventosdegrandedimensãoparaa<br />
criação de oportunidades de negócio,<br />
o mercado brasileiro está<br />
longe de depender destes acontecimentos<br />
para crescer.<br />
As empresas portuguesas têm<br />
investido, tradicionalmente, no<br />
Brasil, já que a proximidade cultural,<br />
história e de língua facilita<br />
a entrada neste mercado. Por outro<br />
lado, o Brasil, a estabilidade<br />
macroeconómica e política, a dimensão<br />
do mercado, a abertura a<br />
outros mercados e, sobretudo, os<br />
vastos recursos naturais tornam<br />
o país ainda mais atractivo.<br />
“O Brasil tem recursos imensos<br />
que estão longe de estar esgotados”,<br />
diz António Costa e<br />
Silva, presidente da Partex. “Os<br />
investimentos devem ser feitos<br />
em parcerias entre empresas do<br />
país e estrangeiras, o que é útil<br />
para trazer novas ideias e tecnologia”,<br />
frisa, dando o exemplo da<br />
sua petrolífera.<br />
Também António Cunha Vaz,<br />
da Cunha Vaz & Associados, defende<br />
o estabelecimento de parcerias<br />
no Brasil, “por uma questão<br />
de escala. Assim é possível<br />
cobrir uma área maior do território<br />
e prestar um melhor serviço”.<br />
Já Luís Filipe Pereira, presidente<br />
da Efacec, acredita em parcerias<br />
neste mercado mas para os<br />
grandes projectos. “Temos capacidade<br />
local para irmos sozinhos<br />
a concursos públicos, com a Efacec<br />
Brasil”, garante. O responsávelreferequeograndepotencial<br />
deste mercado ficou provado<br />
comafactodoBrasilterganhoa<br />
organização da Copa do Mundo<br />
2014 e dos Jogos Olímpicos 2016.<br />
As empresas de construção<br />
como a Mota-Engil ou a Soares<br />
da Costa, ou concessionárias<br />
como a Brisa também têm no<br />
Brasil um dos seus principais<br />
mercados.Enãoéporacasoque<br />
aGalpeaEDPestabeleceram<br />
uma série de parcerias com empresas<br />
locais para a exploração<br />
dos recursos naturais daquele<br />
país.EoestudodoEspíritoSanto<br />
refere que o petróleo é a sexta<br />
matéria-prima mais exportada<br />
no Brasil e que este país é o maior<br />
produtor mundial de etanol.<br />
Apesar deste potencial de<br />
crescimento, António Costa e Silva<br />
alerta para a necessidade de<br />
modernização de infra-estruturas,<br />
sobretudo no que toca à rede<br />
energética. “A rede energética<br />
brasileira tem de ser modernizada<br />
e sustentada. A única hipótese é<br />
apostar nas redes inteligentes e<br />
em tecnologia.” O presidente da<br />
Partex dá o exemplo do ‘blackout’<br />
de 15 de Novembro, que deixou<br />
mais de 50 milhões de brasileiros<br />
às escuras. “Foi uma chamada de<br />
atenção mas este não é um problemasódoBrasil”,aponta.<br />
O responsável refere ainda<br />
que, devido ao grande consumo<br />
energético previsto durante a<br />
Copa e os Jogos Olímpicos a actualização<br />
da rede tem de ser feita<br />
“antes dos eventos”. ■<br />
António Costa<br />
e Silva, presidente<br />
da Partex, diz<br />
que apesar<br />
do potencial<br />
do país é preciso<br />
modernizar as<br />
infra-estruturas<br />
de forma<br />
sustentada.
30 Diário <strong>Económico</strong> Sexta-feira 8 Janeiro 2010<br />
EMPRESAS<br />
TELEMÓVEIS<br />
TMN lança aplicações gratuitas<br />
de notícias e futebol para telemóvel<br />
A TMN lançou uma série de ‘widgets’ gratuitos para o telemóvel, que<br />
permitem aceder a conteúdos que são normalmente visualizados na<br />
internet através do telemóvel. A TMN disponibiliza assim notícias de<br />
futebol, dos principais clubes e da selecção nacional, notícias de desporto<br />
em geral, economia, bolsa de emprego com o apoio do Sapo Emprego,<br />
notícias de última hora, trânsito e resultados dos jogos da Santa Casa. Os<br />
‘widgets’ estão disponíveis na App Store TMN.<br />
O mercado liberalizado de electricidade<br />
já representa quase metade do total.<br />
MICROSOFT PROMETE XBOX CONTROLADA POR GESTOS ATÉ AO NATAL DE 2010<br />
Sara Piteira Mota<br />
sara.mota@economico.pt<br />
Depois um ano extremamente<br />
difícil para a indústria automóvel,<br />
a SIVA prevê um começo de ano<br />
instável e com a “certeza de que<br />
asvendasdecarrosemPortugal<br />
vão estagnar nas 160 mil unidades”,<br />
diz Fernando Monteiro, administrador<br />
da SIVA, importador<br />
do grupo Volkswagen (VW).<br />
Apesar disso o responsável<br />
acredita que o primeiro trimestre<br />
de 2010 será uma incógnita, mas<br />
realça que as marcas representadaspelaSIVA–,VW,Audi,Skoda,<br />
Bentley, Lamborghini – vão reforçar<br />
as quotas de mercado e aumentar<br />
a facturação em 2010. “Ao<br />
contrário de outros grupos que<br />
estão a reestruturar-seeavender<br />
marcas, o grupo VW fortaleceu-<br />
se nesta crise e tem hoje oportunidade<br />
de reforçar a sua posição.<br />
Em Portugal, vamos aproveitar o<br />
lançamento de novos produtos<br />
para crescer”, explica Fernando<br />
Monteiro.<br />
Embora esteja optimista em<br />
relação a 2010, Fernando Monteiro<br />
tem consciência de que o primeirotrimestredoanonãoserá<br />
fácil. “Começámos o ano sem as<br />
regras do jogo esclarecidas. Ainda<br />
não sabemos o que vai mudar no<br />
programa de abates a veículos<br />
velhos, o que gera alguma indefinição<br />
quer aos operadores quer<br />
aos clientes”, acrescenta o gestor<br />
da SIVA.<br />
O Governo tenciona renovar<br />
oregimedeincentivosparao<br />
sector automóvel, mas a medida<br />
vai estar contemplada no Orçamento<br />
do Estado, que só será<br />
ENERGIA<br />
Endesa ultrapassa Iberdrola<br />
no mercado liberalizado de electricidade<br />
O mercado liberalizado de electricidade, em Novembro, já representa quase<br />
metade do total, subindo de 2,4%, em Novembro de 2008, para 41,9%<br />
em Novembro do ano passado, com a Endesa a ultrapassar a Iberdrola. Segundo<br />
a Entidade Reguladora dos Serviços Energéticos (ERSE), “o consumo<br />
anualizado no mercado liberalizado, em Novembro, é cerca de 16 vezes<br />
o que se verificava” no mesmo mês de 2008, “atingindo um novo máximo<br />
histórico desde o início da liberalização total em Portugal”.<br />
A apresentação da Microsoft, que marcou o arranque da feira tecnológica de Las Vegas, desiludiu a plateia, que esperava ver pela primeira vez o<br />
Courier, o ‘tablet’ com duas telas da tecnológica. Robbie Bach, presidente da divisão de entretenimento da Microsoft, preferiu mostrar o “Project<br />
Natal”: o sensor de movimento para a Xbox 360, que permite jogar sem comandos, apenas através de gestos. A expectativa é que esta tecnologia<br />
chegue ao mercado no Natal de 2010.<br />
SIVA admite estagnação do mercado<br />
automóvel em Portugal em 2010<br />
A vendas da SIVA caíram 20% em 2009, mas as marcas reforçaram as quotas de mercado.<br />
R8 SPYDER<br />
A Audi tem como trunfos para este<br />
ano o R8 Spyder (na foto), A1, A7 e A8.<br />
YETI<br />
O Yeti, o SUV da Skoda, foi lançado<br />
em Dezembro e será um dos trunfos.<br />
aprovado em Fevereiro ou Março.<br />
Vendas caíram 20% em 2009<br />
As vendas das cinco marcas de<br />
veículos de passageiros do grupo<br />
VW decresceram 20%, no ano<br />
passado, mas mesmo assim o grupo<br />
conseguiu reforçar as quotas de<br />
mercado. A marca VW conseguiu<br />
chegar ao ‘top 3’ das marcas mais<br />
vendidas em Portugal, e ocupa<br />
hoje o segundo lugar no ranking<br />
de vendas. Também a Audi reforçou<br />
a posição e hoje é a segunda<br />
marca ‘premium’ mais bem cotada,<br />
destronando a Mercedes. A<br />
Skoda foi a marca mais afectada<br />
do grupo tendo decrescido 31%.<br />
No segmento de luxo, a Bentley<br />
vendeu apenas mais um carro<br />
(para um total de 11 veículos) e a<br />
Lamborghini quatro unidades<br />
contra zero em 2008.■<br />
SAGSOBEEMBOLSA<br />
1,35<br />
1,30<br />
1,25<br />
1,20<br />
Mario Anzuoni/Reuters<br />
As acções da SAG fecharam<br />
a sessões de ontem a valorizar<br />
0,76%, fixando-se cada cada<br />
título nos 1,33 euros.<br />
1,40<br />
03-12-2009<br />
Fonte: Bloomberg<br />
07-01-2010
AUTOMÓVEL<br />
Híbridos já representam 2,8% das vendas<br />
de carros nos Estados Unidos<br />
As vendas de carros híbridos caíram em 2009, mas menos do que as<br />
vendas globais nos EUA. Estes veículos conseguiram ganhar quota e<br />
representam hoje 2,8% do mercado norte-americano. Os especialistas<br />
acreditam que há margem para que este ano os híbridos continuem a<br />
conquistar os consumidores. De acordo com a Bloomberg, no ano passado<br />
foram vendidos 290.415 veículos híbridos (que recorrem a um motor de<br />
combustão, associado a um outro eléctrico), menos 8,1% que em 2008.<br />
Pilotos portugueses<br />
continuam em<br />
grande no Dakar<br />
Helder Rodrigues e Ruben Faria terminaram<br />
etapa no ‘top ten’ da classificação.<br />
Hugo Real<br />
hugo.real@economico.pt<br />
A‘armada’portuguesa<br />
continua em<br />
evidência na vigésima<br />
edição do<br />
Dakar, isto apesar do abandono<br />
de Paulo Gonçalves. Nas motos, o<br />
destaque vai para Helder Rodrigues,<br />
que terminou a sexta etapa<br />
(ligou Antofagasta a Iquique), no<br />
terceiro lugar. A prestação do piloto<br />
da Yamaha ao longo dos quase<br />
600 quilómetros do dia, 418 de<br />
especial, permitiu a manutenção<br />
doúltimolugardopódio.Noentanto,<br />
Helder Rodrigues está agora<br />
mais perto do segundo lugar,<br />
ocupado pelo chileno Lopez Contardo.Amanterestenível,poderá<br />
mesmo aspirar a melhorar a sua<br />
melhor clasificação de sempre, o<br />
quinto lugar obtido nas duas últimas<br />
edições da prova.<br />
A liderança continua nas<br />
mãos do francês Cyril Despres,<br />
o companheiro de equipa do<br />
português Ruben Faria, que<br />
Carlos Sousa<br />
Piloto da<br />
Mitsubishi<br />
Além da quarta posição da geral,<br />
Carlos sousa é o primeiro entre<br />
os pilotos privados, sendo<br />
também o líder entre os que<br />
conduzem carros a gasolina.<br />
MOTAS CARROS<br />
Piloto Marca<br />
1 Despres (Fra) KTM 21:35:59<br />
2 Lopez Contardo (Chi) APRILIA 00:42:15<br />
3 Rodrigues (Prt) YAMAHA 0:44:05<br />
4 Coma (Esp) KTM 01:06:21<br />
5 Ullevalseter (Nor) KTM 1:14:42<br />
6 Duclos (Fra) KTM 1:21:56<br />
7 Street (USA) KTM 1:24:22<br />
8 Fretigne (Fra) YAMAHA 2:00:57<br />
9 Jakes (Svk) KTM 2:07:39<br />
10 Pain (Fra) YAMAHA 2:08:46<br />
16 Faria (Prt) KTM 3:01:23<br />
21 Bianchi Prata (Prt)<br />
Fonte: DE<br />
BMW 4:41:58<br />
continua a recuperar lugares na<br />
classificação geral. O piloto da<br />
KTM Red Bull foi décimo na etapa,<br />
o que lhe permitiu recuperar<br />
cinco posições, passando agora,<br />
a ocupar o 16º posto. Uma prestação<br />
que poderia ter sido ainda<br />
melhor. “Pela manhã cometi<br />
um erro de navegação e perdi<br />
algum tempo e lugares na pista”,<br />
explicou o piloto no final da<br />
etapa. De referir ainda o fim do<br />
Dakar para Paulo Gonçalves. O<br />
piloto, que à partida estava no<br />
sexto lugar da geral, foi obrigado<br />
a abandonar a prova, depois<br />
de ter fracturada a clavicula<br />
após muma queda ao quilómetro<br />
195 da especial.<br />
Carlos Sousa já é quarto<br />
Se nas motas os portugueses têm<br />
estado em grande, o mesmo se<br />
aplica aos automóveis. Apesar da<br />
sétima posição na etapa de ontem,<br />
Carlos Sousa ascendeu ao<br />
quarto lugar da geral, igualando<br />
o registo com que terminou a<br />
prova em 2003. À frente do piloto<br />
da Mitsubishi estão apenas três<br />
carros oficiais da Volkswagen, o<br />
que faz de Carlos Sousa o primeiro<br />
dos privados e o líder entre os<br />
pilotos que conduzem carros<br />
com motor a gasolina. A sexta<br />
etapa foi também positiva para<br />
Miguel Barbosa e Ricardo Leal<br />
dos Santos. O primeiro subiu à<br />
décima primeira posição da geral,<br />
enquanto Leal dos Santos<br />
passouaserodécimoquarto.<br />
Hoje os pilotos têm pela frente<br />
600 quilómetros de especial, a<br />
maislongadaprova,quevãoligar<br />
Iquique a Antofagasta.■<br />
Piloto Marca<br />
1 Sainz (Esp) VOLKSWAGEN 20:35:33<br />
2 Al-Attiyah (Qat) VOLKSWAGEN 0:15:24<br />
3 Miller (USA) VOLKSWAGEN 0:17:47<br />
4 Sousa (Prt) MITSUBISHI 1:34:04<br />
5 Holowczyc (Pol) Nissan Overdrive 1:43:40<br />
6 Gordon (USA) HUMMER 1:48:25<br />
7 Chicherit (Fra) BMW 1:51:42<br />
8 Peterhansel (Fra) BMW 2:04:02<br />
9 Spinelli (Bra) MITSUBISHI 2:12:18<br />
10Novitskiy (Rus) BMW 3:10:18<br />
11 Barbosa (Prt) MITSUBISHI 3:22:40<br />
13 Leal dos Santos<br />
Fonte: DE<br />
BMW 3:41:17<br />
O investimento nesta linha ferroviária<br />
foi de 72 milhões de euros.<br />
1<br />
2<br />
CRÓNICA DAKAR 2010<br />
Erro infantil<br />
RUBEN FARIA<br />
Piloto da KTM Red Bull<br />
Após o excelente dia de ontem,<br />
hoje [quinta-feira] senti novamente<br />
uma sensação amarga<br />
em virtude de um erro que cometi<br />
e que não deveria ter<br />
acontecido. Pela primeira vez<br />
neste Dakar errei por culpa<br />
minha. Falhei, logo pela manhã<br />
de hoje, uma marcação no<br />
‘road-book’ que me fez perder<br />
algum tempo, precioso nesta<br />
fase da corrida, especialmente<br />
porque queria estar mais próximo<br />
do Cyril para o ajudar.<br />
TRANSPORTES<br />
Sexta-feira 8 Janeiro 2010 Diário <strong>Económico</strong> 31<br />
Exploração da linha ferroviária<br />
do Porto de Aveiro arranca em Março<br />
A exploração do ramal ferroviário do Porto de Aveiro vai arrancar em Março,<br />
disse António Mendonça, ministro das Obras Públicas, ministro das Obras<br />
Públicas, António Mendonça, citado pela Lusa. O ministro destacou a importância<br />
do transporte de mercadorias entre o Porto de Aveiro e a Linha do<br />
Norte, em Cacia, através da linha ferroviária, um investimento de 72 milhões<br />
de euros. “Em Dezembro foi já completada a ligação ferroviária, que é muito<br />
importante e vem complementar as ligações rodoviárias”.<br />
Excepção feita a esse erro, que<br />
me relegou para a vigésima<br />
posição no primeiro posto de<br />
controle de tempos, tudo decorreu<br />
de forma tranquila<br />
comoontem.Eofactodeter<br />
terminado no décimo lugar da<br />
especial, apenas me deixou<br />
mais chateado quanto ao resultado<br />
que poderia ter feito se<br />
não errasse logo pela manhã.<br />
A especial de hoje estava recheada<br />
de armadilhas e, infelizmente,<br />
o Paulo Gonçalves foi<br />
uma das vítimas da mesma, tal<br />
como o Luca Manca. Sabemos<br />
que as quedas são um dos riscos<br />
da nossa profissão, mas<br />
DR<br />
TMN Red Bull<br />
1 Helder Rodrigues,<br />
piloto da Yamaha,<br />
terminou a sexta<br />
etapaemterceiro<br />
lugar e está mais<br />
perto do segundo<br />
lugar na tabela de<br />
classificação.<br />
2 Ruben Faria, da<br />
KTM Redbull,<br />
terminou a prova em<br />
em 10º lugar o que<br />
lhe permitiu passar<br />
para o 16º lugar na<br />
tabela classificativa.<br />
nunca gostamos que os amigos<br />
abandonemasprovasemque<br />
participamos, especialmente<br />
quando os resultados são tão<br />
animadores, mas desejo as<br />
melhores a ambos. Amanhã<br />
temos a mais longa especial da<br />
prova pela frente, com 600<br />
quilómetros... Vai ser um dia<br />
bastante difícil antes do merecido<br />
dia de descanso em Antofagasta.<br />
A prova pode ficar definitivamente<br />
decidida amanhã.<br />
Depois de uma toada calculista,<br />
o Cyril vai certamente<br />
assumir a mesma postura. Mas<br />
temos ainda que definir a estratégia.<br />
■
32 Diário <strong>Económico</strong> Sexta-feira 8 Janeiro 2010<br />
PUBLICIDADE & MEDIA<br />
TECNOLOGIA<br />
Operadora TMN disponibiliza “Widgets”<br />
para o telemóvel<br />
A TMN acaba de anunciar o lançamento de um novo conjunto de ‘widgets’<br />
gratuitos para telemóvel. Com as aplicações adaptadas aos telemóveis,<br />
os clientes da operadora da Portugal Telecom poderão aceder no ecrã<br />
do seu telefone a conteúdos habitualmente acedidos através da Internet.<br />
Desde notícias de futebol a outras modalidades, como notícias<br />
de economica, oportunidades de emprego, notícias locais, breaking news<br />
ou até resultados dos Jogos Santa Casa.<br />
O que as marcas têm de fazer<br />
para escapar à crise em 2010<br />
Da banca à ecologia, a Landor traçou o cenário para oito áreas de actividade diferentes.<br />
Margarida Henriques<br />
margarida.henriques@economico.pt<br />
Quais são as principais tendências<br />
para 2010? De que forma vão<br />
afectar as marcas? Foi a estas<br />
questões que os analistas da consultora<br />
de ‘branding’ Landor responderam,<br />
traçando o cenário<br />
para este ano em oito áreas.<br />
Na banca a confiança perdeuse<br />
e há uma percepção negativa.<br />
As marcas devem manter a cultura<br />
local, criando empatia em cada<br />
ponto de contacto com o cliente e<br />
tornando-se essenciais. Mas, na<br />
opinião de Carlos Coelho, presidente<br />
da Ivity Brand Corp, primeiro<br />
têm de recuperar a confiança,<br />
e isso só é possível com<br />
marcas mais conservadoras, onde<br />
há pouco espaço para a inovação.<br />
Ou, como diz Pedro Dionísio,<br />
membro do comité científico do<br />
Marketing Futurecast Lab do<br />
GIEM-ISCTE, “é fundamental<br />
retomar contacto humano, de<br />
flexibilização da oferta em função<br />
Carlos Coelho,<br />
presidente da Ivity<br />
Brand Corp<br />
considera que<br />
abancatemser<br />
mais<br />
conservadora,<br />
deixando pouco<br />
espaço para<br />
a inovação.<br />
Pedro Dionísio,<br />
do Marketing<br />
Futurecast Lab<br />
defende que na<br />
aviação há espaço<br />
para ‘niche<br />
tributes’ serviços<br />
diferenciadores<br />
em determinados<br />
nichos de mercado.<br />
MARCA<br />
Fanta lança promoção ‘online’<br />
eTesteFantológico<br />
O objectivo da promoção Fun Fanta é convidar os portugueses<br />
adivertirem-seeaentraremnoespírito da marca. Daí que o prémio seja<br />
a oferta de cartões para o Fun Center, do Colombo. A mecânica é simples:<br />
todos os dias, os primeiros 10 concorrentes a responderem ao Teste<br />
Fantológico são os premiados, recebendo ainda uma previsão para 2010.<br />
Mas para sabem a que horas podem participar na promoção<br />
os concorrentes têm de ser amigos da marca no Hi5 ou no Facebook.<br />
de necessidades e contextos. É<br />
nas marcas conservadoras que há<br />
mais oportunidades”.<br />
As marcas que apostam nos<br />
media sociais têm de aprender a<br />
lidar com internautas que se escondem<br />
e são mais selectivos nos<br />
conteúdos. Vai haver cada vez<br />
mais interacção pessoa a pessoa<br />
em tempo real. As empresas devem<br />
envolver o consumidor com<br />
um diálogo relevante. O marketing<br />
viral é uma forma eficaz para<br />
fazer passar uma mensagem, e<br />
Pedro Dionísio acrescenta ainda a<br />
grande importância da recomendação<br />
num contexto ‘consumer<br />
to consumer’.<br />
Na aviação só há uma tendência:<br />
sobrevivência. As transportadoras<br />
fazem cada vez mais parcerias<br />
com empresas de outros países<br />
para partilharem serviços e<br />
programas de lealdade, reduzindo<br />
os custos. Com isto diminuem os<br />
pontos de contacto com os clientes,devendoaexpressãodamarca<br />
ser maximizada sempre que pos-<br />
sível. O ‘site’ pode ser um elemento<br />
bastante diferenciador – aliás,<br />
Carlos Coelho considera que este é<br />
um ‘must’ vital. Mas não concorda<br />
que as marcas tenham menos<br />
importância – “há menos marcas<br />
mas mais fortes”, diz. O professor<br />
do ISCTE recorda que “há lugar<br />
para ‘niches tributes’, isto é características/serviços<br />
diferenciados<br />
para determinados nichos”.<br />
No design há uma tendência<br />
para a homogeneidade e as empresas<br />
têm de ter atenção para se<br />
manterem fiéis aos seus traços<br />
mais distintivos. Neste contexto<br />
começa a surgir um estilo de design<br />
propositadamente feio, como<br />
forma de chamar a atenção.<br />
“Houve uma democratização do<br />
design e no futuro vai ser mais difícil,<br />
mais complexo e terá de se<br />
procurar a diferenciação”, confirma<br />
Carlos Coelho.<br />
Omercadomundialdeprodutos<br />
“verdes” vai continuar a crescer<br />
e por isso a sustentabilidade é<br />
uma tendência que as marcas e<br />
“Fun Fanta” é o nome da nova<br />
promoção ‘online’ da marca.<br />
Paulo Figueiredo<br />
O sector da aviação vai assistir<br />
à diminuição do número de marcas.<br />
empresas devem abraçar. Os<br />
consumidores querem produtos<br />
que ofereçam um benefício sustentável,<br />
a um preço justo, de<br />
empresas responsáveis. Segundo<br />
Pedro Dionísio, “a sua concretização<br />
plena é apenas uma questão<br />
de tempo”<br />
A crise financeira fez com que<br />
os consumidores procurassem<br />
mais valores do que valor. A responsabilidade<br />
social é um factor<br />
de compra importante e muitas<br />
empresas vão ser ainda mais específicas<br />
nas causas que apoiam.<br />
A redução do poder de compra<br />
e o aumento das compras racionais<br />
levam ao regresso a um dos<br />
princípios básicos do marketing<br />
na alimentação e bebidas: grandes<br />
produtos fazem grandes marcas.<br />
“É o regresso ao domínio das<br />
marcas”, comenta o presidente<br />
da Ivity Brand Corp. Pedro Dionísio<br />
recorda que “estes produtos<br />
são dificilmente dispensáveis,<br />
mas há lugar para diferentes<br />
abordagens de preço”. ■
INTERNET<br />
Google lança AdSense em Portugal<br />
para rentabilizar ‘sites’ na Internet<br />
A Google anunciou ontem o lançamento de um programa de publicidade<br />
que permite aos proprietários de páginas na Internet de obter receitas<br />
adicionais de forma gratuita. O sistema AdSense disponibiliza anúncios<br />
de texto e imagem nas páginas de Internet que integram a rede<br />
de conteúdos da Google. Para isso, o dono do ‘site’ tem apenas que<br />
autorizar a exibição de anúncios na sua página através do endereço<br />
adSense.google.com.<br />
OPINIÃO<br />
Grandes demais ...para falar<br />
JOÃO ADELINO FARIA<br />
Jornalista e ‘pivot’ da RTP<br />
É um dos homens mais poderososdoplanetamastambémdos<br />
mais reservados. Quando tem<br />
algo para dizer, o mundo fica literalmente<br />
em suspenso, pois<br />
uma palavra dele pode mudar a<br />
vida de milhões de pessoas e influenciar<br />
gerações. Talvez por<br />
isso este homem e os seus antecessores<br />
tenham evitado falar e<br />
dar entrevistas....pelo menos<br />
até agora!<br />
Ben Bernanke quebrou a tradição<br />
e, na entrevista que deu à<br />
revista Time, justificou o que o<br />
levouamudardeopiniãoeafazer<br />
várias declarações públicas.<br />
Com o peso que transporta o<br />
homem que ajudou a prevenir<br />
uma catástrofe económica no<br />
mundo, o Presidente da Reserva<br />
Federal Norte-Americana diz<br />
agora que um dos segredos para<br />
evitar o colapso financeiro foi<br />
explicar detalhadamente a si-<br />
“Ainda hoje<br />
responsáveis<br />
económicos, políticos<br />
saem dos seus<br />
“blindados<br />
escritórios”<br />
esquecendo que<br />
devem explicações<br />
aos milhões de<br />
portugueses para<br />
quem trabalham”.<br />
tuação e revelar o que estava a<br />
tentar combater.<br />
Diz Ben Bernanke que grande<br />
parte do medo, da incerteza e da<br />
desconfiança mundial foi provocado<br />
pela ausência de respostas<br />
de quem tem responsabilidades.<br />
Por isso este homem<br />
quebrou uma regra tácita da Reserva<br />
Federal, e aceitou falar<br />
várias vezes com os jornalistas<br />
para esclarecer a opinião pública<br />
mundial.<br />
Esta deveria ser uma lição<br />
simples a aprender por muitos<br />
dos que olham ainda para os<br />
jornalistas como “bisbilhoteiros”!<br />
Até porque nos últimos<br />
anos em Portugal tem aumentadoadesconfiançademuitosdirigentes<br />
sobre quem trabalha na<br />
informação.<br />
Ainda hoje responsáveis económicos,<br />
financeiros, políticos<br />
ou agentes da justiça saem a<br />
correr dos seus “blindados escritórios”<br />
esquecendo que devem<br />
explicações, não aos jornalistas<br />
que os esperam, mas aos<br />
milhões de portugueses para<br />
quem trabalham! Esquecem que<br />
sem esclarecimentos crescem as<br />
dúvidas e as desconfianças que<br />
vão minar a autoridade do Estadoeaconfiançadequemorepresenta.<br />
Não defendo com isto, que<br />
devam ser feitas declarações<br />
avulsas proferidas numa qualquer<br />
esquina de qualquer ministério,<br />
ou palavras sem sentido<br />
no meio de uma festa ou<br />
inauguração onde se “caçou”<br />
um dos nossos representantes<br />
ou dirigentes. Infelizmente, essas<br />
são ainda na maior parte das<br />
vezes as únicas palavras disponíveis<br />
e por isso as que transmitimos<br />
nos telejornais.<br />
São necessárias, sim, mais<br />
declarações pensadas e estruturadas<br />
em que de facto se diga<br />
algo. São também urgentes os<br />
esclarecimentos de responsáveis<br />
aos jornalistas e não apenas<br />
os habituais depoimentos inócuos<br />
para evitar incómodas<br />
perguntas.<br />
Numa palavra, quem nos governa,<br />
dirige, fiscaliza ou julga<br />
tem de compreender urgentemente<br />
a necessidade de saber<br />
comunicar com honestidade!<br />
Caso contrário todas estas<br />
pessoas vão continuar a acreditar<br />
que são demasiado grandes<br />
ou importantes para falar e...<br />
para falhar. ■<br />
IDENTIDADE<br />
Pedigree lança nova imagem<br />
em que o cão é a estrela<br />
A Pedigree apresentou a nova imagem da marca em que as embalagens<br />
têm informação de leitura fácil e apoiada por ícones, sobre os benefícios<br />
nutricionais da alimentação. Nas novas embalagens estão presentes<br />
testemunhos reais de trabalhadores da Mars, que mostram os seus<br />
animais e atestam a eficácia desta alimentação, bem como compromissos<br />
de qualidade assumidos pela marca. Com a renovação da imagem<br />
a Pedigree pretende reforçar o posicionamento “Somos pelos cães”.<br />
PEOPLE’S CHOICE AWARDS ELEGE JONHNNY DEPP<br />
Sexta-feira 8 Janeiro 2010 Diário <strong>Económico</strong> 33<br />
As novas embalagens têm informação<br />
de leitura fácil.<br />
© Disney<br />
O público elegeu, em mais uma edição do People’s Choice Awards, a Saga Twilight<br />
com os prémios “Filme Favorito”, “Elenco Favorito”, “Franchising Favorito”<br />
e “Melhor Actor Revelação - Taylor Lautner. Já Johnny Depp, foi considerado o actor<br />
da Década, e justifica-o (também) com o papel de Chapeleiro Louco (na imagem) no<br />
novo filme de Tim Burton: Alice no País das Maravilhas que estreia 4 de Março.
34 Diário <strong>Económico</strong> Sexta-feira 8 Janeiro 2010<br />
FINANÇAS<br />
BES foi a única cotada<br />
asobreviveràfugados<br />
investidores na Bolsa<br />
Banco foi o único a registar uma variação positiva de acções negociadas,<br />
enquanto que a praça lisboeta negociou menos 25% no ano passado.<br />
Tiago Figueiredo Silva<br />
tiago.silva@economico.pt<br />
O ano que terminou não podia ter<br />
sido mais positivo para a bolsa de<br />
Lisboa, que registou os maiores<br />
ganhos em doze anos. No entanto,<br />
apesar dos primeiros sinais de<br />
recuperação da crise, assistiu-se<br />
em2009aumafugadeinvestidores<br />
que se traduziu, inevitavelmente,<br />
num menor número de<br />
acções transaccionadas. Apesar<br />
da razia, houve um título que<br />
conseguiu sobreviver: o BES.<br />
De acordo com os dados da<br />
Bloomberg, os títulos do banco<br />
liderado por Ricardo Salgado foram<br />
os únicos a registar uma variaçãopositivanovolumedeacções<br />
negociadas. Contas feitas,<br />
foram transaccionados quase 530<br />
milhões de títulos em 2009, um<br />
valor 9% superior aos 484 milhões<br />
de papéis alcançados no<br />
ano anterior. Os analistas contactados<br />
pelo Diário <strong>Económico</strong><br />
não têm dúvidas em eleger o aumento<br />
de capital feito pelo BES<br />
no ano passado, como o factor<br />
determinante para a “sobrevivência”.<br />
“Foi uma operação que<br />
foi feita com um preço de subscrição<br />
muito baixo e que resultou<br />
numa grande emissão de acções”,<br />
afirmou o gestor de activos<br />
da F&C, Pedro Pintassilgo.<br />
Além de partilhar a mesma opinião,<br />
Pedro Lino sublinha ainda o<br />
interesse pelo título. “O BES foi<br />
dos principais bancos recomendadoseointeresseéreflectidona<br />
quantidade de acções negociadas”,<br />
sublinhou o CEO da corretora<br />
Dif Broker.<br />
Em sentido inverso, a Teixeira<br />
Duarte, a Portucel e o BPI foram<br />
as cotadas que apresentaram a<br />
maior queda, no ano passado, de<br />
acções negociadas: 60%. Se os<br />
investidores que apostaram na<br />
construtora, quando esta negociava<br />
nos dois euros por acção,<br />
não quiseram desfazer-se dos<br />
seus investimentos face às potenciais<br />
menos-valias, o reduzido<br />
‘free-float’ (a quantidade de<br />
acções livres que existem) explica<br />
a forte quebra da papeleira e da<br />
instituição financeira. “A causa<br />
para a queda do BPI tem a ver<br />
Ricardo Salgado<br />
lidera a única<br />
empresa que, em<br />
2009, viu subir o<br />
número de acções<br />
negociadas em<br />
bolsa, face ao ano<br />
anterior.<br />
com o ‘free-float’ muito reduzido,<br />
além de os seus accionistas<br />
não terem mostrado interesse em<br />
mexer nas suas posições em<br />
2009”, refere Pedro Pintassilgo.<br />
Já o analista da Intervalores, Frederico<br />
Antão, acrescenta que a<br />
instituição bancária “foi, dos três<br />
bancos, o mais estável e com isso<br />
terá gerado um menor interesse<br />
por uma parte significativa dos<br />
investidores”.<br />
Em termos de volume de negócios<br />
(valor negociado), nenhuma<br />
das vinte cotadas do PSI 20<br />
conseguiu apresentar uma variação<br />
positiva. A aversão ao risco e<br />
a baixa capitalização bolsista dos<br />
títulos face ao ano anterior foram,<br />
segundos os analistas, os<br />
principais motivos para a queda.<br />
BCP foi o título mais negociado<br />
Apesar do panorama negativo, é<br />
possível eleger os vencedores e<br />
os vencidos do ano, no que toca<br />
à disputa pela atenção dos investidores.<br />
Num pódio que não sofreu alterações<br />
face a 2008, o BCP voltou<br />
aserotítulomaisnegociadono<br />
ano passado, tendo trocado de<br />
mãos mais de 4,2 mil milhões de<br />
papéis do banco liderado por Carlos<br />
Santos Ferreira. Os restantes<br />
lugares foram ocupados por SonaeSGPSeEDP.“Sãoascotadas<br />
que têm mais acções no mercado<br />
e são preferidas pelos investidores<br />
por terem muita liquidez”, justi-<br />
BOLSA PERDEU INVESTIDORES APESAR DOS GANHOS<br />
Evolução mensal do índice de referência nacional e do volume de<br />
acções transaccionadas durante o ano passado.<br />
9000 Evolução<br />
8500<br />
8000<br />
7500<br />
7000<br />
6500<br />
6000<br />
5500<br />
Jan.<br />
Fev.<br />
Fonte: Euronext e Bloomberg<br />
Mar.<br />
Abr.<br />
Mai.<br />
Jun.<br />
Jul.<br />
Ago.<br />
Set.<br />
Out.<br />
Volume<br />
Nov.<br />
Dez.<br />
1800<br />
1200<br />
600<br />
0<br />
ficou Pedro Lino. Já a Altri, a REN<br />
e a Semapa surgem como as acções<br />
menos negociadas.<br />
Na classificação final por valor<br />
gerado com as transacções, a PT,<br />
aEDPeaGalpEnergiasurgem<br />
como as “campeãs”. A operadora<br />
nacional lidera o ‘ranking’ com<br />
um volume de negócios de 5,4<br />
mil milhões de euros. “São os títulos<br />
que mais pesam no índice”,<br />
relembra Frederico Antão. Em<br />
sentido inverso, a Teixeira Duarte<br />
movimentou “apenas” 169 milhões<br />
de euros.<br />
Volume de negócios não<br />
alcança capitalização bolsista<br />
A quebra registada no ano passado<br />
dos montantes gerados pelas<br />
transacções dos títulos ficou, de<br />
uma forma geral, muito aquém<br />
das suas capitalizações bolsistas.<br />
ExemplodissoéocasodaEDP.O<br />
volume de negócios em bolsa de<br />
4,96 mil milhões de euros da elétrica,<br />
alcançado em 2009, ficou<br />
longe dos 11 mil milhões de euros<br />
que valia no final do ano. A Sonae<br />
Indústria foi a cotada a apresentar<br />
o saldo menos negativo, entre<br />
a capitalizaçãoeovolumedenegócios:<br />
56 milhões de euros.<br />
Bolsa de Lisboa negociou<br />
menos 25% em 2009<br />
Os ganhos alcançados no ano<br />
passado não deixaram transparecer<br />
uma dura realidade: a fuga<br />
dos investidores. De acordo com<br />
os dados da Euronext, a que o<br />
Diário <strong>Económico</strong> teve acesso, a<br />
bolsa de Lisboa negociou menos<br />
24,8% em 2009. Contas feitas,<br />
foram transaccionadas 13 mil milhões<br />
de acções em 2009, longe<br />
dos 17 mil milhões de há dois<br />
anos atrás. Em valor, a quebra foi<br />
mais acentuada, com os 30,8 mil<br />
milhões de euros a representarem<br />
uma queda de 44% face aos<br />
54,8 mil milhões de 2008.<br />
“É um sinal claro da conjuntura<br />
de um ‘bear market’”, considerou<br />
Pedro Pintassilgo. Já Frederico<br />
Antão foi taxativo: “As razões<br />
para estas quebras são as<br />
mesmas do que se passou noutras<br />
bolsas, ou seja, a fuga de muitos<br />
investidores para outros tipos de<br />
activos, incluindo liquidez”. ■
Açúcar bate recorde dos últimos 29 anos<br />
Há 29 anos que a cotação do açúcar não atingia um valor tão elevado.<br />
Ontem, e pela sétima sessão consecutiva, os contratos de futuros voltaram<br />
a subir, com os operadores de mercado a esperarem que os preços<br />
continuem a subir, com o aumento da procura por parte do maior<br />
consumidor mundial deste bem– a Índia– mas também por parte de outros<br />
mercados como a Indonésia e o Egipto. “A procura de importações sugere<br />
que não há açúcar suficiente”, referiu um especialista à Reuters.<br />
Paulo Alexandre Coelho<br />
Infografia: Marta Carvalho | marta.carvalho@economico.pt<br />
AGENDA DO DIA<br />
● O INE divulga o índice de custos de<br />
construção de habitação nova,<br />
relativo a Novembro.<br />
● O Conselho Nacional dos<br />
Supervisores Financeiros deverá<br />
reunir hoje para discutir as novas<br />
regras para os salários pagos nas<br />
instituições financeiras.<br />
Sexta-feira 8 Janeiro 2010 Diário <strong>Económico</strong> 35<br />
CMVM aperta<br />
regras das posições<br />
qualificadas<br />
Interesses detidos através<br />
de derivados serão divulgados.<br />
Tiago Freire<br />
tiago.freire@economico.pt<br />
A CMVM continua a apertar as<br />
regrasdomercadoeatapar algumas<br />
brechas que a legislação<br />
actual não conseguiu prever.<br />
Desta feita, o regulador do mercado<br />
português vai tornar obrigatória<br />
a divulgação de participações<br />
qualificadas através de<br />
produtos derivados, como ‘warrants’,<br />
‘equity swaps’ e futuros.<br />
Atravésdestesedeoutros<br />
instrumentos derivados, uma<br />
entidade pode não ter, de facto,<br />
acções de uma empresa cotada,<br />
mas deter na sua mão a possibilidade<br />
de, de uma só vez, conseguir<br />
essa propriedade, bastando<br />
para tal a execução de um desses<br />
contratos derivados.<br />
“Tem-se assistido, nos últimos<br />
anos, a diversos casos de<br />
participações de grande dimensão<br />
comunicadas sem aviso prévio<br />
e construídas com base em<br />
instrumentos financeiros derivados<br />
com liquidação financeira”,<br />
refere a CMVM, em comunicado<br />
divulgado ontem. Na<br />
prática, uma entidade vai construindo<br />
uma posição potencial<br />
“na sombra”, através de derivados,<br />
acabando por transformála<br />
numa posição real, aqui já detendo<br />
as acções e, eventualmente,<br />
uma posição qualificada.<br />
As posições qualificadas têm<br />
vários patamares: por exemplo,<br />
quando superem 2%, 5% ou<br />
10% do capital de uma empresa.<br />
A divulgação obrigatória da ultrapassagem<br />
destes limites permite<br />
que o mercado vá sendo<br />
informado da construção de<br />
PUB<br />
SGAM Fund<br />
Sociedade de Investimento de Capital Variável<br />
Sede: 16, boulevard Royal, L-2449 Luxembourg<br />
CRC Luxemburgo B 25 970<br />
NOTIFICAÇÃO AOS PARTICIPANTES E AO PÚBLICO<br />
Para além da notificação aos Participantes e ao público, emitida em 27 de<br />
Novembro de 2009, relativa ao SGAM Fund (a “Notificação”), o Conselho de<br />
Administração informa os Participantes e o público do seguinte:<br />
Depois da aprovação pelas autoridades regulamentares competentes, as<br />
assembleias gerais de participantes dos fundos interessados ratificaram as<br />
alterações descritas na Notificação. Assim, as alterações contidas na<br />
Notificação entraram totalmente em vigor em 31 de Dezembro de 2009.<br />
Estará disponível uma Adenda, com data de Dezembro de 2009, na sede<br />
do Fundo no Luxemburgo, e no balcão do Banco Depositário (Société<br />
Générale Bank & Trust, 11, avenue Emile Reuter, L-2420 Luxembourg).<br />
Pelo SGAM Fund<br />
O Conselho de Administração<br />
posições relevantes no capital<br />
de uma cotada. No entanto, até<br />
aqui, as posições potenciais com<br />
base na utilização de instrumentos<br />
derivados não eram de<br />
divulgação obrigatória, permitindo<br />
aqui uma arbitragem regulatória.<br />
“Trata-se de instrumentos<br />
financeiros que criam um efeito<br />
económico similar à detenção<br />
das acções e, ainda que não permitam<br />
o acesso directo a direitos<br />
de voto, são idóneos para a<br />
aquisição e/ou exercício de influência<br />
potencial sobre uma<br />
sociedade”, explica a entidade<br />
liderada por Carlos Tavares.<br />
Este projecto de regulamento<br />
da CMVM estará em consulta<br />
pública até 15 de Fevereiro. ■<br />
Com esta medida,<br />
Carlos Tavares<br />
quer estender a<br />
transparência nas<br />
posições<br />
qualificadas a<br />
instrumentos até<br />
aqui não cobertos<br />
pelas mesmas<br />
regras.
36 Diário <strong>Económico</strong> Sexta-feira 8 Janeiro 2010<br />
FINANÇAS<br />
MATÉRIAS-PRIMAS<br />
Petróleo em queda pela primeira<br />
vez em 11 sessões<br />
O crude negociado em Nova Iorque sofreu a primeira queda em 11 sessões,<br />
depois de terem atingido na quarta-feira máximos de 15 meses. O barril de<br />
petróleo descia 0,48% para os 82,78 dólares. Já o ‘brent’, negociado em<br />
Londres e que serve de referência para o mercado nacional, deslizava<br />
0,37% para os 81,59 dólares. A subida de ontem do dólar e o aumento das<br />
taxas de juro por parte do banco central chinês foram as razões<br />
apontadas pelos analistas para o deslize.<br />
Ângelo Paupério, presidente<br />
da SonaeCom.<br />
ACÇÕES<br />
Fundos do Santander têm mais<br />
de 2% do capital da Sonaecom<br />
‘CAJAS’ ESPANHOLAS TERÃO DE FAZER FACE A MAIS DE 30 MIL MILHÕES DE EUROS DE DÍVIDA QUE VENCE ESTE ANO<br />
Rui Barroso<br />
rui.barroso@economico.pt<br />
O BPI emitiu mil milhões de euros<br />
de dívida, sob a forma de obrigações<br />
hipotecárias com maturidade<br />
de cinco anos. O banco liderado<br />
por Fernando Ulrich é a primeira<br />
instituição financeira portuguesa<br />
a entrar na onda de emissão<br />
de ‘covered bonds’ para este<br />
mês. A Caixa Geral de Depósitos<br />
também está a planear uma emissão<br />
de obrigações hipotecárias, de<br />
acordo com a agência Bloomberg<br />
A taxa de cupão paga pelo BPI<br />
nesta operação foi de 3,375% e o<br />
‘spread’ (prémio de risco) pago<br />
face à taxa de referência das<br />
obrigações a cinco anos é de 62<br />
pontos base. O ‘spread’ pago<br />
pelo BPI é semelhante às últimas<br />
emissões de obrigações hipotecárias<br />
feitas por instituições na-<br />
cionais. Em Setembro e em Novembro,<br />
o BCP e o BES também<br />
realizaram emissões no valor de<br />
mil milhões de euros.<br />
Bancos europeus emitem dívida<br />
com os olhos no BCE<br />
O mercado de obrigações hipotecárias,<br />
que ficou paralisado duranteopicodacrisefinanceira,<br />
ressuscitou em Maio de 2008.<br />
Nessa altura o BCE anunciou um<br />
programa de compra de instrumentos<br />
deste tipo, num valor até<br />
60 mil milhões de euros, para facilitar<br />
a liquidez no sistema financeiro.<br />
A medida deverá expirar<br />
em Junho deste ano. “Os bancos<br />
estão a tentar aproveitar emitir<br />
obrigações hipotecárias porque<br />
existe a noção de que as medidas<br />
menos convencionais do<br />
BCE irão terminar”, referiu um<br />
analista que pediu para não ser<br />
A empresa liderada por Ângelo Paupério divulgou ontem que os fundos<br />
do Santander Asset Management adquiriram 7,4 milhões de acções da<br />
sua empresa, passando a deter mais de 2% do seu capital. Em<br />
comunicado, a empresa explicou que seis fundos de investimento geridos<br />
pela Santander compraram no mercado, a 20 de Outubro, mais de 7,4<br />
milhões de acções da operadora, pelo que passaram a deter a partir dessa<br />
data 2,023% do seu capital.<br />
O ano de 2010 não augura nada de bom para as caixas espanholas. Segundo noticiou ontem o diário espanhol Expansión, 40 ‘cajas’ terão de<br />
pagar este ano mais de 30 mil milhões de euros de emissões de dívida que vencem até ao final de Dezembro. Em termos acumulados, as ‘cajas’<br />
terão de pagar até 2012, inclusive, 115,14 mil milhões de euros. Caja Madrid e La Caixa são as que mais terão de pagar até 2012.<br />
BPI entra na corrida europeia de<br />
emissão de obrigações hipotecárias<br />
Bancos europeus estão a recorrer às obrigações hipotecárias para conseguirem ‘funding’ barato.<br />
Bancos europeus<br />
emitiram cerca de 5<br />
mil milhões de euros<br />
de obrigações<br />
hipotecárias só esta<br />
semana.<br />
identificado. “As obrigações hipotecárias<br />
oferecem actualmente<br />
a forma mais barata de refinanciamento<br />
para a maioria dos bancos<br />
europeus e muitos emitentes<br />
querem aproveitar a oportunidade<br />
para irem ao mercado o mais<br />
rápido possível”, referiu um analista<br />
do Barclays Capital citado<br />
pela Bloomberg. Um especialista<br />
contactado pelo Diário <strong>Económico</strong><br />
referiu que dado o ‘funding’<br />
mais barato proporcionado por<br />
estas operações, “não espanta<br />
que mais bancos portugueses venham<br />
a recorrer á emissão de<br />
obrigações hipotecárias”.<br />
Só esta semana o BBVA, o Dexia<br />
e o BNP Paribas já encaixaram<br />
cerca de cinco mil milhões de euros<br />
em obrigações hipotecárias.<br />
E bancos como o Barclays e o Sabadell<br />
estão a sondar o mercado<br />
para fazer emissões. ■<br />
PALAVRA-CHAVE<br />
✽<br />
Susana Vera(/Reuters<br />
‘Covered bonds’<br />
As obrigações hipotecárias, ou<br />
‘covered bonds’, são títulos de<br />
dívida que têm como garantia<br />
créditos hipotecários ou do<br />
sector público. Durante a crise<br />
financeira os investidores<br />
fugiram destes instrumentos,<br />
dificultando a liquidez do sistema<br />
financeiro. No entanto, desde que<br />
o BCE anunciou o programa de<br />
compra de ‘covered bonds’, os<br />
prémios de risco destes<br />
instrumentos diminuíram para<br />
metade, tornando mais barato o<br />
financiamento dos bancos.
BANCA<br />
Banco Português de Gestão com 10%<br />
de novo banco cabo-verdiano<br />
O Banco Português de Gestão (BPG) será um dos accionistas de um novo<br />
banco a lançar em Cabo Verde, em resultado de uma parceria com o governo<br />
local. Segundo a Lusa, que cita a imprensa cabo-verdiana, o BPG irá deter,<br />
numa fase inicial, 10% na nova instituição e o Governo deterá 5%. O<br />
objectivo do projecto é encaminhar para a economia formal segmentos da<br />
população com menores rendimentos e micro-empresas. Entre os accionistas<br />
estão entidades como os CorreioseaCaixaEconómica de Cabo Verde.<br />
Troca de ‘emails’<br />
com a AIG<br />
trama Geithner<br />
Terá sido o regulador a pressionar a seguradora<br />
para omitir informações ao mercado.<br />
Marta Marques Silva<br />
marta.marquessilva@economico.pt<br />
É mais uma polémica em torno<br />
do gigante segurador AIG e,<br />
desta vez, é Timothy Geithner,<br />
actual secretário de Estado do<br />
Tesouro norte-americano,<br />
quem está no centro da tempestade.Hámuitoqueesteresgate<br />
vem suscitando críticas quanto<br />
à sua dimensão, bónus pagos<br />
aos executivos e falta de transparência<br />
na informação divulgada<br />
ao mercado. Ora, ao que<br />
tudo indica, terá sido o próprio<br />
regulador e supervisor, no caso a<br />
Reserva Federal de Nova Iorque<br />
–então liderada por Geithner– a<br />
dar indicações para que a seguradora<br />
retesse informações sobre<br />
operações envolvendo produtos<br />
derivados do crédito imobiliário.Eistonoaugedeuma<br />
crise potenciada precisamente<br />
por políticas de regulação e supervisão<br />
pouco eficazes.<br />
A Reserva Federal do Banco<br />
de Nova Iorque terá pressionado<br />
a AIG a não divulgar os pagamentos<br />
feitos a bancos como o<br />
Goldman Sachs e a Société<br />
Générale de forma a fechar contratos<br />
celebrados sobre os chamados<br />
“produtos tóxicos”. Foram<br />
ontem divulgados ‘mails’<br />
trocados entre a Fed de Nova<br />
Iorque e advogados da AIG que<br />
“Divulgar tais<br />
informações no auge<br />
da crise financeira,<br />
teria prejudicado<br />
a capacidade de<br />
negociação da AIG”,<br />
justifica um oficial<br />
da Fed.<br />
que mostram que, inicialmente<br />
a AIG havia incluído estas informações<br />
no comunicado a divulgar<br />
ao mercado. Mas, após revisão<br />
da Fed, esta terá pressionado<br />
a AIG a retirar as referências<br />
feitas ao valor dos pagamentos e<br />
respectivos beneficiários. “O<br />
comunicado reflecte o desejo do<br />
seu cliente de não ser feita menção<br />
a estes dados relacionados<br />
com a transacção. Não serão<br />
mencionados de todo”, escrevia<br />
umadasadvogadasdaAIGa<br />
Davis Polk, advogado da Fed.<br />
A Fed de Nova Iorque já reagiu,<br />
e através do seu porta-voz<br />
declarou que o supervisor estava<br />
apenas a “emitir comentários”<br />
sobre se a AIG deveria ou<br />
não conter a informação, cabendo<br />
sempre à AIG a decisão<br />
final. Já um oficial da Fed adiantou<br />
que “divulgar tais informações<br />
no auge da crise financeira<br />
teria prejudicado a capacidade<br />
de negociação da AIG”.<br />
Mas, quando em Março de<br />
2009, os dados foram finalmente<br />
comunicados na íntegra ao<br />
mercado – cinco meses mais<br />
tarde e após Geithner ter já assumido<br />
a pasta de Secretário do<br />
Tesouro por indicação de Barack<br />
Obama – os críticos alegaram<br />
que Geithner havia falhado nas<br />
negociações com Wall Street.<br />
Isto porque, enquanto a AIG<br />
procurava negociar um desconto<br />
sobre o valor a pagar pelos<br />
derivados, Geithner terá dado<br />
ordens para pagar o valor na íntegra.<br />
Esta decisão terá custado<br />
à AIG, e logo aos contribuintes,<br />
mais 13 mil milhões de dólares<br />
(cerca de nove mil milhões de<br />
euros). Ao todo, foram 12 os<br />
bancos que receberam pagamentos<br />
nestas condições, num<br />
total de 62 mil milhões de dólares.<br />
“Os oficiais da Fed providenciaram<br />
milhares de milhões<br />
de dólares às contrapartes da<br />
AIG, que nunca teriam conseguido<br />
receber de outra forma”,<br />
escreviaa17deNovembrode<br />
2009 o inspector designado<br />
para controlar os fundos do programa<br />
estatal de linhas de crédito<br />
aos bancos.<br />
Desde o final de 2008, a AIG<br />
já recebeu por quatro vezes ajudas<br />
do Estado, num total de<br />
182,3 mil milhões de dólares. ■<br />
O Finantia, liderado por António<br />
Guerreiro, é detido em 11% pelo VTB.<br />
Timothy Geithner está no centro<br />
da polémica já que liderava<br />
na altura a Fed de Nova Iorque.<br />
RESGATE<br />
182,3 mil milhões<br />
Desde o início da crise a AIG já<br />
recebeu ajudas estatais por<br />
quatro vezes, num total de 182,3<br />
mil milhões de dólares, ou seja,<br />
cerca de 127 mil milhões de<br />
euros.<br />
VALOR PAGO AOS BANCOS<br />
62 mil milhões<br />
No auge da crise financeira, e já<br />
após o primeiro resgate com<br />
dinheiros públicos, a AIG pagou<br />
por produtos derivados 62 mil<br />
milhões de dólares (cerca de 43<br />
mil milhões de euros) a 12<br />
bancos.<br />
BANCA<br />
Sexta-feira 8 Janeiro 2010 Diário <strong>Económico</strong> 37<br />
Finantia assina parceria<br />
com banco estatal russo para os EUA<br />
O Finantia foi escolhido pelo segundo maior banco da Rússia, o<br />
Vnestorgbank, como sua corretora para os EUA. O banco português irá<br />
intermediar “sobretudo transacções de obrigações de grandes emitentes<br />
russos e da comunidade de estados independentes, efectuadas com<br />
grandes investidores institucionais norte-americanos”. A parceria resulta<br />
de um acordo entre o Finantia USA, corretora do Finantia nos EUA,<br />
e o VTB Capital.<br />
PUB<br />
ING (L) Patrimonial<br />
ING (L) Invest<br />
SICAV de direito luxemburguês<br />
Sede: 52, route d’Esch, L-1470 Luxemburgo<br />
R.C.S. Luxemburgo nº B 24401, n° B 44873<br />
Hyungwon Kang / Reuters<br />
CONVOCATÓRIA PARA A ASSEMBLEIA GERAL<br />
A Assembleia Geral dos accionistas de cada uma das sociedades realizar-se-á nas instalações da ING<br />
Luxembourg, 3, rue Jean Piret, L-2965 Luxemburgo dia 28 de Janeiro de 2010<br />
da ING (L) Patrimonial às 11.15 horas<br />
da ING (L) Invest às 14.00 horas<br />
para deliberar sobre a seguinte ordem de trabalhos:<br />
1. Relatórios do Conselho de Administração e do Revisor Oficial de Contas.<br />
2. Aprovação das contas em 30 de Setembro de 2009.<br />
3. Aplicação dos resultados líquidos.<br />
4. Quitação aos administradores.<br />
5. Nomeações estatutárias.<br />
6. Diversos.<br />
Para poderem participar na Assembleia Geral, os detentores de acções ao portador deverão proceder<br />
ao respectivo depósito na sede e sucursais da ING Luxembourg ou ING Belgique S.A. e manifestar a<br />
sua intenção de participarem na Assembleia Geral, com uma antecedência mínima de cinco dias<br />
relativamente à reunião.<br />
Os accionistas registados serão admitidos mediante prova da sua identidade, na condição de informarem<br />
o Conselho de Administração da sua intenção de participarem na assembleia com uma antecedência<br />
mínima de cinco dias úteis.<br />
O Conselho de Administração
PUB
1<br />
AHermès tomou conta do<br />
centro comercial Amoreiras<br />
com uma acção<br />
destinada a democratizar o uso<br />
do lenço da seda. Um estilista<br />
esteve presente e explicou as<br />
várias formas de usar os famosos<br />
lenços de seda da marca<br />
francesa – conhecidos por<br />
‘carrés’. Apesar de recusar o<br />
título de marca de luxo, a<br />
Hermèsésinónimodeprodutos<br />
de alta-qualidade: os seus<br />
dois ‘best-sellers’, as carteiras<br />
“Kelly” e “Birkin”, têm lista de<br />
espera de dois a seis anos e podem<br />
custar até 100 mil euros.<br />
A marca tem fortes ligações a<br />
Portugal, já que o herdeiro do<br />
império francês é casado com a<br />
2<br />
filha mais velha do duque de<br />
Cadaval, Rosalinda Álvares Pereira<br />
Guerrand Hermès, duquesa<br />
de Guerrand-Hermès, título<br />
criado recentemente por D.<br />
Duarte Pio. Por via desta ligação<br />
ao nosso país, a Hermès criou<br />
um lenço dedicado à Escola<br />
Portuguesa de Arte Equestre.<br />
No mundo existem mulheres<br />
que coleccionam ‘carrés’ há<br />
mais de 50 anos: mais do que<br />
um capricho, trata-se de um investimento.<br />
Todos os lenços<br />
Hermès são impressos na fábrica<br />
de tinturaria de Lyon através<br />
de processos manuais, incluindo<br />
a mistura das tintas que aindaéfeitaàmão.<br />
A Hermès nasceu em 1837 pela<br />
LIFESTYLE<br />
EVENTO<br />
Hermès leva lenços<br />
de seda às Amoreiras<br />
A marca francesa conhecida pelas carteiras em pele, pelos ‘carrés’ e pelas gravatas quer democratizar o luxo.<br />
4<br />
1<br />
Xana Nunes<br />
2<br />
Mónica Guimarães,<br />
relações públicas da Hèrmes<br />
3<br />
Caetana Correia de Barros<br />
4<br />
Maria João e Luís Almeida Mendes,<br />
proprietários do restaurante Sushi Rio<br />
INQUÉRITO<br />
mão de Emile Hermès, que manufacturava<br />
selas para cavalos. O<br />
‘carré’ surgiu 100 anos mais tarde,<br />
com o advento dos automóveis<br />
descapotáveis. As altas velocidades<br />
obrigavam as senhoras a<br />
manterem os cabelos tapados<br />
com lenços de seda fina. Para o<br />
futuro, a Hermès tem grandes<br />
planos. Em Fevereiro de 2010, a<br />
marca francesa vai abrir a sua primeira<br />
boutique dedicada exclusivamente<br />
ao público masculino.<br />
Localizada em plena Madison<br />
Avenue, em Nova Iorque, a nova<br />
loja Hermès terá disponível a colecção<br />
de ‘prêt-à-porter’, toda a<br />
gama de acessórios e uma alfaiataria<br />
dedicada a fatos exclusivos e<br />
àmedida.■Rita Roby Gonçalves<br />
Cristina Jorge de Carvalho<br />
Designer de interiores formada na<br />
Inchbald School of Design, fundou<br />
o seu próprio atelier em 1998.<br />
Desde então assinou projectos de<br />
arquitectura e design de hotéis,<br />
spas, casas e escritórios.<br />
ESTILO É...<br />
ter um cunho pessoal, uma<br />
imagem que se distingue dos<br />
restantes, características que<br />
identificam um género.<br />
CORES FORTES OU NEUTRAS?<br />
Eu prefiro ter uma base de cores<br />
neutras e utilizar “apontamentos”<br />
de cor. Desta forma os ambientes<br />
tornam-se mais relaxantes e<br />
sempre que pretendemos mudálos<br />
basta alterar as notas de cor.<br />
ESTILO INGLÊS VERSUS DESIGN<br />
ESCANDINAVO...<br />
O segundo, definitivamente. É um<br />
estilo mais despojado, ‘clean’,<br />
intemporal. Gosto especialmente<br />
das peças que os designers<br />
nórdicos desenvolveram durante os<br />
anos 30 a 60. Adoro as peças do<br />
Hans Wegner, Fritz Hansen, Alvar<br />
Alto, Eero Aarnio 1 , Poul Kjaeholm,<br />
3<br />
Finn Juhl, Arne Jacobsen.<br />
INSPIRO-ME...<br />
na natureza, nas formas,<br />
nos materiais, nas viagens,<br />
na vida em geral.<br />
CIDADE DE ELEIÇÃO...<br />
Gosto da<br />
monumentalidade de<br />
Paris, da grandiosidade<br />
de Nova York, das ruas<br />
de compras cheias de gente<br />
em Milão, da alegria do Rio,<br />
dosdiascinzentosde<br />
Londres, da limpeza de<br />
Sexta-feira 8 Janeiro 2010 Diário <strong>Económico</strong> 39<br />
1<br />
BREVES<br />
Edição para guardar<br />
Ellen von Unwerth foi modelo<br />
antes de se dedicar à fotografia<br />
por isso sabe bem o que é<br />
preciso para fotografar mulheres<br />
bonitas. No livro “Fraülein,<br />
Von Unwerth” (Taschen), presta<br />
homenagem a mulheres tão<br />
sexy como Claudia Schiffer, Kate<br />
Moss e Monica Bellucci.<br />
Macarrons de ouro<br />
A ‘pâtisserie’ Ladurée - famosa<br />
pelos seus ‘macarrons’ - aliouse<br />
à Marni. Consuelo Castiglioni,<br />
directora da marca italiana,<br />
desenhou caixas douradas, inspirando<br />
Philippe Andrieu, ‘chef’<br />
da Ladurée, a criar ‘macarrons’<br />
adornados a folha de ouro.<br />
Gourmet de luxo<br />
Última tentação gastronómica<br />
de luxo: o camarão azul de<br />
gosto adocicado-iodado, uma<br />
espécie única no mundo criada<br />
num pequeno lago de água<br />
salgada na Nova Caledónia. O<br />
Obsiblue custa 75 euros o quilo.<br />
Singapura, dos edifícios<br />
e do fervilhar de gente<br />
em Hong Kong, da<br />
luz e do Tejo em<br />
Lisboa, da agitação<br />
latino americana<br />
de Miami.<br />
A DECORAÇÃO<br />
PODE SER UM<br />
INVESTIMENTO?<br />
Todas as peças<br />
originais de designers<br />
conceituados são bons<br />
investimentos.
40 Diário <strong>Económico</strong> Sexta-feira 8 Janeiro 2010<br />
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Bancos ameaçam cortar crédito às<br />
concessões chumbadas pelo Tribunal<br />
Dia 26 termina o crédito às concessões chumbadas pelo Tribunal de Contas.<br />
Os bancos ligados às concessões rodoviárias,<br />
a que o Tribunal de Contas<br />
(TC) recusou o visto prévio ameaçam<br />
cortar o crédito. “No final de 2009, as<br />
concessionárias receberam dos bancosoavisoformaldequeestãodispostos<br />
a cancelar o financiamento caso<br />
não se resolva a questão com o TC”,<br />
disse à Lusa uma fonte de mercado.<br />
A partir de 26 de Janeiro os bancos<br />
vão comunicar aos consórcios a suspensão<br />
na atribuição do crédito, o que<br />
obrigará a que os envolvidos na negociação<br />
(Governo, Estradas de Portugal<br />
e concessionárias) se sintam pressionados<br />
a um acordo que satisfaça o Tribunal<br />
de Contas. Contactada, fonte<br />
do TC não quis comentar datas. As<br />
instituições bancárias envolvidas<br />
também não quiseram comentar.<br />
As concessionárias que viram o<br />
Professores com Bom não<br />
serão limitados por vagas<br />
Perspectivas das negociações<br />
eram ontem negativas.<br />
Professores com Bom deixam<br />
de estar limitados por<br />
vagas para progredir para o<br />
3º escalão da carreira docente,<br />
revelaram dirigentes<br />
sindicais à saída das primeiras<br />
reuniões da última<br />
ronda negocial entre o Governo<br />
e os sindicatos que<br />
teve lugar ontem no MinistériodaEducação.<br />
Mas à hora de fecho<br />
desta edição, as indicações<br />
dos representantes dos<br />
professores era de que as<br />
DESTAQUE<br />
Sócrates no Parlamento para<br />
discutir o casamento ‘gay’<br />
Os deputados reúnem-se hoje na<br />
Assembleia da República para discutirem<br />
as propostas do Governo e da<br />
oposição sobre o casamento entre<br />
pessoas do mesmo sexo, assunto<br />
que divide os partidos de esquerda<br />
das bancadas da direita. O primeiroministro<br />
José Sócrates também estará<br />
presente na discussão. Siga o<br />
debate no ‘site’.<br />
Acompanhe ao minuto em<br />
www.economico.pt<br />
visto prévio recusado garantem que as<br />
obras prosseguem ao ritmo normal,<br />
apesar dos bancos já terem ameaçado<br />
cortar o crédito aos projectos.<br />
“No nosso caso não houve corte.<br />
Continuamos com toda a normalidade<br />
a receber dinheiro em ambas concessões”,<br />
afirmou fonte do consórcio<br />
liderado pela Edifer, que ganhou o<br />
concurso para a construção das con-<br />
medidas apresentadas pela<br />
ministra Isabel Alçada não<br />
seriam suficientes para<br />
chegar a um acordo.<br />
Outra das cedências<br />
anunciadas pelo ministério<br />
era os professores com<br />
Muito Bom e Excelente<br />
deixarem de ocupar lugares<br />
nas vagas. Ainda assim,<br />
as perspectivas eram<br />
negativas perto do fim das<br />
negociações. E o secretário-geral<br />
da Fenprof,<br />
Mário Nogueira, disse<br />
que, a manterem-se as<br />
medidas propostas, não<br />
assinaria. ■ P.Q.<br />
Acompanhe no ‘site’ a evolução das bolsas e do petróleo.<br />
MAIS LIDAS ONTEM<br />
Almerindo Marques,<br />
presidente da<br />
Estradas de Portugal,<br />
viu já o Tribunal de<br />
Contas chumbar<br />
cinco concessões<br />
rodoviárias por ter<br />
encontrado<br />
‘irregularidades’<br />
no processo.<br />
● Remax vende casas de luxo a<br />
preços de saldo<br />
● Sócrates responde a Ulrich:<br />
“Foram os bancos a causar a crise”<br />
● Oquedevecomprar no supermercado<br />
dos fundos<br />
● Maior feira tecnológica do mundo<br />
arranca hoje em Las Vegas<br />
● BPI vai emitir mil milhões em<br />
obrigações<br />
Leia versão completa em<br />
www.economico.pt<br />
cessões rodoviárias do Baixo Alentejo<br />
e do Algarve Litoral.<br />
Fonte do consórcio Auto-Estrada<br />
XXI, liderado pela construtora Soares<br />
da Costa, disse que “as obras estão a<br />
decorrer dentro da normalidade e os<br />
pagamentos estão também a ser feitos<br />
dentro da normalidade”.<br />
O TC decidiu chumbar as concessões<br />
rodoviárias que já tinham sido<br />
atribuídas pela Estradas de Portugal<br />
(EP), por as considerar “irregulares”.<br />
A entidade liderada por Almerindo<br />
Marques recorreu entretanto da decisão<br />
do tribunal.<br />
Desdeque,emNovembro,oTCrecusouovistoprévioaoscontratosde<br />
cinco concessões rodoviárias - Auto-<br />
Estrada Transmontana, Douro Interior,<br />
Baixo Alentejo e Algarve Litoral e<br />
Litoral Oeste. ■ C.S. com Lusa<br />
Estoril Sol vai despedir<br />
113 trabalhadores<br />
O despedimento colectivo<br />
vai custar seis milhões.<br />
A Estoril Sol vai avançar<br />
com o despedimento colectivo<br />
de 113 trabalhadores.<br />
A notícia foi avançada<br />
pela administração da<br />
Estoril Sol SGPS em comunicado<br />
emitido ontem<br />
à CMVM.<br />
Segundo o mesmo documento,<br />
a empresa do<br />
magnata Stanley Ho estima<br />
“um custo associado a<br />
este processo que rondará<br />
os seis milhões de euros”.<br />
A Estoril Sol detém em<br />
VOTAÇÕES<br />
Inquérito em curso<br />
Concorda com a utilização de ’scanners’<br />
corporais nos aeroportos?<br />
Não<br />
21<br />
Portugal o Casino de Lisboa,<br />
o Casino Estoril e o<br />
Casino da Póvoa.<br />
O comunicado não justifica<br />
a razão da decisão,<br />
mas nas contas do primeiro<br />
semestre de 2009, a empresa<br />
admitiu que “todos os<br />
casinos portugueses registaram<br />
significativas quebras<br />
nas respectivas receitas<br />
comparativamente às alcançadas<br />
em igual período<br />
de 2008”. Neste período, a<br />
Estoril Sol registou receitas<br />
de 114,9 milhões de euros,<br />
menos 11,3 milhões de euros<br />
doqueem2008. ■ M.C.<br />
TOTAL DE VOTOS: 577<br />
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79<br />
OPINIÃO<br />
Orçamento virtuoso<br />
O país político está suspenso à volta de uma nova novela:<br />
a reencarnação do Bloco Central numa versão limitada e<br />
concentrada nas contas públicas. O argumentista é o Presidente<br />
da República. Cavaco Silva já ganhou o prémio da<br />
personagem política mais marcante da primeira semana<br />
do ano. O seu discurso de Ano Novo recentrou, e bem, o<br />
debate político. O Governo foi o primeiro a reagir e de<br />
uma forma estrategicamente inteligente colocou-se na<br />
posição de actor principal, o que lhe deverá garantir dividendos<br />
políticos. Colou-se à vontade de Cavaco Silva e<br />
mostrou uma posição humilde.<br />
No entanto, é de notar a surpreendente vitalidade da<br />
resposta do PSD. Comandado por Aguiar-Branco, os social-democratas<br />
assumiram a liderança da oposição, o<br />
seu lugar natural, mas onde até agora foram ultrapassados<br />
por Paulo Portas ou o Bloco de Esquerda, consoante<br />
as matérias em causa. O PSD foi claro nas suas posições e<br />
nas suas exigências, facilitando a discussão política e a<br />
possibilidade de um acordo.<br />
E os problemas em causa exigem, como salientou o Presidente<br />
da República, um entendimento alargado, fenómeno<br />
pouco visto por cá em que a classe política é mais especializada<br />
em guerrilha. O endividamento excessivo é um<br />
problema estrutural que atravessa toda a economia e que<br />
vai demorar anos a resolver e o Estado é um dos protagonistas<br />
deste problema. O défice tem de ser corrigido e a dívida<br />
reduzida mas isto só será conseguido em vários anos. É<br />
muito difícil descer um défice de mais de 8% para 3% num<br />
único ano. E vai sempre exigir medidas com elevados custos<br />
políticos, como o aumento de impostos ou da carga fiscal,<br />
o corte real nas despesas que vão afectar os funcionários<br />
e provavelmente a generosidade das prestações sociais<br />
e um plano de saneamento das empresas públicas, que poderá<br />
obrigar ao encerramento de algumas. É preciso não ter<br />
ilusões. Qualquer pacto que não inclua estes pontos será<br />
um exercício inútil de retórica política, pois não atacará as<br />
causa estruturais do endividamento público.<br />
Além disto, falta fazer um outro pacto de regime, tão<br />
importante como este: o da competitividade e crescimento<br />
económico, que obriga igualmente a medidas corajosas<br />
como flexibilizar a legislação laboral e atacar de<br />
frente os bloqueios da justiça.<br />
Portanto, sauda-se a abertura de todos para discutir<br />
mas o sucesso final está longe de estar garantido. PS e<br />
PSD querem assumir a factura de um verdadeiro saneamento<br />
das contas públicas? A pergunta é especialmente<br />
relevante para o PSD que está na oposição e que quer regressar<br />
ao poder. E se ficar agarrado a este pacto, terá a<br />
sua capacidade de fazer oposição limitada por vários<br />
anos, questão que não é negligenciável quando está em<br />
cima da mesa uma possível mudança na liderança dos<br />
social-democratas.<br />
Assim, os próximos capítulos desta novela vão passar<br />
pelos encontros e desencontros negociais e a certeza é<br />
que o Orçamento do Estado para 2010 que entrar no Parlamento<br />
vai passar na votação na generalidade. Ninguém<br />
sabe é que Orçamento vai sair do debate na especialidade.<br />
Vamos ver se será virtuoso. ■<br />
PUB<br />
BRUNO PROENÇA<br />
Director Executivo<br />
bruno.proenca@economico.pt<br />
5 601073 000864<br />
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