Xestion de residuos urbanos.pdf - Axencia de Ecoloxía Urbana do ...
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Os da<strong>do</strong>s da Agência Portuguesa <strong>do</strong> Ambiente (APA, 2008b) indicam ainda que, em 2006 foram:<br />
– Incineradas cerca <strong>de</strong> 855 mil toneladas <strong>de</strong> resíduos <strong>urbanos</strong>, o que correspon<strong>de</strong> a 18,4% <strong>do</strong><br />
total <strong>de</strong> resíduos gera<strong>do</strong>s;<br />
– Encaminhadas para valorização orgânica aproximadamente 299 mil toneladas, ou seja, 6,4%<br />
<strong>do</strong>s resíduos <strong>urbanos</strong> produzi<strong>do</strong>s;<br />
– Recolhidas selectivamente em ecopontos e através <strong>de</strong> recolha porta-a-porta, em conjunto<br />
com a <strong>de</strong>posição voluntária em ecocentros, 447 mil toneladas, i.e., 9,6% <strong>do</strong> total <strong>de</strong> resíduos<br />
<strong>urbanos</strong> produzi<strong>do</strong>s; <strong>de</strong>ste quantitativo, cerca <strong>de</strong> 68% diz respeito à recolha multimaterial,<br />
tratan<strong>do</strong>-se assim <strong>de</strong> 302 mil toneladas <strong>de</strong> resíduos recolhi<strong>do</strong>s em ecopontos e porta-aporta.<br />
Estes valores traduzem uma diminuição <strong>do</strong>s quantitativos <strong>de</strong> resíduos envia<strong>do</strong>s para incineração e valorização<br />
orgânica, que correspon<strong>de</strong>u a cerca 2,5 e 0,5 pontos percentuais, respectivamente (APA, 2008a).<br />
Em termos <strong>de</strong> recolha selectiva, a evolução ao longo <strong>do</strong>s últimos anos tem vin<strong>do</strong> a apresentar um <strong>de</strong>clive<br />
positivo, registan<strong>do</strong>-se entre 2005 e 2006 um aumento <strong>de</strong> cerca <strong>de</strong> 1,5%, ainda que inferior ao apura<strong>do</strong><br />
no ano anterior. A recolha selectiva em ecopontos e porta a porta aumentou, em 2006, cerca <strong>de</strong><br />
0,9% em relação ao ano anterior. Acresce que, em valor absoluto, a recolha selectiva, no seu conjunto,<br />
apresentou, em 2006, um crescimento <strong>de</strong> aproximadamente 20% (APA, 2008b).<br />
A Agência Portuguesa <strong>do</strong> Ambiente (APA, 2008b) conclui ainda que o aterro continua a ser o principal<br />
<strong>de</strong>stino da<strong>do</strong> aos resíduos. Acresce ainda que, ao contrário da tendência <strong>do</strong>s últimos três anos,<br />
observou-se, em 2006, um aumento <strong>de</strong> cerca <strong>de</strong> 2% da quantida<strong>de</strong> <strong>de</strong> resíduos <strong>urbanos</strong> encaminhada<br />
para aterro.<br />
3.2. a Gestão <strong>de</strong> resÍduos eM PortuGal.<br />
3.2.1. Politicas e Estratégias <strong>de</strong> Gestão <strong>de</strong> Resíduos.<br />
A necessida<strong>de</strong> <strong>de</strong> inverter a tendência para o aumento constante da produção <strong>de</strong> resíduos i<strong>de</strong>ntificou<br />
como objectivos prioritários da política União Europeia e <strong>de</strong> Portugal a promoção da “socieda<strong>de</strong> <strong>de</strong> reciclagem”,<br />
que previna a produção e incentive a valorização <strong>do</strong>s resíduos, a fim <strong>de</strong> preservar os recursos<br />
naturais e reduzir o risco para a saú<strong>de</strong> humana e para o ambiente 1995 (APA, 2008b).<br />
O 6º Programa Comunitário <strong>de</strong> Acção em Matéria <strong>de</strong> Ambiente (2002 - 2012), intitula<strong>do</strong> “Ambiente<br />
2010: o nosso futuro, a nossa escolha” (Decisão n.º 1600/2002/CE <strong>do</strong> Parlamento Europeu e <strong>do</strong> Conselho,<br />
<strong>de</strong> 22 <strong>de</strong> Julho <strong>de</strong> 2002), tem como priorida<strong>de</strong> garantir uma maior eficiência na utilização <strong>do</strong>s<br />
recursos, induzir padrões <strong>de</strong> produção e <strong>de</strong> consumo mais sustentáveis, dissociar o crescimento económico<br />
da utilização <strong>do</strong>s recursos e diminuir a produção <strong>de</strong> resíduos. Para o <strong>de</strong>finiram-se 7 estratégias<br />
temáticas: poluição atmosférica, o meio marinho, a utilização sustentável <strong>do</strong>s recursos, a prevenção e<br />
reciclagem <strong>do</strong>s resíduos, a protecção <strong>do</strong>s solos e o ambiente urbano.<br />
A Estratégia Temática sobre o Uso Sustentável <strong>do</strong>s Recursos Naturais e a Estratégia Temática <strong>de</strong> Prevenção<br />
e Reciclagem <strong>de</strong> Resíduos, articuladas com a Política Integrada <strong>de</strong> Produtos (PIP), são as Estratégias<br />
<strong>do</strong> 6º Programa mais activas em termos da prevenção da produção <strong>de</strong> resíduos, da sua utilização como<br />
recurso, da aplicação <strong>do</strong> princípio <strong>do</strong> Polui<strong>do</strong>r-paga<strong>do</strong>r e da redução <strong>do</strong> impacte ambiental da sua gestão.<br />
A Estratégia Temática <strong>de</strong> Prevenção e Reciclagem <strong>de</strong> Resíduos (COM (2005) 666 final), <strong>de</strong> 21/12/2005,<br />
reafirma a necessida<strong>de</strong> <strong>de</strong> combinar as medidas <strong>de</strong> promoção da prevenção, reciclagem e reutilização<br />
Estu<strong>do</strong>s <strong>de</strong>senvolvemento sostible