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Xestion de residuos urbanos.pdf - Axencia de Ecoloxía Urbana do ...

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<strong>de</strong>senvolvemento sostible vol.1<br />

Os resíduos <strong>de</strong>posita<strong>do</strong>s em aterro, sofrem ao longo <strong>do</strong> tempo um conjunto <strong>de</strong> transformações <strong>de</strong>vidas<br />

a fenómenos físicos, químicos e biológicos, que em resulta<strong>do</strong> da presença <strong>de</strong> materiais bio<strong>de</strong>gradáveis,<br />

originam efluentes líqui<strong>do</strong>s (lixivia<strong>do</strong>) e biogás (Williams, 2005). A composição <strong>do</strong> lixivia<strong>do</strong> afluente á<br />

Estação <strong>de</strong> Tratamento <strong>de</strong> Águas Lixiviantes (ETAL) varia em função da ida<strong>de</strong> <strong>do</strong> aterro e das fases <strong>de</strong><br />

<strong>de</strong>composição em que se encontra a massa <strong>de</strong> resíduos.<br />

Os aterros para resíduos não perigosos têm <strong>de</strong> implementar sistemas <strong>de</strong> monitorização <strong>do</strong>s parâmetros<br />

susceptíveis <strong>de</strong> causar danos no ambiente, quer nas fases <strong>de</strong> exploração, quer no após encerramento,<br />

nomeadamente, da<strong>do</strong>s meteorológicos; da<strong>do</strong>s sobre emissões e controlo <strong>de</strong> águas, lixivia<strong>do</strong> e gases;<br />

protecção das águas subterrâneas e da<strong>do</strong>s sobre a operação <strong>do</strong> aterro (quantida<strong>de</strong>s, volumes, taxas <strong>de</strong><br />

enchimento etc.).<br />

Para controlar a migração <strong>do</strong> biogás, a infiltração das águas superficiais e evitar assentamentos <strong>do</strong> aterro<br />

é importante a concepção e implementação <strong>de</strong> sistemas <strong>de</strong> cobertura e <strong>de</strong> drenagem. Esgotada a capacida<strong>de</strong><br />

<strong>de</strong> <strong>de</strong>posição <strong>de</strong> resíduos e material <strong>de</strong> cobertura <strong>do</strong> aterro <strong>de</strong>ve garantir-se as condições <strong>de</strong><br />

protecção e monitorização ambiental <strong>do</strong> espaço e a a<strong>de</strong>quada mo<strong>de</strong>lação <strong>do</strong> terreno. Em <strong>de</strong>terminadas<br />

situações é possível requalificar o espaço para intervenções <strong>de</strong> carácter lúdico, cultural e recreativo.<br />

3.4. Gestão <strong>de</strong> Fluxos esPeCIaIs <strong>de</strong> resÍduos.<br />

As políticas <strong>de</strong> gestão <strong>de</strong> resíduos revelam a importância da minimização da produção <strong>de</strong> resíduos,<br />

na sua gestão sustentável e na aplicação da responsabilida<strong>de</strong> <strong>do</strong> produtor/<strong>de</strong>tentor <strong>do</strong> resíduo. Estes<br />

aspectos levam a que a responsabilida<strong>de</strong> pela gestão <strong>do</strong>s resíduos seja partilhada por to<strong>do</strong>s os intervenientes<br />

no seu ciclo <strong>de</strong> produção-comércio-consumo-pós-consumo procuran<strong>do</strong> assim responsabilizar<br />

o produtor, <strong>do</strong>s produtos que quan<strong>do</strong> <strong>de</strong>scarta<strong>do</strong>s se transformam em resíduo, com o objectivo <strong>de</strong><br />

reduzir a quantida<strong>de</strong> e perigosida<strong>de</strong> <strong>do</strong>s resíduos e garantir a sua retoma, reutilização, valorização ou<br />

eliminação.<br />

O Decreto-Lei n.º 178/2006, <strong>de</strong> 5 <strong>de</strong> Setembro, classifica os resíduos <strong>de</strong> acor<strong>do</strong> com a sua origem, em<br />

resíduos <strong>de</strong> produção ou <strong>de</strong> consumo, resíduos <strong>urbanos</strong>, resíduos industriais, resíduos agrícolas, resíduos<br />

hospitalares e resíduos <strong>de</strong> construção e <strong>de</strong>molição e <strong>de</strong> acor<strong>do</strong> com as suas características em<br />

resíduos inertes e resíduos perigosos.<br />

Este diploma <strong>de</strong>fine “fluxo <strong>de</strong> resíduos” como uma categoria <strong>de</strong> resíduos transversal a todas as origens,<br />

nomeadamente os fluxos <strong>de</strong> embalagens, o das embalagens <strong>de</strong> medicamentos e medicamentos fora <strong>de</strong><br />

uso, o <strong>do</strong>s resíduos <strong>de</strong> embalagens <strong>de</strong> produtos fitofarmacêuticos, os óleos usa<strong>do</strong>s, os acumula<strong>do</strong>res e<br />

pilhas, os pneus usa<strong>do</strong>s, os veículos em fim <strong>de</strong> vida, os resíduos <strong>de</strong> equipamentos eléctricos e electrónicos,<br />

os óleos alimentares usa<strong>do</strong>s e os resíduos <strong>de</strong> construção e <strong>de</strong>molição.<br />

A gestão <strong>do</strong>s fluxos específicos é assegurada por Sistemas Integra<strong>do</strong>s <strong>de</strong> Gestão (SIG), que <strong>de</strong>finem os<br />

procedimentos <strong>de</strong> gestão da sua <strong>de</strong>posição, recolha e tratamento com o objectivo <strong>de</strong> se obterem benefícios<br />

ambientais, optimização económica e aceitação social.<br />

O seu financiamento é assegura<strong>do</strong> pelos produtores, embala<strong>do</strong>res e importa<strong>do</strong>res ao garantirem a contrapartida<br />

por cada produto coloca<strong>do</strong> no merca<strong>do</strong>, em função <strong>do</strong> seu peso e material. Trata-se <strong>de</strong> um<br />

valor que procura cobrir os custos <strong>de</strong> recolha e/ou classificação <strong>de</strong> resíduos <strong>de</strong> embalagens, excluin<strong>do</strong><br />

os custos retira<strong>do</strong>s da recolha indiferenciada e da eliminação para aterro.<br />

As entida<strong>de</strong>s gestoras <strong>do</strong>s SIG integram os diferentes intervenientes <strong>do</strong> sector e são responsáveis<br />

pela implementação <strong>de</strong> uma re<strong>de</strong> nacional <strong>de</strong> recolha e tratamento <strong>de</strong> resíduos e pelo cumpri-<br />

xestión <strong>de</strong> <strong>residuos</strong> <strong>urbanos</strong> nos concellos <strong>do</strong> Eixo atlántico<br />

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