abrigos em movimento: - Instituto Fazendo História
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Para atingir estes objetivos, a concepção do projeto valeu-se das seguintes<br />
estratégias:<br />
• <strong>em</strong> relação às crianças, a alternativa encontrada foi o estabelecimento de um<br />
processo de terapia <strong>em</strong> grupo, que ocorresse dentro do espaço do abrigo e<br />
tivesse o objetivo de fortalecê-las para o momento de retorno familiar ou<br />
desabrigamento;<br />
• <strong>em</strong> relação aos pais e familiares, o estabelecimento de um atendimento familiar<br />
de base e orientação sistêmica, além de grupos de orientação familiar<br />
a partir de t<strong>em</strong>as escolhidos de acordo com as necessidades e interesses do<br />
grupo de famílias;<br />
• <strong>em</strong> relação à equipe do abrigo, treinamento e supervisão para avaliar a repercussão<br />
institucional da mudança nas ações diretas com as famílias;<br />
• ainda <strong>em</strong> relação às famílias, houve a ampliação e o aumento da frequência<br />
das visitas familiares domiciliares, definindo suas estratégias, objetivos e avaliando<br />
sua repercussão.<br />
Concomitantes e integradas, estas atividades estariam sob supervisão e responsabilidade<br />
da diretora geral do Gotas de Flor com Amor, Denise Robles; da coordenadora<br />
do abrigo na ocasião, Vivian da Cunha Soares Garcia; e também da técnica<br />
Miriam Samaritano. O trabalho com o público beneficiado seria conduzido por<br />
três profissionais contratados: uma psicóloga para atender às crianças <strong>em</strong> grupo,<br />
uma terapeuta familiar e um professor de dança, também para desenvolver um<br />
resgate da autoestima dos atendidos por meio do recurso corporal. Neste momento,<br />
ainda não havia previsão de contratação de um profissional específico pelo<br />
projeto para o trabalho junto aos educadores, o que foi revisto ao longo do desenvolvimento<br />
do projeto.<br />
Ampliando a convivência familiar<br />
A preocupação com o processo de reinserção familiar esteve presente no horizonte<br />
e na filosofia de funcionamento do abrigo Anália Franco desde a sua fundação. O<br />
abrigo s<strong>em</strong>pre esteve aberto às visitas familiares nos finais de s<strong>em</strong>ana e durante a<br />
s<strong>em</strong>ana, mediante agendamento. No entanto, havia uma preocupação por parte<br />
da equipe técnica no sentido de aperfeiçoar o trabalho realizado, possibilitando<br />
uma intervenção regular mais ampla e efetiva junto às famílias.<br />
Na época, esta possibilidade de aprofundamento do trabalho foi relacionada<br />
à figura do profissional psicólogo, mais especificamente de um terapeuta familiar,<br />
que pudesse centralizar suas ações <strong>em</strong> entender e traçar um plano de trabalho<br />
individualizado para as famílias baseado <strong>em</strong> sua história e seus conflitos. Este profissional<br />
também seria responsável por acompanhar o percurso desta família após<br />
o desabrigamento ao longo de um ano.<br />
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