usina termoelétrica à biomassa agudos do sul - Instituto Ambiental ...
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RIMA<br />
Relatório de Impacto<br />
<strong>Ambiental</strong> é o <strong>do</strong>cumento<br />
utiliza<strong>do</strong> para<br />
apresentar <strong>à</strong> populaçãoempreendimentos<br />
que de alguma<br />
forma promovam<br />
alterações ao meio<br />
ambiente. Deve resumir<br />
as características<br />
<strong>do</strong> empreendimento,<br />
levantar os impactos<br />
gera<strong>do</strong>s e definir medidas<br />
e programas<br />
que os atenuem. A<br />
leitura <strong>do</strong> RIMA para<br />
implantação da Usina<br />
Termoelétrica Agu<strong>do</strong>s<br />
<strong>do</strong> Sul deve permitir<br />
o entendimento<br />
pelo público e está <strong>à</strong><br />
disposição para con<strong>sul</strong>ta<br />
na Prefeitura<br />
Municipal de Agu<strong>do</strong>s<br />
<strong>do</strong> Sul e na Biblioteca<br />
<strong>do</strong> <strong>Instituto</strong> <strong>Ambiental</strong><br />
<strong>do</strong> Paraná.<br />
Em conformidade com o<br />
exigi<strong>do</strong> no Ofício 109/2009-<br />
IAP/DIRAM/DLE, observadas<br />
as Resoluções CONAMA n°s<br />
001/86, Art. 2°, Inciso XI, nº<br />
237/97 e Resolução CEMA n°<br />
065/2008, bem como demais<br />
legislações relevantes <strong>à</strong> implantação<br />
de <strong>usina</strong>s de geração<br />
de eletricidade, elaborou<br />
os Estu<strong>do</strong>s e, respectivo Relatório<br />
Impacto <strong>Ambiental</strong> com o<br />
objetivo de obtenção <strong>do</strong> licenciamento<br />
ambiental. Desta<br />
maneira, consideran<strong>do</strong> os<br />
parâmetros defini<strong>do</strong>s por normas<br />
e leis vigentes e o caráter<br />
decisivo sobre as ações administrativas<br />
voltadas ao licenciamento<br />
ambiental, o EIA-RIMA<br />
torna-se um <strong>do</strong>s principais<br />
recursos técnicos <strong>à</strong> análise da<br />
APRESENTAÇÃO<br />
viabilidade operacional <strong>do</strong> empreendimento.<br />
Os estu<strong>do</strong>s ambientais na<br />
área de influência <strong>do</strong> empreendimento<br />
foram desenvolvi<strong>do</strong>s através<br />
<strong>do</strong> diagnóstico <strong>do</strong>s sistemas<br />
naturais e antrópicos, da avaliação<br />
<strong>do</strong>s impactos ambientais nas<br />
fases de viabilização <strong>do</strong> empreendimento,<br />
da definição das medidas<br />
mitiga<strong>do</strong>ras e da criação de<br />
programas de monitoramento<br />
ambiental.<br />
O diagnóstico ambiental na<br />
área de influência direta e diretamente<br />
afetada abrangeu atividades<br />
de pesquisa e levantamentos<br />
técnicos para a caracterização<br />
<strong>do</strong>s aspectos físicos, bióticos e<br />
sócio-econômicos <strong>do</strong>s sistemas<br />
regionais.<br />
Volume 1, Edição 1<br />
Novembro/2009<br />
U S I N A T E R M O E L É T R I C A À<br />
B I O M A S S A A G U D O S D O S U L<br />
A avaliação <strong>do</strong>s impactos<br />
ambientais re<strong>sul</strong>tou de um conjunto<br />
de procedimentos, a<strong>do</strong>ta<strong>do</strong>s<br />
com base em méto<strong>do</strong>s<br />
científicos de análise, que compreenderam<br />
a identificação, a<br />
classificação e a hierarquização<br />
das possíveis interferências.<br />
A proposição das medidas<br />
mitiga<strong>do</strong>ras visou o estabelecimento<br />
de ações preventivas e<br />
corretivas para controlar e minimizar<br />
os impactos negativos,<br />
recuperar as áreas degradadas<br />
e potencializar os impactos<br />
positivos.<br />
Por fim, os programas ambientais<br />
envolveram o planejamento<br />
executivo <strong>do</strong>s méto<strong>do</strong>s e<br />
parâmetros técnicos a serem<br />
implementa<strong>do</strong>s para a manutenção<br />
e o controle da qualidade<br />
ambiental.<br />
INFORMAÇÕES GERAIS SOBRE<br />
O EMPREENDIMENTO<br />
LOCALIZAÇÃO E ACESSO A ÁREA<br />
O local para a implantação da Usina Termoelétrica Agu<strong>do</strong>s <strong>do</strong> Sul <strong>à</strong> <strong>biomassa</strong> vegetal será na Estrada Municipal Prefeito<br />
Chico Freitas nº 4.000, localidade de Palmito de Cima, <strong>do</strong> Município de Agu<strong>do</strong>s <strong>do</strong> Sul - PR, na Região Metropolitana<br />
de Curitiba . O trajeto de acesso ao empreendimento, partin<strong>do</strong>-se de Curitiba, se dá através de ro<strong>do</strong>vias federais e<br />
estaduais pavimentadas, sen<strong>do</strong> elas a BR-116, a PR-419 ou Ro<strong>do</strong>via Engenheiro Alfre<strong>do</strong> Sica Pinto e a ro<strong>do</strong>via PR-<br />
281. A ro<strong>do</strong>via BR-116 possui hoje no perímetro urbano de Curitiba, no trecho compreendi<strong>do</strong> entre a ro<strong>do</strong>via BR-277 e<br />
o trevo <strong>do</strong> Contorno Sul de Curitiba, a<br />
denominação de Linha Verde, tornan<strong>do</strong>-se<br />
novamente ro<strong>do</strong>via federal a<br />
partir <strong>do</strong> trevo <strong>do</strong> Contorno Sul de<br />
Curitiba. Partin<strong>do</strong>-se deste ponto<br />
seguem-se 38,4 km até a Ro<strong>do</strong>via<br />
Estadual PR-419, acesso principal a<br />
Agu<strong>do</strong>s <strong>do</strong> Sul, estan<strong>do</strong> o entroncamento<br />
das duas ro<strong>do</strong>vias localiza<strong>do</strong><br />
no município de Mandirituba, localidade<br />
de Areia Branca. A partir <strong>do</strong> entroncamento<br />
da BR-116 com a PR-<br />
419 seguem-se 16,4 km até o trevo<br />
de Agu<strong>do</strong>s <strong>do</strong> Sul, localiza<strong>do</strong> no<br />
perímetro urbano <strong>do</strong> município. Deste<br />
ponto a ro<strong>do</strong>via PR-419 passa a se<br />
denominar PR-281 e perfazem-se 6,9<br />
km até a estrada municipal denominada<br />
Estrada Municipal Chico Freitas,<br />
via de acesso principal ao local <strong>do</strong><br />
empreendimento, totalizan<strong>do</strong> um<br />
deslocamento de 3,4 km por esta<br />
estrada até a localização da área de<br />
instalação futura da <strong>usina</strong>.
Página 2<br />
E m u m a u s i n a<br />
<strong>termoelétrica</strong>, temos: a<br />
fornalha, onde é<br />
q u e i m a d o o<br />
combustível; a caldeira,<br />
onde é produzi<strong>do</strong> o<br />
vapor. O jato de vapor<br />
extraí<strong>do</strong> da caldeira gira<br />
a turbina que, por estar<br />
interligada ao eixo <strong>do</strong><br />
gera<strong>do</strong>r faz com que<br />
este entre movimento,<br />
geran<strong>do</strong> a eletricidade.<br />
Após gerada, a energia<br />
elétrica é conduzida por<br />
cabos até a subestação<br />
e l e v a d o r a , o n d e<br />
transforma<strong>do</strong>res elevam<br />
o valor da tensão<br />
elétrica (voltagem).<br />
Assim, nesse nível de<br />
tensão, a eletricidade<br />
pode percorrer longas<br />
distâncias pelas linhas<br />
d e t r a n s m i s s ã o ,<br />
sustentadas por torres,<br />
a t é c h e g a r n a s<br />
proximidades de onde<br />
será consumida.<br />
PRR R O C ESSO D E GGERAÇÃO<br />
GERAÇÃO<br />
ERAÇÃO DE<br />
ENN N E R GIA EEL<br />
EL<br />
L ÉTRICA A PAR T I R<br />
D A QUEIMA Q U E I M A D E BBI<br />
I O M ASSA<br />
A conversão da energia da <strong>biomassa</strong><br />
em eletricidade se inicia na área de recebimento<br />
de material combustível, cujo<br />
objetivo é armazenar a <strong>biomassa</strong> recebida<br />
<strong>do</strong>s fornece<strong>do</strong>res e produzir cavacos com<br />
granulometria adequada <strong>à</strong> gaseificação.<br />
Parte da <strong>biomassa</strong> recebida será encaminhada<br />
diretamente para a alimentação da<br />
linha de picagem e parte deverá ser<br />
armazenada para os perío<strong>do</strong>s quan<strong>do</strong> não<br />
houver abastecimento de combustível,<br />
sen<strong>do</strong> sempre movimentada com gruas<br />
móveis. Após a mesa alimenta<strong>do</strong>ra, o<br />
material (<strong>biomassa</strong>) de dimensões maiores<br />
segue por transporta<strong>do</strong>res de correia e<br />
rolos para transformação em cavacos no<br />
pica<strong>do</strong>r de tambor. Um pátio recebe os<br />
cavacos vin<strong>do</strong>s <strong>do</strong> pica<strong>do</strong>r que são transporta<strong>do</strong>s<br />
por correias transporta<strong>do</strong>ras,<br />
para estocagem.<br />
O material combustível passará<br />
posteriormente para um silo horizontal e,<br />
finalmente, entregue a um <strong>do</strong>sa<strong>do</strong>r, que<br />
fará a alimentação adequada <strong>do</strong> combustível<br />
na caldeira. Esta alimentação é controlada<br />
eletronicamente para regular velocidade,<br />
quantidade e respectivo calor produzi<strong>do</strong>,<br />
de mo<strong>do</strong> a não haver desperdício ou<br />
perda de desempenho. Na caldeira ocorre<br />
a adição <strong>do</strong> ar atmosférico insufla<strong>do</strong> e<br />
aqueci<strong>do</strong>, fazen<strong>do</strong> a queima com controle<br />
automático de distribuição, tornan<strong>do</strong>-a<br />
mais homogênea, através de espergi<strong>do</strong>res<br />
pneumáticos e dumper. Os produtos<br />
re<strong>sul</strong>tantes da queima são: gases, cinzas e<br />
calor.<br />
Os cavacos secos (umidade média<br />
em torno de 30%) alimentam o gaseifica<strong>do</strong>r<br />
juntamente com o ar e em uma reação<br />
de combustão incompleta, tem-se a geração<br />
<strong>do</strong> gás combustível. Posteriormente o<br />
gás é resfria<strong>do</strong>, purifica<strong>do</strong> e envia<strong>do</strong> a<br />
B<br />
turbina a gás onde é queima<strong>do</strong> na câmara<br />
de combustão e posteriormente expandi<strong>do</strong>,<br />
geran<strong>do</strong> assim a energia mecânica<br />
necessária ao acionamento <strong>do</strong><br />
compressor e <strong>do</strong> gera<strong>do</strong>r elétrico acopla<strong>do</strong>s<br />
a turbina. O gera<strong>do</strong>r que está acopla<strong>do</strong><br />
a turbina, usa a energia mecânica<br />
para geração de até 16,5 MW de energia<br />
elétrica.<br />
Os gases da exaustão da turbina<br />
passam através da caldeira de recuperação<br />
de calor onde geram o vapor que<br />
alimenta o turbo gera<strong>do</strong>r a vapor. A<br />
descarga <strong>do</strong> turbo gera<strong>do</strong>r a vapor ocorre<br />
em um condensa<strong>do</strong>r arrefeci<strong>do</strong> com água<br />
proveniente da torre de resfriamento.<br />
A água da caldeira é alimentada <strong>do</strong><br />
desaera<strong>do</strong>r e passará pelo economiza<strong>do</strong>r,<br />
a fim de otimizar termicamente o<br />
sistema de vapor. Então passará para os<br />
tubos da caldeira, o qual fará a troca<br />
térmica aquecen<strong>do</strong> a água até que esta<br />
atinja o esta<strong>do</strong> de vapor superaqueci<strong>do</strong>.<br />
Este vapor será armazena<strong>do</strong> no superaquece<strong>do</strong>r,<br />
então passará ao atempera<strong>do</strong>r<br />
(dessuperaquece<strong>do</strong>r) o qual fará a<br />
mistura com parte da água proveniente<br />
<strong>do</strong> desaera<strong>do</strong>r onde atingirá a temperatura<br />
de operação projetada.<br />
Após o condensa<strong>do</strong>r, a água volta<br />
ao esta<strong>do</strong> liqui<strong>do</strong>, e armazenada no<br />
desaera<strong>do</strong>r, fechan<strong>do</strong> assim o ciclo. Uma<br />
pequena parcela desta água (cerca de<br />
4%) é perdida em válvulas de descarga e<br />
deve ser reposta, assim como um volume<br />
de cerca de 1% é evapora<strong>do</strong> nas torres<br />
de resfriamento e deve igualmente ser<br />
reposto.<br />
A energia elétrica é produzida em<br />
gera<strong>do</strong>r independente, um por turbina, o<br />
Volume 1, Edição 1<br />
qual alimenta um barramento no nível de<br />
tensão de 13,8 kV. Nesse barramento<br />
encontram-se liga<strong>do</strong>s, por meio de disjuntores,<br />
o transforma<strong>do</strong>r eleva<strong>do</strong>r de tensão<br />
para a rede 13,8/34,5 kV (subestação<br />
principal Tafisa/Arauco) e transforma<strong>do</strong>res<br />
auxiliares para alimentação da <strong>usina</strong> que<br />
rebaixam a tensão para 440 V. A interligação<br />
da linha de transmissão com o transforma<strong>do</strong>r<br />
principal também é feita via disjuntor.<br />
Os gases provenientes da queima da<br />
<strong>biomassa</strong> serão coleta<strong>do</strong>s conforme determinação<br />
da Resolução n° 041/2002 –<br />
SEMA, artigo 21, IV – geração de calor ou<br />
energia utilizan<strong>do</strong> <strong>biomassa</strong> como combustível,<br />
para emissões gasosas provenientes<br />
de caldeiras com potencial energético<br />
nominal de 10 e 50 MW.<br />
A limpeza das cinzas da grelha, fuligem<br />
nas moegas e filtros multiciclones é<br />
feita com material seco, facilitan<strong>do</strong> seu<br />
manuseio e aproveitamento.<br />
Antes <strong>do</strong> exaustor será instala<strong>do</strong> um<br />
decanta<strong>do</strong>r de pó <strong>do</strong> tipo ciclone. Este fará<br />
a limpeza <strong>do</strong> particula<strong>do</strong>, para que na saída<br />
da chaminé não ultrapasse a determinação<br />
ambiental vigente.<br />
A água deste processo será proveniente<br />
de poço artesiano e seu consumo médio<br />
será de 80 m 3 por hora.<br />
Os estu<strong>do</strong>s hidrogeológicos <strong>do</strong> terreno<br />
objetivaram a determinação das condições<br />
hidrogeológicas necessários <strong>à</strong> obtenção<br />
desta água subterrânea.<br />
A área da <strong>usina</strong> termelétrica que<br />
compreende a caldeira, casa <strong>do</strong> turbo, área<br />
de armazenamento e torre de resfriamento<br />
e silo, ocupa 12.000 m².
USINA TERMOELÉTRICA À BIOMASSA AGUDOS DO SUL<br />
OBJETIVOS E JUSTIFICATIVAS<br />
A geração de energia<br />
por empresas privadas,<br />
principalmente com a diversificação<br />
da matriz energética,<br />
está de acor<strong>do</strong> com a<br />
Política Nacional <strong>do</strong> Governo<br />
para o setor, pois elimina<br />
a dependência <strong>do</strong> regime<br />
hidrológico. Ademais,<br />
ressalta-se que há um enorme<br />
benefício para a<br />
questão atual, sobre a problemática<br />
<strong>do</strong> aquecimento<br />
global <strong>do</strong> planeta, em virtude<br />
da utilização de energia<br />
fóssil, não renovável, como<br />
o petróleo, para a geração<br />
de energia elétrica.<br />
O empreendimento<br />
vem justamente contribuir<br />
para a mudança da matriz<br />
energética brasileira: de<br />
energia fóssil, não renovada<br />
e impactante, para uma<br />
energia de fonte renovável,<br />
energia “limpa”, contribuin<strong>do</strong>,<br />
assim, com a redução<br />
<strong>do</strong>s gases de efeito estufa<br />
(GEE’s) e, desta forma,<br />
com a diminuição <strong>do</strong> aquecimento<br />
global, além de<br />
estar adequa<strong>do</strong> ao que<br />
preceitua o Protocolo de<br />
Quioto a respeito deste<br />
tema. Quanto <strong>à</strong> utilização<br />
de <strong>biomassa</strong> de resíduos<br />
de madeira há também<br />
uma significativa contribuição<br />
quanto <strong>à</strong> solução para<br />
um passivo ambiental, hoje<br />
existente.<br />
O projeto da UTE<br />
Agu<strong>do</strong>s <strong>do</strong> Sul consiste na<br />
aquisição e instalação de<br />
equipamentos de geração<br />
térmica e elétrica, utilizan<strong>do</strong>-se<br />
como combustível a<br />
<strong>biomassa</strong> de: resíduos de<br />
madeira de origem florestal,<br />
extração da madeira,<br />
origem industrial, beneficiamento<br />
da madeira, serrarias,<br />
lamina<strong>do</strong>ras, fábricas<br />
de móveis, etc., de grande<br />
disponibilidade na região,<br />
além de outros tipos de<br />
<strong>biomassa</strong> como capimelefante<br />
e bagaço-de-cana.<br />
Tecnicamente a<br />
<strong>usina</strong> gera eletricidade a<br />
partir de um gera<strong>do</strong>r aciona<strong>do</strong><br />
por uma turbina a<br />
vapor. Este vapor deve<br />
estar em alta pressão e<br />
temperatura para um maior<br />
aproveitamento energético.<br />
A energia potencial <strong>do</strong> vapor<br />
é convertida pela turbina<br />
em energia mecânica e<br />
pelo gera<strong>do</strong>r em eletricidade.<br />
A capacidade de geração<br />
instalada é de 16,5<br />
MW, sen<strong>do</strong> 15,0 MW a<br />
potência a ser liberada<br />
para a rede e 1,5 MW gastos<br />
internamente na operação<br />
da <strong>usina</strong>.<br />
Trata-se de uma<br />
<strong>usina</strong> térmica alimentada<br />
por <strong>biomassa</strong>, onde o licenciamento<br />
ambiental seguirá<br />
as determinações regulamentares,<br />
das Resoluções<br />
e Portarias <strong>do</strong> Governo<br />
Federal, Estadual e Municipal.<br />
To<strong>do</strong>s os equipamentos<br />
foram dimensiona<strong>do</strong>s<br />
e cota<strong>do</strong>s para atender<br />
as normas Brasileiras de<br />
emissões, portanto, garantin<strong>do</strong><br />
<strong>à</strong> sociedade local um<br />
ambiente adequa<strong>do</strong>. Não<br />
existe alta periculosidade<br />
no local, além das instalações<br />
elétricas de alta tensão<br />
(34,5 KV), amplamente<br />
normalizadas e de manuseio<br />
bastante <strong>do</strong>mina<strong>do</strong>.<br />
Este empreendimento, a-<br />
lém de aumentar o sequestro<br />
de carbono atmosférico,<br />
viabilizará a contratação de<br />
novos empregos, tanto diretos<br />
como indiretos.<br />
Finalmente, as características<br />
químicas fundamentais<br />
da <strong>biomassa</strong> e sua<br />
temperatura de queima praticamente<br />
impedem a formação<br />
<strong>do</strong> óxi<strong>do</strong> de nitrogênio<br />
(NOx), principal provoca<strong>do</strong>r<br />
<strong>do</strong> Efeito Estufa.<br />
Suas cinzas residuais<br />
podem ser aproveitadas<br />
para adubação <strong>do</strong> solo das<br />
propriedades rurais da região<br />
por serem formadas, basicamente,<br />
por potássio e<br />
cálcio, ou vendidas para as<br />
fábricas de cimento.<br />
Não serão emprega<strong>do</strong>s<br />
outros combustíveis<br />
além da <strong>biomassa</strong>, quer deriva<strong>do</strong>s<br />
de petróleo ou de<br />
qualquer outra origem. Não<br />
existe qualquer tipo de descarte<br />
de efluentes líqui<strong>do</strong>s<br />
pelo processo de geração<br />
propriamente dito. Igualmente<br />
inexiste o uso de produtos<br />
químicos tóxicos, reações<br />
químicas potencialmente<br />
perigosas ou de manuseio<br />
especializa<strong>do</strong>, por tratar-se<br />
apenas de evaporação de<br />
água e recondensação.<br />
A energia produzida<br />
será comercializada e distribuída<br />
de acor<strong>do</strong> com a regulamentação<br />
oficial <strong>do</strong> Ministério<br />
de Minas e Energia,<br />
aplicável a cada caso específico.<br />
Página 3
Página 4<br />
Para<br />
determinação<br />
das áreas de<br />
influência, foram<br />
consideradas<br />
todas as<br />
variáveis<br />
levantadas nos<br />
diagnósticos<br />
ambientais,<br />
estabelecen<strong>do</strong>se,<br />
desta<br />
maneira, a<br />
interposição das<br />
mesmas para os<br />
meios físico,<br />
biológico e sócioeconômico.<br />
ÁREA DE INFLUÊNCIA INDIRETA - AII<br />
A AII corresponde a uma divisão espacial, a<br />
partir <strong>do</strong> centro <strong>do</strong> empreendimento correspondente a<br />
um raio de 40 km, de uma área potencialmente forne-<br />
ce<strong>do</strong>ra de <strong>biomassa</strong> florestal para a UTE de Agu<strong>do</strong>s <strong>do</strong><br />
Sul abrangen<strong>do</strong> municípios <strong>do</strong> Paraná (Agu<strong>do</strong>s <strong>do</strong> Sul,<br />
Piên, Rio Negro, Campo <strong>do</strong> Tenente, Quitandinha,<br />
Mandirituba, Tijucas <strong>do</strong>s Sul, São José <strong>do</strong>s Pinhais,<br />
Fazenda Rio Grande, Araucária, Contenda e Lapa) e<br />
Santa Catarina (Campo Alegre, São Bento <strong>do</strong> Sul, Rio<br />
Negrinho, Mafra, Corupá, Jaraguá <strong>do</strong> Sul, Joinville e<br />
Garuva), perfazen<strong>do</strong> uma área total de 502.654,8245<br />
hectares.<br />
ÁREA DE INFLUÊNCIA DIRETA – AID<br />
MEIO FÍSICO E BIÓTICO<br />
A Área de Influência Direta (AID) é definida<br />
pela porção <strong>do</strong>s municípios de Agu<strong>do</strong>s <strong>do</strong> Sul, Piên e<br />
Quitandinha, inseri<strong>do</strong>s em um raio de 500 m a partir <strong>do</strong><br />
centro <strong>do</strong> empreendimento e 100 m para cada la<strong>do</strong><br />
da estrada municipal de acesso ao empreendimento.<br />
A AID corresponde a 191,3248 hectares.<br />
MEIO SÓCIO ECONÔMICO<br />
A AID compreendeu o Município de Agu<strong>do</strong>s<br />
<strong>do</strong> Sul, região de implantação <strong>do</strong> empreendimento e<br />
corresponde aos espaços, pessoas e bens situa<strong>do</strong>s<br />
no entorno, e localidades próximas ao empreendi-<br />
mento que poderão ser afeta<strong>do</strong>s pela obra como<br />
Palmito de Cima e Lagoa <strong>do</strong>s Pretos.<br />
ÁREA DIRETAMENTE AFETADA - ADA<br />
A ADA corresponde <strong>à</strong> área abrangida pela<br />
implantação da UTE Agu<strong>do</strong>s <strong>do</strong> Sul: o próprio imóvel<br />
com área de 4,1075 hectares.<br />
ÁREA DE INFLUÊNCIA INDIRETA - AII<br />
Volume 1, Edição 1<br />
DETERMINAÇÃO DAS ÁREAS<br />
DE INFLUÊNCIA
USINA TERMOELÉTRICA À BIOMASSA AGUDOS DO SUL<br />
MEIO FÍSICO<br />
Este resumo climatológico<br />
baseou-se em da<strong>do</strong>s da<br />
Estação Meteorológica <strong>do</strong><br />
<strong>Instituto</strong> Agronômico <strong>do</strong><br />
Paraná – IAPAR (Lat. 25°<br />
47’S / Long. 49°46’W / Alt.<br />
910m), na Lapa, no perío<strong>do</strong><br />
de 1989-2008, já que o município<br />
de Agu<strong>do</strong>s de Sul<br />
não possui Estação Meteorológica<br />
própria. Optou-se<br />
por utilizar esta base de<br />
da<strong>do</strong>s devi<strong>do</strong> <strong>à</strong> proximidade<br />
da Estação da Lapa com<br />
a área a ser implanta<strong>do</strong> o<br />
empreendimento, apresentan<strong>do</strong><br />
da<strong>do</strong>s confiáveis em<br />
relação aos aspectos climáticos<br />
da região.<br />
DIAGNÓSTICO AMBIENTAL<br />
ASPECTOS CLIMÁTICOS<br />
ÁREA DE INFLUÊNCIA DIRETA - AID e ÁREA DIRETAMENTE AFETADA - ADA<br />
Página 5
Página 6<br />
SOLOS GEOLOGIA<br />
Conforme carta de<br />
Solos <strong>do</strong> Esta<strong>do</strong> <strong>do</strong> Paraná<br />
( e s c a l a 1 : 6 0 0 . 0 0 0 ) ,<br />
EMBRAPA/IAPAR, (2008), na<br />
Área de Influência Indireta<br />
(AII), ocorrem 10 (dez) associações<br />
de solos, entre os<br />
principais grupos citam-se<br />
Latossolos, Argissolos, Cambissolos,<br />
Neossolos, Gleissolos,<br />
Organossolos e Afloramentos<br />
de Rocha.<br />
Na Área de Influência<br />
Direta (AID), que é formada<br />
por uma porção <strong>do</strong> município<br />
de Agu<strong>do</strong>s <strong>do</strong> Sul inseri<strong>do</strong> em<br />
um raio de 500 m a partir <strong>do</strong><br />
centro <strong>do</strong> empreendimento e<br />
uma distância de 100 m para<br />
cada la<strong>do</strong> da principal estrada<br />
de acesso ao local, ocorrem<br />
02 (duas) associações de<br />
solos sen<strong>do</strong>:<br />
PVAd10 – Associação AR-<br />
GISSOLO VERMELHO-<br />
AMARELO distrófico típico,<br />
textura média/argilosa,<br />
fase relevo forte ondula<strong>do</strong><br />
+ LATOSSOLO BRUNO<br />
Distrófico típico, textura<br />
argilosa, fase relevo ondula<strong>do</strong>,<br />
ambos A modera<strong>do</strong>,<br />
álicos, fase floresta subtropical<br />
perenifólia.<br />
PVAd19 – ARGISSOLO VER-<br />
MELHO-AMARELO distrófico<br />
abrúptico, textura<br />
média/argilosa, álico, fase<br />
floresta subtropical perenifólia,<br />
relevo suave ondula<strong>do</strong><br />
e ondula<strong>do</strong>.<br />
A Área Diretamente<br />
Afetada (ADA), local <strong>do</strong> empreendimento,<br />
encontra-se no<br />
<strong>do</strong>mínio da seguinte classe<br />
de solo:<br />
PVAd10 – Associação AR-<br />
GISSOLO VERMELHO-<br />
AMARELO distrófico típico,<br />
textura média/argilosa,<br />
fase relevo forte ondula<strong>do</strong><br />
+ LATOSSOLO BRUNO<br />
Distrófico típico, textura<br />
argilosa, fase relevo ondula<strong>do</strong>,<br />
ambos A modera<strong>do</strong>,<br />
álicos, fase floresta sub-<br />
Volume 1, Edição 1<br />
Na área de estu<strong>do</strong>, ocorrem pre<strong>do</strong>minantemente rochas cristalinas, cujas idades vão <strong>do</strong> Proterozóico<br />
inferior ao Proterozóico superior. Durante o Mesozóico estas rochas foram localmente seccionadas<br />
por diques de rochas ígneas de composição básica - diabásios. Posteriormente, durante o Quaternário,<br />
estas litologias foram recobertas localmente por sedimentos quaternários, como: aluviões, e colúvios,<br />
compostos por areia, silte, argila e cascalho.<br />
Desta maneira verifica-se, cronologicamente, da base para o topo, a seguinte seqüência estratigráfica<br />
na região:<br />
Complexo Máfico Ultramáfico de Piên: constituí<strong>do</strong> por rochas <strong>do</strong> Proterozóico Inferior e composição<br />
granítica representadas principalmente por:<br />
Migmatitos estromáticos com paleossoma de biotita-hornblenda, mica-quartzo-xisto, ultrabasito<br />
e anfibolito;<br />
Migmatitos oftálmicos e embrechitos com paleossoma de biotita-gnaísse e biotitahornblenda-gnmaísse,<br />
neossoma com pre<strong>do</strong>mínio de quartzo e feldspatos potássicos;<br />
Metaperi<strong>do</strong>titos, metapiroxênios e metanoritos;<br />
Hornblenda metagabros, hornblenditos, anfibolitos e hornblenda ganisses;<br />
Localmente ocorrem lentes de quartzito, não reconhecíveis em escala regional.<br />
Granito Agu<strong>do</strong>s <strong>do</strong> Sul: constituí<strong>do</strong> por granitos e seus diferencia<strong>do</strong>s gera<strong>do</strong>s durante o Proterozóico<br />
Superior.<br />
Intrusivas Básicas: constituí<strong>do</strong> por rochas de composição basáltica, principalmente dioritos e diabásios,<br />
geradas nos condutos <strong>do</strong> intenso vulcanismo tipo fissural ocorri<strong>do</strong> durante o Cretáceo Superior até o<br />
Jurássico Superior. Estes condutos normalmente apresentam direção noroeste, continuidade regional,<br />
espessuras e espaçamentos variáveis - desde poucos até centenas de metros.<br />
Sedimentos Quaternários: sedimentos de deposição fluvial e aluviões com areias, siltes, argilas e cascalhos<br />
deposita<strong>do</strong>s em canais, barras e planícies de inundação.<br />
Na área diretamente afetada (ADA) pelo empreendimento são descritos monzogranitos, os quais<br />
afloram nas drenagens e encostas como blocos centimétricos a decimétricos e pequenos leitos rochosos.<br />
A rocha é cinza médio a cinza escuro, com textura fanerítica equigranular fina e raramente fanerítica<br />
inequigranular porfirítica, com estrutura maciça. A matriz da rocha é fina, composta por quartzo<br />
(35%), FK (25%), plagioclásio (20%), biotita (15%) e anfibólio (5%), com textura fanerítica equigranular<br />
fina xenomórfica.<br />
Ocorrem fenocristais de FK rosa<strong>do</strong>s esparsos euédricos, com até 1 cm ao longo <strong>do</strong> eixo maior.<br />
Também se observam cristais de quartzo recristaliza<strong>do</strong>s com até 0,5 cm, com hábito anédrico, e formas<br />
arre<strong>do</strong>ndadas. Ocorrem veios de quartzo centimétricos sub-horizontais, representan<strong>do</strong> fases finais<br />
da granitogênese. É muito comum a ocorrência de blocos arre<strong>do</strong>nda<strong>do</strong>s de granito equigranular, métricos<br />
a decimétricos nas encostas e ombreiras. Planícies aluviais são raramente observadas.<br />
Geologia na Área de Influência Direta (AID) e Diretamente Afetada (ADA)
USINA TERMOELÉTRICA À BIOMASSA AGUDOS DO SUL Página 7<br />
GEOMORFOLOGIA<br />
Na Área de Influência Indireta (AII) ocorrem os seguintes compartimentos geomorfológicos: Blocos Soergui<strong>do</strong>s da Serra <strong>do</strong> Mar,<br />
Blocos Soergui<strong>do</strong>s <strong>do</strong> Primeiro Planalto Paranaense, Planalto de Curitiba, Planalto de Guatá, Planalto de Ponta Grossa, Planalto <strong>do</strong> Alto<br />
Iguaçu e Planícies Fluviais.<br />
A Área de Influência Direta (AID) e a Área Diretamente Afetada (ADA) ocorre a subunidade morfoescultural 1.2.4. A subunidade<br />
morfoescultural 1.2.4. é denominada Planalto de Curitiba, inseri<strong>do</strong> na unidade morfoescultural Primeiro Planalto Paranaense.<br />
O Primeiro Planalto Paranaense estende-se desde a região de Jaguariaíva, Tibagi e Purunã, nos sopés da escarpa da Serra <strong>do</strong><br />
Purunã, constituída de estratos horizontais devonianos, até a vertente leste da Serra <strong>do</strong> Mar.<br />
Ao norte comparecem as rochas <strong>do</strong> Grupo Açungui, onde a drenagem da bacia <strong>do</strong> rio Ribeira produziu uma intensa dissecação,<br />
modelan<strong>do</strong> um relevo montanhoso, com altitudes varian<strong>do</strong> entre 400 e 1200 metros, sustenta<strong>do</strong> por rochas metamórficas de baixo grau <strong>do</strong><br />
Grupo Açungui, metavulcânicas <strong>do</strong> Grupo Castro, intrusões graníticas e diques de diabásio.<br />
Ao <strong>sul</strong> é relativamente uniforme, esculpi<strong>do</strong> em rochas cristalinas, tais como migmatitos, xistos metamórficos e gnaisses, corta<strong>do</strong>s<br />
por diques de pegmatitos e diques de diabásio, com altitudes médias entre 850-950 metros, forman<strong>do</strong> uma paisagem suavemente ondulada<br />
com planícies e várzeas intercaladas, constituídas por sedimentos coluvioaluvionares recentes e paludais ao longo <strong>do</strong>s principais cursos de<br />
água. Os sedimentos da Formação Guabirotuba preenchem a bacia de Curitiba, deposita<strong>do</strong>s durante o Pleistoceno e constituin<strong>do</strong> uma área<br />
de relevo de colinas que se articulam <strong>à</strong>s planícies fluviais mediante suaves rampas.<br />
Este planalto subdivide-se nas seguintes subunidades:<br />
Blocos Soergui<strong>do</strong>s <strong>do</strong> Primeiro Planalto<br />
Planalto <strong>do</strong> Complexo Gnáissico Migmatítico<br />
Planalto Disseca<strong>do</strong> de Adrianópolis<br />
Planalto de Curitiba<br />
Planalto <strong>do</strong> Alto Iguaçu<br />
Planalto Disseca<strong>do</strong> de Tunas <strong>do</strong> Paraná<br />
Planalto Disseca<strong>do</strong> de Rio Branco <strong>do</strong> Sul<br />
Planalto Disseca<strong>do</strong> <strong>do</strong> Alto Ribeira<br />
Planalto <strong>do</strong> Alto Jaguariaíva<br />
Planalto de Castro<br />
A subunidade morfoescultural Planalto de Curitiba apresenta dissecação média e ocupa uma área total de 3.753 km². A classe de<br />
declividade pre<strong>do</strong>minante está abaixo de 6% em uma área de 2.299,71 km². Em relação ao relevo, apresenta um gradiente de 680 metros<br />
com altitudes varian<strong>do</strong> entre 560 (mínima) e 1.240 (máxima) metros sobre o nível <strong>do</strong> mar. As formas pre<strong>do</strong>minantes são topos alonga<strong>do</strong>s e<br />
aplaina<strong>do</strong>s, vertentes convexas e vales em “V”.<br />
Geomorfologia da ÁDA<br />
Domínio 1.2.4. Planalto de Curitiba
Página 8<br />
Nascente rio <strong>do</strong>s Índios<br />
Nascente rio Palmito<br />
FORAM REALIZADAS PESQUISAS EM<br />
REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS, EM<br />
SITES DA REDE INTERNACIONAL DE<br />
COMPUTADORES, E CONTATO COM<br />
O ÓRGÃO AMBIENTAL RESPONSÁ-<br />
VEL NO ESTADO DO PARANÁ (IAP –<br />
INSTITUTO AMBIENTAL DO PARANÁ)<br />
E CONSTATOU-SE A INEXISTÊNCIA<br />
DE UNIDADES DE CONSERVAÇÃO<br />
SEJA NOS ÂMBITOS FEDERAIS,<br />
ESTADUAIS, MUNICIPAIS E PARTICU-<br />
LARES, NO MUNICÍPIO DE AGUDOS<br />
DO SUL - PR.<br />
Fragmento de Floresta de Araucária na AID<br />
HIDROGRAFIA<br />
A Bacia <strong>do</strong> Iguaçu é a maior<br />
bacia hidrográfica <strong>do</strong> Esta<strong>do</strong>, ocupan<strong>do</strong><br />
a área de 57.329 km 2 . As nascentes<br />
<strong>do</strong> Rio Iguaçu possuem duas<br />
regiões distintas, uma incluin<strong>do</strong> suas<br />
origens propriamente ditas, na confluência<br />
<strong>do</strong>s Rios Atuba e Irai na Região<br />
Metropolitana de Curitiba, e outra<br />
formada pelo conjunto das Bacias <strong>do</strong>s<br />
Rios Negro e da Várzea. Apesar de,<br />
estes rios possuírem cabeceiras<br />
próximas a Serra <strong>do</strong> Mar, tal como os<br />
Rios Atuba e Irai, e estarem localizadas<br />
no primeiro planalto paranaense,<br />
eles somente se juntam ao Iguaçu em<br />
FLORA<br />
Originalmente, a área <strong>do</strong> empreendimento<br />
estava inserida na Região Fitoecológica<br />
da Floresta Ombrófila Higrófila<br />
Mista Montana, uma formação florística<br />
que tem como fácies um <strong>do</strong>ssel superior<br />
cujas copas das árvores se tocam, dan<strong>do</strong><br />
um aspecto fecha<strong>do</strong> e denso, com estacionalidade<br />
térmica e associan<strong>do</strong> coníferas e<br />
folhosas.<br />
A Floresta Ombrófila Mista caracteriza-se<br />
por apresentar árvores com porte<br />
varian<strong>do</strong> entre 25 a 30 metros de altura,<br />
com abundante sub-bosque, lianas e<br />
epífitas. Estruturalmente, apresenta <strong>do</strong>is<br />
estratos arbóreos e um arbustivo. O estrato<br />
superior é constituí<strong>do</strong> pela Araucária e o<br />
inferior, por outros elementos cuja constituição<br />
e altura variam de acor<strong>do</strong> com as<br />
condições locais e com o esta<strong>do</strong> da vegetação.<br />
Muitas de suas espécies perdem as<br />
folhas durante a estação seca. São comuns<br />
as epífitas, como bromeliáceas,<br />
aráceas e orquidáceas.<br />
Dentre as espécies arbóreas de<br />
expressão econômica ou ecológica que<br />
ocorrem nesta formação florestal, distinguem-se:<br />
pinheiro brasileiro (Araucaria<br />
angustifolia), imbuia (Ocotea porosa), ervamate<br />
(Ilex paraguariensis), pessegueirobravo<br />
(Prunus sp.), cedro (Cedrela fissilis),<br />
canjerana (Cabralea canjerana), açoitacavalo<br />
(Luehea divaricata), guaçatunga<br />
(Casearia sp), carvalho brasileiro (Roupala<br />
sp.), cambará (Gochnatia polymorpha),<br />
vassourão-preto (Vernonia discolor),<br />
vassourão-branco (Piptocarpha angustifolia),<br />
sassafrás (Ocotea pretiosa), canelapreta<br />
(Ocotea catharinensis), canelalageana<br />
(Ocotea pulchella), bracatinga<br />
(Mimosa scabrella), pinheiro-bravo<br />
(Po<strong>do</strong>carpus lambertii e Po<strong>do</strong>carpus<br />
sellowii), capororoca (Myrsinae sp.), mamica-de-porca<br />
(Zanthoxylum sp.), tarumã<br />
seu trecho médio (segun<strong>do</strong> planalto<br />
paranaense), sem haver qualquer barreira<br />
biogeográfica consistente nesta região,<br />
como cachoeiras ou serras.<br />
O rio Iguaçu recebe 61 afluentes em<br />
sua margem direita e 42 na margem<br />
esquerda (MAACK, 1981). Entre seus<br />
principais afluentes na margem direita<br />
pode-se citar: Rio Negro, Rio da Várzea,<br />
Rio Passa Dois, Rio Potinga, Rio Areia,<br />
Rio Pinhão, Rio Jordão, Rio Cavernoso,<br />
Rio das Cabras, Rio Guarani, Rio Adelaide,<br />
Rio Andrade, Rio Gonçalves Dias,<br />
Rio Floriano, Rio Silva Jardim, Rio São<br />
J o ã o , R i o<br />
Tamanduá, Rio<br />
C a r i m ã e<br />
afluentes na<br />
margem esqu<br />
e r da os<br />
principais: Rio<br />
Canoinhas, Rio<br />
Timbó, Rio<br />
Jangada, Rio<br />
Iratim, Rio<br />
Chopim, Rio<br />
C a p a n e m a ,<br />
R i o S a n t o<br />
Antônio (marca<br />
a fronteira<br />
A r g e n t i n a -<br />
Brasil).<br />
MEIO BIOLÓGICO<br />
F o r m a ç ã o Ve g e t a l O r i g i n a l<br />
(Vitex megapotamica).<br />
As comunidades iniciais de araucária<br />
são muito variáveis e diferem de um local<br />
para outro, o que não sucede com as<br />
fases posteriores, que são mais estáveis.<br />
Entre as primeiras espécies associadas<br />
ao pinheiro nos capões, observa-se:<br />
aroeira (Schinus terebinthifolius), bugreiro<br />
(Lithraea sp.), Myrtaceae de diversos<br />
gêneros, cataia (Drymis brasiliensis),<br />
carne-de-vaca (Clethra scabra) e pimenteira<br />
(Capsicodendron dinisii). Nesses<br />
grupamentos, vai-se introduzin<strong>do</strong> a canela-lageana<br />
(Ocotea pulchella); seguem<br />
guaçatungas (Casearia sp.), açoita-cavalo<br />
Volume 1, Edição 1<br />
Em Agu<strong>do</strong>s <strong>do</strong> Sul, os Rio da<br />
Várzea, Rio Negro, Rio Três Barras<br />
e Rio Palmito, são rios considera<strong>do</strong>s<br />
os limites <strong>do</strong> município e o<br />
Ribeirão Colônia Nova nasce e tem<br />
to<strong>do</strong> o seu percurso dentro <strong>do</strong><br />
município desaguan<strong>do</strong> no Rio<br />
Negro, ainda dentro <strong>do</strong> município.<br />
O local previsto para a implantação<br />
<strong>do</strong> empreendimento está<br />
situa<strong>do</strong> entre o Rio Palmito e o Rio<br />
Dos Índios, ambos tributários da<br />
sub-bacia <strong>do</strong> Rio Negro, importante<br />
afluente da margem direita <strong>do</strong> Rio<br />
Iguaçu.<br />
Na área de instalação da Usina<br />
Termoelétrica <strong>à</strong> Biomassa Agu<strong>do</strong>s<br />
<strong>do</strong> Sul não foram evidencia<strong>do</strong>s<br />
recursos hídricos expressivos.<br />
(Luehea divaricata) e cuvatã (Matayba sp.).<br />
Com o tempo esta comunidade adensa-se<br />
e o pinheiro já não encontra condições<br />
de luz para sua regeneração mediante<br />
sementes. As primeiras espécies acima<br />
mencionadas tendem a ser substituídas por<br />
estas últimas. Em fase mais adiantada, o<br />
<strong>do</strong>minante da submata é a imbuia, a canelalageana<br />
ou a canela-guaicá, fechan<strong>do</strong> a<br />
cobertura. Na fase subsequente, os pinheiros<br />
são maduros, e outras árvores associadas<br />
são o cedro (Cedrela fissilis), erva mate<br />
(Ilex paraguariensis), caúna (Ilex theezans),<br />
Eugenia sp..<br />
Distribuição da cobertura vegetal original na AID e ADA<br />
Floresta Ombrófila Mista ou Floresta de Araucária.
USINA TERMOELÉTRICA À BIOMASSA AGUDOS DO SUL<br />
Situação Fito-paisagística Atual<br />
As atividades antrópicas ocorridas<br />
no decorrer <strong>do</strong> processo evolutivo<br />
e o desenvolvimento regional<br />
ocasionaram o aparecimento de<br />
atividades agrícolas, com monoculturas<br />
de milho, fumo, feijão e mandioquinha-salsa,<br />
sen<strong>do</strong> que deste produto,<br />
o município de Agu<strong>do</strong>s <strong>do</strong> Sul tem<br />
a maior produção <strong>do</strong> país<br />
Na área <strong>do</strong> empreendimento, a<br />
fitofisionomia encontra-se bastante<br />
alterada com cobertura vegetal formada<br />
por Vegetação Secundária em<br />
Estágio Inicial de Regeneração,<br />
composta por espécies pioneiras e<br />
heliófilas, que ocupam a maior parte<br />
da área, pouco exigentes e resistentes<br />
<strong>à</strong> seca e <strong>à</strong> alta incidência de<br />
radiação solar; <strong>do</strong>minan<strong>do</strong> as vassourinhas<br />
(Baccharis sp.). Na porção<br />
Norte <strong>do</strong> imóvel, existe um fragmento<br />
florestal com bracatinga (Mimosa<br />
scabrella) caracteriza<strong>do</strong> também em<br />
fase inicial de desenvolvimento.<br />
Não foram evidencia<strong>do</strong>s corpos<br />
hídricos inseri<strong>do</strong>s na área de implantação<br />
<strong>do</strong> empreendimento. As áreas<br />
de preservação permanente <strong>do</strong>s rios<br />
Palmito e <strong>do</strong>s Índios, na área de<br />
influência direta, encontram-se bem<br />
altera<strong>do</strong>s e bastante antropiza<strong>do</strong>s<br />
devi<strong>do</strong> <strong>à</strong>s atividades agrícolas e <strong>à</strong><br />
FAUNA<br />
Foram realizadas duas campanhas<br />
de campo, onde procuramos<br />
obter a maior quantidade de informações<br />
possíveis, tanto de mora<strong>do</strong>res<br />
da região quanto de observações<br />
diretas e indiretas.<br />
As incursões ocorreram na<br />
maior extensão possível, utilizan<strong>do</strong>se<br />
picadas, margens de cursos<br />
d’água e estradas. Esse procedimento<br />
visa aumentar as oportunidades<br />
de observação de animais e de<br />
encontrar vestígios deixa<strong>do</strong>s por<br />
eles no ambiente, como também de<br />
localizar e identificar locais de<br />
alimentação e abrigo (tocas, ninhos,<br />
buracos, outros). Os vestígios<br />
procura<strong>do</strong>s foram: pegadas, pêlos,<br />
fezes e restos de alimentos, principalmente<br />
de frutos. As pegadas ou<br />
rastros constituem excelentes indica<strong>do</strong>res<br />
da presença animal.<br />
Apesar das dificuldades de<br />
observação direta na natureza,<br />
espécies diurnas, gregárias e com<br />
vocalização audível, permitem<br />
maiores chances de visualização.<br />
Nas áreas mais alagadiças, onde a<br />
presença da água é constante, foi<br />
averiguada a presença de anfíbios<br />
e alguns répteis, freqüentes nestes<br />
ambientes. De acor<strong>do</strong> com os<br />
estu<strong>do</strong>s e bibliografias con<strong>sul</strong>tadas<br />
é possível se estimar potencialmente<br />
a fauna da região, principalmente<br />
pela associação <strong>do</strong>s grupos aos<br />
diferentes ambientes encontra<strong>do</strong>s.<br />
Os materiais utiliza<strong>do</strong>s neste<br />
trabalho tiveram a finalidade de<br />
auxiliar os técnicos nos procedimentos<br />
<strong>do</strong> levantamento faunístico<br />
substituição das formações florestais<br />
originais por reflorestamentos<br />
de Pinus. As APP’s são formadas<br />
por espécies características de uma<br />
Vegetação Secundária em Estágio<br />
Inicial/Médio na escala de sucessão<br />
ecológica da Formação Ombrófila<br />
Mista.<br />
Embora a área de instalação da<br />
UTE Agu<strong>do</strong>s <strong>do</strong> Sul tenha si<strong>do</strong><br />
decretada como área urbana<br />
da região, bem como ajudar as observações<br />
diretas e indiretas, localização,<br />
segurança, etc. Entre os materiais<br />
utiliza<strong>do</strong>s neste trabalho, estão:<br />
máquina fotográfica digital, aparelho<br />
de GPS, binóculos, lanternas, grava<strong>do</strong>r<br />
e sonoriza<strong>do</strong>r (para vocalização<br />
de aves), trena e escala, equipamento<br />
de proteção individual (EPI). Devi<strong>do</strong><br />
a opção de técnica utilizada pelo<br />
pequeno perío<strong>do</strong> da pesquisa, não<br />
foram utilizadas redes de neblina,<br />
puçá, ou armadilhas pitfalls e live<br />
traps para capturas, buscan<strong>do</strong> não<br />
interferir na biota. Levantamentos<br />
quantitativos mais detalha<strong>do</strong>s serão<br />
propostos nos programas de monitoramento<br />
das medidas mitiga<strong>do</strong>ras <strong>do</strong>s<br />
impactos <strong>do</strong> empreendimento. Os<br />
registros espera<strong>do</strong>s com técnicas de<br />
captura deverão envolver, assim,<br />
principalmente os pequenos mamíferos<br />
pertencentes <strong>à</strong>s ordens Chiroptera,<br />
Didelphimorphia e Rodentia.<br />
A fauna foi amostrada a partir de<br />
uma combinação de técnicas distintas<br />
para cada um <strong>do</strong>s grupos de vertebra<strong>do</strong>s.<br />
As técnicas de amostragem<br />
incluem: censos terrestres (diurnos e<br />
noturnos); observações com binóculos;<br />
registros das manifestações<br />
sonoras e sua replicação; observações<br />
indiretas através de indícios da<br />
presença da espécie na área, como<br />
fezes, pegadas, ninhos, carcaças e<br />
abrigos; e informações confiáveis,<br />
baseadas em observações de terceiros<br />
ou em entrevistas com a população<br />
local. Embora não sejam aplicáveis<br />
em análises estatísticas, os<br />
méto<strong>do</strong>s qualitativos tornam-se importantes<br />
por amostrarem espécies<br />
(Decreto n° 147 de 23 de dezembro<br />
de 2008), o imóvel possui área de<br />
Reserva Legal (Figura 32), conforme<br />
exigi<strong>do</strong> pela legislação (RL = 20 %<br />
da área total <strong>do</strong> imóvel 4,2804 ha =<br />
0,8561 ha). Esta área é composta<br />
de vegetação secundária inicial,<br />
pioneira e/ou desprovida de vegetação<br />
e deverá ser revegetalizada/<br />
recuperada utilizan<strong>do</strong> preferencialmente<br />
espécies nativas já adaptadas<br />
ao ambiente.<br />
que podem não ser registradas<br />
pelos méto<strong>do</strong>s quantitativos, devi<strong>do</strong><br />
<strong>à</strong> seletividade destes.<br />
To<strong>do</strong>s os locais estuda<strong>do</strong>s<br />
foram registra<strong>do</strong>s através de fotografias<br />
e as coordenadas obtidas<br />
através da utilização de GPS. A<br />
pesquisa foi realizada com auxílio<br />
de cartas geográficas, mapas e<br />
imagens de satélite.<br />
Vegetação na ADA<br />
Página 9<br />
Rastro de tatu – Dasypus novemcintus
Página 10<br />
MEIO SÓCIO-ECONÔMICO<br />
LEVANTAMENTO<br />
ARQUEOLÓGICO<br />
Os da<strong>do</strong>s referentes a<br />
diversidade e a quantida-<br />
de de sítios arqueológicos<br />
localiza<strong>do</strong>s nesta porção<br />
<strong>do</strong> esta<strong>do</strong> fornecen<strong>do</strong><br />
uma amostra <strong>do</strong> potencial<br />
arqueológico poderá ser<br />
identifica<strong>do</strong> na região <strong>do</strong><br />
empreendimento. No<br />
entanto, será confirma<strong>do</strong><br />
pela etapa seguinte da<br />
pesquisa, que correspon-<br />
de a realização <strong>do</strong> levan-<br />
tamento arqueológico<br />
interventivo de campo, na<br />
aplicação da pesquisa<br />
oral junto aos mora<strong>do</strong>res<br />
da localidade e por fim,<br />
na implantação <strong>do</strong> progra-<br />
ma de Educação Patrimo-<br />
nial, conforme determina<br />
a Portaria IPHAN nº<br />
230/02. Este levantamen-<br />
to arqueológico interventi-<br />
vo de campo não pode<br />
ser realiza<strong>do</strong> antes da<br />
emissão da Portaria da<br />
Autorização pelo IPHAN<br />
(<strong>Instituto</strong> <strong>do</strong> Patrimônio<br />
Histórico e Artístico Na-<br />
cional).<br />
A elaboração <strong>do</strong> Estu<strong>do</strong> de<br />
Impacto <strong>Ambiental</strong> da implantação<br />
da Usina Termoelétrica de<br />
Agu<strong>do</strong>s <strong>do</strong> Sul teve início com o<br />
levantamento de da<strong>do</strong>s secundários<br />
sobre as áreas de influência,<br />
mais especificamente<br />
sobre o município de Agu<strong>do</strong>s <strong>do</strong><br />
Sul.<br />
Inicialmente, a coleta de<br />
da<strong>do</strong>s secundários teve como<br />
principal fonte de pesquisa as<br />
diversas instituições governamentais<br />
federais, estaduais e<br />
municipais, responsáveis pela<br />
Em relação <strong>à</strong> implantação<br />
da Usina, não há mora<strong>do</strong>res na<br />
Área Diretamente Afetada, ou<br />
seja, no local onde o empreendimento<br />
pretende instalar-se.<br />
Dessa forma, para o meio socioeconômico,<br />
a área principal<br />
de diagnóstico é o entorno<br />
imediato da obra, ou seja, a<br />
Área de Influência Direta.<br />
A estrada principal que dá<br />
acesso <strong>à</strong> área <strong>do</strong> empreendimento<br />
é a estrada Municipal<br />
Prefeito Chico Freitas, antecedida<br />
pelas ro<strong>do</strong>vias BR 116,<br />
PR 419 e PR 281. Como a<br />
Área de Influência Direta é<br />
rural, com um sistema agrosilvicultural,<br />
o movimento da estrada<br />
é basicamente forma<strong>do</strong> por<br />
caminhões e tratores.<br />
Em Agu<strong>do</strong>s <strong>do</strong> Sul, a população<br />
é de quase 8200 habitan-<br />
geração de informações e de<br />
indica<strong>do</strong>res socioeconômicos.<br />
Foram consideradas somente as<br />
instituições que apresentassem<br />
critérios adequa<strong>do</strong>s de validade,<br />
cobertura e confiabilidade de<br />
informações para o levantamento<br />
<strong>do</strong>s da<strong>do</strong>s secundários.<br />
A organização da pesquisa<br />
de campo teve por base os da<strong>do</strong>s<br />
secundários compila<strong>do</strong>s e<br />
seu objetivo foi levantar informações<br />
mais específicas sobre<br />
comunidades localizadas no<br />
Área de Influência Indireta<br />
A Área de Influência Indireta foi estabelecida<br />
em função da necessidade de<br />
transporte da <strong>biomassa</strong> até o empreendimento.<br />
Nessa área a influência <strong>do</strong> empreendimento,<br />
o impacto está mais concentra<strong>do</strong><br />
na atividade de transporte de <strong>biomassa</strong>,<br />
especialmente em relação <strong>à</strong> malha<br />
ro<strong>do</strong>viária da região.<br />
PR-281<br />
Área de Influência Direta<br />
tes moran<strong>do</strong> em sua maioria<br />
em zona rural. È uma população<br />
jovem, mais de 60% possui<br />
até 24 anos de idade.<br />
Quanto <strong>à</strong> área territorial <strong>do</strong><br />
município, 60% são utiliza<strong>do</strong>s<br />
para produção agropecuária,<br />
sen<strong>do</strong> o maior percentual utiliza<strong>do</strong><br />
para lavouras temporárias.<br />
Na AID os solos são inaptos<br />
para agricultura em função<br />
da suas características de suscetibilidade<br />
<strong>à</strong> erosão.<br />
A economia local é diversificada,<br />
embora as atividades<br />
relacionadas <strong>à</strong> agricultura sejam<br />
mais significativas.O número<br />
de empresas registradas no<br />
município de Agu<strong>do</strong>s <strong>do</strong> Sul é<br />
de 245 unidades, sen<strong>do</strong> 77%<br />
no setor de serviços.<br />
Nas lavouras permanentes,<br />
o principal produto em valor de<br />
Volume 1, Edição 1<br />
entorno <strong>do</strong> local onde o empreendimento<br />
pretende instalar-se.<br />
Foram realizadas entrevistas<br />
nas comunidades, com pessoas<br />
consideradas forma<strong>do</strong>ras<br />
de opinião e residentes nas<br />
comunidades. Além das questões<br />
relativas <strong>à</strong> caracterização<br />
da comunidade, foram abordadas<br />
outras questões referentes<br />
ao empreendimento. Essas<br />
últimas puderam consolidar o<br />
prognóstico específico <strong>do</strong> meio<br />
socioeconômico.<br />
Estrada de acesso<br />
ao<br />
empreendimento<br />
colheitas é a maçã, mas em<br />
área plantada é a erva-mate.<br />
Nas lavouras temporárias os<br />
principais produtos são o fumo,<br />
milho e feijão, além da mandioquinha-salsa,<br />
em que o município<br />
se destaca por ter a maior<br />
produção <strong>do</strong> país.<br />
O abastecimento de água<br />
das residências é realiza<strong>do</strong><br />
através de captação em poços<br />
ou nascentes, mas também pela<br />
rede pública. O destino <strong>do</strong> esgoto<br />
<strong>do</strong>méstico é diversifica<strong>do</strong>,<br />
sen<strong>do</strong> que a maioria possui<br />
fossa séptica. A prefeitura atende<br />
a coleta e destinação <strong>do</strong>s<br />
resíduos sóli<strong>do</strong>s, mas a maioria<br />
queima o lixo nas suas propriedades.<br />
Todas as residências na área<br />
urbana possuem energia elétrica,<br />
além da área rural.
USINA TERMOELÉTRICA À BIOMASSA AGUDOS DO SUL<br />
C O M U N I D A D E S N A A I D<br />
As comunidades <strong>do</strong> entorno<br />
fazem parte da Área de Influência Direta.<br />
O empreendimento está localiza<strong>do</strong> na<br />
comunidade denominada Palmito de<br />
Cima. A comunidade é composta por<br />
cerca de 20 famílias, muitas delas estão<br />
nessa comunidade há gerações. Todas<br />
as propriedades possuem abastecimento<br />
de energia elétrica desde mea<strong>do</strong>s da<br />
década de 80. Não há abastecimento<br />
público de água, sen<strong>do</strong> que as propriedades<br />
possuem poços semi-artesianos.<br />
As instalações sanitárias são internas e o<br />
destino <strong>do</strong> esgoto sanitário são fossas<br />
sépticas.<br />
L A Z E R , T U R I S M O E C U L T U R A<br />
Agu<strong>do</strong>s <strong>do</strong> Sul possui uma privilegiada<br />
paisagem campestre e relevos montanhosos<br />
da serra <strong>do</strong> Pia<strong>do</strong>r e <strong>do</strong> Cabral. O<br />
município é forma<strong>do</strong> por 21 comunidades<br />
de culturas e opções de lazer variadas. A<br />
gastronomia típica é baseada no biju e na<br />
mandioquinha-salsa, com fortes influências<br />
da colonização européia, principalmente<br />
de poloneses.<br />
Alguns <strong>do</strong>s principais pontos de interesse<br />
turístico <strong>do</strong> município, segun<strong>do</strong> a<br />
prefeitura municipal, são:<br />
Igreja Matriz: inaugurada em 1872 como<br />
a primeira capela de madeira <strong>do</strong> município,<br />
construída por João Fernandes Gomes<br />
na sede <strong>do</strong> povoa<strong>do</strong>, tem como padroeira<br />
Nossa Senhora da Conceição. Em<br />
1948 a capela foi transferida de lugar,<br />
devi<strong>do</strong> ao grande número de fiéis. Os<br />
habitantes iniciaram então a construção<br />
da matriz atual, em alvenaria, em um<br />
Em relação ao atendimento de<br />
saúde, a população da comunidade vai <strong>à</strong><br />
sede de Agu<strong>do</strong>s <strong>do</strong> Sul. Entretanto, a dificuldade<br />
apontada pelos entrevista<strong>do</strong>s é<br />
que não há transporte coletivo da comunidade<br />
<strong>à</strong> sede. As crianças em idade escolar<br />
frequentam a escola existente na sede<br />
comunitária. Para elas, porém, o transporte<br />
escolar é gratuito e ofereci<strong>do</strong> pela prefeitura.<br />
Na comunidade há uma escola desativada,<br />
pois o a prefeitura de Agu<strong>do</strong>s <strong>do</strong> Sul,<br />
a exemplo de outras prefeituras no país,<br />
está centralizan<strong>do</strong> o atendimento educacional<br />
na sede municipal.As atividades econômicas<br />
estão centralizadas na produção de<br />
fumo e no binômio milho/feijão. O excedente<br />
da produção de feijão e milho é comercializa<strong>do</strong><br />
no município de Agu<strong>do</strong>s <strong>do</strong> Sul. A<br />
agricultura é, na maior parte das áreas,<br />
mecanizada. O fumo é comercializa<strong>do</strong> para<br />
uma indústria em Santa Catarina. Estimase<br />
que a produção de fumo em Palmito de<br />
Cima alcance 40.000 quilos ao ano. Na<br />
comunidade há uma pequena madeireira,<br />
que comercializa seus produtos na região.<br />
terreno <strong>do</strong>a<strong>do</strong> pela família Malucelli. A<br />
primeira missa foi celebrada em 1953. Atualmente,<br />
a cada dia 12 de outubro, dia de<br />
Nossa Senhora Aparecida, realiza-se uma<br />
romaria que envolve todas as capelas <strong>do</strong><br />
município.<br />
Capela de Pedra: localizada na comunidade<br />
de Areias, no <strong>sul</strong> <strong>do</strong> município, destacase<br />
pela fachada construída com pedras <strong>do</strong>s<br />
rios locais, coladas individualmente.<br />
Pedreira: anteriormente de grande importância<br />
para a economia local, a extração de<br />
ardósia atualmente encontra-se desativada.<br />
A pedreira é uma propriedade particular, de<br />
visitação restrita, mas que oferece uma<br />
bela vista panorâmica <strong>do</strong> município, dada a<br />
sua posição em um terreno eleva<strong>do</strong>.<br />
Estância Ribeirão Grande: situada na<br />
comunidade de mesmo nome, é um espaço<br />
para prática de lazer e turismo rural. Funciona<br />
diariamente, e atende excursões e<br />
passeios particulares. Possui um restaurante<br />
onde é servida comida caseira, com<br />
destaque ao carneiro assa<strong>do</strong>, que é cria<strong>do</strong><br />
no próprio local. Também oferece quiosques<br />
com churrasqueiras, junto a um açude<br />
onde pode se praticar pesca.<br />
Página 11<br />
Em Palmito de Cima há uma pequena<br />
indústria de lavagem e embalagem<br />
de mandioquinha-salsa.<br />
Outra comunidade importante na<br />
Área de Influência Direta é a Lagoa <strong>do</strong>s<br />
Pretos. Comunidade antiga da região, sen<strong>do</strong><br />
que a maior parte <strong>do</strong>s mora<strong>do</strong>res é formada<br />
por famílias que residem no lugar há<br />
gerações. Os entrevista<strong>do</strong>s estimam que<br />
somente 10% <strong>do</strong>s mora<strong>do</strong>res podem ser<br />
considera<strong>do</strong>s “novos”, isto é, que vieram<br />
residir na comunidade há menos de 20 anos.<br />
É formada, atualmente, por 70 famílias,<br />
cerca de 200 pessoas.<br />
A hospedagem inclui três chalés com capacidade<br />
para até 9 pessoas, e um alojamento<br />
coletivo, que pode receber 200 pessoas. A<br />
área de camping complementa as opções de<br />
estada: há instalações elétricas e sanitárias<br />
para abrigar 200 barracas. Além disso, podem<br />
ser realiza<strong>do</strong>s eventos no auditório com<br />
capacidade para 300 pessoas.<br />
Clube de Campo Caminho das Pedras:<br />
situa<strong>do</strong> entre as comunidades Ribeirãozinho<br />
e Ximbuva, a 7 quilômetros da sede municipal,<br />
é mais um espaço de lazer e entretenimento.<br />
A estrutura atende primeiramente aos<br />
associa<strong>do</strong>s, mas também é possível receber<br />
visitantes. Ainda em construção, segun<strong>do</strong> a<br />
prefeitura, vai oferecer churrasqueiras, quiosques,<br />
quadras poliesportivas, bosques, área<br />
para camping e açudes para pesca. Também<br />
há lanchonete e restaurante, e um salão para<br />
eventos com capacidade para 250 pessoas.<br />
Sítio Rincão Alegre: fica nos limites <strong>do</strong> município,<br />
junto <strong>à</strong> divisa com Mandirituba. É outra<br />
área para lazer e turismo rural, de funcionamento<br />
diário. A estrutura inclui lanchonete,<br />
restaurante, salão para 300 pessoas, estacionamento<br />
para 500 carros, tanques para pesca,<br />
playground, piscina de água natural, toboáguas,<br />
quiosques, churrasqueiras e campo de<br />
futebol society com vestiário. Há 13 chalés<br />
com capacidade para até 10 pessoas, além<br />
da casa sede, que pode ser alugada e abrigar<br />
até 40 pessoas.
Página 12 Volume 1, Edição 1<br />
Na fase de implantação,<br />
os impactos principais<br />
ocorrerão no meio físico,<br />
mas por serem temporários,<br />
não são impactos<br />
significativos.<br />
O principal impacto positivo<br />
na operação será a<br />
geração energia elétrica.<br />
ANÁLISE DOS IMPACTOS<br />
AMBIENTAIS<br />
A análise das interferências<br />
ambientais decorrentes<br />
da implantação da Usina<br />
Termoelétrica, nas diferentes<br />
fases <strong>do</strong> empreendimento,<br />
foi realizada pelo méto<strong>do</strong><br />
das Matrizes de Interação,<br />
que possibilita identificar e<br />
classificar os impactos, através<br />
<strong>do</strong>s re<strong>sul</strong>ta<strong>do</strong>s obti<strong>do</strong>s<br />
com o cruzamento entre as<br />
atividades de engenharia e<br />
os fatores ambientais caracteriza<strong>do</strong>s<br />
para os meios a<br />
sofrerem modificações.<br />
A primeira etapa <strong>do</strong>s<br />
trabalhos compreendeu a<br />
elaboração de uma listagem<br />
preliminar <strong>do</strong>s impactos,<br />
gerada a partir das informações<br />
gerais sobre o projeto<br />
de engenharia e <strong>do</strong> diagnóstico<br />
ambiental realiza<strong>do</strong> nas<br />
áreas de influência <strong>do</strong> empreendimento.<br />
Na seqüência <strong>do</strong>s procedimentos<br />
meto<strong>do</strong>lógicos, os<br />
impactos integrantes da<br />
listagem preliminar foram<br />
avalia<strong>do</strong>s conforme os se-<br />
guintes parâmetros de classificação:<br />
Quanto <strong>à</strong> natureza: indica<br />
os efeitos negativos ou<br />
positivos sobre os componentes<br />
ambientais;<br />
Quanto <strong>à</strong> magnitude: referese<br />
<strong>à</strong> quantificação superficial,<br />
volumétrica ou<br />
populacional da interferência,<br />
atribuin<strong>do</strong>-se<br />
nível baixo, médio ou<br />
alto;<br />
Quanto <strong>à</strong> importância: fornece<br />
a qualidade <strong>do</strong><br />
impacto, que varia entre<br />
pequena, média ou<br />
grande, conforme a<br />
magnitude da alteração<br />
a ser imposta;<br />
Quanto <strong>à</strong> duração: relativo<br />
ao caráter permanente<br />
ou temporário <strong>do</strong> impacto,<br />
conforme o perío<strong>do</strong><br />
de manifestação após o<br />
término da atividade;<br />
Quanto <strong>à</strong> reversibilidade:<br />
indica a capacidade de<br />
cessação <strong>do</strong>s efeitos,<br />
caso sejam implementadas<br />
medidas minimiza<strong>do</strong>ras;<br />
Quanto <strong>à</strong> abrangência:<br />
esclarece a área da<br />
alteração, poden<strong>do</strong> ter<br />
influência local ou regional;<br />
Quanto <strong>à</strong> forma: refere-se<br />
ao efeito direto ou indireto<br />
da interferência; e<br />
Quanto <strong>à</strong> temporalidade:<br />
varian<strong>do</strong> de imediato a<br />
curto ou médio prazo,<br />
indica o espaço de tempo<br />
entre a execução da<br />
atividade causa<strong>do</strong>ra <strong>do</strong><br />
impacto e a manifestação<br />
<strong>do</strong>s efeitos sobre o<br />
meio ambiente.<br />
Objetivan<strong>do</strong> a hierarquização<br />
<strong>do</strong>s impactos ambientais,<br />
atribui-se valores<br />
aos parâmetros classificatórios,<br />
cujo produto re<strong>sul</strong>ta<br />
nos conceitos individuais<br />
de significância.
USINA TERMOELÉTRICA À BIOMASSA AGUDOS DO SUL<br />
A primeira etapa explicita<br />
as características <strong>do</strong> empreendimento.<br />
A segunda etapa<br />
<strong>do</strong> trabalho identifica e avalia<br />
os efeitos <strong>do</strong> empreendimento<br />
sobre o ambiente que lhe dá<br />
suporte e as medidas associáveis<br />
<strong>à</strong> mitigação ou potencialização<br />
das situações emergentes,<br />
a partir <strong>do</strong> início das<br />
obras. A terceira etapa engloba<br />
as recomendações de<br />
planos e programas de monitoramento,<br />
correção ou compensação<br />
considera<strong>do</strong>s pertinentes<br />
ao assunto.<br />
A identificação <strong>do</strong>s impactos<br />
partiu <strong>do</strong> conhecimento<br />
das atividades potencialmente<br />
gera<strong>do</strong>ras de alterações<br />
ambientais relacionadas<br />
aos processos de implantação<br />
e operação <strong>do</strong> empreendimento.<br />
No processo de<br />
implantação estão incluídas<br />
a instalação <strong>do</strong> canteiro de<br />
obras e a execução <strong>do</strong>s<br />
procedimentos construtivos<br />
necessários <strong>à</strong> implantação<br />
da Usina Termoelétrica<br />
Agu<strong>do</strong>s <strong>do</strong> Sul.<br />
O processo de operação<br />
abrange a execução de<br />
tarefas relacionadas geração<br />
de energia <strong>à</strong> <strong>biomassa</strong>,<br />
atividades administrativas,<br />
manutenção e monitoramento<br />
da unidade.<br />
Objetivan<strong>do</strong>-se tornar<br />
mais fácil a compreensão<br />
<strong>do</strong> texto, em seguida <strong>à</strong> descrição<br />
e análise <strong>do</strong>s impactos<br />
ambientais, serão propostas<br />
as medidas necessárias<br />
<strong>à</strong> sua mitigação.<br />
AVALIAÇÃO DOS IMPACTOS<br />
AMBIENTAIS<br />
A hierarquização <strong>do</strong>s impactos, quanto a sua significância, demonstram os níveis de<br />
preocupação e rigidez que devem ser destina<strong>do</strong>s a cada uma das interferências negativas e<br />
o grau de otimização <strong>do</strong>s impactos positivos. Apesar de compreender estu<strong>do</strong>s tecnicamente<br />
especializa<strong>do</strong>s, a classificação <strong>do</strong>s impactos a serem gera<strong>do</strong>s pelo empreendimento apresenta<br />
certo grau de subjetividade, merecen<strong>do</strong> devida consideração para a leitura e a interpretação<br />
<strong>do</strong>s quadros demonstrativos.<br />
Neste contexto, os re<strong>sul</strong>ta<strong>do</strong>s da análise apontam a fase de construção da obra como<br />
gera<strong>do</strong>ra de maior número de impactos ambientais de natureza negativa. A maioria <strong>do</strong>s impactos<br />
compreende valores com significância entre fraca a moderada, para o meio físico,<br />
com exceção da geração de resíduos sóli<strong>do</strong>s na fase de operação (geração de cinzas no<br />
processo de queima na caldeira) com significância muito forte e, fraca a forte para o meio<br />
sócio-econômico, poden<strong>do</strong>, estes impactos serem minimiza<strong>do</strong>s através da a<strong>do</strong>ção de adequadas<br />
medidas mitiga<strong>do</strong>ras e/ou compensatórias, que se encontram descritas no item subseqüente.<br />
Com relação ao patrimônio arqueológico, na etapa seguinte da pesquisa poderá<br />
ser confirma<strong>do</strong> seu potencial arqueológico, com o levantamento interventivo de campo após<br />
emissão <strong>do</strong> ofício pelo IPHAN. Assim, o re<strong>sul</strong>ta<strong>do</strong> <strong>do</strong>s impactos positivos gera<strong>do</strong>s pelo empreendimento<br />
até a presente data supera os impactos negativos, com a confirmação da inexistência<br />
de sítios arqueológicos no local.<br />
Na fase de operação <strong>do</strong> empreendimento, apesar da natureza negativa da maioria <strong>do</strong>s<br />
impactos, em geral, foram detectadas significâncias varian<strong>do</strong> entre moderada a muito forte<br />
para os impactos positivos, o que representa o grande benefício, principalmente em relação<br />
ao meio sócio econômico, a ser proporciona<strong>do</strong> pela operacionalização <strong>do</strong> empreendimento<br />
na geração de energia elétrica.<br />
Os impactos positivos, em destaque, são relaciona<strong>do</strong>s <strong>à</strong> melhoria <strong>do</strong>s componentes econômicos<br />
e de infra-estrutura social. Os de natureza negativa, que necessitam a<strong>do</strong>ção de<br />
medidas mitiga<strong>do</strong>ras e/ou compensatórias e de monitoramento, referem-se ao meio físico.<br />
I M P A C T O S P O S I T I V O S<br />
I M P A C T O S N E G A T I V O S<br />
P O S I T I V O S : 1 3 3<br />
N E G A T I V O S : 1 0 7<br />
Página 13
USINA TERMOELÉTRICA À BIOMASSA AGUDOS DO SUL Página 14<br />
LISTAGEM DOS IMPACTOS AMBIENTAIS<br />
COMPONENTES AMBIENTAIS<br />
MEIO FÍSICO<br />
MEIO<br />
BIÓTICO<br />
MEIO SÓCIO<br />
ECONÔMICO<br />
Condições <strong>do</strong> Ar<br />
Recursos Hídricos<br />
Solos<br />
Flora<br />
Fauna<br />
Atividades<br />
Econômicas<br />
Arqueologia<br />
NÚMERO DE<br />
IDENTIFICAÇÃO<br />
IMPACTOS AMBIENTAIS<br />
1 Mudança na composição química <strong>do</strong> ar<br />
2 Aumento da quantidade de partículas no ar<br />
3 Ruí<strong>do</strong>s<br />
4<br />
Aumento da quantidade de partículas em suspensão nos<br />
canais fluviais<br />
5 Mudança na composição química e biológica das águas<br />
6<br />
Processos erosivos e instabilizações pela implementação<br />
da obra<br />
7 Compactação <strong>do</strong> solo<br />
8 Mudança na paisagem florística<br />
9<br />
Mudança da diversidade e abundância das espécies da<br />
fauna<br />
10 Acréscimo de casos de atropelamentos da fauna<br />
11 Oferta de alimento e de abrigo para a fauna<br />
12 Expectativas da população<br />
13 Alteração no quadro demográfico<br />
14 Geração de emprego e renda<br />
15 Circulação de veículos<br />
16 Geração de energia elétrica<br />
17 Destruição de estruturas arqueológicas<br />
18 Soterramento de estruturas arqueológicas<br />
19 Destruição de fontes pretéritas de matéria-prima
USINA TERMOELÉTRICA À BIOMASSA AGUDOS DO SUL Página 15<br />
MEDIDAS MITIGADORAS E DE CONTROLE<br />
AMBIENTAL<br />
MEIO FÍSICO<br />
ALTERAÇÕES NA QUALIDADE DO AR<br />
Os poluentes atmosféricos provenientes da operação da <strong>usina</strong> consistem na emissão de gases para a atmosfera. Vale salientar, entretanto, que em<br />
função da tecnologia empregada, as emissões produzidas pela unidade terão redução significativa.<br />
O equipamento a emitir gases e material particula<strong>do</strong> é cita<strong>do</strong> abaixo com seu respectivo controle de emissões, haja visto que as instrumentações <strong>do</strong>s<br />
sistemas de controle são as principais ferramentas para uma adequada operação.<br />
Chaminé - Emissão de particula<strong>do</strong>s - Abaixo de 200 mg/Nm³<br />
Controle de emissões - Multiciclone e Filtro de Mangas<br />
Medidas recomendadas:<br />
Uso de sistemas de controle de emissões de gases;<br />
Monitoramento, checagem, limpeza e padronização periódicas <strong>do</strong>s equipamentos de produção e <strong>do</strong>s equipamentos de controle para o perfeito<br />
funcionamento e utilização;<br />
Uso de EPI’s ou unidades de proteção coletiva;<br />
Atendimento <strong>à</strong> legislação ambiental vigente e aos padrões de emissão estabeleci<strong>do</strong>s pelo órgão ambiental competente.<br />
GERAÇÃO DE MATERIAL PARTICULADO<br />
A geração de material particula<strong>do</strong> poderá ocorrer na fase de implantação, no canteiro de obras, principalmente, das operações de terraplanagem, de<br />
cortes, de aterros e de movimentação de terra, como também <strong>do</strong> transporte de materiais de construção e descarte de estéreis. Tem abrangência local,<br />
restrita aos locais de movimentação e trajetos de transporte <strong>do</strong>s materiais, e seus efeitos deixarão de serem senti<strong>do</strong>s, tão logo sejam concluídas suas ações.<br />
Na operação, o impacto deverá ocorrer devi<strong>do</strong> ao transporte de <strong>biomassa</strong> <strong>do</strong> fornece<strong>do</strong>r <strong>à</strong> <strong>usina</strong> e será de abrangência regional.<br />
Medidas recomendadas:<br />
Redução na velocidade <strong>do</strong>s veículos e umectação abundante e freqüente das vias de acesso;<br />
Utilização de caminhões fecha<strong>do</strong>s para o transporte ou, se abertos, utilização de lona;<br />
Utilização de EPI’s pelo pessoal envolvi<strong>do</strong> nas atividades que houver geração de poeiras.<br />
GERAÇÃO DE RESÍDUOS SÓLIDOS<br />
Os resíduos sóli<strong>do</strong>s gera<strong>do</strong>s na implantação da obra são: papel sanitário, lixo orgânico, papéis, papelões, plásticos, embalagens e entulhos da obra civil<br />
da <strong>usina</strong>.<br />
Os resíduos sóli<strong>do</strong>s gera<strong>do</strong>s na operação são basicamente da unidade administrativa (material de escritório, papel sanitário, lixo orgânico) e cinzas<br />
residuais <strong>do</strong> processo de queima de <strong>biomassa</strong>. Nas atividades administrativas, os resíduos sóli<strong>do</strong>s gera<strong>do</strong>s serão destina<strong>do</strong>s <strong>à</strong> coleta seletiva, para que,<br />
posteriormente, os mesmos possam ter a destinação adequada, quer seja reutilização, recuperação ou reciclagem ou outra forma de disposição final. As<br />
cinzas residuais podem ser aproveitadas para adubação <strong>do</strong> solo das propriedades rurais da região por possuírem em sua composição, basicamente, potássio<br />
e cálcio, ou vendidas para as fábricas de cimento.<br />
Medidas recomendadas:<br />
Remoção periódica <strong>do</strong>s detritos gera<strong>do</strong>s pela obra e pelos trabalha<strong>do</strong>res, bem como o encaminhamento ao aterro sanitário <strong>do</strong> município;<br />
A disposição de to<strong>do</strong>s os resíduos sóli<strong>do</strong>s deverá atender <strong>à</strong> legislação vigente, destinan<strong>do</strong> cada um da maneira mais adequada possível, quer seja<br />
recuperação, reciclagem, reutilização, co-processamento ou aterros sanitários;<br />
Atendimento ao Programa de Gerenciamento de Resíduos Sóli<strong>do</strong>s.<br />
GERAÇÃO DE EFLUENTES LÍQUIDOS<br />
Os efluentes líqui<strong>do</strong>s gera<strong>do</strong>s na implantação e operação <strong>do</strong> empreendimento são provenientes <strong>do</strong>s sanitários e <strong>do</strong>s refeitórios, oriun<strong>do</strong>s <strong>do</strong> canteiro de<br />
obras e <strong>do</strong> setor administrativo.<br />
O processo de geração de energia não gera efluentes líqui<strong>do</strong>s. Dessa forma, os efluentes líqui<strong>do</strong>s gera<strong>do</strong>s pelo empreendimento correspondem ao<br />
esgoto <strong>do</strong>méstico, <strong>à</strong>s águas pluviais contaminadas, <strong>à</strong>s águas da drenagem da área de estocagem de <strong>biomassa</strong>, <strong>à</strong>s águas provenientes da área de lavagem<br />
da caldeira e da lavagem de pisos e galpões.<br />
Medidas recomendadas:<br />
Sistemas de tratamento de efluente <strong>do</strong>méstico (fossa séptica – sumi<strong>do</strong>uro);<br />
Sistema de drenagem, caixa separa<strong>do</strong>ra água – óleo;<br />
Atendimento a normas técnicas de implantação.<br />
GERAÇÃO DE RUÍDOS<br />
Durante a construção, as máquinas e equipamentos emprega<strong>do</strong>s na obra são considera<strong>do</strong>s como as principais fontes de ruí<strong>do</strong>. O ruí<strong>do</strong> <strong>do</strong> canteiro de<br />
obras é caracteriza<strong>do</strong> por altos níveis, contínuo e intermitente, produzi<strong>do</strong> por equipamentos como betoneiras, gera<strong>do</strong>res, compressores e serras, dentre<br />
outros.<br />
Na operação <strong>do</strong> empreendimento, os pontos críticos com relação aos ruí<strong>do</strong>s gera<strong>do</strong>s e que afetarão aos operários são movimentação de caminhões de<br />
transporte de <strong>biomassa</strong> e veículos que atendem <strong>à</strong>s necessidades da <strong>usina</strong>, e o turbo redutor que atinge um nível sonoro de 98<br />
dB (A) a 1m de distância.<br />
Medidas recomendadas:<br />
Seleção de equipamentos mais silenciosos - Para alcançar o nível de 85 dB (A) deverá haver uma cobertura termoacústica<br />
para turbina e redutor;<br />
Maximização da distância entre as fontes de ruí<strong>do</strong> e os receptores;<br />
Utilização de EPI’s pelo pessoal envolvi<strong>do</strong> nas atividades de maior geração de ruí<strong>do</strong>s;<br />
Rotação <strong>do</strong> pessoal nos turnos de trabalho;<br />
Atendimento <strong>à</strong> legislação ambiental vigente que determina os níveis máximos permiti<strong>do</strong>s de ruí<strong>do</strong>.
USINA TERMOELÉTRICA À BIOMASSA AGUDOS DO SUL Página 16<br />
MEDIDAS MITIGADORAS E DE CONTROLE<br />
AMBIENTAL<br />
MEIO BIOLÓGICO<br />
FLORA E FAUNA<br />
As medidas mitiga<strong>do</strong>ras <strong>do</strong>s impactos ao Meio Biológico são discutidas de um mo<strong>do</strong> integra<strong>do</strong>, tanto para fauna, como<br />
para a flora, visto que as alterações faunísticas, de um mo<strong>do</strong> geral, estão associadas a mudanças na vegetação.<br />
O imóvel possui área de Reserva Legal, a qual será recuperada e mantida de forma a gerar um refúgio para os animais<br />
afeta<strong>do</strong>s diretamente pelas alterações ambientais em decorrência da instalação e operação da <strong>usina</strong>.<br />
Medidas recomendadas:<br />
Implantação de Projeto Paisagístico após conclusão das obras e cortina vegetal no entorno <strong>do</strong> empreendimento;<br />
Promover a recuperação da Reserva Legal, com o plantio de essências florestais nativas da região bioclimática.<br />
MEIO SÓCIO-ECONÔMICO<br />
EXPECTATIVAS DA POPULAÇÃO<br />
A implantação de um empreendimento desse porte e a movimentação de técnicos na região atrai a atenção da população diretamente afetada. Isso pode<br />
criar um clima de inquietação e ansiedade nos mora<strong>do</strong>res das comunidades locais, expectativas em relação <strong>à</strong> criação de postos de trabalho ou oportunidades<br />
de geração de renda. Caso sejam expectativas não condizentes com a real oferta de trabalho, pode haver situações de conflito entre a comunidade e a gerência<br />
<strong>do</strong> empreendimento.<br />
Medidas recomendadas:<br />
Trata-se de um impacto negativo difícil de ser mitiga<strong>do</strong>.<br />
Promover o Programa de Comunicação Social.<br />
ALTERAÇÃO NO QUADRO DEMOGRÁFICO<br />
A instalação da Usina Termoelétrica poderá transformar-se num atrativo para mora<strong>do</strong>res de outras regiões, os quais estejam <strong>à</strong> procura de trabalho. Isso<br />
poderá acarretar em tentativas de ocupação desordenada (ou parcelamento irregulares de propriedades) nas áreas <strong>do</strong> entorno.<br />
Medidas recomendadas:<br />
A possibilidade de ocupação desordenada e urbanização das áreas lindeiras ao empreendimento é um impacto difícil de ser mitiga<strong>do</strong>.<br />
A Prefeitura Municipal de Agu<strong>do</strong>s <strong>do</strong> Sul deverá promover constante fiscalização para que nenhum estabelecimento, loteamentos ou núcleos de ocupação<br />
irregular sejam implanta<strong>do</strong>s sem o licenciamento ambiental necessário, atentan<strong>do</strong>, com especial cuida<strong>do</strong>, aos parcelamentos de solos rurais, nas<br />
propriedades <strong>do</strong> entorno da <strong>usina</strong>.<br />
OCORRÊNCIA DE ACIDENTES<br />
A circulação de veículos e <strong>do</strong> maquinário necessário para a implantação da obra poderá acarretar acidentes e atropelamentos, envolven<strong>do</strong> principalmente<br />
os trabalha<strong>do</strong>res da obra e população residente na Área de Influência Direta.<br />
Durante a fase de implantação e operação haverá aumento <strong>do</strong> fluxo de veículos leves e pesa<strong>do</strong>s, além da movimentação de máquinas e equipamentos,<br />
fato esse que poderá apresentar transtornos para os mora<strong>do</strong>res da Área de Influência Direta.<br />
Medidas recomendadas:<br />
Orientação aos motoristas para a condução e procedimentos adequa<strong>do</strong>s no tráfego de veículos, máquinas e equipamentos de grande porte;<br />
Sinalização adequada quanto a situações de risco, perigo, desvios, contornos;<br />
A<strong>do</strong>ção de normas para a redução de velocidade em pontos críticos que representam potencial de ocorrência de acidente.<br />
GERAÇÃO DE EMPREGO E RENDA<br />
A implantação <strong>do</strong> empreendimento demanda obras de construção civil, que por sua vez, geram empregos, requisitan<strong>do</strong> tanto mão-de-obra de operários<br />
com exigências e características tanto de baixa qualificação profissional, quanto mão-de-obra especializada.<br />
Esse impacto é benéfico, pois além de gerar renda pessoal e familiar, uma vez que deve haver prioridade na contratação de mão-de-obra na localidade<br />
onde o empreendimento pretende se instalar, notadamente nos cargos que exijam pouca qualificação. Para os demais cargos, a cidade de Agu<strong>do</strong>s <strong>do</strong> Sul<br />
certamente não dispõe de profissionais para o desempenho das diferentes funções requeridas, especialmente as de média e alta qualificação.<br />
Serão gera<strong>do</strong>s 50 empregos diretos, distribuí<strong>do</strong>s em 15-17 por turno de trabalho, e também ocorrerá <strong>à</strong> criação de 350 empregos indiretos, relaciona<strong>do</strong>s ao<br />
cultivo e transporte de <strong>biomassa</strong>, fundamentais no que se refere ao incremento da economia municipal.<br />
A geração de empregos e renda, consideran<strong>do</strong> a situação atual em que os postos de trabalho assalaria<strong>do</strong>s são escassos, irá beneficiar os trabalha<strong>do</strong>res da<br />
região de influência <strong>do</strong> empreendimento, geran<strong>do</strong> renda familiar e incrementan<strong>do</strong> a economia local. Esse impacto positivo propicia, de imediato, uma queda no<br />
índice de desemprego e aumento da renda individual e familiar <strong>do</strong>s trabalha<strong>do</strong>res. O aumento da renda tende a gerar melhoria da qualidade de vida familiar,<br />
através de maior acesso aos bens de consumo.<br />
GERAÇÃO DE ENERGIA ELÉTRICA<br />
Quan<strong>do</strong> a Usina Termoelétrica entrar em operação haverá uma maior oferta de energia elétrica “limpa” no merca<strong>do</strong><br />
consumi<strong>do</strong>r, já que será produzida a partir da de <strong>biomassa</strong>.<br />
A disponibilidade e acessibilidade energética assegurarão condições favoráveis <strong>à</strong> expansão industrial e comercial<br />
em várias localidades e também proporcionarão a oferta de energia para consumo <strong>do</strong>méstico familiar nos meios<br />
rural e urbano, aspectos estes que seguramente representam eventuais racionamentos de energia.<br />
Quan<strong>do</strong> em operação, a <strong>usina</strong> irá disponibilizar a energia que será incorporada ao sistema elétrico integra<strong>do</strong>, fato<br />
esse que representará uma contribuição importante e valiosa para o suprimento energético da demanda regional e<br />
local.<br />
Com a implantação e operação da UTE este será o maior benefício para a sociedade e para a economia em geral.
USINA TERMOELÉTRICA À BIOMASSA AGUDOS DO SUL Página 17<br />
PROGRAMAS AMBIENTAIS<br />
Estão sen<strong>do</strong> propostos 06 Programas Ambientais para o Projeto de Implantação da Usina Termoelétrica <strong>à</strong> Biomassa Agu<strong>do</strong>s <strong>do</strong> Sul.<br />
1. PROGRAMA DE MONITORAMENTO DA QUALIDADE DO AR E DAS EMISSÕES GASOSAS<br />
2. PROGRAMA DE GESTÃO DE RESÍDUOS SÓLIDOS<br />
3. PROGRAMA DE COMUNICAÇÃO SOCIAL<br />
4. PROGRAMA DE PREVENÇÃO DE ACIDENTES E SAÚDE PÚBLICA<br />
5. PROGRAMA DE RECUPERAÇÃO DA RESERVA LEGAL E IMPLANTAÇÃO DA CORTINA VEGETAL<br />
6. PROGRAMA DE MONITORAMENTO DA FAUNA<br />
CONCLUSÃO<br />
O projeto prevê benefícios para a população local, geran<strong>do</strong> empregos na Termoelétrica e no transporte da matéria-prima (<strong>biomassa</strong>),<br />
visto que serão necessários motoristas, auxiliares de motoristas, opera<strong>do</strong>res de máquinas como pá carregadeiras, trator esteira, além <strong>do</strong><br />
pessoal operacional, em turno de 8 horas; além de empregos indiretos em diversas funções.<br />
Aumentará a demanda por tais vagas ocupacionais na região, e melhorará consideravelmente a qualidade <strong>do</strong>s empregos e colaborará<br />
enormemente com aumento da renda per capta no município e região.<br />
Outro quesito que será atendi<strong>do</strong> pelo próprio projeto, é que ele será de fácil apreensão, em virtude de que serão as próprias pessoas da<br />
comunidade os responsáveis pelo manuseio da aparelhagem, recolhimento e transporte da <strong>biomassa</strong> para a <strong>termoelétrica</strong>, embalagem e<br />
transporte das cinzas para as fábricas de cimento, ou para as áreas rurais.<br />
Beneficiará sobremaneira o Município com o aumento da arrecadação, gerará um maior recolhimento de impostos, aumentan<strong>do</strong> assim a<br />
participação <strong>do</strong> município no recebimento das verbas estaduais e federais permitin<strong>do</strong> assim, que o poder público invista em saneamento<br />
básico, educação, saúde, transporte coletivo, pavimentação, combate <strong>à</strong> erosão etc, e os seus programas e planos ambientais se integrarão<br />
de maneira definitiva, pública e institucionalmente.<br />
Contribuirá para o desenvolvimento sócio-econômico <strong>do</strong> Município, melhoran<strong>do</strong> a qualidade de vida <strong>do</strong>s cidadãos e apoian<strong>do</strong> a modernização<br />
da estrutura produtiva, com conseqüente geração de riqueza, renda e empregos, mas de maneira responsável e, portanto, sustentável,<br />
respeitan<strong>do</strong>-se o meio ambiente.<br />
O projeto insere-se no planejamento municipal de forma marcante, pois a matéria-prima (<strong>biomassa</strong>) virá de distâncias num raio de 70<br />
km, envolven<strong>do</strong> assim outros municípios da região. Haverá necessidade <strong>do</strong>s municípios manterem as estradas em boas condições, evitan<strong>do</strong><br />
condições precárias de tráfego e evitan<strong>do</strong> erosões <strong>do</strong> solo.<br />
Temos, atualmente, a dura realidade das serrarias e fábricas de móveis, com muita sobra de resíduos e/ou que lançam seus resíduos de<br />
madeira (serragem, pedaços de madeira, árvores caídas, casca de árvores), em qualquer lugar; em áreas desocupadas, vales, onde a água<br />
da chuva os levam para desaguarem em riachos ou rios, prejudican<strong>do</strong> a qualidade da água e contaminan<strong>do</strong> assim a flora e a fauna. Atualmente<br />
não há o que fazer com os galhos re<strong>sul</strong>tantes <strong>do</strong> corte das árvores, serragem, nem com as cascas das mesmas, que ficam sem utilização,<br />
poluin<strong>do</strong> sobremaneira vários locais da região, emitin<strong>do</strong> gás metano oriun<strong>do</strong> da decomposição, para a atmosfera, o qual é muito mais<br />
nocivo que o gás carbônico com relação ao efeito estufa. Os resíduos nesse caso deverão ser utiliza<strong>do</strong>s para o processo de geração de<br />
energia elétrica.<br />
Desta forma, a instalação da <strong>termoelétrica</strong> beneficiará enormemente o município de Agu<strong>do</strong>s <strong>do</strong> Sul, bem como municípios vizinhos, no<br />
que tange a uma contribuição significativa no combate <strong>à</strong> poluição já existente. Como a construção da <strong>termoelétrica</strong> prevê instalação de equipamentos<br />
de alta tecnologia, será uma produtora de energia que não poluirá o ambiente, visto ainda que o calor a ser dissipa<strong>do</strong> no ar passa<br />
antes por sistemas de resfriamento. Assim, a região terá enormes benefícios, pois se livrará de poluição existente, atualmente sem solução,<br />
para uma geração de renda para si mesma e para seus habitantes.<br />
A Termoelétrica gerará energia que será comercializada para as concessionárias como a COPEL, ELETROBRÁS, etc.<br />
Os beneficiários da produção de energia será o povo brasileiro que ficará mais distante da crise energética prevista para os próximos<br />
anos, basea<strong>do</strong> no crescimento populacional e industrial brasileiro. Estamos no país da matéria prima farta, da energia renovável. Temos as<br />
maiores reservas energéticas, ecologicamente corretas, <strong>do</strong> mun<strong>do</strong>! O conjunto: Sol equatorial, terra fértil e água em abundância, é uma<br />
exclusividade brasileira. Nosso potencial hidroelétrico é motivo de inveja mundial, e utilizamos menos de 5 %. Gerar Energia Elétrica Limpa,<br />
com pouquíssimo impacto ambiental, <strong>usina</strong>s modulares, em pequena escala, é sinônimo de eficiência e de desenvolvimento.<br />
Pequenos e médios consumi<strong>do</strong>res serão produtores e fornece<strong>do</strong>res de energia elétrica, aproveitan<strong>do</strong> a grande capacidade ociosa das<br />
redes de distribuição existentes. Devi<strong>do</strong> ao horário de ponta e também <strong>à</strong> previsão de novos consumi<strong>do</strong>res, todas as redes de distribuição de<br />
energia elétrica <strong>do</strong> planeta, estão super dimensionadas em 50%. Esta elevada capacidade das redes existe, principalmente, aqui no Brasil,<br />
terra <strong>do</strong>s chuveiros elétricos. Ligar um chuveiro elétrico (6 kW) é como ligar ao mesmo tempo 150 lâmpadas de 40 W. O horário de ponta<br />
brasileiro é consequência de milhões de pessoas que tomam banho entre 19h00 e 21h00, re<strong>sul</strong>tan<strong>do</strong> em 3 horas diárias de altíssimo consumo<br />
de energia elétrica. Nas outras 21 horas restantes, a utilização de muitas redes de distribuição é irrisória, chegan<strong>do</strong> a menos de 10 % em<br />
alguns trechos.<br />
As pequenas <strong>usina</strong>s particulares promovem o surgimento de centenas de novas indústrias, comércios, empregos, cursos e presta<strong>do</strong>res<br />
de serviço (gera<strong>do</strong>res, motores, controla<strong>do</strong>res, aquece<strong>do</strong>res, refrigera<strong>do</strong>res, etc.), re<strong>sul</strong>tan<strong>do</strong> em desenvolvimento social, industrial, tecnológico<br />
e comercial.
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R E LAÇÃO DA EQUIPE TÉCNICA DO PRO J ETO<br />
COORDENADOR DA IMPLANTAÇÃO / ENGENHEIRO RESPONSÁVEL<br />
Carlos Roberto Emídio <strong>do</strong>s Santos<br />
Engenheiro Civil CREA-PR 6.730-D<br />
COORDENAÇÃO GERAL - EIA/RIMA<br />
Lella Regina Curt Bettega<br />
EQUIPE TÉCNICA<br />
Legislação Incidente<br />
Engenheira Florestal CREA-PR 25.120-D<br />
Advogada OAB 20.437<br />
Profissional Formação<br />
Registro de<br />
Classe<br />
Cadastro Técnico<br />
Federal<br />
Lella Regina Curt Bettega Engenheira Florestal CREA-PR 25.120-D 33406<br />
Meio Físico<br />
Advogada OAB 20.437<br />
André Luciano Malheiros MSc. Eng. Civil CREA-PR 67.038-D 924222<br />
Andréas Grauer Dr. Eng. de Processos - 4902481<br />
Elaine Aparecida Bonacim Geóloga CREA-PR 21.960-D 53837<br />
Helder Rafael Nocko Eng. <strong>Ambiental</strong> CREA-PR 86.285-D 1563032<br />
Meio Biológico – Flora<br />
Vania Portela Engenheira Florestal CREA-PR 55.079-D 456440<br />
Meio Biológico – Fauna<br />
Juliano José da Silva Santos Biólogo CRBio7 34.006 D 209539<br />
Robson Odeli Espín<strong>do</strong>la Hack Biólogo CRBio7 50.923 D 3718634<br />
Meio Sócio-Econômico<br />
Carla Valesca de Moraes Socióloga DRT-PR 255 97418<br />
Osval<strong>do</strong> Paulino da Silva Historia<strong>do</strong>r - Msc. Arqueologia - 33412<br />
Elaboração cartográfica<br />
Paulo Roberto Rodachinski Geógrafo - 4902329<br />
APOIO TÉCNICO<br />
Danuza Stall; Karina Stival Carlos Santos; Raul Figlie.<br />
EMPREENDEDORA ELABORADORA DO EIA/RIMA<br />
Sede Industrial: Estrada Municipal Prefeito Chico Freitas, 4000, Palmito de Cima, Agu<strong>do</strong>s <strong>do</strong> Sul - PR.<br />
Foro Administrativo: Rua Paraíba, 3109, Vila , Curitiba - PR.<br />
Fone: 41-3013-7995 / 3013-7996<br />
E-mail: kcc@ kcc-cleanenergy.com<br />
Sede: Rua Jacon Zattoni, 29, Borda <strong>do</strong> Campo, Quatro Barras - PR.<br />
Escritório: Rua Antonio Escorsin, 1326, Sala 04,<br />
São Braz, Curitiba - PR.<br />
Fone/Fax 41-3372-8284<br />
E-mail: contato@lcbcon<strong>sul</strong>toria.com.br