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Xestion de residuos urbanos.pdf - Axencia de Ecoloxía Urbana do ...

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A Estratégia Temática <strong>de</strong> Prevenção e Reciclagem <strong>de</strong> Resíduos estima que por cada 10 mil toneladas<br />

<strong>de</strong> resíduos recicladas sejam cria<strong>do</strong>s até 250 postos <strong>de</strong> trabalho, 20 a 40 caso sejam incineradas e<br />

apenas 10 caso sejam <strong>de</strong>positadas em aterros. O Relatório Anual <strong>do</strong> Sector <strong>de</strong> Águas e Resíduos em<br />

Portugal (2007) estima que a prestação <strong>de</strong> um serviço <strong>de</strong> “boa qualida<strong>de</strong>” pelas entida<strong>de</strong>s gestoras<br />

em baixa (recolha indiferenciada e limpeza urbana) requer 2,5 a 3 emprega<strong>do</strong>s por cada 10 mil toneladas<br />

<strong>de</strong> resíduos processa<strong>do</strong>s.<br />

A recolha e tratamento <strong>de</strong> resíduos implicam custos particularmente eleva<strong>do</strong>s, e a produção <strong>de</strong> resíduos<br />

é, por <strong>de</strong>finição, uma perda <strong>de</strong> recursos (EEA, 208). No entanto os resíduos são consi<strong>de</strong>ra<strong>do</strong>s<br />

não só um problema ambiental mas também um potencial recurso económico cuja recuperação<br />

po<strong>de</strong> acarretar vantagens económicas significativas. Esta mudança <strong>de</strong> paradigma é <strong>de</strong>vida tanto à<br />

legislação como às forças <strong>do</strong> merca<strong>do</strong>, como bem ilustra o caso <strong>do</strong>s resíduos <strong>de</strong> embalagens.<br />

O Relatório Anual <strong>do</strong> Sector <strong>de</strong> Águas e Resíduos em Portugal 2007 (IRAR, 2008b) e o Relatório <strong>de</strong><br />

Acompanhamento <strong>do</strong> Plano Estratégico para Os Resíduos Sóli<strong>do</strong>s Urbanos 2007-2016 (IRAR, 2008a)<br />

recomendam a criação <strong>de</strong> condições para o escoamento <strong>do</strong>s materiais recicla<strong>do</strong>s ten<strong>do</strong> em conta<br />

a sustentabilida<strong>de</strong> económica <strong>do</strong> processo, enquadra<strong>do</strong> pela Estratégia Nacional para o Desenvolvimento<br />

Sustentável. Será expectável que os opera<strong>do</strong>res <strong>de</strong>terminem uma estratégia <strong>de</strong> actuação<br />

apoiada numa lógica <strong>de</strong> merca<strong>do</strong> e suportada por operações <strong>de</strong> marketing, na colocação <strong>do</strong>s seus<br />

“produtos”.<br />

Esta melhoria <strong>do</strong>s serviços acarretou um aumento <strong>de</strong> custos que ten<strong>de</strong>m a comprometer a sustentabilida<strong>de</strong><br />

<strong>do</strong>s sistemas nomeadamente nas zonas rurais <strong>do</strong> interior <strong>do</strong> país on<strong>de</strong> o rendimento per<br />

capita é baixo (67% <strong>do</strong> PIB per capita <strong>de</strong> Portugal Continental em 2005) e on<strong>de</strong> as características<br />

geográficas e a organização territorial nomeadamente zonas montanhosas e <strong>de</strong> difícil acesso, baixas<br />

<strong>de</strong>nsida<strong>de</strong>s populacionais e povoações pequenas e dispersas ten<strong>de</strong>m a aumentam os custos <strong>de</strong> qualquer<br />

infra-estrutura, nomeadamente as <strong>de</strong> gestão <strong>de</strong> resíduos <strong>urbanos</strong>.<br />

As <strong>de</strong>spesas em que incorreram as autarquias com a prestação <strong>do</strong>s serviços <strong>de</strong> remoção, transferência<br />

e tratamento <strong>do</strong>s resíduos <strong>urbanos</strong>, limpeza e varredura urbana comparadas com as receitas<br />

obtidas com a cobrança aos utiliza<strong>do</strong>res <strong>do</strong> serviço pela realização <strong>de</strong>ssas tarefas indicam um défice<br />

tarifário com a gestão <strong>de</strong> resíduos.<br />

Os resulta<strong>do</strong>s indicam que, entre 2002 e 2005, em média nos municípios <strong>do</strong> Norte <strong>de</strong> Portugal, a <strong>de</strong>spesa<br />

com a gestão <strong>de</strong> resíduos <strong>urbanos</strong> aumentou 19%, com o défice a fixar-se em 4 243 956 €, em<br />

2005, o que perfaz um défice acumula<strong>do</strong> entre 2002 e 2005 <strong>de</strong> 17 642 169 €. Nesse mesmo perío<strong>do</strong><br />

<strong>de</strong> tempo, o défice com a gestão <strong>de</strong> resíduos <strong>urbanos</strong> aumentou <strong>de</strong> 25% para 31% <strong>do</strong>s custos das<br />

autarquias com a gestão <strong>de</strong> resíduos <strong>urbanos</strong> e limpeza urbana.<br />

Segun<strong>do</strong> da<strong>do</strong>s <strong>do</strong> Instituto Nacional <strong>de</strong> Estatística (INE), em 2005, a <strong>de</strong>spesa com a gestão <strong>de</strong> resíduos<br />

representou, em média, cerca <strong>de</strong> 57,24% das <strong>de</strong>spesas com o ambiente (Protecção da qualida<strong>de</strong><br />

<strong>do</strong> ar e clima, Gestão <strong>de</strong> águas residuais, Gestão <strong>de</strong> resíduos, Protecção e remediação <strong>do</strong>s solos,<br />

águas subterrâneas e superficiais, Protecção contra o ruí<strong>do</strong> e vibrações, Protecção da biodiversida<strong>de</strong><br />

e da paisagem, Investigação e <strong>de</strong>senvolvimento e outras activida<strong>de</strong>s <strong>de</strong> protecção <strong>do</strong> ambiente) e<br />

cerca <strong>de</strong> 3.58% das <strong>de</strong>spesas globais <strong>do</strong>s municípios<br />

Este défice <strong>do</strong>s Municípios com a gestão <strong>de</strong> resíduos <strong>urbanos</strong> motivou a encomenda pela Entida<strong>de</strong><br />

Regula<strong>do</strong>ra <strong>de</strong> Águas e Resíduos (ERSAR) <strong>de</strong> um estu<strong>do</strong> relativo à análise <strong>do</strong>s tarifários <strong>de</strong> serviços<br />

<strong>de</strong> gestão <strong>de</strong> resíduos <strong>urbanos</strong> em Portugal (IRAR, 2007b) ten<strong>do</strong> em vista a elaboração <strong>de</strong> um diagnóstico<br />

da situação e a <strong>de</strong>finição <strong>de</strong> estratégias <strong>de</strong> recuperação <strong>de</strong> custos com este serviço. O estu<strong>do</strong><br />

Estu<strong>do</strong>s <strong>de</strong>senvolvemento sostible

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