Xestion de residuos urbanos.pdf - Axencia de Ecoloxía Urbana do ...
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<strong>de</strong>senvolvemento sostible vol.1<br />
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AsPECTos FInAnCEIros dA GEsTão dE rEsÍduos EM PorTuGAl<br />
O sector <strong>do</strong>s Resíduos abrange a gran<strong>de</strong> maioria das activida<strong>de</strong>s económicas com influência <strong>de</strong>cisiva<br />
na qualida<strong>de</strong> <strong>de</strong> vida das populações. Actualmente, cerca <strong>de</strong> 90% da população dispõe <strong>de</strong> sistemas<br />
<strong>de</strong> recolha, tratamento e <strong>de</strong> <strong>de</strong>stino final <strong>de</strong> resíduos <strong>urbanos</strong>. Nos últimos anos tem si<strong>do</strong> <strong>de</strong>senvolvida<br />
uma intensa activida<strong>de</strong> <strong>de</strong> planeamento e <strong>de</strong> construção <strong>de</strong> aterros <strong>de</strong> resíduos <strong>urbanos</strong><br />
<strong>de</strong> dimensão assinalável, bem como promovidas políticas <strong>de</strong> reutilização, reciclagem e valorização<br />
Baptista e Neves (2002).<br />
Uma retrospectiva da situação portuguesa a nível <strong>de</strong> recolha, transporte e tratamento <strong>de</strong> Resíduos<br />
Sóli<strong>do</strong>s Urbanos (RSU) nos últimos anos, mostra que houve uma melhoria significativa <strong>do</strong> nível <strong>de</strong><br />
atendimento da população e <strong>do</strong>s serviços presta<strong>do</strong>s. Para isso concorreram fundamentalmente <strong>do</strong>is<br />
factores:<br />
– A alteração <strong>do</strong>s sistemas <strong>de</strong> gestão tradicionalmente municipais para sistemas intermunicipais<br />
e multimunicipais. A criação <strong>de</strong> empresas intermunicipais e multimunicipais permite<br />
uma visão mais abrangente e global <strong>do</strong>s problemas e a a<strong>do</strong>pção <strong>de</strong> soluções técnicas <strong>de</strong><br />
maior envergadura, passíveis <strong>de</strong> servir <strong>de</strong>terminadas regiões in<strong>de</strong>pen<strong>de</strong>ntemente <strong>de</strong> se<br />
localizarem em um ou mais municípios.<br />
– A possibilida<strong>de</strong> <strong>de</strong> utilizar fun<strong>do</strong>s estruturais que permitiram corporizar as soluções técnicas<br />
seleccionadas.<br />
No estu<strong>do</strong> sobre o Merca<strong>do</strong> <strong>do</strong> Ambiente em Portugal Baptista e Neves (2002) referem que o sector<br />
<strong>do</strong> Ambiente tem já uma gran<strong>de</strong> relevância para o <strong>de</strong>senvolvimento económico e social da socieda<strong>de</strong><br />
portuguesa, especialmente através <strong>do</strong> subsector Água, segui<strong>do</strong> <strong>do</strong> subsector Resíduos. Em termos<br />
mundiais, o merca<strong>do</strong> <strong>do</strong> sector ambiental correspon<strong>de</strong> a cerca <strong>de</strong> 300 000 M€/ano, no <strong>do</strong>mínio <strong>do</strong>s<br />
serviços e equipamentos para a prevenção da poluição, estiman<strong>do</strong>-se que possa atingir os 600 000<br />
M€ no ano 2010.<br />
Os mesmos autores acreditam que os merca<strong>do</strong>s Europeu e nacional <strong>do</strong> sector ambiental apresentam<br />
uma importância económica relevante. Em termos europeus, o merca<strong>do</strong> ambiental está avalia<strong>do</strong> em<br />
100 000 M€, estiman<strong>do</strong>-se um valor superior a 5 000 M€, até 2008, para o merca<strong>do</strong> nacional com<br />
pre<strong>do</strong>mínio da componente infra-estrutural. A partir <strong>de</strong> 2007 prevêem uma estabilização <strong>do</strong> merca<strong>do</strong><br />
nacional em valores claramente acima <strong>do</strong>s 500 M€ anuais, com o pre<strong>do</strong>mínio da componente<br />
exploração, po<strong>de</strong>n<strong>do</strong> atingir a médio prazo duas a três vezes este valor.<br />
As áreas <strong>de</strong> valorização energética e orgânica e <strong>de</strong> tratamento <strong>do</strong>s resíduos, implicarão ainda significativos<br />
investimentos infra-estruturais no curto e no médio prazo e irão gerar receitas <strong>de</strong> gestão e<br />
operação no curto, médio e longo prazos. Estima-se que os investimentos infra-estruturais em realização<br />
no país totalizem 250 a 500 M€ (25 a 50 €/ habitante) e que as correspon<strong>de</strong>ntes receitas anuais<br />
<strong>de</strong> gestão e operação possam atingir 430 M€ Baptista e Neves (2002).<br />
xestión <strong>de</strong> <strong>residuos</strong> <strong>urbanos</strong> nos concellos <strong>do</strong> Eixo atlántico<br />
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