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www.economico.pt<br />

mobile.economico.pt<br />

SEXTA-FEIRA, 8DEJANEIRO2010|Nº4792<br />

PREÇO (IVA INCLUÍDO): CONTINENTE 1,60 EUROS<br />

Conheça os<br />

bancos com<br />

os ‘spreads’ mais<br />

baixos no crédito<br />

à habitação<br />

Para contrariar a subida dos juros, o melhor é<br />

começar a renegociar o ‘spread’ do seu contrato<br />

à habitação. O Diário <strong>Económico</strong> mostra-lhe<br />

quais são os bancos que cobram menos.<br />

DIRECTOR ANTÓNIO COSTA DIRECTOR EXECUTIVO BRUNO PROENÇA DIRECTORA-ADJUNTA CATARINA CARVALHO<br />

SUBDIRECTORES FRANCISCO FERREIRA DA SILVA E PEDRO SOUSA CARVALHO<br />

Mulheres mandam na economia<br />

Poder Leonor Beleza<br />

explica como concilia<br />

carreira e vida doméstica.<br />

Mercado Elas dominam a<br />

maior parte das decisões<br />

de compras quotidianas.<br />

O ministro dos Assuntos Parlamentares, em entrevista,<br />

diz que o Governo não aceita uma “inversão de papéis”.<br />

O Governo afirma que não admite “imposições<br />

dos programas que não passaram<br />

nas eleições”. As palavras são de Jorge Lacão,<br />

numa entrevista a publicar amanhã<br />

na íntegra no <strong>Económico</strong>. As declarações<br />

Finanças vão fazer<br />

‘roadshow’ para<br />

vender dívida<br />

pública à China<br />

O Ministério das Finanças, através do IGCP, está à<br />

procura de novos investidores para comprar dívida<br />

pública portuguesa, com um ‘roadshow’ na Ásia. ➥ P7<br />

Accionistas e gestão<br />

da Cimpor arrasam<br />

OPA dos brasileiros<br />

A gestão da Cimpor, liderada por<br />

Bayão Horta (na foto), e os<br />

accionistas da cimenteira com<br />

assento no conselho de<br />

administração arrasaram com a<br />

OPA dos brasileiros da CSN que<br />

classificaram como “hostil,<br />

irrelevante e perturbadora”. ➥ P24<br />

Estratégia O que fazem as<br />

empresas para conquistar<br />

estas consumidoras.<br />

Governo garante que<br />

vai liderar negociação<br />

do pacto para o défice<br />

surgem depois do PSD ter enviado uma<br />

carta ao ministro onde dá indicações de<br />

que pode viabilizar o Orçamento e até<br />

aceitar as obras públicas, desde que o Governo<br />

corte no défice. ➥ P4A6<br />

▲ PSI 20<br />

▼ IBEX 35<br />

▼ FTSE 100<br />

▲ Dow Jones<br />

▼ Euro<br />

▼ Brent<br />

ECONOMIA<br />

Fisco alerta para riscos<br />

de corrupção<br />

nos seus serviços<br />

O plano anti-corrupção da DGCI identificou<br />

ainda riscos de suborno, tráfico de<br />

influência e abuso de poder. ➥ P8<br />

MERCADOS<br />

BES foi a única cotada<br />

a sobreviver à fuga dos<br />

investidores da bolsa<br />

Os negócios na bolsa de Lisboa registaram<br />

uma quebra de 25% no ano passado. O BES<br />

foi a excepção no PSI 20. ➥ P34<br />

CONSULTÓRIO FISCAL<br />

GRANDE<br />

REPORTAGEM<br />

Submarinos<br />

aumentam<br />

défice em<br />

500 milhões<br />

0,96%<br />

-0,46%<br />

-0,06%<br />

0,13%<br />

-0,92%<br />

-0,46%<br />

➥ P20 A 22<br />

8.763,93<br />

12.166,30<br />

5.526,72<br />

10.587,21<br />

1,4314<br />

81,50<br />

Coloque as suas questões em www.economico.pt<br />

As respostas<br />

aos leitores<br />

na página 10


2 Diário <strong>Económico</strong> Sexta-feira 8 Janeiro 2010<br />

A NÃO PERDER<br />

08.01.10<br />

■ O primeiro submarino encomendado<br />

em 2004 chega a Portugal já no início da<br />

Primavera, anunciou o ministro da Defesa<br />

ao <strong>Económico</strong>. A entrega implica um<br />

aumento da despesa este ano de 500<br />

milhões, o preço total do Tridente. ➥ P6<br />

■ Vacinação de todas as grávidas contra<br />

a gripe A é o alerta lançado pela Direcção<br />

Geral de Saúde, que considera as futuras<br />

mães o grupo prioritário com maior risco<br />

de desenvolver complicações graves se<br />

contrair o vírus H1N1. ➥ P12<br />

■ Sócrates vai hoje ao Parlamento para<br />

defender a proposta de lei do Governo que<br />

permite o casamento entre pessoas do<br />

mesmo sexo. Uma decisão inédita, que no<br />

PS se vê como um sinal a enviar a Cavaco<br />

Silva. ➥ P14<br />

■ A ASAE foi declarada inconstitucional<br />

pela segunda vez num acórdão do Tribunal<br />

da Relação de Lisboa. Em causa volta a<br />

estar a transformação pelo Governo deste<br />

organismo em polícia criminal sem<br />

autorização do Parlamento. ➥ P15<br />

■ Jerónimo Martins é a maior retalhista<br />

portuguesa no ‘ranking’ mundial, apesar<br />

de a Sonae continuar a liderar em<br />

território nacional. No plano internacional<br />

aJMestáem94ºlugareaSonae<br />

Distribuição na 140ª posição. ➥ P27<br />

■ Efacec, Brisa e empresas construtoras<br />

portuguesas estão atentas ao investimento<br />

de cerca 60 mil milhões que o Brasil vai<br />

fazer no Campeonato do Mundo de Futebol<br />

em 2014 e nos Jogos Olímpicos em 2016.<br />

Uma oportunidade a não perder. ➥ P28<br />

■ BES foi a única cotada a registar uma<br />

variação positiva de acções negociadas em<br />

2009, ano em que a praça lisboeta<br />

negociou menos 25% do que em 2008. Ao<br />

transaccionar 530 milhões de títulos, o<br />

BES, pelo contrário, subiu 9%. ➥ P34/35<br />

■ BPI emitiu mil milhões de dívida sob a<br />

forma de obrigações hipotecárias com<br />

maturidade de cinco anos. É a primeira<br />

instituição financeira portuguesa a entrar<br />

na onda europeia de emissões de ’covered<br />

funds’ registada esta semana. ➥ P36<br />

■ A Hermès tomou conta do centro<br />

comercial das Amoreiras com uma acção<br />

destinada a democratizar o uso do lenço<br />

de seda - os famosos ‘carrés’ da marca<br />

francesa. Um estilista explicou as várias<br />

formas de uso. ➥ P39<br />

SOCIEDADE ABERTA<br />

Marta Rebelo<br />

Jurista<br />

Diálogo orçamental<br />

O ano novo começa ao som de foguetório político.<br />

Se esta fase termina em apoteose, com um espectáculo<br />

de fogo de artifício de encher o olho, só em Fevereiro<br />

saberemos. Por enquanto, só assistimos ao artifício.<br />

O mote: o orçamento do Estado para 2010.<br />

O “período orçamental” teve início no princípio da<br />

semana, com a entrega da missiva do ministro dos<br />

Assuntos Parlamentares, Jorge Lacão, aos partidos da<br />

oposição – Verdes excluídos –, propondo um diálogo<br />

pré-orçamental para uma orçamentação “cooperante”.<br />

E parece já haver resposta social-democrata ao repto do<br />

governo: na Comissão Parlamentar de Orçamento e<br />

Finanças, na quarta-feira, PS e PSD aprovaram o adiamento<br />

da discussão em especialidade da extinção do<br />

pagamento especial por conta e mais duas propostas, até<br />

à entrega da proposta de orçamento e discussão da mesma.<br />

Relevância deste momento de concordância? Como<br />

apontava o PCP, antes do Natal a oposição em bloco<br />

obrigou o governo a conformar-se com decisões parlamentares<br />

de índole orçamental – como a extinção do<br />

pagamento especial por conta, lá está -, ao mesmo<br />

tempo que se aprovava o orçamento redistributivo.<br />

A imposição foi substituída pelo diálogo?<br />

José Sócrates não cairá por causa<br />

de uma maioria meramente relativa.<br />

O PS e o governo fazem, obviamente, o seu papel.<br />

Quando foi indicado para a formação do executivo, José<br />

Sócrates teve iniciativa semelhante. Convidou todos os<br />

partidos a participar na sua composição, para os co-responsabilizar<br />

posteriormente, pela omissão participativa.<br />

Ao contrário da especulação corrente, não acredito em<br />

provocação de eleições antecipadas, logo que os períodos<br />

orçamental e eleitoral – com a eleição do Presidente da<br />

República – permitam tal manobra ao primeiro-ministro.<br />

Aliás, esta leitura das coisas revela uma subvalorização da<br />

capacidade de encaixe e adaptação de Sócrates. Se é<br />

comum dizer-se que nenhum governo minoritário caiu<br />

por causa de um orçamento, julgo que se tornará igualmente<br />

vulgar dizer que José Sócrates não caiu por causa<br />

de uma maioria meramente relativa. Porque sabe<br />

relativizar as coisas, e não vive no absolutismo dos dias.<br />

Já o papel do PSD exige maior ponderação. Manuela<br />

Ferreira Leite poderá deixar como legado o diálogo e<br />

cooperação orçamental com o PS? Depois do que disse e<br />

faz, em área da sua especialidade, poderá Ferreira Leite<br />

deixar esta marca? E as demais “tendências” socialdemocratas,<br />

que contam espingardas e passam lustro ao<br />

arsenal, querem iniciar um novo reinado limitadas por<br />

um diálogo que pode ensurdecer? O que vale é que<br />

nestas coisas os partidos são iguais a si próprios: na antecipação<br />

do congresso, pensa-se em tudo menos nas<br />

consequências de decisões que extravasem a disputa<br />

imediata do poder. Pedro Passos Coelho sabe disso, e<br />

mantém-se calado. José Sócrates conhece esta verdade<br />

melhor que ninguém, e dá as suas cartas. E assim se<br />

eclipsa a primeira líder partidária da história política<br />

portuguesa. ‘Touché’. ■<br />

AFRASE<br />

“Não abdicaremos de nenhuma<br />

das medidas que apresentamos<br />

no nosso plano anti-crise”<br />

—Aguiar Branco,líder da bancada do PSD.<br />

Foi com esta afirmação proferida na tribuna do<br />

Parlamento que Aguiar Branco começou o seu discurso<br />

com o objectivo de encetar as negociações com o<br />

Governo para o Orçamento de Estado de 2010. ➥ P4/5<br />

Daniel Amaral<br />

Economista<br />

O défice maldito<br />

Confesso a fraqueza. Esta história do défice apavora-me.<br />

De tal modo que, um dia destes, espalhei sobre a secretária<br />

as estatísticas disponíveis, sentei-me ao computador,<br />

abri o ‘excel’ e coloquei a mim próprio este desafio: como<br />

é que se chega a 3% em 2013? Ponto de partida (2009):<br />

o PIB é de €162.184 milhões, as receitas de 43,6%, as despesas<br />

de 51,6% e o défice de 8%. Ponto de chegada<br />

(2013): o PIB é de €181.418 milhões, tendo implícitos um<br />

crescimento de 5% e um deflator de 6,5%.<br />

Comecemos com as receitas. Primeiro, assumi que<br />

todas as rubricas cresceriam em linha com o crescimento<br />

do PIB, estabilizando a actual carga fiscal. Depois, abri<br />

uma excepção: o IVA, actualmente de 20%, regressaria<br />

aos 21% anteriores. Tudo ponderado, as receitas de 2013<br />

subiriam ligeiramente, atingindo os 44% do PIB.<br />

No caso das despesas, admiti que seriam todas congeladas<br />

ao nível de 2009, com duas excepções: as despesas de<br />

capital e os juros. As despesas de capital, que incluem o<br />

investimento, cresceriam também em linha com o crescimentodoPIB;eosjuros,funçãodadívidanoperíodoanterior,<br />

seriam em cada ano o que resultasse da aplicação de<br />

uma taxa idêntica à de 2009. O ganho seria aqui substancial:<br />

as despesas em 2013 cairiam para 47,8% do PIB.<br />

Tomando como bom o raciocínio anterior, os cálculos<br />

são agora fáceis de fazer: o défice, igual à diferença entre<br />

receitas e despesas, seria em 2013 de 3,8% do PIB. A frustração<br />

é total. Repare-se: mesmo assumindo um crescimentorazoável,oaumentodoIVAeocongelamentoda<br />

generalidade das despesas – isso não chega! Precisamos<br />

de mais €1.500 milhões para atingir os malditos 3%.<br />

Como sair disto?<br />

Vejamos. Admitir mais crescimento é irrealista, e<br />

aumentar os impostos seria um suicídio político. Temos<br />

de voltar às despesas – não para as congelar, porque já<br />

o fizemos, mas para ir além disso. Deixo três cenários<br />

possíveis: 1) Dispensar 8% dos trabalhadores da função<br />

pública ou baixar os salários na mesma proporção; 2)<br />

Cortar 4% em todas as prestações sociais; 3) Ir ao “prego”<br />

e vender os poucos anéis que ainda existam. Querem<br />

fazer o favor de escolher?<br />

Estou em estado de choque. Que pensarão disto os<br />

políticos? E a população em geral? Quais são as<br />

alternativas? ■<br />

d.amaral@netcabo.pt<br />

QUE SOLUÇÕES? *<br />

Crescimento possível…<br />

7<br />

4<br />

1<br />

0<br />

-2<br />

-5<br />

2007<br />

Variação (%) Em % do PIB<br />

08<br />

09<br />

10<br />

11<br />

PIB real<br />

PIB nominal<br />

12<br />

13<br />

35<br />

2007<br />

* O PIB de 2012 e 2013 e as restantes projecções assumidas são da responsabilidade do autor.<br />

Do crescimento não poderemos esperar grande coisa, pelo menos para já. Restam-nos um ajuste nas receitas,<br />

através do IVA, e um “ataque” impiedoso às despesas. Drama insanável: mesmo com o congelamento<br />

das despesas ao nível de 2009, o défice em 2013 ainda estará em 3,8%.Não basta manter: é preciso<br />

cortar - nos salários, nos subsídios, nas pensões…<br />

Fontes: Banco de Portugal, Eurostat.<br />

45<br />

O NÚMERO<br />

…e “ataque” às despesas<br />

55 Despesas públicas<br />

Receitas públicas<br />

08<br />

09<br />

Défice orçamental<br />

60%<br />

Um estudo do Boston Consulting<br />

Group conclui que o poder de<br />

decisão de mercado está nas<br />

mãos das mulheres. Até na<br />

escolha de carros 60% das<br />

decisões já são delas. Mas<br />

Leonor Beleza põe água na<br />

fervura: “Quanto ao poder<br />

[político] que têm, isso já é outra<br />

conversa”, diz. ➥ P20/21<br />

10<br />

11<br />

12<br />

13


Paulo Alexandre Coelho<br />

A FACE VISÍVEL<br />

OU HÁ ACORDO<br />

OU HÁ ACORDO<br />

Só há uma alternativa em matéria de Orçamento do Estado:<br />

ou há acordo ou há acordo. A proposta do PSD para um pacto de regime,<br />

pressupondo um plano de médio prazo de combate ao défice externo,<br />

poderia ser subscrita por qualquer economista com um coeficiente<br />

mínimo de lucidez. O mesmo economista lúcido explicará<br />

que a aplicação deste acordo implicará decisões difíceis e comportará<br />

seguramente cortes na despesa e mais sacrifícios para os portugueses.<br />

Visto de cima, um pacto de regime é fácil de fundamentar; no detalhe,<br />

medida a medida, tem custos políticos. A questão é a de saber<br />

se PS e PSD estão disponíveis para os suportar?<br />

Esta semana, a ministra da Educação questionou o facto de 83% dos professores terem<br />

sido avaliados com Bom no último ano lectivo. Segundo as regras de avaliação em vigor,<br />

5% dos professores podem ser avaliados com Excelente, 20% com Muito Bom<br />

e os restantes com Bom, Regular ou Irregular. Mas, a maioria é “corrida”, de forma<br />

rotineira, a Bom. Para o sindicalista Mário Nogueira a única coisa que se pode concluir<br />

de um número elevado de bons é que esses professores “são assíduos, cumprem<br />

o serviço e frequentam as acções de formação a que estão obrigados”, pelo que<br />

não devem ser discriminados relativamente aos classificados com Muito Bom<br />

ou Excelente. Utilizando uma linguagem automobilística, o Bom é, portanto, o que<br />

cumpre os mínimos e o Muito Bom ou Excelente o que liga os máximos. Desde que tenha<br />

critérios transparentes, é natural, que a avaliação os distinga, sob pena de se estimular<br />

amedianiaeocomodismo.Senavida,muitasvezesoóptimoéinimigodobom,<br />

na avaliação dos professores o bom tende a ser inimigo do excelente.<br />

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Miguel Coutinho<br />

miguel.coutinho@economico.pt<br />

O BOM É INIMIGO DO EXCELENTE<br />

“Os pais devem<br />

manter os filhos<br />

longe dos<br />

computadores.<br />

Acredito que<br />

as crianças não<br />

devem sequer<br />

mexer-lhes”,<br />

Nicholas Carr<br />

Em entrevista<br />

à Sábado, o escritor<br />

e conferencista<br />

defende que o modo<br />

de pensar promovido<br />

pelo convívio com<br />

ainternetecomas<br />

redes sociais retira<br />

capacidades<br />

de concentração, de<br />

análise e de pensar<br />

com profundidade.<br />

Imagina-se o que<br />

pensará do<br />

Magalhães…<br />

Sexta-feira 8 Janeiro 2010 Diário <strong>Económico</strong> 3<br />

EDITORIAL<br />

Para que servem os<br />

planos anti-corrupção?<br />

A Direcção-Geral dos Impostos<br />

já entregou ao Tribunal de<br />

Contas o plano de prevenção<br />

da corrupção. A DGCI responde<br />

assim à exigência da<br />

instituição que fiscaliza e<br />

controla a aplicação de dinheiros<br />

públicos, identificando<br />

riscos de tráfico de influências,<br />

peculato, suborno e<br />

abuso de poder. O documento<br />

identifica e sistematiza riscos<br />

de corrupção específicos,<br />

como na atribuição de benefícios<br />

fiscais ou em inspecções,<br />

em que sejam beneficiados<br />

contribuintes onde o<br />

funcionário da DGCI, familiaresouamigostenhaminteresses<br />

particulares. Riscos<br />

que também existem na venda<br />

de bens penhorados, através<br />

de esquemas que permitam<br />

a venda a alguém prédeterminado,<br />

assim como na<br />

falsificação de datas de entrada<br />

de processos, criação de<br />

documentação fraudulenta<br />

ou venda de informações<br />

confidenciais. O plano da<br />

DGCI refere ainda a necessidade<br />

de controlar acções potencialmente<br />

fraudulentas de<br />

antigos trabalhadores do fisco<br />

que utilizem influências junto<br />

de antigos colegas para obter<br />

informações confidenciais ou<br />

decisões que favoreçam a sua<br />

actividade privada. O plano<br />

referequeocombateàcorrupção<br />

no fisco é um processo<br />

longo, árduo e interminável.<br />

A questão é que, mais do que<br />

planos, são necessárias medidas<br />

concretas que previnam<br />

a existência de actos de corrupção,<br />

o que só é possível<br />

através de punições exemplares<br />

para todos os que prevaricarem.<br />

Sem isso, o plano servirá<br />

apenas para mostrar serviço<br />

a uma opinião pública<br />

chocada com o processo Face<br />

Oculta e responder às exigências<br />

de Guilherme d’Oliveira<br />

Martins. ■


4 Diário <strong>Económico</strong> Sexta-feira 8 Janeiro 2010<br />

DESTAQUE<br />

DESTAQUE ORÇAMENTO DO ESTADO PARA 2010<br />

Jorge Lacão responde<br />

ao PSD: o programa<br />

do PS é que interessa<br />

Continua o debate sobre o acordo para Orçamento para 2010. Ao Diário<br />

<strong>Económico</strong>, Aguiar-Branco mostrou abertura nas obras públicas.<br />

Catarina Madeira<br />

e Márcia Galrão<br />

catarina.madeira@economico.pt<br />

O PSD viabiliza o Orçamento do<br />

Estado para 2010, mas quer que<br />

o PS reduza o défice. Os socialdemocratas<br />

aceitam também as<br />

obras públicas, desde que isso<br />

não afecte o endividamento. No<br />

dia em que o PSD disse por carta<br />

o que quer, o ministro dos assuntos<br />

parlamentares lembrou<br />

em entrevista ao Diário <strong>Económico</strong><br />

a publicar amanhã que<br />

não se pode fazer uma “inversão<br />

de papéis” e que o Executivo<br />

parte com o seu programa para a<br />

mesa negocial e não aceita “imposições<br />

dos programas que não<br />

passaram nas eleições”.<br />

Apesar da oposição às grandes<br />

obras ter sido sempre um<br />

ponto de diferenciação do PSD<br />

de Manuela Ferreira Leite, ao<br />

Diário <strong>Económico</strong>, José Pedro<br />

Aguiar-Branco mostra alguma<br />

abertura para permitir que estes<br />

investimentos sejam incluídos<br />

no OE/2010. “Mais do que estar<br />

a analisar esta ou aquela obra<br />

pública, há uma equação que se<br />

traduz nestes pontos [inverter o<br />

crescimento do endividamento<br />

externo, corrigir o desequilíbrio<br />

das contas públicas e conferir<br />

total transparência no que respeita<br />

às responsabilidades financeiras<br />

actuais e futuras assumidas<br />

pelo Estado]”, explicou ao<br />

Diário <strong>Económico</strong> José Pedro<br />

Aguiar Branco. Apontado o caminho<br />

de que o PSD não abdica,<br />

e que está na carta enviada ontem<br />

a Jorge Lacão (as cartas dos<br />

outros partidos também foram<br />

ontem enviadas), é ao Governo<br />

que compete governar, portanto<br />

“éoGovernoquedevedizerse<br />

nesta equação – a que se junta o<br />

combate ao desemprego com o<br />

apoio às PME – tem condições<br />

para aprovar um plano que, incluindo<br />

tudo isto, inclua também<br />

as obras públicas que constam<br />

do seu programa de Governo”,<br />

acrescenta. Caso contrário,<br />

“há aqui uma parcela da equação<br />

que falta”.<br />

Coincidência ou não, ontem o<br />

ministro da Obras Públicas entrou<br />

em cena para dizer que a<br />

prioridade do Governo é o aeroporto,<br />

que espera que as porta-<br />

gens nas SCUTS sejam uma realidade<br />

dentro de poucos meses e<br />

revelar que o orçamento do ministério<br />

deverá sofrer um corte<br />

de 10% a 12%. Este corte referse<br />

apenas ao “orçamento próprio<br />

do ministério, via<br />

PIDDAC”, esclareceu fonte oficial<br />

das Obras Públicas ao DE.<br />

De acordo com a mesma fonte,<br />

esta contenção de despesas revelada<br />

por António Mendonça<br />

não coloca em causa qualquer<br />

dos investimentos em obras pú-<br />

A CARTA DO PSD<br />

“Inverter a trajectória<br />

de crescimento<br />

galopante do<br />

endividamento<br />

externo”<br />

“Corrigir a trajectória<br />

de desequilíbrio<br />

insustentável nas<br />

contas públicas”<br />

“Conferir uma total<br />

transparência no que<br />

respeita às Contas<br />

Públicas”<br />

(prioridades que o Orçamento do<br />

Estado deve assumir, de acordo<br />

com o ofício enviado pelo líder<br />

parlamentar do PSD ao ministro<br />

dos Assuntos Parlamentares)<br />

blicas previstos por este Governo.<br />

“O programa de investimentos<br />

públicos mantém-se<br />

inalterado”, assegurou a mesma<br />

fonte das Obras Públicas.<br />

Ontem em Paris, o primeiroministro<br />

voltou a defender que o<br />

Governonãopodegovernarcom<br />

dois orçamentos: “Quem não<br />

quer negociar diz que o outro não<br />

quer negociar. Eu quero negociar<br />

mas coloco as coisas de uma forma<br />

muito simples”, acrescentando,<br />

porém, que a prioridade<br />

do Execitivo não é o défice. O<br />

primeiro-ministro repondeu<br />

ainda ao presidente do BPI - que<br />

apresentou um estudo sobre finanças<br />

públicas que identificava<br />

um aumento das responsabilidades<br />

do Estado - dizendo que a<br />

culpadacriseédabanca,que<br />

sustentou o endividamento.<br />

Depois de ter enviado a todos<br />

os grupos parlamentares uma<br />

carta a convidar os partidos para<br />

um diálogo prévio ao Orçamento,<br />

Jorge Lacão recebeu ontem todas<br />

as respostas. Pelo sentido das palavras<br />

dos vários grupos, ficou<br />

patente que as negociações poderão<br />

ter um desfecho mais positivoàdireitadoqueàesquerda.O<br />

PSDquerumentendimentoalém<br />

do Orçamento de 2010, a médio<br />

prazo, o que foi bem recebido<br />

pelo Governo. Pedro Silva Pererira<br />

recordou ontem que “no início<br />

desta legislatura o Governo convidou<br />

todos os partidos com assento<br />

parlamentar para o diálogo<br />

tendoemvistaagarantiadecondições<br />

de governabilidade para<br />

toda a legislatura” e por isso<br />

mostrou-se satisfeito com esta<br />

posição do PSD.<br />

Ontem, no plenário, e perante<br />

acusações de negociações secretas<br />

como partido do Governo,<br />

o PSD disse que este não será<br />

“mais um Orçamento limiano” e<br />

garantiu que não vai deixar cair<br />

nenhuma das propostas do plano<br />

anti-crise apresentado pelo<br />

partido. “Muito se tem falado de<br />

pactos e de acordos secretos”,<br />

começou Aguiar Branco, visivelmente<br />

incomodado, “o PSD<br />

toma sempre as suas decisões<br />

tendo em conta o interesse nacional,<br />

guia-nos o sentido de<br />

responsabilidade. O grupo parlamentar<br />

do PSD não se deixará<br />

condicionar”. ■Com NMS, ER<br />

Futuro presidente do<br />

PSD tem de dar aval<br />

Na oposição a Ferreira Leite,<br />

dentro do PSD, as opiniões são<br />

unânimes. A actual direcção tem<br />

legitimidade para negociar com o<br />

Governo compromissos<br />

económico futuros, desde que o<br />

objectivo seja o interesse nacional<br />

e não a viabilização deste<br />

Executivo. No entanto qualquer<br />

novo líder terá todo o poder para<br />

rectificar os acordos assumidos<br />

por Ferreira Leite, garantem os<br />

apoiantes de Passo Coelho, único<br />

candidato assumido à liderança.<br />

Ângelo Correia diz mesmo que, a<br />

definição de um plano plurianual<br />

terá de ser “ratificada pela futura<br />

direcção”. O histórico do PSD<br />

admitequeesteacordoentreos<br />

dois maiores partidos pode<br />

condicionar a próxima direcção,<br />

mas conclui lacónico: “A vida é<br />

feita de condicionamentos”.<br />

Também Miguel Relvas defende<br />

que as negociações entre PS e<br />

PSD não podem ser “um mero<br />

acordo partidário” e tal como<br />

Nogueira Leite diz que qualquer<br />

entendimento terá de ter como<br />

objectivo o interesse do país. O<br />

economista diz mesmo que seja<br />

qual for a próxima liderança não<br />

fugirá à prioridade agora<br />

assumida de controlar as contas<br />

públicas. C.M.<br />

Direita di<br />

CDS e PSD lutam para negociar<br />

Orçamento para 2010.<br />

Catarina Madeira e<br />

Márcia Galrão<br />

catarina.madeira@economico.pt<br />

Na oposição, PSD e CDS iniciaram<br />

ontem uma luta para ver<br />

quem vai liderar à direita a negociação<br />

com o Governo do Orçamento<br />

do Estado para 2010. Com<br />

a esquerda em segundo plano,<br />

depois de PCP e BE demonstrarem<br />

que não vão aceitar negociar<br />

se não houver alterações de políticas,<br />

os partidos da direita disputam<br />

a dianteira na hora de impor<br />

condições para dar os seus<br />

votos ao PS.


PONTOS-CHAVE<br />

José Sócrates e<br />

Nicolas Sarkozy<br />

Por volta do meio-dia de<br />

ontem, o primeiro-ministro<br />

português dizia, em Paris,<br />

que o país “não pode viver<br />

com dois orçamentos”.<br />

OPSDfezontemum<br />

conjunto de exigências<br />

para viabilizar o OE para 2010.<br />

Os social-democratas enviaram<br />

ao Governo uma carta onde<br />

querem uma redução do défice.<br />

sputa protagonismo<br />

Ontem mesmo no plenário, os<br />

líderes parlamentares do PSD e<br />

do CDS protagonizaram uma<br />

discussão acesa quanto à legitimidade<br />

negocial de cada um.<br />

Depois de Pedro Mota Soares ter<br />

acusado o PSD de estar a fazer<br />

“negociações secretas” com o<br />

PS, Aguiar-Branco criticou a<br />

“atitude enciumada” dos populares<br />

e acusou-os de estarem a<br />

tentar condicionar as posições<br />

doPSD.Edeixouaironia:“oCDS<br />

é que fez negociações em suites<br />

de hotel com Queijo Limiano”,<br />

lembrou numa referência directa<br />

ao orçamento de António Guterresaprovadocomovotofavorável<br />

de Daniel Campelo.<br />

Ao Diário <strong>Económico</strong>, Aguiar-<br />

O Governo vai ter de lidar<br />

com mais uma despesa no<br />

Orçamento deste ano. Na<br />

Primavera chega o primeiro<br />

submarino que implica um<br />

despesa de 0,3% do PIB.<br />

POOL New/Reuters Paulo Alexandre Coelho<br />

Paula Nunes<br />

Silva Pereira no<br />

Conselho de Ministros<br />

Já depois das 13h, o ministro<br />

da Presidência garantia que<br />

o Governo está aberto a um<br />

diálogo construtivo com a<br />

oposição.<br />

Branco justificou o posicionamento<br />

do seu partido nestas negociações<br />

com a responsabilidade<br />

acrescida “do único partido<br />

que é uma verdadeira alternativa<br />

ao PS, sozinho temos mais deputados<br />

do que o resto de toda a<br />

oposição junta”. E esclareceu que<br />

apesar dos pontos em comum<br />

que existem com o CDS, os dois<br />

partidos têm “posicionamentos e<br />

responsabilidades diferentes”.<br />

Depois de meses em que toda<br />

a oposição assumiu a liderança<br />

no debate parlamentar unindose<br />

para fazer frente ao Governo,<br />

o Orçamento do Estado para<br />

2010 vem pôr a descoberta as<br />

divergências entre esquerda e<br />

direita.■<br />

Aguiar Branco recusa<br />

“orçamento limiano”<br />

Mais tarde, cerca das 15h, era a vez de o<br />

líder parlamentar do PSD afirmar que<br />

este não será “um orçamento limiano”.<br />

Esquerda critica<br />

políticas de direita<br />

Na esquerda, o aproximar do<br />

Governo ao PSD e CDS na hora de<br />

negociar condições para<br />

aprovação do Orçamento do<br />

Estado, está a ser visto como a<br />

provadequeestePSdeSócrates<br />

vai manter uma linha de rumo<br />

económico centrada em políticas<br />

“de direita”. Isso mesmo fez<br />

questão de lembrar Bernardino<br />

Soares, do PCP, que deixou já no ar<br />

a ideia de que dificilmente os<br />

comunistas vão encontrar<br />

condições para chegar a acordo<br />

com o PS em matéria orçamental<br />

Com uma dívida elevada<br />

abraços,oGovernoparte<br />

este mês para a China para<br />

tentar convencer<br />

os investidores asiáticos<br />

a comprar dívida portuguesa.<br />

Sexta-feira 8 Janeiro 2010 Diário <strong>Económico</strong> 5<br />

PEC actual perdeu<br />

actualidade<br />

em quatro meses<br />

Eduardo Catroga pede acordo<br />

para a actualização do<br />

documento.<br />

Pedro Romano<br />

e Margarida Peixoto<br />

pedro.romano@economico.pt<br />

A última actualização do Programa<br />

de Estabilidade e Crescimento<br />

foi feita em Janeiro pelo<br />

Governo e o seu conteúdo foi revisto<br />

pelo mesmo Executivo<br />

logo em Maio. Mas qualquer semelhança<br />

entre os pressupostos<br />

macroeconómicos traçados há<br />

umanoeoverdadeirocenário<br />

com que o Executivo se vai deparar<br />

é pura coincidência.<br />

As contas são fáceis de fazer.<br />

Num ano, a estimativa para o<br />

crescimento em 2009 passou de -<br />

0,8% para -3%, o investimento<br />

caiu de -0,9% para -15,2% e a<br />

taxa desemprego ganhou mais<br />

0,5 pontos percentuais (ver quadros<br />

ao lado). Números que se estendem<br />

à maioria dos outros indicadores<br />

e que, de uma assentada,<br />

puseram em causa todo o cenáriosobreoqualrepousavao<br />

plano plurianual de consolidação<br />

das contas públicas nacionais.<br />

A retoma também será mais<br />

lenta. O desemprego, por exemplo,<br />

deverá continuar a crescer até<br />

2011, ao contrário da expectativa<br />

do Governo, que apontava para<br />

uma descida suave já em 2010.<br />

Números que deixam desactualizadas<br />

as metas inscritas no<br />

documento e que vão obrigar a<br />

redefinir objectivos e a elencar<br />

novas medidas de contenção<br />

orçamental. Para já, a Comissão<br />

Europeia acredita que em 2011 a<br />

dívida pública vai atingir os<br />

91% do PIB, impulsionada por<br />

défices elevados (e crescentes),<br />

juros altos e um crescimento<br />

económico anémico.<br />

Para dar a volta à situação,<br />

Eduardo Catroga sugere um entendimento<br />

entre “os partidos do<br />

arco da governação: PS, PSD e<br />

CDS-PP”. E explica: “Os partidos<br />

têm obrigação de deixar querelas<br />

eencontraumrumoalémda<br />

questão das finanças públicas”.<br />

O ex-ministro das Finanças sublinha<br />

que “à boleia da actualização<br />

do Programa de Estabilidade e<br />

Crescimento”, deve ser firmado<br />

um pacto que estabeleça não só os<br />

princípios de reestruturação das<br />

finanças públicas, mas também<br />

“da carga fiscal, do sistema de justiça,<br />

da Educação, concorrência e<br />

qualidade dos investimentos públicos”.<br />

No âmbito da redução do<br />

endividamento, Catroga é mais<br />

concreto: “deveria ser estabelecido<br />

um plafond de despesa no máximo<br />

de 42% do PIB”, defende. ■<br />

DÉFICE 2009<br />

-2,2%<br />

Em Janeiro, o Governo apontava<br />

para um défice orçamental de<br />

2,2% em 2009. Agora, o valor já<br />

ronda os 8% do PIB, um número<br />

que vai obrigar a cortes de<br />

despesa ou aumento de impostos<br />

nos próximos anos.<br />

DÍVIDA PÚBLICA 2009<br />

69,7%<br />

A previsão para a dívida pública<br />

do Governo está 7,7 pontos<br />

percentuais abaixo da projecção<br />

da Comissão Europeia. E, para<br />

2011, o diferencial entre os dois<br />

valores escala para 21,1 pontos<br />

percentuais.<br />

DESEMPREGO 2009<br />

8,5%<br />

Em Janeiro, o Governo ainda<br />

esperava um agravamento do<br />

desemprego ligeiro, descendo já<br />

em 2010. Agora, é certo que o<br />

desemprego terá ultrapassado os<br />

9% em 2009 e que deverá subir<br />

até 2011 (9%, segundo a CE).<br />

RECESSÃO 2009<br />

-0,8%<br />

O rombo no PIB em 2009 foi bem<br />

maior do que o esperado pelo<br />

Governo (em torno dos 3%) e a<br />

retoma também será muito mais<br />

moderada. O que significa menos<br />

receita a entrar e mais despesas<br />

em prestações sociais.


6 Diário <strong>Económico</strong> Sexta-feira 8 Janeiro 2010<br />

DESTAQUE ORÇAMENTO DO ESTADO PARA 2010<br />

Submarino chega<br />

na Primavera e soma<br />

500 milhões ao défice<br />

Defesa confirma chegada do primeiro submarino em Março/Abril. Adiar a entrega<br />

do equipamento militar não está em cima da mesa, garante o ministro.<br />

Margarida Peixoto<br />

margarida.peixoto@economico.pt<br />

Dentro de dois a três meses<br />

chegam mais 500 milhões de<br />

euros para acrescentar ao déficequeestánovalormais<br />

alto dos últimos 23 anos. O<br />

primeiro submarino encomendado<br />

pelo Governo navegará<br />

em mar português já no<br />

início da Primavera, garantiu<br />

o ministro da Defesa, ao Diário<br />

<strong>Económico</strong>.<br />

“O Tridente [o primeiro<br />

submarino] chegará a Portugal<br />

entre Março e Abril deste ano e<br />

o segundo submarino chegará<br />

em 2011”, afirmou Augusto<br />

Santos Silva. O ministro da<br />

Defesa garantiu que o novo<br />

equipamento militar, encomendado<br />

em 2004 pelo Governo<br />

de Santana Lopes e Paulo<br />

Portas, “tem missão atribuída”,<br />

faz parte de um “conceito<br />

de estratégia militar”, mas que<br />

“não é público”.<br />

Emboraacompradossubmarinos<br />

tenha sido decidida há<br />

duas legislaturas, as regras da<br />

Comissão Europeia ditam que<br />

o gasto seja registado como<br />

despesa no ano em que o bem é<br />

colocado à disposição do Governo,<br />

independentemente do<br />

modelo de pagamento até poder<br />

ser desfasado no tempo.<br />

Ou seja, a despesa de 2010<br />

vai ter de contar com mais<br />

500 milhões de euros, um<br />

rombo financeiro violento,<br />

depois de Portugal ter fechado<br />

2009 com um défice de cerca<br />

de8%edesetercomprometidoacorrigi-loparamenos<br />

de 3% até 2013.<br />

Assumindo as estimativas<br />

da Comissão Europeia para o<br />

produto interno bruto, o impacto<br />

é de 0,3 pontos percentuais<br />

a mais no défice orçamental<br />

– uma dificuldade extra<br />

num ano em que as três<br />

agências de rating internacionais<br />

que avaliam a dívida da<br />

República já avisaram que<br />

queriam ver sinais do caminho<br />

para a consolidação. Caso contrário,<br />

a notação da dívida<br />

portuguesa desce, provocando<br />

um aumento do preço do financiamento<br />

público e, por<br />

arrasto, das empresas e das famílias.<br />

Adiar a entrega do submarino<br />

também não faz parte dos<br />

planos do consórcio vendedor.<br />

“Não vemos qualquer razão<br />

para adiar a entrega”, garantiu<br />

SUBMARINO<br />

500 milhões<br />

É o preço do primeiro submarino,<br />

que terá de ser inscrito como<br />

despesa assim que o bem for<br />

colocado à disposição do<br />

Governo, o que deverá acontecer<br />

entre Março e Abril.<br />

DÉFICE<br />

“Se estamos hoje<br />

a prever qualquer<br />

utilização do<br />

submarino que<br />

não seja militar,<br />

a resposta é não”,<br />

disse Santos<br />

Silva, sobre<br />

a possibilidade<br />

de revenda.<br />

8% do PIB<br />

É a estimativa da Comissão<br />

Europeia para o défice de 2009,<br />

um valor que o ministro das<br />

Finanças já disse ser uma boa<br />

previsão. Até 2013 o Governo<br />

terá de diminuir o buraco nas<br />

contas públicas para menos de<br />

3% do produto interno bruto. Em<br />

2010, o Governo já deverá dar<br />

sinais de redução do défice.<br />

Nathalie Schaer, responsável<br />

de comunicação da HDW. Nem<br />

anular a compra: “a entrega do<br />

primeiro submarino não está a<br />

ser reconsiderada”, disse ao<br />

Diário <strong>Económico</strong>. Aliás, o<br />

submarino “já está produzido e<br />

está a fazer os testes finais de<br />

mar, ficando pronto para entrega<br />

nos próximos meses”,<br />

acrescentou Nathalie Schaer.<br />

E se o submarino for revendido<br />

assim que chegar?<br />

Nos últimos meses surgiram<br />

rumores de que Portugal poderia<br />

estar a considerar a revenda<br />

do submarino assim que chegasse.<br />

A ideia seria anular na<br />

medida do possível parte do<br />

impacto da compra nas contas<br />

públicas. “Se estamos hoje a<br />

prever qualquer utilização do<br />

submarino que não seja militar,<br />

a resposta é não”, disse<br />

Santos Silva, evitando, contudo,<br />

desmentir claramente a hipótese.<br />

“Hoje a questão não se<br />

coloca, vamos cumprir os dois<br />

contratos a que nos vinculámos:<br />

um de compra e outro de<br />

contrapartidas”, disse apenas,<br />

explicando, porém, que não<br />

pode saber hoje o que acontecerá<br />

amanhã.<br />

No entanto, o Diário <strong>Económico</strong><br />

apurou que nos trabalhados<br />

de preparação do Orçamento<br />

do Estado para 2010<br />

ainda não foi dada qualquer<br />

indicação para incluir esta<br />

nova despesa.<br />

Ainda assim, fonte oficial da<br />

Comissão Europeia explicou<br />

que a forma de contabilização<br />

dos bens adquiridos deverá ser<br />

respeitada, e que a única flexibilidade<br />

admitida está no Pacto<br />

de Estabilidade e Crescimento,<br />

“na sua aplicação, nos prazos<br />

de vários anos agora propostos<br />

pela Comissão e aprovados<br />

pelo Conselho”. Isto quer dizer<br />

que o défice pode ficar acima<br />

de 3% nos próximos anos, mas<br />

deverá ter uma tendência de<br />

descida assim que a retoma<br />

deixar de estar em risco.<br />

O Instituto Nacional de Estatísticas<br />

recusou comentar<br />

qualquer possibilidade de reavaliar<br />

os métodos de contabilizaçãodacompradossubmarinos,<br />

sublinhando que a sua<br />

“missão é traduzir estatisticamente<br />

os factos ocorridos”.<br />

Também o Ministério das Finanças<br />

recusou qualquer comentário<br />

sobre o impacto desta<br />

compra no défice. ■<br />

Serviços continuam<br />

atrasados para o OE<br />

Os serviços da administração<br />

pública continuam atrasados no<br />

calendário de preparação do<br />

Orçamento do Estado. De acordo<br />

com o ponto de situação<br />

publicado ontem ao final do dia<br />

pela Direcção Geral do<br />

Orçamento, continuam a existir<br />

277 serviços (de um total de 662)<br />

que ainda não submeteram o seu<br />

orçamento individual no sistema<br />

central. Este passo deveria ter<br />

sido concluído até ao dia 22 de<br />

Dezembro e é fundamental para<br />

elaborar o documento final, que<br />

deverá ser entregue na<br />

Assembleia da República no<br />

último dia do prazo legal: 26 de<br />

Janeiro. A consequência será<br />

trabalho extra nos últimos dias.


David Moir/Reuters<br />

O primeiro submarino chega numa<br />

altura em que o Governo tem de<br />

reduzir o défice público.<br />

O IGCP já deu a conhecer que até<br />

Março vai financiar-se em 6,5 mil<br />

milhões de euros.<br />

António de Albuquerque<br />

antonio.albuquerque@economico.pt<br />

O ministério das Finanças, através<br />

do Instituto de Gestão da Tesouraria<br />

e do Crédito Público<br />

(IGCP) está à procura de novos<br />

investidores para comprar dívida<br />

pública portuguesa. Desta<br />

feita, vai realizar um ‘roadshow’<br />

junto de investidores asiáticos e<br />

que passará por Pequim, Tóquio,<br />

Seul, Singapura, Hong Kong e<br />

Taipé.<br />

O marketing do país, que<br />

passa por dar a conhecer aos investidores<br />

(bancos centrais,<br />

bancos e seguradoras e fundos<br />

de pensões) os principais fundamentais<br />

da economia nacional e,<br />

sobretudo, das políticas económicas<br />

para a consolidação das<br />

contas públicas nacionais vai<br />

decorrer na última semana de<br />

Janeiro. Precisamente na mesma<br />

semana, até terça-feira dia 26,<br />

em que o Governo está obrigado<br />

a apresentar o OE de 2010.<br />

O objectivo desta iniciativa é<br />

claro e consiste em diversificar<br />

os investidores internacionais de<br />

dívida pública portuguesa, como<br />

referiu Alberto Soares, presidente<br />

do Instituto ao Diário <strong>Económico</strong>.<br />

“Queremos promover os<br />

nossos produtos financeiros junto<br />

de novos investidores e que,<br />

neste momento, estão pouco representados<br />

nas nossas operações”,<br />

referiu. No ano passado,<br />

os mercados asiáticos representaram<br />

apenas 3% do total de dívida<br />

emitida pelo IGCP, o que<br />

contrasta com o mercado europeu<br />

que representa 84%. Uma<br />

situação que as autoridades nacionais<br />

querem agora melhorar<br />

aumentando a penetração naqueles<br />

mercados quando, por<br />

exemplo, a China dispõe de reservas<br />

financeiras avaliadas em<br />

biliões de dólares e é desde há alguns<br />

anos o principal tomador<br />

de títulos de dívida pública<br />

americana. Um ponto que o<br />

mesmo responsável destaca ao<br />

referir que os “países asiáticos<br />

têm uma capacidade financeira<br />

muito elevada”.<br />

Um outro aspecto que obriga a<br />

esta diversificação de mercados<br />

também se prende com o facto do<br />

mercado dos países desenvolvidos<br />

estar ‘inundado’ de títulos de<br />

dívida pública. Com o rebentar<br />

da crise financeira no Verão de<br />

2008, todos os países foram obrigados<br />

a recorrer ao endividamento<br />

público para financiar os<br />

vários pacotes anti-crise. As facilidades<br />

de liquidez por parte do<br />

Sexta-feira 8 Janeiro 2010 Diário <strong>Económico</strong> 7<br />

Finanças vão<br />

à China para<br />

financiar<br />

dívida pública<br />

BCE permitiram também aos<br />

bancos europeus investir massivamente<br />

em dívida pública. Os<br />

bancos foram financiados por<br />

parte da autoridade monetária a<br />

quase custo zero, e comprar divida<br />

com uma renumeração interessante<br />

e sem risco foi para eles<br />

um excelente negócio.<br />

Entretanto, o IGCP deu a conhecer<br />

o seu programa de emissãodedívidaparaopróximotrimestre<br />

e não para todo o ano<br />

como é habitual, dado ainda não<br />

estar em vigor o Orçamento de<br />

Estado de 2010. Para já, informou<br />

que vai realizar várias operações,<br />

incluindo dois a três leilões<br />

e uma nova linha de Obrigações<br />

do Tesouro para se financiar<br />

em 5,5 a 6,5 mil milhões de<br />

euros. Recorde-se que, segundo<br />

as últimas previsões da Comissão<br />

Europeia, a dívida pública<br />

portuguesa deverá situar-se em<br />

77,4% da riqueza produzida<br />

(PIB) em 2009, tendo em atenção<br />

um défice de 8%. Um valor<br />

que poderá ser superior, dado<br />

que o segundo orçamento rectificativo<br />

aprovado no Parlamento<br />

inscreveu um limite de endividamento<br />

global (endividamento<br />

referenteaodéficeeparaliquidação<br />

de financiamentos vencidos)<br />

na ordem dos 15 mil milhões<br />

de euros. ■<br />

CHINA<br />

Reservas colossais<br />

No ano passado, as reservas<br />

monetárias daquele país estavam<br />

avaliadas em 2.273 mil milhões<br />

de dólares. E se os excedentes na<br />

BTC se aproximarem novamente<br />

dos 10% do PIB, isto significa que<br />

o total poderá crescer mais 543<br />

mil milhões de euros em 2018 ao<br />

actual câmbio.<br />

PREVISÕES PARA A DÍVIDA<br />

85,9%<br />

A OCDE prevê que a dívida<br />

pública portuguesa cresça para<br />

85,9% do PIB este ano. A<br />

confirmar-se esta previsão desta<br />

organização o peso da dívida<br />

ficará acima da média dos países<br />

da zona euro (84,4%).


8 Diário <strong>Económico</strong> Sexta-feira 8 Janeiro 2010<br />

ECONOMIA<br />

Fisco alerta para<br />

riscos de corrupção<br />

nos serviços<br />

Plano anti-corrupção da DGCI identificou ainda riscos<br />

de suborno, tráfico de influência e abuso de poder.<br />

Lígia Simões<br />

ligia.simoes@economico.pt<br />

A DGCI admite que por vezes<br />

pode não investigar contribuintes<br />

que deveriam ser inspeccionados<br />

e que esta prática pode<br />

resultar de um acto de corrupção.<br />

A possibilidade da existência<br />

deste crime é assumida pelo<br />

Fisconoseuplanodecombateà<br />

corrupção, onde o serviço do<br />

Estado que gere mais dinheiro<br />

deixa uma solução: identificar<br />

os contribuintes que sistematicamente<br />

ficam próximos dos<br />

critérios de selecção, mas que<br />

não são escolhidos como alvo de<br />

inspecção.<br />

O Fisco alerta para o risco de<br />

corrupção na selecção de contribuintes,<br />

nomeadamente através<br />

do acesso a informação privilegiada<br />

relacionada com critérios e<br />

parâmetros que dão origem às<br />

inspecção.<br />

Além da corrupção, o plano<br />

de gestão de riscos de corrupção<br />

e infracções conexas (PGRCIC,)<br />

a que o Diário <strong>Económico</strong>, identifica<br />

outros riscos: tráfico de<br />

influência, peculato, suborno e<br />

abuso de poder. São as áreas da<br />

cobrança, venda de bens penhorados,<br />

realização de actos<br />

inspectivos, registo de entrada<br />

de documentos e selecção de<br />

recursos humanos que exigem<br />

maiores cuidados do Fisco e<br />

onde deverão ser aplicadas medidas<br />

preventivas.<br />

No documento - já entregue<br />

ao Conselho de Prevenção da<br />

Corrupção (CPC) – são apontadas<br />

várias áreas onde se impõe<br />

“reduzir as oportunidades de acções<br />

delituosas, clarificar as zonas<br />

cinzentas de actuação, aumentar<br />

os níveis de controlo social<br />

e consolidar uma cultura anti-corrupção”.<br />

No plano são identificados<br />

riscos de corrupção ao nível da<br />

atribuição de benefícios fiscais,<br />

tramitação processual e na inspecção<br />

a contribuintes. No primeiro<br />

caso, o Fisco alerta para<br />

benefícios concedidos irregularmente,<br />

propondo o reforço<br />

dos procedimentos internos de<br />

controlo e verificação dos pres-<br />

FUNCIONÁRIOS<br />

11.052<br />

Total de recursos humanos da<br />

DGCI dispersos por 25 serviços<br />

centrais (direcções de serviços),<br />

21 direcções de finanças e 344<br />

serviços de finanças.<br />

RECEITA FISCAL<br />

Venda de bens<br />

penhorados, inspecção,<br />

cobrança e<br />

conflitos de interesses<br />

de funcionários<br />

são algumas das<br />

áreas que preocupa<br />

Azevedo Pereira,<br />

director geral dos<br />

Impostos.<br />

31 mil milhões<br />

Para 2009, previam-se receitas<br />

de 43 mil milhões. No primeiro<br />

rectificativo baixou para 35 mil<br />

milhões e o segundo prevê agora<br />

31 mil milhões, uma nova queda<br />

de 13%.<br />

supostos da sua atribuição.<br />

Considera que só as medidas de<br />

“detecção precoce” evitarão a<br />

“propagação de comportamentos<br />

corruptos”.<br />

Identifica como outros riscos<br />

potenciais, o “erro intencional”<br />

na tramitação processual para a<br />

anulação do acto em sede de<br />

contencioso administrativo ou<br />

judicial. Para a minimização de<br />

eventuais erros, é proposto a implementação<br />

de melhorias no<br />

controlo através dos sistemas informáticos.<br />

O plano da DGCI<br />

aponta ainda riscos de “falsificação<br />

e manipulação“ de datas de<br />

registo de entrada de processos.<br />

Ao nível da inspecção o cenárionãoémelhor.Oriscodecorrupção<br />

estende-se aos próprios<br />

actos inspectivos, onde se pretende<br />

afastar “correcções excessivas<br />

tendo em vista a possibilidade de<br />

negociação e de vantagens”. Para<br />

o efeito, sugere-se o reforço de<br />

supervisão dos actos inspectivos<br />

pelos chefes de equipa.<br />

Canais internos para denúncia<br />

O poder discricionário dos trabalhadores<br />

dos impostos em<br />

determinadas situações não é<br />

isento de críticas. Além da área<br />

inspectiva, estende-se à análise<br />

de contencioso administrativo e<br />

à resposta a pedidos de contribuintes.<br />

Para controlar os riscos<br />

potenciais de corrupção, a DGCI<br />

sugere algumas medidas: rotatividade<br />

de pessoal para garantir<br />

que as relações de supervisão<br />

não se tornem demasiado próximas<br />

e criação de canais de comunicação<br />

interna para relato<br />

de eventual envolvimento de<br />

superiores hierárquicos em<br />

condutas corruptas.<br />

Também a venda de bens penhorados<br />

foi alvo de escrutínio.<br />

O Fisco alerta aqui para a ”sobreavaliação<br />

deliberada” do<br />

bem, potenciando a não realizaçãodavendaeaconsequente<br />

evolução para a negociação particular<br />

(venda a terceiro predeterminado).<br />

Uma área que, segundo<br />

a DGCI, exigirá o controlo<br />

e fiscalização dos peritos avaliadores<br />

para evitar crimes de tráfico<br />

de influência. ■<br />

Mais 1.150 reformados no Estado<br />

Mais 1.154 funcionários públicos irão reformar-se em Fevereiro, o que<br />

significa um aumento de 243 funcionários aposentados face ao mesmo<br />

mês do ano passado, revelam as listas da Caixa Geral de Aposentações<br />

(CGA) publicadas todos os meses no Diário da República. Na lista<br />

publicada ontem, referente a Fevereiro, verifica-se que o maior número de<br />

aposentados ocorre no Ministério da Educação, com mais de 300<br />

funcionários a saírem do activo. Em segundo, a Saúde, com 170.<br />

OLIVEIRA MARTINS TEM ESTADO A RECEBER OS PLANOS DE<br />

DGCItemequeex-fu<br />

Funções na actividade privada<br />

potenciam riscos.<br />

Lígia Simões<br />

ligia.simoes@economico.pt<br />

A saída de pessoal para o sector<br />

privado merece especial referência<br />

no plano anti-corrupção<br />

do Fisco. É aqui apontado que os<br />

antigos trabalhadores depois de<br />

se desvincularem da Administração<br />

Pública (essencialmente<br />

pela aposentação) iniciam funções<br />

no sector privado, em actividades<br />

que lhes estavam vedadas<br />

pelo regime de incompatibilidades<br />

dos funcionários pú-<br />

blicos (como a advocacia e consultoria).<br />

“Esta situações podem<br />

potenciar riscos como o<br />

uso de know-how adquirido na<br />

organização, para obter vantagem<br />

na actividade privada”,<br />

alerta a DGCI. Destaca ainda a<br />

“eventual influência junto dos<br />

antigos colegas para tomar decisões<br />

que favoreçam a actividade<br />

privada e de transmitir informações<br />

confidenciais”. E<br />

alerta para a angariação de<br />

clientes utilizando informações<br />

obtidas a partir da DGCI.<br />

Como medidas para suprimir<br />

as insuficiências do sistema de<br />

controlo, o plano anti-corrup-


EURO<br />

face ao dólar<br />

1,4316<br />

PETRÓLEO<br />

valor em dólares<br />

81,69<br />

COMBATE À CORRUPÇÃO DOS VÁRIOS SERVIÇOS DO ESTADO<br />

TAXA EURIBOR<br />

a seis meses<br />

0,989<br />

AGENDA DO DIA<br />

● O INE vai divulgar o índice de<br />

custos de construção de habitação<br />

nova e Índice e as estatísticas do<br />

comércio internacional de<br />

Novembro.<br />

● Vão ser publicadas a taxa de<br />

desemprego nos Estados Unidos.<br />

ncionários usem informação interna<br />

ção fixa a necessidade de ser comunicado<br />

superiormente eventuais<br />

tentativas de influência.<br />

Para mitigar este tipo de riscos, a<br />

DGCI recorda que existe uma<br />

política de sanções em caso de<br />

violação do dever de sigilo, tendo<br />

sido já adoptadas medidas<br />

como a remoção de privilégios<br />

de acesso aos sistemas informáticos<br />

em caso de terminar o vínculo<br />

laboral.<br />

Os alertas para riscos de corrupção<br />

abrangem ainda a acumulação<br />

com funções privadas,<br />

nomeadamente pela utilização<br />

de recursos públicos no exercício<br />

da actividade privada, o exercí-<br />

Fisco identifica riscos<br />

de tomada de decisões<br />

e transmissão de<br />

informações<br />

confidenciais que<br />

favoreçam o sector<br />

privado.<br />

cio de actividades não autorizadas<br />

e pelo tratamento privilegiado<br />

de contribuintes. Nesta área<br />

são várias as medidas sugeridas:<br />

centralizar os registos de todos<br />

os pedidos de acumulação de<br />

funções privadas numa base de<br />

dados informática; rever anualmente<br />

as aprovações de acumulação<br />

de funções privadas e controlar<br />

regular e aleatoriamente os<br />

pedidos autorizados de acumulação<br />

com funções privadas.<br />

Melhorar o processo de detecção<br />

de violações do dever de<br />

sigilo dos trabalhadores da<br />

DGCI é o caminho apontado no<br />

plano anti-corrupção do Fisco.<br />

Paulo Alexandre Coelho<br />

OConselhodePrevenção<br />

da Corrupção (CPC), que<br />

funciona junto do<br />

Tribunal de Contas,<br />

determinou que fosse<br />

enviado pelas entidades<br />

públicas um plano<br />

de prevenção de<br />

corrupção até ao final<br />

de 2009.<br />

A entidade liderada, por<br />

Guilherme d’Oliveira<br />

Martins, já recebeu 500<br />

planos, faltando cerca de<br />

200. Um dos recebidos é o<br />

do Fisco, o organismo do<br />

Estado que gere mais<br />

dinheiros públicos. Sobre<br />

este tema, o Fisco alerta<br />

para os riscos na área<br />

de cobrança que levam<br />

à apropriação indevida<br />

de dinheiros públicos:<br />

a falta de depósito<br />

bancário de valores<br />

cobrados e a falta<br />

de contabilização<br />

e respectivo depósito<br />

de eventual sobra são<br />

alguns dos riscos.<br />

O suborno nas cobranças<br />

coercivas através<br />

das prescrições dolosas é<br />

também aqui<br />

identificado.<br />

Também ao nível da progressão<br />

na carreira e nomeações<br />

para cargos o Fisco são identificados<br />

alguns riscos: a manipulação<br />

dos procedimentos e métodos<br />

de selecção para garantir a<br />

nomeação de um amigo, membro<br />

da família ou colega. E ainda<br />

a nomeação de membros do júri<br />

que garantam a selecção de determinados<br />

candidatos e a falsificação<br />

de habilitações ou currículo.<br />

Entre as medidas adoptar<br />

nestaáreaésugeridaainclusão<br />

nos relatórios do júri de informações<br />

sobre eventuais conflitos<br />

de interesses em relação aos<br />

candidatos. ■<br />

Sexta-feira 8 Janeiro 2010 Diário <strong>Económico</strong> 9<br />

OUTROS RISCOS<br />

1<br />

Conflito<br />

de interesses<br />

Riscos de corrupção de<br />

trabalhadores do Fisco que podem<br />

envolver um ganho financeiro real<br />

ou potencial é um dos riscos<br />

identifacados. Além disso, o<br />

tratamento privilegiado de um<br />

familiar ou amigo, o favorecimento<br />

de um contribuinte, no qual o<br />

trabalhador, familiar ou amigo<br />

tenha algum interesse particular é<br />

também identificado.<br />

2<br />

Dádivas e outros<br />

benefícios<br />

Este tipo de benefícios pode<br />

apresentar algum risco de<br />

corrupção dado terem potencial<br />

de “afectar a imparcialidade e a<br />

integridade” dos funcionários da<br />

DGCI que só podem aceitar<br />

objectos promocionais de<br />

reduzido valor. Em causa está a<br />

influência de contribuintes para<br />

obter um tratamento favorável ou<br />

ignorarem disposições<br />

regulamentares. A DGCI também<br />

admite existirem suspeitas de<br />

decisões parciais.<br />

3<br />

Sistemas<br />

de informação<br />

São identificados inúmeros riscos<br />

de corrupção: a introdução ou<br />

alteração de dados, a criação de<br />

de documentação fraudulenta<br />

para fornecimento a terceiros, o<br />

acesso remoto a terceiros aos<br />

sistemas aplicacionais da DGCI e<br />

acompartilhadesenhasde<br />

utilizadores. A cópia electrónica<br />

de dados dos sistemas de<br />

informação e o seu fornecimento<br />

não autorizado a outras entidades<br />

é outra das possibilidades.<br />

4<br />

Atendimento<br />

presencial<br />

Também não está imune a riscos<br />

de corrupção o atendimento<br />

presencial na DGCI assegurado<br />

pelos Serviços de Finanças,<br />

Direcções de Finanças e Lojas de<br />

Cidadão. O plano alerta para a<br />

“aceitação ou solicitação de<br />

dinheiro para dar um tratamento<br />

favorável a um utente”, bem como<br />

para a divulgação de informações<br />

confidenciaisdeumclientepara<br />

fins não autorizados. É sugerida a<br />

rotatividade de trabalhadores com<br />

relação directa com os utentes.


10 Diário <strong>Económico</strong> Sexta-feira 8 Janeiro 2010<br />

ECONOMIA<br />

HUNGRIA<br />

Comissão pronunciou-se sobre<br />

o regime do ‘group interest box’<br />

Foi recentemente conhecida a decisão da Comissão Europeia<br />

relativamente ao enquadramento do regime húngaro do ‘group interest<br />

box’ como auxílio estatal. Este regime permite, por regra, a dedução de<br />

50% do montante líquido dos juros recebidos de empresas participadas e,<br />

em determinadas circunstâncias, a dedução da totalidade dos juros pagos.<br />

Neste contexto, a Comissão considerou o regime como auxílio do Estado<br />

na medida em que não é acessível à generalidade das empresas húngaras.<br />

As obrigações<br />

declarativas dos Fundos<br />

de Investimento<br />

Os Fundos de Investimento Mobiliários e Imobiliários (FI’s)<br />

constituídos sob a forma de patrimónios autónomos assumem<br />

a qualidade de sujeitos passivos de IRC e de IVA, estando<br />

sujeitos a um conjunto de obrigações declarativas perante<br />

a administração tributária, as quais devem ser asseguradas<br />

pelas respectivas sociedades gestoras.<br />

O cumprimento destas obrigações declarativas tem suscitado<br />

inúmeras questões dada a especificidade do regime fiscal<br />

aplicável aos fundos e a aparente inadaptação das actuais<br />

obrigações declarativas a esse regime.<br />

Este facto tem justificado, por exemplo, o entendimento<br />

da administração tributária segundo o qual os FI’s não se encontram<br />

abrangidos pela obrigação de entrega da declaração<br />

Modelo 22, ainda que não se enquadrem no âmbito da dispensa<br />

de entrega dessa declaração, sendo a entrega do IRC<br />

dos fundos assegurada pela submissão de declaração de retenções<br />

na fonte.<br />

Contudo, no que respeita à entrega da declaração anual<br />

continuam a colocar-se inúmeras dúvidas quanto ao seu<br />

preenchimento.<br />

O regime fiscal aplicável aos Fundos<br />

de Investimento baseia-se no facto<br />

de a totalidade dos rendimentos ser<br />

tributada autonomamente ou por retenção<br />

na fonte a taxas finais como se de pessoas<br />

singulares se tratasse.<br />

A este propósito, importa fazer referência à mais recente<br />

orientação da administração tributária veiculada no final do<br />

passado mês de Julho, a qual, para além de ter sido emitida<br />

no limite do prazo previsto para a entrega dessa declaração,<br />

veio originar questões adicionais face às já existentes, ao<br />

prever que, para além dos anexos de IVA e Imposto do Selo<br />

aplicáveis, os FI’s se encontram ainda obrigados a entregar<br />

também o anexo F – Benefícios Fiscais, no âmbito do IRC.<br />

De acordo com esse entendimento, os FI’s deverão preencher<br />

os quadros 032 e 033 desse anexo, os quais, respeitando<br />

a rendimentos isentos, se encontram dirigidos para o preenchimento<br />

por sujeitos passivos que beneficiam de isenção<br />

totalouparcialdeIRC.<br />

Ora, o regime fiscal aplicável aos FI’s baseia-se no facto<br />

de a totalidade dos seus rendimentos ser tributada autonomamente<br />

ou por retenção na fonte a taxas finais como se de<br />

pessoas singulares se tratasse, não fazendo sentido que o reporte<br />

de rendimentos pelos FI’s possa ser equiparado ao de<br />

outros sujeitos passivos que beneficiam de isenção de IRC,<br />

como é o caso dos fundos de capital de risco ou dos fundos<br />

de investimento imobiliário em recursos florestais. ■<br />

www.kpmg.pt<br />

Os não residentes vão receber juros<br />

indemnizatórios de liquidações adicionais.<br />

NÃO RESIDENTES<br />

Se um imóvel nos Açores, detido por uma empresa<br />

de Lisboa, receber a prestação de serviços de uma<br />

empresa do Porto, o local de tributação é o local do imóvel.<br />

Juros indemnizatórios a pagar pela<br />

Administração Fiscal<br />

Foi recentemente divulgado um acórdão do Supremo Tribunal<br />

Administrativo que concluiu pela obrigatoriedade da Administração Fiscal<br />

em proceder ao pagamento de juros indemnizatórios a favor de sujeitos<br />

passivos relativamente a liquidações adicionais de retenções na fonte<br />

de IRC a não residentes. Isto, sempre que sejam aplicáveis as disposições<br />

de um Acordo de Dupla Tributação e a prova de isenção total ou parcial<br />

da obrigação de efectuar retenção na fonte.<br />

Consultório fiscal<br />

Uma empresa de Lisboa tem um imóvel nos Açores e quer<br />

fazer obras pela B com sede no Porto: qual o IVA aplicável?<br />

As operações sujeitas a IVA que<br />

se considerem efectuadas nas<br />

Regiões Autónomas dos Açores<br />

e da Madeira são tributadas às<br />

taxas reduzidas de 5%, 8% e<br />

14% (respectivamente taxa reduzida,<br />

intermédia e normal).<br />

Para efeitos da localização<br />

das operações, refere o Decreto-Lei<br />

n.º 347/85, de 23 de<br />

Agosto, relativamente à aplicação<br />

das taxas de IVA nas Regiões<br />

Autónomas, que “as operações<br />

tributáveis considerarse-ão<br />

localizadas no Continente<br />

ou nas Regiões Autónomas<br />

dos Açores e da Madeira, de<br />

acordo com os critérios estabelecidos<br />

pelo artigo 6.º do Código<br />

do Imposto sobre o Valor<br />

Acrescentado, com as devidas<br />

adaptações.”<br />

Deste modo, atendendo a que<br />

para algumas prestações de serviços<br />

foram estabelecidos critérios<br />

de localização espacial que<br />

se afastam da regra geral de tributação<br />

na sede do prestador do<br />

serviço, importará identificar<br />

qual o critério utilizado nas<br />

prestações de serviços sobre<br />

bens imóveis.<br />

Ora, relativamente às prestações<br />

de serviços sobre bens<br />

imóveis, o local de tributação<br />

das mesmas para efeitos do IVA<br />

é o local onde se situa o imóvel.<br />

Deste modo, a presente prestação<br />

de serviços estará sujeita a<br />

IVA à taxa de 14%, independentemente<br />

da localização da<br />

sede do prestador ou do adquirente,<br />

pelo que a empresa B de-<br />

Nas prestações<br />

de serviços sobre<br />

bens imóveis, o local<br />

de tributação para<br />

efeitos de IVA<br />

éolocalondesesitua<br />

o imóvel.<br />

Às sextas-feiras, as respostas<br />

da KPMG aos leitores<br />

do Diário <strong>Económico</strong>.<br />

Paulo Alexandre Coelho<br />

verá liquidar IVA a esta taxa.<br />

Havendo alteração do objecto<br />

social de uma empresa que<br />

pertence ao RETGS e que tem<br />

prejuízos, essa alteração poderá<br />

ser impeditiva da dedução dos<br />

prejuízos fiscais no Grupo?<br />

Ao regime de dedução dos<br />

prejuízos fiscais apurados por<br />

sociedades que integrem o Regime<br />

Especial de Tributação dos<br />

Grupos de Sociedades (RETGS)<br />

aplica-se, regra geral, o estatuído<br />

no artigo 47.º do Código do<br />

IRC conjugado com o artigo 65.º<br />

do mesmo Código.<br />

Deste modo, quando se verificar,<br />

no final do exercício em<br />

que seria efectuada a dedução<br />

dos prejuízos, que ocorreu a<br />

modificação do objecto social<br />

da sociedade em relação ao<br />

exercício em que os mesmos foram<br />

apurados, os prejuízos deixam<br />

de poder ser utilizados.<br />

Existem, no entanto, excepções<br />

em casos especiais de reconhecido<br />

interesse económico,<br />

mas, para tal, deverá a sociedade<br />

apresentar um requerimento,<br />

ao Ministro das Finanças, a<br />

solicitar a manutenção desses<br />

prejuízos.<br />

Se o requerimento em apreço<br />

não for apresentado ou se for<br />

indeferido, os prejuízos fiscais<br />

apurados pela sociedade e passíveis<br />

de reporte na esfera do<br />

Grupo não poderão ser utilizados<br />

devendo, consequentemente,<br />

os prejuízos fiscais do<br />

RETGS ser ajustados em conformidade.<br />


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12 Diário <strong>Económico</strong> Sexta-feira 8 Janeiro 2010<br />

POLÍTICA<br />

Grávidas sem vacina são<br />

maior preocupação das<br />

autoridades de saúde<br />

Em dois meses cerca de 320 mil portugueses já foram imunizados contra<br />

a gripe A. Vacinação vai ser alargada a novos grupos na próxima semana.<br />

Catarina Duarte<br />

e Susana Represas<br />

catarina.duarte@economico.pt<br />

Dois meses passados desde o início<br />

da vacinação contra a gripe A,<br />

o grande cavalo de batalha continuamaserasgrávidas,ogrupo<br />

prioritário que maior risco tem<br />

de desenvolver complicações<br />

graves se contrair o vírus H1N1,<br />

mas também aquele que mais<br />

tem resistido à vacinação. “Se tivéssemos<br />

de eleger uma missão,<br />

seria neste momento vacinar todas<br />

as grávidas”, disse a subdirectora-geral<br />

da Saúde ao Diário<br />

<strong>Económico</strong>.<br />

Graça Freitas não revelou<br />

quantas grávidas já foram vacinadas<br />

em Portugal, mas admite<br />

que a vacinação deste grupo<br />

prioritário está aquém do desejado.<br />

Para isso, “contribuiu a associação<br />

infeliz das mortes fetais<br />

comasgrávidasvacinadas”,lamenta<br />

Graça Freitas. “Nos países<br />

nórdicos a vacinação em todos os<br />

grupos correu muito bem. Nos<br />

países do sul da Europa houve<br />

menor adesão, o que se prende<br />

com questões culturais”, acrescentou<br />

ainda a subdirectora-geraldaSaúde.<br />

Portugal já recebeu 470 mil<br />

doses de vacinas da gripe A, do<br />

total dos seis milhões encomendadas<br />

ao laboratório GlaxoSmithKline,<br />

70% das quais já foram<br />

administradas, anunciou<br />

ontem o director-geral da Saúde,<br />

Francisco George.<br />

De acordo com o balanço da<br />

Direcção Geral da Saúde, até 5 de<br />

Janeiro foram administradas nos<br />

Do total das<br />

vacinas já<br />

disponíveis em<br />

Portugal, 70%<br />

já foram<br />

administradas,<br />

disse ontem<br />

Francisco George.<br />

Europa faz ponto da situação da gripe A<br />

Já no âmbito da presidência<br />

espanhola da Comissão Europeia,<br />

que começa hoje, os responsáveis<br />

pelas entidades de saúde dos vários<br />

Estados-membros vão reunir-se nos<br />

próximos dias em Cáceres para<br />

fazer um ponto da situação da gripe<br />

A e das campanhas de vacinação.<br />

Nesta reunião será também<br />

debatido o rumo a dar ao excedente<br />

de vacinas que alguns países neste<br />

momento acumulam, como é o caso<br />

de França, disse ontem Francisco<br />

George. Contudo, o director-geral<br />

da Saúde recusa-se a dizer que vão<br />

sobrar vacinas em Portugal. Até<br />

porque, as vacinas têm uma<br />

validade de três anos, logo nem<br />

sequer se põe em causa esgotar-se<br />

o seu prazo, disse Francisco George,<br />

frisando que “as pessoas continuam<br />

a ter vantagens em vacinar-se”, até<br />

porque “este vírus não vai<br />

desaparecer”.<br />

centros de saúde 261.129 vacinas,<br />

correspondentes à imunização de<br />

247.499 cidadãos, uma vez que<br />

foram dadas 13.630 segundas doses<br />

a crianças de idade inferior a<br />

10 anos e a doentes imuno-deprimidos.<br />

Ou seja, Francisco George<br />

estima que 320 mil portugueses já<br />

tenham sido vacinados contra o<br />

H1N1, dos quais 73.750 são crianças<br />

até aos 12 anos. Os dados da<br />

campanha de vacinação indicam<br />

ainda que já foram vacinadas 35<br />

mil crianças até aos dois anos.<br />

Os portugueses aproveitaram<br />

asemanaentreoNataleoAno<br />

Novo para vacinar os filhos, revelou<br />

também Graça Freitas, tendo<br />

sido administradas nos dias 28 e<br />

29 de Dezembro mais de 10 mil<br />

vacinas.<br />

Na conferência de balanço da<br />

vacinação, Francisco George informou<br />

também que a vacinação<br />

vai ser alargada já na próxima semana<br />

a novos grupos. Os jovens<br />

de 30 anos é o grupo mais provável,<br />

contudo, ao Diário <strong>Económico</strong><br />

Graça Freitas disse que essa<br />

solução ainda não está “completamente<br />

tomada”.<br />

Inicialmente as autoridades<br />

de saúde definiram três grupos<br />

alvo. O primeiro, que arrancou a<br />

26 de Outubro, incluiu grávidas<br />

com patologia associada e os<br />

profissionais de primeira linha<br />

que desempenhavam funções<br />

essenciais, em especial os profissionais<br />

de saúde. Seguiu-se, a<br />

2deNovembro,avacinaçãode<br />

todas as grávidas saudáveis no<br />

segundo e terceiro trimestre de<br />

gravidez e mais profissionais<br />

imprescindíveis. A 16 de Novembro<br />

a campanha foi alargada<br />

ao grupo B, com prioridade<br />

para as crianças com idade entre<br />

os 6 meses e os 2 anos e no dia 21<br />

de Dezembro foi alargada ao<br />

grupo C com prioridade para as<br />

crianças até aos 12 anos. Esta<br />

fase estava prevista apenas para<br />

depois de Janeiro, mas com as<br />

remessas disponíveis, a pouca<br />

adesão dos grupos de risco anteriores<br />

e o facto de já só ser necessária<br />

uma dose para a imunização<br />

ser eficaz, ficaram disponíveis<br />

mais vacinas pelo que se<br />

antecipou o processo. ■<br />

CASOSDEGRIPE<br />

O número de doentes com gripe<br />

diminuiu nas últimas semanas.<br />

Semana Casos observados<br />

com sintomas gripais<br />

9 a 15/11 19.903<br />

16 a 22-11 27.121<br />

23 a 29-11 27.169<br />

30-11 a 6-12 20.506<br />

7a13-12 14.518<br />

14 a 20-12 10.221<br />

21 a 27-12 6.419<br />

28-12a3-01 4.811<br />

Fonte: Direcção Geral de Saúde<br />

VACINASDAGRIPEA<br />

320 mil<br />

As autoridades de saúde<br />

estimam que 320 mil<br />

portugueses já foram vacinados<br />

contra a gripe A. Destes, 73.750<br />

são crianças até aos 12 anos.<br />

MORTES POR H1N1<br />

81<br />

A gripe A já matou 81 pessoas<br />

em Portugal, das quais 11 não<br />

apresentavam factores de risco.<br />

CONSELHO DA EUROPA INVES<br />

QUATRO PERGUNTAS A...<br />

GRAÇA FREITAS<br />

Subdirectora-geral da Saúde<br />

“Tudo depende<br />

do comportamento<br />

do vírus”


Moura Guedes assistente no Face Oculta<br />

A jornalista Manuela Moura Guedes foi admitida como assistente no<br />

processo Face Oculta, mais de um mês depois de ter apresentado esse<br />

pedido. O objectivo de Moura Guedes é “auxiliar o Ministério Público na<br />

procura da verdade”, disse à agência Lusa a antiga pivô do Jornal<br />

Nacional da TVI, suspenso na vésperas das eleições legislativas de<br />

Setembro de 2009. O processo investiga uma alegada rede de tráfico de<br />

influências e envolve várias empresas com participação do Estado.<br />

TIGA EVENTUAIS PRESSÕES DAS FARMACÊUTICAS SOBRE A OMS NA GRIPE A<br />

Ainda é cedo para baixar a<br />

guarda porque o vírus da gripe<br />

A continua activo, diz a<br />

subdirectora-geral da Saúde.<br />

Para já, Graça Freitas, fala<br />

apenas de cenários, mas tudo<br />

indica que no próximo ano a<br />

vacina contra a gripe sazonal já<br />

inclua o H1N1.<br />

A vacina sazonal do próximo<br />

Inverno já vai incluir a<br />

estirpe do vírus H1N1?<br />

Sim vai incluir. Mas não<br />

sabemos ainda como se vai<br />

processar a vacinação. Pode ser<br />

uma única vacina trivalente que<br />

inclua os dois vírus sazonais<br />

mais o vírus da gripe A (H1N1)<br />

ou então duas vacinas, ou seja,<br />

a vacina sazonal mais a vacina<br />

da gripe A. A recomendação<br />

virá da Organização Mundial de<br />

Saúde, que deverá emitir o<br />

pareceremMarço.Neste<br />

momento a comissão da OMS<br />

está a estudar o<br />

comportamento do vírus, que<br />

até ao momento tem estado<br />

bastante estável.<br />

Se for necessária apenas<br />

uma vacina trivalente o que<br />

vai acontecer ao stock de<br />

vacinas da gripe A que<br />

sobrarem?<br />

“O vírus continua<br />

a circular, embora<br />

com menor<br />

intensidade”,<br />

diz a subdirectorageral<br />

da Saúde.<br />

AGENDA DO DIA<br />

● Parlamento vota quatro leis sobre<br />

casamento homossexual.<br />

● Eleições directas para o presidente<br />

e delegados do PS Madeira.<br />

● Coimbra promove debate sobre<br />

transformações na Justiça.<br />

● Reunião inaugural da Presidência<br />

espanhola da Comissão Europeia.<br />

Quero ressalvar que neste<br />

momento estamos sempre a<br />

falar de cenários. Mas se o vírus<br />

dominante não mudar, o vírus<br />

em circulação no próximo<br />

Inverno será em tudo<br />

semelhante ao H1N1, pelo que<br />

as vacinas que temos podem<br />

ser aplicadas. Mas queria frisar<br />

que está tudo dependente<br />

do comportamento do vírus.<br />

Como está a correr a<br />

vacinação nos outros países<br />

da Europa?<br />

Nos países nórdicos está a<br />

correr bem em todos os grupos.<br />

Nos países do sul da Europa<br />

Sexta-feira 8 Janeiro 2010 Diário <strong>Económico</strong> 13<br />

Nacho Doce/Reuters<br />

A assembleia do Conselho<br />

da Europa vai investigar<br />

presumíveis pressões dos<br />

‘lobbies’ farmacêuticos<br />

na sequência da eclosão<br />

da pandemia da gripe A.<br />

Em causa estarão dúvidas<br />

sobreseaOrganização<br />

Mundial de Saúde terá<br />

declarado uma falsa<br />

pandemia em Abril de<br />

2009. Segundo o “Le<br />

Soir” ‘online’, a<br />

presidente da Comissão<br />

de Saúde daquela<br />

organização, Thérèse<br />

Snoy, terá informado<br />

ontem os respectivos<br />

companheiros de equipa<br />

que o Conselho da Europa<br />

acaba de lançar um<br />

inquérito sobre a<br />

eventual tentativa<br />

de influência das<br />

companhias.<br />

houve menor adesão, o que se<br />

deve a questões culturais.<br />

É cedo para afastar<br />

a prevenção? O vírus<br />

continua activo?<br />

Claro que sim. O vírus continua a<br />

circular, embora com menor<br />

intensidade. Até porque não<br />

sabemos se vamos voltar a ter<br />

uma onda pandémica nas<br />

próximas semanas ou mesmo no<br />

Verão, como aconteceu em 1957.<br />

As medidas de prevenção devem<br />

manter-se, bem como a vacinação<br />

dos grupos prioritários, incluindo<br />

as grávidas que são um grupo de<br />

maior risco. ■ C.D


14 Diário <strong>Económico</strong> Sexta-feira 8 Janeiro 2010<br />

POLÍTICA<br />

MEDICAMENTOS<br />

Secretário de Estado quer unidose<br />

implementada num máximo de dois meses<br />

O secretário de Estado da Saúde, Óscar Gaspar quer que num prazo<br />

máximo de dois meses esteja implementada a venda de medicamentos<br />

em unidose, na sequência do actual “processo negocial” com os parceiros,<br />

de quem tem sentido “abertura”. A Autoridade Nacional do Medicamento<br />

(Infarmed) avançou ontem à agência Lusa que nenhuma farmácia<br />

hospitalar ou de oficina em Portugal aderiu à venda de medicamentos em<br />

unidose, seis meses após a entrada em vigor da lei que a institui.<br />

Fontão de Carvalho foi vereador da<br />

Câmara Municipal de Lisboa.<br />

COMISSÃO CONTRA A CORRUPÇÃO VAI TER UM SITE PARA RECOLHER CONTRIBUTOS<br />

JUSTIÇA<br />

Sócrates assume defesa de<br />

casamento gay no Parlamento<br />

Esquerda parlamentar aprova diploma do Governo e deixa de fora a adopção.<br />

Susana Represas e Márcia Galrão<br />

susana.represas@economico.pt<br />

O primeiro-ministro José Sócrates<br />

vai hoje ao Parlamento defender<br />

pessoalmente a proposta de<br />

lei do Governo que permite o casamento<br />

entre pessoas do mesmo<br />

sexo. Uma decisão inédita e<br />

aplaudida pela bancada parlamentar<br />

do PS, que considera ser<br />

um sinal enviado a Belém de que<br />

esta é uma lei para aprovar.<br />

Em entrevista ao Diário <strong>Económico</strong>,<br />

o ministro dos Assuntos<br />

Parlamentares, Jorge Lacão, justificaapresençadeSócratesnaAR<br />

com o facto de se tratar “de uma<br />

questão civilizacional muito importante”,<br />

para o país. Recordese<br />

que esta tem sido uma das<br />

grandes bandeiras socialistas.<br />

Com o secretário-geral socialista<br />

no plenário, a Assembleia da República<br />

vota hoje quatro diplomas<br />

sobre esta matéria, um tema que<br />

tem dominado a actualidade nos<br />

últimos meses e que até à última<br />

horatemsidoalvodemuitasdivergências,<br />

entre Governo, posi-<br />

ção e nos corredores do PS.<br />

Certoéquetodaaesquerda<br />

parlamentar vai aprovar o diploma<br />

do Governo para permitir o<br />

casamento civil entre pessoas do<br />

mesmo sexo. Também garantido<br />

está o chumbo dos diplomas do<br />

PEV e do BE que além de legalizarem<br />

o casamento, permitem a<br />

adopção por casas dos mesmo<br />

sexo. Estes diplomas vão ser rejeitados<br />

com os votos contra do PSD<br />

eCDS-PPedoPS.Noentanto,<br />

esta questão não foi nada pacifica<br />

dentro da bancada liderada por<br />

Francisco Assis. A direcção impôs<br />

disciplina de voto aos deputados<br />

socialistas, a pedido do próprio<br />

primeiro-ministro, mas o facto<br />

de muitos deputados considera-<br />

rem que a questão da adopção é<br />

também uma discriminação levou<br />

a alguns pedidos de excepção.<br />

Ontem Assis aceitou sete pedidos,<br />

todos justificados pelo líder<br />

da bancada, mas até à hora de fecho<br />

desta edição, não havia decisão<br />

sobre os outros dois pedidos<br />

das deputadas Jamila Madeira e<br />

Catarina Marcelino. O Diário<br />

<strong>Económico</strong> apurou, no entanto,<br />

que o líder da bancada deverá optar<br />

por não os conceder, evitando<br />

assim maior mal estar dentro do<br />

grupo parlamentar. A disciplina<br />

de voto acabou por ser aceite pelos<br />

deputados do PS, por se tratar<br />

de uma matéria assumida em<br />

campanha eleitoral e não de<br />

consciência.<br />

O BE anunciou que aceita a<br />

proposta do Governo, mas garante<br />

que não vai abdicar da questão<br />

da adopção e espera que no futuro<br />

venha a ser consagrado. O PCP<br />

votará a favor do diploma do Governo,<br />

mas abster-se-á nos diplomas<br />

do BE e PEV. O CDS rejeita<br />

no seu programa modificações à<br />

natureza jurídica do casamento. ■<br />

Leitura da sentença dos administradores da<br />

EPUL acusados de peculato adiada ‘sine die’<br />

A leitura da sentença do caso que envolve o ex-vereador da Câmara de<br />

Lisboa Fontão de Carvalho e quatro ex-administradores da Empresa<br />

Pública de Urbanização de Lisboa (EPUL), marcada para hoje, foi adiada<br />

‘sine die’. O ex-vereador e ex-vice-presidente da Câmara de Lisboa e os<br />

quatro ex-administradores da EPUL - Eduarda Mapoleão, Aníbal Cabeça,<br />

Arnaldo João e Luisa Amado são acusados de co-autoria do crime de<br />

peculato. O Ministério Público pediu a condenação dos cinco arguidos.<br />

Paulo Alexandre Coelho<br />

A comissão parlamentar eventual que vai acompanhar a luta contra a corrupção vai disponibilizar uma página<br />

na Internet, aberta a contributos dos cidadãos. A proposta foi defendida ontem pelo presidente da comissão,<br />

Vera Jardim, e aceite por todos os grupos parlamentares. Sobre as audições que a comissão vai realizar, o PSD<br />

apresentou uma proposta para ouvir 27 representantes de instituições e personalidades, uma lista que deverá<br />

integrar vários representantes do sector da Justiça.<br />

Jorge Lacão justifica a<br />

presença de Sócrates<br />

com o facto de esta<br />

ser uma questão<br />

“civilizacional”<br />

O que pode fazer<br />

Cavaco Silva<br />

Com aprovação certa no<br />

Parlamento, o diploma segue<br />

depois para o Presidente da<br />

República. Aqui o casamento entre<br />

pessoas do mesmo sexo pode ter<br />

três destinos: ou é promulgado, ou<br />

vetado ou enviado para o Tribunal<br />

Constitucional. Até agora, Cavaco<br />

apenas se pronunciou sobre o<br />

assunto para dizer que está<br />

concentrado noutros problemas.<br />

Frase que teve várias<br />

interpretações. Uns consideraram<br />

que é um sinal de que o diploma<br />

não vai passar o crivo de Belém,<br />

outros, acham que estas palavras<br />

mostram que a lei passará sem<br />

problema. Constitucionalistas<br />

defendem que este diploma pode<br />

ser constitucional, e aqui volta a<br />

haver divergências. Há quem diga<br />

que essa ilegalidade se deve à<br />

exclusão da adopção, outros acham<br />

que o casamento é só para sexos<br />

diferentes. S.R.<br />

COLUNA VERTEBRAL<br />

Claques<br />

JOÃO PAULO GUERRA<br />

O PS decidiu introduzir na<br />

agenda política uma questão<br />

fracturante para fracturar a<br />

“coligação negativa” da direita<br />

edaesquerdacontraoGoverno,damesmaformaqueaesquerdaàesquerdadoPSlança<br />

questões fracturantes para<br />

quebrar o bloco central. Mas<br />

agora é o próprio PS que está<br />

fracturado na matéria agendada<br />

sobre legalização do casamento<br />

entre pessoas do mesmo<br />

sexo.EquesoluçãoéqueoPS<br />

usa para tentar remendar a<br />

fractura? A solução é de gesso e<br />

consiste na imposição da disciplina<br />

de voto.<br />

A imposição da disciplina de<br />

voto pelo PS é tão ilegítima<br />

como a concessão da liberdade<br />

de voto pelo PSD. Os deputados,<br />

embora eleitos à lista, não<br />

são propriamente corpos<br />

amorfos e acéfalos que fazem o<br />

quelhesmandamoscérebros<br />

dos partidos em nome da conveniência,<br />

da táctica ou sequer<br />

da fidelidade partidária. A fidelidade<br />

é um sentimento horrível<br />

que será próprio dos animais.<br />

O que é próprio dos homenséalealdade.Eoprimeiro<br />

dever da lealdade de cada homemécomasuaprópriaconsciência.<br />

Os partidos não são<br />

donos dos votos dos deputados,<br />

sobretudo em matérias que envolvam<br />

a consciência individual.<br />

Eotempoemqueuns<br />

senhores de jaquetão preto e<br />

cabeças lustrosas de brilhantina<br />

diziam todos em coro “muito<br />

bem” ao discurso do chefe<br />

morreu em 1974. Só que, pelos<br />

vistos, ficou mal enterrado.<br />

De maneira que cada vez que<br />

um deputado fura o sentido<br />

único e obrigatório de voto imposto<br />

pela direcção do partido<br />

isso constitui uma vitória da<br />

democracia e da liberdade.<br />

Com a canga da disciplina de<br />

voto, o Parlamento poderia reduzir-se<br />

à conferência de líderes,<br />

onde cada um dos presentes<br />

levaria no bolso os votos da<br />

claque partidária. Ou, melhor<br />

dizendo, da clique que decide<br />

como vão votar os eleitos pelo<br />

povo. ■<br />

joaopaulo.guerra@economico.pt


REFORMA<br />

Sindicato quer prisão preventiva para os<br />

crimes com pena de prisão superior a 3 anos<br />

O Sindicato dos Magistrados do Ministério Público (SMMP) defende o<br />

regresso ao regime penal que permitia a prisão preventiva para todos os<br />

crimes com pena de prisão superior a três anos, contra os actuais cinco.<br />

Esta e outras sugestões foram ontem divulgadas em Lisboa pelo SMMP,<br />

quando faltam poucos dias para o Governo entregar ao Conselho<br />

Consultivo da Justiça as propostas de correcção dos Códigos Penal (CP) e<br />

do Processo Penal (CPP), revistos em 2007.<br />

Tribunal da<br />

Relação volta a<br />

dizer que ASAE é<br />

inconstitucional<br />

Primeiro caso ainda aguarda decisão superior<br />

e novo processo vai para o Constitucional.<br />

Susana Represas<br />

susana.represas@economico.pt<br />

O Tribunal da Relação de Lisboa<br />

considerou, pela segunda vez,<br />

que a Autoridade de Segurança<br />

Alimentar e Económica (ASAE)<br />

é inconstitucional. Em causa<br />

estáatransformaçãoporparte<br />

do Governo deste organismo em<br />

polícia criminal, matéria legislada<br />

em 2007 sem autorização<br />

da Assembleia da República.<br />

A primeira decisão deste tribunal<br />

foi revelada em Julho do<br />

ano passado, e de acordo com<br />

fonte judicial o processo ainda<br />

está em fase de recurso, aguardando<br />

uma decisão do Tribunal<br />

Constitucional. No acórdão publicado<br />

recentemente, em Dezembro,<br />

os juízes da 9ª Secção<br />

Criminal da Relação de Lisboa<br />

consideram que entre as atribuições<br />

da ASAE, criada por decreto-lei<br />

do Governo em Dezembro<br />

de 2005, foi-lhe atribuída<br />

a competência e os poderesdeórgãoeautoridadedepolícia<br />

criminal que prevê, nomeadamente,<br />

o direito de uso e<br />

porte de arma ao pessoal de inspecção<br />

da ASAE. Neste contexto,<br />

a actuação da ASAE enqua-<br />

A primeira decisão<br />

do tribunal da<br />

Relação foi tomada<br />

em Julho, mas o<br />

processo aguarda<br />

a decisão do Tribunal<br />

Constitucional.<br />

dra-se no conceito constitucional<br />

de “forças de segurança”.<br />

Tendo em conta este quadro legal,<br />

o tribunal refere que este<br />

diploma do Governo está ferido<br />

de inconstitucionalidade orgânica,<br />

porque viola a reserva de<br />

lei da Assembleia da República.<br />

Aocontráriodoqueacontece<br />

com as restantes entidades com<br />

poderes de polícia criminal (SP,<br />

GNR, PJ e SEF) que foram legisladas<br />

no Parlamento ou com a<br />

sua autorização, neste caso, os<br />

deputados não foram ouvidos<br />

sobre as mudanças.<br />

Ao que o Diário <strong>Económico</strong><br />

conseguiuapurar,estaéasegunda<br />

decisão sobre casos concretos,<br />

em que tenha sido requerida<br />

esta ilegalidade, e este caso<br />

deverá seguir para o Tribunal<br />

Constitucional, uma vez que o<br />

recurso do Ministério Público é<br />

obrigatório. Esta questão já tinha<br />

sido defendida por vários juristas,<br />

no entanto, esta lei só poderá<br />

vir a ser definitivamente inconstitucional<br />

se os conselheiros<br />

considerarem, em três casos<br />

concretos, que o diploma viola a<br />

Constituição.<br />

Este segundo caso em que é<br />

levantada a ilegalidade da ASAE<br />

refere-se a um julgamento no tribunal<br />

criminal de Loures, em<br />

que o arguido foi acusado pela<br />

prática de um crime de exploração<br />

ilícita de jogo. Em primeira<br />

instância, o arguido foi condenado<br />

a 180 dias de prisão, substituídos<br />

por multa. Mas perante o recurso<br />

para a segunda instância, a<br />

Relação de Lisboa decidiu “declarar<br />

nulo o julgamento”, ordenando<br />

por isso a sua repetição.<br />

No acórdão decidido em Julho o<br />

caso referia-se a um processo do<br />

tribunal de Almada, por um crime<br />

de exploração ilícita de um<br />

jogo de fortuna ou azar. A arguida,<br />

que vendia “raspadinhas” e<br />

foi condenada em Novembro de<br />

2008 a uma pena de 90 dias de<br />

prisão, igualmente substituída<br />

por uma pena de multa. O julgamento<br />

também foi anulado.<br />

Até agora, estas decisões judiciais<br />

não afectaram a actividade<br />

da ASAE, tutelada pelo Ministério<br />

da Economia e da Inovação. ■<br />

As temperaturas vão baixar nos<br />

próximos dias.<br />

Em 2009, a ASAE, presidida por<br />

António Nunes (na foto), fez 1230<br />

detenções, o dobro do que tinha<br />

feito no ano anterior.<br />

O QUE PODE ACONTECER<br />

● O Tribunal Constitucional pode<br />

decretar com força obrigatória<br />

geral a inconstitucionalidade ou a<br />

ilegalidade de qualquer norma,<br />

desde que tenha julgado essa<br />

questão em três casos concretos.<br />

● Algumas entidades podem<br />

requerer directamente ao TC a<br />

inconstitucionalidade de uma<br />

norma: o Presidente da República<br />

e da Assembleia da República, o<br />

Provedor de Justiça, o primeiroministro<br />

e o PGR.<br />

● A Constituição dá essa hipótese<br />

a um décimo dos deputados da AR,<br />

das Assembleias regionais, ou os<br />

presidentes dos Governos<br />

regionais, que podem pedir que o<br />

TC declare, de forma definitiva, a<br />

ilegalidade de normas.<br />

● Para cada caso concreto<br />

qualquer tribunal pode considerar<br />

que uma norma viola a<br />

Constituição. No caso da ASAE,<br />

qualquer cidadão, a quem tenha<br />

sido instaurado um processo, pode<br />

recorre a tribunal, dizendo que a<br />

ASAE não podia aplicar sanções,<br />

porque o diploma em que se baseia<br />

é inconstitucional. O tribunal pode<br />

aceitar e a questão pode chegar ao<br />

último recurso.<br />

MAU TEMPO<br />

Sexta-feira 8 Janeiro 2010 Diário <strong>Económico</strong> 15<br />

Protecção civil aconselha população<br />

a proteger-se do frio nos próximos dias<br />

O Instituto de Meteorologia prevê uma diminuição acentuada das<br />

temperaturas nos próximos dias, principalmente nas regiões do interior<br />

do país. Como precaução, a Protecção Civil aconselha a população a ter<br />

alguns cuidados para enfrentar as temperaturas baixas, como utilizar<br />

várias camadas de roupa em vez de uma única peça de tecido grosso.<br />

Ventilar as casas quando se utilizam lareiras ou braseiras é outra<br />

recomendação que a Protecção Civil deixa aos portugueses.<br />

PUB<br />

AUTORIDADE DA CONCORRÊNCIA<br />

AVISO<br />

João Paulo Dias<br />

1. Nos termos e para os efeitos previstos no artigo 33.º da Lei nº 18/2003, de<br />

11 de Junho, faz-se público que a Autoridade da Concorrência recebeu, em 4<br />

de Janeiro de 2010, com produção de efeitos em 5 de Janeiro de 2010, uma<br />

notificação prévia de uma operação de concentração de empresas, realizada<br />

ao abrigo do disposto no artigo 9.º do referido diploma.<br />

2. A operação de concentração em causa consiste na aquisição, pelo Eng.º José<br />

Joaquim Morais Rocha (“Eng.º Morais Rocha”), do controlo exclusivo da Terminal<br />

Multiusos do Beato – Operações Portuárias, S.A. (“TMB”), através do reforço<br />

da participação minoritária que, directa e indirectamente, já detém nesta<br />

sociedade, passando a deter a maioria das acções representativas do seu<br />

capital social.<br />

3. Actividades das empresas envolvidas:<br />

• Eng.º Morais Rocha – pessoa individual que, através das sociedades que<br />

controla (a Sodiap – Sociedade de Armazenagem e Distribuição, S.A. (“Sodiap”),<br />

a Cargo Terminal – Sociedades de Transportes, S.A., a J.J.M.R. – Sociedade<br />

Agrícola, Lda., a J.J.M.R. – Imobiliária, Lda.), se dedica, nomeadamente, às<br />

seguintes actividades: armazenamento, transporte e distribuição; transporte<br />

rodoviário de mercadorias; produção de vinhos; e compra e venda de imóveis.<br />

Este accionista detém, ainda, directamente e através da Sodiap, uma participação<br />

minoritária na TMB.<br />

• TMB – sociedade de direito português, titular da Concessão do Direito de<br />

Exploração do Terminal Multiusos do Beato, em regime de serviço público,<br />

de que é concedente a Administração do Porto de Lisboa. A TMB presta<br />

serviços de movimentação portuária de carga contentorizada, de carga geral<br />

fraccionada e de granéis sólidos, no Porto de Lisboa.<br />

4. Quaisquer observações de terceiros interessados sobre a operação de<br />

concentração em causa devem ser remetidas à Autoridade da Concorrência,<br />

no prazo de 10 dias úteis, indicando a Ccent. 1/2010 – Morais Rocha/TMB,<br />

por via postal ou fax, para o seguinte endereço:<br />

Autoridade da Concorrência<br />

Avenida de Berna, 19<br />

1050-037 Lisboa<br />

Telefone: (351) 217 902 000 - Fax: (351) 217 902 095<br />

Horário de expediente: das 9.30 às 12.30 e das 14.30 às 17.30 horas<br />

O Director do Departamento de Controlo de Concentrações<br />

António Ferreira Gomes


16 Diário <strong>Económico</strong> Sexta-feira 8 Janeiro 2010<br />

MUNDO<br />

Zapatero quer um ‘Pacto<br />

de estabilidade’ para<br />

a política económica<br />

O presidente do governo espanhol quer transformar a agenda de Lisboa numa<br />

política vinculativa, com metas e sanções por incumprimento.<br />

Luís Rego, em Madrid<br />

luis.rego@economico.pt<br />

Um dos últimos refúgios da soberania<br />

nacional na política económica<br />

foi ontem à noite atacado<br />

pelo actual presidente semestral<br />

do Conselho Europeu. José Luís<br />

Rodrigues Zapatero quer que a<br />

UE “transforme a próxima estratégia<br />

de Lisboa até 2020 num<br />

pacto de estabilidade”, com<br />

“metas vinculativas” e sanções<br />

por incumprimento, mas “desta<br />

feita para a política económica<br />

nacional”, incluindo políticas<br />

sectoriais como a energia, a investigação<br />

ou emprego.<br />

“Há uma absoluta necessidade<br />

dedarumnovocarácteràestratégia<br />

de Lisboa, para 2020, com<br />

medidasdeincentivoemedidas<br />

correctoras em torno dos objectivos<br />

de política económica, que<br />

estão bem delineados”, disse Zapatero<br />

num encontro com alguns<br />

jornalistas de Bruxelas. “É preciso<br />

criar metas para as universidades,<br />

para os empresários, para os<br />

investigadores” (…)“soubemos<br />

fazê-lo com o Pacto de Estabilidade<br />

e agora saberemos fazê-lo<br />

paraoutrosâmbitos.Istosehouver<br />

vontade política”, rematou.<br />

Otemaserádiscutidonumalmoço<br />

de trabalho hoje em Madrid<br />

entre o líder espanhol, o<br />

presidente da Comissão, Durão<br />

Barrosoeonovopresidentepermanente<br />

do Conselho, Herman<br />

VanRompuy.Eserátemadedebate<br />

ao nível dos líderes dos 27<br />

numa reunião extraordinária no<br />

próximo dia 11 em Bruxelas, destinadaàeconomiaeemprego<br />

para que, já na cimeira de Março,<br />

a estratégia esteja sobre carris.<br />

Esta discussão tem ‘barbas’.<br />

Tanto na génese da agenda de Lisboa<br />

em 2000, como em 2005 na<br />

revisão da estratégia, fracassaram<br />

todasastentativasdecriarmecanismos<br />

vinculativos para que as<br />

orientações, como elevar o orçamento<br />

nacional de I&D para 3%<br />

do PIB ou cumprir a meta de emprego<br />

em 70%, ou muitas outras<br />

metas para a educação, fossem<br />

obrigatórias. A estratégia terminou<br />

num rotundo falhanço porque,<br />

sem pressão de Bruxelas, os<br />

O presidente da<br />

Comissão, Durão<br />

Barroso, explica agora<br />

que em 2005 os líderes<br />

não quiseram ir mais<br />

longe na criação<br />

de instrumentos<br />

vinculativos que desse<br />

‘dentes’ a Lisboa.<br />

“É preciso criar<br />

metas para as<br />

universidades,<br />

para os<br />

empresários,<br />

para os<br />

investigadores”,<br />

disse ontem o líder<br />

espanhol, José<br />

Luís Zapatero.<br />

Estados não as aplicaram e as duas<br />

crises económicas anularam<br />

qualquer margem orçamental<br />

para empreender as reformas estruturais<br />

subjacentes ao plano definido<br />

sob comando de António<br />

Guterres em Lisboa.<br />

OpresidentedaComissão,<br />

Durão Barroso, explica agora que<br />

em 2005 os líderes expressamente<br />

não quiseram ir mais longe na<br />

criação de instrumentos vinculativos<br />

que desse ‘dentes’ a Lisboa.<br />

O resultado, nas palavras de<br />

Zapatero que esteve presente nesse<br />

processo de revisão, foi continuar<br />

com “recomendações genéricas e<br />

avaliações generosas de Bruxelas à<br />

política económica da UE, sem<br />

impacto na opinião pública”. O líder<br />

espanhol diz que “não vou dizerjáqualdevemserasconsequências<br />

por incumprimento.<br />

Esseéodebatequevamoster”.A<br />

quem cabe definir essas “medidas<br />

correctivas é à Comissão Europeia.<br />

Eulimito-meapôrotemana<br />

mesa”, explica o líder espanhol.<br />

As resistências far-se-ão sentir<br />

nas capitais mais reticentes à<br />

perda de soberania nacional,<br />

como Londres que conseguiu recentemente<br />

diluir os projectos de<br />

regulação europeia para o sector<br />

financeiro, mantendo um travão<br />

de segurança sobre o ascendente<br />

da supervisão europeia na sua<br />

City. Os Estados já foram chamados<br />

a entregar a instâncias europeias<br />

a sua política monetária,<br />

cambial e virão a política orçamental<br />

cair debaixo de um controlo<br />

apertado do Pacto de Estabilidade,<br />

que fixa um limite de<br />

3% do PIB para o défice anual.<br />

Mas tanto Zapatero como Barroso<br />

estão confiantes que os tempos<br />

hoje são outros e que agora talvez<br />

passe. “A crise financeira criou um<br />

novo contexto. Foi a resposta coordenada<br />

da zona euro que salvou o<br />

nosso sistema financeiro. Por outro<br />

lado, se a Europa quer progredir<br />

com as actuais características da<br />

globalização económica tem de<br />

unir-se, o resto é perder tempo. E<br />

por último, as consequências da recessão<br />

fazem com que os países que<br />

estavam mais reticentes estejam<br />

hoje mais abertos, e os outros nunca<br />

estiveram tão entusiastas”. ■<br />

Madrid recebe<br />

hoje Barroso<br />

Hoje haverá uma primeira reunião<br />

de trabalho entre o presidente da<br />

Comissão Europeia, Durão<br />

Barroso,eosdoispresidentesda<br />

UE, o rotativo e o permanente.<br />

Para a vice-presidente do governo<br />

espanhol, Fernandez de la Vega,<br />

“estanãoéahorade<br />

protagonismos mas sim de ser<br />

eficaz. O que temos de falar é dos<br />

problemas que afectam os<br />

cidadãos, o resto é por em prática<br />

o que existe no Tratado. Como?<br />

Falando muito, com uma certeza:<br />

há espaço para todos, há espaço<br />

de sobra”. Porém, diz-se<br />

“consciente que a cooperação vai<br />

ser complicada, mas essa vai ser<br />

a base do funcionamento da UE.<br />

É preciso procedimentos claros<br />

que não ofereçam duvidas”.<br />

FRIO POLAR CHEGA À PENÍN<br />

Coabitaçã<br />

O potencial de atrito é grande<br />

na representação externa<br />

da UE.<br />

Luís Rego, em Madrid<br />

luis.rego@economico.pt<br />

O palco está montado para<br />

um semestre atribulado em<br />

Bruxelas com a presidência<br />

espanhola a assumir em plena<br />

força os comandos da União<br />

Europeia, apesar de agora ter<br />

de partilhar estas funções<br />

com os novos cargos de liderança<br />

europeia criados pelo<br />

Tratado de Lisboa. O perigo,<br />

alertam analistas, é que sendo<br />

esta a primeira presidência<br />

deumanovaera,seráomolde<br />

para o futuro e qualquer<br />

conflito ou menorização do


SULA IBÉRICA NO FIM DE SEMANA<br />

Casaco russo de Berlusconi causa polémica<br />

As controvérsias não deixam de perseguir o primeiro-ministro italiano.<br />

Ao apresentar-se sorridente em público, pela primeira vez sem as<br />

ligaduras que escondiam os ferimentos que sofreu no mês passado,<br />

todas as atenções se voltaram para o facto de estar a usar um casaco<br />

com insígnias russas que lhe foi oferecido pelo seu grande amigo<br />

Vladimir Putin. Para os detractores do governante, Berlusconi não tem<br />

em conta os atropelos aos direitos humanos na Rússia.<br />

AGENDA DO DIA<br />

● Gala da Presidência espanhola da<br />

União Europeia, em Madrid<br />

● Inicia-se a Tradexpo, em Paris,<br />

evento dedicado à apresentação de<br />

produtos que vão marcar as<br />

tendências dos próximos anos.<br />

● Têm início a Exposição<br />

Internacional de Barcos, em Londres.<br />

o difícil no topo da União Europeia<br />

papel do novo figurino de<br />

Lisboa pode condicionar a<br />

agilidade da representação<br />

externadaUE.<br />

“Seremos uma fábrica de<br />

ideias e de propostas que poremos<br />

à disposição”, explica<br />

José Luis Zapatero, presidente<br />

do governo espanhol, num<br />

encontro com a imprensa de<br />

Bruxelas. Mas Maria Teresa<br />

Fernandez de la Vega, vicepresidente<br />

do governo espanhol,<br />

garante que “a presidência<br />

rotativa vai continuar a<br />

assumir o seu papel, é natural<br />

que o faça”.<br />

Nos buracos negros, criados<br />

pelo Tratado de Lisboa na representação<br />

externa, tudo<br />

está em aberto. Quem representaaUEnacimeiracoma<br />

“A presidência<br />

rotativa vai continuar<br />

a assumir o seu<br />

papel, é natural<br />

que o faça”, disse<br />

Maria Fernandez<br />

de la Vega, vicepresidente<br />

do governo<br />

espanhol.<br />

América Latina? Van Rompuy,<br />

o belga que preside em permanência<br />

o Conselho Europeu,<br />

ou Rodriguez Zapatero,<br />

que detém a presidência rotativa.<br />

No G20, o problema é o<br />

mesmo. O secretário de Estado<br />

dos Assuntos Europeus,<br />

Diego Lopez Garrido, explica<br />

que o líder espanhol “estará<br />

presente enquanto Zapatero<br />

ou seja como presidente do<br />

governoespanhol[quetem<br />

agora lugar no G20] e presidenterotativodaUE”.Neste<br />

momento isto é apenas mais<br />

um chapéu para o espanhol,<br />

mas nas próximas presidências<br />

será mais uma cadeira<br />

para o líder belga, húngaro e<br />

sucessivamente: exactamente<br />

o que se queria evitar com a<br />

criação do cargo de presidente<br />

permanente.<br />

Zapatero reconhece que “a<br />

UE se tem focalizado demasiado<br />

sobre os aspectos institucionais<br />

o que provocou inquietude<br />

junto dos cidadãos”.<br />

Mas o seu programa não se<br />

coíbe de tentar exercer influência<br />

fora do âmbito definido<br />

pelo Tratado, o que poderá<br />

reacender esse debate.<br />

Um quadro do Conselho<br />

europeu disse ao Diário <strong>Económico</strong><br />

que “não há nenhuma<br />

diferença entre o programa<br />

semestral espanhol e um<br />

qualquer programa semestral<br />

anterior”, pois toca em todas<br />

as áreas com o “mesmo grau<br />

de ambição”.<br />

O potencial de atrito é<br />

Sexta-feira 8 Janeiro 2010 Diário <strong>Económico</strong> 17<br />

SusanaVera/Reuters<br />

A vizinha Espanha já<br />

sente a vaga de frio polar.<br />

Os primeiros nevões<br />

caíram em dez regiões<br />

espanholas, que estão<br />

desdeamanhãdeontem<br />

em alerta laranja. Na zona<br />

central de Espanha várias<br />

estradas foram cortadas e<br />

inundações provocaram<br />

vários graves problemas<br />

em Málaga e Cádiz.<br />

E os termómetros vão<br />

continuar a descer, com a<br />

a meteorologia a prever<br />

temperaturas nos 15 graus<br />

negativos em algumas<br />

regiões espanholas, como<br />

é o caso de Castela e Leão.<br />

enorme em matérias tão sensíveis<br />

como a habitual representação<br />

externa da UE, onde<br />

Catherine Ashton é a nova alta<br />

representante que presidirá ao<br />

conselho dos ministros dos<br />

negócios estrangeiros e será<br />

vice presidente da CE. Estará<br />

teoricamente acima da presidência<br />

semestral a cargo do<br />

experiente chefe de diplomacia<br />

espanhol, Miguel Angel<br />

Moratinos. O espanhol já reconheceu<br />

que o seu papel será<br />

mais de coordenação que de<br />

concorrência mas tem sido<br />

muito activo a trabalhar no<br />

‘quintal’ de Ashton impondo a<br />

metadeAbrilparaqueoserviço<br />

de acção externa da UE<br />

tenha já designados 300 diplomatas.<br />


18 Diário <strong>Económico</strong> Sexta-feira 8 Janeiro 2010<br />

MUNDO<br />

RADAR MUNDO<br />

1<br />

Alemanha<br />

Divergências fragilizam<br />

coligação de Berlim<br />

Cristina Krippahl, na Alemanha<br />

Cristina.Krippahl@economico.pt<br />

A coabitação entre os conservadores<br />

da CDU e os liberais<br />

do FDP está a ser mais díficl do<br />

que o esperado. Primeiro foi o<br />

despedimento prematuro de<br />

um ministro, em Setembro,<br />

salpicado com uma operação<br />

que correu mal no Afeganistão.<br />

Depois a polémica instalada<br />

entre os parceiros da coligaçãodeCDU,CSUeFDPem<br />

redor de um corte da carga<br />

fiscal dos contribuintes. Agora<br />

é o chamado caso ‘Steinbach’<br />

queameaçaapazinternade<br />

um governo que – na opinião<br />

dos observadores – teve um<br />

começo muito acidentado.<br />

A deputada democratacristã,<br />

Erika Steinbach, é a<br />

presidente da Federação dos<br />

3<br />

Deportados, uma associação<br />

que representa os 15 milhões<br />

de alemães - e seus descendentes<br />

- forçados a abandonar<br />

os territórios no Leste da Europa<br />

que o país perdeu após a<br />

Segunda Guerra Mundial. Na<br />

sua maioria, os membros desta<br />

liga são já os filhos e netos<br />

dos injustiçados, mas o grupo<br />

continua a ter expressão política<br />

forte na Baviera. Por isso<br />

está em posição de reivindicar<br />

ser representado por<br />

Steinbach na direcção de uma<br />

nova fundação germano-polaca,<br />

dedicada a construir um<br />

museu-memorial às vítimas<br />

das deportações.<br />

Trata-se de um cenário rejeitado<br />

pela Polónia, já que a<br />

deputada é famosa pelas suas<br />

constantes exigências de indemnização<br />

para os deportados<br />

alemães – que a lei alemã,<br />

de resto, exclui - e por se<br />

ter recusado a reconhecer<br />

a fronteira<br />

germano-polaca há<br />

vinte anos, na vota-<br />

6<br />

5<br />

1<br />

7<br />

2<br />

Tobias Schwarz / Reuters<br />

çãoparaoefeitonoParlamento<br />

Federal.Onovoministrodos<br />

Negócios Estrangeiros, Guido<br />

Westerwelle (FDP), apostado<br />

na normalização das relações<br />

sempre complicadas com o vizinho<br />

no Leste, pronunciou-se<br />

categoricamente contra a presença<br />

de Steinbach, de modo<br />

que as negociações para o arranque<br />

dos trabalhos se entraram<br />

num longo impasse.<br />

Esta semana, Erika Steinbach<br />

mostrou-se pela primeira vez<br />

disposta a renunciar pessoalmente<br />

à direcção desde que sejam<br />

cumpridas duas condições.<br />

Por um lado, se a sua federação<br />

obtiver um maior peso<br />

na fundação, e se o governo<br />

alemão prescinda do seu direito<br />

de veto nas nomeações para este<br />

grémio. Caso contrário, a liga<br />

insistirá em nomear Steinbach.<br />

A proposta suscitou ontem<br />

enorme indignação na<br />

imprensa polaca, que<br />

acusa a deputada de<br />

‘chantagear’ Varsóvia<br />

e Berlim. ■<br />

4<br />

4 China<br />

Acordo de comércio livre com a ASEAN<br />

O impulso para a unificação<br />

económica dos continentes<br />

continua vivo. A China e os<br />

países da Associação de Nações<br />

do Sudoeste Asiático<br />

(ASEAN) estabeleceram ontem<br />

uma zona de comércio livre,<br />

representando um volume de<br />

negócios na ordem dos 3,13<br />

biliões de euros.<br />

Na cerimónia de assinatura<br />

do acordo, o vice-secretáriogeral<br />

da ASEAN, Pushpanathan<br />

Sundram, notou que o acordo<br />

representa “um marco histórico<br />

nacooperaçãoentreaChinaeas<br />

nações” da Associação.<br />

A partir de agora, as tarifas<br />

médias aplicadas pela China aos<br />

produtos dos países da ASEAN é<br />

reduzida de 9,8 para 0,1%, enquanto<br />

que estes países baixam<br />

2 Iemen<br />

Terrorista enfrenta prisão perpétua<br />

Os EUA não tencionam ser caridosos<br />

para com Umar Farouk<br />

Abdulmutallab, o nigeriano que<br />

tentou fazer explodir no Dia de<br />

Natal um avião que fazia a ligaçãoentreaHolandaeosEUA<br />

com um explosivo escondido na<br />

roupa interior. O júri federal<br />

norte-americano acusou-o oficialmente<br />

de seis crimes, incluindo<br />

o de tentativa premeditada<br />

de homicídio.<br />

3 Espanha<br />

Líder histórico<br />

da ETA condenado<br />

a cinco anos<br />

O carismático dirigente da<br />

organização separatista basca<br />

ETA e antigo deputado regional<br />

José Antonio Urrutikoetxea,<br />

conhecido como “Josu<br />

Ternera”, foi ontem condenado<br />

àreveliaacincoanosdeprisão<br />

pelo Tribunal de Paris. O seu<br />

filho, Egotiz, recebeu a pena<br />

de quatro anos de cadeia,<br />

por “associação com<br />

objectivos terroristas”.<br />

A condenação surgiu apesar<br />

do paradeiro de ambos ser<br />

desconhecido desde 2002.<br />

Em Abril de 2008 vários meios<br />

de comunicação noticiaram<br />

que o etarra, que cumprirá<br />

este ano os 60 anos de idade,<br />

teria voltado a assumir a<br />

liderança da organização<br />

terrorista.<br />

as suas tarifas sobre os produtos<br />

chineses de 12,8 para 0,6%. E<br />

até 2015 as tarifas do Cambodja,<br />

Laos, Myanmar e Vietname sobre<br />

os bens importados da China<br />

desçam para zero.■<br />

CONSUMIDORES<br />

1,9 mil milhões<br />

É o número total de habitantes<br />

abrangidos pela nova zona de<br />

comércio livre, a maior do mundo<br />

entre países em vias de<br />

desenvolvimento. Do total, 1,4 mil<br />

milhões residem na China.<br />

“As acusações que Umar<br />

Abdulmutallab enfrenta poderão<br />

fazê-lo ficar na prisão<br />

durante toda a vida”, disse o<br />

Procurador-Geral dos Estados<br />

Unidos, Eric Holder.Para além<br />

de homicídio, o terrorista falhado<br />

também é acusado de<br />

tentar usar uma arma de destruição<br />

massiva, tentativa<br />

propositada de destruir um<br />

avião, colocação de um dispositivo<br />

destrutivo, e ainda posseeusodeumaarmadefogo<br />

paralevaracaboumcrime<br />

violento.<br />

Entretanto, o vice-primeiro-ministro<br />

do Iémen para a<br />

Defesa e Segurança, Rashad al-<br />

Alimi, revelou que a informação<br />

mais recente “indica que<br />

Umar Farouk se juntou à al-<br />

Qaeda na capital britânica de<br />

Londres”, só se tendo deslocado<br />

ao Iémen depois de se ter<br />

tornado terrorista.■


OBAMA TRANSFORMA-SE EM MODELO PUBLICITÁRIO<br />

As medidas de segurança tomadas<br />

recentemente para aumentar<br />

a protecção contra atentados<br />

estão a criar fortes divisões entre<br />

os países europeus, com a<br />

maioria a acreditar que os passageiros<br />

já sofrem uma autêntica<br />

odisseia para conseguirem<br />

entrar a bordo dos aviões.<br />

Enquanto a Itália se juntou ao<br />

Reino Unido e à Holanda na instalação<br />

de detectores de corpo<br />

inteiro nos seus aeroportos, os<br />

outros países têm uma opinião<br />

diferente.<br />

ParaasecretáriadeEstado<br />

belga dos Transportes, Etienne<br />

Schouppe, as novas medidas de<br />

segurança são “excessivas”, em<br />

particular porque os requerimentos<br />

já existentes nos aeroportos<br />

europeus já são “restritos<br />

que cheguem”.<br />

As críticas belgas encontram<br />

eco em Espanha, enquanto que<br />

aAlemanhaeaFrançafazem<br />

depender a sua aceitação dos<br />

detectores do cumprimento das<br />

regras europeias, nomeadamente<br />

de que estes não coloquem<br />

riscos para a saúde, que<br />

aumentemasegurançaeque<br />

Lucas Jackson/Reuters<br />

A marca Weatherproof utilizou, sem autorização da Casa Branca, uma imagem de Barack Obama, durante a sua<br />

visita a Pequim e onde o presidente usava o casaco da marca. O anúncio foi colocado em pleno Times Square e<br />

mostra Obama com a muralha da China como fundo, numa foto da agência Associated Press. A Casa Branca já demonstrou<br />

desagrado e deu ordem para que o anúncio fosse retirado até ao final do dia de ontem.<br />

França de luto com morte de Séguin.<br />

6 França<br />

Político histórico<br />

Philippe Séguin<br />

morre aos 66 anos<br />

O cenário político francês ficou<br />

mais pobre. Ontem, Philippe<br />

Séguin, presidente do Tribunal<br />

de Contas e figura de<br />

referência para o partido UMP<br />

do presidente Nicolas Sarkozy,<br />

faleceu vítima de uma paragem<br />

cardíaca, aos 66 anos de idade.<br />

A morte de Séguin, antigo<br />

ministro que foi o líder da<br />

campanha contra o Tratado<br />

europeu de Maastricht, deu<br />

origem a demonstrações de<br />

luto por parte de todos os<br />

quadrantes políticos.<br />

Para Sarkozy, Séguin foi “uma<br />

das grandes figuras e das<br />

grandes vozes da nossa vida<br />

nacional”. Já o primeiroministro<br />

François Fillon,<br />

visivelmente emocionado,<br />

disse que o país perdeu uma<br />

“das suas mais belas vozes<br />

políticas”. O ex-primeiroministro<br />

socialista Lionel<br />

Jospin mostrou-se “triste”,<br />

enquanto o ex-presidente<br />

Jacques Chirac expressou a<br />

sua “infinita tristeza”.<br />

7 Egipto<br />

Coptas revoltam-se<br />

após homicídio<br />

em massa<br />

A paz religiosa volta a estar<br />

ameaçada no Egipto. Milhares<br />

de coptas (cristãos egípcios)<br />

saíram ontem às ruas das<br />

cidades do Sul do país e<br />

envolveram-se em confrontos<br />

com a polícia, depois de na<br />

quarta-feira um carro com<br />

atacantes muçulmanos ter<br />

morto a tiros de metralhadora<br />

seis membros da sua fé e um<br />

guarda de segurança, que<br />

saíam da missa de Natal na<br />

diocese de Nagaa Hammadi,<br />

revelou o bispo local. As<br />

autoridades suspeitam que a<br />

retaliação poderá estar na<br />

origem da violação de uma<br />

rapariga muçulmana por um<br />

homem cristão na mesma<br />

cidade, no passado mês de<br />

Novembro.<br />

Bruxelas anunciou ontem as empresas que ganharam os contratos.<br />

5<br />

Bélgica<br />

Concorrente europeu do GPS<br />

2014<br />

O sistema de navegação satélite europeu Galileu, potencial concorrente<br />

do GPS, deve estar operacional em 2014, três anos após o previsto.<br />

Bruxelas anunciou ontem que a empresa que irá fabricar os 14 satélites<br />

será a alemã OHB, num contrato avaliado em 566 milhões de euros. A<br />

francesa ArianaSpace será responsável por lançar os satéliteseaitaliana<br />

ThalesAleniaSpace fica responsável pelos serviços de apoio técnico.<br />

5 Bélgica<br />

‘Scanners’ de corpo inteiro dividem europeus<br />

não afectem os direitos dos indivíduos<br />

analisados.<br />

A oposição aos detectores é<br />

mais pronunciada no Parlamento<br />

Europeu, que está a colocar à<br />

venda os seis aparelhos que<br />

comprou em 2005, uma vez que<br />

os parlamentares aprovaram em<br />

2008 uma lei que proibia o seu<br />

uso no espaço europeu. Os deputados<br />

ficaram indignados<br />

quando souberam que a sua instituição<br />

já tinha comprado os<br />

dispositivos sem o seu conhecimento,<br />

por 750 mil euros cada<br />

um. ■<br />

Sexta-feira 8 Janeiro 2010 Diário <strong>Económico</strong> 19<br />

DR<br />

Mau tempo volta<br />

a parar Eurostar<br />

A Eurostar, cujos comboios<br />

ligam a Europa Continental ao<br />

Reino Unido através do Túnel<br />

sob o Canal da Mancha,<br />

anunciou novamente a<br />

suspensão dos seus serviços,<br />

depois de um dos seus<br />

comboios ter ficado<br />

imobilizado no meio do túnel,<br />

deixando 236 passageiros<br />

imobilizados nas profundezas<br />

do canal durante duas horas.<br />

A empresa explicou a situação<br />

com “problemas de tracção”<br />

que terão sido sentidos pelo<br />

comboio depois das<br />

temperaturas no local terem<br />

descidoparaos18graus<br />

debaixo de zero. A Eurostar<br />

avisa que o mau tempo vai<br />

levar a que o seu serviço seja<br />

“limitado” nos próximos dias.<br />

Inventado sutiã<br />

anti-rugas<br />

Sutiãs que são capazes de<br />

reduzir as marcas dos anos ou<br />

que mudam de dimensão<br />

conforme a temperatura do<br />

corpo encontram-se entre as<br />

novas roupas interiores que<br />

vão ser apresentadas na<br />

exposição de ‘lingerie’ de<br />

Paris, que começa este mês.<br />

No evento será ainda<br />

apresentada a marca de roupa<br />

interior ‘Milkshake’, feita com<br />

um tecido composto por<br />

proteínas de leite que contém<br />

dez aminoácidos que hidratam<br />

a pele.<br />

Honduras não cede<br />

à pressão dos EUA<br />

O presidente hondurenho<br />

Roberto Micheletti afirmou<br />

ontem que não irá ceder às<br />

pressões de Washington para<br />

que se demita antes do<br />

candidato eleito, Porfírio Lobo,<br />

tomar posse no próximo dia<br />

27. “A sucessão constitucional<br />

diz que eu tenho que estar no<br />

poder até 27 de Janeiro. Não<br />

vou sair se não existir um acto<br />

legal que me permita retirar<br />

(…) não vou mudar só porque<br />

me vêm pressionar”, disse.<br />

Usar ‘burca’ pode<br />

custar 750 euros<br />

O governo francês espera levar<br />

a votos depois de Março uma<br />

lei que determina que todas as<br />

mulheres que usem a ‘Burca’<br />

islâmica (vestido que cobre a<br />

totalidade do corpo das<br />

mulheres, incluindo os olhos e<br />

a boca), terão que pagar uma<br />

coima de 750 euros. É ainda<br />

prevista a aplicação de uma<br />

pena “agravada” para quem<br />

“obrigue” uma mulher a usar<br />

este tipo de traje religioso.


20 Diário <strong>Económico</strong> Sexta-feira 8 Janeiro 2010<br />

DESTAQUE2<br />

REPORTAGEM O MERCADO FEMININO EMERGENTE<br />

A OCUPADA PRESIDENTE DO INSTITUTO CHAMPALIMAUD, LEONOR BELEZA, FAZ COMPRAS NAS PAUSAS DO TRABALHO<br />

Mulheres já estão ao comando da<br />

Além de serem quase metade dos trabalhadores, elas é que decidem a maior parte das compras. Um merc<br />

Mafalda de Avelar<br />

mafalda.avelar@economico.pt<br />

Sãoasmulheresquetêmactualmente<br />

as rédeas da economia.<br />

Esta é uma frase polémica, mas<br />

facilmente explicada pelos autores<br />

do estudo ‘Women Want<br />

More’, Kate Sayre e Michael Silverstein<br />

do Boston Consulting<br />

Group que concluem que o poder<br />

de decisão de mercado está nas<br />

mãos delas. Mais, a grande maioria<br />

das empresas ainda não se deu<br />

conta do mercado emergente que<br />

este target constitui.94% das decisões<br />

de compra de artigos para<br />

a casa são tomadas por mulheres,<br />

92% das férias, em 91% dos casos<br />

é a mulher que escolhe a casa e<br />

60% das escolhas dos carros são<br />

delas também. Os homens nem<br />

decidem os bens electrónicos:<br />

51% são decisões delas.<br />

As mulheres controlam 64%<br />

das ‘despesas da casa’ e o seu poder<br />

económico está a aumentar<br />

de forma galopante, dizem Sayre<br />

e Silverstein ao Diário <strong>Económico</strong>.<br />

Este crescimento explica-se,<br />

também, porque as mulheres engordam<br />

diariamente as estatísticas<br />

como força laboral e o seu poder<br />

enquanto consumidoras aumenta<br />

nessa proporção. O fenó-<br />

meno mereceu a capa desta semana<br />

da revista ‘The Economist’,<br />

quechamaaestaa“revoluçãosilenciosa<br />

do mundo rico: as mulheres<br />

estão gradualmente a tomarcontadoslocaisdetrabalho”.<br />

Dentro de uns meses, as<br />

mulheres ultrapassam os 50% da<br />

força de trabalho norte americana<br />

tornando-se a grande classe<br />

activa. Um fenómeno que também<br />

acontece cá. Segundo o INE<br />

(3º trimestre de 2009), existem<br />

2,3 milhões de mulheres em cerca<br />

de 5 milhões de trabalhadores<br />

activos. Ou seja, quase metade.<br />

Dessas, 466 mil têm formação<br />

superior, o que ultrapassa o número<br />

de homens com canudo<br />

(309 mil). Apesar de as mulheres<br />

ganharem na formação -, perdem<br />

na atribuição de funções<br />

enquanto quadros superiores.<br />

Existem 43 mil executivos contra<br />

32 mil executivas, o que justifica<br />

o facto de os homens ganharem<br />

em média mais do que as mulheres.<br />

Esta tendência económica<br />

tem sido acompanhada de perto<br />

na política, como explica Leonor<br />

Beleza, ex-ministra da Saúde e<br />

actual presidente da Fundação<br />

Champalimaud. Esta mulher<br />

gere milhões na maior fundação<br />

Como mercado,<br />

as mulheres<br />

representam<br />

uma oportunidade<br />

eumpotencial<br />

superior à China<br />

e Índia juntas<br />

portuguesa, também tem procupações<br />

enquanto consumidora.<br />

“Venho , por exemplo, muitas<br />

vezes aqui comprar novos livros”,<br />

diz, num centro comercial<br />

pertodaFundação.Dadaasua<br />

vida ocupada, esta é uma mulher<br />

que reparte essas funções com o<br />

marido.<br />

Leonor Beleza, que foi a a segunda<br />

mulher a ser nomeada<br />

para um cargo ministerial em<br />

Portugal, faz uma ponte da economia<br />

para a política e diz que “já<br />

O poder das mulheres fez esta semana a capa da Economist e da Time e teve<br />

direitoaumgrandeartigodefundonaHarvardBusinessReview(aocentro).<br />

nãoháGovernoqueseprezeque<br />

não tenha mulheres com funções<br />

ministeriais”. “Quanto ao poder<br />

que têm, isso é outra conversa”,<br />

atira, esclarecendo que em Portugal<br />

estamos, hoje, ainda, muito<br />

distantes das realidades internacionais<br />

que dão conta do aumento<br />

do poder das mulheres.<br />

“Quando fui Ministra tive que lutar<br />

para não ser chamada Ministro”,<br />

recorda a ex-ministra.<br />

As coisas mudaram mesmo.<br />

“Frau Europa – Angela Merkel<br />

tem mais poder que qualquer outra<br />

mulher na Europa” é a capa da<br />

Time desta semana. Lá dentro,<br />

Cherie Blair, mulher de Tony<br />

Blair, escreve um artigo. Em “A<br />

mudança que necessitamos” diz<br />

que a prosperidade dos países depende<br />

do sucesso que tem a aproveitar<br />

os talentos das mulheres.<br />

Os dados mais recentes indicam<br />

que à política devemos<br />

acrescentar o poder feminino na<br />

economia. As mulheres são responsáveis<br />

por ¾ de todas as despesas<br />

de consumo, segundo um<br />

estudo da Goldman Sachs. Para<br />

os consultores do Boston Consulting<br />

Group (BCG) “globalmente<br />

elas controlam cerca de 13,9 biliões<br />

de euros das despesas anuais<br />

deconsumoeestenúmeropode


Ilustração: Tiago Albuquerque<br />

ESTE SUPLEMENTO FAZ PARTE INTEGRANTE DO DIÁRIO ECONÓMICO Nº4792 E NÃO PODE SER VENDIDO SEPARADAMENTE | 08 JANEIRO 2010<br />

finanças pessoais<br />

Alugar um cofre num<br />

banco custa entre 21 euros<br />

e 666 euros por ano.<br />

Pág. IV<br />

Saiba quais são<br />

os principais riscos<br />

de investimento para 2010.<br />

Pág. VI<br />

A bolsa portuguesa entrou<br />

noanonovocomganhos.<br />

O BPI lidera as valorizações.<br />

Pág. VIII<br />

Conheça os bancos com os ‘spreads’<br />

mais baixos no crédito à habitação<br />

Os juros já começaram a subir. Para muitas famílias a única forma de fintar o aumento das taxas<br />

Euribor passa por tentar renegociar com os bancos o valor dos ‘spreads’. O esforço compensa já<br />

que os ‘spreads’ podem variar entre os 0,6% e os 3,7%. Págs. II-III


II FINANÇAS PESSOAIS | Diário <strong>Económico</strong> Sexta-feira 8 Janeiro 2010<br />

TEMA DE CAPA : COMO BAIXAR A PRESTAÇÃO DO SEU CRÉDITO À HABITAÇÃO<br />

‘SPREAD’<br />

O valor do ‘spread’ resulta<br />

principalmente de três<br />

variáveis: rácio<br />

financiamento/ garantia, ou<br />

seja, o montante pedido<br />

face ao valor de avaliação<br />

do imóvel. Quanto mais<br />

baixo for este rácio mais<br />

baixo será o seu ‘spread’.<br />

Os bancos têm vindo a<br />

baixar este rácio e<br />

actualmente a maioria não<br />

aceita rácios superiores a<br />

80%; da taxa de esforço,<br />

istoé,opesodetodosos<br />

seus empréstimos no<br />

rendimento do agregado<br />

familiar; e, finalmente,<br />

depende na maioria dos<br />

casos da subscrição de<br />

produtos adicionais, como<br />

cartões de crédito ou<br />

seguros.<br />

Saiba quais são os bancos<br />

com o melhor ‘spread’<br />

As taxas Euribor subiram, pela primeira vez em mais de um ano, em Dezembro.<br />

Com a subida das taxas, o ‘spread’ vai começar apesar cada vez mais no orçamento<br />

em 2010. Conheça as instituições que praticam os custos mais vantajosos.<br />

MARTA MARQUES SILVA<br />

marta.marquessilva@economico.pt<br />

“Taxas Euribor voltam a descer em todos os prazos”. Durante<br />

mais de 120 dias consecutivos a notícia repetiu-se.<br />

Apesar disso, a euforia dos portugueses não parecia diminuir.<br />

Em jeito de confissão, nenhum outro assunto foi<br />

capaz de mobilizar tantos ‘clicks’ no site do “Diário <strong>Económico</strong>”<br />

em 2009 como este. Afinal, qualquer descida<br />

diária era tida como augúrio de mais uns euros na carteira<br />

à data da próxima revisão. Razão válida e suficiente.<br />

Um cenário que pertence já ao passado. Pela primeira vez<br />

desde Setembro de 2008 a média mensal das taxas Euribor<br />

subiu, em Dezembro, em relação ao mês anterior.<br />

Embora esta subida não tenha efeitos imediatos para<br />

quem revê a prestação em Janeiro, ou mesmo em Fevereiro,<br />

ela marca o início de uma nova tendência já esperada<br />

pelomercado–odeaumentodosindexantesmaisutilizados<br />

no crédito à habitação em Portugal. Um assunto<br />

que toca a muitos. Em Portugal existem cerca de 2,1 milhões<br />

de famílias com crédito à habitação, das quais mais<br />

de 90% estão sujeitas às variações da taxa de juro.<br />

Se em relação ao aumento dos juros pouco ou nada haverá<br />

a fazer, o mesmo não se aplica ao factor ‘spread’. Os juros<br />

pagos no empréstimo para a casa resultam do indexante<br />

acrescido do ‘spread’, ou seja, em termos simplistas, a<br />

margem de lucro do banco. E, se do lado dos indexantes,<br />

2009 ficou marcado pelos mínimos históricos, os<br />

‘spreads’ conheceram uma realidade inversa. Desde finais<br />

de 2008 os ‘spreads’ máximos sofreram um aumento considerável<br />

– cerca de 1% – e, embora os bancos justifiquem<br />

este aumento com as dificuldades de acesso ao crédito, a<br />

verdade é que este coincidiu com a descida das taxas Euribor.<br />

Ou seja, a queda histórica do indexante mais do que<br />

compensou o aumento dos ‘spreads’ praticados nos novos<br />

contratos. Senão repare: imagine um crédito contratado<br />

em Novembro de 2008, indexado à Euribor a seis meses e<br />

com um ‘spread’ de 1%. A taxa em vigor na altura seria de<br />

6,18% (média da Euribor em Outubro acrescida de 1% de<br />

‘spread’). Agora imagine um crédito contratado em Novembro<br />

de 2009, com o mesmo indexante mas com 2% de<br />

‘spread’. A taxa de juro seria de 3,02%. Ou seja, embora o<br />

‘spread’ fosse o dobro, o valor total da taxa era menos de<br />

metade face à negociada há um ano. Traduzindo em euros,<br />

no primeiro caso a prestação mensal – para um crédito<br />

de 150 mil euros a 30 anos – era de 917 euros, enquanto<br />

no segundo seria de 634 euros.<br />

E assim, bancos e clientes viveriam felizes, não fosse<br />

2009 ter sido um ano de excepção. Com a subida das ta-<br />

Quanto mais baixo o rácio de financiamento<br />

– valor do empréstimo/ valor<br />

do imóvel – mais baixo o ‘spread’ praticado<br />

pela banca. Assim, num crédito<br />

de 100 mil euros para a compra de<br />

uma casa avaliada em 200 mil euros,<br />

os ‘spreads’ mais baixos, de acordo<br />

com o simulador da Deco Proteste,<br />

são oferecidos pela Caixa Galicia<br />

(0,75%) e pelo Santander (0,9%). Já<br />

os mais elevados pertencem ao Finibanco<br />

(3,4%) e Montepio (2,3%).<br />

Quando o rácio de financiamento é<br />

mais elevado os bancos fazem-se<br />

pagar por isso já que aumenta<br />

também o risco de financiamento.<br />

Assim, num empréstimo de 150 mil<br />

euros para um imóvel no valor de 200<br />

mil euros, os ‘spreads’ mais baixos do<br />

mercado sobem para 0,95% e 1,05%<br />

do Santander e Caixa Galicia,<br />

respectivamente. Enquanto os mais<br />

altos fixam-se agora em 3,4% e 2,8%<br />

do Finibanco e Crédito Agrícola.<br />

xas de juro, os ‘spreads’ prometem começar a pesar no<br />

orçamento. No caso de as taxas Euribor voltarem a atingir<br />

um valor idêntico ao registado em finais de 2008 – na ordem<br />

dos 5% – o crédito contratado em Novembro deste<br />

ano, com um ‘spread’ de 2%, resultaria numa prestação<br />

de 1.016 euros. Ou seja, mais 100 euros mensais face ao<br />

crédito com ‘spread’ de 1%.<br />

Razões mais do que suficientes para uma leitura atenta dos<br />

‘spreads’ actualmente comercializados pelas instituições<br />

bancárias. O valor mínimo dos ‘spreads’ varia entre os<br />

0,6% na Caixa Galicia e os 1,5% no Finibanco, podendo<br />

atingir – com bonificação através da subscrição de produtos<br />

– os 0,35%, possíveis no Santander, Barclays, BBVA e Caixa<br />

Galicia (ver tabela). Importante salientar que, em caso de<br />

subscrição de produtos adicionais, os bancos estão agora<br />

obrigados a apresentar-lhe a TAER (Taxa Anual Efectiva<br />

Revista), que deverá reflectir todos os custos associados ao<br />

seu empréstimo, incluindo a contratação destes produtos<br />

(ver página seguinte). Já os ‘spreads’ máximos praticados<br />

pelos bancos atingem os 3,7% no Crédito Agrícola, com o<br />

valor mais baixo a pertencer à Caixa Galicia, com 1,35%.<br />

Portanto, compare o seu ‘spread’ com a oferta do mercado<br />

e, se achar que consegue melhor, comece por pedir<br />

a revisão junto do seu banco – uma opção sem custos<br />

para o cliente. Se não ficar satisfeito, repita o processo<br />

junto da concorrência. ■<br />

OS ‘SPREADS’ PRATICADOS PELO MERCADO<br />

‘Spreads’ máximos e mínimos. E ainda ‘spreads’ mínimos após bonificação máxima.<br />

Máx. Mín. Mín. c/ bonificação<br />

CAIXA GALICIA 1,35 0,6 0,35<br />

BBVA 1,8 0,95 0,35<br />

BARCLAYS 2 0,85 0,35<br />

BANCO POPULAR 2,2 1,1 0,5<br />

BANIF 2,2 0,85 N/D<br />

DEUTSCHE BANK 2,2 0,9 0,45<br />

BPI 2,25 1,35 0,8<br />

SANTANDER 2,3 0,7 0,35<br />

MONTEPIO 2,5 0,9 0,7<br />

BCP E ACTIVOBANK7 2,8 1,3 1,1<br />

CGD 3,25 0,85 N/D<br />

BANCO BEST 3,3 0,8 N/D<br />

BES 3,3 1,2 0,8<br />

FINIBANCO 3,4 1,5 N/D<br />

CRÉDITO AGRÍCOLA 3,7 1,3 0,95<br />

Fonte: Deco Proteste<br />

NÍVEL BAIXO DE FINANCIMENTO EXEMPLO INTERMÉDIO<br />

MAIOR NÍVEL DE FINANCIAMENTO<br />

Nem todos os bancos concedem<br />

crédito quando o rácio de<br />

financiamento é superior a 80%.<br />

Neste caso o rácio atinge os 90% –<br />

crédito de 180 mil euros para compra<br />

de um imóvel avaliado em 200 mil. Os<br />

‘spreads’ mais baixos são, neste<br />

exemplo, praticados pelo Santander<br />

(1,5%) e pelo Banco Popular (1,8%).<br />

No extremo oposto do mercado estão<br />

o Crédito Agrícola e o Finibanco, com<br />

‘spreads’ de 3,4%.<br />

50% 90%<br />

75%


Tumbleweed Tiny House Company<br />

»Qual será o ‘spread’praticado pelos bancos para comprar a casa mais pequena do mundo?<br />

Custa 40 mil dólares, já vem totalmente equipada e tem como característica curiosa o facto de ser<br />

acasamaispequenadomundo.ConcebidapeloarquitectoJayShaffer,estacasatema<br />

particularidade de ser mais pequena do que a maioria das casas de banho, mas tem todas as<br />

comodidades básicas de um lar. Mais de 500 pessoas já decidiram comprar uma casa com estas<br />

características.<br />

Sexta-feira 8 Janeiro 2010 Diário <strong>Económico</strong> | FINANÇAS PESSOAIS III<br />

Quatro dicas a ter em<br />

conta para conseguir<br />

baixar os seus custos<br />

Algumas informações úteis sobre<br />

como pode negociar com os bancos<br />

ALEXANDRA BRITO<br />

alexandra.brito@economico.pt<br />

1<br />

FAÇAOTRABALHODECASAENEGOCEIE<br />

Apesar da época de ‘spreads’ muito baixos (perto<br />

de 0%) fazer parte do passado, nada impede<br />

que os consumidores não tentem negociar com o seu<br />

banco o ‘spread’ mais baixo possível. Para conseguir<br />

convencer as instituições bancárias os consumidores<br />

podem usar vários argumentos. O primeiro passo a dar<br />

é fazer uma prospecção pelos vários bancos e ver qual é<br />

a instituição que oferece o valor mais baixo. Se já tiver<br />

um crédito à habitação poderá usar o argumento de que<br />

existem no mercado outras instituições com ‘spreads’<br />

mais vantajosos para pressionar o seu banco a baixarlhe<br />

o ‘spread’.<br />

2<br />

CONTRATAÇÃO DE OUTROS PRODUTOS<br />

FINANCEIROS NEM SEMPRE COMPENSA<br />

Outra forma de conseguir um ‘spread’ mais<br />

atractivo poderá passar pela contratação de outros produtos<br />

ou serviços no seu banco– como um seguro de<br />

saúde ou um PPR. No entanto, esta solução poderá não<br />

ser muito vantajosa e acabar por lhe custar mais euros.<br />

Para facilitar estes cálculos, foi criada no ano passado a<br />

Taxa Efectiva Revista (TAER). Esta taxa é apresentada a<br />

todos os clientes sempre que é proposta a subscrição de<br />

produtos adicionais. Esta taxa incorpora os custos dos<br />

produtos que o consumidor tem de subscrever para obter<br />

a redução do ‘spread’. Desta forma, o consumidor<br />

saberá se a subscrição desses produtos financeiros representa<br />

ou não uma vantagem.<br />

Ao utilizar a nova taxa TAER poderá<br />

verificar se a contratação de outros produtos<br />

financeiros para conseguir baixar o valor do<br />

spread é, realmente, vantajosa.<br />

3<br />

MUDANÇA SEM CUSTOS PARA O CLIENTE<br />

Até há pouco tempo, alguns bancos cobravam<br />

uma determinada comissão pela renegociação<br />

do ‘spread’. Mas desde 2008, a lei proíbe os bancos de<br />

cobrarem comissões na renegociação dos créditos. As<br />

instituições que exijam aos seus clientes uma comissão<br />

por este serviço passaram a estar sujeitas a multas que<br />

variam entre os 750 euros e 750 mil euros. A mesma legislação<br />

também veio impedir que os bancos exigissem<br />

a subscrição de outros produtos nos pedidos de renegociação<br />

dos ‘spreads’.<br />

4<br />

BANCOS MAIS LIMITADOS NA ALTERAÇÃO<br />

UNILATERAL DOS ‘SPREADS’<br />

A legislação mais recente veio reforçar os direitos<br />

dos consumidores no campo da negociação dos<br />

‘spreads’. Para evitar situações em que os consumidores<br />

eram confrontados com propostas dos bancos para<br />

aumentar os ‘spreads’, baseadas no argumento de incumprimento<br />

de condições por parte dos clientes<br />

acordadas há largos anos, a nova lei proíbe os bancos<br />

de poderem aumentar o ‘spread’, depois de decorrido<br />

um ano após o incumprimento, por parte do cliente. ■


IV FINANÇAS PESSOAIS | Diário <strong>Económico</strong> Sexta-feira 8 Janeiro 2010<br />

SERVIÇOS BANCÁRIOS<br />

O VALOR DOS COFRES EM SEIS BANCOS DIFERENTES<br />

CGD<br />

O banco disponibiliza<br />

cofres de várias dimensões.<br />

O serviço não<br />

existe em todos os balcões.<br />

O preço mínimo é<br />

41 euros anuais. Já o<br />

cofre mais caro comporta<br />

um custo anual<br />

de 300 euros.<br />

SANTANDER<br />

Á semelhança do que<br />

acontece em outros<br />

bancos, o aluguer dos<br />

cofres no Santander<br />

têm a duração de um<br />

ano. O custo depende<br />

da tipologia dos cofres,<br />

sendo que os preços variam<br />

entre os 33 e os<br />

666 euros (mais IVA).<br />

BANIF<br />

O banco tem disponíveis<br />

5.500 cofres em<br />

todo o país. Também<br />

aqui o aluguer é feito<br />

anualmente e o custo<br />

mínimo é de 21 euros,<br />

para o cofre de dimensões<br />

mais reduzidas.<br />

Alugar um cofre no banco<br />

custa entre 21 e 666 euros<br />

Além dos custos de aluguer esteja atento aos valores exigidos de caução e às comissões de visita ao cofre.<br />

ALEXANDRA BRITO<br />

alexandra.brito@economico.pt<br />

No filme ‘Identidade Desconhecida’, o<br />

actor Matt Damon dá corpo à história de<br />

um homem que é recuperado do mar,<br />

com vida, mas sem memória. E é num<br />

cofre de um banco suíço que a sua personagem<br />

vai encontrar os seu bens mais<br />

preciosos:oseunomeeamorada.Na<br />

verdade, um cofre pode ter muitas finalidades<br />

mas guarda quase sempre algo de<br />

valioso para quem o aluga.<br />

Em Portugal a generalidade dos bancos<br />

portugueses disponibiliza aos seus clientes<br />

o aluguer destas caixinhas de segurança. O<br />

Diário <strong>Económico</strong> questionou oito bancos a<br />

operar em Portugal sobre este tipo de serviços.<br />

A saber: CGD, BCP, BES, BPI, Santander,<br />

Montepio, Banif e o Barclays. Destes,<br />

apenas o BPI e o BES não responderam.<br />

Contas feitas, no conjunto dos dados disponibilizados<br />

pelas seis instituições que<br />

responderam, alugar um cofre em Portugal<br />

pode variar entre os 21 euros (mais IVA) e os<br />

666 euros (mais IVA) por ano. Os valores<br />

BCP<br />

O banco disponibiliza<br />

paratodososclienteso<br />

aluguer de cofres.<br />

Existem seis tipologias<br />

diferentes, com preços<br />

que variam entre os<br />

47,50eos250euros<br />

anuais. A comissão de<br />

visitaéde5euros.<br />

MONTEPIO<br />

Também neste caso, o<br />

banco disponibiliza cofres<br />

apenas em alguns<br />

balcões. O Montepio<br />

temcofresdequatro<br />

dimensões diferentes,<br />

cujo preço varia entre<br />

os35eos125euros<br />

(mais IVA).<br />

BARCLAYS<br />

A instituição tem dois<br />

tiposdecofre:onormal,<br />

disponível em várias<br />

agências do banco,<br />

ouocofreparaos<br />

clientes premier (que<br />

está disponível 24 horaspordia).Ocusto<br />

varia entre os 50 e os<br />

480 euros por ano.<br />

variam consoante a instituição mas sobretudo<br />

dependendo da dimensão dos cofres.<br />

Há cofres desde tamanho S– com capacidade<br />

de volume de 10 decimetros cúbicos<br />

(dm3)– até ao tamanho XL (com um volume<br />

na ordem dos 1000 dm3). Mas este serviço<br />

não está disponível em todos os balcões<br />

dos bancos. A estratégia usada pela<br />

generalidade das instituições passa por<br />

Por norma, os bancos exigissem<br />

uma caução que varia entre os 80<br />

eos200euros<br />

disponibilizar cofres nas regiões onde há<br />

uma maior procura, tendo como preocupação<br />

garantir que em todo o país este serviço<br />

é disponibilizado.<br />

Mas o que guardam os clientes nestas caixinhas<br />

de segurança? “Nós próprios não sabemos”,<br />

refere fonte da CGD. E adianta:<br />

“Poderíamos eventualmente pedir um levantamento<br />

estatístico. Mas não o temos.<br />

O que está dentro de um cofre é uma questão<br />

totalmente pessoal e privada”.<br />

Aconfidencialidadeeasegurançasão,<br />

aliás, as duas características mais importantes<br />

para quem procura um cofre de um<br />

banco. No caso do Montepio Geral, o acesso<br />

ao cofre é feito com o acompanhamento de<br />

um funcionário do banco. “O cliente tem<br />

uma chave e o banco tem outra. O cofre só<br />

abre com as duas chaves”, explica fonte do<br />

Montepio Geral. Mas o modo de acesso difere<br />

de banco para banco. No caso do<br />

Barclays, por exemplo, a instituição disponibiliza<br />

dois tipos diferentes de cofres. No<br />

Arnd Wiegmann / Reuters<br />

Com excepção do Barclays, as<br />

restantes instituições não notam um<br />

aumento da procura dos portugueses<br />

por este tipo de serviços.<br />

caso dos cofres para os clientes ‘premier’–<br />

que estão disponíveis para os clientes 24<br />

horas por dia– o acesso é feito, não só atravésdechavespróprias,mastambéméexigida<br />

a utilização de um cartão de acesso específico<br />

com PIN de segurança.<br />

Apesar da generalidade das instituições<br />

consultadas pelo Diário <strong>Económico</strong> não ter<br />

registado um aumento da procura em Portugal,<br />

o Barclays refere o contrário: “O forte<br />

crescimento do Barclays nos últimos anos,<br />

não só em termos de rede de distribuição<br />

como também em termos de número de<br />

clientes, justifica um aumento dos clientes<br />

que acede ao serviço cofre de aluguer”.<br />

Se está interessado em alugar um cofre<br />

num banco esteja, no entanto, atento aos<br />

custos adicionais. É que além da anuidade,<br />

a generalidade das instituições exige ainda<br />

uma caução que varia entre os 80 euros e os<br />

200 euros. Além disso, alguns bancos cobram<br />

ainda uma comissão por cada visita<br />

queoclientesfaçaaocofre.■


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VI FINANÇAS PESSOAIS | Diário <strong>Económico</strong> Sexta-feira 8 Janeiro 2010<br />

CONSULTÓRIO DO INVESTIDOR<br />

Ainflação<br />

earetirada<br />

dos programas<br />

de estimulo<br />

às economias são<br />

alguns dos riscos<br />

de investimento<br />

para este ano.<br />

Quais são os grandes riscos para 2010?<br />

O consultório do investidor explica-lhe quais são as principais ameaças<br />

para a evolução dos seus investimentos durante os próximos 12 meses<br />

ENVIE AS SUAS PERGUNTAS PARA CONSULTORIODOINVESTIDOR@ECONOMICO.PT<br />

económica a que<br />

estamos a assistir resulta da re-<br />

recuperação<br />

R:A<br />

cuperação da actividade indus-<br />

trial, na sequência de um abrandamento<br />

exagerado em 2008, derivado de uma<br />

também exagerada expectativa de quebra<br />

de procura para o início de 2009, e da continuada<br />

aplicação de medidas de política<br />

fiscal e monetária a todos os títulos extraordinárias.<br />

Estas últimas resultaram<br />

numa substituição do consumo privado<br />

por investimento e gastos públicos. Um<br />

dos grandes riscos para os mercados financeiros,<br />

e para a economia em geral, resulta<br />

da incerteza quanto ao comportamento<br />

do sector privado quando inevitavelmente<br />

o sector público lhe começar a<br />

devolver a responsabilidade de gerar o<br />

crescimento da procura agregada. Outro<br />

riscoéasubidadastaxas das obrigações à<br />

medida que terminem os programas de injecção<br />

de liquidez através da compra de títulos<br />

de dívida (”quantitative easing”).<br />

Outro risco é a resposta das autoridades, e<br />

dos mercados, ao inevitável ressurgimento<br />

da inflação, que se prevê que ultrapasse os<br />

3% na Europa e nos Estados Unidos no<br />

primeiro trimestre do ano, essencialmente<br />

devido à subida de preços das ‘commodities’.<br />

O cenário central da Schroders é, no<br />

entanto, de crescimento económico moderado,<br />

actuação cuidadosa das autoridades<br />

monetárias e fiscais, continuado cres-<br />

cimento dos resultados das empresas e um<br />

baixo custo de oportunidade para o investimento<br />

(baixas taxas de juro) ao longo do<br />

próximo ano, dando assim suporte aos<br />

mercados financeiros.<br />

NUM CENÁRIO DE RETOMA<br />

ECONÓMICA, QUAIS SÃO AS ACÇÕES<br />

QUE COSTUMAM TER MELHOR<br />

PERFORMANCE?<br />

são as acções de<br />

sectores de actividade mais cícli-<br />

R:Tipicamente<br />

cos, ou seja, as mais influenciadas<br />

pelo aumento de receitas que acompanha<br />

o aumento de actividade económica.<br />

No entanto, esta definição é insuficiente<br />

para definir uma estratégia de investimento,<br />

já que todos os investidores profissionais<br />

conhecem este fenómeno e fazem subir<br />

os preços destas acções antes dos resultados<br />

se começarem a materializar. É absolutamente<br />

necessário ser capaz de avaliar<br />

a capacidade de geração de lucro de<br />

uma empresa no futuro, quando comparada<br />

com o preço a que transaccionam hoje<br />

as acções representativas do seu capital.<br />

Ao fazê-lo podemos descobrir situações<br />

em que as acções de algumas das empresas<br />

que potencialmente beneficiarão mais<br />

desta recuperação poderão já ter subido<br />

demasiado, e que paradoxalmente se encontram<br />

excelentes oportunidades em<br />

sectores menos cíclicos cujas empresas<br />

valorizaram menos. É por estas razões que<br />

recomendamos vivamente aos investidores<br />

particulares que recorram aos serviços<br />

de gestores profissionais para a selecção<br />

dos títulos específicos que compõem as<br />

suas carteiras. Uma das formas mais eficaz<br />

de o fazer é através da subscrição de um<br />

fundo de investimento cuja equipa de gestão<br />

tenha já dado provas da sua capacidade<br />

para o fazer de forma consistente.<br />

TENHO CERCA DE CINCO MIL EUROS<br />

DISPONÍVEIS PARA INVESTIR. TENDO<br />

EM CONTA QUE É UM MONTANTE<br />

PEQUENO QUAL É A MELHOR FORMA<br />

DE O APLICAR?<br />

melhor forma é dividi-lo por<br />

várias aplicações diferentes por R:A<br />

forma a diversificar o risco do<br />

seu investimento. Seguramente que todos<br />

os investimentos que vai seleccionar têm<br />

uma rendibilidade esperada positiva, mas<br />

ela não será constante em todos os dias,<br />

semanasoumeses.Emcadaumdestespequenos<br />

períodos a rendibilidade efectivamente<br />

registada em cada investimento por<br />

vezes será mais alta que a rendibilidade esperada,<br />

outra mais baixas, e inclusivamente<br />

algumas vezes será negativa. Se<br />

aplicar todo o seu dinheiro num único investimento<br />

sentirá toda esta variância de<br />

rendibilidades em torno da média. No en-<br />

Raj Patidar /Reuters<br />

tanto, se dividir o seu investimento por<br />

classes de activos diferentes, as diferentes<br />

oscilações de cada uma tenderão a anularse<br />

em parte, reduzindo assim a amplitude<br />

das variações do valor de mercado dos<br />

seus activos ao longo do tempo em que<br />

mantiver os seus investimentos, mas mesmo<br />

assim produzindo a mesma rendibilidade<br />

médio a prazo. Ter menos risco e a<br />

mesma rendibilidade é um dos poucos - ou<br />

mesmo o único - “almoço grátis” que<br />

existe no mundo financeiro.<br />

QUAL É O HORIZONTE TEMPORAL<br />

ADEQUADO PARA UM INVESTIMENTO<br />

NUM FUNDO DE ACÇÕES E NUM<br />

FUNDO DE OBRIGAÇÕES?<br />

horizonte normalmente recomendado<br />

para um investi- R:O<br />

mento 100% em acções é de 10<br />

anos, e de cinco para um investimento<br />

numa carteira dita mista entre acções e<br />

obrigações. Estes são os períodos nos<br />

quais existe uma confiança estatística suficientemente<br />

alta de que a rendibilidade<br />

esperada desses investimentos se materialize<br />

independentemente do momento<br />

em que o investimento seja feito. ■<br />

O consultório é uma parceria entre<br />

o Diário <strong>Económico</strong> e a Schroders.


OPINIÃO<br />

MANUEL ARROYO<br />

Director de Investimentos da JP Morgan AM para a Peninsula Ibérica<br />

Balanço de 2009 e perspectivas para este ano<br />

Sexta-feira 8 Janeiro 2010 Diário <strong>Económico</strong> | FINANÇAS PESSOAIS VII<br />

Este ano as rentabilidades esperadas deverão ser menores do que em 2009. Ainda assim, há muitas oportunidades para aproveitar.<br />

Após um início terrível, 2009 acabou por<br />

ser um bom ano para os mercados financeiros:<br />

praticamente todos os activos têm<br />

gerado uma rentabilidade positiva, desde<br />

os títulos da dívida pública de países desenvolvidos<br />

até às acções dos mercados<br />

emergentes.<br />

Na Europa, os títulos de dívida pública revalorizaram-se<br />

5%, ao passo que as obrigações<br />

empresariais registaram, provavelmente,<br />

o seu melhor ano de várias décadas<br />

(ou mesmo de toda a história) com<br />

subidas que variaram entre pouco mais de<br />

10% (as emissões de empresas de maior<br />

qualidade) até quase 70% dos títulos com<br />

pior classificação de crédito. Após os históricos<br />

desajustes ocorridos em 2008, o<br />

último ano serviu para que muitos destes<br />

PUB<br />

mercados regressassem à normalidade e<br />

as valorizações ajustaram-se para níveis<br />

mais de acordo com a situação económica.<br />

Dentro das acções, os intervalos são<br />

ainda mais amplos: o mercado desenvolvido<br />

com pior desempenho foi o japonês,<br />

com uma rentabilidade que não chega aos<br />

7%, o grosso dos mercados (Portugal, Espanha,<br />

França, Alemanha, Estados Unidos,<br />

etc.) têm recuperado entre 20% e<br />

mais de 40%, e os que realmente se têm<br />

destacado têm sido os mercados emergentes.<br />

Por exemplo, a Rússia eoBrasil<br />

fecharam 2009 com uma revalorização de<br />

130%, ( o primeiro com uma subida desde<br />

Março de quase 200%) - há que ter em<br />

conta que durante o primeiro trimestre do<br />

ano todos estes mercados caíram.<br />

O mercado deu a volta em Março por várias<br />

razões, mas principalmente por duas:<br />

começaram a surgir dados macroeconómicos<br />

melhores que os descontados pelos<br />

analistas, e as empresas publicaram resultados<br />

que também surpreenderam pela<br />

positiva. A tendência prolongou-se pelo<br />

resto do ano. O futuro é ainda incerto,<br />

mas, na nossa opinião, há vários factores<br />

que nos convidam a sermos optimistas: há<br />

uma maior clareza quanto ao cenário económico,<br />

as empresas não terão problemas<br />

em manter as despesas controladas, é<br />

pouco provável que soframos uma subida<br />

significativa da inflação no curto prazo<br />

(logoveremosnolongoprazo)eéprovável<br />

que os Bancos Centrais mantenham as taxas<br />

de juros baixas até o ano ir bem avan-<br />

CFDs. Seja rápido<br />

<br />

<br />

<br />

<br />

<br />

<br />

<br />

<br />

Os CFD’s são produtos alavancados e representam um elevado nível de risco podendo-se incorrer em perdas superiores ao depósito inicial.<br />

çado. Todos estes factores são favoráveis a<br />

que a carteira assuma risco, além de que<br />

há que ter em conta que, apesar das revalorizações<br />

verificadas desde o início do<br />

ano, as valorizações ainda não estão ajustadas.<br />

Existem oportunidades no mercado<br />

de obrigações com as emissões de empresas<br />

de pior qualidade (’high yield’), em dívida<br />

de países emergentes, em obrigações<br />

convertíveis e também em acções, sobretudo<br />

em mercados emergentes da Ásia,<br />

cujas economias estão mais expostas à retoma<br />

da economia. 2010 será um ano mais<br />

complicado que 2009, no qual as rentabilidades<br />

esperadas são menores e iremos sofrer<br />

maior volatilidade e, até mesmo, alguma<br />

tomada de mais-valias, mas o balanço<br />

deveria ser positivo. ■


VIII FINANÇAS PESSOAIS | Diário <strong>Económico</strong> Sexta-feira 8 Janeiro 2010<br />

BOLSA NA SEMANA<br />

Bolsa portuguesa<br />

entra em 2010<br />

com o pé direito<br />

Notícias e ‘researchs’ animam os títulos das empresas<br />

do índice de referência na primeira semana do ano.<br />

ALEXANDRA BRITO<br />

alexandra.brito@economico.pt<br />

Nem sempre ano novo significa vida<br />

nova. Para a felicidade de muitos investidores,<br />

a bolsa parece estar a seguir a mesma<br />

tendência verificada em 2009. No ano<br />

passado, o PSI 20 encerrou com ganhos<br />

de 33%, naquele que foi o melhor ano<br />

desde 1997. 2010 parece também estar a<br />

ser auspicioso para quem investe em acções<br />

portuguesas: desde o início do ano e<br />

atémeiodasessãodeontem,oPSI20<br />

avançava mais de 2%, com 19 títulos a<br />

valorizar.<br />

No topo das valorizações está o BPI, com<br />

ganhos neste período de 7%, seguido pela<br />

EDP Renováveis (4,9%) e pelo BCP<br />

(4,65%). À hora de fecho da edição, ape-<br />

PSI20AVANÇAMAISDE2%EM2010<br />

São 19 as empresas que registam ganhos este ano<br />

8700<br />

8650<br />

8600<br />

8550<br />

8500<br />

8450<br />

8400<br />

31-12-2009<br />

Fonte: Bloomberg<br />

Fernando Ulrich<br />

Presidente do BPI<br />

BPI lidera ganhos na<br />

semana e avança 7%<br />

(Valores em pontos)<br />

07-01-2010<br />

A melhor performance da semana<br />

pertence ao banco liderado por<br />

Fernando Ulrich. O BPI apresenta<br />

ganhos de 7% desde o início do ano. Uma<br />

tendência que foi interpretada como um<br />

movimento de recuperação do título. “ A<br />

subida do BPI prende-se com a subida geral<br />

do sector financeiro na Europa. A isto<br />

acresce o facto do BPI ainda não ter<br />

recuperado dos mínimos como o BES e o<br />

BCP haviam feito. Estamos perante uma<br />

recuperação mais tardia”, referiu um<br />

operador à Reuters. Ontem, a instituição foi<br />

alvo de recomendação em alta pelo KBW.<br />

ASEMPRESASEMDESTAQUE<br />

nas a Portugal Telecom teimava manterse<br />

em terreno vermelho este ano.<br />

A semana começou bem, com várias empresas<br />

cotadas a serem alvo de subida de<br />

recomendações ou de preços-alvo.<br />

Como foi o caso de Cofina, Impresa, BPI,<br />

PT ou EDP.<br />

Alémdisso,oanonovotrouxetambém<br />

notícias importantes sobre as empresas<br />

cotadas. A Altri, por exemplo, anunciou<br />

que a sua produção de pasta de papel atingiu<br />

um nível recorde em 2009. Do sector<br />

do papel para a energia, a EDP Renováveis<br />

também se destacou com a expectativa de<br />

que a empresa está bem posicionada para<br />

ganhar um concurso de energia eólica no<br />

Reino Unido, em parceria com a Sea<br />

Energy. Ainda no mesmo sector, a Galp<br />

também esteve no centro das atenções,<br />

com a notícia avançada pelo Diário <strong>Económico</strong><br />

no início da semana de que a Petrobras<br />

terá retomado as negociações com<br />

a italiana ENI para adquirir a sua posição<br />

de 33% na Galp. A notícia levou a empresa<br />

liderada por Ferreira de Oliveira a disparar<br />

mais de 4% na sessão de terça-feira. Do<br />

lado da banca também houve novidades.<br />

O BPI anunciou ontem que vai fazer uma<br />

emissão de obrigações hipotecárias no<br />

valor de mil milhões de euros. Isto depois<br />

da CGD também ter divulgado que está a<br />

preparar uma emissão de mil milhões de<br />

euros. A Jerónimo Martins subiu para máximos,<br />

graças a relatórios de ‘research’<br />

positivos. ■<br />

Zeinal Bava<br />

Presidente da PT<br />

PT não consegue<br />

fintar quedas<br />

A Portugal Telecom não começou o<br />

ano com o pé direito. Desde o início<br />

da semana, e até meio da sessão de<br />

ontem, a operadora acumulava perdas<br />

ligeiras de 0,31%, sendo o único título do<br />

PSI 20 que neste período se encontrava no<br />

vermelho. E nem mesmo um research<br />

positivo, elaborado pela Morgan Stanley,<br />

contribuiu para que a empresa liderada por<br />

Zeinal Bava fintasse as quedas. A Morgan<br />

Stanley subiu o preço-alvo da operadora<br />

dos 9,20 euros para os 9,70 euros,<br />

mantendo a recomendação de ‘equalweight’<br />

para o título.<br />

Dario Pignatelli/Bloomberg<br />

>>MATÉRIAS-PRIMAS<br />

EM MÁXIMOS<br />

Janeiro começou com uma<br />

nova chuva de máximos para<br />

o sector das ‘commodities’. O<br />

frio que se faz sentir está a<br />

levar ao aumento da procura<br />

de petróleo– que esta semana<br />

voltou a cotar acima dos 80<br />

dólares, o valor mais elevado<br />

dos últimos 14 meses– e de<br />

outras matérias-primas<br />

ligadas à agricultura, como é<br />

o caso dos cereais e do sumo<br />

de laranja. Também a<br />

borracha tocou os níveis mais<br />

elevados dos últimos 30<br />

anos, com as expectativas de<br />

uma maior procura por parte<br />

da indústria automóvel.<br />

NÚMERO DA SEMANA<br />

12.000<br />

Este foi o número de pedidos de ajuda de famílias portuguesas endividadas que a<br />

Deco recebeu em 2009. Um número representa um aumento de 50% face aos<br />

pedidos registados em 2008 pelo gabinete de apoio ao sobreendividado da<br />

associação de defesa dos consumidores. No total, os 12 mil pedidos de ajuda<br />

resultaram na abertura de 2812 processos de acompanhamento. Os números<br />

espelham a crise económica que afecta o país, onde o aumento do desemprego tem<br />

sido uma constante. Segundo a Deco, em regra, as famílias que pedem ajuda à<br />

instituição têm entre cinco e 10 créditos e o total de encargos com empréstimos<br />

pessoais ultrapassa muitas vezes os 100 mil euros. Outro dado curioso tem a ver<br />

com o facto do problema do sobreendividamento afectar não tanto as classes mais<br />

baixas, mas sobretudo as famílias de classe média/média-alta, com rendimentos<br />

mensais superiores a dois mil euros.


EUROLIST BY EURONEXT. ACÇÕES<br />

Última Var. Var. Máx. Mín. Quant. Máx. Mín. Divid. Data Divid. Comport.<br />

Valor Mobiliário Data cotação % sessão sessão transcc. do ano do ano Ex-dív yeld% anual%<br />

Compartimento A<br />

B.COM.PORTUGUES 07-01-2010 0.90 0.01 0.90 0.90 0.88 18,510,648 1.08 0.56 0.02 16-04-2009 1.91 5.21<br />

B.ESPIRITO SANTO 07-01-2010 4.89 0.14 2.95 4.89 4.73 2,125,534 5.34 2.65 0.16 26-03-2009 3.37 3.94<br />

BANCO BPI SA 07-01-2010 2.30 0.02 0.70 2.31 2.27 761,658 2.57 1.34 0.07 04-05-2009 2.92 7.83<br />

BRISA 07-01-2010 7.43 0.08 1.02 7.44 7.28 814,066 7.44 4.26 0.31 30-04-2009 4.22 2.37<br />

CIMPOR SGPS 07-01-2010 6.50 0.07 1.06 6.50 6.43 1,549,555 6.55 3.00 0.19 12-06-2009 2.88 0.05<br />

EDP 07-01-2010 3.14 0.01 0.45 3.14 3.12 5,906,134 3.22 2.34 0.14 14-05-2009 4.48 0.55<br />

EDP RENOVAVEIS 07-01-2010 6.94 -0.07 -0.93 7.00 6.89 916,882 7.83 5.11 0.00 0.00 5.58<br />

GALP ENERGIA 07-01-2010 12.61 0.04 0.28 12.70 12.48 1,222,937 12.95 7.54 0.23 22-10-2009 1.83 4.10<br />

J MARTINS SGPS 07-01-2010 7.47 0.46 6.56 7.49 7.01 3,166,187 7.08 3.01 0.11 06-05-2009 1.57 0.36<br />

PORTUGAL TELECOM 07-01-2010 8.45 -0.06 -0.72 8.53 8.44 2,608,591 8.69 5.48 0.57 24-04-2009 6.76 -0.09<br />

ZON MULTIMEDIA 07-01-2010 4.50 0.05 1.21 4.50 4.41 547,935 5.01 3.58 0.16 27-05-2009 3.60 2.47<br />

Compartimento B<br />

SONAE INDUSTRIA 07-01-2010 2.75 0.07 2.46 2.76 2.65 966,403 2.86 1.15 0.00 16.61 4.23<br />

SONAECOM SGPS 07-01-2010 2.00 0.00 -0.20 2.03 1.99 403,942 2.15 1.00 0.00 0.00 3.83<br />

MOTA ENGIL 07-01-2010 3.95 -0.05 -1.15 4.00 3.94 420,903 4.53 2.10 0.11 15-05-2009 2.75 1.45<br />

SEMAPA 07-01-2010 7.94 0.16 2.06 7.96 7.74 246,068 8.95 5.65 0.25 23-04-2009 3.28 0.26<br />

PORTUCEL 07-01-2010 2.04 0.00 -0.05 2.05 2.00 848,592 2.13 1.31 0.10 06-04-2009 5.13 3.34<br />

SONAE 07-01-2010 0.91 0.01 1.34 0.92 0.89 6,418,985 0.98 0.43 0.03 20-05-2009 3.34 3.22<br />

BANIF-SGPS 07-01-2010 1.30 -0.01 -0.76 1.31 1.29 106,034 1.54 0.95 0.06 22-04-2009 4.67 4.80<br />

SONAE CAPITAL 07-01-2010 0.82 -0.01 -1.20 0.83 0.82 121,88 1.00 0.41 0.00 0.00 0.00<br />

REN 07-01-2010 3.03 -0.01 -0.23 3.03 3.01 114,068 3.25 2.75 0.17 27-04-2009 5.44 1.20<br />

MARTIFER 07-01-2010 3.69 0.06 1.65 3.74 3.58 231,144 4.59 2.53 0.00 0.00 8.68<br />

GRUPO MEDIA CAP 06-01-2010 4.15 - - - - - 5.00 2.00 0.23 09-04-2009 5.54 -0.48<br />

SAG GEST 07-01-2010 1.33 0.01 0.76 1.34 1.32 7,464 1.59 0.90 0.02 10-11-2008 1.53 1.54<br />

TEIXEIRA DUARTE 07-01-2010 1.07 - - 1.07 1.04 340,044 1.26 0.41 0.00 1.71 2.29<br />

FINIBANCO SGPS 07-01-2010 1.62 0.02 1.25 1.62 1.60 8,696 2.14 1.43 0.00 4.29 4.58<br />

ALTRI SGPS SA 07-01-2010 4.22 0.05 1.22 4.26 4.09 1,548,171 4.25 1.50 0.00 2.00 4.33<br />

TOYOTA CAETANO 05-01-2010 4.16 - - - - - 7.32 4.00 0.07 26-05-2009 1.68 0.00<br />

Compartimento C<br />

BENFICA-FUTEBOL 07-01-2010 2.61 0.11 4.40 2.61 2.52 4,872 3.55 1.70 0.00 0.00 -1.96<br />

COFINA SGPS 07-01-2010 1.16 0.01 0.87 1.16 1.13 124,079 1.19 0.45 0.00 4.21 8.49<br />

COMPTA 07-01-2010 0.41 0.01 2.50 0.41 0.40 851 0.46 0.36 0.00 0.00 0.00<br />

CORTICEIRA AMORI 07-01-2010 0.99 -0.01 -1.00 1.00 0.98 86,795 1.05 0.54 0.00 6.74 6.38<br />

ESTORIL SOL N 22-09-1998 8.91 - - - - - 0.00 0.00 0.22 16-05-2007 2.47 0.00<br />

ESTORIL SOL P 05-01-2010 7.31 - - - - - 9.88 6.15 0.00 4.54 -0.95<br />

F RAMADA INVEST 07-01-2010 0.89 -0.01 -1.11 0.89 0.88 4,404 0.98 0.57 0.00 0.00 -0.11<br />

FISIPE 06-01-2010 0.18 - - - - - 0.20 0.09 0.00 0.00 12.50<br />

FUT.CLUBE PORTO 07-01-2010 1.28 -0.02 -1.54 1.28 1.28 11 1.75 1.25 0.00 0.00 -1.52<br />

GLINTT 07-01-2010 0.87 0.01 1.16 0.87 0.86 151,037 1.03 0.60 0.00 0.00 -3.37<br />

IBERSOL SGPS 07-01-2010 9.30 0.05 0.54 9.31 9.10 5,542 10.00 5.51 0.05 22-05-2009 0.60 0.43<br />

IMOB GRAO PARA 07-01-2010 3.65 - - 3.65 3.65 280 3.82 2.33 0.00 0.00 0.00<br />

IMPRESA SGPS 07-01-2010 1.83 -0.05 -2.66 1.95 1.82 1,116,378 2.30 0.56 0.00 0.00 5.03<br />

INAPA-INV.P.GEST 07-01-2010 0.69 0.03 4.55 0.70 0.65 3,182,117 0.73 0.23 0.00 0.00 3.13<br />

LISGRAFICA 07-01-2010 0.08 - - 0.08 0.08 400 0.12 0.06 0.00 0.00 0.00<br />

NOVABASE SGPS 07-01-2010 4.33 0.01 0.23 4.35 4.31 16,717 5.06 3.21 0.00 0.00 -2.70<br />

OREY ANTUNES 04-01-2010 1.71 - - - - - 2.90 1.66 0.11 30-04-2009 6.43 0.00<br />

PAP.FERNANDES 28-01-2009 2.66 - - - - - 2.66 2.66 0.00 0.00 0.00<br />

REDITUS SGPS 07-01-2010 7.29 -0.18 -2.41 7.47 7.25 9,338 8.00 5.83 0.00 0.00 1.77<br />

S.COSTA 07-01-2010 1.27 0.04 3.25 1.28 1.21 1,258,873 1.34 0.48 0.03 27-05-2009 2.52 3.36<br />

S.COSTA-PREF 18-09-2009 1.16 - - - - - 1.16 1.16 0.15 27-05-2009 12.93 0.00<br />

SPORTING 07-01-2010 1.22 -0.06 -4.69 1.22 1.22 27 1.52 1.01 0.00 0.00 -0.78<br />

SUMOL COMPAL 07-01-2010 1.47 - - 1.47 1.46 301 1.63 1.26 0.00 0.00 0.00<br />

VAA VISTA ALEGRE 05-01-2010 0.11 - - - - - 0.14 0.07 0.00 0.00 0.00<br />

VAA-V.ALEGRE-FUS 05-01-2010 0.08 - - - - - 0.10 0.05 0.00 0.00 14.29<br />

VAA-V.ALEGRE-FUS 05-01-2010 0.08 - - - - - 0.10 0.05 0.00 0.00 14.29<br />

Compartimento Estrangeiras<br />

BANCO POPULAR 07-01-2010 0.00 0.15 2.66 5.79 5.63 3,677 7.58 3.23 0.46 12-01-2009 8.13 9.51<br />

BANCO SANTANDER 07-01-2010 0.00 -0.01 -0.08 11.96 11.84 14,161 11.98 3.94 0.64 01-08-2009 5.37 3.01<br />

E.SANTO FINANC N 06-01-2010 0.00 - - - - - 15.20 9.01 0.25 25-05-2009 1.67 -1.32<br />

E.SANTO FINANCIA 07-01-2010 0.00 0.01 0.07 15.20 15.15 4,001 15.49 9.92 0.25 25-05-2009 1.68 2.29<br />

PAPELES Y CARTON 06-01-2010 0.00 - - - - - 4.25 2.45 0.03 16-01-2009 0.87 4.55<br />

SACYR VALLEHERM 06-05-2009 0.00 - - - - - 7.95 7.55 0.57 31-10-2008 7.17 0.00<br />

As cotações do PSI 20, dos índices internacionais e dos seus respectivos componentes podem ser acompanhadas em: www.diarioeconomico.com<br />

Última cotação – Corresponde na grande maioria dos títulos, à cotação de fecho da última sessão, a menos que seja indicada outra data. Preços indicados em euros; Variação absoluta e percentual – diferença entre<br />

a última cotação e o fecho da sessão imediatamente anterior em que o título transaccionou; Dividendo – valor bruto, indicado em euros e respectiva data a partir da qual a aquisição do título deixou de dar direito<br />

ao pagamento do dividendo; Dividend Yield – Rendimento do dividendo, que resulta da divisão do último dividendo pago pela cotação; Comportamento anual – variação percentual da cotação em relação ao último<br />

preço do ano anterior. Compartimento A – Capitalização bolsista superior a 1.000 milhões de euros; Compartimento B – Capitalização bolsista entre 150 milhões e 1.000 milhões de euros; Compartimento C –<br />

Capitalização bolsista inferior a 150 milhões de euros; Compartimento Estrangeiras – Emitentes estrangeiras.<br />

BPI<br />

PREÇO-ALVO<br />

2,50¤<br />

PT<br />

AS ÚLTIMAS RECOMENDAÇÕES<br />

COTAÇÃO ACTUAL<br />

2,278¤<br />

POTENCIAL<br />

10%<br />

COMPRAR Os analistas da Keefe, Bruyette & Woods (KBW) subiram o preçoalvo<br />

para o BPI dos 1,90 euros para os 2,50 euros, elevando também a<br />

recomendação de ‘underperform’ para ‘market perform’<br />

PREÇO-ALVO<br />

COTAÇÃO ACTUAL<br />

POTENCIAL<br />

9,7¤ 8,49¤ 14%<br />

‘EQUAL-WEIGHT’ Os analistas da Morgan Stanley subiram o preço-alvo para os<br />

títulos da operadora dos 9,20 euros para os 9,70 euros, tendo mantido a<br />

recomendação de ‘equal-weight’.<br />

COFINA<br />

PREÇO-ALVO<br />

1,45¤<br />

COTAÇÃO ACTUAL<br />

1,13¤<br />

POTENCIAL<br />

28%<br />

COMPRAR O Millennium Investment banking subiu o preço-alvo para a cofina<br />

de 1 euro para os 1,45 euros e elevaram a recomendação de ‘reduzir’ para<br />

‘comprar’.<br />

MÉDIAS DOS PREÇOS-ALVO<br />

EMPRESAS ‘TARGET’<br />

ALTRI 3,54<br />

BANCO BPI 2,49<br />

BCP 1,29<br />

BES 9,37<br />

BRISA 7,76<br />

CIMPOR 4,76<br />

EDP 3,89<br />

GALP ENERGIA 13,94<br />

EDP RENOVÁVEIS 7,37<br />

J. MARTINS 5,43<br />

MOTA-ENGIL 4,23<br />

PORTUCEL 2,47<br />

PT 7,38<br />

REN 3,24<br />

SEMAPA 11,03<br />

S. INDÚSTRIA 3,01<br />

SONAE SGPS 1,31<br />

SONAECOM 3,38<br />

T. DUARTE -<br />

ZON MULTIMÉDIA 8,05<br />

Metodologia: O preço-alvo médio é<br />

calculado tendo em conta as avaliações de<br />

sete casas de investimento: BPI, CaixaBI,<br />

ESR, BCP, Lisbon Brokers, Banif e UBS.<br />

Sexta-feira 8 Janeiro 2010 Diário <strong>Económico</strong> | FINANÇAS PESSOAIS IX<br />

JOSÉ SANTOS TEIXEIRA<br />

Presidente da Optimize<br />

2010: Ano 1 da<br />

grande mutação<br />

O mundo mudou.<br />

Depois da sociedade de consumo<br />

podemos agora estar perante<br />

uma nova sociedade.<br />

O início de um novo ano é sempre o<br />

momento de algumas reflexões e<br />

tomadas de decisão estratégicas.<br />

E 2010, o primeiro ano após-crise, é<br />

particularmente significativo por uma<br />

razão simples mas de importantes<br />

consequências: Para além duma crise,<br />

vivemos o início de uma grande<br />

mutação a nível mundial.<br />

Alguns dirão que é sempre assim. Mas<br />

os historiadores da Economia situam<br />

nesta crise o revelador da terceira<br />

grande mutação dos últimos tempos.<br />

A primeira foi o nascimento nos finais<br />

do séc. XIX da sociedade industrial.<br />

A segunda foi a entrada depois da 2ª<br />

guerra mundial na sociedade de<br />

consumo.<br />

Finalmente a que vivemos, e que<br />

confundimos com a crise que a tornou<br />

mais visível, é uma sociedade onde a<br />

necessidade de poupar, mais e melhor,<br />

se vai impor de maneira mais visível.<br />

Poupar o quê?<br />

Em princípio tudo:<br />

1 – Poupar recursos naturais que não<br />

são infinitos: Água, energias,<br />

matérias-primas tanto agrícolas como<br />

metais, entre outros. Com efeito,<br />

apesar do insucesso de Copenhaga,<br />

nãoháamínimadúvidaquenão<br />

podemos continuar a consumir,<br />

desregradamente, os bens de que<br />

somos usufrutuários, nesta nossa<br />

breve passagem pela Terra.<br />

2 – Poupar em despesa pública que<br />

supera em muito as receitas dos<br />

impostos, o que vai ter como<br />

consequência um custo que já é<br />

insuportável do serviço da dívida<br />

pública. Os nossos ‘ratings’ (Estado e<br />

bancos) vão diminuir e assim as taxas<br />

de juro aumentar.<br />

3 – Poupar para a reforma e para fazer<br />

face ao menor reembolso público das<br />

despesas de saúde. Aumentando a<br />

nossa esperança de vida um trimestre<br />

em cada ano, vamos viver mais velhos,<br />

logo com a impossibilidade crescente<br />

de fazer pagar pelos mais novos<br />

(nossos filhos e netos) o custo da nossa<br />

sobrevivência.<br />

Contrariamente ao que poderão<br />

pensar, “as ameaças” acima<br />

constituem excelentes oportunidades<br />

de investimento. Estou bastante<br />

positivo para a sociedade de poupança<br />

em que vamos entrar.<br />

Mas deixo uma reflexão: Não basta<br />

poupar para investir em “rendimento<br />

garantido, porque baixo”. Há que<br />

juntar uma estratégia correcta de<br />

investimento, a qual compreenderá<br />

uma percentagem significativa de<br />

acções.<br />

Bons rendimentos em 2010. ■


X FINANÇAS PESSOAIS | Diário <strong>Económico</strong> Sexta-feira 8 Janeiro 2010<br />

BOLSAS INTERNACIONAIS<br />

EUA - Dow Jones Industrial Indices Internacionais<br />

Título Última Var.<br />

Cot. $ %<br />

ALCOA INC 16.5 -2.77<br />

WALT DISNEY CO 31.76 -0.19<br />

KRAFT FOODS INC 28.88 -0.31<br />

PROCTER & GAMBLE 60.4 -0.74<br />

AMER EXPRESS CO 41.45 0.34<br />

GENERAL ELEC CO 16.32 5.63<br />

COCA-COLA CO 55.94 -0.69<br />

AT&T 27.45 -0.58<br />

BOEING CO 61.73 3.26<br />

HOME DEPOT INC 28.95 0.59<br />

MCDONALD'S CORP 62.27 1.33<br />

THE TRAVELERS CO 48.38 0.92<br />

BANK OF AMERICA 17.04 3.97<br />

HEWLETT-PACKARD 52.37 0.36<br />

3M COMPANY 82.95 -0.86<br />

EUA - Nasdaq<br />

Título Última Var.<br />

Cot. $ %<br />

APPLE INC 210.86 -0.05<br />

COGNIZANT TECH 45.96 -2.89<br />

INTUIT INC 30.32 -0.2<br />

PRICELINE COM 216 -1.41<br />

ADOBE SYS 37.07 -1.46<br />

CITRIX SYSTEMS 42.63 -0.16<br />

INTUITIVE SURG 311 -0.27<br />

PATTERSON COS 29.02 1.15<br />

AUTOMATIC DATA 42.37 -0.31<br />

DELL INC 14.75 1.17<br />

J.B. HUNT TRAN 33.03 0.24<br />

QUALCOMM INC 48.29 1.45<br />

AUTODESK INC 25.47 0.51<br />

DISH NETWORK A 20.77 0.34<br />

JOY GLOBAL INC 56.91 0.3<br />

QIAGEN N.V. 22.63 0.04<br />

ALTERA CORP 22.25 -0.89<br />

DIRECTV A 33.86 1.32<br />

KLA TENCOR 36.48 0.3<br />

RSCH IN MOTION 65.21 -0.29<br />

APPLIED MATL 14.02 -0.99<br />

EBAY INC 23.29 -0.89<br />

LIFE TECH CORP 51.56 -1.64<br />

ROSS STORES 46 4.21<br />

AMGEN 55.68 -1.95<br />

ELECTRONIC ART 17.94 -1.32<br />

LIBERTY INTER A 11.52 0.7<br />

STARBUCKS CORP 23.35 -0.3<br />

AMAZON COM 129.88 -1.79<br />

EXPRESS SCRIPTS 87.98 1.53<br />

LINEAR TECH 30.26 -0.75<br />

SEARS HOLDING 97.78 10.03<br />

APOLLO GROUP 65.26 2.45<br />

EXPEDITORS 34.37 -0.38<br />

LOGITECH INTL 17.55 -0.96<br />

SIGMA ALDRICH 50.51 -0.2<br />

ACTIVISIN BLIZRD 11.02 -2.13<br />

EXPEDIA 24.39 -0.85<br />

LAM RESEARCH 39.24 -0.48<br />

SANDISK CORP 30.31 -3.56<br />

BED BATH BEYOND 42.84 9.2<br />

FASTENAL CO 46.2 1.03<br />

MATTEL INC 19.91 2.1<br />

STAPLES INC 24.78 0.81<br />

BAIDU INC ADS 405.4 -1.69<br />

FISERV INC 48.99 -0.89<br />

MICROCHIP TECH 28.35 -0.46<br />

STERICYCLE INC 54.62 -0.02<br />

BIOGEN IDEC 52.84 -1.1<br />

FLEXTRONICS 7.18 -1.24<br />

EUA - Standard & Poors 100<br />

Título Última Var.<br />

Cot. $ %<br />

ALCOA INC 16.5 -2.77<br />

CVS CAREMARK CRP 33.25 2.12<br />

JOHNSON&JOHNSON 63.77 -1.06<br />

PROCTER & GAMBLE 60.4 -0.74<br />

APPLE INC 210.86 -0.05<br />

CHEVRON 79.39 -0.3<br />

JPMORGAN CHASE 44.08 0.36<br />

PHILIP MORRIS 49.15 0.47<br />

ABBOTT LABS 54.32 0<br />

DU PONT CO 34.31 0.79<br />

KRAFT FOODS INC 28.88 -0.31<br />

QUALCOMM INC 48.29 1.45<br />

AMER ELEC PWR 35.08 0.54<br />

DELL INC 14.75 1.17<br />

COCA-COLA CO 55.94 -0.69<br />

REGIONS FINANCL 6.12 7.94<br />

ALLSTATE CP 30.7 -0.71<br />

WALT DISNEY CO 31.76 -0.19<br />

LOCKHEED MARTIN 74.01 -3.27<br />

RAYTHEON CO 51.48 1.48<br />

AMGEN 55.68 -1.95<br />

DOW CHEMICAL CO 31 -0.06<br />

LOWES COMPANIES 23.54 2.44<br />

SPRINT NEXTEL 4.01 -1.96<br />

AMAZON COM 129.88 -1.79<br />

DEVON ENERGY 75.57 -1.11<br />

MASTERCARD CL A 252.12 -1.35<br />

SCHLUMBERGER LTD 69.03 0.33<br />

AVON PRODUCTS 31.14 -2.66<br />

EMC CORP 17.67 -1.06<br />

MCDONALD'S CORP 62.27 1.33<br />

SARA LEE CORP 12.14 -1.38<br />

AMER EXPRESS CO 41.45 0.34<br />

ENTERGY CP 80.57 -0.84<br />

MEDTRONIC INC 45.67 0.75<br />

SOUTHERN 32.7 -1.03<br />

BOEING CO 61.73 3.26<br />

EXELON CORP 48.32 -0.1<br />

METLIFE INC 37.75 0.61<br />

AT&T 27.45 -0.58<br />

BANK OF AMERICA 17.04 3.97<br />

FORD MOTOR CO 11.51 1.23<br />

3M COMPANY 82.95 -0.86<br />

TARGET CORP 50.2 1.09<br />

BAXTER INTL INC 58.84 1.29<br />

FRPRT-MCM GD 85.49 -2.08<br />

ALTRIA GROUP 19.98 -0.55<br />

TIME WARNER INC 28.69 -1.14<br />

BAKER HUGHES INC 45.67 -0.37<br />

FEDEX CORP 82.88 -1.15<br />

Reino Unido - Footsie 100<br />

Título Última Var.<br />

Cot. £ %<br />

ANGLO AMERICAN 2863 -0.68<br />

BT GROUP 142.5218 -1.24<br />

3I GROUP 288.4 1.34<br />

PETROFAC 997.5725 -1<br />

SHIRE 1232 0.33<br />

ASSOC.BR.FOODS 831.28 2.26<br />

CADBURY 773.8276 0.58<br />

IMPERIAL TOBACCO 1950 0.78<br />

PRUDENTIAL 631.3 -2.63<br />

STANDARD LIFE 210.5 -2.55<br />

ADMIRAL GROUP 1153.55 -0.77<br />

Título Última Var.<br />

Cot. $ %<br />

UNITED TECH CP 70.38 0.27<br />

CATERPILLAR INC 59.83 0.67<br />

INTL BUS MACHINE 129.83 -0.13<br />

MERCK & CO 37.66 0<br />

VERIZON COMMS 31.76 -0.5<br />

CISCO SYSTEMS 24.33 -0.37<br />

INTEL CORP 20.38 -2.02<br />

MICROSOFT CP 30.27 -1.62<br />

WAL-MART STORES 53.37 -0.37<br />

CHEVRON 79.39 -0.3<br />

JOHNSON&JOHNSON 63.77 -1.06<br />

PFIZER INC 18.54 -0.32<br />

EXXON MOBIL 69.74 -0.4<br />

DU PONT CO 34.31 0.79<br />

JPMORGAN CHASE 44.08 0.36<br />

Título Última Var.<br />

Cot. $ %<br />

MILLICOM INTL 79.18 0.66<br />

SEAGATE TECH 18.19 -1.09<br />

BMC SOFTWARE 40 -0.4<br />

FLIR SYSTEMS 32.85 0.15<br />

MARVELL TECH GP 21.18 -2.04<br />

SYMANTEC CORP 18.23 -0.71<br />

BROADCOM CORP 31.26 -0.76<br />

FIRST SOLAR 141.88 1.33<br />

MICROSOFT CP 30.27 -1.62<br />

TEVA PHARM 57.75 0.96<br />

CA IN 22.86 0.44<br />

FOSTER WHEELR AG 33.2 0.73<br />

MAXIM INTEGRATED 19.58 -2.05<br />

URBAN OUTFITTER 34.15 -3.2<br />

CELGENE CORP 56.01 -0.67<br />

GENZYME 49.35 0.78<br />

MYLAN INC 18.15 -1.04<br />

VIRGIN MEDIA 17.1 -1.61<br />

CEPHALON INC 62.91 -0.65<br />

GILEAD SCI 44.63 -0.29<br />

NII HOLDINGS 37.83 1.83<br />

VODAFONE GROUP 22.26 -2.54<br />

CERNER CORP 89.98 -0.23<br />

GOOGLE 601.92 -1.04<br />

NETAPP INC 33.22 -0.39<br />

VERISIGN INC 24.54 -0.77<br />

CHECK PT SFTWRE 34.02 0.06<br />

GARMIN LTD 31.07 -2.97<br />

NVIDIA CORP 18.49 -2.07<br />

VERTEX PHARM 41.85 -0.43<br />

CH ROBINSON WW 56.71 -1.1<br />

HOLOGIC INC 14.99 -0.13<br />

NEWS CORP A 13.95 -1.76<br />

WRNER CHIL PLC A 28.61 0.7<br />

COMCAST CORP A 16.97 2.11<br />

HENRY SCHEIN 53.44 -0.02<br />

ORACLE CORP 24.22 -0.98<br />

WYNN RESORTS 67.66 1.05<br />

COSTCO WHOLESAL 59.46 -0.9<br />

ILLUMINA INC 32.7 1.49<br />

O REILLY AUTO 38.34 -0.13<br />

XILINX INC 24.5 -1.57<br />

CISCO SYSTEMS 24.33 -0.37<br />

INFOSY TECH ADR 54.89 -2.17<br />

PAYCHEX INC 31.19 0.45<br />

DENTSPLY INTL 35.46 0.91<br />

CINTAS CORP 26.42 0<br />

INTEL CORP 20.38 -2.02<br />

PACCAR INC 38 0.64<br />

YAHOO! INC 16.7 -2.74<br />

Título Última Var.<br />

Cot. $ %<br />

MONSANTO CO 85.7 -0.66<br />

TEXAS INSTRUMENT 25.61 -0.23<br />

BANK NY MELLON 28.78 2.2<br />

GENERAL DYNAMICS 69.3 0.09<br />

MERCK & CO 37.66 0<br />

UNITEDHEALTH GP 32.64 2.67<br />

BRISTOL MYERS SQ 25.24 0.08<br />

GENERAL ELEC CO 16.32 5.63<br />

MORGAN STANLEY 33.02 1.76<br />

UNITED PARCEL B 57.52 -0.57<br />

BURL NTHN SANTA 98.77 -0.13<br />

GILEAD SCI 44.63 -0.29<br />

MICROSOFT CP 30.27 -1.62<br />

US BANCORP 24.35 2.7<br />

CITIGROUP 3.65 0.27<br />

GOOGLE 601.92 -1.04<br />

NIKE INC CL B 65.84 0.97<br />

UNITED TECH CP 70.38 0.27<br />

CATERPILLAR INC 59.83 0.67<br />

GOLDM SACHS GRP 177.55 1.89<br />

NTL OILWELL VARC 46.96 -1.26<br />

VERIZON COMMS 31.76 -0.5<br />

COLGATE PALMOLIV 82.66 -0.8<br />

HALLIBURTON CO 32.32 -0.25<br />

NORFOLK SOUTHERN 52.35 -1.69<br />

WALGREEN CO 36.69 -0.08<br />

COMCAST CORP A 16.97 2.11<br />

HOME DEPOT INC 28.95 0.59<br />

NEWS CORP A 13.95 -1.76<br />

WELLS FARGO & CO 29.02 3.24<br />

CAP ONE FINAN 42.24 3.5<br />

H J HEINZ CO 42.46 -0.4<br />

NYSE EURONEXT 26.24 1.31<br />

WILLIAMS COMPS 22.35 -1.06<br />

CONOCOPHILLIPS 52.72 -0.55<br />

HONEYWELL INTL 40.78 0.87<br />

ORACLE CORP 24.22 -0.98<br />

WAL-MART STORES 53.37 -0.37<br />

COSTCO WHOLESAL 59.46 -0.9<br />

HEWLETT-PACKARD 52.37 0.36<br />

OCCIDENTAL PETE 82.69 -0.96<br />

WEYERHAEUSER CO 44.31 -0.92<br />

CAMPBELL SOUP CO 33.12 -1.28<br />

INTL BUS MACHINE 129.83 -0.13<br />

PEPSICO INC 61 -0.59<br />

EXXON MOBIL 69.74 -0.4<br />

CISCO SYSTEMS 24.33 -0.37<br />

INTEL CORP 20.38 -2.02<br />

PFIZER INC 18.54 -0.32<br />

XEROX CORP 8.55 -0.12<br />

Título Última Var.<br />

Cot. £ %<br />

CARNIVAL 2150 -0.51<br />

INTL POWER 311.284 -1.33<br />

PEARSON 866.9097 -0.4<br />

SMITHS GROUP 1002 -1.96<br />

AGGREKO 939.99 0.86<br />

CENTRICA 276.4311 -1.47<br />

INMARSAT 686.5 -2.14<br />

RECKIT BNCSR GRP 3270 0.31<br />

SMITH&NEPHEW 633.6266 0.08<br />

AMEC 814.8965 0.68<br />

CAIRN ENERGY 355.2 2.51<br />

Último Var. Var. Máx. Mín. Fecho Var. VS Máx. Data Mín. Data<br />

Índice Mercado valor pontos % ano ano ano ant. ano ant.% hist. máx. hist. histór. Mín. hist.<br />

PSI 20 Portugal 8763.93 83.63 0.96 8717.27 8475.45 8463.85 3.545431453 15080.99 09 MAR 2000 2910.63 14 JAN 1993<br />

PSI Geral Portugal 3000.18 24.92 0.84 2975.26 2944.83 2902.26 3.373922392 4419 17 JUL 2007 842.31 22 NOV 1995<br />

PSI 20 Total Return Portugal 14524.92 138.61 0.96 14447.58 14046.8 14027.58 3.545444047 21023.84 17 JUL 2007 6673.98 23 OCT 2002<br />

Dow Jones Ind. Ave. EUA 10577.38 3.7 0.03 10604.97 6469.95 10428.05 1.432003107 14164.53 09 OCT 2007 388.2 17 JAN 1955<br />

Nasdaq Composite EUA 2291.77 -9.32 -0.41 2314.07 1265.52 2269.15 0.99684904 5132.52 10 MAR 2000 276.6 01 OCT 1985<br />

FTSE 100 R. Unido 5526.72 -3.32 -0.06 5536.48 5410.82 5412.88 2.103131789 6950.6 30 DEC 1999 986.9 23 JUL 1984<br />

Xetra-Dax Alemanha 6019.36 -14.97 -0.25 6058.02 5974.43 5957.43 1.039542219 8151.57 13 JUL 2007 931.18 29 JAN 1988<br />

CAC 40 França 4024.8 7.13 0.18 4028.34 3950.61 3936.33 2.247524979 6944.77 04 SEP 2000 893.82 29 JAN 1988<br />

IBEX 35 Espanha 12166.3 -56.2 -0.46 12240.5 6702.6 11940 1.895309883 16040.4 09 NOV 2007 1861.9 05 OCT 1992<br />

AEX Holanda 340.55 -0.93 -0.27 343.59 336.96 335.33 1.556675514 703.18 05 SEP 2000 69.14 10 NOV 1987<br />

BEL 20 Bélgica 2590.68 -5.75 -0.22 2601.17 2521.73 2511.62 3.147769169 4759.01 23 MAY 2007 1039 02 SEP 1992<br />

Nikkei 225 Japão 10681.66 -49.79 -0.46 10791.04 10608.14 0 0 38915.87 29 DEC 1989 85.25 06 JUL 1950<br />

Hang Seng Hong Kong 22269.45 -147.22 -0.66 22514.79 21689.22 21872.5 1.814835981 31958.41 30 OCT 2007 58.61 31 AUG 1967<br />

DJ Stoxx 50 Pan-europeu 2617.88 0.53 0.02 2627.83 2590.29 2578.92 1.51070991 5219.96 28 MAR 2000 925.95 05 OCT 1992<br />

DJ Euro Stoxx 50 Pan-europeu 3007.34 -2.32 -0.08 3025.6 2974.86 2966.24 1.385592535 5522.42 07 MAR 2000 920.65 05 OCT 1992<br />

FTSE Eurotop 300 Pan-europeu 1060.15 -0.86 -0.08 1064.36 1045.54 1045.76 1.376032742 1709.12 05 SEP 2000 645.5 09 MAR 2009<br />

FTSE Eurotop 100 Pan-europeu 2257.86 -2.51 -0.11 2269.81 2232.85 2233.67 1.082971075 3969.76 05 SEP 2000 1384.52 09 MAR 2009<br />

Euronext 100 Pan-europeu 697.76 -0.51 -0.07 700.25 686.37 683.76 2.047502048 1147.84 12 OCT 2000 419.49 12 MAR 2003<br />

Next 150 Pan-europeu 1448.93 7.9 0.55 1441.03 1393.36 1386.24 4.52230494 2028.18 19 JUL 2007 514.28 12 MAR 2003<br />

S&P 500 EUA 1138.27 1.13 0.1 1126.48 666.92 1115.1 2.077840552 1576.06 11 OCT 2007 132.93 23 NOV 1982<br />

Bovespa Brasil 70383.8 -345.53 -0.49 70936.59 68587.16 68588.41 2.617628838 73920.38 29 MAY 2008 4575.69 11 SEP 1998<br />

Índices Sectoriais - Dow Jones Stoxx Europa<br />

Último Var. Var. Máx. Mín. Fecho Var. VS Máx. Data Mín. Data<br />

Índice valor pontos % ano ano ano ant. ano ant.% hist. máx. hist. histór. Mín. hist.<br />

Automovel 243.60 -0.11 -0.05 244.26 236.32 235.83 3.29 433.20 01 NOV 2007 83.34 07 OCT 1992<br />

Banca 232.10 1.65 0.72 231.18 222.36 221.27 4.89 541.27 20 APR 2007 86.87 26 AUG 1992<br />

Recursos Básicos 527.35 0.87 0.17 527.48 502.18 497.98 5.90 836.75 19 MAY 2008 84.85 19 OCT 1992<br />

Ind. Quimica 465.75 -1.56 -0.33 471.15 462.95 463.06 0.58 530.59 06 JUN 2008 95.76 05 OCT 1992<br />

Construção 283.65 -0.54 -0.19 284.35 277.16 277.56 2.19 481.57 04 JUN 2007 77.54 19 OCT 1992<br />

Energia 340.78 2.25 0.66 339.83 332.30 330.54 3.10 472.65 13 JUL 2007 85.58 25 AUG 1992<br />

Serviços Financeiros 239.66 0.77 0.32 240.64 233.88 232.87 2.92 508.91 21 FEB 2007 80.51 01 SEP 1992<br />

Alimentação e bebidas 298.06 -2.04 -0.68 308.20 299.70 304.28 -2.04 337.56 01 NOV 2007 92.66 05 OCT 1992<br />

Bens e serviços Industriais 254.96 1.43 0.56 253.65 247.81 246.69 3.35 416.99 11 FEB 2000 92.1 05 OCT 1992<br />

Seguros 155.89 -0.48 -0.31 157.03 152.37 151.43 2.95 473.67 27 NOV 2000 73.76 09 MAR 2009<br />

Media 159.74 -0.20 -0.13 161.67 159.34 159.15 0.37 783.64 10 MAR 2000 99.98 08 JAN 1992<br />

Cuidados Médicos 364.24 0.13 0.04 370.34 363.50 366.09 -0.51 523.48 27 NOV 2000 87.97 14 APR 1993<br />

Tecnologia 192.69 1.80 0.94 190.99 185.07 184.35 4.52 1230.61 06 MAR 2000 88.2 05 OCT 1992<br />

Telecomunicações 257.75 -4.10 -1.57 264.30 261.56 260.93 -1.22 1062.85 06 MAR 2000 79.37 05 OCT 1992<br />

Fornecedores de serv. Públicos 341.51 -2.40 -0.70 345.59 342.64 342.49 -0.29 563.68 08 JAN 2008 89.88 05 OCT 1992<br />

Reino Unido - Footsie 100<br />

Título Última Var. Título Última Var.<br />

Cot. £ %<br />

Cot. £ %<br />

INVENSYS 313.842 1.87<br />

ROYAL BANK SCOT 36.0621 -2.21<br />

SERCO GROUP 518.5 -1.71<br />

ANTOFAGASTA 1030.89 -1.45<br />

COBHAM 251.34 0.44<br />

INTERTEK GROUP 1237 -1.04<br />

ROYAL DTCH SHL A 1925.51 -0.21<br />

SCOT & STH ENRGY 1156.955 -1.45<br />

ALLIANCE TRUST 333.8 -0.39<br />

COMPASS GROUP 458.2 -1.57<br />

JOHNSON MATTHEY 1602.1 -0.25<br />

ROYAL DTCH SHL B 1852.5 -0.22<br />

STANDRD CHART BK 1596.79 0<br />

AUTONOMY CORP 1586.91 2.05<br />

CAPITA GROUP 722.05 -1.62<br />

KAZAKHMYS 1463 1.88<br />

REED ELSEVIER 503.0201 -1.08<br />

SEVERN TRENT 1072 -1.02<br />

AVIVA 403.6723 -1.66<br />

CABLE & WIRELESS 147.4298 0.27<br />

KINGFISHER 226.6 -0.09<br />

REXAM PLC 285.5 0.04<br />

THOMAS COOK GRP 240.2 0.17<br />

ASTRAZENECA 2909.95 1.23<br />

DIAGEO 1061.0424 0.66<br />

LAND SECS GROUP 660.66 0<br />

RIO TINTO 3619.69 0.11<br />

TULLOW OIL 1338 0.45<br />

BAE SYSTEMS 371.5 0.03<br />

MAN GROUP 324.76 1.99<br />

LEGAL & GENERAL 81.8533 2.12<br />

ROLLS ROYCE GP 499.1951 -0.97<br />

TESCO 412.87 -0.01<br />

BARCLAYS 312.76 2.77<br />

EURASIAN 955.34 0.41<br />

LIBERTY INTL 501 -1.09<br />

RANDGOLD RES. 5270 -1.03<br />

TUI TRAVEL 262.3579 0.23<br />

BRIT AM TOBACCO 2046.5616 0.62<br />

EXPERIAN 601 -0.66<br />

Espanha - IBEX 35<br />

Título Última Var.<br />

Cot. € %<br />

ABERTIS 15.95 -0.84<br />

ABENGOA 24.035 0.67<br />

ACS CONS Y SERV 36.2 -1<br />

ACERINOX 15 0.54<br />

ACCIONA SA 93.15 -0.53<br />

BBVA 13.05 -0.46<br />

BANKINTER 7.35 -1.08<br />

BOLSAS Y MER ESP 23.21 -1.09<br />

BANESTO 8.775 -0.85<br />

CRITERIA CAIXA 3.407 0.65<br />

ENDESA 22.91 -1.36<br />

ENAGAS 15.49 -0.71<br />

EBRO PULEVA 14.585 1.21<br />

FOMENTO DE CONST 31.24 0.35<br />

FERROVIAL 8.735 -0.52<br />

GAMESA 12.63 0.44<br />

GAS NATURAL 15.52 -0.03<br />

GRIFOLS 12.1 -0.86<br />

Suíça - SMI<br />

Título Última Var.<br />

Cot. CHF %<br />

ABB LTD N 20.77 1.32<br />

ACTELION HLDG 56.7 1.7<br />

ADECCO N 63 2.94<br />

CS GROUP AG 55.2 3.95<br />

HOLCIM N 82.4 0.18<br />

JULIUS BAER N 35.8 -1.16<br />

LONZA GRP AG N 77.35 1.18<br />

NESTLE SA 48.4 -1.14<br />

NOVARTIS N 53.8 -0.74<br />

RICHEMONT I 36.27 0.83<br />

ROCHE HOLDING AG 178 -0.84<br />

SGS N 1362 0.52<br />

SWATCH GROUP I 277.4 1.99<br />

LLOYDS BNK GRP 54.4878 4.29<br />

RSA INSRANCE GRP 126.7 0.56<br />

UNILEVER 1934.5953 -1.23<br />

BRITISH AIRWAYS 199.646 -0.6<br />

FRESNILLO 853 1.61<br />

LONMIN PLC 2101 0.53<br />

RESOLUTION 89.5 0.28<br />

UNITED UTIL GRP 491.8631 -1.49<br />

BG GROUP 1190.8558 2.45<br />

G4S 266.9 -0.37<br />

LOND STOCK EXCH 723.5 0.98<br />

SABMILLER 1841 0.77<br />

VEDANTA RES 2824 0.18<br />

BR LAND CO 456.64 0.17<br />

GLAXOSMITHKLINE 1297.94 -0.15<br />

MARKS & SP. 371.3858 -1.7<br />

SAINSBURY(J) 324.48 3.21<br />

VODAFONE GROUP 139.63 -2.6<br />

BHP BILLITON 2082.19 -0.43<br />

HAMMERSON 403.14 -1.77<br />

MORRISON SUPMKT 280.35 2.1<br />

SCHRODERS 1321.6 1.07<br />

WOLSELEY 1397.5559 3.6<br />

BUNZL 661.75 0.45<br />

HOME RETAIL 281.28 -1.16<br />

NATIONAL GRID 652.5 -2.25<br />

SCHRODERS NV 1062 0.57<br />

WPP PLC 615.5 0.65<br />

BP 617.83 0.63<br />

HSBC HOLDINGS 734.8491 -0.53<br />

NEXT 2058.6101 -2<br />

SAGE GROUP 230.1092 1.59<br />

WHITBREAD 1399.95 0.07<br />

BURBERRY GRP 600 0.59<br />

ICAP PLC 443.8264 2.09<br />

OLD MUTUAL 113.1795 -0.79<br />

SEGRO 343.94 0.03<br />

XSTRATA 1230.263 -0.85<br />

B SKY B 567.8069 -0.35<br />

INTERCONT HOTEL 903.6523 0.56<br />

Título Última Var.<br />

Cot. € %<br />

IBERDROLA 6.686 -0.64<br />

IBERIA LIN AER 2.03 0<br />

IBR RENOVABLES 3.336 0.21<br />

INDRA SISTEMAS 16.62 0.06<br />

INDITEX 43.04 -1.47<br />

MAPFRE 3.062 -0.29<br />

ARCELORMITTAL 33.44 1.77<br />

OBR HUARTE LAIN 19.26 -0.57<br />

BK POPULAR 5.798 1.83<br />

RED ELECTR CORP 37.58 -0.63<br />

REPSOL YPF 18.81 0.05<br />

BCO DE SABADELL 4.096 -0.1<br />

BANCO SANTANDER 11.92 -0.46<br />

SACYR-VALLE 8.515 1.39<br />

TELEFONICA 19.45 -0.99<br />

GEST TELECINCO 10.3 1.28<br />

TECNICAS REUN 42.635 1.34<br />

Título Última Var.<br />

Cot. CHF %<br />

SWISS LIFE HLDG 145.2 4.31<br />

SWISS REINSUR N 52.3 -1.04<br />

SWISSCOM N 393.7 -0.58<br />

SYNGENTA N 290.6 1.57<br />

SYNTHES 135 -0.74<br />

UBS AG N 16.58 0.3<br />

ZURICH FIN N 230.9 -1.37<br />

ZURICH FIN N 230.9 -1.37<br />

SYNGENTA N 290.6 1.57<br />

SYNTHES 135 -0.74<br />

UBS AG N 16.58 0.3<br />

ZURICH FIN N 230.9 -1.37<br />

ZURICH FIN N 230.9 -1.37<br />

Alemanha - Dax<br />

Título Última Var.<br />

Cot. € %<br />

ADIDAS AG 39.745 0.88<br />

FRESENIUS SE VZ 49.07 -0.87<br />

ALLIANZ SE 88.47 -1.15<br />

HENKEL AG&CO VZ 36.11 -1.53<br />

BASF SE 44.155 -0.66<br />

INFINEON TECH N 4.112 -1.65<br />

BAY MOT WERKE 33.1 0.88<br />

K+S AG 46.2 2.62<br />

BAYER N AG 54.3 -1.31<br />

LINDE 83.92 -0.62<br />

BEIERSDORF 45.7 -1.01<br />

MAN SE 55.1 0.22<br />

COMMERZBANK 6.723 4.12<br />

MERCK KGAA 66.05 2.1<br />

DAIMLER AG N 36.72 -1.42<br />

Itália - Mibtel<br />

Título Última Var.<br />

Cot. € %<br />

GENERALI ASS 18.91 0<br />

MEDIASET 5.685 -0<br />

MEDIOBANCA 8.83 0<br />

MEDIOLANUM 4.5075 0<br />

SAIPEM 24.5 -0<br />

SNAM RETE GAS 3.3875 0<br />

STMICROELEC.N.V 6.475 -0<br />

Holanda - AEX<br />

Título Última Var.<br />

Cot. € %<br />

DJ Euro STOXX 50 3007.34 -0.08<br />

AEX-Index 340.55 -0.27<br />

AEGON 4.878 2.03<br />

AHOLD KON 9.198 -2.19<br />

AIR FRANCE - KLM 11.95 0.97<br />

AKZO NOBEL 45.745 -1.62<br />

ARCELORMITTAL 33.415 1.84<br />

ASML HOLDING 24.115 -1.83<br />

BAM GROEP KON 7.572 0.77<br />

BOSKALIS WESTMIN 28.02 0.36<br />

CORIO 46.33 -1.16<br />

FUGRO 43.885 2.24<br />

França - CAC 40<br />

Título Última Var.<br />

Cot. € %<br />

ACCOR 37.8 -1.02<br />

AIR LIQUIDE 82.2 -0.12<br />

ALCATEL-LUCENT 2.627 1.98<br />

ALSTOM 52.13 0.31<br />

ARCELORMITTAL 33.415 1.84<br />

AXA 17.06 -1.13<br />

BNP PARIBAS 58.22 1.75<br />

BOUYGUES 37.16 -1.37<br />

CAP GEMINI 34.075 -1.05<br />

CARREFOUR 34.16 -1.13<br />

CREDIT AGRICOLE 13.255 0.04<br />

DANONE 42.75 -0.21<br />

DEXIA 4.9 0.95<br />

EADS 14.21 1<br />

EDF 41.17 -1.34<br />

ESSILOR INTERNAT 41.25 0.22<br />

FRANCE TELECOM 17.445 -1.25<br />

GDF SUEZ 30.085 -1.2<br />

L OREAL 78.08 0.27<br />

L.V.M.H. 79.99 1.14<br />

Título Última Var.<br />

Cot. € %<br />

METRO AG 41.42 -3.98<br />

DEUTSCHE BANK N 51.33 0.45<br />

MUENCH. RUECK N 108.05 0.23<br />

DEUTSCHE POST NA 14.125 -0.21<br />

RWE AG 68.1 -0.42<br />

DT BOERSE N 56.78 -1.76<br />

SALZGITTER 73.01 2.56<br />

DT LUFTHANSA AG 12.315 1.36<br />

SAP AG 34.105 2.65<br />

DT TELEKOM N 10.055 -1.9<br />

SIEMENS N 66.53 1.19<br />

E.ON AG NA 28.93 -0.82<br />

THYSSEN KRUPP 27.55 -0.29<br />

FRESENIUS MEDI 36.375 -0.63<br />

VOLKSWAGEN VZ 65.75 1.15<br />

Título Última Var.<br />

Cot. € %<br />

UNICREDIT 2.39 0<br />

TENARIS 15.82 0<br />

TERNA 2.935 0<br />

UBI BANCA 10.35 0<br />

UNICREDIT 2.39 0<br />

UNICREDIT 2.39 0<br />

Título Última Var.<br />

Cot. € %<br />

HEINEKEN 32.9 -1.39<br />

ING GROEP 7.6 2.38<br />

KONINKLIJKE DSM 34.735 -0.94<br />

KPN KON 11.83 -1.83<br />

PHILIPS KON 21 -0.57<br />

R.DUTCH SHELL A 21.505 -0.3<br />

RANDSTAD 38.08 2.92<br />

REED ELSEVIER 8.333 -1.47<br />

SBM OFFSHORE 14.565 -0.48<br />

TNT 21.985 -0.2<br />

TOMTOM N.V. 7.025 1.75<br />

UNIBAIL RODAMCO 154.8 -1.05<br />

Título Última Var.<br />

Cot. € %<br />

LAFARGE 60.38 -0.63<br />

LAGARDERE S.C.A. 28.06 -2.4<br />

MICHELIN 56.97 -0.35<br />

PERNOD RICARD 59.36 -1.07<br />

PEUGEOT 26.705 1.46<br />

PPR 84.96 0.31<br />

RENAULT 39.695 1.13<br />

SAINT-GOBAIN 38.64 -0.28<br />

SANOFI-AVENTIS 55.96 0.5<br />

SCHNEIDER ELECTR 81.05 -0.2<br />

SOCIETE GENERALE 51.31 2.78<br />

STMICROELECTRONI 6.467 -1.28<br />

SUEZ ENV 16.755 -0.24<br />

TECHNIP 52.85 3.36<br />

TOTAL 45.96 0.17<br />

UNIBAIL RODAMCO 154.8 -1.05<br />

VALLOUREC 133.85 0.41<br />

VEOLIA ENVIRON 24.155 1.17<br />

VINCI 40.85 0.04<br />

VIVENDI 21.11 -0.31<br />

Bélgica - Bel 20<br />

Título Última Var.<br />

Cot. € %<br />

DJ Euro STOXX 50 3007.34 -0.08<br />

BEL20 2590.68 -0.22<br />

ACKERMANS V.HAAR 53.22 -0.26<br />

BEKAERT 116.7 0<br />

BELGACOM 25.85 -1.93<br />

COFINIMMO-SICAFI 99.71 -0.2<br />

COLRUYT 169.85 -0.32<br />

DELHAIZE GROUP 54.55 -0.46<br />

DEXIA 4.9 0.95<br />

FORTIS 2.891 2.52<br />

Título Última Var.<br />

Cot. € %<br />

GBL 67.41 -0.22<br />

GDF SUEZ 30.085 -1.2<br />

AB INBEV 35.725 -1.71<br />

KBC GROEP 35.03 0.29<br />

MOBISTAR 46.295 -1.54<br />

NAT PORTEFEUIL D 37.54 -0.77<br />

OMEGA PHARMA 35.25 -0.25<br />

SOLVAY 76.79 1.57<br />

UCB 29.895 0.88<br />

Euronext - Euronext 100<br />

Título Última Var. Título Última Var.<br />

Cot. € %<br />

Cot. € %<br />

ACCOR 37.8 -1.02<br />

ADP 57.17 -0.02<br />

AEGON 4.878 2.03<br />

AHOLD KON 9.198 -2.19<br />

AIR FRANCE - KLM 11.95 0.97<br />

AIR LIQUIDE 82.2 -0.12<br />

AKZO NOBEL 45.745 -1.62<br />

ALSTOM 52.13 0.31<br />

ALCATEL-LUCENT 2.627 1.98<br />

ASML HOLDING 24.115 -1.83<br />

AXA 17.06 -1.13<br />

BELGACOM 25.85 -1.93<br />

B.COM.PORTUGUES 0.897 0.9<br />

B.ESPIRITO SANTO 4.89 2.95<br />

BNP PARIBAS 58.22 1.75<br />

BOUYGUES 37.16 -1.37<br />

BRISA 7.425 1.02<br />

BUREAU VERITAS 37.065 0.18<br />

CREDIT AGRICOLE 13.255 0.04<br />

CAP GEMINI 34.075 -1.05<br />

CARREFOUR 34.16 -1.13<br />

CASINO GUICHARD 61.13 -2.13<br />

CIMENTS FRANCAIS 75.3 -0.37<br />

NATIXIS 3.871 0.31<br />

CNP ASSURANCES 68.93 -1.5<br />

COLRUYT 169.85 -0.32<br />

CORIO 46.33 -1.16<br />

DANONE 42.75 -0.21<br />

DASSAULT SYSTEM 41.245 1.34<br />

DELHAIZE GROUP 54.55 -0.46<br />

DEXIA 4.9 0.95<br />

CHRISTIAN DIOR 75.03 0.83<br />

KONINKLIJKE DSM 34.735 -0.94<br />

EADS 14.21 1<br />

EDF 41.17 -1.34<br />

EDP 3.139 0.45<br />

EDP RENOVAVEIS 6.935 -0.93<br />

REED ELSEVIER 8.333 -1.47<br />

ERAMET 251.4 -1.18<br />

ESSILOR INTERNAT 41.25 0.22<br />

EUTELSAT COMM. 22.435 -0.22<br />

SODEXO 40.81 -2.84<br />

FORTIS 2.891 2.52<br />

EIFFAGE 41.815 1.27<br />

FRANCE TELECOM 17.445 -1.25<br />

GALP ENERGIA 12.61 0.28<br />

GBL 67.41 -0.22<br />

GDF SUEZ 30.085 -1.2<br />

HEINEKEN 32.9 -1.39<br />

HERMES INTL 92.69 -1.14<br />

Euronext - Next 150<br />

Título Última Var.<br />

Cot. € %<br />

IMPRESA SGPS 1.83 -2.66<br />

BULL 3.17 0<br />

LOGICA 1.37 3.24<br />

ALTEN 19.6 -0.38<br />

MANITOU BF 11.21 -1.58<br />

MARTIFER 3.69 1.65<br />

MAUREL ET PROM 13.1 -1.17<br />

AALBERTS INDUSTR 10.77 -0.51<br />

ACKERMANS V.HAAR 53.22 -0.26<br />

AGFA-GEVAERT 4.93 0<br />

ARKEMA 27.545 -0.76<br />

ALTRI SGPS SA 4.219 1.22<br />

APRIL GROUP 25.2 -1.18<br />

ARCADIS 16.45 0.12<br />

ASM INTERNATIONA 17.84 -2.35<br />

ATOS ORIGIN 34.58 -0.77<br />

BAM GROEP KON 7.572 0.77<br />

BARCO 30.25 -0.56<br />

BANCO BPI SA 2.302 0.7<br />

BEFIMMO-SICAFI 62.81 1.13<br />

BEKAERT 116.7 0<br />

BIC 50.39 0.36<br />

BINCKBANK 13.045 0.15<br />

BIOMERIEUX 83 2.48<br />

BANIF-SGPS 1.3 -0.76<br />

BONDUELLE 79.95 0.01<br />

BOSKALIS WESTMIN 28.02 0.36<br />

WESSANEN KON 4.155 -2<br />

CARBONE-LORRAINE 27.145 0.54<br />

SECHE ENVIRONNEM 61.02 0.69<br />

AREVA CI 375.8 0.21<br />

C F E 36.37 -0.9<br />

BENETEAU 11.48 -0.56<br />

CMB 22.24 0.45<br />

CLUB MEDITERRANE 13.415 1.05<br />

COFINIMMO-SICAFI 99.71 -0.2<br />

CIMPOR SGPS 6.5 1.06<br />

CRUCELL 14.39 -0.69<br />

CSM 19 1.2<br />

DERICHEBOURG 3.35 -0.71<br />

DRAKA HOLDING 13.495 -0.18<br />

EDF ENERG NOUV 38.2 0.41<br />

EULER HERMES 55.65 -0.62<br />

FAURECIA 17.45 2.02<br />

EURONAV 16.58 3.62<br />

EUROFINS SCIENT 40.625 -0.02<br />

EURAZEO 51.31 -1.33<br />

HAVAS 3.05 6.05<br />

EVS BROADC.EQUIP 48.03 2.17<br />

EXACT HOLDING 19.55 -0.86<br />

FAIVELEY 58.01 0<br />

FONC DES REGIONS 72.04 -1.56<br />

FUGRO 43.885 2.24<br />

RALLYE 25.83 -1.3<br />

STALLERGENES 59.9 0<br />

CGG VERITAS 16.98 4.36<br />

GROUP EUROTUNNEL 7.05 0.71<br />

LISI 35.01 0.03<br />

GIMV 37.4 -0.74<br />

GL EVENTS 17.3 0.35<br />

BOURBON 28.55 -1.31<br />

GRONTMIJ 18 2.56<br />

GEMALTO 29.39 -1.04<br />

GUYENNE GASCOGNE 63.18 -2.05<br />

DIETEREN 292.39 1.37<br />

IMTECH 20.28 2.68<br />

INGENICO 17.49 0<br />

IPSEN 39.38 0.66<br />

IPSOS 21.495 -0.07<br />

J MARTINS SGPS 7.47 6.56<br />

KARDAN NV 4.537 -1.8<br />

MEETIC 19.8 -0.5<br />

NEOPOST 58.02 0.05<br />

MERCIALYS 25.5 0<br />

M6-METROPOLE TV 18.775 1.93<br />

ICADE 70.5 -0.3<br />

ILIAD 87.41 -1.91<br />

IMERYS 42.55 -0.32<br />

ING GROEP 7.6 2.38<br />

ARCELORMITTAL 33.415 1.84<br />

JC DECAUX SA 19.08 9.03<br />

KBC GROEP 35.03 0.29<br />

KPN KON 11.83 -1.83<br />

LAFARGE 60.38 -0.63<br />

LAGARDERE S.C.A. 28.06 -2.4<br />

LEGRAND 20.445 0.39<br />

KLEPIERRE 28.565 -0.71<br />

L.V.M.H. 79.99 1.14<br />

MICHELIN 56.97 -0.35<br />

MOBISTAR 46.295 -1.54<br />

L OREAL 78.08 0.27<br />

PAGES JAUNES 7.51 -3.63<br />

PERNOD RICARD 59.36 -1.07<br />

PEUGEOT 26.705 1.46<br />

PHILIPS KON 21 -0.57<br />

PPR 84.96 0.31<br />

PORTUGAL TELECOM 8.451 -0.72<br />

PUBLICIS GROUPE 29.23 1.94<br />

RANDSTAD 38.08 2.92<br />

R.DUTCH SHELL A 21.505 -0.3<br />

RENAULT 39.695 1.13<br />

SAFRAN 14.405 -0.31<br />

SANOFI-AVENTIS 55.96 0.5<br />

SCHNEIDER ELECTR 81.05 -0.2<br />

SCOR SE 17.7 0.11<br />

SES 15.245 -0.23<br />

SUEZ ENV 16.755 -0.24<br />

VINCI 40.85 0.04<br />

SAINT-GOBAIN 38.64 -0.28<br />

SOCIETE GENERALE 51.31 2.78<br />

SOLVAY 76.79 1.57<br />

STMICROELECTRONI 6.467 -1.28<br />

THALES 34.795 1.24<br />

TECHNIP 52.85 3.36<br />

TF1 13.745 1.4<br />

TNT 21.985 -0.2<br />

TOTAL 45.96 0.17<br />

UCB 29.895 0.88<br />

UNIBAIL RODAMCO 154.8 -1.05<br />

UNILEVER CERT 21.815 -1.62<br />

VEOLIA ENVIRON 24.155 1.17<br />

VIVENDI 21.11 -0.31<br />

VALLOUREC 133.85 0.41<br />

WOLTERS KLUWER 15.545 -0.06<br />

WOLTERS KLUWER 15.545 -0.06<br />

Título Última Var.<br />

Cot. € %<br />

MOTA ENGIL 3.949 -1.15<br />

WENDEL 45.655 0.22<br />

NICOX 6.234 -1.69<br />

NEXITY 27.305 1.85<br />

NEXANS 58.2 1.31<br />

NIEUWE STEEN INV 14.67 0<br />

TEN CATE KON 18.98 0.53<br />

NUTRECO 39.13 -1.84<br />

NYRSTAR (D) 9.84 3.04<br />

OCE 8.6 0<br />

OMEGA PHARMA 35.25 -0.25<br />

MEDIQ 13 -0.61<br />

ORPEA 32.265 1.05<br />

PROLOGIS EUR PRP 4.65 -1.02<br />

PORTUCEL 2.044 -0.05<br />

PIERRE &VACANCES 55.09 0.71<br />

HAULOTTE GROUP 6.81 0.44<br />

REMY COINTREAU 36.495 2.21<br />

REN 3.029 -0.23<br />

RHODIA 13.8 0.36<br />

RHJ INTERN. 5.5 0<br />

TELEPERFORMANCE 23.64 1.03<br />

RUBIS 62.6 -1.67<br />

REXEL 10.75 0.47<br />

SAFT 34.65 0.67<br />

SBM OFFSHORE 14.565 -0.48<br />

SEB 40.18 0.48<br />

SECHILIENNE SIDE 27.5 -1.43<br />

SEMAPA 7.94 2.06<br />

SILIC 85.1 -0.33<br />

EUROCOM PROPERT 29.39 0.48<br />

SELOGER.COM 22.72 -0.35<br />

SLIGRO FOOD GP 23.01 -2.46<br />

SMIT INTERNA 60.55 0.1<br />

SONAECOM SGPS 2.002 -0.2<br />

SOITEC 11.29 2.59<br />

SONAE INDUSTRIA 2.75 2.46<br />

SOPRA GROUP 49.9 -0.1<br />

SPERIAN PROTEC 49.3 0.26<br />

SNS REAAL 4.653 1.22<br />

TEIXEIRA DUARTE 1.07 0<br />

GROUPE STERIA 22.63 -1.14<br />

TESSENDERLO 24.55 0.29<br />

THOMSON (EX:TMM) 1.069 7.65<br />

TELENET GRP HLDG 20.31 0.07<br />

TOMTOM N.V. 7.025 1.75<br />

TRANSGENE 20.53 -0.24<br />

TKH GROUP NV 14.33 -1.48<br />

UBISOFT ENTERT. 11.005 -0.68<br />

UMICORE 24.92 -0.72<br />

USG PEOPLE N.V. 13.98 0.68<br />

VASTNED RETAIL 47.21 0.28<br />

VILMORIN & Cie 85.92 -0.09<br />

VIRBAC 72.8 -1.49<br />

VALEO 26.8 2.7<br />

VOPAK 57.62 1.07<br />

SEQUANA 8.16 0.41<br />

WAVIN NV 1.789 -0.61<br />

WDP-SICAFI 34.78 0.23<br />

WERELDHAVE 67.1 -1.18<br />

SONAE 0.91 1.34<br />

ZODIAC AEROSPACE 30.17 2.79<br />

ZON MULTIMEDIA 4.499 1.21<br />

AMG 9.2 0.55<br />

PLASTIC OMNIUM 19.6 -0.36<br />

BETER BED 16.05 -2.85<br />

HEIJMANS 13.18 -0.3<br />

ACCELL GROUP 31.79 -2.18<br />

BRUNEL INTERNAT 26.15 -1.32<br />

E.SANTO FINANCIA 15.2 0.07<br />

SIPEF 36.65 -0.95<br />

THROMBOGENICS 15.84 0.19<br />

UNIT 4 AGRESSO 17.77 -2.9<br />

ALTRAN TECHN. 3.826 0.1<br />

AREVA CI 375.8 0.21


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XII FINANÇAS PESSOAIS | Diário <strong>Económico</strong> Sexta-feira 8 Janeiro 2010<br />

FUNDOS DE INVESTIMENTO NACIONAIS<br />

BANIF EURO-TESOURARIA 7.2358 7.2354 Z<br />

BANIF PPA 6.655 6.6485 L<br />

BANIF EURO OBRIGAÇÕES TAXA FIXA 6.747 6.7485 S<br />

BANIF ACÇÕES PORTUGAL 5.0909 5.0806 A<br />

BANIF EURO ACÇÕES 1.9805 1.9738 P<br />

BANIF EURO OBRIGAÇÕES TAXA VAR 4.3603 4.3562 U<br />

BANIF IMOPREDIAL 7.3495 7.3462<br />

BANIF GESTÃO PATRIMONIAL 3.7894 3.7844 J<br />

BANIF GESTÃO ACTIVA 3.2855 3.2797 J<br />

BANIF EUROPA DE LESTE 3.8321 3.8305 F.Fundos<br />

BANIF AMÉRICA LATINA 4.2642 4.2285<br />

BANIF ÁSIA 3.9606 3.9574<br />

BANIF PROPERTY 1003.053 1002.955<br />

www.montepio.pt<br />

Informações 808 20 26 26<br />

Montepio Gestão de Activos Financeiros<br />

Montepio Accoes 106.6396 106.1901 -<br />

Montepio Accoes Europa 35.9475 35.8285 -<br />

Montepio Euro Telcos 52.3433 52.1453 -<br />

Montepio Euro Utilities 65.4516 64.888 -<br />

Montepio Monetario 66.8329 66.8327 -<br />

Montepio Obrigacoes 82.2173 82.2399 -<br />

Montepio Taxa Fixa 67.9203 67.8997 -<br />

Montepio Tesouraria 87.4396 87.4441 -<br />

Multi Gestao Mercados Emergentes 43.4578 43.2361 -<br />

Multi Gestao Equilibrada 43.4597 43.3628 -<br />

Multi Gestao Dinamica 29.4928 29.3858 -<br />

Multi Gestao Prudente 49.1118 49.0684 -<br />

imorendimento@imorendimento.pt Telef: 226 07 56 60<br />

Imorendimento II - FIIF 6,1463<br />

Gestimo - FIIF 8,6111<br />

Continental Retail - FIIF 5,0623<br />

Multipark - FIIF 4,4154<br />

Prime Value - FEIIF 5,9009<br />

Natura - FIIF 5,0655<br />

Historic Lodges - FIIF 4,9154<br />

Fundos de investimento<br />

Soc. Gestora/Fundo Último Valor Classe<br />

valor € ant. €<br />

BARCLAYS GLOBAL CONSERVADOR<br />

BARCLAYS GLOBAL MODERADO<br />

BARCLAYS FPR/E RENDIMENTO<br />

BARCLAYS PREMIER TESOURARIA<br />

BARCLAYS FPR/E<br />

BARCLAYS PREMIER OBRG EURO<br />

BARCLAYS PREMIER ACÇÕES PORTUG<br />

BARCLAYS FPA<br />

BARCLAYS GLOBAL ACÇÕES<br />

BARCLAYS GESTÃO DINÂMICA 100 -<br />

BARCLAYS GESTÃO DINÂMICA 300 -<br />

BARCLAYS GLOBAL DEFENSIVO<br />

7.8765<br />

11.1139<br />

12.1236<br />

9.9332<br />

13.2172<br />

10.3785<br />

13.1579<br />

16.9244<br />

10.684<br />

4.9628<br />

5.0865<br />

10.4757<br />

7.8833<br />

11.118<br />

12.1286<br />

9.934<br />

13.219<br />

10.3908<br />

13.1268<br />

16.8892<br />

10.672<br />

4.9604<br />

5.0844<br />

10.4781<br />

F.Fundos<br />

J<br />

X<br />

Z<br />

X<br />

S<br />

A<br />

L<br />

F.Fundos<br />

F.Fundos<br />

F.Fundos<br />

F.Fundos<br />

MILLENNIUM ACÇÕES PORTUGAL<br />

MILLENNIUM PRESTIGE CONSERVADO<br />

MILLENNIUM PRESTIGE MODERADO<br />

MILLENNIUM PRESTIGE VALORIZAÇÃ<br />

MILLENNIUM OBRIGAÇÕES<br />

MILLENNIUM TESOURARIA<br />

MILLENNIUM PPR/E<br />

MILLENNIUM RENDIMENTO IMOBILIÁ<br />

MILLENNIUM GESTÃO DINÂMICA<br />

MILLENNIUM REFORMA & RENDIMENT<br />

MILLENNIUM DISPONÍVEL<br />

MILLENNIUM EUROPA DUPLA OPORTU<br />

MILLENNIUM PREMIUM<br />

MILLENNIUM AFORRO PPR<br />

MILLENNIUM INVESTIMENTO PPR<br />

MILLENNIUM RENDIMENTO MENSAL<br />

MILLENNIUM PRUDENTE<br />

PORTFOLIO IMOBILIARIO<br />

GESTAO IMOBILIARIA *<br />

MILLENNIUM EQUILIBRADO<br />

BONANCA I *<br />

MILLENNIUM EUROFINANCEIRAS<br />

MILLENNIUM GLOBAL UTILITIES<br />

MILLENNIUM PRESTIGE 2015<br />

MILLENNIUM PRESTIGE 2025<br />

MILLENNIUM PRESTIGE 2035<br />

MILLENNIUM ACÇÕES AMÉRICA<br />

MILLENNIUM OBRIGAÇÕES MUNDIAIS<br />

MILLENNIUM CURTO PRAZO<br />

MILLENNIUM EUROCARTEIRA<br />

MILLENNIUM ACÇÕES MUNDIAIS<br />

15,8018<br />

7,0942<br />

6,7603<br />

6,9148<br />

5,1462<br />

5,872<br />

6,2457<br />

34,5864<br />

42,7471<br />

56,6857<br />

48,7924<br />

5,2296<br />

5,0257<br />

5,5737<br />

5,03<br />

3,7005<br />

5,5706<br />

8,7932<br />

5,323<br />

4,7839<br />

40,8064<br />

3,0541<br />

5,3784<br />

4,7348<br />

4,4141<br />

4,0673<br />

2,2649<br />

10,3971<br />

7,454<br />

9,4705<br />

7,6323<br />

15.8406<br />

7.0887<br />

6.7556<br />

6.9103<br />

5.1209<br />

5.361<br />

6.2503<br />

51.5056<br />

42.7834<br />

56.6857<br />

48.7615<br />

5.2289<br />

5.0247<br />

5.5784<br />

5.0321<br />

3.6855<br />

5.5706<br />

8.7926<br />

5.3228<br />

4.7839<br />

40.8064<br />

3.0431<br />

5.3678<br />

4.7348<br />

4.4141<br />

4.0673<br />

2.2733<br />

10.3476<br />

7.4487<br />

9.4414<br />

7.6323<br />

A<br />

J<br />

J<br />

J<br />

U<br />

F. Fundos<br />

X<br />

F. Fundos<br />

X<br />

Z<br />

F. Fundos<br />

C<br />

C<br />

C<br />

U<br />

J<br />

J<br />

P<br />

F<br />

J<br />

J<br />

J<br />

F<br />

U<br />

Z<br />

P<br />

F<br />

POPULAR VALOR<br />

POPULAR PPA<br />

POPULAR GLOBAL 25<br />

POPULAR GLOBAL 50<br />

POPULAR GLOBAL 75<br />

POPULAR ACÇÕES<br />

POPULAR EURO TAXA FIXA<br />

POPULAR TESOURARIA<br />

POPULAR IMOBILIÁRIO<br />

POPULAR PREDIFUNDO<br />

3.2287<br />

5.7601<br />

5.1516<br />

4.1397<br />

3.3243<br />

3.1356<br />

6.2984<br />

5.4279<br />

5.6833<br />

11.3897<br />

3.2402<br />

5.7505<br />

5.1477<br />

4.1293<br />

3.3109<br />

3.1492<br />

6.3014<br />

5.429<br />

5.6704<br />

11.3884<br />

B<br />

L<br />

J<br />

J<br />

J<br />

P<br />

S<br />

Z<br />

F.Fundos<br />

F.Fundos<br />

ALVES RIBEIRO - MÉDIAS EMPRESA<br />

ALVES RIBEIRO FPR/E<br />

72,24<br />

7,4251<br />

72.1299<br />

7.4169<br />

A<br />

X<br />

BIG CRESCIMENTO GLOBAL<br />

BIG MODERADO FF<br />

BIG VALORIZAÇÃO FF<br />

BIG SECTORES<br />

5,1379<br />

11,2603<br />

9,6022<br />

5,6421<br />

5.0936<br />

11.2537<br />

9.5833<br />

5.6259<br />

F<br />

J<br />

J<br />

J<br />

BBVA PPA - FUNDO ÍNDICE (PSI20<br />

BBVA MISTO<br />

BBVA BOLSA EURO<br />

BBVA MULTIFUNDO EQUILIBRADO<br />

BBVA CASH<br />

BBVA TAXA FIXA EURO<br />

BBVA LIQUIDEZ<br />

BBVA TAXA VARIÁVEL<br />

BBVA EXTRA 5 ACÇÕES<br />

BBVA IMOBILIÁRIO - FEI<br />

BBVA MULTIFUNDO ALTERNATIVO -<br />

FUNDO DE CAPITAL GARANTIDO IBE<br />

FUNDO DE CAPITAL GARANTIDO IBE<br />

6,3181<br />

4,2952<br />

2,6329<br />

4,9719<br />

9,1671<br />

8,2726<br />

4,9331<br />

4,6005<br />

5,0021<br />

5,6149<br />

5,6189<br />

6,5592<br />

6,0736<br />

6.2824<br />

4.3106<br />

2.6266<br />

4.9701<br />

9.157<br />

8.2735<br />

4.9327<br />

4.6001<br />

5.0024<br />

5.6228<br />

5.5918<br />

6.5585<br />

6.0736<br />

L<br />

B<br />

P<br />

J<br />

Z<br />

S<br />

Z<br />

U<br />

F. Fundos<br />

J<br />

F. Fundos<br />

F. Fundos<br />

F. Fundos<br />

Fundos de investimento<br />

Soc. Gestora/Fundo Último Valor Classe<br />

valor € ant. €<br />

BPI LIQUIDEZ<br />

BPI TESOURARIA<br />

BPI TAXA VARIAVEL<br />

BPI VIDA TAXA VARIAVEL<br />

BPI EURO TAXA FIXA<br />

BPI VIDA TAXA FIXA<br />

BPI OB. ALTO RENDIMENTO ALTO RISCO<br />

BPI UNIVERSAL FF<br />

BPI VIDA UNIVERSAL<br />

BPI GLOBAL<br />

BPI PORTUGAL<br />

BPI REESTRUTURACOES<br />

BPI EUROPA VALOR<br />

BPI EUROPA CRESCIMENTO<br />

BPI AMERICA<br />

BPI BRASIL<br />

BPI TECNOLOGIAS<br />

BPI SELECÇÃO<br />

BPI PLANO POUPANCA ACCOES<br />

BPI REFORMA ACÇOES PPR<br />

BPI REFORMA INVEST PPR<br />

BPI REFORMA SEGURA PPR<br />

BPI ÁFRICA<br />

BPI ALPHA<br />

6.96912<br />

7.1794<br />

6.28783<br />

5.86527<br />

12.54586<br />

6.63618<br />

7.38504<br />

6.29165<br />

7.08916<br />

5.86382<br />

14.91859<br />

6.97101<br />

16.8213<br />

11.55451<br />

3.91671<br />

9.13568<br />

0.96193<br />

4.54239<br />

16.12913<br />

6.72549<br />

13.11047<br />

12.68029<br />

6.01494<br />

5.11973<br />

BPN CONSERVADOR<br />

BPN OPTIMIZAÇÃO<br />

BPN VALORIZAÇÃO<br />

BPN ACÇÕES GLOBAL<br />

BPN TESOURARIA<br />

BPN DIVERSIFICAÇÃO - FEI<br />

BPN TAXA FIXA EURO<br />

BPN ACÇÕES EUROPA<br />

4,3743<br />

5,4874<br />

5,6753<br />

5,0456<br />

5,4959<br />

3,9865<br />

5,8735<br />

4,3705<br />

4.3737<br />

5.4793<br />

5.6481<br />

5.0113<br />

5.4955<br />

3.9859<br />

5.8846<br />

4.3478<br />

U<br />

G<br />

G<br />

G<br />

Z<br />

F. Fundos<br />

S<br />

P<br />

BPN IMONEGOCIOS 5.6609 5.6599 BPN IMOFUNDOS<br />

BPN REAL ESTATE 381.7337 388.3201 BPN IMOFUNDOS<br />

BPN IMOGLOBAL 884.3615 886.6782 BPN IMOFUNDOS<br />

BPN IMOMARINAS 106.8693 110.424 BPN IMOFUNDOS<br />

EUROREAL 212.6091 212.7541 BPN IMOFUNDOS<br />

CAIXAGEST CURTO 9.203 9.2009<br />

CAIXAGEST RENDIM 3.5034 3.6014<br />

CAIXAGEST TESOUR 9.8044 9.8206<br />

CAIXAGEST ACCOES EUROPA 7.5982 7.5752<br />

CAIXAGEST ACCOES PORTUGAL 14.7061 14.6858<br />

CAIXAGEST OBRIGACOES EURO 9.65 9.6429<br />

CAIXAGEST RENDA MENSAL 3.7725 3.8314<br />

CAIXAGEST ACCOES EUA 2.7878 2.7988<br />

CAIXAGEST ACCOES ORIENTE 5.4516 5.3305<br />

CAIXAGEST MOEDA 6.8431 6.8524<br />

CAIXAGEST ESTRATEGIA EQUILIBRADA 5.6864 5.6856<br />

CAIXAGEST PPA 13.8309 13.815<br />

CAIXAGEST OPTIMIZER 5.6208 5.6212<br />

CAIXAGEST MAXI SELECCAO 5.1383 5.1406<br />

CAIXAGEST MAXIPREM 2010 6.4253 6.4246<br />

RAIZ GLOBAL 4,7659 4.7532 G<br />

RAIZ EUROPA 3,7187 3.7063 P<br />

RAIZ TESOURARIA 7,6936 7.6932 Z<br />

RAIZ RENDIMENTO 6,189 6.1894 U<br />

RAÍZ POUPANÇA ACÇÕES 20,503 20.48 L<br />

RAÍZ CONSERVADOR 5,3556 5.3551 J<br />

RAÍZ VALOR IBÉRICO 10,7115 10.7048 F. Fundos<br />

FINIPREDIAL 8,8552 8.8543<br />

FINICAPITAL 6,1915 6.1845 P<br />

FINIRENDIMENTO 5,0737 5.0738 V<br />

PPA FINIBANCO 8,9975 8.9924 L<br />

FINIGLOBAL 6,3549 6.3486 B<br />

FINIBOND - MERCADOS EMERGENTES 11,769 11.7406 T<br />

FINIFUNDO ACÇÕES INTERNACIONAI 3,4334 3.4214 F<br />

IMOVEST 9,7731 9.7709<br />

MULTINVEST 4,9105 4.9103 B<br />

SANTANDER ACÇÕES AMÉRICA 3,0855 3.0879 F<br />

SANTANDER ACÇÕES EUROPA 3,9048 3.8927 P<br />

EURO-FUTURO TELECOM, MÉDIA E C 7,8717 7.8407 P<br />

EURO-FUTURO BANCA E SEGUROS 16,4114 16.3858 P<br />

EURO-FUTURO CÍCLICO 27,1452 27.0731 P<br />

MULTIOBRIGAÇÕES 5,2259 5.2271 U<br />

EURO-FUTURO ACÇÕES DEFENSIVO 27,2807 27.1404 P<br />

MULTITESOURARIA 10,808 10.8073 Z<br />

NOVIMOVEST 7,0048 7.0045<br />

LUSIMOVEST* 69,7456 69.6355<br />

MULTITAXA FIXA 11,574 11.5783 S<br />

SANTANDER ACÇÕES PORTUGAL 28,4206 28.3503 A<br />

POUPANÇA INVESTIMENTO FPR/E 17,3966 17.3768 X<br />

POUPANÇA SEGURA FPR/E 6,1045 6.1041 X<br />

ACÇÕES GLOBAL 3,9424 3.9362 F<br />

SANTANDER - PPA 35,035 34.9461 L<br />

MULTIBOND PREMIUM 4,9348 4.9348 U<br />

MULTI CURTO PRAZO 5,1387 5.1377 U<br />

POUPANÇA PREMIUM FPR/E 4,4565 4.4565 X<br />

MULTIPROTECÇÃO DINÂMICO 5,0925 5.0925 F. Fundos<br />

MULTIEQUILÍBRIO DINÂMICO 5,1595 5.1596 F. Fundos<br />

ES EMERGING MARK 118.06 118.31<br />

ES EURO BOND 1043.17 1051.55<br />

ES EUROPEAN EQUI 77.53 77.23<br />

ES GLOBAL BOND 162.14 162.03<br />

ES GLOBAL ENHANC 625.05 631.02<br />

ES GLOBAL EQUITY 81.96 81.94<br />

ES ACCOES AMERIC 6.6669 6.7034<br />

ES ACCOES EUROPA 10.1885 10.123<br />

ES ACCOES GLOAL 6.0359 6.0344<br />

ES AFRICA 4.0133 3.9939<br />

ES ALPHA 3 5.0571 5.0572<br />

ES BRASIL 5.2421 5.2479<br />

ES CAPITALIZACAO 9.3102 9.2976<br />

ES CAPITALIZACAO DINAMICA 4.9746 4.9678<br />

ES ESTRATEGIA ACTIVA 5.2017 5.2344<br />

ES ESTRATEGIA ACTIVA II 4.6483 4.6612<br />

ES MERCADOS EMER 6.3397 6.3539<br />

ES MOMENTUM 3.6571 3.6504<br />

ES MONETARIO 6.7995 6.7986<br />

ES OBRIGACOES EU 11.2039 11.2829<br />

ES OBRIGACOES GL 10.1734 10.1726<br />

ES PORTUGAL ACCO 6.9578 6.9408<br />

ES PPA 16.5109 16.4881<br />

ES PPR 15.2196 15.3282<br />

ES RENDA MENSAL 4.6996 4.6952<br />

ESPIRITO SANTO PLANO CRESCIMENTO 5.3609 5.3647<br />

ESPIRITO SANTO PLANO DINAMICO 4.2256 4.2183<br />

ESPIRITO SANTO PLANO PRUDENTE 5.4332 5.4341<br />

ESPIRITO SANTO RENDIMENTO 5.3283 5.3293<br />

Seguros de Investimento<br />

Seguro Gestora Valor patrimonial 07/01/10<br />

VICTORIA INVEST<br />

VICTORIA REFORMA VALOR<br />

ACÇÕES DINÂMICO<br />

IMOBILIÁRIO<br />

INTERNACIONAL ACÇÕES<br />

POUPANÇA<br />

PPR ACTIVO<br />

PPR ACTIVO ACÇÕES<br />

PPR AFORRO<br />

PPR GARANTIA<br />

PPR SEGURANÇA<br />

PPR 25% (2012)<br />

PPR/E VALOR REAL<br />

PPR/E 4,50% (2008)<br />

PPR/E 61%<br />

SELECÇÃO<br />

VICTORIA - SEGUROS DE VIDA<br />

VICTORIA - SEGUROS DE VIDA<br />

EUROVIDA<br />

EUROVIDA<br />

EUROVIDA<br />

EUROVIDA<br />

EUROVIDA<br />

EUROVIDA<br />

EUROVIDA<br />

EUROVIDA<br />

EUROVIDA<br />

EUROVIDA<br />

EUROVIDA<br />

EUROVIDA<br />

EUROVIDA<br />

EUROVIDA<br />

124,9428<br />

95,25724<br />

50,5248<br />

79,0775<br />

52,7866<br />

81,661<br />

78,6603<br />

61,7362<br />

53,3968<br />

66,7785<br />

77,3633<br />

59,0076<br />

79,5804<br />

66,1099<br />

75,1658<br />

74,6256<br />

Fundos PPR/PPE<br />

Soc. Gestora/Fundo Último Valor Classe<br />

valor € ant. €<br />

PPR BBVA 10,2429 10,2447 BBVA FUNDOS<br />

BBVA SOLIDEZ PPR 5,5051 5,5012 BBVA FUNDOS<br />

BBVA PROTECÇÃO 2015 5,4178 5,4161 BBVA FUNDOS<br />

BBVA PROTECÇÃO 2020 5,1097 5,1045 BBVA FUNDOS<br />

PPR/E -PATRIM.REFORMA PRUDENTE 1,3442 1,3441 S.G.F.<br />

PPR-PATRIM.REFORMA CONSERVADOR 6,5894 6,5908 S.G.F.<br />

PPR/E -PATRIM.REFORMA EQUILIBR 6,1598 6,1581 S.G.F.<br />

PPR/E -PATRIM.REFORMA ACÇÕES 5,3395 5,3374 S.G.F.<br />

F.P. SGF - EMPRESAS 9,3618 9,3613 S.G.F.<br />

SGF EMPRESAS PRUDENTE 5,6554 5,6567 S.G.F.<br />

F.P. PPR ACÇÕES DINÂMICO 5,1783 5,1796 S.G.F.<br />

F.P. PPR GARANTIDO 5,479 5,4801 S.G.F.<br />

PPR VINTAGE 9,5701 9,5672 ESAF-ESFP<br />

MULTIREFORMA 9,7728 9,7711 ESAF-ESFP<br />

F.P. ESAF - PPA 7,2537 7,2564 ESAF-ESFP<br />

MULTIREFORMA PLUS 5,5125 5,5077 ESAF-ESFP<br />

MULTIREFORMA ACÇÕES 5,9283 5,9027 ESAF-ESFP<br />

ES-MULTIREFORMA CAPITAL GARANT 5,133 5,134 ESAF-ESFP<br />

REFORMA EMPRESA 8,8397 9,2186 SANTANDER PENSÕES<br />

PPA VALORIS 8,2104 8,1874 AXA PORTUGAL<br />

MAXIMUS ACTIVUS 4,2528 4,2482 AXA PORTUGAL<br />

MAXIMUS MÉDIUS 4,7495 4,7303 AXA PORTUGAL<br />

MAXIMUS STABILIS 6,261 6,2679 AXA PORTUGAL<br />

PPR/E EUROPA 8,4804 8,4762 PENSÕESGERE<br />

VANGUARDA PPR 6,6417 6,6421 PENSÕESGERE<br />

HORIZONTE VALORIZAÇÃO 10,1745 10,1698 PENSÕESGERE<br />

PPR BNU/VANGUARDA 14,1631 14,1716 PENSÕESGERE<br />

PRAEMIUM "S" 14,2043 14,2069 PENSÕESGERE<br />

PRAEMIUM "V" 16,8857 16,8845 PENSÕESGERE<br />

HORIZONTE VALORIZAÇÃO MAIS 8,2053 8,1997 PENSÕESGERE<br />

HORIZONTE SEGURANÇA 8,7259 8,7311 PENSÕESGERE<br />

TURISMO PENSÕES 6,4021 6,8993 PENSÕESGERE<br />

CAIXA REFORMA ACTIVA 11,3546 11,3844 CGD PENSÕES<br />

CAIXA REFORMA VALOR 4,9153 4,9091 CGD PENSÕES<br />

REFORMA +<br />

Rentabilidades<br />

6,6624 6,2713 ALLIANZ-SGFP, SA<br />

Fundos do mercado monetário euro<br />

Ult 12 meses<br />

rend. anualizada<br />

Classe<br />

de risco<br />

Valor da UP **<br />

(Euro)<br />

F.I.M. CA Monetário<br />

F.I.M. Montepio Monetário<br />

1,32<br />

0,71<br />

*<br />

1<br />

5,0968<br />

66,8295<br />

Fundos de tesouraria Euro<br />

F.I.M. Banif Euro Tesouraria<br />

F.I.M. Barclays Tesouraria Plus<br />

F.I.M. BBVA Cash<br />

F.I.M. BPI Liquidez<br />

F.I.M. BPI Tesouraria<br />

F.I.M. BPN Tesouraria<br />

F.I.M. Caixagest Curto Prazo<br />

F.I.M. Caixagest Moeda<br />

F.I.M. Caixagest Tesouraria<br />

F.I.M. Postal Tesouraria<br />

F.I.M. Raiz Tesouraria<br />

F.I.M. MNF Euro Tesouraria<br />

F.I.M. Montepio Tesouraria<br />

F.I.M. Popular Tesouraria<br />

F.I.M. Santander MultiTesouraria<br />

2,43<br />

4,35<br />

2,73<br />

2,59<br />

1,70<br />

5,23<br />

-4,61<br />

-2,22<br />

-4,71<br />

2,33<br />

1,30<br />

5,27<br />

1,95<br />

1,14<br />

1,36<br />

1<br />

*<br />

2<br />

1<br />

1<br />

2<br />

2<br />

1<br />

2<br />

1<br />

1<br />

*<br />

1<br />

1<br />

1<br />

7,2250<br />

5,2513<br />

9,1395<br />

6,9701<br />

7,1820<br />

5,4920<br />

9,2402<br />

6,8742<br />

9,8597<br />

9,7433<br />

7,6920<br />

5,2997<br />

87,4191<br />

5,4266<br />

10,7989<br />

Fundos de obrigações taxa indexada euro<br />

Rend. anualizada<br />

Últimos Últimos<br />

Risco<br />

últimos<br />

Classe<br />

de<br />

12 meses 24 meses 2 anos risco<br />

F.I.M. Banif Euro Obrigações Taxa Variável<br />

F.I.M. BPI Taxa Variável<br />

F.I.M. BPN Conservador<br />

F.I.M. Caixagest Obrigações Mais<br />

F.I.M. Caixagest Renda Mensal<br />

F.I.M. Caixagest Rendimento<br />

F.I.M. Postal Capitalização<br />

F.I.M. Raiz Rendimento<br />

F.I.M. Esp. Santo Capitalização<br />

F.I.M. Esp. Santo Capitalização Dinâmica<br />

F.I.M. Esp. Santo Renda Mensal*<br />

F.I.M. Finirendimento<br />

F.I.M. Millennium Obrigações<br />

F.I.M. Millennium Obrigações Mundiais<br />

F.I.M. Millennium Premium<br />

F.I.M. Millennium Rendimento Mensal<br />

F.I.M. Montepio Obrigações<br />

F.I.M. Santander Multi Curto Prazo<br />

F.I.M. Santander MultiObrigações*<br />

3,02<br />

-3,28<br />

8,74<br />

11,24<br />

-4,33<br />

-11,09<br />

6,44<br />

2,80<br />

-1,67<br />

-6,60<br />

-0,36<br />

5,29<br />

-9,94<br />

-14,34<br />

1,94<br />

-3,95<br />

7,12<br />

1,34<br />

-1,30<br />

-6,38<br />

-9,53<br />

-16,65<br />

-0,38<br />

-8,20<br />

-10,39<br />

-0,94<br />

1,56<br />

-0,73<br />

-3,33<br />

0,15<br />

2,13<br />

-12,92<br />

-14,65<br />

-1,82<br />

-10,24<br />

-0,22<br />

-1,50<br />

-6,27<br />

5,16<br />

6,09<br />

12,21<br />

3,83<br />

3,71<br />

4,16<br />

3,09<br />

0,47<br />

1,70<br />

3,23<br />

1,45<br />

1,58<br />

6,45<br />

7,62<br />

5,00<br />

6,31<br />

4,95<br />

2,52<br />

4,46<br />

3<br />

3<br />

4<br />

*<br />

2<br />

2<br />

2<br />

1<br />

2<br />

2<br />

1<br />

2<br />

3<br />

3<br />

2<br />

3<br />

2<br />

2<br />

2<br />

* - O Fundo Barclays Obrigações Taxa Variável Euro incorporou por fusão o Fundo Barclays Renda Mensal<br />

* - O Fundo Esp. Santo Renda Mensal incorporou por fusão o Fundo Esp. Santo Renda Trimestral<br />

* - O Fundo Santander MultiObrigações incorporou por fusão o Fundo Santander Multibond Premium<br />

Fundos de obrigações taxa fixa euro<br />

F.I.M. Banif Euro Obrigações Taxa Fixa<br />

F.I.M. Barclays Premier Obrig. Euro<br />

F.I.M. BPI Euro Taxa Fixa<br />

F.I.M. BPN Taxa Fixa Euro<br />

F.I.M. Caixagest Obrigações Euro<br />

F.I.M. Esp. Santo Obrigações Europa<br />

F.I.M. Finifundo Taxa Fixa Euro<br />

F.I.M. Millennium Euro Taxa Fixa<br />

F.I.M. Millennium Obrigações Europa<br />

F.I.M. Montepio Taxa Fixa<br />

F.I.M. Popular Euro Obrigações*<br />

F.I.M. Santander Multi Taxa Fixa<br />

5,68<br />

9,78<br />

2,46<br />

3,84<br />

4,11<br />

8,13<br />

7,63<br />

5,78<br />

9,75<br />

3,07<br />

8,44<br />

9,38<br />

5,65<br />

7,55<br />

5,73<br />

5,66<br />

4,72<br />

8,09<br />

6,23<br />

5,24<br />

-7,35<br />

4,67<br />

3,19<br />

7,64<br />

4,83<br />

5,09<br />

5,51<br />

5,11<br />

5,03<br />

5,27<br />

4,13<br />

5,22<br />

10,00<br />

3,38<br />

3,12<br />

4,04<br />

2<br />

3<br />

3<br />

3<br />

3<br />

3<br />

2<br />

3<br />

3<br />

2<br />

2<br />

2<br />

*-OFundo Popular Euro Taxa Fixa incorporou por fusão o Fundo Popoular Rendimento e passou<br />

a designar-se por Popular Euro Obrigações<br />

Fundos de obrigações taxa fixa Intern.<br />

F.I.M. BPI Obrigações A.R.A.R. 31,06 0,54 8,34 3<br />

F.I.M. Esp. Santo Obrig. Global 3,89 5,73 6,00 3<br />

Fundos de acções nacionais<br />

F.I.M. Banif Acções Portugal<br />

F.I.M. Barclays Premier Acc. Portugal<br />

F.I.M. BPI Portugal<br />

F.I.M. Esp. Santo Portugal Accões<br />

F.I.M. Millennium Acções Portugal<br />

F.I.M. Santander Accões Portugal<br />

37,35<br />

43,79<br />

39,61<br />

45,25<br />

33,57<br />

47,17<br />

-21,12<br />

-21,26<br />

-16,28<br />

-14,68<br />

-18,12<br />

-18,26<br />

29,96<br />

28,80<br />

25,95<br />

27,71<br />

24,66<br />

28,64<br />

6<br />

6<br />

6<br />

6<br />

6<br />

6<br />

Fundos de acções da UE, Suíça e Noruega<br />

F.I.M. Banif Euro Acções<br />

F.I.M. BBVA Bolsa Euro<br />

F.I.M. BPI Europa Crescimento<br />

F.I.M. BPI Europa Valor<br />

F.I.M. BPN Acções Europa<br />

F.I.M. Caixagest Acções Europa<br />

F.I.M. Postal Acções<br />

F.I.M. Raiz Europa<br />

F.I.M. Esp. Santo Accões Europa<br />

F.I.M. Finicapital<br />

F.I.M. Millennium Eurocarteira<br />

F.I.M. Montepio Acções<br />

F.I.M. Montepio Acções Europa<br />

F.I.M. Popular Acções<br />

F.I.M. Santander Accões Europa<br />

13,10<br />

22,16<br />

17,01<br />

21,50<br />

25,51<br />

17,22<br />

17,14<br />

22,83<br />

25,35<br />

23,36<br />

26,52<br />

26,88<br />

19,02<br />

17,50<br />

21,49<br />

-23,88<br />

-16,65<br />

-16,39<br />

-21,88<br />

-13,28<br />

-21,97<br />

-22,28<br />

-14,11<br />

-15,13<br />

-20,38<br />

-20,99<br />

-17,70<br />

-17,06<br />

-18,38<br />

-19,59<br />

36,86<br />

33,26<br />

29,09<br />

33,76<br />

29,25<br />

29,56<br />

29,00<br />

27,89<br />

28,29<br />

26,21<br />

32,70<br />

27,89<br />

31,86<br />

31,42<br />

35,19<br />

6<br />

6<br />

6<br />

6<br />

6<br />

6<br />

6<br />

6<br />

6<br />

6<br />

6<br />

6<br />

6<br />

6<br />

6<br />

Fundos de acções da América do Norte<br />

F.I.M. BPI América<br />

F.I.M. Caixagest Acções EUA<br />

F.I.M. Esp. Santo Acções América<br />

F.I.M. Millennium Acções América<br />

F.I.M. Santander Acções América<br />

F.I.M. Santander Acções USA<br />

14,24<br />

6,75<br />

16,72<br />

17,90<br />

2,68<br />

14,46<br />

-15,46<br />

-15,15<br />

-17,30<br />

-11,71<br />

-17,11<br />

-13,97<br />

28,34<br />

31,56<br />

31,78<br />

28,98<br />

32,81<br />

33,11<br />

6<br />

6<br />

6<br />

6<br />

6<br />

6<br />

Fundos de acções sectoriais<br />

Rend. anualizada Risco Classe<br />

Últimos Últimos últimos de<br />

12 meses 24 meses 2 anos risco<br />

F.I.M. BPI Tecnologias 17,18 -15,39 27,53 6<br />

F.I.M. Millennium Euro Financeiras 26,26 -28,47 49,31 6<br />

F.I.M. Millennium Global Utilities 2,18 -18,08 26,12 6<br />

F.I.M. Montepio Euro Energy<br />

F.I.M. Montepio Euro Financial Service<br />

20,47<br />

19,54<br />

-14,74<br />

-26,78<br />

33,04<br />

48,35<br />

6<br />

6<br />

F.I.M. Montepio Euro Healhcare 15,56 -4,59 22,03 6<br />

F.I.M. Montepio Euro Telcos 13,18 -13,15 23,92 6<br />

F.I.M. Montepio Euro Utilities 12,40 -17,73 28,73 6<br />

F.I.M. Santander Euro Fut. Telecomunicações 10,39 -17,00 26,29 6<br />

F.I.M. Santander Euro Futuro Acções Defensivo 13,47<br />

F.I.M. Santander Euro Futuro Banca e Seguros 21,60<br />

-9,21<br />

-27,21<br />

26,81<br />

47,76<br />

6<br />

6<br />

F.I.M. Santander Euro Futuro Ciclico 24,05 -15,25 35,18 6<br />

Outros fundos de acções internacionais<br />

F.I.M. BPI África 15,43<br />

F.I.M. BPI Reestruturações 24,00<br />

F.I.M. BPN Acções Global 31,63<br />

F.I.M. Caixagest Acções Emergentes 42,50<br />

F.I.M. Caixagest Acções Japão -0,02<br />

F.I.M. Caixagest Acções Oriente 49,77<br />

F.I.M. Esp. Santo Acções Global 16,53<br />

F.I.M. Esp. Santo Mercados Emerg. 53,52<br />

F.I.M. Esp. Santo Momentum 19,63<br />

F.I.M. Finifundo Acções Internacionais 23,31<br />

F.I.M. Millennium Acções Japão -2,92<br />

F.I.M. Millennium Acções Mundiais 20,76<br />

F.I.M. Millennium Mercados Emergentes 52,85<br />

-5,64<br />

-13,91<br />

-16,85<br />

-19,20<br />

-9,74<br />

-21,30<br />

-18,35<br />

-15,97<br />

-21,58<br />

-16,78<br />

-16,59<br />

-14,46<br />

19,03<br />

34,13<br />

33,86<br />

21,10<br />

30,91<br />

31,57<br />

34,57<br />

26,17<br />

29,11<br />

20,80<br />

25,89<br />

33,64<br />

*<br />

5<br />

6<br />

6<br />

6<br />

6<br />

6<br />

6<br />

*<br />

6<br />

6<br />

6<br />

6<br />

Fundos mistos predom. obrigações<br />

F.I.M. BPN Optimização 13,87 -7,46 11,33 4<br />

F.I.M. Caixagest Estratégia Equilibrada 2,97 -1,48 2,91 2<br />

F.I.M. Santander Multinvest -2,14 -10,17 10,21 4<br />

Fundos mistos predominantemente acções<br />

F.I.M. BPN Valorização 22,75 -11,47 23,31 6<br />

F.I.M. Caixagest Estratégia Arrojada 5,92 -7,34 10,00 3<br />

F.I.M. Finiglobal 13,04 -7,07 11,00 4<br />

F.I.M. Popular Valor 12,68 -15,72 21,76 6<br />

Fundos poupança acções<br />

F.I.M. Banif PPA 37,39 -21,71 30,29 6<br />

F.I.M. Barclays FPA 45,63 -21,32 29,42 6<br />

F.I.M. BPI PPA 37,98 -16,88 25,99 6<br />

F.I.M. Caixagest PPA 33,95 -25,99 25,44 6<br />

F.I.M. Raiz Poupança Acções<br />

F.I.M. Esp. Santo PPA<br />

39,54<br />

48,82<br />

-14,39<br />

-13,98<br />

24,05<br />

27,99<br />

6<br />

6<br />

F.P. ESAF PPA 46,10 -13,96 26,55 6<br />

F.I.M. PPA Finibanco 31,00 -18,97 24,99 6<br />

F.P. PPA Acção Futuro 39,08 -18,04 26,47 6<br />

F.I.M. Millennium PPA 35,11 -17,80 24,59 6<br />

F.I.M. Popular PPA<br />

F.I.M. Santander PPA<br />

38,72<br />

42,12<br />

-20,58<br />

-21,36<br />

27,45<br />

28,46<br />

6<br />

6<br />

Fundos de fundos predominantem. obrig.<br />

F.I.M. Barclays Global Conservador 18,16 1,06 6,55 3<br />

F.I.M. Barclays Global Defensivo 2,61 1,07 1,34 1<br />

F.I.M. Caixagest Estratégia Dinâmica -2,55 -4,62 1,88 2<br />

F.I.M. Raiz Conservador 3,31 -1,86 2,31 2<br />

F.I.M. Finifundo Conservador 10,19 *<br />

F.I.M. Millennium Prestige Conservador 2,86 -5,20 6,61 3<br />

F.I.M. Multi Gestão Prudente 9,22 -3,80 6,47 3<br />

F.I.M. Popular Global 25 9,16 -4,91 6,49 3<br />

Fundos de fundos predominantem. acções<br />

F.I.M. Barclays Global Acções 29,79 -17,50 24,13 6<br />

F.I.M. Multi Gestão Dinâmica 15,70 -20,38 20,57 6<br />

F.I.M. Multi Gestão Mercados Emergentes 40,57 -18,50 26,14 6<br />

F.I.M. Popular Global 75 17,42 -13,97 17,74 5<br />

Fundos poupança reforma/educação<br />

CATEGORIA A - Entre 0% e 5% de Acções<br />

F.I.M. Barclays PPR Rendimento 8,72 0,57 4,01 2<br />

F.P. Solidez PPR 4,98 0,99 1,65 2<br />

F.I.M. BPI Reforma Segura PPR<br />

F.I.M. BPI Taxa Variável PPR<br />

2,77<br />

1,30<br />

-1,86<br />

-1,87<br />

2,46<br />

2,84<br />

2<br />

2<br />

F.P. PPR Garantia de Futuro 6,26 2,07 2,18 2<br />

F.P. PPR Praemium S 4,90 -1,84 3,01 2<br />

F.I.M. Santander Poupança Futura FPR* 4,30 -1,38 2,96 2<br />

F.P. SGF Patr. Ref. Conservador PPR 7,84 2,88 2,37 2<br />

CATEGORIA B - Entre 5% e 15% de Acções<br />

F.I.M. Millennium Aforro PPR 6,15 1,97 3,24 2<br />

F.P. PPR SGF Garantido 9,66 *<br />

CATEGORIA C - Entre 15% e 35% de Acções<br />

F.I.M. Barclays PPR 8,83 -1,19 5,13 3<br />

F.P. CVI PPR/E 14,93 0,28 8,72 3<br />

F.P. PPR BBVA<br />

F.I.M. Esp. Santo PPR<br />

12,52<br />

6,66<br />

-0,95<br />

2,34<br />

8,14<br />

4,27<br />

3<br />

2<br />

F.P. PPR 5 Estrelas 8,85 0,91 3,68 2<br />

F.P. PPR Platinium 10,82 -2,58 6,96 3<br />

F.I.M. Millennium Poupança PPR 7,08 -1,73 5,45 3<br />

F.P. PPR BNU Vanguarda 4,71 -4,04 6,97 3<br />

F.P. PPR Europa<br />

F.P. Vanguarda PPR<br />

9,83<br />

6,25<br />

3,60<br />

-2,52<br />

5,85<br />

5,51<br />

3<br />

3<br />

F.I.M. Santander Poupança Investimento FPR -0,79<br />

CATEGORIA D - Mais de 35% de Acções<br />

-7,61 7,43 3<br />

F.I.M. Barclays PPR Acções Life Path 2020 13,32 -10,14 13,16 4<br />

F.I.M. Barclays PPR Acções Life Path 2025 13,79 -10,70 14,17 4<br />

F.I.M. Millennium Investimento PPR Acções 7,75<br />

F.P. PPR Praemium V 6,54<br />

-5,35<br />

-4,31<br />

8,57<br />

8,76<br />

3<br />

3<br />

Outros fundos<br />

F.I.M. Barclays Premier Tesouraria 3,24 2,65 0,38 1<br />

F.I.M. Caixagest Accões Portugal 34,21 -24,74 25,31 6<br />

F.I.M. Raiz Global 14,54 -3,75 11,41 4<br />

F.I.M. Esp. Santo Monetário 2,12 2,32 0,23 1<br />

F.I.M. Finifundo Agressivo 20,53 *<br />

F.I.M. Finifundo Moderado 12,63 *<br />

F.I.M. Millennium Prestige Valorização 15,77 -9,11 17,20 5<br />

Fundos diversos<br />

F.I.M. Orey Acções Europa -19,65 -35,86 34,34 6<br />

Fundos de pensões abertos<br />

CATEGORIA A - Entre 0% e 5% de Acções<br />

F.P. Aberto Caixa Reforma Garantida 2022 -0,44 -2,75 11,38 4<br />

F.P. Aberto Caixa Reforma Prudente 2,58 *<br />

F.P. Aberto Horizonte Segurança 5,63 2,54 3,25 2<br />

F.P. Aberto SGF Empresas Prudente 9,07 2,95 2,84 2<br />

CATEGORIA B - Entre 5% e 15% de Acções<br />

F.P. Aberto Protecção 2015 2,84 0,34 5,92 3<br />

F.P. Aberto Caixa Reforma Activa 0,25 -3,53 3,39 2<br />

F.P. Aberto Esp.Sto Multireforma 12,11 2,15 3,81 2<br />

F.P. Aberto Futuro Clássico 5,58 1,91 2,43 2<br />

CATEGORIA C - Entre 15% e 35% de Acções<br />

F.P. Banif Previdência Empresas 2,87 -4,34 3,78 2<br />

F.P. Aberto BBVA PME’s 14,17 0,76 7,67 3<br />

F.P. Aberto Protecção 2020 2,19 -2,54 9,70 3<br />

F.P. Aberto Caixa Reforma Valor 5,79 -6,77 8,49 3<br />

F.P. Aberto Esp.Santo Multireforma Plus 12,73 -1,54 6,34 3<br />

F.P. Aberto VIVA 8,32 -2,12 5,29 3<br />

F.P. Aberto Horizonte Valorização 9,29 -2,23 7,30 3<br />

F.P. Aberto Turismo Pensões 10,60 -0,50 7,04 3<br />

CATEGORIA D - Mais de 35% de Acções<br />

F.P. Aberto Esp.Santo Multireforma Acções 48,46 *<br />

F.P. Aberto Horizonte Valorização Mais 13,85 -2,84 11,37 4<br />

Fonte: Euronext Lisboa e APFIPP<br />

Nota 1: As rentabilidades são as calculadas e divulgadas semanalmente pela<br />

Associação Portuguesa de Fundos de Investimento, Pensões e Patrimónios<br />

(APFIPP). Esta informação é actualizada nesta página na edição de cada quarta-feira,<br />

excepto quando seja especificado o contrário.


RENDIBILIDADE CALCULADA EM 31 DE DEZEMBRO 2009<br />

Fundos com acções e Fundos de obrigações e monetários<br />

Acçõesnacionais AcçõesdaUE,SuiçaeNor. MercadoMonetárioeuro<br />

Rendibilidade média Rendibilidade média Rendibilidade média<br />

50<br />

40<br />

30<br />

20<br />

10<br />

0<br />

-10<br />

-20<br />

AcçõesAméricadoNorte<br />

Rendibilidade média<br />

20<br />

15<br />

10<br />

5<br />

0<br />

-5<br />

-10<br />

-15<br />

OutrosFundosAcçõesInter.<br />

Rendibilidade média<br />

35<br />

30<br />

25<br />

20<br />

15<br />

10<br />

5<br />

0<br />

-5<br />

-10<br />

-15<br />

F.deFundosPredom.Acções<br />

PUB<br />

43,11<br />

12 meses<br />

-16,11<br />

24 meses<br />

-6,57<br />

Rendibilidade média<br />

35<br />

30<br />

25<br />

20<br />

15<br />

10<br />

5<br />

0<br />

-5<br />

-10<br />

-15<br />

-20<br />

18,25<br />

36 meses<br />

-9,65<br />

12 meses<br />

-12,75<br />

24 meses 36 meses<br />

34,73<br />

12 meses<br />

32,55<br />

-13,16<br />

24 meses<br />

-7,39<br />

36 meses<br />

-8,71<br />

12 meses<br />

-15,44<br />

24 meses 36 meses<br />

5,02<br />

60 meses<br />

-3,04<br />

60 meses<br />

2,83<br />

60 meses<br />

-0,78<br />

60 meses<br />

30<br />

25<br />

20<br />

15<br />

10<br />

5<br />

0<br />

-5<br />

-10<br />

-15<br />

-20<br />

26,53<br />

-9,50<br />

12 meses<br />

-16,55<br />

24 meses 36 meses<br />

AcçõesSectoriais<br />

Rendibilidade média<br />

25<br />

20<br />

15<br />

10<br />

5<br />

0<br />

-5<br />

-10<br />

-15<br />

MistosPredom.Acções<br />

Rendibilidade média<br />

20<br />

15<br />

10<br />

5<br />

0<br />

-5<br />

-10<br />

22,60<br />

12 meses<br />

-14,90<br />

24 meses 36 meses<br />

17,13<br />

12 meses<br />

-8,86<br />

24 meses<br />

-9,14<br />

-5,61<br />

36 meses<br />

0,87<br />

60 meses<br />

-0,50<br />

60 meses<br />

-0,45<br />

60 meses<br />

FundosdePoupançaAcções<br />

Rendibilidade média<br />

50<br />

40<br />

30<br />

20<br />

10<br />

0<br />

-10<br />

41,83<br />

-20<br />

-16,52<br />

12 meses 24 meses<br />

-7,11<br />

36 meses<br />

4,71<br />

60 meses<br />

1,0<br />

0,8<br />

0,6<br />

0,4<br />

0,2<br />

0,88<br />

0,0<br />

12 meses 24 meses<br />

36 meses<br />

Obrig.IndexadasEuro<br />

Rendibilidade média<br />

2<br />

1<br />

0<br />

-1<br />

-2<br />

-3<br />

-4<br />

-5<br />

-6<br />

1,41<br />

-3,72<br />

12 meses<br />

-5,48<br />

24 meses 36 meses<br />

Obrig.TaxaFixaEuro<br />

Rendibilidade média<br />

5<br />

4<br />

3<br />

2<br />

1<br />

0<br />

4,73<br />

12 meses<br />

4,48<br />

24 meses<br />

2,83<br />

36 meses<br />

60 meses<br />

-1,76<br />

60 meses<br />

1,82<br />

60 meses<br />

MistosPredom.Obrigações<br />

Rendibilidade média<br />

12<br />

10<br />

8<br />

6<br />

4<br />

2<br />

0<br />

-2<br />

-4<br />

-6<br />

10,17<br />

-5,67 -3,42<br />

12 meses 24 meses 36 meses<br />

-0,69<br />

60 meses<br />

Fonte: APFIPP<br />

Tesourariaeuro<br />

Rendibilidade média<br />

2,0<br />

1,5<br />

1,0<br />

0,5<br />

1,72<br />

0,0<br />

12 meses 24 meses<br />

36 meses<br />

Obrig.TaxaFixaIntern.<br />

Rendibilidade média<br />

20<br />

15<br />

10<br />

5<br />

0<br />

17,45<br />

3,32<br />

60 meses<br />

1,57 1,73<br />

-10<br />

12 meses 24 meses 36 meses 60 meses<br />

F.deFundosPredom.Obrig<br />

Rendibilidade média<br />

8<br />

7<br />

6<br />

5<br />

4<br />

3<br />

2<br />

1<br />

0<br />

-1<br />

-2<br />

-3<br />

7,42<br />

-1,08<br />

12 meses<br />

-2,11<br />

24 meses 36 meses<br />

0,90<br />

60 meses<br />

Sexta-feira 8 Janeiro 2010 Diário <strong>Económico</strong> | F I N A N Ç A S P E S S O A I S XIII<br />

FUNDOS DE INVESTIMENTO NACIONAIS<br />

PoupançaReforma<br />

Rendibilidade média<br />

10<br />

8<br />

6<br />

4<br />

2<br />

0<br />

-2<br />

9,08<br />

12 meses<br />

-0,80<br />

24 meses<br />

0,24<br />

36 meses<br />

FundosdeF.Mistos<br />

Rendibilidade média<br />

20<br />

15<br />

10<br />

5<br />

0<br />

-5<br />

19,91<br />

12 meses<br />

-6,10<br />

24 meses<br />

-3,63<br />

FundosPensõesAbertos<br />

Rendibilidade média<br />

10<br />

8<br />

6<br />

4<br />

2<br />

0<br />

-2<br />

9,01<br />

36 meses<br />

-1,87 -0,41<br />

12 meses 24 meses 36 meses<br />

1,95<br />

60 meses<br />

1,14<br />

60 meses<br />

2,21<br />

60 meses<br />

ADVERTÊNCIAS<br />

As informações contidas neste ficheiro foram elaboradas de<br />

acordo com os métodos de cálculo abaixo referidos, tendo em<br />

conta os dados transmitidos pelas Entidades Gestoras, pela<br />

Euronext Lisbon - Sociedade Gestora de Mercados Regulamentados,<br />

SA, e por outras entidades consideradas fiáveis.<br />

A APFIPP não se responsabiliza pela inexactidão ou deficiência<br />

dos dados que são transmitidos pelas entidades em<br />

causa, nem pelos resultados das análises ou classificações<br />

elaboradas tendo por base dados deficientes ou incorrectos.<br />

A APFIPP não se responsabiliza pela manipulação dos dados<br />

ou informações constantes do presente ficheiro efectuada<br />

por terceiros.<br />

A APFIPP não exclui a validade de outros métodos de cálculo<br />

para apuramento da rendibilidade ou volatilidade dos<br />

fundos identificados neste ficheiro ou para sua inclusão em<br />

classes de risco.<br />

As informações constantes deste ficheiro não consubstanciam<br />

qualquer tipo de aconselhamento a investidores o<br />

qual deverá ser prestado por entidades profissionais, nem<br />

dispensam a consulta de outra informação, designadamente<br />

o Boletim de Cotações da Euronext Lisbon Sociedade<br />

Gestora de Mercados Regulamentados S.A. e a publicada<br />

oficialmente pelas Entidades Gestoras ou pelas entidades<br />

encarregues da colocação e comercialização dos valores<br />

mobiliários em causa. As rendibilidades passadas dos fundos,<br />

não constituem garantia de rendibilidades futuras.<br />

A reprodução das informações constantes do presente ficheiro<br />

é da responsabilidade do seu utilizador que deverá dar conhecimento<br />

a quaisquer terceiros do teor destas advertências,<br />

sob pena de ficar responsável pelos prejuízos que da sua omissão<br />

vierem a resultar para a APFIPP ou para esses terceiros.<br />

COMISSÕES<br />

Não estão consideradas nos cálculos as comissões de subscrição<br />

e resgate, que variam de acordo com as condições estabelecidas<br />

no regulamento de gestão de cada fundo.<br />

FISCALIDADE<br />

Os valores das unidades de participação apresentados são<br />

líquidos de impostos. Nos Fundos Poupança Acções e nos<br />

Fundos Poupança Reforma/Educação não são considerados<br />

os benefícios fiscais estabelecidos para estes produtos.


XIV FINANÇAS PESSOAIS | Diário <strong>Económico</strong> Sexta-feira 8 Janeiro 2010<br />

FUNDOS DE INVESTIMENTO INTERNACIONAIS<br />

Fundos Internacionais<br />

Fundo Último<br />

valor€<br />

Divisa<br />

Fundo Divisa Valor<br />

AMERICAN SELECT-DEH EUR 9.74<br />

AMERICAN SELECT-DU USD 9.87<br />

EMERGING MARKET DEBT-DEH EUR 15.59<br />

EM MKT LOW DUR-DEH EUR 11.77<br />

EM MKT LOW DUR-DU USD 11.15<br />

EUROP BONDS-DE EUR 21.45<br />

EUROP SHORT-TERM BONDS-DE EUR 13.85<br />

EUROP SMALL CAP EQUITIES-DE EUR 10.64<br />

GLOBAL ASS.ALL.-DEH EUR 15.63<br />

GLOBAL ASS.ALL.-DU USD 18.34<br />

GLOBAL BONDS (EURO)-DE EUR 18.77<br />

GLOBAL BONDS (USD)-DU USD 26.81<br />

GLOBAL EM MKT EQUITIES-DEH EUR 22.64<br />

GLOBAL EM MKT EQUITIES-DU USD 30.75<br />

GLOBAL EM MKT SH-TERM BDS-DEH EUR 9.05<br />

GLOBAL EM MKT SH-TERM BDS-DU USD 9.68<br />

GLOBAL ENERGY EQUITIES-DEH EUR 20.13<br />

GLOBAL ENERGY EQUITIES-DU USD 25.64<br />

GLOBAL HGH YLD&EM-MKT EUR-DE EUR 17.72<br />

GLOBAL INNOVATION-DEH EUR 15.17<br />

GLOBAL INNOVATION-DU USD 10.25<br />

GREATER CHINA EQUITIES-DEH EUR 19.97<br />

GREATER CHINA EQUITIES-DU USD 28.69<br />

JAPANESE EQUITIES-DEH EUR 9.92<br />

JAPANESE EQUITIES-DJ EUR 6.57<br />

JAPANESE EQUITIES-DJ JPY 876.00<br />

NEW ASIA-PACIFIC DEH EUR 20.67<br />

NEW ASIA-PACIFIC DU USD 30.39<br />

PAN EUROP EQUITIES-DE EUR 11.54<br />

US EQUITIES-DEH EUR 14.61<br />

US EQUITIES-DU USD 11.53<br />

US MID AND SML CAP EQUITIES-DEH EUR 10.42<br />

US MID AND SML CAP EQUITIES-DU USD 14.32<br />

USD HIGH INCOME BONDS-DEH EUR 15.33<br />

USD HIGH INCOME BONDS-DU USD 15.85<br />

USD SHORT-TERM BONDS-DU USD 18.61<br />

WORLD EQUITIES-DEH EUR 14.50<br />

WORLD EQUITIES-DU USD 15.11<br />

PARVEST<br />

www.bnpparibas-am.com<br />

Número Verde 800 844 109<br />

PARVEST EURO PREMIUM EUR 103.46<br />

PARVEST ABS EUR 64.21<br />

PARVEST ABS RET CURR. 10 EUR 100.75<br />

PARVEST ABS RET EUROPE LS EUR 97.2<br />

PARVEST ABS RET EUROPEAN BOND EUR 107.69<br />

PARVEST ABSOLUTE RETURN<br />

GLOBAL BOND (USD) USD 104.55<br />

PARVEST ABS RET MULTI ASS. 4 EUR 102.86<br />

PARVEST ABS RET MULTI ASS. 4 (USD) USD 102.63<br />

PARVEST AGRICULTURE EUR 92.92<br />

PARVEST ASIA USD 304.39<br />

PARVEST ASIAN CONVERTIBLE BOND USD 339.41<br />

PARVEST AUSTRALIA AUD 695.01<br />

PARVEST DIVERSIFIED (DYNAMIC) EUR 183.43<br />

PARVEST BRAZIL USD 168.73<br />

PARVEST BRIC USD 158.94<br />

PARVEST CHINA USD 326.28<br />

PARVEST DIVERSIFIED (PRUDENT) EUR 126.55<br />

PARVEST CONVERGING EUROPE EUR 113.23<br />

PARVEST CREDIT STRATEGIES EUR 37.92<br />

PARVEST EMERGING MARKETS USD 349.84<br />

PARVEST EMERGING MARKETS BOND USD 306.68<br />

PARVEST EMERGING MKTS EUROPE EUR 154.08<br />

PARVEST ENHANCED EONIA 1 YEAR EUR 107.01<br />

PARVEST ENHANCED EONIA 6 MONTHS EUR 106.83<br />

PARVEST ENHANCED EONIA EUR 117.26<br />

PARVEST EONIA PREMIUM EUR 113.34<br />

PARVEST EURO BOND EUR 174.33<br />

PARVEST EURO CORP BD SUST DVP EUR 111.2<br />

PARVEST EURO CORPORATE BOND EUR 136.99<br />

PARVEST EURO EQUITIES EUR 118.91<br />

PARVEST EURO GOVERNMENT BOND EUR 299.11<br />

PARVEST EURO INFLATION-LINKED BD EUR 122.18<br />

PARVEST EURO LONG TERM BOND EUR 111.21<br />

PARVEST EURO MEDIUM TERM BOND EUR 156.95<br />

PARVEST EURO SHORT TERM BOND EUR 116.75<br />

PARVEST EURO SMALL CAP EUR 179.9<br />

PARVEST EUROPE ALPHA EUR 100.91<br />

PARVEST EUROPE DIVIDEND EUR 65.3<br />

PARVEST EUROPE FINANCIALS EUR 72.32<br />

PARVEST EUROPE GROWTH EUR 169.18<br />

PARVEST EUROPE LS30 EUR 65.45<br />

PARVEST EUROPE MID CAP EUR 376.34<br />

PARVEST EUROPE REAL ESTATE SEC. EUR 59.3<br />

PARVEST EUROPE SMALL CAP EUR 78.27<br />

PARVEST EUROPE SUSTAINABLE DVPT EUR 79.76<br />

PARVEST EUROPE VALUE EUR 117.07<br />

Fundo Último Divisa<br />

valor€<br />

PARVEST CORP BOND OPPORTUNITIES EUR 105.45<br />

PARVEST ENVIRONM OPPORTUNITIES EUR 98.23<br />

PARVEST EUROPEAN BOND EUR 290.95<br />

PARVEST EUROPEAN CONVERT BOND EUR 122.18<br />

PARVEST EUROPEAN HIGH YIELD BD EUR 104.32<br />

PARVEST EUROPEAN SM CONVERT BD EUR 106.62<br />

PARVEST FRANCE EUR 388.22<br />

PARVEST GERMAN EQUITIES EUR 79.05<br />

PARVEST GLOBAL BOND USD 42.36<br />

PARVEST GLOBAL BRANDS USD 248.74<br />

PARVEST GLOBAL CORPORATE BOND USD 116.53<br />

PARVEST GLOBAL ENVIRONNEMENT EUR 94.52<br />

PARVEST GLOBAL EQUITIES USD 120.25<br />

PARVEST GLOBAL HIGH YIELD BOND USD 115.04<br />

PARVEST GLOBAL INFL LKD BD EUR 114.59<br />

PARVEST GLOBAL RESOURCES USD 241.36<br />

PARVEST GLOBAL TECHNOLOGY USD 89.62<br />

PARVEST INDIA USD 168.34<br />

PARVEST JAPAN JPY 3053<br />

PARVEST JAPAN SMALL CAP JPY 3150<br />

PARVEST JAPAN YEN BOND JPY 20548<br />

PARVEST LATIN AMERICA USD 859.62<br />

PARVEST NEXT GENERATION EUR 113.29<br />

PARVEST RUSSIA USD 76.77<br />

PARVEST SHORT TERM (CHF) CHF 307.639<br />

PARVEST SHORT TERM (DOLLAR) USD 203.203<br />

PARVEST SHORT TERM (EURO) EUR 206.821<br />

PARVEST SHORT TERM (STERLING) GBP 195.359<br />

PARVEST SOUTH KOREA USD 85.98<br />

PARVEST STEP 90 EURO EUR 1308<br />

PARVEST SWITZERLAND CHF 554.32<br />

PARVEST TARGET RETURN PLUS (EURO) EUR 112.43<br />

PARVEST TARGET RETURN PLUS (USD) USD 217.12<br />

PARVEST TURKEY EUR 132.04<br />

PARVEST UK GBP 118.85<br />

PARVEST US DOLLAR BOND USD 395.61<br />

PARVEST US HIGH YIELD BOND USD 162.72<br />

PARVEST US MID CAP USD 109.33<br />

PARVEST US SMALL CAP USD 398.98<br />

PARVEST US VALUE USD 77.86<br />

PARVEST USA USD 70.93<br />

PARVEST USA LS30 USD 73.82<br />

BNP PARIBAS INSTICASH<br />

BNP PARIBAS INSTICASH CHF CHF 106.78<br />

BNP PARIBAS INSTICASH EUR EUR 115.429<br />

BNP PARIBAS INSTICASH GBP GBP 127.154<br />

BNP PARIBAS INSTICASH USD<br />

PARWORLD<br />

USD 116.862<br />

PARWORLD DYNALLOCATION EUR 104.9<br />

PARWORLD EMERGING STEP 80 (EURO) EUR 117.55<br />

PARWORLD GALATEA 2010 EUR 107.68<br />

PARWORLD QUAM 10 EUR 114.4<br />

PARWORLD QUAM 15 EUR 109.96<br />

PARWORLD TRACK COMMODITIES EUR 58.95<br />

PARWORLD TRACK CONTINENT EUROPE EUR 71.17<br />

PARWORLD TRACK JAPAN EUR 68.71<br />

PARWORLD TRACK NORTH AMERICA EUR 74.34<br />

PARWORLD TRACK UK EUR 68.91<br />

Fundo<br />

www.bnymellonam.com<br />

Divisa Valor<br />

BNY Mellon Global Funds, plc<br />

MELLON ASIAN EQUITY FUND A USD 0.000<br />

MELLON CONTINENTAL<br />

EUROPEAN EQUITY FUND A EUR 0.000<br />

MELLON EURO GOVERNMENT<br />

BOND INDEX TRACKER A EUR 93.315<br />

MELLON SMALL CAP EUROLAND FUND A EUR 0.000<br />

MELLON GLOBAL BOND FUND A USD 0.000<br />

MELLON GLOBAL EMERGING MARKETS FUND AUSD 125.360<br />

MELLON GLOBAL EQUITY FUND A USD 0.875<br />

MELLON EURO GLOBAL HIGH<br />

YIELD BOND FUND A EUR 0.000<br />

MELLON GLOBAL INTREPID FUND A USD 0.960<br />

MELLON EVOLUTION GLOBAL ALPHA FUND A EUR 107.240<br />

MELLON EMERGING MARKETS<br />

DEBT LOCAL CURRENCY FUND C EUR 1.222<br />

MELLON JAPAN EQUITY FUND A USD 0.000<br />

MELLON NIKKEI 225 STOCK<br />

INDEX TRACKER FUND A EUR 0.000<br />

MELLON PAN EUROPEAN EQUITY FUND A USD 1.068<br />

MELLON STERLING BOND FUND A USD 1.419<br />

MELLON UK EQUITY FUND A USD 0.000<br />

MELLONS&P500INDEXTRACKER FUND A USD 0.702<br />

MELLON EUROPEAN ETHICAL INDEX TRACKER AEUR 3.849<br />

MELLON US DYNAMIC VALUE FUND A USD 0.000<br />

MELLON U.S. EQUITY FUND A USD 0.000<br />

MELLON EUROLAND BOND FUND A EUR 1.091<br />

NEWTON AMERICAN FUND A USD 0.000<br />

NEWTON CONTINENTAL EUROPEAN FUND A USD 0.951<br />

NEWTON INTERNATIONAL BOND FUND A USD 1.611<br />

NEWTON INTERNATIONAL GROWTH FUND A USD 2.226<br />

NEWTON JAPAN FUND A USD 0.000<br />

NEWTON ORIENTAL FUND A USD 0.000<br />

NEWTON PAN-EUROPEAN FUND A USD 0.000<br />

Fundo Último Divisa<br />

valor€<br />

WestLB Mellon Compass Funds<br />

Fundo<br />

COMPASS FUND - EMERGING<br />

Divisa Valor<br />

MARKETS BOND FUND C EUR 14.76<br />

COMPASS FUND - LATIN AMERICA FUND C<br />

COMPASS FUND - GLOBAL<br />

EUR 28.8<br />

EMERGING MARKETS FUND C EUR 16.35<br />

COMPASS FUND - EURO BALANCED FUND C EUR 9.45<br />

COMPASS FUND - EURO BOND FUND C EUR 13.98<br />

COMPASS FUND - EURO EQUITY FUND C EUR 5.7<br />

COMPASS FUND - GLOBAL BOND FUND C EUR 12.05<br />

COMPASS FUND - EURO LIQUIDITY FUND C EUR 131.296<br />

COMPASS FUND - EUROPEAN CONVERTIBLE FUND CEUR<br />

COMPASS FUND - EASTERN<br />

9.08<br />

EUROPE DIVERSIFIED FUND C EUR 16.99<br />

COMPASS FUND - JAPANESE EQUITY FUND C EUR 3.59<br />

COMPASS FUND - GLOBAL HIGH YIELD BOND FUND CEUR 12.66<br />

COMPASS FUND - EURO HIGH YIELD BOND FUND CEUR 16.32<br />

COMPASS FUND - EURO CORPORATE BOND FUND CEUR 13.66<br />

COMPASS FUND - ABS FUND C EUR 102.793<br />

COMPASS FUND - QUANDUS EURO BOND FUND CEUR 11.04<br />

COMPASS FUND - EURO SMALL CAP EQUITY FUND CEUR 8.62<br />

CAAM Funds Class Classic S<br />

ARBITRAGE INFLATION EUR 107.7<br />

ASIAN GROWTH USD 23.42<br />

DYNARBITRAGE FOREX EUR 107.65<br />

DYNARBITRAGE VAR 4 (EUR) EUR 111.12<br />

DYNARBITRAGE VOLATILITY EUR 115.36<br />

EMERGING MARKETS USD 29.66<br />

EURO CORPORATE BOND EUR 14.54<br />

EURO QUANT EUR 6.63<br />

EUROPEAN BOND EUR 138.45<br />

GREATER CHINA USD 26.53<br />

Dexia Bonds Fundo Divisa Valor<br />

DB EMERGING MARKETS CCAP USD 1452.23<br />

DB EMERGING MARKETS ICAP USD 1513.29<br />

DB EMERGING MARKETS NCAP USD 1336.16<br />

DB EURO CCAP EUR 897.81<br />

DB EURO ICAP EUR 926.46<br />

DB EURO NCAP EUR 875.82<br />

DB EURO CONVERGENCE CCAP EUR 2460.42<br />

DB EURO CONVERGENCE ICAP EUR 2525.76<br />

DB EURO CONVERGENCE NCAP EUR 2402.15<br />

DB EURO CORPORATE CCAP EUR 5407.33<br />

DB EURO CORPORATE ICAP EUR 5502.45<br />

DB EURO CORPORATE NCAP EUR 107.52<br />

DB EURO GOVERNMENT CCAP EUR 1772.85<br />

DB EURO GOVERNMENT ICAP EUR 1823.53<br />

DB EURO GOVERNMENT NCAP EUR 1731.18<br />

DB EURO GOVERNMENT PLUS CCAP EUR 767.06<br />

DB EURO GOVERNMENT PLUS ICAP EUR 792.63<br />

DB EURO GOVERNMENT PLUS NCAP EUR 751.77<br />

DB EURO HIGH YIELD CCAP EUR 604.7<br />

DB EURO HIGH YIELD ICAP EUR 623.82<br />

DB EURO HIGH YIELD NCAP EUR 571.58<br />

DB EURO INFLATION LINKED CCAP EUR 130.02<br />

DB EURO INFLATION LINKED ICAP EUR 133.27<br />

DB EURO INFLATION LINKED NCAP EUR 127.62<br />

DB EURO LONG TERM CCAP EUR 5233.49<br />

DB EURO LONG TERM ICAP EUR 5423.87<br />

DB EURO LONG TERM NCAP EUR 5110.03<br />

DB EURO SHORT TERM CCAP EUR 1899.29<br />

DB EURO SHORT TERM ICAP EUR 1937.55<br />

DB EURO SHORT TERM NCAP EUR 1833.12<br />

DB EUROPE CCAP EUR 4444.17<br />

DB EUROPE ICAP EUR 4536.96<br />

DB EUROPE NCAP EUR 4365.97<br />

DB EUROPE CONVERTIBLE CCAP EUR 297.47<br />

DB EUROPE CONVERTIBLE ICAP EUR 305.66<br />

DB EUROPE CONVERTIBLE NCAP EUR 282.33<br />

DB EUROPE GOVERNMENT PLUS CCAP EUR 750.33<br />

DB EUROPE GOVERNMENT PLUS NCAP EUR 729.89<br />

DB GLOBAL HIGH YIELD CCAP EUR 120.84<br />

DB GLOBAL HIGH YIELD ICAP EUR 122.91<br />

DB GLOBAL HIGH YIELD NCAP EUR 117.46<br />

Fundo Último Divisa<br />

valor€<br />

DB INTERNATIONAL CCAP EUR 812.99<br />

DB INTERNATIONAL ICAP EUR 840.4<br />

DB INTERNATIONAL NCAP EUR 780.27<br />

DB MORTGAGES CCAP EUR 127.15<br />

DB MORTGAGES ICAP EUR 130.76<br />

DB MORTGAGES NCAP EUR 122.79<br />

DB TOTAL RETURN CCAP EUR 112.26<br />

DB TOTAL RETURN ICAP EUR 1139.71<br />

DB TOTAL RETURN NCAP EUR 108.49<br />

DB TREASURY MANAGEMENT CCAP EUR 3668.3<br />

DB TREASURY MANAGEMENT ICAP EUR 3708.89<br />

DB TREASURY MANAGEMENT NCAP EUR 3621.39<br />

DB USD CCAP USD 769.72<br />

DB USD ICAP USD 796.23<br />

DB USD NCAP USD 750.52<br />

DB USD GOVERNMENT CCAP USD 2875.82<br />

DB USD GOVERNMENT ICAP USD 2967.58<br />

DB USD GOVERNMENT NCAP USD 2806.7<br />

DB WORLD GOV PL CCAP EUR 101.12<br />

DB WORLD GOV PL ICAP EUR 103.24<br />

DB WORLD GOV PL NCAP EUR 99.2<br />

D EQ L ASIA PREM USD 16.56<br />

D EQ L AUSTRALIA AUD 733.9<br />

D EQ L BIOTECH USD 107.44<br />

D EQ L EMERG EUROPE EUR 59.84<br />

D EQ L EMERG MKTS EUR 489.12<br />

DEQLEMU EUR 68.33<br />

D EQ L EUR 50 EUR 451.62<br />

D EQ L EUROP EUR 615.45<br />

D EQ L EUROPE VALUE EUR 80.91<br />

D EQ L EURP ENG SECT EUR 145.62<br />

D EQ L EURP FIN SECT EUR 78.84<br />

D EQ L EURP HIGH DIV EUR 73.08<br />

D EQ L JAPAN JPY 12393<br />

D EQ L SPAIN EUR 89.09<br />

D EQ L SUST GREEN PLANET EUR 64.03<br />

D EQ L SUST WORLD EUR 141.38<br />

D EQ L UNITED KINGDOM GBP 231.81<br />

D EQ L WORLD USD 37.02<br />

Fundo Classe Valor<br />

ABS ATTIVO EUR 106.64<br />

ABS PRUDENTE EUR 107.98<br />

BOND CHF EUR 116.58<br />

BOND CHF EUR 134.54<br />

BOND CONVERTIBLE EUR 59.68<br />

BOND EMERGING MARKETS EUR 190.14<br />

BOND EMERGING MARKETS EUR 252.97<br />

BOND EUR LONG TERM EUR 158.08<br />

BOND EUR MEDIUM TERM EUR 294<br />

BOND EUR SHORT TERM EUR 136.96<br />

BOND GBP EUR 132.24<br />

BOND GBP EUR 108.1<br />

BOND HIGH YIELD EUR 136.95<br />

BOND INFLATION LINKED EUR 120.11<br />

BOND JPY EUR 97.89<br />

BOND JPY EUR 147.7<br />

BOND USD EUR 120.1<br />

BOND USD EUR 187.16<br />

CASH EUR EUR 110.88<br />

CASH USD EUR 90.37<br />

EQUITY BANKS EUR 45.04<br />

EQUITY CHINA EUR 87.86<br />

EQUITY CONSUMER DISCRETIONARY EUR 120.82<br />

EQUITY CONSUMER STAPLES EUR 112.41<br />

EQUITY CONSUMER STAPLES EUR 131.22<br />

EQUITY DURABLE GOODS EUR 108.96<br />

EQUITY EM.MKT EUR MID.EAST&AFRICA EUR 145.63<br />

EQUITY EMERGING MARKETS ASIA EUR 135.22<br />

EQUITY ENERGY & MATERIALS EUR 125.88<br />

EQUITY ENERGY & MATERIALS EUR 136.11<br />

EQUITY EURO EUR 82.58<br />

EQUITY EUROPE EUR 81.13<br />

EQUITY FINANCIAL EUR 49.68<br />

EQUITY GREAT BRITAIN EUR 50.57<br />

EQUITY GREAT BRITAIN EUR 64.96<br />

EQUITY HIGH TECH EUR 57.23<br />

EQUITY HIGH TECH EUR 48.22<br />

EQUITY INDUSTRIALS EUR 133.74<br />

Fundo Último Divisa<br />

valor€<br />

EQUITY INDUSTRIALS EUR 116.34<br />

EQUITY ITALY EUR 77.32<br />

EQUITY JAPAN EUR 74.13<br />

EQUITY JAPAN EUR 51.34<br />

EQUITY LATIN AMERICA EUR 366.08<br />

EQUITY NORTH AMERICA EUR 54.46<br />

EQUITY NORTH AMERICA EUR 85.9<br />

EQUITY OCEANIA EUR 155.15<br />

EQUITY OCEANIA EUR 162.24<br />

EQUITY PHARMA EUR 73.12<br />

EQUITY PHARMA EUR 61.06<br />

EQUITY SMALL CAP EUROPE EUR 370.63<br />

EQUITY TELECOMMUNICATION EUR 50.2<br />

EQUITY TELECOMMUNICATION EUR 45.41<br />

EQUITY UTILITIES EUR 104.95<br />

EQUITY UTILITIES EUR 92.27<br />

OBIETTIVO BILANCIATO EUR 221.71<br />

ORIZZONTE PROTETTO 12 EUR 114.96<br />

ORIZZONTE PROTETTO 24 EUR 118.64<br />

ORIZZONTE PROTETTO 6 EUR 110.79<br />

VALORE EQUILIBRIO EUR 106.58<br />

VALORE EQUILIBRIO EUR 114.62<br />

www.franklintempleton.com.pt<br />

Tel: +34 91 426 3600<br />

FRANKLIN BIOTECH DISCOVERY FD N (ACC) USD 8.19<br />

FRANKLIN EUROPEAN GRTH FD N (ACC) EUR 7.83<br />

FRANKLIN EUROPEAN S-M CAP GRTH FD N (ACC) EUR 17.53<br />

FRANKLIN GLOBAL GRTH FD N (ACC) USD 9.59<br />

FRANKLIN GLOBAL S-M CAP GRTH FD N (ACC) USD 17.84<br />

FRANKLIN HIGH YIELD (EURO) FD N (ACC) EUR 10.99<br />

FRANKLIN HIGH YIELD FD N (ACC) USD 12.85<br />

FRANKLIN INCOME FD N (ACC) USD 15.2<br />

FRANKLIN MUTUAL BEACON FD N (ACC) EUR 15.5<br />

FRANKLIN MUTUAL BEACON FD N (ACC) USD 22.38<br />

FRANKLIN MUTUAL EUROPEAN FD N (ACC) EUR 13.35<br />

FRANKLIN MUTUAL EUROPEAN FD N (ACC) USD 19.17<br />

FRANKLIN TECHNOLOGY FD N (ACC) USD 5.34<br />

FRANKLIN TECHNOLOGY FD N (ACC) EUR 3.71<br />

FRANKLIN TEMPLETON GB GRTH & VA FD N (ACC) USD 16.69<br />

FRANKLIN TEMPLETON JAPAN FD N (ACC) EUR 3.52<br />

FRANKLIN US EQUITY FD N (ACC) EUR 9.36<br />

FRANKLIN US EQUITY FD N (ACC) USD 13.52<br />

FRANKLIN US GOVERNMENT FD N (ACC) USD 12.86<br />

FRANKLIN US GOVERNMENT FD N (DIS) USD 9.51<br />

FRANKLIN US OPPORTUNITIES N (ACC) USD 13.46<br />

FRANKLIN US S-M CAP GRTH FD N (ACC) USD 9.54<br />

FRANKLIN US TOTAL RET FD N (DIS) USD 9.88<br />

FRANKLIN US ULT SHT TR BD FD N (DIS) USD 9.59<br />

TEMPLETON ASIAN GRTH FD N (ACC) USD 39.89<br />

TEMPLETON CHINA FD N (ACC) USD 23.38<br />

TEMPLETON EASTERN EUROPE FD N (ACC) EUR 24.74<br />

TEMPLETON EMERGING MARKETS BD FD N (ACC) USD 26.47<br />

TEMPLETON EMERGING MARKETS FD N (ACC) EUR 13.71<br />

TEMPLETON EMERGING MARKETS FD N (ACC) USD 19.75<br />

TEMPLETON EURO LIQ RES FD N (ACC) EUR 10.77<br />

TEMPLETON EUROLAND BD FD N (ACC) EUR 11.06<br />

TEMPLETON EUROLAND FD N (ACC) EUR 7.75<br />

TEMPLETON EUROPEAN FD N (ACC) USD 18.3<br />

TEMPLETON EUROPEAN FD N (ACC) EUR 12.67<br />

TEMPLETON EUROPEAN TOTAL RET FD N (ACC) EUR 10.23<br />

TEMPLETON GLOBAL BD FD N (ACC) EUR 11.71<br />

TEMPLETON GLOBAL (EURO) FD N (ACC) EUR 10<br />

TEMPLETON GLOBAL BALANCED FD N (ACC) EUR 10.52<br />

TEMPLETON GLOBAL BD (EURO) FD N (ACC) EUR 11.92<br />

TEMPLETON GLOBAL BD FD N (ACC) USD 23.25<br />

TEMPLETON GLOBAL EQUITY INCOME FD N (ACC) USD 10.36<br />

TEMPLETON GLOBAL FD N (ACC) USD 17.72<br />

TEMPLETON GLOBAL INCOME FD N (ACC) USD 13.38<br />

TEMPLETON GLOBAL SMLL COMPANIES FD N (ACC) USD 20.01<br />

TEMPLETON GLOBAL TOTAL RET FD N (ACC) USD 20.27<br />

TEMPLETON GRTH (EURO) FD N (ACC) EUR 8<br />

TEMPLETON KOREA FD N (ACC) USD 15.6<br />

TEMPLETON LATIN AMERICA FD N (ACC) USD 46.55<br />

TEMPLETON THAILAND FD N (ACC) USD 13.88<br />

TEMPLETON US DOLLAR LIQ RES FD N (ACC) USD 11.19<br />

TEMPLETON US VALUE FD N (ACC) USD 10.13


Fundos Internacionais<br />

Fundo Último Divisa<br />

valor€<br />

07-01-2010<br />

JF ASIA DI V.D USD USD 239.03<br />

JF ASIA EQ D USD USD 20.96<br />

JF ASIA PAC EX-JAP EQ DAAC EUR EUR 8.82<br />

JF CHINA D USD USD 37.04<br />

JF GR CH D USD USD 31.1<br />

JF HG KG D USD USD 27.49<br />

JF INDIA D USD USD 46.75<br />

JF JAP EQ DACC EUR EUR 3.49<br />

JF JAP EQ D USD USD 6.08<br />

JF PAC EQ DACC EUR EUR 6.01<br />

JF PAC EQ DACC USD USD 12.92<br />

JF SINGA D USD USD 37.12<br />

JF TAIWAN D USD USD 12.88<br />

JPM AME EQ DACC EUR EUR 6.25<br />

JPM AME EQ DACC EUR (HDG) EUR 6.13<br />

JPM EM MK DBT DACC EUR EUR 11.2<br />

JPMEMMKEQDACCEUR EUR 8.26<br />

JPM EMER MIDDLE EAST EQ D USD USD 19.72<br />

JPM EURO DY DACC USD USD 17.96<br />

JPM EURO LIQ RES DACC EUR EUR 108.59<br />

JPM EURO DY MEGA C DACC EUR EUR 8.38<br />

JPM EURO DY MEGA C DACC USD USD 9.83<br />

JPM EUROP EQ DACC USD USD 10.44<br />

JPM EUROP FOC DACC EUR EUR 7.88<br />

JPM EUROP FOC DACC USD USD 10.61<br />

JPM EUROP RECOV DACC EUR EUR 173.35<br />

JPM EUROP SEL EQ DACC EUR EUR 69.18<br />

JPM EUROP SEL EQ DACC USD USD 108.57<br />

JPM EUROP ST DIV DACC EUR EUR 94.61<br />

JPM GB BAL USD DACC USD USD 141.28<br />

JPM GB CAP APP DACC EUR EUR 99.21<br />

JPM GB CAP PRE DACC USD USD 114.74<br />

JPM GB CAP PRE EUR DACC EUR EUR 124.26<br />

JPM GB CAP PRE EUR DACC SEK (HDG) SEK 971.66<br />

JPM GB CONVS USD D USD USD 127.84<br />

JPM GB CONVS FUND EUR DACC EUR EUR 10.3<br />

JPM GB DY DACC EUR EUR 5.71<br />

JPM GB DY DACC EUR (HDG) EUR 4.88<br />

JPM GB EQ USD DACC EUR (HDG) EUR 5.86<br />

JPM GB FOC DACC EUR EUR 17.58<br />

JPM GB FOC DACC EUR (HDG) EUR 7.82<br />

JPM GB HY BD DACC EUR EUR 134<br />

JPM GB NAT RE DACC USD USD 11.37<br />

JPM GB T RE DACC EUR EUR 101.1<br />

JPM HIGH STAT MKT NT DACC EUR EUR 108.34<br />

JPM HIGH STAT MKT NT DACC USD (HDG) USD 145.51<br />

JPM HIGH US STEEP DACC EUR (HDG) EUR 8.18<br />

JPM JAP 50 EQ DACC JPY JPY 6277<br />

JPM JAP SEL EQ DACC JPY JPY 8621<br />

JPM RUSSIA DACC USD USD 10.7<br />

JPM US AG BD DACC USD USD 14.45<br />

JPMUSDYDACCEUR EUR 5.02<br />

JPM US DY DACC USD USD 11.84<br />

JPM US EQ DACC EUR (HDG) EUR 59.11<br />

JPM US EQ DACC USD USD 80.31<br />

JPM US SEL EQ DACC EUR (HDG) EUR 67.22<br />

JPM US SEL 130/30 DACC EUR (HDG) EUR 6.05<br />

JPM US SEL 130/30 DACC USD USD 8.53<br />

JPM US STRATEGIC GR DACC EUR (HDG) EUR 5.95<br />

JPM US VAL DACC EUR (HDG) EUR 5.93<br />

JPMF AME EQ D USD USD 9.36<br />

JPMF AME LC D USD USD 8.46<br />

JPMF EAST EUR EQ D EUR EUR 28.76<br />

JPMF EM EUR EQ D USD USD 39.54<br />

JPMF EM MKT EQ D USD USD 32.53<br />

JPMF EUR GB BAL FUND D EUR EUR 120.42<br />

JPMF EUROL EQ D EUR EUR 7.8<br />

JPMF EUROP CONVERG EQ D EUR EUR 23.86<br />

JPMF EUROP DY D EUR EUR 11.26<br />

JPMF EUROP EQ D EUR EUR 7.48<br />

JPMF EUROP SM CAP D EUR EUR 8.48<br />

JPMF EUROP STRAT GR D EUR EUR 6.95<br />

JPMF EUROP STRAT VAL D EUR EUR 10.97<br />

JPMF GERM EQ D-EUR EUR 2.43<br />

JPMF GB DY D USD USD 12.63<br />

JPMF GB EQ D USD USD 9.31<br />

JPMF GLB NA RE DACC EUR EUR 12.76<br />

JPMF LAT AM EQ D USD USD 46.21<br />

JPMF US ST GR D USD USD 5.21<br />

JPMF US ST VAL D USD USD 11.85<br />

JPM US TECH D EUR EUR 7.22<br />

Fundo Último Divisa<br />

valor€<br />

Fundo Divisa Valor<br />

ALPHA ADV. EUROPE FIXED INCOME B EUR 29.17<br />

AMERICAN FRANCHISE B EUR 17.69<br />

ASIAN EQUITY B EUR 23.49<br />

ASIAN PROPERTY B EUR 9.59<br />

COMMODITIES ACTIVE GSLE B EUR 13.8<br />

DIV. ALPHA PLUS VAR 400 EUR B EUR 24.64<br />

EMERG EUROP, M-EAST & AFRICA EQ B EUR 48.55<br />

EMERGING MARKETS DEBT B EUR 37.71<br />

EMERGING MARKETS DOMESTIC DEBT B EUR 21.5<br />

EMERGING MARKETS EQUITY B EUR 21.77<br />

EURO BOND B EUR 10.72<br />

EURO CORPORATE BOND B EUR 32.67<br />

EURO LIQUIDITY B EUR 11.8962<br />

EURO STRATEGIC BOND B EUR 28.74<br />

EUROPEAN CURR. HIGH YIELD BOND B EUR 12.62<br />

EUROPEAN EQUITY ALPHA B EUR 23.32<br />

EUROPEAN PROPERTY B EUR 15.8<br />

EUROPEAN SMALL CAP VALUE B EUR 31.61<br />

EUROZONE EQUITY ALPHA B EUR 6.5<br />

FX ALPHA PLUS RC 200 B EUR 25.09<br />

FX ALPHA PLUS RC 400 B EUR 24.43<br />

FX ALPHA PLUS RC 800 B EUR 23.05<br />

GLOBAL BOND B EUR 21.25<br />

GLOBAL BRANDS B EUR 34.4<br />

GLOBAL CONVERTIBLE BOND B EUR 21.48<br />

GLOBAL PROPERTY B EUR 12.33<br />

GLOBAL SMALL CAP VALUE B EUR 20.02<br />

GLOBAL VALUE EQUITY B EUR 21.67<br />

INDIAN EQUITY B EUR 18.79<br />

JAPANESE EQUITY ADVANTAGE B EUR 13.11<br />

JAPANESE VALUE EQUITY B EUR 5.37<br />

LATIN AMERICAN EQUITY B EUR 42.54<br />

SHORT MATURITY EURO BOND B EUR 16.9<br />

US EQUITY GROWTH B EUR 19.66<br />

US PROPERTY B EUR 21.3<br />

US SMALL CAP GROWTH B EUR 21.44<br />

US VALUE EQUITY B EUR 11.29<br />

USD LIQUIDITY B USD 12.5466<br />

+34 91 538 25 00<br />

www.pictetfunds.pt<br />

Fundo Divisa Valor<br />

PF(LUX)-ABSL RTN GLO DIV-R EUR 107.01<br />

PF(LUX)-AGRICULTURE-R EUR 126.35<br />

PF(LUX)-ASN EQ (EXJPN)-HR-EUR EUR 124.12<br />

PF(LUX)-ASN EQ (EXJPN)-R USD 159.96<br />

PF(LUX)-ASIAN EQ (EX-JAPAN)-R EUR 111.54<br />

PF(LUX)-ASN LCL CCY DBT-R USD 125.85<br />

PF(LUX)-BIOTECH-HR-R EUR 207.1<br />

PF(LUX)-BIOTECH-R USD 271.41<br />

PF(LUX)-BIOTECH-R EUR 188.64<br />

PF(LUX)-EASTERN EU-R EUR 318.83<br />

PF(LUX)-EM LCL CCY DBT-HR-EUR EUR 106.76<br />

PF(LUX)-EM LCL CCY DBT-R USD 158.66<br />

PF(LUX)-EM MKTS-HR-R EUR 365.75<br />

PF(LUX)-EM MKTS LDX-R USD 228.36<br />

PF(LUX)-EM MKTS-R USD 524.66<br />

PF(LUX)-EUR BDS-R EUR 376.18<br />

PF(LUX)-EUR CORP BDS-R EUR 146.43<br />

PF(LUX)-EUR GVT BDS-R EUR 115.15<br />

PF(LUX)-EUR HY-R EUR 147.4<br />

PF(LUX)-EUR INFL LK BDS-R EUR 109.47<br />

PF(LUX)-EUR LIQ-R EUR 133.55<br />

PF(LUX)-EUR SMT BDS-R EUR 120.03<br />

PF(LUX)-EUROLAND LDX-R EUR 89.52<br />

PF(LUX)-EU SUST EQ-R EUR 132.56<br />

PF(LUX)-EU LDX-R EUR 100.05<br />

PF(LUX)-EU EQ SEL-R EUR 398.45<br />

PF(LUX)-(EUR) SOV LIQ-R EUR 102.17<br />

PF(LUX)-GENERICS-HR-EUR EUR 94.65<br />

PF(LUX)-GENERICS-R USD 119.22<br />

PF(LUX)-GLO EM CCY-HR-EUR EUR 66.02<br />

PF(LUX)-GLO EM CCY-R USD 103.2<br />

PF(LUX)-GLO MEGATR SEL-R USD 134.47<br />

PF(LUX)-GLO EM DBT-HR-R EUR 181.89<br />

PF(LUX)-GLO EM DBT-R USD 238.88<br />

PF(LUX)-GLO MEGATREND SEL-R EUR 93.77<br />

Fundo Último Divisa<br />

valor€<br />

PF(LUX)-GREATER CHINA-R USD 345.63<br />

PF(LUX)-INDIAN EQ-R USD 358.84<br />

PF(LUX)-JPNL LDX-R JPY 8974.91<br />

PF(LUX)-JPN EQ SEL-HR-EUR EUR 52.53<br />

PF(LUX)-JPN EQ SEL-R JPY 7436.77<br />

PF(LUX)-JAPANESE EQ SELECTION-R EUR 55.78<br />

PF(LUX)-JPN EQ 130/30-R JPY 4337.96<br />

PF(LUX)-JAPANESE EQUITIES 130/30-R EUR 32.54<br />

PF(LUX)-JAPANESE MID-SMALL CAP-R EUR 57.99<br />

PF(LUX)-JPN SMID CAP-R JPY 7730.96<br />

PF(LUX)-LATAM LCL CCY DBT-R USD 120.16<br />

PF(LUX)-MID EAST AND NTH AFR-HR-R EUR 28.13<br />

PF(LUX)-MID EAST AND NTH AFR-R USD 44.91<br />

PF(LUX)-PAC (EXJPN) LDX-R USD 274.98<br />

PF(LUX)-PREMIUM BRANDS-R EUR 62.6<br />

PF(LUX)-RUSSIAN EQ-R USD 66.92<br />

PF(LUX)-SECURITY-R USD 98.3<br />

PF(LUX)-SMALL CAP EU-R EUR 444.22<br />

PF(LUX)-TIMBER-R USD 109.85<br />

PF(LUX)-US EQ-R USD 98.26<br />

PF(LUX)-US EQ GWTH SEL-HR-EUR EUR 76.23<br />

PF(LUX)-US EQ GWTH SEL-R USD 100.4<br />

PF(LUX)-USA LDX-R USD 90.46<br />

PF(LUX)-USD GVT BDS-R USD 495.83<br />

PF(LUX)-USD LIQ-R USD 128.69<br />

PF(LUX)-USD SMT BDS-R USD 120.08<br />

PF(LUX)-(USD) SOV LIQ-R USD 101.32<br />

PF(LUX)-TIMBER-R EUR 76.6<br />

PF(LUX)-US EQ VALUE SEL HR-R EUR 83.91<br />

PF(LUX)-US EQ VALUE SEL-R USD 118.43<br />

PF(LUX)-WATER-R EUR 118.87<br />

PF(LUX)-WORLD GOV BONDS-R EUR 112.6<br />

Pioneer P.F. - Global Changes EUR 45.26<br />

Pioneer P.F. - Global Defensive EUR 47.89<br />

Pioneer P.F. - Global Defensive CZK 893.14<br />

Pioneer P.F. - Global Defensive USD 8.39<br />

Pioneer P.F. - Global Defensive EUR 5.83<br />

Pioneer P.F. - Global Defensive EUR 5.54<br />

Pioneer P.F. - Global Defensive EUR 6.07<br />

Pioneer P.F. - Global Defensive EUR 5.69<br />

Pioneer P.F. - Global Defensive Plus USD 6.62<br />

Pioneer P.F. - Global Defensive Plus EUR 4.6<br />

Pioneer P.F. - Global Defensive Plus EUR 4.34<br />

Pioneer P.F. - Global Defensive Plus EUR 4.732<br />

Pioneer P.F. - Global Defensive Plus EUR 4.457<br />

Pioneer P.F. - Global Dynamic CZK 766.87<br />

Pioneer P.F. - Global Dynamic EUR 44.31<br />

Pioneer P.F. - Global Dynamic EUR 4.245<br />

Pioneer P.F. - Global Dynamic EUR 4.155<br />

Pioneer P.F. - Global Progressive CZK 595.49<br />

Pioneer P.F. - Global Progressive EUR 33.45<br />

Pioneer P.F. - Global Progressive EUR 3.34<br />

Pioneer P.F. - Global Progressive EUR 3.272<br />

www.schroders.pt<br />

SISF Swiss Equity A Acc 26.53 CHF<br />

SISF Taiwanese Equity A Acc 10.54 USD<br />

SISF US Dollar Bond A Acc 17.54 USD<br />

SISF UK Equity A Acc 2.63 GBP<br />

SISF US All Cap A Acc 92.61 USD<br />

SISF US Small & Mid-Cap Eq A Acc 132.63 USD<br />

SISF US Smaller Companies A Acc 65.98 USD<br />

SISF US Large Cap A Acc 62.91 USD<br />

SISF US Dollar Liquidity A Acc 105.42 USD<br />

SISF World Def 3 Monthly A Acc 81.72 EUR<br />

SISF EURO Government Liquidity A Acc 100.24 EUR<br />

SISF Global Managed Currency A Acc 102.97 USD<br />

SISF China Opps HKD A Acc 10.19 HKD<br />

SISF Glob Mgd Ccy EUR A Acc 102.34 EUR<br />

SISF Glob Mgd Ccy GBP A Acc 106.37 GBP<br />

SISF Asian Tot Ret EUR Hdg A Acc 117.13 EUR<br />

SISF Asian Conv Bd EUR Hdg A Acc 100.73 EUR<br />

SISF Asian Bond EUR Hg A Acc 98.18 EUR<br />

SISF Em Mk Dt Abs Ret EUR Hg A Acc 28.37 EUR<br />

SISF QEP Glb Act Val EUR Hdg A Acc 73.18 EUR<br />

SISF Global Conv Bd EUR Hdg A Acc 100.03 EUR<br />

SISF Glb Clim Chge Eq EUR Hg A Acc 8.06 EUR<br />

SISF Glbl High Yld EUR Hdg A Acc 26.27 EUR<br />

SISF Glbl Propty Sec EUR Hdg A Acc 95.86 EUR<br />

SISF Global Corporate Bond EUR Hdg A Acc121.23 EUR<br />

SISF Japanese Equity EUR Hdg A Acc 58.22 EUR<br />

SISF Strategic Bond EUR Hdg A Acc 119.79 EUR<br />

Sexta-feira 8 Janeiro 2010 Diário <strong>Económico</strong> | FINANÇAS PESSOAIS XV<br />

FUNDOS DE INVESTIMENTO INTERNACIONAIS<br />

Fundo Último Divisa<br />

valor€<br />

SISF US Dollar Bond EUR Hdg A Acc 119.14 EUR<br />

SISF US Small & Mid EUR Hg A Acc 87.79 EUR<br />

SISF US Large Cap EUR Hedged A Acc 84.4 EUR<br />

SISF Glob Mgd Ccy EUR Hdg A Acc 98.26 EUR<br />

SISF BRIC (Braz Ru In Ch) EUR A Acc 143.73 EUR<br />

SISF Emerging Asia EUR A Acc 15.92 EUR<br />

SISF Emerging Markets EUR A Acc 8.72 EUR<br />

SISF QEP Glob Act Value EUR A Acc 87.53 EUR<br />

SISF Glbl Clim Chge Eqty EUR A Acc 8.28 EUR<br />

SISF Global Equity Alpha EUR A Acc 83.23 EUR<br />

SISF Glbl Emgng Mkt Opps EUR A Acc 12.43 EUR<br />

SISF Global Energy EUR A Acc 24.67 EUR<br />

SISF Global Equity Yield EUR A Acc 70.41 EUR<br />

SISF QEP Global Quality EUR A Acc 80.23 EUR<br />

SISF Greater China EUR A Acc 25.34 EUR<br />

SISF Latin American EUR A Acc 36.07 EUR<br />

SISF Middle East EUR A Acc 7.17 EUR<br />

SISF Pacific Equity EUR A Acc 6.96 EUR<br />

SISF US Sml & Mid-Cap Eq EUR A Acc 91.99 EUR<br />

SISF US Large Cap EUR A Acc 43.81 EUR<br />

SISF Asian Local Ccy Bd SGD Hg A Acc 9.98 SGD<br />

SISF Asian Bond SGD Hg A Acc 9.35 SGD<br />

SISF China Opps SGD Hg A Acc 7.54 SGD<br />

SISF Glbl Clim Chge Eqty SGD A Acc 8.32 SGD<br />

SISF Glb Div Maximsr SGD A Acc 6.85 SGD<br />

SISF Glbl Emgng Mkt Opps SGD A Acc 12.69 SGD<br />

SISF Latin American SGD A Acc 72.59 SGD<br />

SISF Middle East SGD A Acc 6.51 SGD<br />

SISF Pacific Equity SGD A Acc 9.18 SGD<br />

SISF Glbl Inf Lkd Bd USD Hdg A Acc 24.71 USD<br />

SISF EURO Corporate Bd USD Hd A Acc 110.79 USD<br />

SISF Japanese Equity Alpha USD A Acc 9.18 USD<br />

SISF Japanese Large Cap USD A Acc 8.2 USD<br />

SISF Asian Equity Yield A Dis 13.83 USD<br />

SISF Asian Local Currency Bond A Dis 96.33 USD<br />

SISF Asian Bond A Dis 7.04 USD<br />

SISF Em Europe Debt Abs Ret A Dis 14.84 EUR<br />

SISF EURO Bond A Dis 7.89 EUR<br />

SISF European Div Maxmsr A Dis 58.05 EUR<br />

SISF European Equity Alpha A Dis 35.43 EUR<br />

SISF European Large Cap A Dis 125.61 EUR<br />

SISF European Equity Yield A Dis 8.7 EUR<br />

SISF EURO Equity A Dis 18.84 EUR<br />

SISF Emer Mkts Debt Abs Ret A Dis 14.15 USD<br />

SISF Emerging Europe A Dis 18.55 EUR<br />

SISF Emerging Markets A Dis 12 USD<br />

SISF European Smaller Companies A Dis 17.22 EUR<br />

SISF EURO Short Term Bond A Dis 4.49 EUR<br />

SISF EURO Government Bond A Dis 5.88 EUR<br />

SISF European Defensive A Dis 10.01 EUR<br />

SISF EURO Dynamic Growth A Dis 2.81 EUR<br />

SISF QEP Global Act Value A Dis 110.83 USD<br />

SISF Global Div Maximiser A Dis 5.67 USD<br />

SISF Global Equity A Dis 13.6 USD<br />

SISF Global Equity Yield A Dis 88.32 USD<br />

SISF Glbl High Yld A Dis 19.69 USD<br />

SISF Global Bond A Dis 7.49 USD<br />

SISF Global Smaller Cos A Dis 105.61 USD<br />

SISF Global Corporate Bond A Dis 5.46 USD<br />

SISF Hong Kong Dollar Bond A Dis 15.07 HKD<br />

SISF Italian Equity A Dis 20.84 EUR<br />

SISF Japanese Equity A Dis 561.34 JPY<br />

STS Consvtve Ptf EURO Sch MM A1 Acc 104.35 EUR<br />

SAS Agriculture Fund EUR Hdg A Acc 104.94 EUR<br />

SAS Commodity Fund GBP Hdg C Dis 111.62 GBP<br />

Fundo Divisa Valor<br />

SKANDIA GREATER CHINA EQUITY FUND USD 31.1801<br />

SKANDIA GREATER CHINA EQUITY FUND USD 16.0038<br />

SKANDIA GLOBAL BOND FUND EUR 11.7805<br />

SKANDIA GLOBAL BOND FUND USD 10.4416<br />

SKANDIA GLOBAL BOND FUND USD 14.7765<br />

SKANDIA GLOBAL EQUITY FUND USD 14.1979<br />

SKANDIA GLOBAL EQUITY FUND USD 13.5707<br />

SKANDIA US LARGE CAP GROWTH FUND USD 11.3423<br />

SKANDIA US LARGE CAP GROWTH FUND USD 10.6944<br />

SKANDIA PACIFIC EQUITY FUND USD 29.8196<br />

SKANDIA PACIFIC EQUITY FUND USD 28.6446<br />

SKANDIA EUROPEAN EQUITY FUND USD 14.4462<br />

SKANDIA EUROPEAN EQUITY FUND USD 13.7981<br />

SKANDIA JAPANESE EQUITY FUND EUR 10.8783<br />

SKANDIA JAPANESE EQUITY FUND USD 9.6793<br />

SKANDIA JAPANESE EQUITY FUND USD 9.3747<br />

SKANDIA SWEDISH EQUITY FUND SEK 12.0725<br />

SKANDIA SWEDISH BOND FUND SEK 15.1746<br />

SKANDIA EUROPEAN OPPORTUNITIES FUND USD 15.1977<br />

SKANDIA EUROPEAN OPPORTUNITIES FUND USD 12.7879<br />

Fundo Último Divisa<br />

valor€<br />

SKANDIA US ALL CAP VALUE FUND EUR 9.3906<br />

SKANDIA US ALL CAP VALUE FUND USD 10.46<br />

SKANDIA US VALUE FUND USD 9.7217<br />

SKANDIA US VALUE FUND EUR 7.1407<br />

SKANDIA US CAPITAL GROWTH FUND EUR 7.7368<br />

SKANDIA US CAPITAL GROWTH FUND USD 10.493<br />

SKANDIA TOTAL RETURN USD BOND FUND USD 10.8043<br />

SKANDIA TOTAL RETURN USD BOND FUND USD 13.6939<br />

SKANDIA TOTAL RETURN USD BOND FUND USD 10.3929<br />

SKANDIA USD RESERVE FUND USD 1.1111<br />

SKANDIA EMERGING MARKET DEBT FUND USD 10.0099<br />

SKANDIA EMERGING MARKET DEBT FUND GBP 10.4716<br />

SKANDIA EMERGING MARKET DEBT FUND EUR 11.4811<br />

SKANDIA EMERGING MARKET DEBT FUND USD 11.5412<br />

SKANDIA EMERGING MARKET DEBT FUND USD 14.6635<br />

SKANDIA EMERGING MARKET DEBT FUND USD 9.4078<br />

SKANDIA EMERGING MARKET DEBT FUND USD 12.0594<br />

SKANDIA HEALTHCARE FUND USD 9.3427<br />

SKANDIA HEALTHCARE FUND USD 8.9122<br />

www.sgam.com<br />

distribution@sggestion.fr<br />

A company of Amundi Group<br />

SGAM Fund - EQUITIES / CHINA EUR 17.06<br />

SGAM Fund - EQUITIES JAPAN SMALL CAP JPY 1065.62<br />

SGAM Fund - BONDS / WORLD SGD 58.77<br />

SGAM Fund - EQUITIES / LATIN AMERICA EUR 83.96<br />

SGAM Fund - MONEY MARKET / USD EUR 11.00<br />

SGAM Fund - EQUITIES / EUROLAND FINANCIAL USD 16.80<br />

SGAM Fund - BONDS / EUROPE HIGH YIELD USD 30.31<br />

SGAM Fund - EQUITIES / GLOBAL ENERGY EUR 13.08<br />

SGAM Fund - EQUITIES US CONCENTRATED COREEUR 15.93<br />

SGAM Fund - EQUITIES / EUROPE OPPORTUNITIESUSD 155.48<br />

SGAM Fund - EQUITIES / GLOBAL RESOURCES EUR 80.07<br />

SGAM Fund - MONEY MARKET / EURO USD 39.42<br />

SGAM Fund - EQUITIES / GOLD MINES EUR 22.48<br />

SGAM Fund - EQUITIES / EUROLAND CYCLICALS USD 26.09<br />

SGAM Fund - ABSOLUTE RETURN FOREX USD 154.54<br />

SGAM Fund - EQUITIES / EUROLAND USD 15.86<br />

SGAM Fund - EQUITIES / CONCENTRATED EUROPEUSD 39.55<br />

SGAM Fund - EQUITIES / ASIA<br />

PAC DUAL STRATEGIES EUR 7.42<br />

SGAM Fund - EQUITIES / JAPAN CONCENTRATEDUSD 73.04<br />

SGAM Fund - EQUITIES JAPAN SMALL CAP USD 11.47<br />

SGAM Fund - EQUITIES / JAPAN TARGET USD 17.92<br />

SGAM Fund - EQUITIES / JAPAN COREALPHA USD 81.24<br />

SGAM Fund - EQUITIES / JAPAN COREALPHA JPY 7545.22<br />

SGAM Fund-EQUITIES GLOBAL<br />

ENVIRONMENT OPPORTUNITIE EUR 45.29<br />

SGAM Fund - EQUITIES EUROPE EXPANSION USD 104.61<br />

SGAM Fund - EQUITIES US MULTI STRATEGIES EUR 15.15<br />

SGAM Fund - EQUITIES / EMERGING EUROPE USD 35.35<br />

SGAM Fund - BONDS EURO CORPORATE USD 33.41<br />

SGAM Fund - EQUITIES /US FOCUSED EUR 11.34<br />

SGAM Fund - EQUITIES US MID CAP GROWTH EUR 1154.91<br />

SGAM Fund - EQUITIES / US SMALL CAP VALUE EUR 11.42<br />

SGAM Fund - INDEX US EUR 74.05<br />

SGAM Fund - BONDS / CONVERGING EUROPE USD 42.96<br />

SGAM Fund - BONDS / EURO EUR 41.12<br />

SGAM Fund - EQUITIES<br />

CONCENTRATED EUROLAND USD 136.05<br />

SGAM Fund - EQUITIES / EUROLAND SMALL CAPUSD 211.83<br />

SGAM Fund - EQUITIES / EUROLAND VALUE USD 158.07<br />

SGAM Fund - BONDS/ OPPORTUNITIES USD 151.33<br />

SGAM Fund - BONDS / EUROPE EUR 39.06<br />

SGAM Fund - EQUITIES / US LARGE CAP GROWTHEUR 10.84<br />

SGAM Fund - EQUITIES US MID CAP GROWTH EUR 21.31<br />

SGAM Fund - BONDS US OPPORTUNISTIC CORE +USD 36.89<br />

SGAM Fund - BONDS / WORLD USD 42.12<br />

SGAM Fund - EQUITIES / GLOBAL EUR 19.74<br />

SGAM Fund - EQUITIES / GLOBAL<br />

EMERGING COUNTRIES EUR 6.97<br />

SGAM Fund - EQUITIES / EUROPE OPPORTUNITIESEUR 108.07<br />

SGAM Fund - EQUITIES / INDIA EUR 94.00<br />

SGAM Fund - EQUITIES / LATIN AMERICA EUR 83.96<br />

SGAM Fund - EQUITIES / EUROLAND CYCLICALS USD 1663.67<br />

SGAM Fund - BONDS / EURO INFLATION LINKED EUR 114.53<br />

A informação nos fundos WestLB Mellon<br />

Compass Funds é indicada sob<br />

“BNY Mellon Asset Management<br />

Fonte: Euronext Lisboa / Clientes<br />

Nota 1: Segundo a fiscalidade portuguesa, os fundos de investimento<br />

mobiliário nacionais são tributados na fonte. Por essa razão,<br />

as rentabilidades apresentadas são líquidas de impostos para<br />

participantes singulares. Inversamente, os fundos estrangeiros comercializados<br />

em Portugal não estão sujeitos à retenção na fonte,<br />

e portanto as rentabilidades apresentadas são brutas. Nestes fundos,<br />

é da responsabilidade dos participantes declarar à autoridade<br />

fiscal os rendimentos obtidos, que serão assim englobados na<br />

sua declaração de rendimentos.<br />

Nota 2: Os fundos internacionais estão ordenados por ordem alfabética,<br />

sem identificar se se trata de fundos de acções, obrigações<br />

ou outros.


finanças pessoais Propriedade<br />

OUTROS MERCADOS<br />

Câmbios e taxas de juro<br />

Dólar em alta com dados<br />

económicos fracos na Europa<br />

Ontem a moeda americana<br />

negociava em alta face ao<br />

euro, beneficiada pelo facto<br />

de terem sido divulgados<br />

dados económicos, mais<br />

fracos do que o esperado, na<br />

Alemanha e nos restantes<br />

países da Zona Euro. Contas<br />

feitas, à hora de fecho da<br />

edição, o euro caía 0,68%<br />

para os 1.4312 dólares. Ao<br />

mesmo tempo, o dólar também<br />

conseguiu fortalecerse<br />

perante o iene, em consequência<br />

das declarações do<br />

novo ministro das finanças<br />

japonês, ao afirmar que gostariadeveroieneaperder<br />

mais valor. Na sessão de ontem<br />

o dólar bateu o valor<br />

mais elevado face à moeda<br />

japonesa em quatro meses. ■<br />

LIBOR<br />

Prazo USD EUR GBP JPY CHF<br />

Overnight 0.175 0.27625 0.50875 0.11375 0.055<br />

1 semana 0.20813 0.3275 0.51063 0.13125 0.06333<br />

2 semanas 0.2225 0.3475 0.515 0.14281 0.075<br />

1 mês 0.23219 0.41375 0.515 0.15875 0.10667<br />

2 meses 0.24219 0.51375 0.5425 0.20125 0.17833<br />

3 meses 0.25 0.65 0.61188 0.26875 0.25167<br />

4 meses 0.28625 0.75813 0.69 0.35875 0.27667<br />

5 meses 0.34313 0.85625 0.76563 0.41625 0.3075<br />

6 meses 0.42563 0.9675 0.84313 0.475 0.33833<br />

7 meses 0.50375 1.01375 0.91375 0.525 0.39167<br />

8 meses 0.6075 1.06188 0.98625 0.565 0.44667<br />

9 meses 0.695 1.1075 1.055 0.60875 0.495<br />

10 meses 0.78 1.14375 1.12125 0.635 0.545<br />

11 meses 0.87 1.18563 1.1875 0.665 0.58833<br />

1 ano 0.96031 1.22125 1.25875 0.69375 0.63667<br />

Rentabilidades Internacionais<br />

Euribor 3 meses<br />

Últimas 30 sessões<br />

Euribor 6 meses<br />

Últimas 30 sessões<br />

Matérias-primas<br />

Brent* (USD/Barril) Londres<br />

Últimas 6 sessões 81.89<br />

Petrolíferas Londres<br />

BRENT Máx. Min. Fecho<br />

FEB0 82.05 81.05 81.89<br />

MAR0 82.58 81.58 82.49<br />

APR0 83.15 82.22 83.17<br />

MAY0<br />

JUN0<br />

83.74<br />

84.31<br />

82.81<br />

83.35<br />

83.8<br />

84.37<br />

JUL0 84.7 83.86 84.9<br />

AUG0 85.2 84.66 85.42<br />

GASOLEO Máx. Min. Fecho<br />

MAY2 0 0 91.32<br />

JUN2<br />

JUL2<br />

0<br />

0<br />

0<br />

0<br />

91.46<br />

91.6<br />

AUG2 0 0 91.75<br />

SEP2 0 0 91.89<br />

OCT2 0 0 92.03<br />

Petrolíferas Nova Iorque<br />

CRUDE Máx. Min. Fecho<br />

JAN7 63.00 61.70 61.55<br />

FEB7 64.20 62.95 62.77<br />

MAR7 65.05 63.84 63.71<br />

APR7 65.72 64.59 64.45<br />

MAY7<br />

JUN7<br />

66.35<br />

66.55<br />

65.98<br />

65.81<br />

65.06<br />

65.56<br />

JUL7 0.00 0.00 66.00<br />

GASOLEO Máx. Min. Fecho<br />

JUN0 0 0 65.99<br />

JUL0 0 0 65.87<br />

AUG0 0 0 65.75<br />

SEP0<br />

OCT0<br />

NOV0<br />

0<br />

0<br />

0<br />

0<br />

0<br />

0<br />

65.63<br />

65.51<br />

65.39 1180<br />

DEC0 65.9 65.6 65.26<br />

JAN1 0 0 65.15 1160<br />

Metais não ferrosos<br />

Base metal laminados 06/01/10<br />

1140<br />

07/01/10<br />

Cobre<br />

Latão 63/37<br />

6,476<br />

5,088<br />

6,488<br />

1120<br />

5,101<br />

Latão 67/33<br />

Latão 70/30<br />

5,238<br />

5,350<br />

5,251<br />

5,364 1100<br />

Latão 85/15 5,913 5,926<br />

Bronze 6,961 6,981<br />

1080<br />

Euribor 12 meses<br />

0,692<br />

0.989<br />

Últimas 30 sessões<br />

1,243<br />

EURIBOR<br />

EUA Japão R. Unido Alemanha França Itália<br />

O/N 5.23 0.45 5.17 -- -- --<br />

3 Meses 5.05 0.56 5.49 -- 3.81 --<br />

1 Ano -- 0.67 5.59 4.08 4.04 --<br />

2 Anos 4.59 0.83 5.46 4.04 4.06 4.1<br />

5 Anos 4.54 1.21 5.24 4.05 4.07 4.14<br />

10 Anos 4.65 1.66 4.97 4.08 4.13 4.3<br />

30 Anos 4.84 2.36 4.43 4.26 4.31 4.61<br />

Tx. desconto 6.25 0.75 .... .... .... ....<br />

Prime-rates 8.25 2.2 5.25 .... .... 7.125<br />

Prazo Última Anterior<br />

1 Semana 0,365 0,367<br />

1 Mês 0,448 0,45<br />

2 Meses 0,548 0,55<br />

3 Meses 0,692 0,694<br />

4 Meses 0,789 0,79<br />

5 Meses 0,881 0,884<br />

6 Meses 0,989 0,992<br />

7 Meses 1,028 1,031<br />

8 Meses 1,072 1,076<br />

9 Meses 1,121 1,126<br />

10 Meses 1,162 1,166<br />

11 Meses 1,202 1,205<br />

12 Meses 1,243 1,246<br />

Metais Londres<br />

Fixing Fixing Fecho<br />

manhã Tarde<br />

OURO 1130.25 1130.75 1130<br />

PRATA 1809 1789 1789<br />

PLATINA 1548 1542 1556<br />

PALADIO 426 423 422<br />

Metais LME Por Tonelada<br />

BID ASK<br />

COBRE 7587.0 87.5<br />

ALUMINIO 2302.0 03.0<br />

ZINCO 2617.5 18.0<br />

NIQUEL 18950 18955<br />

CHUMBO 17450/ 7500<br />

ESTANHO 1990.0 00.0<br />

ALUM. ALLOY 2125.0 30.0<br />

Oleaginosas Roterdão<br />

Produto Entrega Ontem Véspera<br />

SOJA<br />

contrato venda venda<br />

Mar10 435.4 444.7<br />

Apr10 427.8 437.7<br />

COLZA<br />

Jun10 425.8 436.5<br />

Feb10/Apr10 660 655<br />

May10/Jul10 665 668<br />

GIRASSOL<br />

Aug10/Oct10 670 675<br />

Jan10 990 1015<br />

Feb10/Mar10 995 1040<br />

COCO<br />

Apr10/Jun10 1010 1050<br />

MAR10 2307 0<br />

JUL10 2325 0<br />

PALMA BRUTA<br />

SEP10 2399 0<br />

Jan10 805 827.5<br />

Feb10 815 837.5<br />

Mar10 822.5 842.5<br />

Ouro* (USD/Onça) Londres<br />

Últimas 6 sessões 1130<br />

Euro dólar<br />

Últimas 30 sessões<br />

Taxas do euro<br />

1.4318<br />

Taxas irrevog. Taxas bilat.<br />

Moeda do euro indic. esc.<br />

Franco belga 40.3399 4.96982<br />

Marco alemão 1.95583 102.505<br />

Peseta 166.386 1.20492<br />

Franco francês 6.55957 30.5633<br />

Libra irlandesa 0.787564 254.560<br />

Lira italiana 1936.27 0.10354<br />

Franco luxemburguês 40.3399 4.96982<br />

Florim 2.20371 90.9748<br />

Xelim austríaco 13.7603 14.5696<br />

Escudo 200.482 –<br />

Markka finlandesa 5.94573 33.7187<br />

Dracma 340.750 0.588355<br />

Câmbios<br />

X por Cross<br />

Moeda 1 euro dólar<br />

Dólar dos EUA 1.4304 ---<br />

Dólar australiano 1.5611 1.091373043<br />

Lev da Bulgária 1.9558 1.367309843<br />

Dólar canadiano 1.4789 1.0339066<br />

Franco suíço 1.4832 1.036912752<br />

Coroa checa 26.37 18.43540268<br />

Coroa dinamarquesa 7.4411 5.202111298<br />

Coroa da Estónia 15.6466 10.93861857<br />

Libra esterlina 0.8996 0.628914989<br />

Dólar de Hong-Kong 11.093 7.755173378<br />

Forint da Hungria 270.3 188.9681208<br />

Coroa da Islândia 290 202.7404922<br />

Iene do Japão 133.5 93.33053691<br />

Won da Coreia do Sul 1623.5 1134.997204<br />

Litas da Lituânia 3.4528 2.413870246<br />

Lats da Letónia 0.7093 0.49587528<br />

Coroa norueguesa 8.198 5.731263982<br />

Dólar da N. Zelândia 1.9536 1.365771812<br />

Zloty da Polónia 4.1225 2.882060962<br />

Coroa sueca 10.212 7.139261745<br />

Dólar de Singapura 1.9993 1.397720917<br />

Coroa da Eslováquia 30.126 21.06124161<br />

Lira turca 2.1093 1.474622483<br />

Rand da África do Sul 10.5883 7.402335011<br />

Real brasileiro 2.4969 1.745595638<br />

Nota: Taxas de câmbio de referência do Banco<br />

Central Europeu, de cerca das 12:30 horas<br />

OT/Benchmark/MEDIP<br />

Prazo Cupão Maturidade Fecho Yield<br />

1 Ano 3.25 39644 99.002 4.045<br />

2 Anos 3.95 40009 99.922 3.979<br />

4 Anos 3.2 40648 97.007 4.015<br />

5 Anos 5 41075 104.46 4.031<br />

6 Anos 5.45 41540 107.96 4.027<br />

7 Anos 4.375 41806 101.88 4.067<br />

8 Anos 3.35 42292 94.67 4.099<br />

9 Anos 4.2 42658 100.255 4.161<br />

Agrícolas Londres<br />

CACAU Máx. Min. Fecho<br />

MAR0 2290 2249 2284<br />

MAY0 2298 2260 2290<br />

JUL0 2274 2235 2268<br />

SEP0 2229 2215 2234<br />

DEC0 2194 2183 2197<br />

MAR1 0 0 2162<br />

MAY1 0 0 2142<br />

AÇUCAR Máx. Min. Fecho<br />

MAR0 748 728 731.4<br />

MAY0 731.2 713.9 714.7<br />

AUG0 670.8 659 656<br />

OCT0 608.9 598 599.3<br />

DEC0 570 563 569.3<br />

MAR1 542.1 535.4 546.2<br />

MAY1 527.1 519.4 532.7<br />

Agrícolas Chicago<br />

MILHO Máx. Min. Fecho<br />

MAR0 424 414.5 421.75<br />

MAY0 434 425 432<br />

JUL0 442.5 434 440.75<br />

SEP0 445.5 439 444.75<br />

DEC0 449.25 442.5 448.75<br />

MAR1 459 452 458.25<br />

MAY1 465.25 460 464.25<br />

TRIGO Máx. Min. Fecho<br />

MAR0 568 556 567.25<br />

MAY0 580.25 568.25 579.75<br />

JUL0 590 578.25 589.5<br />

SEP0 602.75 593 602.75<br />

DEC0 624 614 625<br />

MAR1 640 638 645.75<br />

MAY1 647.75 646.25 653.25<br />

SOJA Máx. Min. Fecho<br />

JAN0 1052 1020 1050.5<br />

MAR0 1063 1027.25 1059<br />

MAY0 1067 1032 1063<br />

JUL0 1071 1036.75 1066.7<br />

Agrícolas Nova Iorque<br />

ALGODÃO Máx. Min. Fecho<br />

MAY0 94 51.38 74.73<br />

JUL0 100 51.72 75.25<br />

OCT0 91.75 64.73 74.77<br />

DEC0 100.5 53.87 74.86<br />

MAR1 94.5 61.89 76.24<br />

MAY1 78.02 68.05 76.87<br />

JUL1 80 73.5 77.5<br />

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Eurolist Dívida Pública<br />

Valor Taxa Maturid. Últ. Data Mont. Cot. Yeld<br />

mobiliário juro % cot. últ. cot. negoc. ant.<br />

OT-MAIO 5.85%10 5.85 20 MAY 2010 0 20 NOV 2009 0 105.8 0<br />

OT-JUN 5 1/7%11 5.15 15 JUN 2011 0 10 OCT 2008 0 104.48 0<br />

OT-SET 5 4/9%13 5.45 23 SEP 2013 0 31 DEC 2009 0 107.15 0<br />

Eurolist Outros fundos públicos<br />

Título Taxa juro Montante Preço fecho Data cot. Cotação<br />

neg.(milh.) % v. nomin. anterior anterior<br />

CMOEIRAS93 4,375 41 99,11 2003-02-25 99,00<br />

CMSINTRA97 3,375 0<br />

CP-T.VR.95 2,795 0 2003-03-05 99,40<br />

EXPO9897.2 3,146 0 2001-07-12 99,90<br />

G.R.M...94 2,6875 0 2003-02-14 99,50<br />

GRA..1A.92 3,5625 0 2003-02-21 99,90<br />

GRA..1A.93 4,15 0 2002-11-06 100,00<br />

LISBOA.99 2,708 0<br />

LISNA.91-A 2,875 0 2003-03-06 97,00<br />

LISNA.91-B 2,875 0 2003-03-06 97,00<br />

LISNAVE.92 2,844 0 2003-03-07 96,92<br />

P.EXPO9897 2,739 0 2002-12-04 100,00<br />

RAA.96 3,0 0 2001-02-09 100,17<br />

RAM..96/06 2,656 0 1996-11-04 100,60<br />

RAM.01/16 3,381 0 2002-09-17 100,20<br />

RAM.1.S.97 2,713 0 1997-12-31 100,00<br />

RAM.2E 96 2,748 0 1997-12-31 100,00<br />

RAM.98 2,755 0 1999-06-30 100,00<br />

RAM.99 2,913 0<br />

SINTRA2S97 3,375 0<br />

Eurolist/Obrigações Diversas<br />

Título Taxa juro Montante Preço fecho Data cot. Cotação<br />

neg.(milh.) % v. nomin. anterior anterior<br />

BCPIEM0405 2,0 110 98,65 2003-03-07 98,59<br />

J.MART.W96 2,40625 72 97,76 2003-03-07 96,32<br />

CONTIN..95 3,5625 65 99,89 2003-03-06 99,91<br />

BCPICG1005 0,0 57 91,95 2003-02-26 91,68<br />

BCPA TEL00 0,0 49 93,72 2003-03-07 93,65<br />

BCPI7%1003 7,0 45 100,56 2003-02-21 100,80<br />

BCPICG33PL 0,0 37 93,56 2003-03-07 93,49<br />

BCPI IDJ04 6,25 25 103,47 2003-03-07 103,44<br />

BCPA TM 00 0,0 25 92,00 2003-03-07 91,92<br />

BPICSSEU00 0,0 19 98,86 2003-02-28 98,81<br />

BCPI IM 05 0,0 16 95,92 2003-02-27 96,08<br />

BPI CM1E00 0,0 15 95,40 2003-03-07 95,34<br />

BPI.CAZE01 0,0 15 100,95 2003-03-07 100,81<br />

BCPIEGLB01 0,0 13 93,50 2003-02-28 93,20<br />

BPI.CS2.01 0,0 13 100,74 2003-03-06 100,42<br />

BCPIAP0703 7,25 11 99,50 2003-03-07 99,47<br />

BCPIEUR.01 0,0 11 101,11 2003-03-07 101,07<br />

TOTMUND02 0,0 10 94,41 2003-03-07 94,35<br />

BPI.CSZE00 0,0 10 107,27 2003-03-07 107,27<br />

BPI.OBCS01 3,65 9 100,01 2003-03-06 100,00<br />

BPI CM4E00 0,0 6 95,01 2003-03-07 94,94<br />

CGDVERAC00 0,0 5 98,40 2003-03-05 98,40<br />

BPI.CSQ01 0,0 5 102,73 2003-03-07 102,66<br />

BCPIAP0803 7,25 5 99,91 2003-03-06 100,01<br />

BPI.CSRM02 0,0 5 100,02 2003-03-06 100,01<br />

BCPAISTX00 0,0 5 94,88 2003-03-03 94,69<br />

BCPA CGI99 0,0 5 94,21 2003-03-07 94,21<br />

BCPIAP0804 0,0 5 94,81 2003-03-07 94,76<br />

BCPIAP0704 0,0 3 94,99 2003-03-06 94,97<br />

SCP.RF0205 6,45 3 92,00 2003-03-06 92,00<br />

BSPPNI9M00 3,0 3 98,91 2003-02-28 98,81<br />

BCPA MED00 0,0 2 91,79 2003-02-27 91,54<br />

BPI.CSIM01 0,0 2 92,25 2003-03-07 92,12<br />

BPICSZE200 0,0 2 92,20 2003-03-07 91,10<br />

BCPIAP09037 7,25 1 100,28 2003-03-06 100,29<br />

BCPIAP0904 0,0 1 94,22 2003-03-06 94,24<br />

INPAR.9804 3,138 1 95,02 2003-03-06 95,50<br />

BPI CM3E00 0,0 1 95,18 2003-03-06 95,02<br />

BPIRF30003 4,0 1 99,78 2003-02-25 99,83<br />

CPPEUR.+01 0,0 1 102,50 2003-03-07 102,48<br />

ENG.WARR98 1,555 0 95,00 2003-02-26 92,75<br />

BCPI IDJ05 0,0 0 92,41 2003-03-07 92,38<br />

BSPBEURP01 0,0 0 102,81 2003-02-21 102,66<br />

PUB<br />

Eurolist Unidades de Participação<br />

Título Quant. Fecho Fecho<br />

transac. E Esc.<br />

EUROSUL 0 0<br />

M.ACC.EURO 0 0<br />

N.ECONOMIA 51 46,15 9252<br />

REDES C.98 100 49,01 9826<br />

SAUDELAZER 678 48,01 9625<br />

VALFUT2005 488 46,41 9304<br />

Eurolist - Titulos de Participação<br />

Título Taxa juro Montante Preço fecho Data cot. Cotação<br />

neg.(milh.) % v. nomin. anterior anterior<br />

B.MELLO.87 3,652 0 2003-03-07 95,00<br />

BFN.....87 3,564 0 2003-03-07 100,00<br />

BFN.2...87 2,958 0 2003-03-06 100,00<br />

BTA ....87 2,42559 0 2003-02-14 61,52<br />

CPP.....88 2,56908 0 2003-02-10 53,41<br />

CPP.....89 2,92688 0 58,51 2003-02-28 60,00<br />

PETROGAL93 3,9 0 2002-03-15 101,25<br />

Mercado s/ Cotações<br />

Título Data Últim. Var. Var % Quant. Máx. Mín. Comp.<br />

cot. ant. transac. ano ano anual<br />

Norvalor 27 OCT 2009 0 0 0 0 1.26 0.54<br />

Oliveira e Irmão 19 JUN 2001 0 0 0 0 0 0<br />

R.P. Centro Sul 07 DEC 2009 0 0 0 0 3.5 3.5<br />

Sopragol 16 AUG 2006 0 0 0 0 2.3 2.3<br />

Transinsular 18 AUG 2009 0 0 0 0 15.5 15.5<br />

Eurolist/Obrigações Diversas<br />

Título Taxa juro Montante Preço fecho Data cot. Cotação<br />

neg.(milh.) % v. nomin. anterior anterior<br />

SAL.CAE.99 3,233 69 97,41 2002-12-06 99,90<br />

BPI.CSP.99 0,0 47 97,25 2003-03-07 97,22<br />

BPSM-2E.95 3,5625 33 99,87 2003-03-06 99,87<br />

BFBCSFR.98 0,0 12 102,60 2003-03-07 102,60<br />

BSMTOP97.1 3,418 5 78,20 2003-03-07 78,20<br />

CISF.PSI99 0,0 4 95,59 2003-03-05 95,56<br />

BPIEURO04 0,0 3 96,68 2003-03-03 96,55<br />

BPICSBRA99 0,0 3 111,20 2003-02-28 110,35<br />

BPI-MULTI. 0,0 1 97,95 2003-03-07 97,90<br />

CIN...9904 3,444 0<br />

ADP.98.05 3,101 0 2003-03-05 100,00<br />

BPA.SUB.96 3,0625 0<br />

BTA.TOPS97 3,418 0 2003-02-17 80,00<br />

M.LEA.1E98 3,25 0<br />

M.LEA.2E98 3,125 0<br />

DBLEASIN94 3,0625 0 2003-02-27 99,00<br />

BCP.SUB.95 3,5 0 2003-02-27 98,50<br />

CR.1E.1S98 3,6875 0 2000-02-14 100,00<br />

V.ALEGRE05 3,291 0<br />

CCCAM...96 3,2738 0 2003-02-28 99,00<br />

B.MELLO95S 3,3125 0 2002-09-13 99,10<br />

BNC.SUB.97 3,5 0 2002-09-16 97,00<br />

BNCTXVAR99 3,343 0 2003-01-28 100,00<br />

FINANTIA95 3,1875 0 2002-11-18 98,50<br />

CHE.RM1.98 0,0 0 2002-11-12 100,62<br />

CHE.CG1.98 0,0 0 2000-03-24 103,80<br />

TECN.J/SUP 9,75 0 1996-02-27 100,00<br />

M.COMPA.98 3,337 0<br />

SODIM-TV97 3,5 0 2001-08-17 100,00<br />

GDL.TX.V98 2,731 0 2001-04-10 99,97<br />

SACOR M.97 3,125 0 2003-02-10 98,79<br />

CPP.TOPS97 3,418 0 2003-01-22 75,00<br />

IMO.98-1.E 2,9192 0 2001-01-11 99,90<br />

IMO.98-2.E 3,311 0 2002-01-25 97,02<br />

SECI/CMP95 2,75 0 2003-03-06 99,85<br />

BNU.SUB.98 3,375 0 2003-02-25 93,90<br />

HELLER981E 2,75 0<br />

BNU.1.E.9 0,0 0<br />

BSPE.EQU99 0,0 0 2003-03-07 101,37<br />

BSP.E.FU99 3,752 0 2003-02-28 82,78<br />

BII-1.S.95 2,875 0 2000-05-02 100,00<br />

CMP/97 2,932 0 1998-07-16 99,50<br />

CHE.CG2.98 0,0 0 2001-05-31 101,25<br />

MOT.COMP04 3,487 0<br />

BNUCXSUB97 3,3125 0 2002-12-31 97,61<br />

SONAEIM/98 3,049 0 2002-02-25 98,50<br />

BES.SUB.98 3,494 0 2001-11-16 99,58<br />

BFB-SUB.97 2,9375 0 2000-06-29 100,00<br />

BPI-O.C.94 3,909 0 2002-12-18 100,00<br />

BPI-C.Z.95 0,0 0<br />

BPI-C.Z.96 0,0 0<br />

BPI.PERP96 3,683 0 2003-01-07 99,00<br />

BPI.SUB.96 3,1875 0 2003-02-17 99,10<br />

BPIRF.5.00 4,4 0 2001-10-26 101,16<br />

MUNDICEN97 3,5625 0 2002-02-11 99,90<br />

BPIZEURO07 0,0 0 2003-03-05 101,09<br />

SOMAGUE/97 3,75 0 2003-03-06 100,00<br />

SOMA.WA.98 2,591 0 2003-01-15 67,25<br />

GAS POR.97 3,0 0 2001-11-12 99,60<br />

Jim Collins e Jerry Porras<br />

DE EXCELENTE A<br />

LÍDER<br />

Disponível em www.ECONOMICO.pt


economia<br />

ado em potência que as empresas ainda não aproveitam.<br />

subir até aos 19,5 biliões nos próximos<br />

cinco anos”. “Como mercado,<br />

as mulheres representam<br />

uma oportunidade superior à<br />

China e Índia juntas”. Segundo<br />

estimativas o PIB chinês deverá<br />

chegar aos 4,6 biliões de euros<br />

em2014eoIndianoaos1.2biliões.<br />

O rendimento das mulheres<br />

deverá atingir os 12,5 biliões de<br />

euros. Mais do dobro. Ou<br />

seja, como diz o BCG, “as<br />

mulheres representam a<br />

maior oportunidade de<br />

mercadodomundo”.<br />

Oportunidade Perdida?<br />

Para Silverstein e Sayre, da<br />

BCG, as empresas estão a fazer<br />

“um trabalho pobre” a<br />

aproveitar a oportunidade. Ainda<br />

não foram capazes de mudar o<br />

foco dos seus negócios para<br />

“prestação de serviços às mulheres”.<br />

Continuam focadas nos homens,<br />

dizem. Com base num inquérito<br />

a 12 mil mulheres, em 21<br />

países, de 40 locais diferentes e<br />

com diferentes níveis de rendimento<br />

e estilo de vida, os consultores<br />

da BCG concluíram que as<br />

mulheres não se sentem “servidas”.<br />

Ainda parecem sentir-se<br />

desvalorizadas no mercado e subestimadas<br />

no trabalho, dizem os<br />

consultores, acrescentando que<br />

“elas têm demasiadas solicitações<br />

e estão constantemente a<br />

gerir prioridades conflituantes:<br />

trabalho, casa e família.”<br />

Esta é uma questão importante,<br />

quando se fala de mulheres e<br />

economia. Para Rosália Amorim,<br />

autora do livro ‘O Homem<br />

certo para Gerir uma<br />

Empresa é uma<br />

Mulher’, a preparaçãopsico-<br />

Grande<br />

Reportagem<br />

lógica de uma<br />

mulher para<br />

não se autopenalizar<br />

por<br />

não estar com a<br />

família enquanto<br />

trabalha, é fundamental<br />

para o seu sucesso.<br />

Embora haja alguns progressostaiscomo“comprasonline<br />

ou locais para deixar as crianças<br />

nas grandes superfícies”, como<br />

aponta Rosalina Machado, o facto<br />

é que ainda existe um longo caminho<br />

para percorrer na satisfação<br />

das necessidades das mulheres,<br />

que muitas vezes tem que<br />

optar entre “carreira ou família”.<br />

E quando querem ambas nem<br />

sempre encontram bens e serviços<br />

que vivam “para o ritmo alucinantedoseudiaadia”.■<br />

Paula Nunes<br />

Fomosàscompras<br />

com Leonor Beleza,<br />

a presidente da Fundação<br />

Champalimaud<br />

e a segunda mulher<br />

asernomeadaparaum<br />

cargo Ministerial:<br />

foi ministra da Saúde<br />

de Cavaco Silva.<br />

Com uma vida<br />

profissional muito<br />

ocupada, o que a força<br />

a gerir a sua vida pessoal<br />

ao segundo,<br />

Leonor Beleza vive<br />

também o dilema comum<br />

no feminino de ‘família<br />

vs carreira.<br />

No que diz respeito<br />

ao consumo, Leonor<br />

Beleza até não é um<br />

bom exemplo: acaba<br />

por dividir as idas às<br />

compras com o marido.<br />

Casada, mãe e já avó,<br />

esta mulher continua<br />

a ter como grande causa<br />

da sua vida a defesa<br />

dos Direitos da Mulher.<br />

Apesar dos progressos.<br />

Negócios que têm<br />

a ganhar com elas<br />

Há seis indústrias que são “as de<br />

maior potencial para tirar proveito<br />

deste mercado, segundo o Boston<br />

Consulting Group. “Negócios onde<br />

as mulheres podem gastar mais: comida,<br />

ginástica, beleza e vestuário.<br />

Negócios onde as mulheres estão<br />

descontentes: serviços de saúde e<br />

serviços financeiros”. “As prioridades<br />

de compras das mulheres são diferentes<br />

das dos homens; e a mulheres<br />

estão mais focadas em adquirir<br />

bens e serviços que lhes aumentem<br />

a saúde, a educação e o bem-estar”,<br />

resume Sandra Lawson, autora<br />

do estudo “ Power of The Purse”<br />

com assinatura da Goldman Sachs.<br />

Na medida em que as mulheres estão<br />

a ganhar poder económico, político<br />

e social vamos assistir a uma<br />

mudança de gastos. “Na maior parte<br />

do mundo este fenómeno coincide<br />

com o crescimento da classe<br />

mediaecomoaumentodopoder<br />

de compra”. E aindústrias que podem<br />

beneficiar do fenómeno estas<br />

estão dligadas à comida, cuidados<br />

de saúde, cuidados infantis, educação,<br />

bens de consumo duradouros<br />

e serviços financeiros.<br />

O médico defende que é<br />

necessário o apoio do Estado<br />

para se ser mâe e trabalhadora<br />

Mafalda de Avelar<br />

Um dos grandes dilemas do momento<br />

é saber o que vai acontecer<br />

à nossa sociedade uma vez<br />

que tudo está a mudar com a<br />

entrada das mulheres no mundo<br />

do trabalho. O dilema “famila<br />

vc carreira”. Os prejudicados<br />

normalmente são os filhos. Mas<br />

existem mecanismo que podem<br />

contornar esta situação. Um Estado<br />

presente é um deles, como<br />

refere Mário Cordeiro, professor<br />

de pediatra e pai, em entrevista.<br />

Será que o mundo ocidental envelhecido<br />

vai sofrer ainda mais<br />

com esta ‘new wave de mulheres<br />

que não estão em casa a tratar<br />

das crianças; tão pouco têm<br />

como prioridade procriar?<br />

É natural assistirmos, ao longo<br />

dos tempos, a variações demográficas,<br />

associadas às variações<br />

sociais, económicas e políticas.<br />

O trabalho fora de casa<br />

não deveria ser incompatível<br />

com ter filhos. No país mais rico<br />

do Mundo, a Noruega, as mulheres<br />

detêm um enorme poder<br />

executivo, trabalham fora de<br />

casa mas é onde a natalidade é<br />

das mais elevadas do Mundo<br />

Ocidental e onde a maternidade<br />

é mais protegida. Pode-se ser<br />

trabalhadora e mãe, se o Estado<br />

garantir ambos direitos e cuidar<br />

devidamente das pessoas,<br />

com apoios de todo o tipo, desde<br />

que entenda que as crianças<br />

são um Bem familiar mas também<br />

social.<br />

Que impacto é que o stresse de<br />

uma mãe que trabalha entre 8 a<br />

12h por dia tem nas crianças?<br />

Obviamente que muito - quando<br />

se está extenuado e não se<br />

conseguiram graus de liberdade<br />

para uma vida satisfatória, o<br />

tempo que sobra é escasso e a<br />

disponibilidade quase nenhuma<br />

para cuidar de outros, sejam filhos<br />

ou cônjuges, familiares ou<br />

amigos. As pessoas sentem-se<br />

mais isoladas mas, paradoxalmente,<br />

têm menos tempo para<br />

estar sozinhas. E as crianças ficam<br />

“pobres de mãe” - há frequentemente<br />

um conflito de interessesentreamulhereamãe,<br />

com repercussões graves par as<br />

crianças.<br />

Será que uma família presente é<br />

o pilar de uma sociedade saudável?<br />

Sexta-feira 8 Janeiro 2010 Diário <strong>Económico</strong> 21<br />

ENTREVISTA MÁRIO CORDEIRO Doutor em pediatria<br />

“Família e trabalho<br />

não deviam ser<br />

incompatíveis”<br />

Diria que a manutenção do<br />

triângulo pai-mãe-filho, independentemente<br />

da forma de família<br />

que têm (junta, alargada,<br />

separada, reconstiutída, etc) é<br />

fundamental. Uma criança tem<br />

de sentir que tem pai e mãe<br />

afectivo e efectivo, sem que isso<br />

tenha a ver com a relação conjugal<br />

entre as pessoas. Visto assim,<br />

a família é, pois, o pilar da<br />

sociedade, e uma sociedade que<br />

não cuida da família nem das<br />

crianças é uma sociedade que<br />

está a praticar um suicídio.<br />

Muitos países, sobretudo no<br />

pós-Guerra, entenderam isso e<br />

são neste momento os mais desenvolvidos<br />

em termos económicos<br />

e sociais, e onde a democracia<br />

é de melhor qualidade -<br />

Portugal ainda tem um longo<br />

caminho a percorrer - e não<br />

basta frases cheias de promessas<br />

mas vazias de acção: enquanto<br />

não existir uma política global<br />

para a Infância e para a Família,<br />

tudo será mais difícil e não passará<br />

de verbo de encher. E então,<br />

sim, a própria lei é torpedeada<br />

por empregadores e patrões,<br />

as dificuldades aumentam,<br />

a incompatibilidade ente a<br />

mulher, a trabalhadora eamãe<br />

acontece, e o ónus cai - como<br />

sempre - em cima das mulheres,<br />

que para lá de serem injustiçadas<br />

ainda passam por culpadas<br />

de, ou serem más profissionais,<br />

ou não terem filhos. Há<br />

quedizer“não!”aesteestado<br />

de coisas, sob pena de ficarmos<br />

eternamente no marasmo do<br />

sub-desenvolvimento.■<br />

Mário Cordeiro<br />

diz que as<br />

mulheres<br />

continuam a ser<br />

necessárias junto<br />

dosfilhos, mas<br />

oEstadodeve<br />

proporcionar-lhe<br />

condições para<br />

poderem trabalhar.


22 Diário <strong>Económico</strong> Sexta-feira 8 Janeiro 2010<br />

REPORTAGEM O MERCADO FEMININO EMERGENTE<br />

Cartões<br />

de gasolina e<br />

de multibanco<br />

cor-de-rosa<br />

Bancos, petrolíferas e empresas de informática<br />

são algumas das que já se dirigem às mulheres.<br />

Mafalda de Avelar<br />

mafalda.avelar@economico.pt<br />

As empresas em Portugal não estão<br />

alheias ao mercado feminino,<br />

ou ao mercado que elas controlam.<br />

Da banca aos combustíveis<br />

as mulheres vão tendo produtos<br />

desenhados à sua medida. A Caixa<br />

Geral de Depósitos tem um<br />

cartão exclusivo para mulheres<br />

chamado “Caixa Woman”. É para<br />

as mulheres “activas, autónomas,<br />

independentes e urbanas,<br />

que exigem o máximo delas próprias,<br />

desempenhando em simultâneo<br />

uma série de papéis na<br />

sociedade difíceis de conciliar:<br />

serem mães, executivas, donas<br />

de casa e companheiras, com um<br />

grande envolvimento pessoal em<br />

todasassuasactividades”,como<br />

refere Maricéu Anjos, directoraadjunta<br />

da Direcção de Meios de<br />

Pagamento da Caixa.<br />

O Banif, outro banco, lançou o<br />

cartão Hello Kitty. Já no BES,<br />

“quem sabe, sabe e as mulheres<br />

clientes do BES é que sabem” é<br />

uma frase a que nos habituámos<br />

já “a ouvir no feminino”, como<br />

diz Rita Torres Batista, directora<br />

de marketing . Na indústria automóvel,<br />

a Volkswagen não nega<br />

que “cerca de 40% dos clientes<br />

Volkswagen são mulheres e esse<br />

O cartão da famosa personagem<br />

Hello Kitty foi a aposta do banco<br />

BANIF para conquistar o público<br />

feminino.<br />

peso tem vindo a aumentar” diz<br />

Ricardo Tomaz, Director de<br />

Marketing.<br />

Também num sector tradicionalmente<br />

masculino, na Galp,<br />

existe, desde 2002, um cartão –<br />

Fast Women- que “permitiu uma<br />

maior aproximação junto de um<br />

segmento cada vez mais relevante<br />

nos postos Galp”, diz uma fonte<br />

da petrolífera. À data, o segmento<br />

das mulheres com mais de<br />

25 anos representa cerca de 30%<br />

de uma base de dados de mais de<br />

1 milhão de cartões activos.<br />

Já no mundo das tecnologias a<br />

Microsoft detecta que “as mulheres<br />

procuram cada vez mais as<br />

novas tecnologias para as ajudaremnoseudiaadiamuitoexigente<br />

onde têm de desempenhar<br />

inúmeros papéis”, como refere<br />

Sofia Tenreiro, responsável pela<br />

divisão de Entretainment Devices.<br />

(Esta mulher, que trabalha<br />

numa empresa dirigida por outra<br />

mulher, Cláudia Goya, apesar de<br />

estar de licença da maternidade<br />

não deixou de responder às nossas<br />

questões).<br />

Segundo Sofia Tenreiro, a Microsoft<br />

tem-se “preocupando em<br />

lançar produtos que satisfaçam as<br />

necessidades cada vez mais exigentes<br />

das mulheres” porque reconhece<br />

também que as “Mulheresassumemumpapelcrucialno<br />

processo de decisão de aquisição<br />

de novos produtos para os restantes<br />

membros da família”.<br />

Para os autores do estudo “O<br />

que as mulheres querem”, essa<br />

preocupação em satisfazer o públicofemininoeoreconhecimento<br />

da importância das mulheres,<br />

enquanto decisoras de<br />

compra, é chave para o sucesso<br />

financeiro das empresas. Os dois<br />

consultores referem ao Diário<br />

Ecomómico que o progresso das<br />

mulheres e o aumento da sua influência<br />

económica é um fenómeno<br />

inevitável. A igualdade dos<br />

sexos está a aumentar à volta do<br />

mundo, conduzida pela educação<br />

e pelas oportunidades profissionais.<br />

Com o aumento da igualdade<br />

vem a maior participação<br />

no mercado de trabalho.<br />

As mulheres hoje em dia estão<br />

com mais à vontade económico e<br />

são clientes lucrativos. Estão dispostas<br />

a pagar mais na maioria<br />

dos bens e serviços. As empresas<br />

que conseguirem ir ao encontro<br />

das necessidades das mulheres<br />

podem esperar crescimento, fidelidade<br />

e ganhos. ■<br />

MARICÉU ANJOS TEM A SEU CARGO A GESTÃO DE UM CARTÃO FEMININO<br />

Maricéu Silveira é directora-adjunta de meios de pagamento na CGD. Diz que o<br />

cartão’Caixa Woman’ foi desenvolvido para as mulheres actuais: “Activas,<br />

autónomas, independentes e urbanas, que exigem o máximo delas próprias,<br />

desempenhando em simultâneo uma série de papéis na sociedade difíceis de<br />

conciliar, com um grande envolvimento pessoal em todas as suas actividades”<br />

Paula Nunes


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24 Diário <strong>Económico</strong> Sexta-feira 8 Janeiro 2010<br />

EMPRESAS<br />

Accionistas e gestão<br />

da Cimpor unem-se<br />

para rejeitar OPA hostil<br />

A posição dos accionistas foi unânime na oposição à investida dos brasileiros<br />

da CSN. O preço baixo é apenas um dos argumentos utilizados para a rejeição.<br />

Nuno Miguel Silva<br />

e Bruno Proença<br />

nuno.silva@economico.pt<br />

Os accionistas da Cimpor representados<br />

no conselho de administração<br />

foram ontem unânimes<br />

em considerar “hostil” a OPA<br />

lançada pelo grupo brasileiro<br />

CSN. O chumbo à OPA do grupo<br />

brasileiro, que o Diário <strong>Económico</strong><br />

avançou em primeira mão na<br />

edição de ontem, foi assumido de<br />

forma unida por todos os membros<br />

do conselho de administração<br />

da cimenteira portuguesa. E<br />

em tons mais duros do que se<br />

previa inicialmente.<br />

A administração da Cimpor,<br />

presidida por Ricardo Bayão Horta,<br />

foi unânime em considerar a<br />

OPA da CSN contrária aos interesses<br />

da empresa, dos accionistas<br />

e dos diversos ‘stakeholders’.<br />

E o preço baixo não foi o único<br />

argumento utilizado para rejeitar<br />

a investida da CSN.<br />

Na prática, este chumbo em<br />

toda a linha dá muito poucas hipóteses<br />

de sucesso à CSN, obrigandoareveremaltaaofertase<br />

quiser garantir o controlo da cimenteira<br />

portuguesa. A unanimidade<br />

dos membros da administração,<br />

aliada à rejeição já assumida<br />

por accionistas com mais<br />

de 40% do capital da Cimpor, são<br />

um obstáculo muito difícil de ultrapassar.<br />

Contactada pelo Diário<br />

<strong>Económico</strong>, fonte oficial do grupo<br />

oferente apenas adiantou que<br />

“a CSN reitera que a sua proposta<br />

é aquela que traz mais valor para<br />

os accionistas e para o desenvolvimento<br />

futuro da Cimpor.”<br />

Além de adoptar uma posição<br />

de força, sem brechas, para rejeitar<br />

e considerar a OPA hostil, os administradores<br />

da Cimpor subscreveram<br />

um relatório, enviado ao final<br />

do dia de ontem para a CMVM –<br />

Comissão do Mercado de Valores,<br />

em que não pouparam as alegadas<br />

falhas e omissões do projecto de<br />

prospecto do anúncio preliminar<br />

de OPA lançada pela CSN.<br />

“A oferta anunciada pela CSN<br />

não foi solicitada pela Cimpor,<br />

nem previamente discutida ou<br />

sequer comunicada à Cimpor. O<br />

Conselho de Administração con-<br />

ACCIONISTAS<br />

Benjamin<br />

Steinbruch,<br />

presidente da<br />

CSN, está a sentir<br />

grandes<br />

dificuldades para<br />

conseguir êxito na<br />

OPA lançada a<br />

5,75 euros por<br />

acção da Cimpor.<br />

40% do capital<br />

Teixeira Duarte, Cinvest, Fundos<br />

do BCP e outros pequenos<br />

acionistas representantes de<br />

mais de 40% do capital da maior<br />

cimenteira nacional estão unidos<br />

contra o preço ofrecido na oferta<br />

os brasileiros da CSN.<br />

sidera-a hostil porque oportunística,<br />

irrelevante e perturbadora<br />

da actividade da empresa”, é<br />

uma das principais conclusões<br />

desse relatório da administração<br />

da cimenteira.<br />

Entre outras coisas, o documento<br />

em causa, de 64 páginas,<br />

diz que “a oferta subavalia significativamente<br />

a Cimpor”, mesmo<br />

em comparação com os principais<br />

‘players’ mundiais do sector; “não<br />

oferece um prémio aos accionistas<br />

da Cimpor”; além de que “comprometeria<br />

o desenvolvimento<br />

futuro da Cimpor”, designadamente<br />

aos efeitos, que já se começaram<br />

a sentir, de uma mais que<br />

provável deterioração do ‘rating’<br />

que o êxito da OPA implicaria.<br />

“O relatório identifica ainda as<br />

deficiências significativas dos<br />

projectos do prospecto e de<br />

anúncio de lançamento recebidos,<br />

uma vez que estes são incompletos<br />

e imprecisos, omitem<br />

informação legalmente exigida,<br />

não cumprem os requisitos legais<br />

quanto à qualidade da informação,<br />

são obscuros em todos os aspectos<br />

financeiros e, assim, impossibilitam<br />

o Conselho de Administração<br />

de adoptar uma posição<br />

esclarecedora sobre alguns<br />

dos termos da oferta”, aproveita<br />

a administração da Cimpor para<br />

arrasar a oferta da CSN.<br />

Conclusão: “o Conselho de<br />

Administração da Cimpor rejeita<br />

a oferta e recomenda aos seus accionistas<br />

que nela não vendam as<br />

suas acções”. Uma recomendação<br />

desde logo assumida pelos administradores<br />

da Cimpor que detêm<br />

títulos da cimenteira: Ricardo<br />

Bayão Horta; Luís Silva Barbosa;<br />

Vicente Árias Mosquera, José Manuel<br />

Fino; José Freire Arteta; Luís<br />

Sequeira Martins; António Carlos<br />

Varela; e Manuel Faria Blanc.<br />

A bola está agora duplamente<br />

do lado da CSN. Primeiro, tem de<br />

prestar esclarecimentos adicionais<br />

solicitados pela CMVM. Depois,<br />

tem de convencer a totalidade<br />

do conselho de administração,<br />

a grande maioria dos accionistas<br />

de referência e o mercado<br />

investidor em geral de que o<br />

preço oferecido pela Cimpor é<br />

justo. Ou revê a oferta em alta. ■<br />

ARGUMENTOS DA CIMPOR<br />

● O “oferente não indica as<br />

autorizações administrativas<br />

que condicionam o lançamento<br />

da oferta nem o prazo da oferta”.<br />

● A CSN “omite informação<br />

essencial acerca<br />

do financiamento da oferta<br />

e do seu impacto na situação<br />

financeira da Cimpor”.<br />

● O oferente “não concretiza<br />

os seus planos estratégicos<br />

para a Cimpor”.<br />

● A CSN “não identifica<br />

as pessoas com ela relacionadas”<br />

em termos de domínio de capital<br />

e participações qualificadas.<br />

● “O oferente prevê um conjunto<br />

de pressupostos desrazoáveis<br />

como potenciais fundamentos<br />

de revisão ou de revogação<br />

da oferta”.<br />

Ricardo Bayão Horta, presidente-<br />

-executivo da Cimpor, liderou<br />

a oposição à OPA da CSN.<br />

Empresa va<br />

Acções da Cimpor fecharam 13%<br />

acimadaofertadaCSN.<br />

Nuno Miguel Silva<br />

nuno.silva@economico.pt<br />

Os investidores continuam a<br />

considerar muito baixo o preço<br />

da Oferta Pública de Aquisição<br />

(OPA) lançado pela Companhia<br />

Siderúrgica Nacional (CSN) sobre<br />

a Cimpor no passado dia 18<br />

de Dezembro. Após o final da<br />

sessão de ontem da Euronext<br />

Lisbon, os investidores considera<br />

que a empresa vale mais 500<br />

milhões de euros do que o preço<br />

oferecido na operação anunciada<br />

pelo grupo brasileiro.<br />

Com o preço de fecho de ontem<br />

a igualar o máximo da cimenteira<br />

desde que a OPA está<br />

em curso, avaliando cada título<br />

da Cimpor em 6,5 euros, o mer-


cado acredita que a cimenteira<br />

portuguesa vale 4.368 milhões de<br />

euros. Um patamar de 504 milhões<br />

de euros acima do valor<br />

proposto pela CSN, estimado em<br />

3.864 milhões de euros, com base<br />

no preço de 5,75 euros por acção<br />

anunciado no registo preliminar<br />

da oferta do grupo presidido por<br />

Benjamin Steinbruch.<br />

No final da sessão bolsista de<br />

ontem, a Cimpor registava uma<br />

cotação 13% superior ao preço<br />

da OPA da CSN. Desde que a<br />

oferta foi lançada, a cimenteira<br />

já ganhou 19%, em comparação<br />

com os 5,46 euros em que a empresa<br />

havia fechado na sessão da<br />

véspera.<br />

Tudo isto são boas notícias<br />

para os investidores e para os accionistas<br />

da Cimpor, mas poderão<br />

obrigar a CSN a rever em alta<br />

a sua oferta.<br />

Governo aprova regulação da cogeração<br />

O Governo aprovou ontem o decreto-lei que regula a actividade de<br />

cogeração, processo de produção combinada de calor e electricidade, que<br />

se prevê que venha a gerar um reforço de produção eléctrica de 450<br />

megawatts até 2015. “Este processo “é típico de indústrias em que para<br />

os processos de fabrico são gerados processos de elevada intensidade de<br />

aquecimento que, depois, podem ser utilizadas como gerador de energia<br />

eléctrica”, disse Vieira da Silva, ministro da Economia.<br />

Também em termos de liquidez,<br />

o comportamento das acções<br />

da Cimpor é completamente<br />

diferente depois do lançamento<br />

da OPA por parte da CSN.<br />

Nos doze meses anteriores ao<br />

lançamento da operação do grupo<br />

brasileiro, a cimenteira nacional<br />

registou uma média de<br />

482 mil acções transaccionadas<br />

por cada sessão de bolsa. Uma<br />

realidade que mudou radicalmenteapartirde18deDezembro:<br />

desde essa data, a Cimpor<br />

passou a movimentar em bolsa<br />

uma média de 1,8 milhões de títulos<br />

por cada sessão.<br />

Uma média de transacções<br />

superior em 3,7 vezes, o que<br />

aliado à valorização do título,<br />

tem proporcionado fortes hipóteses<br />

de realização de mais-valias<br />

aos accionistas e investidores.<br />

■com P.L.<br />

VALORIZAÇAÕ<br />

Desde a oferta da CSN o valor de<br />

mercado da Cimpor cresceu 665<br />

milhões de euros. Ontem fechou<br />

nos 6,5 euros, valorizando 1,06%.<br />

7<br />

6<br />

5<br />

5,75 euros *<br />

17-12-2009<br />

* valor proposto pela OPA da CSN<br />

Fonte: Bloomberg<br />

João Paulo Dias<br />

le mais 500 milhões desde a OPA<br />

07-01-2010<br />

AGENDA DO DIA<br />

● EDP Renováveis conhece resultado<br />

do concurso para concessão de energia<br />

eólica ao largo da Escócia promovido<br />

pela Crown Estate.<br />

● Início da operação do “Tram-train”,<br />

metro do Porto, com António<br />

Mendonça, ministro das Obras Públicas.<br />

Sexta-feira 8 Janeiro 2010 Diário <strong>Económico</strong> 25<br />

CMVM notifica<br />

Camargo a<br />

esclarecer mercado<br />

Em causa estão as notícias da<br />

vontade de fusão com a Cimpor.<br />

Maria Teixeira Alves e<br />

Bruno Proença<br />

maria.alves@economico.pt<br />

A CMVM notificou ontem a Camargo<br />

Corrêa a prestar esclarecimentos<br />

ao mercado, depois de<br />

terem saído notícias de que a cimenteira<br />

brasileira estaria a estudar<br />

uma fusão com a Cimpor.<br />

As notícias do Diário <strong>Económico</strong><br />

e de outros jornais anunciaram<br />

que a Camargo se prepara<br />

para apresentar uma proposta<br />

de fusão com a Cimpor, mas abdicando<br />

do controlo da empresa<br />

portuguesa e contornando assim<br />

a obrigatoriedade de OPA.<br />

O regulador do mercado de<br />

capitais voltou a questionar a<br />

Camargo sobre rumores de interesse<br />

na Cimpor e exige agora<br />

esclarecimentos ao mercado urgentemente.<br />

A CMVM terá dado<br />

um prazo até segunda feira para<br />

os brasileiros revelarem se há<br />

negociações com accionistas,<br />

com quais, que tipo de operação<br />

estão a preparar e quando a pretendem<br />

anunciar.<br />

A Camargo está a estudar a<br />

resposta que irá dar à CMVM, até<br />

ao início da próxima semana.<br />

Há algumas semanas a<br />

CMVM tinha pedido esclarecimentos,<br />

sobre rumores de que a<br />

cimenteira estaria a estudar<br />

uma Oferta Pública de AquisiçãoconcorrenteàdaCSN.Na<br />

altura, a Camargo esclareceu<br />

que naquele momento não estava<br />

a estudar ou a preparar o lançamento<br />

de nenhuma OPA à<br />

Cimpor. Mas adiantava que<br />

“está atenta e interessada em<br />

estudar oportunidades de negócio<br />

com potencial para criar valor<br />

para a empresa”. Para por<br />

fim acrescentar que “neste sentido<br />

foram mantidas conversas<br />

informais com accionistas da<br />

Cimpor, tendo em vista identificar<br />

possíveis oportunidades de<br />

actuação conjunta, as quais, não<br />

estando definidas, não passariam<br />

pelo lançamento de qualquer<br />

OPA concorrente à que foi<br />

lançada [pela CSN]”.<br />

Segundo o Diário <strong>Económico</strong><br />

soube, desde que a guerra de<br />

poder entre accionistas estalou<br />

na Cimpor surgiram vários interessados<br />

na compra da cimenteira.<br />

Um deles, ainda antes<br />

da OPA da CSN, foi a Camargo<br />

Correa que propunha uma incorporação<br />

da Cimpor na em-<br />

presa brasileira. Mas a fusão implicava<br />

a diluição dos actuais<br />

accionistas da cimenteira portuguesa,<br />

e o banco de investimento<br />

que assessorava alguns<br />

dos accionistas da Cimpor considerou<br />

que não trazia mais valias<br />

para os accionistas da cimenteira,<br />

nem traziam a estabilidade<br />

accionista necessária à<br />

gestão. O BES Investimento<br />

acabou por assessorar a OPA da<br />

CSN sobre a Cimpor que está<br />

para ser registada na CMVM.<br />

As notícias de ontem dão<br />

conta de que a Camargo aposta<br />

agora na troca de participações<br />

para uma participação de cerca<br />

de 30% da Cimpor. Não se tratando<br />

de uma fusão no sentido<br />

formal do termo, mas antes<br />

uma troca de participações accionistas,<br />

onde os accionistas da<br />

Cimpor ficariam com uma pequenaparticipaçãonaempresa<br />

brasileira. A cimenteira brasileira<br />

parece admitir abdicar do<br />

controlo de gestão e a garantir<br />

um orgão de gestão português.<br />

Um dos potenciais vendedores<br />

(por troca de acções), seria a<br />

Lafarge, com 17%, revelou o<br />

Diário <strong>Económico</strong>. ■<br />

A Camargo Corrêa,<br />

liderada por Vítor<br />

Hallack, vai ter de<br />

esclarecer o<br />

mercado devido ao<br />

alegado interesse<br />

na Cimpor.


26 Diário <strong>Económico</strong> Sexta-feira 8 Janeiro 2010<br />

EMPRESAS<br />

AUTOMÓVEL<br />

Vendas da Critroën em Portugal<br />

derrapam 24,7%<br />

A Citroën registou uma quebra de 24,7% nas vendas de automóveis em<br />

Portugal. Apesar da queda, a fabricante francesa conseguiu aumentar a<br />

quota para 7,9%. Durante 2009, a Citroën comercializou um total de<br />

15.836 veículos, o que lhe permitiu ficar com o quarto lugar no ranking.<br />

“No mercado dos veículos comerciais ligeiros as dificuldades foram ainda<br />

maiores com o mercado a recuar 29,8%”, diz a fabricante. Ainda assim, a<br />

Citroën “conquistou a liderança do segmento com 5.394 unidades”.<br />

A companhia transportou 65 milhões<br />

de pessoas em 2009.<br />

BRUXELAS DÁ LUZ VERDE À KRAFT FOODS PARA COMPRAR BRITÂNICA CADBURY<br />

Hermínia Saraiva<br />

herminia.saraiva@economico.pt<br />

A primeira multa remonta a<br />

2005, mas quase cinco anos depois,<br />

o caso do cartel das farmacêuticos,<br />

uma das multas mais<br />

mediáticas da Autoridade da<br />

Concorrência, continua bem<br />

vivo. Ontem o Tribunal de Comércio<br />

de Lisboa confirmou<br />

parcialmente a decisão do regulador<br />

e reviu em baixa as multas<br />

aplicadas à Abbott, à Johnson &<br />

Johnson e à Menarini.<br />

“Não ficou provado que as<br />

farmacêuticas tenham causado<br />

dano ao Estado, que era uma das<br />

justificações dadas pela Autoridade<br />

da Concorrência [AdC]<br />

para aplicar multas tão elevadas”,<br />

diz o advogado de uma das<br />

empresas implicadas no cartel.<br />

É com base neste facto que o<br />

Tribunal determinou a redução<br />

das multas impostas pelo regular<br />

de 13,5 milhões de euros para<br />

5,07 milhões. A Abbott recebe a<br />

maior multa, sendo obrigada a<br />

pagar três milhões de euros,<br />

contra os sete milhões previstos<br />

inicialmente. No caso da Menarini<br />

a multa passa de 5,4 milhões<br />

para dois milhões de euros, enquanto<br />

que a Johnson & Johnson<br />

será obrigada a pagar 70 mil euros,<br />

contra os 658 mil iniciais.<br />

“É uma grande redução,<br />

sobretudo pelos termos em<br />

que foi feita e pelos termos do<br />

próprio acórdão que é violento<br />

para a AdC”, diz outro dos<br />

advogados ouvidos pelo Diário<br />

<strong>Económico</strong>.<br />

Em causa volta a estar a preparação<br />

dos processos por parte<br />

da AdC. “O Tribunal diz que os<br />

danos existiram, mas que a Adc<br />

AVIAÇÃO<br />

Ryanair transporta mais 13% de passageiros<br />

no ano passado<br />

No ano passado, a Ryanair transportou 65 milhões de passageiros, o que<br />

representa um acréscimo superior a sete milhões de passageiros (13%)<br />

em relação ao tráfego de 2008. Segundo um comunicado da empresa, o<br />

ano que terminou foi de “extraordinário crescimento”. A companhia<br />

continua a oferecer lugares a preço de saldo. A campanha em curso<br />

disponibiliza lugares a oito euros para viajar nas terças, quartas e quintasfeiras<br />

no final de Janeiro e em Fevereiro.<br />

A Comissão Europeia aprovou ontem o projecto de aquisição da britânica Cadbury pela Kraft Foods, dos Estados Unidos, por considerar<br />

que a operação não vai prejudicar significativamente a concorrência na União Europeia, disse em comunicado. “Em virtude das medidas<br />

correctivas propostas, considero que o projecto de aquisição não irá afectar negativamente a concorrência em qualquer mercado da Europa<br />

e que os consumidores não ficarão lesados”, refere a comissária da Concorrência, Neelie Kroes. A decisão está subordinada à venda<br />

das actividades polacas e romenas da Cadbury.<br />

Concorrência não prova em tribunal<br />

que farmacêuticas lesaram o Estado<br />

Tribunal de Comércio revê multas de 13,5 para 5,07 milhões ao cartel das farmacêuticas.<br />

O cartel das farmacêuticas<br />

é um dos<br />

processos herdados<br />

por Manuel<br />

Sebastião que tem<br />

prometido “blidar<br />

juridicamente os<br />

processos” para<br />

evitar derrotas em<br />

Tribunal.<br />

nãoosprovoucomodevia”,diz<br />

a mesma fonte, cosiderando que<br />

o regulador “tinha um caso tão<br />

fácil de provar que ficou inebriada<br />

pelo seu eventual sucesso”.<br />

A coima inicial, imposta pela<br />

equipa de Abel Mateus em 2005<br />

por manipulação de preços, era<br />

de 16 milhões de euros e envolvia<br />

aindaaBayereaRoche.Emcausa<br />

estavam os preços praticados<br />

na venda de tiras de reagentes<br />

num concurso do Centro HospitalardeCoimbraeumsegundo<br />

processo referente a 36 concursos<br />

públicos em 22 hospitais.<br />

Em 2008, depois do Tribunal<br />

de ter considerado nulo o processo<br />

de contra-ordenação, a<br />

Concorrência foi obrigada a rever<br />

alguns dos actos processuais,<br />

bem como o montante das<br />

multas. Com o processo refeito,<br />

a AdC reduziu o total de mul-<br />

Darren Staples/Reuters<br />

tas para 13,4 milhões de euros.<br />

A Bayer e a Roche retiraramse,<br />

entretanto do processo, tendo<br />

pago as multas aplicadas.<br />

Também a Johnson & Johnson<br />

optou por pagar a multa referente<br />

ao segundo processo, depois<br />

de ter colaborado com o regulador<br />

no caso dos 36 concursos,<br />

mas não desistiu de recorrer<br />

da decisão relativa ao Centro<br />

Hospital de Coimbra.<br />

Contactada, a Autoridade da<br />

Concorrência, agora presidida<br />

por Manuel Sebastião, não quis<br />

comentar a decisão do Tribunal.<br />

O cartel das farmacêuticas<br />

pode não ficar por aqui. A decisão<br />

do Tribunal de Comércio de<br />

Lisboa é ainda passível de recursoparaoTribunaldaRelação.<br />

Contactadas, as empresas<br />

dizem não ter ainda tomado uma<br />

decisão. ■


INTERNET<br />

Google e Hi5 foram as páginas mais<br />

visitadas pelos internautas em 2009<br />

O motor de busca Google foi o domínio da internet mais acedido em<br />

Portugal em 2009, enquanto a rede social Hi5 obteve o maior número de<br />

páginas visitadas e mais tempo de acesso, revelou ontem a Marktest. Mais<br />

de quatro milhões de portugueses acederam à Internet em 2009 a partir<br />

de casa, “o que corresponde a 97,8% dos internautas nacionais”, tendo<br />

cada utilizador despendido em média cerca de 15 minutos por dia online.<br />

Os sites google.pt e google.com lideraram a lista de domínios.<br />

Jerónimo Martins<br />

é a maior retalhista<br />

portuguesa no<br />

‘ranking’ mundial<br />

A Sonae Distribuição aparece 46 posições<br />

depois no ranking de 2010 da Deloitte.<br />

Marina Conceição<br />

marina.conceicao@economico.pt<br />

A Jerónimo Martins não é a<br />

maior retalhista em território<br />

nacional – onde a Sonae continua<br />

a liderar, mas é a maior<br />

empresa portuguesa do sector<br />

a nível mundial. A diferença<br />

está a consolidação com a<br />

operação polaca da Jerónimo<br />

Martins, que a faz destacar-se<br />

como a primeira empresa nacional<br />

no ‘ranking’ das maiores<br />

retalhistas do mundo, segundo<br />

um estudo anunciado<br />

este mês pela consultora Deloitte<br />

com base nos relatórios e<br />

contas de 2008.<br />

Numtotalde250empresas<br />

de retalho, a companhia Jerónimo<br />

Martins está em 94º lugar.<br />

Uma classificação baseada<br />

no volume de vendas de retalho<br />

alimentar e não-alimentar.<br />

Neste campo, a empresa liderada<br />

por Luís Palha da Silva registou<br />

uma facturação de 9.798<br />

mil de dólares (6,8 milhões de<br />

euros ao câmbio de ontem).<br />

A outra empresa portugue-<br />

‘RANKING’ DO RETALHO<br />

Wal-Mart lidera as vendas de<br />

forma destacada do Carrefour.<br />

Empresa Vendas de 2008*<br />

1 Wal-Mart Stores 279,3<br />

2 Carrefour 89<br />

3 MetroAG 68,9<br />

4 Tesco plc 67<br />

5 Schwarz Unternehmens 55,6<br />

6 The Kroger 52,9<br />

7 The Home Depot 49,5<br />

8 Costco Wholesale 49,3<br />

9 Aldi GmbH 45,9<br />

10<br />

....<br />

Target Co 43,7<br />

94 Jerónimo Martins 6,8<br />

140 Sonae Distribuição<br />

*em milhões de euros<br />

Fonte: Deloitte<br />

4,2<br />

sa que aparece no estudo da<br />

Deloitte éaSonaeDistribuição<br />

na 140º posição. A empresa de<br />

retalho do grupo de Paulo<br />

Azevedo alcançou um volume<br />

de vendas de 5.995 mil dólares<br />

(4,2 milhões de euros).<br />

Estas são as únicas empresas<br />

portuguesas de retalho<br />

presentes no estudo de 2010 da<br />

Deloitte, um ‘ranking’ que é<br />

liderado pela gigante norteamericana<br />

Wal-Mart, que<br />

atingiu uma facturação de<br />

401,2 milhões de dólares<br />

(279,3 milhões de euros).<br />

O segundo lugar é ocupado<br />

pela francesa Carrefour com<br />

uma grande discrepância para a<br />

Wal-Mart. O grupo que vendeu<br />

a operação portuguesa à Sonae<br />

Distribuição facturou 127.958<br />

mil dólares (89 milhões de euros)<br />

em 2008. Um lugar sólido<br />

que pode ficar em perigo com a<br />

dinâmica actual do mercado<br />

francês, já que ontem abriu uma<br />

nova cadeia de hipermercados<br />

de ‘hard disccount’ em França: o<br />

Priba, pertencente ao grupo Auchan<br />

– que detém em Portugal<br />

os hipermercados Jumbo e os<br />

supermercados Pão de Açúcar.<br />

Na terceira posição está a<br />

alemã Metro, dona da Media<br />

Markt e da grossista Makro,<br />

uma empresa que anunciou há<br />

um ano um exigente plano de<br />

reestruturação que implicará o<br />

corte de 5% da força de trabalho,<br />

ou seja, o despedimento<br />

de 15 mil trabalhadores. O objectivo<br />

é aumentar os lucros<br />

em 1,5 mil milhões de euros<br />

nos próximos três anos. Em<br />

2008, o seu volume de vendas<br />

foi de 99.004 mil dólares (68,9<br />

milhões de euros).<br />

Em quarto lugar aparece a<br />

britânica Tesco, que faz concorrência<br />

à Jerónimo Martins<br />

na Polónia. A retalhista britânica<br />

alcançou vendas de<br />

96.210 mil dólares (67 milhões<br />

de euros).<br />

O‘top’5terminacomaalemã<br />

Schwarz Unternehmens<br />

Treuhand que alcançou os<br />

79.924 mil dólares (55,6 milhões<br />

de euros). ■<br />

O fundo de pensões da PT vale<br />

cerca de três mil milhões de euros.<br />

Luis Palha da Silva lidera a maior<br />

retalhista portuguesa no mundo.<br />

TELECOMUNICAÇÕES<br />

Sexta-feira 8 Janeiro 2010 Diário <strong>Económico</strong> 27<br />

Fundo de pensões da Portugal Telecom<br />

com rendibilidade de 15% em 2009<br />

O fundo de pensões da Portugal Telecom (PT), gerido pelo Soares<br />

Carneiro, teve uma rendibilidade de 15% no ano passado, apurou o Diário<br />

<strong>Económico</strong>. O valor compara com mais de 20 pontos percentuais<br />

negativos em 2008 e é cerca do dobro do normal do fundo, que ronda<br />

os sete pontos. Segundo as primeiras estimativas a média do mercado<br />

terá sido da ordem dos 9% no ano passado. O fundo de pensões vale mais<br />

de três mil milhões de euros.<br />

Dona do Pingo Doce disparou 6,56% em bolsa<br />

A Jerónimo Martins (JM)<br />

disparou 6,56% para os 7,47<br />

euros na sessão bolsista de<br />

ontem. Uma cotação histórica<br />

desde Janeiro de 1999. A<br />

justificação para esta subida<br />

repentinaprende-secomanota<br />

de análise do Citigroup, que<br />

iniciou na quarta-feira a<br />

cobertura do título com um<br />

preço-alvo de oito euros,<br />

acompanhada da<br />

recomendação de “comprar”.<br />

Os especialistas do banco<br />

norte-americano consideram<br />

que os títulos da JM<br />

apresentam risco médio, uma<br />

vez que a sua “visibilidade<br />

operacional é a melhor no<br />

universo de empresas que<br />

acompanham”. Segundo o<br />

analista Miguel Albuquerque, da<br />

Lisbon Brokers, “a notoriedade<br />

da entidade que emitiu a nota e<br />

o preço alto que estima justifica<br />

esta subida galopante”, afirmou<br />

ao Diário <strong>Económico</strong>. Já outra<br />

fonte do mercado consultada,<br />

referiu que toda a melhoria da<br />

confiança do consumidor, da<br />

taxa de inflação e a dinâmica<br />

que o sector do retalho está a<br />

viver nos dias de hoje com a<br />

Kraft Foods e a Cadbury (com a<br />

UE a aprovar a compra) faz<br />

potenciar o valor das empresas<br />

que actual no mercado do<br />

retalho. M.C.<br />

7,5<br />

7,0<br />

6,5<br />

6,0<br />

10-12-2009<br />

Paulo Figueiredo<br />

As acções tiveram a maior subida<br />

desde Janeiro de 1999. O título<br />

terminou a sessão a valer 7,47€.<br />

Fonte: Bloomberg<br />

07-01-2010


28 Diário <strong>Económico</strong> Sexta-feira 8 Janeiro 2010<br />

EMPRESAS<br />

TELECOMUNICAÇÕES<br />

Telefónica multada na Argentina<br />

por abuso de posição dominante<br />

A espanhola Telefónica foi condenada uma multa de 19 milhões de euros<br />

por “abuso da posição dominante” na Argentina, avança a imprensa<br />

daquele país. As autoridades consideraram que a operadora não cumpriu<br />

uma notificação de participação na Telecom Italia porque, ao entrar no<br />

seu capital, aumentou a quota de mercado que é dividido entre Telefónica<br />

e Telecom Argentina, participada da Telecom Italia. Agora, as autoridades<br />

exigem que a Telefónica acelere o desinvestimento na Telecom Argentina.<br />

A primeira pedra da futura Escola<br />

Americana de Sintra é lançada hoje.<br />

CONSTRUÇÃO<br />

FDO investe oito milhões na construção<br />

da Escola Americana de Sintra<br />

Efacec, Brisa e construtoras<br />

atacam Mundial e olimpíadas<br />

avaliadas em 60 mil milhões<br />

Os grandes eventos desportivos no Brasil vão alavancar as oportunidades de<br />

investimento e as empresas portuguesas estão bem posicionadas, diz o BES.<br />

Cátia Simões<br />

catia.simoes@economico.pt<br />

O Campeonato do Mundo de<br />

Futebol de 2014 e os próximos<br />

Jogos Olímpicos, em 2016, que<br />

vão realizar-se no Brasil, são<br />

uma grande oportunidade de<br />

investimento para as empresas<br />

portuguesas naquele país.<br />

O investimento para os<br />

grandes eventos desportivos –<br />

estimado em 86 mil milhões de<br />

dólares (cerca de 60 mil milhões<br />

de euros) – “representa<br />

uma grande oportunidade de<br />

crescimento, não só para a economia<br />

brasileira mas também<br />

para a portuguesa”, conclui um<br />

documento do Espírito Santo<br />

Research.<br />

Contactado pelo Diário <strong>Económico</strong><br />

Artur Alves Pereira,<br />

um dos responsáveis pelo ‘research’,<br />

explica que “a copa e<br />

os jogos Olímpicos trazem<br />

grandes investimentos nas<br />

áreas de construção e infraestruturas<br />

e têm impacto no<br />

turismo”.<br />

Desta forma, o envolvimento<br />

de empresas portuguesas na<br />

preparação do país para os dois<br />

eventos “poderá representar<br />

um volume de negócios equivalentea0,2%doProdutoInterno<br />

Bruto (PIB)”, além da criação<br />

de “mais de cinco mil postos de<br />

trabalho entre 2010 e 2016”,<br />

acrescenta o mesmo estudo.<br />

A maior parte do investimento<br />

(35,4%) vai ser absorvido<br />

pelas estradas e ferrovias,<br />

devido à necessidade de construção<br />

de infra-estruturas, e<br />

construção ou modernização de<br />

instalações desportivas, que<br />

deverão receber cerca de 20,8%<br />

do investimento total.<br />

“As empresas de infra-estruturas,<br />

como a Efacec ou a<br />

Brisaeasempresasdeconstrução<br />

podem beneficiar com<br />

estes eventos” explica ao <strong>Económico</strong><br />

o economista António<br />

Nogueira Leite. Contudo, o especialista<br />

frisa que as vantagens<br />

para as empresas portuguesas<br />

deverão registar-se sobretudo<br />

“em função da presença<br />

que estas já têm no Brasil<br />

PALAVRA-CHAVE<br />

✽<br />

Lula da Silva,<br />

presidente<br />

brasileiro, frisou<br />

que a candidatura<br />

aos jogos<br />

Olímpicos deveria<br />

ser tratado como<br />

um “compromisso<br />

do estado<br />

brasileiro”.<br />

Infra-estruturas<br />

A realização destes dois eventos<br />

no Brasil vão gerar uma grande<br />

necessidade de infra-estruturas,<br />

que pode ser uma oportunidade<br />

para as empresas portuguesas.<br />

As estradas e caminhos de ferro<br />

vão absorver perto de 47% do<br />

totaldoinvestimentoprevisto:<br />

cercade33,4milmilhõesde<br />

dólares (23 mil milhões de euros).<br />

Ainda assim, é preciso reforçar<br />

as infra-estruturas básicas, como<br />

as redes energéticas.<br />

e dos seus parceiros locais.<br />

Sendo o Brasil uma economia<br />

muito desenvolvida e com<br />

‘players’ muito fortes nas áreas<br />

relacionadas com os eventos,<br />

como a construção ou as infra-<br />

-estruturas não serão precisas<br />

novas empresas.” Nogueira<br />

Leite defende que “as empresas<br />

portuguesas poderão ganhar<br />

através de parceiros locais<br />

credíveis e fortes”.<br />

Esta visão é partilhada nos<br />

Artur Alves Pereira. “Entrar no<br />

Brasil em parceria é a forma<br />

mais simples de realizar projectos<br />

desta envergadura”, diz.<br />

Mesmo as empresas que não<br />

queiram fazer o investimento<br />

directo nos eventos mas que já<br />

estejam neste país podem beneficiar.<br />

Nogueira Leite exemplificacomaPT–jáqueotráfegoda<br />

Vivo deverá aumentar – e a EDP,<br />

devido às grandes necessidades<br />

energéticas dos projectos.<br />

Luís Filipe Pereira, presidente<br />

da Efacec, que está presente<br />

no Brasil na área de infra-estruturas,<br />

garante que “existem<br />

grandes oportunidades para as<br />

empresas portuguesas e a Efacec<br />

pensa aproveitar as oportunidades<br />

e consolidá-las nas<br />

áreas de infra-estruturas”.<br />

Só na Copa do Mundo, a realizar-se<br />

em 12 cidades brasileiras,<br />

o investimento vai atingir<br />

cerca 48 mil milhões de euros,<br />

sobretudo em estradas e caminhos<br />

de ferro.“A experiência no<br />

Euro2004 constitui uma grande<br />

vantagem para as empresas<br />

portuguesas”, conclui Artur<br />

Alves Pereira.<br />

Uma visão partilhada por<br />

António Cunha Vaz. O presidente<br />

da Cunha Vaz & Associados,<br />

responsável pela comunicação<br />

institucional do Euro<br />

2004, diz que “a experiência<br />

pode resultar em parcerias<br />

com empresas brasileiras,<br />

criando-se oportunidades de<br />

negócio.” Além do investimento<br />

previsto para a Copa, a<br />

realização dos Jogos Olímpicos<br />

no Rio de Janeiro, em 2016,<br />

“implicará investimentos adicionais”,<br />

na ordem dos dez mil<br />

milhões de euros. ■<br />

A Fundação Escola Americana de Lisboa acabou de adjudicar à FDO<br />

Construções a construção das instalações da futura Escola Americana<br />

localizada em Sintra, numa intervenção orçada em oito milhões de euros.<br />

A empresa do Grupo FDO realizará a construção de todo o projecto<br />

educativo, estando previsto, entre outras estruturas, um pavilhão<br />

polidesportivo, um refeitório e um teatro, bem como a realização de<br />

arranjos exteriores. A primeira pedra do novo edifício é hoje lançada.<br />

Sacyr quer construir<br />

estádios no Brasil<br />

A espanhola Sacyr, que controla a<br />

portuguesa Somague, formou um<br />

consórcio com as empresas<br />

brasileiras Queiroz Galvão e<br />

Carioca Chistiani-Nielsen para<br />

apresentar uma proposta para a<br />

construção do estádio Arena das<br />

Dunas, em Natal. A proposta terá<br />

que ser apresentada até ao<br />

próximo dia 22 de Fevereiro.<br />

Também o grupo espanhol OHL<br />

deve entrar na corrida. Está<br />

também a decorrer o concurso<br />

para o estádio no Pernambuco e<br />

as propostas têm que ser<br />

apresentadas até ao dia 5 de<br />

Fevereiro. As obras vão arrancar<br />

durante o mês de Março. Para o<br />

Mundial de Futebol de 2014 o<br />

Brasil deverá construir cinco<br />

novos estádios – entre eles o de<br />

Natal – e realizar obras em alguns<br />

dosjáexistentes.C.S.<br />

A selecção brasileira de futebol<br />

vai jogar em casa no Campeonato<br />

do Mundo de 2014.<br />

EMPRESAS PORTUGUESAS QUE<br />

Efacec<br />

A empresa liderada por Luís<br />

Filipe Pereira (na foto) está<br />

presente na área de infras-<br />

-estruturas e vai beneficiar com a<br />

construção de estádios, ferrovias<br />

e estradas. A Efacec também<br />

admite ir a concursos de energia.


AVIAÇÃO<br />

Esayjet cancela voos de Portugal<br />

para o Reino Unido devido ao mau tempo<br />

Quatro voos da easyJet com partida de Faro e um a partir de Lisboa e<br />

destino ao Reino Unido foram ontem cancelados, na sequência das más<br />

condições climatéricas que continuam a afectar o território britânico. Os<br />

valores reportam-se a meio da tarde de ontem, sem que a empresa tenha<br />

divulgado o número de passageiros afectados. Estes cancelamentos<br />

acontecen depois da companhia de baixo custo ter deixado em Lisboa<br />

cerca de 150 passageiros que previam passar o fim de ano na Madeira.<br />

VÃO BENEFICIAR COM O MUNDIAL E AS OLIMPÍADAS<br />

Brisa<br />

A Brisa, liderada por Vasco de<br />

Mello (na foto), tem uma forte<br />

presença no Brasil nas autoestradas,<br />

infra-estruturas<br />

considerada prioritárias que<br />

vão captar grande parte do<br />

investimento previsto.<br />

Somague<br />

A Sacyr, dona da Somague,<br />

presidida por Machado do Vale<br />

(na foto), vai concorrer à<br />

construção de um estádio em<br />

Natal. Vão ser construídos cinco<br />

novos estádios e outros serão<br />

modernizados.<br />

AssusconcorrecomaJPSáCouto,HP<br />

eToshibaparaonovoMagalhães.<br />

Dylan Martinez / Reuters<br />

Portugal Telecom<br />

A Portugal Telecom, lidrerada<br />

por Zeinal Bava (na foto), tal<br />

como a EDP, vai beneficiar<br />

indirectamente com os grandes<br />

eventos desportivos com<br />

o aumento do consumo de<br />

comunicações e energia.<br />

TECNOLOGIA<br />

Sexta-feira 8 Janeiro 2010 Diário <strong>Económico</strong> 29<br />

Asus na corrida para o concurso do novo<br />

computador Magalhães<br />

A Asus anunciou ontem, tal como o DIário <strong>Económico</strong> avançou, que vai<br />

participar no concurso público que o Governo lançou para encontrar o<br />

substituto do Magalhães. O concurso é lançado ao abrigo do programa<br />

e-Escolinhas e tem como objectivo fornecer 250 mil computadores aos<br />

alunos e professores do primeiro ciclo do ensino básico em Portugal.<br />

“Estamos confiantes, pois fomos os criadores do conceito de netbook”,<br />

referiu Helder Bastos, Business Development Manager da Asus Portugal.<br />

Empresários<br />

acreditam<br />

no mercado<br />

As oportunidades de investimento<br />

no Brasil não estão<br />

dependentes destes eventos.<br />

Cátia Simões<br />

catia.simoes@economico.pt<br />

Apesar da importância de eventosdegrandedimensãoparaa<br />

criação de oportunidades de negócio,<br />

o mercado brasileiro está<br />

longe de depender destes acontecimentos<br />

para crescer.<br />

As empresas portuguesas têm<br />

investido, tradicionalmente, no<br />

Brasil, já que a proximidade cultural,<br />

história e de língua facilita<br />

a entrada neste mercado. Por outro<br />

lado, o Brasil, a estabilidade<br />

macroeconómica e política, a dimensão<br />

do mercado, a abertura a<br />

outros mercados e, sobretudo, os<br />

vastos recursos naturais tornam<br />

o país ainda mais atractivo.<br />

“O Brasil tem recursos imensos<br />

que estão longe de estar esgotados”,<br />

diz António Costa e<br />

Silva, presidente da Partex. “Os<br />

investimentos devem ser feitos<br />

em parcerias entre empresas do<br />

país e estrangeiras, o que é útil<br />

para trazer novas ideias e tecnologia”,<br />

frisa, dando o exemplo da<br />

sua petrolífera.<br />

Também António Cunha Vaz,<br />

da Cunha Vaz & Associados, defende<br />

o estabelecimento de parcerias<br />

no Brasil, “por uma questão<br />

de escala. Assim é possível<br />

cobrir uma área maior do território<br />

e prestar um melhor serviço”.<br />

Já Luís Filipe Pereira, presidente<br />

da Efacec, acredita em parcerias<br />

neste mercado mas para os<br />

grandes projectos. “Temos capacidade<br />

local para irmos sozinhos<br />

a concursos públicos, com a Efacec<br />

Brasil”, garante. O responsávelreferequeograndepotencial<br />

deste mercado ficou provado<br />

comafactodoBrasilterganhoa<br />

organização da Copa do Mundo<br />

2014 e dos Jogos Olímpicos 2016.<br />

As empresas de construção<br />

como a Mota-Engil ou a Soares<br />

da Costa, ou concessionárias<br />

como a Brisa também têm no<br />

Brasil um dos seus principais<br />

mercados.Enãoéporacasoque<br />

aGalpeaEDPestabeleceram<br />

uma série de parcerias com empresas<br />

locais para a exploração<br />

dos recursos naturais daquele<br />

país.EoestudodoEspíritoSanto<br />

refere que o petróleo é a sexta<br />

matéria-prima mais exportada<br />

no Brasil e que este país é o maior<br />

produtor mundial de etanol.<br />

Apesar deste potencial de<br />

crescimento, António Costa e Silva<br />

alerta para a necessidade de<br />

modernização de infra-estruturas,<br />

sobretudo no que toca à rede<br />

energética. “A rede energética<br />

brasileira tem de ser modernizada<br />

e sustentada. A única hipótese é<br />

apostar nas redes inteligentes e<br />

em tecnologia.” O presidente da<br />

Partex dá o exemplo do ‘blackout’<br />

de 15 de Novembro, que deixou<br />

mais de 50 milhões de brasileiros<br />

às escuras. “Foi uma chamada de<br />

atenção mas este não é um problemasódoBrasil”,aponta.<br />

O responsável refere ainda<br />

que, devido ao grande consumo<br />

energético previsto durante a<br />

Copa e os Jogos Olímpicos a actualização<br />

da rede tem de ser feita<br />

“antes dos eventos”. ■<br />

António Costa<br />

e Silva, presidente<br />

da Partex, diz<br />

que apesar<br />

do potencial<br />

do país é preciso<br />

modernizar as<br />

infra-estruturas<br />

de forma<br />

sustentada.


30 Diário <strong>Económico</strong> Sexta-feira 8 Janeiro 2010<br />

EMPRESAS<br />

TELEMÓVEIS<br />

TMN lança aplicações gratuitas<br />

de notícias e futebol para telemóvel<br />

A TMN lançou uma série de ‘widgets’ gratuitos para o telemóvel, que<br />

permitem aceder a conteúdos que são normalmente visualizados na<br />

internet através do telemóvel. A TMN disponibiliza assim notícias de<br />

futebol, dos principais clubes e da selecção nacional, notícias de desporto<br />

em geral, economia, bolsa de emprego com o apoio do Sapo Emprego,<br />

notícias de última hora, trânsito e resultados dos jogos da Santa Casa. Os<br />

‘widgets’ estão disponíveis na App Store TMN.<br />

O mercado liberalizado de electricidade<br />

já representa quase metade do total.<br />

MICROSOFT PROMETE XBOX CONTROLADA POR GESTOS ATÉ AO NATAL DE 2010<br />

Sara Piteira Mota<br />

sara.mota@economico.pt<br />

Depois um ano extremamente<br />

difícil para a indústria automóvel,<br />

a SIVA prevê um começo de ano<br />

instável e com a “certeza de que<br />

asvendasdecarrosemPortugal<br />

vão estagnar nas 160 mil unidades”,<br />

diz Fernando Monteiro, administrador<br />

da SIVA, importador<br />

do grupo Volkswagen (VW).<br />

Apesar disso o responsável<br />

acredita que o primeiro trimestre<br />

de 2010 será uma incógnita, mas<br />

realça que as marcas representadaspelaSIVA–,VW,Audi,Skoda,<br />

Bentley, Lamborghini – vão reforçar<br />

as quotas de mercado e aumentar<br />

a facturação em 2010. “Ao<br />

contrário de outros grupos que<br />

estão a reestruturar-seeavender<br />

marcas, o grupo VW fortaleceu-<br />

se nesta crise e tem hoje oportunidade<br />

de reforçar a sua posição.<br />

Em Portugal, vamos aproveitar o<br />

lançamento de novos produtos<br />

para crescer”, explica Fernando<br />

Monteiro.<br />

Embora esteja optimista em<br />

relação a 2010, Fernando Monteiro<br />

tem consciência de que o primeirotrimestredoanonãoserá<br />

fácil. “Começámos o ano sem as<br />

regras do jogo esclarecidas. Ainda<br />

não sabemos o que vai mudar no<br />

programa de abates a veículos<br />

velhos, o que gera alguma indefinição<br />

quer aos operadores quer<br />

aos clientes”, acrescenta o gestor<br />

da SIVA.<br />

O Governo tenciona renovar<br />

oregimedeincentivosparao<br />

sector automóvel, mas a medida<br />

vai estar contemplada no Orçamento<br />

do Estado, que só será<br />

ENERGIA<br />

Endesa ultrapassa Iberdrola<br />

no mercado liberalizado de electricidade<br />

O mercado liberalizado de electricidade, em Novembro, já representa quase<br />

metade do total, subindo de 2,4%, em Novembro de 2008, para 41,9%<br />

em Novembro do ano passado, com a Endesa a ultrapassar a Iberdrola. Segundo<br />

a Entidade Reguladora dos Serviços Energéticos (ERSE), “o consumo<br />

anualizado no mercado liberalizado, em Novembro, é cerca de 16 vezes<br />

o que se verificava” no mesmo mês de 2008, “atingindo um novo máximo<br />

histórico desde o início da liberalização total em Portugal”.<br />

A apresentação da Microsoft, que marcou o arranque da feira tecnológica de Las Vegas, desiludiu a plateia, que esperava ver pela primeira vez o<br />

Courier, o ‘tablet’ com duas telas da tecnológica. Robbie Bach, presidente da divisão de entretenimento da Microsoft, preferiu mostrar o “Project<br />

Natal”: o sensor de movimento para a Xbox 360, que permite jogar sem comandos, apenas através de gestos. A expectativa é que esta tecnologia<br />

chegue ao mercado no Natal de 2010.<br />

SIVA admite estagnação do mercado<br />

automóvel em Portugal em 2010<br />

A vendas da SIVA caíram 20% em 2009, mas as marcas reforçaram as quotas de mercado.<br />

R8 SPYDER<br />

A Audi tem como trunfos para este<br />

ano o R8 Spyder (na foto), A1, A7 e A8.<br />

YETI<br />

O Yeti, o SUV da Skoda, foi lançado<br />

em Dezembro e será um dos trunfos.<br />

aprovado em Fevereiro ou Março.<br />

Vendas caíram 20% em 2009<br />

As vendas das cinco marcas de<br />

veículos de passageiros do grupo<br />

VW decresceram 20%, no ano<br />

passado, mas mesmo assim o grupo<br />

conseguiu reforçar as quotas de<br />

mercado. A marca VW conseguiu<br />

chegar ao ‘top 3’ das marcas mais<br />

vendidas em Portugal, e ocupa<br />

hoje o segundo lugar no ranking<br />

de vendas. Também a Audi reforçou<br />

a posição e hoje é a segunda<br />

marca ‘premium’ mais bem cotada,<br />

destronando a Mercedes. A<br />

Skoda foi a marca mais afectada<br />

do grupo tendo decrescido 31%.<br />

No segmento de luxo, a Bentley<br />

vendeu apenas mais um carro<br />

(para um total de 11 veículos) e a<br />

Lamborghini quatro unidades<br />

contra zero em 2008.■<br />

SAGSOBEEMBOLSA<br />

1,35<br />

1,30<br />

1,25<br />

1,20<br />

Mario Anzuoni/Reuters<br />

As acções da SAG fecharam<br />

a sessões de ontem a valorizar<br />

0,76%, fixando-se cada cada<br />

título nos 1,33 euros.<br />

1,40<br />

03-12-2009<br />

Fonte: Bloomberg<br />

07-01-2010


AUTOMÓVEL<br />

Híbridos já representam 2,8% das vendas<br />

de carros nos Estados Unidos<br />

As vendas de carros híbridos caíram em 2009, mas menos do que as<br />

vendas globais nos EUA. Estes veículos conseguiram ganhar quota e<br />

representam hoje 2,8% do mercado norte-americano. Os especialistas<br />

acreditam que há margem para que este ano os híbridos continuem a<br />

conquistar os consumidores. De acordo com a Bloomberg, no ano passado<br />

foram vendidos 290.415 veículos híbridos (que recorrem a um motor de<br />

combustão, associado a um outro eléctrico), menos 8,1% que em 2008.<br />

Pilotos portugueses<br />

continuam em<br />

grande no Dakar<br />

Helder Rodrigues e Ruben Faria terminaram<br />

etapa no ‘top ten’ da classificação.<br />

Hugo Real<br />

hugo.real@economico.pt<br />

A‘armada’portuguesa<br />

continua em<br />

evidência na vigésima<br />

edição do<br />

Dakar, isto apesar do abandono<br />

de Paulo Gonçalves. Nas motos, o<br />

destaque vai para Helder Rodrigues,<br />

que terminou a sexta etapa<br />

(ligou Antofagasta a Iquique), no<br />

terceiro lugar. A prestação do piloto<br />

da Yamaha ao longo dos quase<br />

600 quilómetros do dia, 418 de<br />

especial, permitiu a manutenção<br />

doúltimolugardopódio.Noentanto,<br />

Helder Rodrigues está agora<br />

mais perto do segundo lugar,<br />

ocupado pelo chileno Lopez Contardo.Amanterestenível,poderá<br />

mesmo aspirar a melhorar a sua<br />

melhor clasificação de sempre, o<br />

quinto lugar obtido nas duas últimas<br />

edições da prova.<br />

A liderança continua nas<br />

mãos do francês Cyril Despres,<br />

o companheiro de equipa do<br />

português Ruben Faria, que<br />

Carlos Sousa<br />

Piloto da<br />

Mitsubishi<br />

Além da quarta posição da geral,<br />

Carlos sousa é o primeiro entre<br />

os pilotos privados, sendo<br />

também o líder entre os que<br />

conduzem carros a gasolina.<br />

MOTAS CARROS<br />

Piloto Marca<br />

1 Despres (Fra) KTM 21:35:59<br />

2 Lopez Contardo (Chi) APRILIA 00:42:15<br />

3 Rodrigues (Prt) YAMAHA 0:44:05<br />

4 Coma (Esp) KTM 01:06:21<br />

5 Ullevalseter (Nor) KTM 1:14:42<br />

6 Duclos (Fra) KTM 1:21:56<br />

7 Street (USA) KTM 1:24:22<br />

8 Fretigne (Fra) YAMAHA 2:00:57<br />

9 Jakes (Svk) KTM 2:07:39<br />

10 Pain (Fra) YAMAHA 2:08:46<br />

16 Faria (Prt) KTM 3:01:23<br />

21 Bianchi Prata (Prt)<br />

Fonte: DE<br />

BMW 4:41:58<br />

continua a recuperar lugares na<br />

classificação geral. O piloto da<br />

KTM Red Bull foi décimo na etapa,<br />

o que lhe permitiu recuperar<br />

cinco posições, passando agora,<br />

a ocupar o 16º posto. Uma prestação<br />

que poderia ter sido ainda<br />

melhor. “Pela manhã cometi<br />

um erro de navegação e perdi<br />

algum tempo e lugares na pista”,<br />

explicou o piloto no final da<br />

etapa. De referir ainda o fim do<br />

Dakar para Paulo Gonçalves. O<br />

piloto, que à partida estava no<br />

sexto lugar da geral, foi obrigado<br />

a abandonar a prova, depois<br />

de ter fracturada a clavicula<br />

após muma queda ao quilómetro<br />

195 da especial.<br />

Carlos Sousa já é quarto<br />

Se nas motas os portugueses têm<br />

estado em grande, o mesmo se<br />

aplica aos automóveis. Apesar da<br />

sétima posição na etapa de ontem,<br />

Carlos Sousa ascendeu ao<br />

quarto lugar da geral, igualando<br />

o registo com que terminou a<br />

prova em 2003. À frente do piloto<br />

da Mitsubishi estão apenas três<br />

carros oficiais da Volkswagen, o<br />

que faz de Carlos Sousa o primeiro<br />

dos privados e o líder entre os<br />

pilotos que conduzem carros<br />

com motor a gasolina. A sexta<br />

etapa foi também positiva para<br />

Miguel Barbosa e Ricardo Leal<br />

dos Santos. O primeiro subiu à<br />

décima primeira posição da geral,<br />

enquanto Leal dos Santos<br />

passouaserodécimoquarto.<br />

Hoje os pilotos têm pela frente<br />

600 quilómetros de especial, a<br />

maislongadaprova,quevãoligar<br />

Iquique a Antofagasta.■<br />

Piloto Marca<br />

1 Sainz (Esp) VOLKSWAGEN 20:35:33<br />

2 Al-Attiyah (Qat) VOLKSWAGEN 0:15:24<br />

3 Miller (USA) VOLKSWAGEN 0:17:47<br />

4 Sousa (Prt) MITSUBISHI 1:34:04<br />

5 Holowczyc (Pol) Nissan Overdrive 1:43:40<br />

6 Gordon (USA) HUMMER 1:48:25<br />

7 Chicherit (Fra) BMW 1:51:42<br />

8 Peterhansel (Fra) BMW 2:04:02<br />

9 Spinelli (Bra) MITSUBISHI 2:12:18<br />

10Novitskiy (Rus) BMW 3:10:18<br />

11 Barbosa (Prt) MITSUBISHI 3:22:40<br />

13 Leal dos Santos<br />

Fonte: DE<br />

BMW 3:41:17<br />

O investimento nesta linha ferroviária<br />

foi de 72 milhões de euros.<br />

1<br />

2<br />

CRÓNICA DAKAR 2010<br />

Erro infantil<br />

RUBEN FARIA<br />

Piloto da KTM Red Bull<br />

Após o excelente dia de ontem,<br />

hoje [quinta-feira] senti novamente<br />

uma sensação amarga<br />

em virtude de um erro que cometi<br />

e que não deveria ter<br />

acontecido. Pela primeira vez<br />

neste Dakar errei por culpa<br />

minha. Falhei, logo pela manhã<br />

de hoje, uma marcação no<br />

‘road-book’ que me fez perder<br />

algum tempo, precioso nesta<br />

fase da corrida, especialmente<br />

porque queria estar mais próximo<br />

do Cyril para o ajudar.<br />

TRANSPORTES<br />

Sexta-feira 8 Janeiro 2010 Diário <strong>Económico</strong> 31<br />

Exploração da linha ferroviária<br />

do Porto de Aveiro arranca em Março<br />

A exploração do ramal ferroviário do Porto de Aveiro vai arrancar em Março,<br />

disse António Mendonça, ministro das Obras Públicas, ministro das Obras<br />

Públicas, António Mendonça, citado pela Lusa. O ministro destacou a importância<br />

do transporte de mercadorias entre o Porto de Aveiro e a Linha do<br />

Norte, em Cacia, através da linha ferroviária, um investimento de 72 milhões<br />

de euros. “Em Dezembro foi já completada a ligação ferroviária, que é muito<br />

importante e vem complementar as ligações rodoviárias”.<br />

Excepção feita a esse erro, que<br />

me relegou para a vigésima<br />

posição no primeiro posto de<br />

controle de tempos, tudo decorreu<br />

de forma tranquila<br />

comoontem.Eofactodeter<br />

terminado no décimo lugar da<br />

especial, apenas me deixou<br />

mais chateado quanto ao resultado<br />

que poderia ter feito se<br />

não errasse logo pela manhã.<br />

A especial de hoje estava recheada<br />

de armadilhas e, infelizmente,<br />

o Paulo Gonçalves foi<br />

uma das vítimas da mesma, tal<br />

como o Luca Manca. Sabemos<br />

que as quedas são um dos riscos<br />

da nossa profissão, mas<br />

DR<br />

TMN Red Bull<br />

1 Helder Rodrigues,<br />

piloto da Yamaha,<br />

terminou a sexta<br />

etapaemterceiro<br />

lugar e está mais<br />

perto do segundo<br />

lugar na tabela de<br />

classificação.<br />

2 Ruben Faria, da<br />

KTM Redbull,<br />

terminou a prova em<br />

em 10º lugar o que<br />

lhe permitiu passar<br />

para o 16º lugar na<br />

tabela classificativa.<br />

nunca gostamos que os amigos<br />

abandonemasprovasemque<br />

participamos, especialmente<br />

quando os resultados são tão<br />

animadores, mas desejo as<br />

melhores a ambos. Amanhã<br />

temos a mais longa especial da<br />

prova pela frente, com 600<br />

quilómetros... Vai ser um dia<br />

bastante difícil antes do merecido<br />

dia de descanso em Antofagasta.<br />

A prova pode ficar definitivamente<br />

decidida amanhã.<br />

Depois de uma toada calculista,<br />

o Cyril vai certamente<br />

assumir a mesma postura. Mas<br />

temos ainda que definir a estratégia.<br />


32 Diário <strong>Económico</strong> Sexta-feira 8 Janeiro 2010<br />

PUBLICIDADE & MEDIA<br />

TECNOLOGIA<br />

Operadora TMN disponibiliza “Widgets”<br />

para o telemóvel<br />

A TMN acaba de anunciar o lançamento de um novo conjunto de ‘widgets’<br />

gratuitos para telemóvel. Com as aplicações adaptadas aos telemóveis,<br />

os clientes da operadora da Portugal Telecom poderão aceder no ecrã<br />

do seu telefone a conteúdos habitualmente acedidos através da Internet.<br />

Desde notícias de futebol a outras modalidades, como notícias<br />

de economica, oportunidades de emprego, notícias locais, breaking news<br />

ou até resultados dos Jogos Santa Casa.<br />

O que as marcas têm de fazer<br />

para escapar à crise em 2010<br />

Da banca à ecologia, a Landor traçou o cenário para oito áreas de actividade diferentes.<br />

Margarida Henriques<br />

margarida.henriques@economico.pt<br />

Quais são as principais tendências<br />

para 2010? De que forma vão<br />

afectar as marcas? Foi a estas<br />

questões que os analistas da consultora<br />

de ‘branding’ Landor responderam,<br />

traçando o cenário<br />

para este ano em oito áreas.<br />

Na banca a confiança perdeuse<br />

e há uma percepção negativa.<br />

As marcas devem manter a cultura<br />

local, criando empatia em cada<br />

ponto de contacto com o cliente e<br />

tornando-se essenciais. Mas, na<br />

opinião de Carlos Coelho, presidente<br />

da Ivity Brand Corp, primeiro<br />

têm de recuperar a confiança,<br />

e isso só é possível com<br />

marcas mais conservadoras, onde<br />

há pouco espaço para a inovação.<br />

Ou, como diz Pedro Dionísio,<br />

membro do comité científico do<br />

Marketing Futurecast Lab do<br />

GIEM-ISCTE, “é fundamental<br />

retomar contacto humano, de<br />

flexibilização da oferta em função<br />

Carlos Coelho,<br />

presidente da Ivity<br />

Brand Corp<br />

considera que<br />

abancatemser<br />

mais<br />

conservadora,<br />

deixando pouco<br />

espaço para<br />

a inovação.<br />

Pedro Dionísio,<br />

do Marketing<br />

Futurecast Lab<br />

defende que na<br />

aviação há espaço<br />

para ‘niche<br />

tributes’ serviços<br />

diferenciadores<br />

em determinados<br />

nichos de mercado.<br />

MARCA<br />

Fanta lança promoção ‘online’<br />

eTesteFantológico<br />

O objectivo da promoção Fun Fanta é convidar os portugueses<br />

adivertirem-seeaentraremnoespírito da marca. Daí que o prémio seja<br />

a oferta de cartões para o Fun Center, do Colombo. A mecânica é simples:<br />

todos os dias, os primeiros 10 concorrentes a responderem ao Teste<br />

Fantológico são os premiados, recebendo ainda uma previsão para 2010.<br />

Mas para sabem a que horas podem participar na promoção<br />

os concorrentes têm de ser amigos da marca no Hi5 ou no Facebook.<br />

de necessidades e contextos. É<br />

nas marcas conservadoras que há<br />

mais oportunidades”.<br />

As marcas que apostam nos<br />

media sociais têm de aprender a<br />

lidar com internautas que se escondem<br />

e são mais selectivos nos<br />

conteúdos. Vai haver cada vez<br />

mais interacção pessoa a pessoa<br />

em tempo real. As empresas devem<br />

envolver o consumidor com<br />

um diálogo relevante. O marketing<br />

viral é uma forma eficaz para<br />

fazer passar uma mensagem, e<br />

Pedro Dionísio acrescenta ainda a<br />

grande importância da recomendação<br />

num contexto ‘consumer<br />

to consumer’.<br />

Na aviação só há uma tendência:<br />

sobrevivência. As transportadoras<br />

fazem cada vez mais parcerias<br />

com empresas de outros países<br />

para partilharem serviços e<br />

programas de lealdade, reduzindo<br />

os custos. Com isto diminuem os<br />

pontos de contacto com os clientes,devendoaexpressãodamarca<br />

ser maximizada sempre que pos-<br />

sível. O ‘site’ pode ser um elemento<br />

bastante diferenciador – aliás,<br />

Carlos Coelho considera que este é<br />

um ‘must’ vital. Mas não concorda<br />

que as marcas tenham menos<br />

importância – “há menos marcas<br />

mas mais fortes”, diz. O professor<br />

do ISCTE recorda que “há lugar<br />

para ‘niches tributes’, isto é características/serviços<br />

diferenciados<br />

para determinados nichos”.<br />

No design há uma tendência<br />

para a homogeneidade e as empresas<br />

têm de ter atenção para se<br />

manterem fiéis aos seus traços<br />

mais distintivos. Neste contexto<br />

começa a surgir um estilo de design<br />

propositadamente feio, como<br />

forma de chamar a atenção.<br />

“Houve uma democratização do<br />

design e no futuro vai ser mais difícil,<br />

mais complexo e terá de se<br />

procurar a diferenciação”, confirma<br />

Carlos Coelho.<br />

Omercadomundialdeprodutos<br />

“verdes” vai continuar a crescer<br />

e por isso a sustentabilidade é<br />

uma tendência que as marcas e<br />

“Fun Fanta” é o nome da nova<br />

promoção ‘online’ da marca.<br />

Paulo Figueiredo<br />

O sector da aviação vai assistir<br />

à diminuição do número de marcas.<br />

empresas devem abraçar. Os<br />

consumidores querem produtos<br />

que ofereçam um benefício sustentável,<br />

a um preço justo, de<br />

empresas responsáveis. Segundo<br />

Pedro Dionísio, “a sua concretização<br />

plena é apenas uma questão<br />

de tempo”<br />

A crise financeira fez com que<br />

os consumidores procurassem<br />

mais valores do que valor. A responsabilidade<br />

social é um factor<br />

de compra importante e muitas<br />

empresas vão ser ainda mais específicas<br />

nas causas que apoiam.<br />

A redução do poder de compra<br />

e o aumento das compras racionais<br />

levam ao regresso a um dos<br />

princípios básicos do marketing<br />

na alimentação e bebidas: grandes<br />

produtos fazem grandes marcas.<br />

“É o regresso ao domínio das<br />

marcas”, comenta o presidente<br />

da Ivity Brand Corp. Pedro Dionísio<br />

recorda que “estes produtos<br />

são dificilmente dispensáveis,<br />

mas há lugar para diferentes<br />

abordagens de preço”. ■


INTERNET<br />

Google lança AdSense em Portugal<br />

para rentabilizar ‘sites’ na Internet<br />

A Google anunciou ontem o lançamento de um programa de publicidade<br />

que permite aos proprietários de páginas na Internet de obter receitas<br />

adicionais de forma gratuita. O sistema AdSense disponibiliza anúncios<br />

de texto e imagem nas páginas de Internet que integram a rede<br />

de conteúdos da Google. Para isso, o dono do ‘site’ tem apenas que<br />

autorizar a exibição de anúncios na sua página através do endereço<br />

adSense.google.com.<br />

OPINIÃO<br />

Grandes demais ...para falar<br />

JOÃO ADELINO FARIA<br />

Jornalista e ‘pivot’ da RTP<br />

É um dos homens mais poderososdoplanetamastambémdos<br />

mais reservados. Quando tem<br />

algo para dizer, o mundo fica literalmente<br />

em suspenso, pois<br />

uma palavra dele pode mudar a<br />

vida de milhões de pessoas e influenciar<br />

gerações. Talvez por<br />

isso este homem e os seus antecessores<br />

tenham evitado falar e<br />

dar entrevistas....pelo menos<br />

até agora!<br />

Ben Bernanke quebrou a tradição<br />

e, na entrevista que deu à<br />

revista Time, justificou o que o<br />

levouamudardeopiniãoeafazer<br />

várias declarações públicas.<br />

Com o peso que transporta o<br />

homem que ajudou a prevenir<br />

uma catástrofe económica no<br />

mundo, o Presidente da Reserva<br />

Federal Norte-Americana diz<br />

agora que um dos segredos para<br />

evitar o colapso financeiro foi<br />

explicar detalhadamente a si-<br />

“Ainda hoje<br />

responsáveis<br />

económicos, políticos<br />

saem dos seus<br />

“blindados<br />

escritórios”<br />

esquecendo que<br />

devem explicações<br />

aos milhões de<br />

portugueses para<br />

quem trabalham”.<br />

tuação e revelar o que estava a<br />

tentar combater.<br />

Diz Ben Bernanke que grande<br />

parte do medo, da incerteza e da<br />

desconfiança mundial foi provocado<br />

pela ausência de respostas<br />

de quem tem responsabilidades.<br />

Por isso este homem<br />

quebrou uma regra tácita da Reserva<br />

Federal, e aceitou falar<br />

várias vezes com os jornalistas<br />

para esclarecer a opinião pública<br />

mundial.<br />

Esta deveria ser uma lição<br />

simples a aprender por muitos<br />

dos que olham ainda para os<br />

jornalistas como “bisbilhoteiros”!<br />

Até porque nos últimos<br />

anos em Portugal tem aumentadoadesconfiançademuitosdirigentes<br />

sobre quem trabalha na<br />

informação.<br />

Ainda hoje responsáveis económicos,<br />

financeiros, políticos<br />

ou agentes da justiça saem a<br />

correr dos seus “blindados escritórios”<br />

esquecendo que devem<br />

explicações, não aos jornalistas<br />

que os esperam, mas aos<br />

milhões de portugueses para<br />

quem trabalham! Esquecem que<br />

sem esclarecimentos crescem as<br />

dúvidas e as desconfianças que<br />

vão minar a autoridade do Estadoeaconfiançadequemorepresenta.<br />

Não defendo com isto, que<br />

devam ser feitas declarações<br />

avulsas proferidas numa qualquer<br />

esquina de qualquer ministério,<br />

ou palavras sem sentido<br />

no meio de uma festa ou<br />

inauguração onde se “caçou”<br />

um dos nossos representantes<br />

ou dirigentes. Infelizmente, essas<br />

são ainda na maior parte das<br />

vezes as únicas palavras disponíveis<br />

e por isso as que transmitimos<br />

nos telejornais.<br />

São necessárias, sim, mais<br />

declarações pensadas e estruturadas<br />

em que de facto se diga<br />

algo. São também urgentes os<br />

esclarecimentos de responsáveis<br />

aos jornalistas e não apenas<br />

os habituais depoimentos inócuos<br />

para evitar incómodas<br />

perguntas.<br />

Numa palavra, quem nos governa,<br />

dirige, fiscaliza ou julga<br />

tem de compreender urgentemente<br />

a necessidade de saber<br />

comunicar com honestidade!<br />

Caso contrário todas estas<br />

pessoas vão continuar a acreditar<br />

que são demasiado grandes<br />

ou importantes para falar e...<br />

para falhar. ■<br />

IDENTIDADE<br />

Pedigree lança nova imagem<br />

em que o cão é a estrela<br />

A Pedigree apresentou a nova imagem da marca em que as embalagens<br />

têm informação de leitura fácil e apoiada por ícones, sobre os benefícios<br />

nutricionais da alimentação. Nas novas embalagens estão presentes<br />

testemunhos reais de trabalhadores da Mars, que mostram os seus<br />

animais e atestam a eficácia desta alimentação, bem como compromissos<br />

de qualidade assumidos pela marca. Com a renovação da imagem<br />

a Pedigree pretende reforçar o posicionamento “Somos pelos cães”.<br />

PEOPLE’S CHOICE AWARDS ELEGE JONHNNY DEPP<br />

Sexta-feira 8 Janeiro 2010 Diário <strong>Económico</strong> 33<br />

As novas embalagens têm informação<br />

de leitura fácil.<br />

© Disney<br />

O público elegeu, em mais uma edição do People’s Choice Awards, a Saga Twilight<br />

com os prémios “Filme Favorito”, “Elenco Favorito”, “Franchising Favorito”<br />

e “Melhor Actor Revelação - Taylor Lautner. Já Johnny Depp, foi considerado o actor<br />

da Década, e justifica-o (também) com o papel de Chapeleiro Louco (na imagem) no<br />

novo filme de Tim Burton: Alice no País das Maravilhas que estreia 4 de Março.


34 Diário <strong>Económico</strong> Sexta-feira 8 Janeiro 2010<br />

FINANÇAS<br />

BES foi a única cotada<br />

asobreviveràfugados<br />

investidores na Bolsa<br />

Banco foi o único a registar uma variação positiva de acções negociadas,<br />

enquanto que a praça lisboeta negociou menos 25% no ano passado.<br />

Tiago Figueiredo Silva<br />

tiago.silva@economico.pt<br />

O ano que terminou não podia ter<br />

sido mais positivo para a bolsa de<br />

Lisboa, que registou os maiores<br />

ganhos em doze anos. No entanto,<br />

apesar dos primeiros sinais de<br />

recuperação da crise, assistiu-se<br />

em2009aumafugadeinvestidores<br />

que se traduziu, inevitavelmente,<br />

num menor número de<br />

acções transaccionadas. Apesar<br />

da razia, houve um título que<br />

conseguiu sobreviver: o BES.<br />

De acordo com os dados da<br />

Bloomberg, os títulos do banco<br />

liderado por Ricardo Salgado foram<br />

os únicos a registar uma variaçãopositivanovolumedeacções<br />

negociadas. Contas feitas,<br />

foram transaccionados quase 530<br />

milhões de títulos em 2009, um<br />

valor 9% superior aos 484 milhões<br />

de papéis alcançados no<br />

ano anterior. Os analistas contactados<br />

pelo Diário <strong>Económico</strong><br />

não têm dúvidas em eleger o aumento<br />

de capital feito pelo BES<br />

no ano passado, como o factor<br />

determinante para a “sobrevivência”.<br />

“Foi uma operação que<br />

foi feita com um preço de subscrição<br />

muito baixo e que resultou<br />

numa grande emissão de acções”,<br />

afirmou o gestor de activos<br />

da F&C, Pedro Pintassilgo.<br />

Além de partilhar a mesma opinião,<br />

Pedro Lino sublinha ainda o<br />

interesse pelo título. “O BES foi<br />

dos principais bancos recomendadoseointeresseéreflectidona<br />

quantidade de acções negociadas”,<br />

sublinhou o CEO da corretora<br />

Dif Broker.<br />

Em sentido inverso, a Teixeira<br />

Duarte, a Portucel e o BPI foram<br />

as cotadas que apresentaram a<br />

maior queda, no ano passado, de<br />

acções negociadas: 60%. Se os<br />

investidores que apostaram na<br />

construtora, quando esta negociava<br />

nos dois euros por acção,<br />

não quiseram desfazer-se dos<br />

seus investimentos face às potenciais<br />

menos-valias, o reduzido<br />

‘free-float’ (a quantidade de<br />

acções livres que existem) explica<br />

a forte quebra da papeleira e da<br />

instituição financeira. “A causa<br />

para a queda do BPI tem a ver<br />

Ricardo Salgado<br />

lidera a única<br />

empresa que, em<br />

2009, viu subir o<br />

número de acções<br />

negociadas em<br />

bolsa, face ao ano<br />

anterior.<br />

com o ‘free-float’ muito reduzido,<br />

além de os seus accionistas<br />

não terem mostrado interesse em<br />

mexer nas suas posições em<br />

2009”, refere Pedro Pintassilgo.<br />

Já o analista da Intervalores, Frederico<br />

Antão, acrescenta que a<br />

instituição bancária “foi, dos três<br />

bancos, o mais estável e com isso<br />

terá gerado um menor interesse<br />

por uma parte significativa dos<br />

investidores”.<br />

Em termos de volume de negócios<br />

(valor negociado), nenhuma<br />

das vinte cotadas do PSI 20<br />

conseguiu apresentar uma variação<br />

positiva. A aversão ao risco e<br />

a baixa capitalização bolsista dos<br />

títulos face ao ano anterior foram,<br />

segundos os analistas, os<br />

principais motivos para a queda.<br />

BCP foi o título mais negociado<br />

Apesar do panorama negativo, é<br />

possível eleger os vencedores e<br />

os vencidos do ano, no que toca<br />

à disputa pela atenção dos investidores.<br />

Num pódio que não sofreu alterações<br />

face a 2008, o BCP voltou<br />

aserotítulomaisnegociadono<br />

ano passado, tendo trocado de<br />

mãos mais de 4,2 mil milhões de<br />

papéis do banco liderado por Carlos<br />

Santos Ferreira. Os restantes<br />

lugares foram ocupados por SonaeSGPSeEDP.“Sãoascotadas<br />

que têm mais acções no mercado<br />

e são preferidas pelos investidores<br />

por terem muita liquidez”, justi-<br />

BOLSA PERDEU INVESTIDORES APESAR DOS GANHOS<br />

Evolução mensal do índice de referência nacional e do volume de<br />

acções transaccionadas durante o ano passado.<br />

9000 Evolução<br />

8500<br />

8000<br />

7500<br />

7000<br />

6500<br />

6000<br />

5500<br />

Jan.<br />

Fev.<br />

Fonte: Euronext e Bloomberg<br />

Mar.<br />

Abr.<br />

Mai.<br />

Jun.<br />

Jul.<br />

Ago.<br />

Set.<br />

Out.<br />

Volume<br />

Nov.<br />

Dez.<br />

1800<br />

1200<br />

600<br />

0<br />

ficou Pedro Lino. Já a Altri, a REN<br />

e a Semapa surgem como as acções<br />

menos negociadas.<br />

Na classificação final por valor<br />

gerado com as transacções, a PT,<br />

aEDPeaGalpEnergiasurgem<br />

como as “campeãs”. A operadora<br />

nacional lidera o ‘ranking’ com<br />

um volume de negócios de 5,4<br />

mil milhões de euros. “São os títulos<br />

que mais pesam no índice”,<br />

relembra Frederico Antão. Em<br />

sentido inverso, a Teixeira Duarte<br />

movimentou “apenas” 169 milhões<br />

de euros.<br />

Volume de negócios não<br />

alcança capitalização bolsista<br />

A quebra registada no ano passado<br />

dos montantes gerados pelas<br />

transacções dos títulos ficou, de<br />

uma forma geral, muito aquém<br />

das suas capitalizações bolsistas.<br />

ExemplodissoéocasodaEDP.O<br />

volume de negócios em bolsa de<br />

4,96 mil milhões de euros da elétrica,<br />

alcançado em 2009, ficou<br />

longe dos 11 mil milhões de euros<br />

que valia no final do ano. A Sonae<br />

Indústria foi a cotada a apresentar<br />

o saldo menos negativo, entre<br />

a capitalizaçãoeovolumedenegócios:<br />

56 milhões de euros.<br />

Bolsa de Lisboa negociou<br />

menos 25% em 2009<br />

Os ganhos alcançados no ano<br />

passado não deixaram transparecer<br />

uma dura realidade: a fuga<br />

dos investidores. De acordo com<br />

os dados da Euronext, a que o<br />

Diário <strong>Económico</strong> teve acesso, a<br />

bolsa de Lisboa negociou menos<br />

24,8% em 2009. Contas feitas,<br />

foram transaccionadas 13 mil milhões<br />

de acções em 2009, longe<br />

dos 17 mil milhões de há dois<br />

anos atrás. Em valor, a quebra foi<br />

mais acentuada, com os 30,8 mil<br />

milhões de euros a representarem<br />

uma queda de 44% face aos<br />

54,8 mil milhões de 2008.<br />

“É um sinal claro da conjuntura<br />

de um ‘bear market’”, considerou<br />

Pedro Pintassilgo. Já Frederico<br />

Antão foi taxativo: “As razões<br />

para estas quebras são as<br />

mesmas do que se passou noutras<br />

bolsas, ou seja, a fuga de muitos<br />

investidores para outros tipos de<br />

activos, incluindo liquidez”. ■


Açúcar bate recorde dos últimos 29 anos<br />

Há 29 anos que a cotação do açúcar não atingia um valor tão elevado.<br />

Ontem, e pela sétima sessão consecutiva, os contratos de futuros voltaram<br />

a subir, com os operadores de mercado a esperarem que os preços<br />

continuem a subir, com o aumento da procura por parte do maior<br />

consumidor mundial deste bem– a Índia– mas também por parte de outros<br />

mercados como a Indonésia e o Egipto. “A procura de importações sugere<br />

que não há açúcar suficiente”, referiu um especialista à Reuters.<br />

Paulo Alexandre Coelho<br />

Infografia: Marta Carvalho | marta.carvalho@economico.pt<br />

AGENDA DO DIA<br />

● O INE divulga o índice de custos de<br />

construção de habitação nova,<br />

relativo a Novembro.<br />

● O Conselho Nacional dos<br />

Supervisores Financeiros deverá<br />

reunir hoje para discutir as novas<br />

regras para os salários pagos nas<br />

instituições financeiras.<br />

Sexta-feira 8 Janeiro 2010 Diário <strong>Económico</strong> 35<br />

CMVM aperta<br />

regras das posições<br />

qualificadas<br />

Interesses detidos através<br />

de derivados serão divulgados.<br />

Tiago Freire<br />

tiago.freire@economico.pt<br />

A CMVM continua a apertar as<br />

regrasdomercadoeatapar algumas<br />

brechas que a legislação<br />

actual não conseguiu prever.<br />

Desta feita, o regulador do mercado<br />

português vai tornar obrigatória<br />

a divulgação de participações<br />

qualificadas através de<br />

produtos derivados, como ‘warrants’,<br />

‘equity swaps’ e futuros.<br />

Atravésdestesedeoutros<br />

instrumentos derivados, uma<br />

entidade pode não ter, de facto,<br />

acções de uma empresa cotada,<br />

mas deter na sua mão a possibilidade<br />

de, de uma só vez, conseguir<br />

essa propriedade, bastando<br />

para tal a execução de um desses<br />

contratos derivados.<br />

“Tem-se assistido, nos últimos<br />

anos, a diversos casos de<br />

participações de grande dimensão<br />

comunicadas sem aviso prévio<br />

e construídas com base em<br />

instrumentos financeiros derivados<br />

com liquidação financeira”,<br />

refere a CMVM, em comunicado<br />

divulgado ontem. Na<br />

prática, uma entidade vai construindo<br />

uma posição potencial<br />

“na sombra”, através de derivados,<br />

acabando por transformála<br />

numa posição real, aqui já detendo<br />

as acções e, eventualmente,<br />

uma posição qualificada.<br />

As posições qualificadas têm<br />

vários patamares: por exemplo,<br />

quando superem 2%, 5% ou<br />

10% do capital de uma empresa.<br />

A divulgação obrigatória da ultrapassagem<br />

destes limites permite<br />

que o mercado vá sendo<br />

informado da construção de<br />

PUB<br />

SGAM Fund<br />

Sociedade de Investimento de Capital Variável<br />

Sede: 16, boulevard Royal, L-2449 Luxembourg<br />

CRC Luxemburgo B 25 970<br />

NOTIFICAÇÃO AOS PARTICIPANTES E AO PÚBLICO<br />

Para além da notificação aos Participantes e ao público, emitida em 27 de<br />

Novembro de 2009, relativa ao SGAM Fund (a “Notificação”), o Conselho de<br />

Administração informa os Participantes e o público do seguinte:<br />

Depois da aprovação pelas autoridades regulamentares competentes, as<br />

assembleias gerais de participantes dos fundos interessados ratificaram as<br />

alterações descritas na Notificação. Assim, as alterações contidas na<br />

Notificação entraram totalmente em vigor em 31 de Dezembro de 2009.<br />

Estará disponível uma Adenda, com data de Dezembro de 2009, na sede<br />

do Fundo no Luxemburgo, e no balcão do Banco Depositário (Société<br />

Générale Bank & Trust, 11, avenue Emile Reuter, L-2420 Luxembourg).<br />

Pelo SGAM Fund<br />

O Conselho de Administração<br />

posições relevantes no capital<br />

de uma cotada. No entanto, até<br />

aqui, as posições potenciais com<br />

base na utilização de instrumentos<br />

derivados não eram de<br />

divulgação obrigatória, permitindo<br />

aqui uma arbitragem regulatória.<br />

“Trata-se de instrumentos<br />

financeiros que criam um efeito<br />

económico similar à detenção<br />

das acções e, ainda que não permitam<br />

o acesso directo a direitos<br />

de voto, são idóneos para a<br />

aquisição e/ou exercício de influência<br />

potencial sobre uma<br />

sociedade”, explica a entidade<br />

liderada por Carlos Tavares.<br />

Este projecto de regulamento<br />

da CMVM estará em consulta<br />

pública até 15 de Fevereiro. ■<br />

Com esta medida,<br />

Carlos Tavares<br />

quer estender a<br />

transparência nas<br />

posições<br />

qualificadas a<br />

instrumentos até<br />

aqui não cobertos<br />

pelas mesmas<br />

regras.


36 Diário <strong>Económico</strong> Sexta-feira 8 Janeiro 2010<br />

FINANÇAS<br />

MATÉRIAS-PRIMAS<br />

Petróleo em queda pela primeira<br />

vez em 11 sessões<br />

O crude negociado em Nova Iorque sofreu a primeira queda em 11 sessões,<br />

depois de terem atingido na quarta-feira máximos de 15 meses. O barril de<br />

petróleo descia 0,48% para os 82,78 dólares. Já o ‘brent’, negociado em<br />

Londres e que serve de referência para o mercado nacional, deslizava<br />

0,37% para os 81,59 dólares. A subida de ontem do dólar e o aumento das<br />

taxas de juro por parte do banco central chinês foram as razões<br />

apontadas pelos analistas para o deslize.<br />

Ângelo Paupério, presidente<br />

da SonaeCom.<br />

ACÇÕES<br />

Fundos do Santander têm mais<br />

de 2% do capital da Sonaecom<br />

‘CAJAS’ ESPANHOLAS TERÃO DE FAZER FACE A MAIS DE 30 MIL MILHÕES DE EUROS DE DÍVIDA QUE VENCE ESTE ANO<br />

Rui Barroso<br />

rui.barroso@economico.pt<br />

O BPI emitiu mil milhões de euros<br />

de dívida, sob a forma de obrigações<br />

hipotecárias com maturidade<br />

de cinco anos. O banco liderado<br />

por Fernando Ulrich é a primeira<br />

instituição financeira portuguesa<br />

a entrar na onda de emissão<br />

de ‘covered bonds’ para este<br />

mês. A Caixa Geral de Depósitos<br />

também está a planear uma emissão<br />

de obrigações hipotecárias, de<br />

acordo com a agência Bloomberg<br />

A taxa de cupão paga pelo BPI<br />

nesta operação foi de 3,375% e o<br />

‘spread’ (prémio de risco) pago<br />

face à taxa de referência das<br />

obrigações a cinco anos é de 62<br />

pontos base. O ‘spread’ pago<br />

pelo BPI é semelhante às últimas<br />

emissões de obrigações hipotecárias<br />

feitas por instituições na-<br />

cionais. Em Setembro e em Novembro,<br />

o BCP e o BES também<br />

realizaram emissões no valor de<br />

mil milhões de euros.<br />

Bancos europeus emitem dívida<br />

com os olhos no BCE<br />

O mercado de obrigações hipotecárias,<br />

que ficou paralisado duranteopicodacrisefinanceira,<br />

ressuscitou em Maio de 2008.<br />

Nessa altura o BCE anunciou um<br />

programa de compra de instrumentos<br />

deste tipo, num valor até<br />

60 mil milhões de euros, para facilitar<br />

a liquidez no sistema financeiro.<br />

A medida deverá expirar<br />

em Junho deste ano. “Os bancos<br />

estão a tentar aproveitar emitir<br />

obrigações hipotecárias porque<br />

existe a noção de que as medidas<br />

menos convencionais do<br />

BCE irão terminar”, referiu um<br />

analista que pediu para não ser<br />

A empresa liderada por Ângelo Paupério divulgou ontem que os fundos<br />

do Santander Asset Management adquiriram 7,4 milhões de acções da<br />

sua empresa, passando a deter mais de 2% do seu capital. Em<br />

comunicado, a empresa explicou que seis fundos de investimento geridos<br />

pela Santander compraram no mercado, a 20 de Outubro, mais de 7,4<br />

milhões de acções da operadora, pelo que passaram a deter a partir dessa<br />

data 2,023% do seu capital.<br />

O ano de 2010 não augura nada de bom para as caixas espanholas. Segundo noticiou ontem o diário espanhol Expansión, 40 ‘cajas’ terão de<br />

pagar este ano mais de 30 mil milhões de euros de emissões de dívida que vencem até ao final de Dezembro. Em termos acumulados, as ‘cajas’<br />

terão de pagar até 2012, inclusive, 115,14 mil milhões de euros. Caja Madrid e La Caixa são as que mais terão de pagar até 2012.<br />

BPI entra na corrida europeia de<br />

emissão de obrigações hipotecárias<br />

Bancos europeus estão a recorrer às obrigações hipotecárias para conseguirem ‘funding’ barato.<br />

Bancos europeus<br />

emitiram cerca de 5<br />

mil milhões de euros<br />

de obrigações<br />

hipotecárias só esta<br />

semana.<br />

identificado. “As obrigações hipotecárias<br />

oferecem actualmente<br />

a forma mais barata de refinanciamento<br />

para a maioria dos bancos<br />

europeus e muitos emitentes<br />

querem aproveitar a oportunidade<br />

para irem ao mercado o mais<br />

rápido possível”, referiu um analista<br />

do Barclays Capital citado<br />

pela Bloomberg. Um especialista<br />

contactado pelo Diário <strong>Económico</strong><br />

referiu que dado o ‘funding’<br />

mais barato proporcionado por<br />

estas operações, “não espanta<br />

que mais bancos portugueses venham<br />

a recorrer á emissão de<br />

obrigações hipotecárias”.<br />

Só esta semana o BBVA, o Dexia<br />

e o BNP Paribas já encaixaram<br />

cerca de cinco mil milhões de euros<br />

em obrigações hipotecárias.<br />

E bancos como o Barclays e o Sabadell<br />

estão a sondar o mercado<br />

para fazer emissões. ■<br />

PALAVRA-CHAVE<br />

✽<br />

Susana Vera(/Reuters<br />

‘Covered bonds’<br />

As obrigações hipotecárias, ou<br />

‘covered bonds’, são títulos de<br />

dívida que têm como garantia<br />

créditos hipotecários ou do<br />

sector público. Durante a crise<br />

financeira os investidores<br />

fugiram destes instrumentos,<br />

dificultando a liquidez do sistema<br />

financeiro. No entanto, desde que<br />

o BCE anunciou o programa de<br />

compra de ‘covered bonds’, os<br />

prémios de risco destes<br />

instrumentos diminuíram para<br />

metade, tornando mais barato o<br />

financiamento dos bancos.


BANCA<br />

Banco Português de Gestão com 10%<br />

de novo banco cabo-verdiano<br />

O Banco Português de Gestão (BPG) será um dos accionistas de um novo<br />

banco a lançar em Cabo Verde, em resultado de uma parceria com o governo<br />

local. Segundo a Lusa, que cita a imprensa cabo-verdiana, o BPG irá deter,<br />

numa fase inicial, 10% na nova instituição e o Governo deterá 5%. O<br />

objectivo do projecto é encaminhar para a economia formal segmentos da<br />

população com menores rendimentos e micro-empresas. Entre os accionistas<br />

estão entidades como os CorreioseaCaixaEconómica de Cabo Verde.<br />

Troca de ‘emails’<br />

com a AIG<br />

trama Geithner<br />

Terá sido o regulador a pressionar a seguradora<br />

para omitir informações ao mercado.<br />

Marta Marques Silva<br />

marta.marquessilva@economico.pt<br />

É mais uma polémica em torno<br />

do gigante segurador AIG e,<br />

desta vez, é Timothy Geithner,<br />

actual secretário de Estado do<br />

Tesouro norte-americano,<br />

quem está no centro da tempestade.Hámuitoqueesteresgate<br />

vem suscitando críticas quanto<br />

à sua dimensão, bónus pagos<br />

aos executivos e falta de transparência<br />

na informação divulgada<br />

ao mercado. Ora, ao que<br />

tudo indica, terá sido o próprio<br />

regulador e supervisor, no caso a<br />

Reserva Federal de Nova Iorque<br />

–então liderada por Geithner– a<br />

dar indicações para que a seguradora<br />

retesse informações sobre<br />

operações envolvendo produtos<br />

derivados do crédito imobiliário.Eistonoaugedeuma<br />

crise potenciada precisamente<br />

por políticas de regulação e supervisão<br />

pouco eficazes.<br />

A Reserva Federal do Banco<br />

de Nova Iorque terá pressionado<br />

a AIG a não divulgar os pagamentos<br />

feitos a bancos como o<br />

Goldman Sachs e a Société<br />

Générale de forma a fechar contratos<br />

celebrados sobre os chamados<br />

“produtos tóxicos”. Foram<br />

ontem divulgados ‘mails’<br />

trocados entre a Fed de Nova<br />

Iorque e advogados da AIG que<br />

“Divulgar tais<br />

informações no auge<br />

da crise financeira,<br />

teria prejudicado<br />

a capacidade de<br />

negociação da AIG”,<br />

justifica um oficial<br />

da Fed.<br />

que mostram que, inicialmente<br />

a AIG havia incluído estas informações<br />

no comunicado a divulgar<br />

ao mercado. Mas, após revisão<br />

da Fed, esta terá pressionado<br />

a AIG a retirar as referências<br />

feitas ao valor dos pagamentos e<br />

respectivos beneficiários. “O<br />

comunicado reflecte o desejo do<br />

seu cliente de não ser feita menção<br />

a estes dados relacionados<br />

com a transacção. Não serão<br />

mencionados de todo”, escrevia<br />

umadasadvogadasdaAIGa<br />

Davis Polk, advogado da Fed.<br />

A Fed de Nova Iorque já reagiu,<br />

e através do seu porta-voz<br />

declarou que o supervisor estava<br />

apenas a “emitir comentários”<br />

sobre se a AIG deveria ou<br />

não conter a informação, cabendo<br />

sempre à AIG a decisão<br />

final. Já um oficial da Fed adiantou<br />

que “divulgar tais informações<br />

no auge da crise financeira<br />

teria prejudicado a capacidade<br />

de negociação da AIG”.<br />

Mas, quando em Março de<br />

2009, os dados foram finalmente<br />

comunicados na íntegra ao<br />

mercado – cinco meses mais<br />

tarde e após Geithner ter já assumido<br />

a pasta de Secretário do<br />

Tesouro por indicação de Barack<br />

Obama – os críticos alegaram<br />

que Geithner havia falhado nas<br />

negociações com Wall Street.<br />

Isto porque, enquanto a AIG<br />

procurava negociar um desconto<br />

sobre o valor a pagar pelos<br />

derivados, Geithner terá dado<br />

ordens para pagar o valor na íntegra.<br />

Esta decisão terá custado<br />

à AIG, e logo aos contribuintes,<br />

mais 13 mil milhões de dólares<br />

(cerca de nove mil milhões de<br />

euros). Ao todo, foram 12 os<br />

bancos que receberam pagamentos<br />

nestas condições, num<br />

total de 62 mil milhões de dólares.<br />

“Os oficiais da Fed providenciaram<br />

milhares de milhões<br />

de dólares às contrapartes da<br />

AIG, que nunca teriam conseguido<br />

receber de outra forma”,<br />

escreviaa17deNovembrode<br />

2009 o inspector designado<br />

para controlar os fundos do programa<br />

estatal de linhas de crédito<br />

aos bancos.<br />

Desde o final de 2008, a AIG<br />

já recebeu por quatro vezes ajudas<br />

do Estado, num total de<br />

182,3 mil milhões de dólares. ■<br />

O Finantia, liderado por António<br />

Guerreiro, é detido em 11% pelo VTB.<br />

Timothy Geithner está no centro<br />

da polémica já que liderava<br />

na altura a Fed de Nova Iorque.<br />

RESGATE<br />

182,3 mil milhões<br />

Desde o início da crise a AIG já<br />

recebeu ajudas estatais por<br />

quatro vezes, num total de 182,3<br />

mil milhões de dólares, ou seja,<br />

cerca de 127 mil milhões de<br />

euros.<br />

VALOR PAGO AOS BANCOS<br />

62 mil milhões<br />

No auge da crise financeira, e já<br />

após o primeiro resgate com<br />

dinheiros públicos, a AIG pagou<br />

por produtos derivados 62 mil<br />

milhões de dólares (cerca de 43<br />

mil milhões de euros) a 12<br />

bancos.<br />

BANCA<br />

Sexta-feira 8 Janeiro 2010 Diário <strong>Económico</strong> 37<br />

Finantia assina parceria<br />

com banco estatal russo para os EUA<br />

O Finantia foi escolhido pelo segundo maior banco da Rússia, o<br />

Vnestorgbank, como sua corretora para os EUA. O banco português irá<br />

intermediar “sobretudo transacções de obrigações de grandes emitentes<br />

russos e da comunidade de estados independentes, efectuadas com<br />

grandes investidores institucionais norte-americanos”. A parceria resulta<br />

de um acordo entre o Finantia USA, corretora do Finantia nos EUA,<br />

e o VTB Capital.<br />

PUB<br />

ING (L) Patrimonial<br />

ING (L) Invest<br />

SICAV de direito luxemburguês<br />

Sede: 52, route d’Esch, L-1470 Luxemburgo<br />

R.C.S. Luxemburgo nº B 24401, n° B 44873<br />

Hyungwon Kang / Reuters<br />

CONVOCATÓRIA PARA A ASSEMBLEIA GERAL<br />

A Assembleia Geral dos accionistas de cada uma das sociedades realizar-se-á nas instalações da ING<br />

Luxembourg, 3, rue Jean Piret, L-2965 Luxemburgo dia 28 de Janeiro de 2010<br />

da ING (L) Patrimonial às 11.15 horas<br />

da ING (L) Invest às 14.00 horas<br />

para deliberar sobre a seguinte ordem de trabalhos:<br />

1. Relatórios do Conselho de Administração e do Revisor Oficial de Contas.<br />

2. Aprovação das contas em 30 de Setembro de 2009.<br />

3. Aplicação dos resultados líquidos.<br />

4. Quitação aos administradores.<br />

5. Nomeações estatutárias.<br />

6. Diversos.<br />

Para poderem participar na Assembleia Geral, os detentores de acções ao portador deverão proceder<br />

ao respectivo depósito na sede e sucursais da ING Luxembourg ou ING Belgique S.A. e manifestar a<br />

sua intenção de participarem na Assembleia Geral, com uma antecedência mínima de cinco dias<br />

relativamente à reunião.<br />

Os accionistas registados serão admitidos mediante prova da sua identidade, na condição de informarem<br />

o Conselho de Administração da sua intenção de participarem na assembleia com uma antecedência<br />

mínima de cinco dias úteis.<br />

O Conselho de Administração


PUB


1<br />

AHermès tomou conta do<br />

centro comercial Amoreiras<br />

com uma acção<br />

destinada a democratizar o uso<br />

do lenço da seda. Um estilista<br />

esteve presente e explicou as<br />

várias formas de usar os famosos<br />

lenços de seda da marca<br />

francesa – conhecidos por<br />

‘carrés’. Apesar de recusar o<br />

título de marca de luxo, a<br />

Hermèsésinónimodeprodutos<br />

de alta-qualidade: os seus<br />

dois ‘best-sellers’, as carteiras<br />

“Kelly” e “Birkin”, têm lista de<br />

espera de dois a seis anos e podem<br />

custar até 100 mil euros.<br />

A marca tem fortes ligações a<br />

Portugal, já que o herdeiro do<br />

império francês é casado com a<br />

2<br />

filha mais velha do duque de<br />

Cadaval, Rosalinda Álvares Pereira<br />

Guerrand Hermès, duquesa<br />

de Guerrand-Hermès, título<br />

criado recentemente por D.<br />

Duarte Pio. Por via desta ligação<br />

ao nosso país, a Hermès criou<br />

um lenço dedicado à Escola<br />

Portuguesa de Arte Equestre.<br />

No mundo existem mulheres<br />

que coleccionam ‘carrés’ há<br />

mais de 50 anos: mais do que<br />

um capricho, trata-se de um investimento.<br />

Todos os lenços<br />

Hermès são impressos na fábrica<br />

de tinturaria de Lyon através<br />

de processos manuais, incluindo<br />

a mistura das tintas que aindaéfeitaàmão.<br />

A Hermès nasceu em 1837 pela<br />

LIFESTYLE<br />

EVENTO<br />

Hermès leva lenços<br />

de seda às Amoreiras<br />

A marca francesa conhecida pelas carteiras em pele, pelos ‘carrés’ e pelas gravatas quer democratizar o luxo.<br />

4<br />

1<br />

Xana Nunes<br />

2<br />

Mónica Guimarães,<br />

relações públicas da Hèrmes<br />

3<br />

Caetana Correia de Barros<br />

4<br />

Maria João e Luís Almeida Mendes,<br />

proprietários do restaurante Sushi Rio<br />

INQUÉRITO<br />

mão de Emile Hermès, que manufacturava<br />

selas para cavalos. O<br />

‘carré’ surgiu 100 anos mais tarde,<br />

com o advento dos automóveis<br />

descapotáveis. As altas velocidades<br />

obrigavam as senhoras a<br />

manterem os cabelos tapados<br />

com lenços de seda fina. Para o<br />

futuro, a Hermès tem grandes<br />

planos. Em Fevereiro de 2010, a<br />

marca francesa vai abrir a sua primeira<br />

boutique dedicada exclusivamente<br />

ao público masculino.<br />

Localizada em plena Madison<br />

Avenue, em Nova Iorque, a nova<br />

loja Hermès terá disponível a colecção<br />

de ‘prêt-à-porter’, toda a<br />

gama de acessórios e uma alfaiataria<br />

dedicada a fatos exclusivos e<br />

àmedida.■Rita Roby Gonçalves<br />

Cristina Jorge de Carvalho<br />

Designer de interiores formada na<br />

Inchbald School of Design, fundou<br />

o seu próprio atelier em 1998.<br />

Desde então assinou projectos de<br />

arquitectura e design de hotéis,<br />

spas, casas e escritórios.<br />

ESTILO É...<br />

ter um cunho pessoal, uma<br />

imagem que se distingue dos<br />

restantes, características que<br />

identificam um género.<br />

CORES FORTES OU NEUTRAS?<br />

Eu prefiro ter uma base de cores<br />

neutras e utilizar “apontamentos”<br />

de cor. Desta forma os ambientes<br />

tornam-se mais relaxantes e<br />

sempre que pretendemos mudálos<br />

basta alterar as notas de cor.<br />

ESTILO INGLÊS VERSUS DESIGN<br />

ESCANDINAVO...<br />

O segundo, definitivamente. É um<br />

estilo mais despojado, ‘clean’,<br />

intemporal. Gosto especialmente<br />

das peças que os designers<br />

nórdicos desenvolveram durante os<br />

anos 30 a 60. Adoro as peças do<br />

Hans Wegner, Fritz Hansen, Alvar<br />

Alto, Eero Aarnio 1 , Poul Kjaeholm,<br />

3<br />

Finn Juhl, Arne Jacobsen.<br />

INSPIRO-ME...<br />

na natureza, nas formas,<br />

nos materiais, nas viagens,<br />

na vida em geral.<br />

CIDADE DE ELEIÇÃO...<br />

Gosto da<br />

monumentalidade de<br />

Paris, da grandiosidade<br />

de Nova York, das ruas<br />

de compras cheias de gente<br />

em Milão, da alegria do Rio,<br />

dosdiascinzentosde<br />

Londres, da limpeza de<br />

Sexta-feira 8 Janeiro 2010 Diário <strong>Económico</strong> 39<br />

1<br />

BREVES<br />

Edição para guardar<br />

Ellen von Unwerth foi modelo<br />

antes de se dedicar à fotografia<br />

por isso sabe bem o que é<br />

preciso para fotografar mulheres<br />

bonitas. No livro “Fraülein,<br />

Von Unwerth” (Taschen), presta<br />

homenagem a mulheres tão<br />

sexy como Claudia Schiffer, Kate<br />

Moss e Monica Bellucci.<br />

Macarrons de ouro<br />

A ‘pâtisserie’ Ladurée - famosa<br />

pelos seus ‘macarrons’ - aliouse<br />

à Marni. Consuelo Castiglioni,<br />

directora da marca italiana,<br />

desenhou caixas douradas, inspirando<br />

Philippe Andrieu, ‘chef’<br />

da Ladurée, a criar ‘macarrons’<br />

adornados a folha de ouro.<br />

Gourmet de luxo<br />

Última tentação gastronómica<br />

de luxo: o camarão azul de<br />

gosto adocicado-iodado, uma<br />

espécie única no mundo criada<br />

num pequeno lago de água<br />

salgada na Nova Caledónia. O<br />

Obsiblue custa 75 euros o quilo.<br />

Singapura, dos edifícios<br />

e do fervilhar de gente<br />

em Hong Kong, da<br />

luz e do Tejo em<br />

Lisboa, da agitação<br />

latino americana<br />

de Miami.<br />

A DECORAÇÃO<br />

PODE SER UM<br />

INVESTIMENTO?<br />

Todas as peças<br />

originais de designers<br />

conceituados são bons<br />

investimentos.


40 Diário <strong>Económico</strong> Sexta-feira 8 Janeiro 2010<br />

ÚLTIMA HORA<br />

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Bancos ameaçam cortar crédito às<br />

concessões chumbadas pelo Tribunal<br />

Dia 26 termina o crédito às concessões chumbadas pelo Tribunal de Contas.<br />

Os bancos ligados às concessões rodoviárias,<br />

a que o Tribunal de Contas<br />

(TC) recusou o visto prévio ameaçam<br />

cortar o crédito. “No final de 2009, as<br />

concessionárias receberam dos bancosoavisoformaldequeestãodispostos<br />

a cancelar o financiamento caso<br />

não se resolva a questão com o TC”,<br />

disse à Lusa uma fonte de mercado.<br />

A partir de 26 de Janeiro os bancos<br />

vão comunicar aos consórcios a suspensão<br />

na atribuição do crédito, o que<br />

obrigará a que os envolvidos na negociação<br />

(Governo, Estradas de Portugal<br />

e concessionárias) se sintam pressionados<br />

a um acordo que satisfaça o Tribunal<br />

de Contas. Contactada, fonte<br />

do TC não quis comentar datas. As<br />

instituições bancárias envolvidas<br />

também não quiseram comentar.<br />

As concessionárias que viram o<br />

Professores com Bom não<br />

serão limitados por vagas<br />

Perspectivas das negociações<br />

eram ontem negativas.<br />

Professores com Bom deixam<br />

de estar limitados por<br />

vagas para progredir para o<br />

3º escalão da carreira docente,<br />

revelaram dirigentes<br />

sindicais à saída das primeiras<br />

reuniões da última<br />

ronda negocial entre o Governo<br />

e os sindicatos que<br />

teve lugar ontem no MinistériodaEducação.<br />

Mas à hora de fecho<br />

desta edição, as indicações<br />

dos representantes dos<br />

professores era de que as<br />

DESTAQUE<br />

Sócrates no Parlamento para<br />

discutir o casamento ‘gay’<br />

Os deputados reúnem-se hoje na<br />

Assembleia da República para discutirem<br />

as propostas do Governo e da<br />

oposição sobre o casamento entre<br />

pessoas do mesmo sexo, assunto<br />

que divide os partidos de esquerda<br />

das bancadas da direita. O primeiroministro<br />

José Sócrates também estará<br />

presente na discussão. Siga o<br />

debate no ‘site’.<br />

Acompanhe ao minuto em<br />

www.economico.pt<br />

visto prévio recusado garantem que as<br />

obras prosseguem ao ritmo normal,<br />

apesar dos bancos já terem ameaçado<br />

cortar o crédito aos projectos.<br />

“No nosso caso não houve corte.<br />

Continuamos com toda a normalidade<br />

a receber dinheiro em ambas concessões”,<br />

afirmou fonte do consórcio<br />

liderado pela Edifer, que ganhou o<br />

concurso para a construção das con-<br />

medidas apresentadas pela<br />

ministra Isabel Alçada não<br />

seriam suficientes para<br />

chegar a um acordo.<br />

Outra das cedências<br />

anunciadas pelo ministério<br />

era os professores com<br />

Muito Bom e Excelente<br />

deixarem de ocupar lugares<br />

nas vagas. Ainda assim,<br />

as perspectivas eram<br />

negativas perto do fim das<br />

negociações. E o secretário-geral<br />

da Fenprof,<br />

Mário Nogueira, disse<br />

que, a manterem-se as<br />

medidas propostas, não<br />

assinaria. ■ P.Q.<br />

Acompanhe no ‘site’ a evolução das bolsas e do petróleo.<br />

MAIS LIDAS ONTEM<br />

Almerindo Marques,<br />

presidente da<br />

Estradas de Portugal,<br />

viu já o Tribunal de<br />

Contas chumbar<br />

cinco concessões<br />

rodoviárias por ter<br />

encontrado<br />

‘irregularidades’<br />

no processo.<br />

● Remax vende casas de luxo a<br />

preços de saldo<br />

● Sócrates responde a Ulrich:<br />

“Foram os bancos a causar a crise”<br />

● Oquedevecomprar no supermercado<br />

dos fundos<br />

● Maior feira tecnológica do mundo<br />

arranca hoje em Las Vegas<br />

● BPI vai emitir mil milhões em<br />

obrigações<br />

Leia versão completa em<br />

www.economico.pt<br />

cessões rodoviárias do Baixo Alentejo<br />

e do Algarve Litoral.<br />

Fonte do consórcio Auto-Estrada<br />

XXI, liderado pela construtora Soares<br />

da Costa, disse que “as obras estão a<br />

decorrer dentro da normalidade e os<br />

pagamentos estão também a ser feitos<br />

dentro da normalidade”.<br />

O TC decidiu chumbar as concessões<br />

rodoviárias que já tinham sido<br />

atribuídas pela Estradas de Portugal<br />

(EP), por as considerar “irregulares”.<br />

A entidade liderada por Almerindo<br />

Marques recorreu entretanto da decisão<br />

do tribunal.<br />

Desdeque,emNovembro,oTCrecusouovistoprévioaoscontratosde<br />

cinco concessões rodoviárias - Auto-<br />

Estrada Transmontana, Douro Interior,<br />

Baixo Alentejo e Algarve Litoral e<br />

Litoral Oeste. ■ C.S. com Lusa<br />

Estoril Sol vai despedir<br />

113 trabalhadores<br />

O despedimento colectivo<br />

vai custar seis milhões.<br />

A Estoril Sol vai avançar<br />

com o despedimento colectivo<br />

de 113 trabalhadores.<br />

A notícia foi avançada<br />

pela administração da<br />

Estoril Sol SGPS em comunicado<br />

emitido ontem<br />

à CMVM.<br />

Segundo o mesmo documento,<br />

a empresa do<br />

magnata Stanley Ho estima<br />

“um custo associado a<br />

este processo que rondará<br />

os seis milhões de euros”.<br />

A Estoril Sol detém em<br />

VOTAÇÕES<br />

Inquérito em curso<br />

Concorda com a utilização de ’scanners’<br />

corporais nos aeroportos?<br />

Não<br />

21<br />

Portugal o Casino de Lisboa,<br />

o Casino Estoril e o<br />

Casino da Póvoa.<br />

O comunicado não justifica<br />

a razão da decisão,<br />

mas nas contas do primeiro<br />

semestre de 2009, a empresa<br />

admitiu que “todos os<br />

casinos portugueses registaram<br />

significativas quebras<br />

nas respectivas receitas<br />

comparativamente às alcançadas<br />

em igual período<br />

de 2008”. Neste período, a<br />

Estoril Sol registou receitas<br />

de 114,9 milhões de euros,<br />

menos 11,3 milhões de euros<br />

doqueem2008. ■ M.C.<br />

TOTAL DE VOTOS: 577<br />

Vote em<br />

www.economico.pt<br />

Sim<br />

79<br />

OPINIÃO<br />

Orçamento virtuoso<br />

O país político está suspenso à volta de uma nova novela:<br />

a reencarnação do Bloco Central numa versão limitada e<br />

concentrada nas contas públicas. O argumentista é o Presidente<br />

da República. Cavaco Silva já ganhou o prémio da<br />

personagem política mais marcante da primeira semana<br />

do ano. O seu discurso de Ano Novo recentrou, e bem, o<br />

debate político. O Governo foi o primeiro a reagir e de<br />

uma forma estrategicamente inteligente colocou-se na<br />

posição de actor principal, o que lhe deverá garantir dividendos<br />

políticos. Colou-se à vontade de Cavaco Silva e<br />

mostrou uma posição humilde.<br />

No entanto, é de notar a surpreendente vitalidade da<br />

resposta do PSD. Comandado por Aguiar-Branco, os social-democratas<br />

assumiram a liderança da oposição, o<br />

seu lugar natural, mas onde até agora foram ultrapassados<br />

por Paulo Portas ou o Bloco de Esquerda, consoante<br />

as matérias em causa. O PSD foi claro nas suas posições e<br />

nas suas exigências, facilitando a discussão política e a<br />

possibilidade de um acordo.<br />

E os problemas em causa exigem, como salientou o Presidente<br />

da República, um entendimento alargado, fenómeno<br />

pouco visto por cá em que a classe política é mais especializada<br />

em guerrilha. O endividamento excessivo é um<br />

problema estrutural que atravessa toda a economia e que<br />

vai demorar anos a resolver e o Estado é um dos protagonistas<br />

deste problema. O défice tem de ser corrigido e a dívida<br />

reduzida mas isto só será conseguido em vários anos. É<br />

muito difícil descer um défice de mais de 8% para 3% num<br />

único ano. E vai sempre exigir medidas com elevados custos<br />

políticos, como o aumento de impostos ou da carga fiscal,<br />

o corte real nas despesas que vão afectar os funcionários<br />

e provavelmente a generosidade das prestações sociais<br />

e um plano de saneamento das empresas públicas, que poderá<br />

obrigar ao encerramento de algumas. É preciso não ter<br />

ilusões. Qualquer pacto que não inclua estes pontos será<br />

um exercício inútil de retórica política, pois não atacará as<br />

causa estruturais do endividamento público.<br />

Além disto, falta fazer um outro pacto de regime, tão<br />

importante como este: o da competitividade e crescimento<br />

económico, que obriga igualmente a medidas corajosas<br />

como flexibilizar a legislação laboral e atacar de<br />

frente os bloqueios da justiça.<br />

Portanto, sauda-se a abertura de todos para discutir<br />

mas o sucesso final está longe de estar garantido. PS e<br />

PSD querem assumir a factura de um verdadeiro saneamento<br />

das contas públicas? A pergunta é especialmente<br />

relevante para o PSD que está na oposição e que quer regressar<br />

ao poder. E se ficar agarrado a este pacto, terá a<br />

sua capacidade de fazer oposição limitada por vários<br />

anos, questão que não é negligenciável quando está em<br />

cima da mesa uma possível mudança na liderança dos<br />

social-democratas.<br />

Assim, os próximos capítulos desta novela vão passar<br />

pelos encontros e desencontros negociais e a certeza é<br />

que o Orçamento do Estado para 2010 que entrar no Parlamento<br />

vai passar na votação na generalidade. Ninguém<br />

sabe é que Orçamento vai sair do debate na especialidade.<br />

Vamos ver se será virtuoso. ■<br />

PUB<br />

BRUNO PROENÇA<br />

Director Executivo<br />

bruno.proenca@economico.pt<br />

5 601073 000864<br />

04792

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