Xestion de residuos urbanos.pdf - Axencia de Ecoloxía Urbana do ...
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A opção pelo recurso a indica<strong>do</strong>res <strong>de</strong> <strong>de</strong>sempenho em <strong>de</strong>trimento <strong>do</strong>s índices como base <strong>do</strong>s mo<strong>de</strong>los<br />
<strong>de</strong> avaliação <strong>do</strong> <strong>de</strong>sempenho da gestão <strong>de</strong> resíduos <strong>urbanos</strong> é aconselhada por muitos autores<br />
e entida<strong>de</strong>s públicas e privadas <strong>do</strong> sector. Defen<strong>de</strong>m que ao invés <strong>do</strong>s índices, a opção por<br />
indica<strong>do</strong>res é mais vantajosa uma vez que a informação fornecida por um indica<strong>do</strong>r não oferece em<br />
geral dúvidas <strong>de</strong> interpretação aos diferentes utiliza<strong>do</strong>res. O recurso a Índices tem ainda outro efeito<br />
perverso, que é o da perda <strong>de</strong> informação, sobretu<strong>do</strong> para os utiliza<strong>do</strong>res externos da informação,<br />
resultante da agregação e pon<strong>de</strong>ração, com base em expressões matemáticas, <strong>de</strong> vários indica<strong>do</strong>res<br />
<strong>de</strong> <strong>de</strong>sempenho.<br />
Partidário (2000) refere como principais limitações <strong>do</strong>s indica<strong>do</strong>res a enorme diversida<strong>de</strong> <strong>de</strong> tipos <strong>de</strong><br />
indica<strong>do</strong>res que se po<strong>de</strong>m formular e, fundamentalmente, o seu grau <strong>de</strong> subjectivida<strong>de</strong>, relevância,<br />
significância e enviesamento em relação à informação que preten<strong>de</strong>m sintetizar e transmitir.<br />
Hakkinen (2001), refere o risco <strong>de</strong> uma excessiva simplificação <strong>de</strong> <strong>de</strong>terminadas realida<strong>de</strong>s, po<strong>de</strong>n<strong>do</strong><br />
per<strong>de</strong>r-se, neste processo <strong>de</strong> simplificação, informação importante.<br />
A Agência Europeia <strong>do</strong> Ambiente (EEA, 2003) <strong>de</strong>staca três limitações: a qualida<strong>de</strong> da informação <strong>de</strong><br />
base, a capacida<strong>de</strong> em obter informação <strong>de</strong> qualida<strong>de</strong> e a perda <strong>de</strong> informação ao calcular os indica<strong>do</strong>res.<br />
Outra limitação está relacionada com o seu uso <strong>de</strong>scontextualiza<strong>do</strong>, que po<strong>de</strong> traduzir-se em interpretações<br />
erradas <strong>do</strong>s resulta<strong>do</strong>s. É necessário analisar sempre os indica<strong>do</strong>res <strong>de</strong> <strong>de</strong>sempenho no<br />
seu conjunto, com conhecimento <strong>de</strong> causa, e associa<strong>do</strong>s ao contexto em que se inserem. A presença<br />
<strong>de</strong> condicionalismos exógenos à gestão <strong>do</strong>s serviços <strong>de</strong> infra-estruturas conduz a que não existam<br />
duas entida<strong>de</strong>s gestoras idênticas. Marques (2005), exemplifica alguns <strong>de</strong>stes condicionalismos, por<br />
exemplo, as condições topográficas, a <strong>de</strong>nsida<strong>de</strong> populacional e a sua variação e as características<br />
sociais da região servida, os quais manifestam a especificida<strong>de</strong> <strong>de</strong> cada entida<strong>de</strong> gestora. A informação<br />
<strong>de</strong> contexto revela-se assim indispensável à interpretação <strong>do</strong>s indica<strong>do</strong>res uma vez que garante o<br />
seu enquadramento e permite torná-los in<strong>de</strong>pen<strong>de</strong>ntes das especificida<strong>de</strong>s organizacionais internas<br />
da entida<strong>de</strong> gestora ou sistema em avaliação, asseguran<strong>do</strong> a valida<strong>de</strong> da sua comparação com outras<br />
entida<strong>de</strong>s ou sistemas (benchmarking). Esta informação <strong>de</strong> contexto não afecta o resulta<strong>do</strong> da avaliação<br />
<strong>do</strong> <strong>de</strong>sempenho, mas <strong>de</strong>ve ser tida em conta na sua análise.<br />
7.3. ANálISE Do CIClo DE VIDA.<br />
Em Portugal, até às décadas <strong>de</strong> 70 e 80 eram pequenas as preocupações com a componente ambiental<br />
<strong>do</strong>s sistemas <strong>de</strong> gestão <strong>de</strong> resíduos. Mais tar<strong>de</strong>, as preocupações centraram-se fundamentalmente<br />
no controlo das emissões para o ar e para a água. As actuais políticas ambientais da União Europeia<br />
baseiam-se cada vez mais no conceito <strong>de</strong> análise <strong>de</strong> ciclo <strong>de</strong> vida (ACV), analisan<strong>do</strong>, preven<strong>do</strong><br />
e mo<strong>de</strong>lan<strong>do</strong> sistematicamente o impacto ambiental da geração e gestão <strong>do</strong>s resíduos <strong>de</strong> forma a<br />
minimizá-lo.<br />
A ACV i<strong>de</strong>ntificada internacionalmente como LCA (Life Cycle Assesment) é uma meto<strong>do</strong>logia <strong>de</strong> avaliação<br />
<strong>do</strong> impacte ambiental associa<strong>do</strong> a um produto ou serviço, durante o seu ciclo <strong>de</strong> vida, <strong>de</strong>s<strong>de</strong><br />
a extracção das matérias-primas, sua produção e utilização, até à <strong>de</strong>posição final. A ACV permite<br />
associar os impactes ambientais <strong>do</strong> sistema em estu<strong>do</strong> em várias áreas tais como a ecologia, a saú<strong>de</strong><br />
humana e a <strong>de</strong>pleção <strong>de</strong> recursos.<br />
Estu<strong>do</strong>s <strong>de</strong>senvolvemento sostible