Xestion de residuos urbanos.pdf - Axencia de Ecoloxía Urbana do ...
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ou mecânicos, em materiais constituintes <strong>de</strong>stina<strong>do</strong>s a valorização ou a outras operações <strong>de</strong> gestão<br />
(Decreto-Lei n.º 178/2006, <strong>de</strong> 5 <strong>de</strong> Setembro).<br />
A gestão/exploração das ETr é da responsabilida<strong>de</strong> <strong>do</strong>s sistemas multimunicipais ou municipais, e<br />
abrange to<strong>do</strong> o sistema <strong>de</strong> valorização e tratamento <strong>do</strong>s municípios envolvi<strong>do</strong>s. Na recolha selectiva<br />
as ETr asseguram uma segunda separação <strong>do</strong>s recicláveis <strong>de</strong> papel/cartão e embalagens (plástico e<br />
metal), <strong>de</strong> forma mecânica ou manual, permitin<strong>do</strong> a remoção <strong>de</strong> contaminantes e o seu posterior<br />
processamento, <strong>de</strong> acor<strong>do</strong> com Especificações Técnicas das entida<strong>de</strong>s gestoras <strong>do</strong> respectivo sistema<br />
integra<strong>do</strong>. A zona <strong>de</strong> triagem propriamente dita reúne uma sequência <strong>de</strong> operações unitárias e<br />
é composta pelos tapetes transporta<strong>do</strong>res <strong>de</strong> recepção e <strong>de</strong> alimentação da mesa <strong>de</strong> triagem bem<br />
como os respectivos silos inferiores para armazenamento <strong>de</strong> material selecciona<strong>do</strong>.<br />
Os resíduos recicláveis são também prensa<strong>do</strong>s, enfarda<strong>do</strong>s para maior facilida<strong>de</strong> <strong>de</strong> transporte e<br />
armazena<strong>do</strong>s, conforme a sua tipologia, os metais ferrosos e não-ferrosos, os plásticos em PET (Politereftalato<br />
<strong>de</strong> etileno), o PVC (Policloreto <strong>de</strong> vinilo), o PEAD (Polietileno <strong>de</strong> alta <strong>de</strong>nsida<strong>de</strong>), o PEBD<br />
(Polietileno <strong>de</strong> baixa <strong>de</strong>nsida<strong>de</strong>) e o EPS (Poliestireno expandi<strong>do</strong>), entre outros.<br />
A triagem <strong>de</strong> resíduos po<strong>de</strong> também ser a<strong>do</strong>ptada como fase preliminar da compostagem e/ou digestão<br />
anaeróbia pois permite seleccionar as componentes (in)<strong>de</strong>sejadas <strong>do</strong>s resíduos indiferencia<strong>do</strong>s,<br />
ten<strong>do</strong> em vista a maximização <strong>do</strong> rendimento final <strong>do</strong> processo e a melhoria da qualida<strong>de</strong> final<br />
<strong>do</strong> composto produzi<strong>do</strong> (Tratamento Mecânico e Biológico).<br />
As estações <strong>de</strong> triagem po<strong>de</strong>m operar para quantida<strong>de</strong>s entre 25 a 200 mil ton/ano, embora a maioria<br />
funcione entre 50 a 100 mil ton/ano. A maioria das ETr são compostas por: a) zona <strong>de</strong> <strong>de</strong>scarga; b)<br />
zona <strong>de</strong> processamento <strong>de</strong> resíduos; c) zona <strong>de</strong> armazenamento; d) zona <strong>de</strong> <strong>de</strong>posição <strong>de</strong> rejeita<strong>do</strong>s;<br />
e) zonas <strong>de</strong> apoio (administrativo, manutenção, etc.).<br />
A Directiva 2000/76/CE, <strong>de</strong> 4 <strong>de</strong> Dezembro <strong>de</strong> 2000, relativa à incineração <strong>de</strong> resíduos <strong>de</strong>fine “instalação<br />
<strong>de</strong> incineração” como uma “unida<strong>de</strong> e equipamento técnico fixo ou móvel <strong>de</strong>dica<strong>do</strong> ao tratamento<br />
térmico <strong>de</strong> resíduos, com ou sem recuperação da energia térmica gerada pela combustão e abrange o<br />
local e toda a instalação (...)”. Esta <strong>de</strong>finição inclui ainda a incineração <strong>de</strong> resíduos por oxidação e outros<br />
processos <strong>de</strong> tratamento térmico, como a pirólise, a gaseificação ou processos <strong>de</strong> plasma.<br />
As principais vantagens da incineração <strong>de</strong> resíduos <strong>urbanos</strong> são a diminuição da necessida<strong>de</strong> <strong>de</strong> novas<br />
áreas para <strong>de</strong>posição <strong>de</strong> resíduos, com a consequente minimização <strong>do</strong>s custos <strong>de</strong> transporte; a<br />
redução <strong>do</strong> volume e da quantida<strong>de</strong> <strong>de</strong> resíduos a <strong>de</strong>positar em aterro, cerca <strong>de</strong> 90% (em volume) e<br />
30% (em peso) e o aproveitamento <strong>do</strong> valor energético <strong>do</strong>s resíduos (electricida<strong>de</strong>) escoada através<br />
da Re<strong>de</strong> Eléctrica Nacional.<br />
A incineração po<strong>de</strong> realizar-se através da aceitação <strong>do</strong>s resíduos <strong>urbanos</strong> “em bruto”, provenientes<br />
da recolha indiferenciada ou apenas <strong>do</strong>s fluxos <strong>de</strong> resíduos <strong>de</strong> maior po<strong>de</strong>r calorífico, recolhi<strong>do</strong>s<br />
selectivamente ou através da triagem <strong>do</strong>s não combustíveis (<strong>de</strong> menor po<strong>de</strong>r calorífico), o sistema<br />
Refuse Deriver Fuel (RDF).<br />
Existe uma gran<strong>de</strong> varieda<strong>de</strong> <strong>de</strong> instalações <strong>de</strong> incineração, contu<strong>do</strong>, <strong>de</strong> uma forma geral, todas possuem:<br />
local <strong>de</strong> recepção <strong>de</strong> resíduos, câmara <strong>de</strong> combustão, cal<strong>de</strong>ira <strong>de</strong> recuperação <strong>de</strong> vapor, equipamentos<br />
<strong>de</strong> tratamento <strong>de</strong> emissões atmosféricas e locais para armazenamento <strong>de</strong> cinzas/escórias<br />
<strong>de</strong> fun<strong>do</strong> e cinzas volantes (Williams, 2005).<br />
A combustão <strong>do</strong>s resíduos efectua-se genericamente em duas fases, a combustão primária (câmara<br />
<strong>de</strong> combustão primária) e a combustão secundária (câmara <strong>de</strong> combustão secundária). Na combus-<br />
Estu<strong>do</strong>s <strong>de</strong>senvolvemento sostible