abrigos em movimento: - Instituto Fazendo História
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Tais projetos foram analisados e selecionados por um grupo de profissionais<br />
parceiros. Em cada ciclo, oito <strong>abrigos</strong> foram escolhidos e cont<strong>em</strong>plados com recursos<br />
financeiros, supervisões in loco e <strong>em</strong> grupo.<br />
os projetos de mudança<br />
Quatro t<strong>em</strong>as foram especialmente focalizados ao longo da experiência do Programa<br />
Abrigar: reforma do imóvel, aquisição de veículo próprio, trabalho com as<br />
famílias de orig<strong>em</strong> e investimento na formação de profissionais.<br />
• Reforma do imóvel – muitos <strong>abrigos</strong> incluíram a reforma do espaço nas suas<br />
propostas. Este se referiu principalmente à mudança de concepção de uma<br />
instituição grande para um espaço mais aconchegante, personalizado, intimista,<br />
com quartos para grupos pequenos, armários individualizados, salas<br />
de convivência e de estudos, diversificando, assim, as possibilidades de ações<br />
e relações entre as pessoas do abrigo. A questão estética também foi considerada:<br />
espaços escuros tornaram-se claros, iluminados e atraentes, além de<br />
interagir<strong>em</strong> com o espaço externo, garantindo contato com o verde e mostrando<br />
um ambiente cuidado, resultado da valorização estética ocorrida.<br />
• Aquisição de veículo – <strong>abrigos</strong> que atend<strong>em</strong> às crianças pequenas e/ou com<br />
probl<strong>em</strong>as de saúde, transtorno mental, deficiência física, dependência química,<br />
com necessidade de atendimentos constantes (clínicos, psicológicos e<br />
pedagógicos), mostraram a necessidade de transporte próprio.<br />
• Trabalho com as famílias – não é possível pensar o trabalho do abrigo considerando<br />
apenas a criança, s<strong>em</strong> investimento na família de orig<strong>em</strong>. O grupo<br />
familiar precisa ser visto como parte integrante do projeto do abrigo. Várias<br />
modalidades de trabalho com família foram desenvolvidas. As famílias passaram<br />
a ter outro lugar, outra presença, outro pertencimento com a criança,<br />
outra oportunidade de escuta. Este trabalho representou uma mudança na<br />
dinâmica do abrigo e na percepção que criança e família têm de si.<br />
• Capacitação dos profissionais – <strong>em</strong>bora alguns projetos tenham tratado exclusivamente<br />
de capacitação, este it<strong>em</strong> esteve presente <strong>em</strong> todos. Representou a reflexão<br />
do abrigo sobre a identidade da instituição, sua proposta de trabalho, suas<br />
práticas cotidianas, a estrutura, a organização e o projeto político-pedagógico<br />
da instituição, além de como cada abrigo lidava com os desafios, os dil<strong>em</strong>as e a<br />
complexidade das d<strong>em</strong>andas humanas e afetivas de um ambiente como este.<br />
Força da mudança<br />
Ao fazer os projetos de mudança, novas reflexões surgiram. Imediatamente após a elaboração<br />
e a apresentação do projeto, mesmo antes de receber o recurso financeiro, os<br />
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