29.04.2013 Views

Xestion de residuos urbanos.pdf - Axencia de Ecoloxía Urbana do ...

Xestion de residuos urbanos.pdf - Axencia de Ecoloxía Urbana do ...

Xestion de residuos urbanos.pdf - Axencia de Ecoloxía Urbana do ...

SHOW MORE
SHOW LESS

Create successful ePaper yourself

Turn your PDF publications into a flip-book with our unique Google optimized e-Paper software.

166<br />

por tratamento mecânico biológico (TMB) <strong>do</strong>s resíduos indiferencia<strong>do</strong>s até que seja possível evoluir<br />

para um mo<strong>de</strong>lo <strong>de</strong> segregação <strong>de</strong> ROB na origem.<br />

O PERSU II assenta no uso da tecnologia TMB apresentan<strong>do</strong>-a como indispensável à valorização material<br />

e orgânica, e aponta para que um esforço muito significativo <strong>de</strong>verá ser feito para a produção<br />

<strong>de</strong> combustível <strong>de</strong>riva<strong>do</strong> <strong>de</strong> resíduos (CDR) nomeadamente a partir <strong>de</strong> refugos das operações <strong>de</strong><br />

triagem e da fracção “resto” resultante <strong>do</strong> TMB, bem como o tratamento preliminar <strong>de</strong> resíduos<br />

<strong>de</strong>stina<strong>do</strong>s a aterro.<br />

Em Portugal já existem centrais <strong>de</strong> TMB a operar com RSU indiferencia<strong>do</strong>s que apresentam problemas<br />

no que diz respeito à qualida<strong>de</strong> que o “composto” produzi<strong>do</strong> apresenta, bem como limitações<br />

à qualida<strong>de</strong> e quantida<strong>de</strong> <strong>do</strong>s materiais recupera<strong>do</strong>s <strong>de</strong>stina<strong>do</strong>s a valorização material (reciclagem),<br />

nomeadamente em termos <strong>de</strong> contaminações, não se perceben<strong>do</strong>, assim, que os critérios que estão<br />

na base da selecção da tecnologia TMB no âmbito <strong>do</strong> PERSU II sejam a reciclagem material, a produção<br />

<strong>de</strong> um resíduo estabiliza<strong>do</strong> biologicamente e eventualmente <strong>de</strong> “composto”.<br />

O PERSU II é omisso em relação a critérios <strong>de</strong> qualida<strong>de</strong> <strong>do</strong> composto. De facto, o “composto” <strong>de</strong>stinan<strong>do</strong>-se<br />

a ser aplica<strong>do</strong> no solo, apresenta um potencial <strong>de</strong> contaminação por metais, que <strong>de</strong>riva da<br />

origem indiferenciada <strong>do</strong>s RSU, pelo que o <strong>de</strong>stino mais provável <strong>de</strong>ste produto é a aplicação como<br />

material <strong>de</strong> cobertura em aterros.<br />

O tratamento biológico por digestão anaeróbia como aposta em larga escala para a bio-estabilização<br />

<strong>do</strong>s RSU é uma situação relativamente pouco comum no contexto europeu.<br />

Este processo, embora atraente porque dá origem a biogás permitin<strong>do</strong> o aproveitamento <strong>de</strong> energia,<br />

exige níveis <strong>de</strong> tecnologia e qualificação <strong>de</strong> pessoal superiores aos exigi<strong>do</strong>s pelos tratamentos basea<strong>do</strong>s<br />

em processos aeróbios. A condução <strong>de</strong>ste processo em regime <strong>de</strong> carga elevada é susceptível<br />

a problemas operatórios. Estes sistemas, para operarem a uma velocida<strong>de</strong> <strong>de</strong> <strong>de</strong>gradação competitiva,<br />

necessitam <strong>de</strong> ser aqueci<strong>do</strong>s. Este processo, por si só, não permite que se atinja a temperatura<br />

necessária à eliminação <strong>de</strong> potenciais organismos patogénicos, ou seja a sanitarização <strong>do</strong> composto<br />

produzi<strong>do</strong>. No final, o composto precisa <strong>de</strong> ser trata<strong>do</strong> aerobiamente e sanitariza<strong>do</strong>, haven<strong>do</strong> lugar à<br />

produção <strong>de</strong> lixivia<strong>do</strong>s que têm <strong>de</strong> ser trata<strong>do</strong>s.<br />

Os estu<strong>do</strong>s <strong>de</strong> suporte <strong>do</strong> PERSU II consi<strong>de</strong>ram que o mo<strong>de</strong>lo TMB <strong>de</strong>verá cumprir as metas <strong>de</strong> ROB<br />

para eliminação por aterro da fracção residual <strong>do</strong>s resíduos. Contu<strong>do</strong>, não haven<strong>do</strong> qualida<strong>de</strong> no<br />

produto <strong>do</strong> TMB, o respectivo <strong>de</strong>stino final é a eliminação em aterro ou a incineração.<br />

Como o aterro é a solução <strong>de</strong> recurso para a eliminação <strong>de</strong> RSU durante os problemas <strong>de</strong> operação<br />

<strong>do</strong>s sistemas <strong>de</strong> tratamento, admite-se que não haverá gran<strong>de</strong> margem para o cumprimento da meta<br />

<strong>de</strong> <strong>de</strong>posição <strong>de</strong> ROB em aterro.<br />

O PERSU II não refere a necessida<strong>de</strong> <strong>de</strong> continuar a construir aterros, mas a necessida<strong>de</strong> <strong>de</strong> construir<br />

novas estruturas é já uma realida<strong>de</strong>. Espera-se que as novas estruturas tenham uma duração efectiva<br />

<strong>de</strong> acor<strong>do</strong> com os respectivos projectos, saben<strong>do</strong>-se que não <strong>de</strong>verão receber resíduos industriais.<br />

O mo<strong>de</strong>lo proposto no PERSU II, basea<strong>do</strong> em tratamento mecânico biológico (TMB), <strong>de</strong> preferência<br />

por digestão anaeróbia, aponta para uma concentração <strong>do</strong>s actuais sistemas multimunicipais para<br />

viabilizar as infra-estruturas <strong>de</strong> tratamento a construir e que serão pouco mais <strong>de</strong> uma <strong>de</strong>zena. No<br />

PERSU II há o entendimento <strong>de</strong> que os actuais sistemas multimunicipais <strong>de</strong> gestão <strong>de</strong> RSU são uma<br />

escala pequena para a gestão <strong>do</strong>s RSU, propon<strong>do</strong> o redimensionamento para sistemas 500 000 habitantes.<br />

Presume-se que há interesse em sistemas <strong>de</strong> larga escala na área da gestão <strong>de</strong> RSU <strong>de</strong>sapa-<br />

Estu<strong>do</strong>s <strong>de</strong>senvolvemento sostible

Hooray! Your file is uploaded and ready to be published.

Saved successfully!

Ooh no, something went wrong!