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abrigos em movimento: - Instituto Fazendo História

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Ações do projeto<br />

1. Chegar lá: as visitas domiciliares<br />

Conhecer a família <strong>em</strong> sua própria realidade, <strong>em</strong> seu ambiente, <strong>em</strong> sua<br />

forma de se organizar no espaço, muitas vezes repleto de riscos e dificuldades,<br />

é considerado fundamental pelos profissionais. Desta forma,<br />

organizam-se visitas regulares a cada família, realizadas pela assistente<br />

social e pela psicóloga do projeto. O comparecimento à moradia d<strong>em</strong>onstra<br />

quanto os profissionais quer<strong>em</strong> conhecer as famílias <strong>em</strong> sua<br />

própria forma de viver.<br />

“Realizamos visitas <strong>em</strong> locais que o caminhão de entregas da Casas Bahia só<br />

chegava escoltado.”<br />

Outras vezes, precisaram do auxílio dos líderes comunitários que os acompanhavam<br />

até a moradia. Correram riscos quando estes não puderam acompanhá-los,<br />

mas o importante era chegar até os familiares e isto os impulsionava a vencer os<br />

<strong>em</strong>pecilhos.<br />

Os técnicos apresentam-se para as visitas da mesma maneira que comparec<strong>em</strong><br />

para trabalhar, s<strong>em</strong> precisar usar sapatos e roupas mais simples ou velhas. O<br />

fato de não se “fantasiar<strong>em</strong>” com roupas que desmerec<strong>em</strong> a ocasião, e de comparecer<strong>em</strong><br />

à moradia, mostra aos familiares o quanto eles são considerados importantes<br />

e o quanto os profissionais quer<strong>em</strong> conhecê-los <strong>em</strong> sua própria forma<br />

de viver.<br />

Nessas visitas, eles procuram observar e ouvir o sofrimento dos adultos e das<br />

crianças focando seu olhar no aspecto afetivo e colocando a família à vontade para<br />

conversar sobre diversas questões.<br />

“Era o contato, o tato, o abraço, não havia recurso financeiro.”<br />

Buscam também sensibilizar a família para o vínculo com os filhos, relatam informações<br />

sobre sua vida no abrigo, se estão precisando de mais visitas, e apontam o<br />

quanto as crianças e os adolescentes gostariam de voltar para casa, apesar de todas<br />

as dificuldades vividas.<br />

Instrumentalizar esta família é considerado fundamental, pois, na medida<br />

<strong>em</strong> que os familares se desenvolv<strong>em</strong> e se valorizam, a saída do abrigo acontece.<br />

Nesse sentido, procuram potencializar e reforçar as qualidades e conquistas dos<br />

familiares no seu papel protetivo.<br />

“Elogiamos as pequenas conquistas, reforçamos suas capacidades, seu potencial.”<br />

O comparecimento<br />

à moradia d<strong>em</strong>onstra<br />

quanto os profissionais<br />

quer<strong>em</strong><br />

conhecer as famílias<br />

<strong>em</strong> sua própria<br />

forma de viver.<br />

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