Xestion de residuos urbanos.pdf - Axencia de Ecoloxía Urbana do ...
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<strong>de</strong>nsida<strong>de</strong>s populacionais e <strong>do</strong> edifica<strong>do</strong>, população mais i<strong>do</strong>sa e com um grau cultural e <strong>de</strong> instrução<br />
muito baixo. Quase 88% da população encontra-se numa faixa a menos <strong>de</strong> 50km da linha <strong>do</strong> litoral.<br />
Assim, po<strong>de</strong> referir-se que nos sistemas que integram municípios <strong>do</strong> Eixo Atlântico, a <strong>de</strong>nsida<strong>de</strong> populacional<br />
varia entre 1500 e 22 hab/ km 2 (LIPOR e RESÍDUOS DO NORDESTE, respectivamente); o<br />
sistema mais pequeno tem 384 km 2 (SULDOURO) e o maior mais <strong>de</strong> 8 000 (RESINORTE); na LIPOR, um<br />
ecocentro serve uma área 29 km 2 enquanto na RESULIMA um ecocentro tem uma área <strong>de</strong> cobertura<br />
<strong>de</strong> 870 km 2 ; a re<strong>de</strong> <strong>de</strong> cobertura <strong>de</strong> ecopontos também tem os seus extremos na LIPOR (1 ECOPONTO<br />
a cada 0,23 km 2 ) e na RESÍDUOS DO NORDESTE (1 ecoponto a cada 13,59 km 2 ) e o número <strong>de</strong> habitantes<br />
servi<strong>do</strong>s por ecoponto é <strong>de</strong> 744 habitantes, na RESINORTE, enquanto na VALORMINHO, um<br />
ecoponto serve 216 habitantes.<br />
Há que salientar o aumento significativo, nos últimos anos <strong>de</strong> material envia<strong>do</strong> para reciclagem mas,<br />
ainda assim, longe das metas previstas no PERSU II. Apesar das orientações <strong>do</strong> PERSU e <strong>do</strong> PPRU, o<br />
aterro continua a ser a principal solução para eliminação <strong>de</strong> RSU; estan<strong>do</strong> previstas e/ou construídas<br />
apenas 5 estações <strong>de</strong> valorização orgânica para o Norte <strong>de</strong> Portugal; pelo que se prevêem eleva<strong>do</strong>s<br />
custos <strong>de</strong> transporte da matéria orgânica bio<strong>de</strong>gradável.<br />
O município <strong>do</strong> Porto, como seria expectável face ao seu maior po<strong>de</strong>r económico e teci<strong>do</strong> industrial<br />
<strong>de</strong>senvolvi<strong>do</strong>, é o que apresenta a maior produção <strong>de</strong> RSU, 478,38 kg/hab/ano a que correspon<strong>de</strong>m<br />
a uma capitação diária <strong>de</strong> 1.65 kg/habitante <strong>de</strong> RSU.<br />
Em oposição aparece Mace<strong>do</strong> <strong>de</strong> Cavaleiros e Miran<strong>de</strong>la, municípios que integram a RESÍDUOS DO<br />
NORDESTE e que têm uma capitação diária <strong>de</strong> RSU que fica aquém <strong>do</strong>s 0,89 kg/habitante (322 kg/<br />
hab/ano), aproximadamente meta<strong>de</strong> <strong>do</strong> município <strong>do</strong> Porto sen<strong>do</strong> que, os municípios <strong>do</strong> Eixo Atlântico<br />
foram responsáveis por uma capitação média anual <strong>de</strong> 432 kg/hab (1,18 kg/hab.dia).<br />
Relativamente à produção <strong>de</strong> resíduos recicláveis, os concelhos <strong>do</strong> interior <strong>de</strong>monstram uma fraca<br />
capacida<strong>de</strong> <strong>de</strong> separação <strong>de</strong> resíduos. Com uma produção anual <strong>de</strong> 45 kg/habitante ano, o Porto é<br />
o concelho on<strong>de</strong> a recolha multimaterial tem mais expressão. To<strong>do</strong>s os concelhos referi<strong>do</strong>s como<br />
interiores têm <strong>de</strong>sempenhos bastante inferiores neste campo. Mace<strong>do</strong> <strong>de</strong> Cavaleiros, com 5,67 kg/<br />
hab é o último <strong>de</strong>sta classificação. Bragança e Mace<strong>do</strong> <strong>de</strong> Cavaleiros <strong>de</strong>ram este <strong>de</strong>stino a menos <strong>de</strong><br />
2% <strong>do</strong>s resíduos produzi<strong>do</strong>s nos seus concelhos. No outro oposto, Vila Nova <strong>de</strong> Famalicão conseguiu<br />
uma taxa <strong>de</strong> quase 10%. Em média, os 17 municípios portugueses que integram o EixoAtlântico, reciclam<br />
6,38% <strong>do</strong>s resíduos produzi<strong>do</strong>s nos seus concelhos.<br />
No geral, ainda há um longo caminho a percorrer em matéria <strong>de</strong> gestão a<strong>de</strong>quada <strong>de</strong> resíduos, nomeadamente<br />
no que toca a metas <strong>de</strong> reciclagem <strong>de</strong> resíduos, <strong>de</strong>svio <strong>de</strong> resíduos <strong>de</strong> aterro e valorização<br />
orgânica <strong>de</strong> resíduos.<br />
Prevê-se o aumento significativo da valorização orgânica quan<strong>do</strong> estiverem em funcionamento as<br />
cinco unida<strong>de</strong>s <strong>de</strong> valorização orgânicas previstas para a região norte e a consequente redução <strong>de</strong><br />
resíduos <strong>de</strong>posita<strong>do</strong>s em aterro.<br />
Prevê-se a continuação da existência <strong>de</strong> uma única incinera<strong>do</strong>ra em to<strong>do</strong> o Norte <strong>de</strong> Portugal, esta<br />
opção <strong>de</strong> tratamento (com recuperação energética) representou mais <strong>de</strong> 28% no total <strong>de</strong> opções <strong>de</strong><br />
tratamento <strong>do</strong>s resíduos produzi<strong>do</strong>s nos sistemas <strong>do</strong> Eixo Atlântico.<br />
Indubitavelmente, a realida<strong>de</strong> portuguesa no que toca a gestão <strong>de</strong> resíduos alterou-se substancialmente,<br />
fruto da implementação <strong>do</strong> PERSU I, com aumento substancial da “opção reiclagem” e da<br />
valorização orgânica.<br />
Estu<strong>do</strong>s <strong>de</strong>senvolvemento sostible